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URNAS ELETRÔNICAS
EJESC | 2020
antes de imprimir
pense na natureza
SOBRE O CURSO
Modalidade A distância.
A geração de mídias
As urnas eletrônicas
Conteúdo
As contingências
Segurança e Auditorias
Recursos Visuais
Informações complementares às apresentadas no texto .
Informação importante!
Orientação do conteudista.
Referências
A geração de mídias para as Eleições 2020 está disciplinada nos artigos 61 a 65, e 75 da Resolução
TSE nº. 23.611/2019, que dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral.
As mídias utilizadas nas urnas e na totalização das eleições são geradas pelo sistema Gerenciador
de Dados, Aplicativos e Interface da Urna Eletrônica (GEDAI-UE), que também é responsável por
receber e transmitir as correspondências.
A geração de mídias é um procedimento que requer audiência pública, para a qual serão
convocados - por edital publicado no Diário da Justiça Eletrônico - os partidos e coligações, o
Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil.
A partir das Eleições 2012, os sistemas eleitorais passaram a ser configuráveis para qualquer tipo de
eleição, seja ela Geral ou Municipal, ordinária ou suplementar ou ainda, consulta popular.
Para entender melhor como funciona este novo modelo, precisamos entender alguns conceitos-
chave. São eles:
Ela mostra o Processo Eleitoral 2020 e um hipotético Processo Eleitoral 2022, com um plebiscito
além da Eleição Geral. Observe que uma eleição é composta por um ou mais pleitos, todos eles
pertencentes a um mesmo processo eleitoral. Cada urna eletrônica recebe a carga de somente um
processo eleitoral, embora possa haver uma ou mais eleições vinculadas a ele.
O sistema acompanha e valida as informações geradas para indicar, de forma antecipada, possíveis
problemas durante as eleições.
A troca de informações entre os sistemas é feita através de pacotes de dados. Sempre que um
pacote é enviado de um sistema para outro, é gerada uma notificação. Da mesma forma, quando
um sistema recebe um pacote, também é gerada notificação.
As notificações existem para garantir que os dados destinados a cada sistema sejam efetivamente
recebidos e são quase sempre automáticas. A opção "Notificar pacotes importados" do menu
"Importar e atualizar" do GEDAI-UE, por exemplo, existe apenas para corrigir eventual falha de
notificação automática.
O banco de dados das eleições centraliza as informações que serão importadas para o GEDAI e
para o SISTOT:
Entenda a integração entre os sistemas na imagem abaixo (passe o mouse por cima para visualizar
em tamanho maior).
Os sistemas eleitorais e os aplicativos das urnas podem ser executados em 3 fases distintas:
oficial
simulado
treinamento
OFICIAL
O funcionamento efetivo dos sistemas eleitorais, com dados reais, ocorre na fase "Oficial". A
oficialização dos sistemas demanda senhas que são disponibilizadas pelo TSE ao Juiz de cada ZE.
SIMULADO
Os sistemas eleitorais na fase "Simulado" se comportam como na versão oficial, mas possuem
dados fictícios de candidatos. Existem para que se possa testar o funcionamento dos sistemas sem
o uso de dados oficiais.
TREINAMENTO
Nesta fase, diferentemente das urnas que operam na fase simulado ou oficial, não há restrições de
horários. As urnas preparadas para treinamento executam os seguintes aplicativos, ativados por
mídias específicas:
Treinamento de Eleitores
Há treinamento de mesários para diferentes tipos de seções: com e sem biometria; com e
sem áudio.
Concebido para capacitação dos técnicos de urna para as atividades de contingência antes,
durante e após a votação, além de membros da Junta Eleitoral, que operarão o SA nos
casos de votação por cédulas ou havendo necessidade de gerar mídia de resultado a partir
de BU impresso.
NOVIDADE!
O GEDAI contém os arquivos com dados e programas para o funcionamento da urna eletrônica, os
quais são transferidos para as urnas através das mídias geradas por esse sistema.
Portanto, mídia é o meio físico utilizado para armazenamento e transporte de dados e aplicativos
da urna.
Independente do modelo e da cor, os flash cards recebem denominações de acordo com sua
finalidade:
Está instalado no interior da urna e só pode ser retirado pela assistência técnica (jamais
pelo TAVI).
Além de dados, sistemas e aplicativos, armazena o log da urna, que é o arquivo que registra
todos os procedimentos e operações realizados durante seu funcionamento.
A mídia de carga contém os arquivos com sistemas, aplicativos e demais dados necessários ao
funcionamento das urnas, como:
Esses dados e aplicativos são transferidos do FC para o flash interno (FI), instalando-os na
urna.
Antes de ser inserido na urna, o flash de votação contém apenas as fotos dos candidatos.
Após a preparação da urna, o FV conterá os dados da seção para qual a urna foi configurada.
Deve ser gerado um FV para cada seção da ZE, além de uma quantidade extra para configurar
as urnas de contingência.
flash de contingência
flash de treinamento
flash de VVfoto
Trata-se de um pen drive customizado pela Justiça Eleitoral para utilização na urna eletrônica.
A denominação de cada MR, assim como dos flash cards, depende de sua finalidade:
MR de Votação;
MR dos Aplicativos:
a. Autoteste - ATUE;
MR para Verificação de Fotos dos Candidatos - VVFoto (gerada pelo Sistema de Registro de
Candidaturas - CAND); e
NOVIDADE!
SA - sistema de apuração
Apurar os votos das seções onde
votação junta eleitoral
ocorreu votação por cédulas ou gerar
MR com resultados de votação a partir contingência
de BU impresso.
Você deve ter percebido que nem todas as mídias são geradas no Gedai. Adotamos essa divisão
apenas para facilitar esse primeiro contato com o assunto, mas não se preocupe: as diferentes
formas de geração serão tratadas nos próximos módulos.
Por exemplo, a MR de votação está vazia; e a UE que foi preparada como MRV (mesa receptora de
votos), ao verificar que a MR está vazia, acionará o aplicativo correspondente.
Como mencionado, a MR de votação não possui arquivos, mas outras sim, e a UE ao identificá-los
acionará o respectivo programa.
Além do arquivo que identifica o aplicativo a ativar, alguns tipos de MR possuem arquivos
complementares (código para acesso para RED e VPP, tabelas de seções e de candidatos para o SA,
etc.).
Imagem de BU (.imgbu)
Assinatura (.vscmr)
Hashes (.hash)
Assinatura de SA (.vscsa)
Imagem de BU de SA (.imgbusa)
EQUIPAMENTOS DE AUXÍLIO
Como estudamos na unidade anterior, há diversos tipos de mídias, conforme a finalidade de seus
aplicativos na urna. Mas como elas são geradas?
A geração das mídias oficiais para a eleição ocorre no GEDAI-UE Oficial durante a audiência
pública de geração de mídias. Contudo, outras mídias serão necessárias nos preparativos para a
eleição, mesmo antes da oficialização do GEDAI, como por exemplo: as mídias de treinamento, STE
e VVfoto.
Inicialmente, falaremos sobre o GEDAI: sua instalação, acesso, oficialização e geração das mídias
oficiais. No último módulo desta unidade, trataremos da geração das mídias em outros sistemas.
Para melhor compreensão, veja uma síntese dos sistemas e das mídias geradas por eles:
MR múltipla:
autoteste - ATUE
verificação pré-pós - VPP
recuperador de dados - RED
sistema de apuração - SA
GEDAI SIMULADO
mesmas mídias do mesmas MRs do GEDAI oficial, mas
GEDAI oficial, mas na versão simulado
na versão simulado
PADA-UE
treinamento treinamento
FLASH BACKUP
RESTORE VVFoto
SISTEMA CAND
VVFoto
As mídias dessas fases são geradas exclusivamente pelo GEDAI-UE e correspondem à fase do
sistema em que foram geradas:
NOVIDADE!
INSTALAÇÃO E ACESSO
O GEDAI-UE somente pode ser instalado em computadores com SIS - Subsistema de Instalação e
Segurança da Justiça Eleitoral. A instalação é feita pelo cartório, eventualmente em conjunto com
outros sistemas eleitorais, conforme orientações em roteiro detalhado disponibilizado pela Central
de Serviços de TI.
Caso seja necessário o acesso por outro colaborador, e verificando-se que esse usuário não possui
o acesso, deverá ser registrado um chamado na Central de Serviços de TI, via sistema ou por e-
mail, com a informação do nome do usuário e o título eleitoral.
Logo após a instalação do sistema, apenas o GEDAI-UE Simulado estará funcional. Na fase
Simulado, o GEDAI-UE pode ser utilizado para testes e treinamentos, além dos simulados nacionais.
A versão oficial apenas poderá ser acessada após a oficialização do sistema, o que ocorre durante
audiência pública de geração das mídias oficiais da eleição, prevista com antecedência e
publicada em edital.
Para gerar as mídias oficiais da eleição, será necessário oficializar o sistema, o que ocorrerá
somente durante a audiência pública de geração das mídias.
A geração de mídias é um procedimento que requer audiência pública, para a qual serão
convocados - por edital publicado no Diário da Justiça Eletrônico - os partidos e coligações, o
Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil.
Fique de olho:
Uma vez oficializado o GEDAI-UE, é necessário importar dados e configurar o ambiente antes
de gerar as mídias.
Concluída a importação dos pacotes, o GEDAI-UE está pronto para gerar as mídias.
Após a configuração do sistema, pode ser necessário incluir ou excluir municípios/zonas, seja por
equívoco na configuração inicial ou por necessidade de auxiliar uma ZE próxima com problemas de
equipamento.
Para incluir outros municípios e zonas, basta acessar novamente a opção "Configurar
município/zona", selecionar os itens desejados e movê-los da lista de "disponíveis" para a lista de
"configurados". Após, deve-se importar os respectivos pacotes de dados em "Importar e atualizar".
MR de votação;
MR vazia;
MRs especiais.
Entre as mídias, a geração das mídias de carga é a que demanda maior atenção, tanto pelo volume
de dados que serão gravados nos flash cards, como pela definição de quais seções estarão em cada
FC.
Antes de iniciar a geração, o cartório deve estabelecer uma estratégia de preparação de urnas,
levando em conta o número de técnicos, de bancadas, etc. A partir dessa estratégia, será definida a
quantidade média ideal de seções por mídia de carga e, consequentemente, quantos FCs serão
gerados para cada município. O TRE encaminhará orientações para auxiliar os cartórios nessa
definição.
em "Tipo de geração e ordem das seções na carga", deve-se selecionar sempre a 1ª opção
(por município, zona e seção), para melhor organização da preparação das urnas;
para garantir a integridade das mídias de carga, deixe sempre marcada a opção "Formatação
Completa" (a mídia de carga contém os sistemas e aplicativos para a urna, além dos dados
de eleitores e candidatos);
definido o município, a seleção (quantidade) de seções que cada mídia de carga conterá
será escolhida pelo cartório, conforme orientações do TRE;
durante a geração da mídia de carga, o sistema exibe quais seções estão sendo nela
gravadas - recomenda-se conferir mais uma vez esses dados, aproveitando que a
formatação e a gravação dos dados demora mais de 2 minutos;
O GEDAI-UE exibe apenas os municípios e seções que ainda não foram gerados.
Para selecionar novamente itens gerados anteriormente, deve-se marcar a opção "Regerar seções",
que aparece na primeira tela da geração de mídia de carga.
Para realizá-la, basta conectar o leitor de cartões flash à unidade USB do micro, selecionar a opção
de “Gerar flash de votação”, escolher o município e clicar no botão “Gerar”.
Por padrão, o sistema gera as mídias conforme o usuário for realizando as trocas e seguirá o
seguinte ciclo:
identificação da mídia;
O flash de contingência é um flash de votação (reserva), que poderá ser usado para substituir um
FV que apresentar defeito durante a votação.
Por isso, ele é gerado no GEDAI-UE Oficial, seguindo os mesmos procedimentos do flash de
votação. Assim, concluída a geração de FVs para todas as seções, os flash cards restantes serão as
mídias de contingência, a serem geradas como FV e identificadas com a etiqueta de flash de
votação.
A geração de MRs está disponível no GEDAI-UE através do menu "Gerar mídia de resultado":
Para geração dessas mídias, basta inserir a MR na unidade USB, selecionar a opção respectiva no
quadro "Tipo de mídia a ser gerada" e clicar no botão "Gerar".
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 31
O sistema na mesma tela gera MRs de votação e MRs vazias.
Como ocorreu na geração das flashs de votação, a geração é contínua, bastando que se efetue a
troca das MRs.
Observe que:
Para gerar MRs de Verificação de Eleição (VPP), Recuperador de Dados (RED), Sistema de Apuração
(SA) e Autoteste, deve-se informar um código que será solicitado ao usuário para ativação dos
aplicativos na urna.
O código padrão é a sequência numérica 123456. A orientação do TRESC é manter esse código.
Lembre-se:
O TRE informará as quantidades a serem geradas de MRs especiais (VPP, RED, SA e ADH), MRs
vazias (formatadas, sem dados) e mídias reserva (FVs e MRs de votação).
Em "Log da Aplicação", não há opção de impressão. Nas demais, está disponível o botão
"Relatório", que gera arquivo em PDF com os dados da consulta e seus respectivos parâmetros.
A consulta ao log da aplicação apresenta opção de exportar seus dados para arquivo,
procedimento que será solicitado pelo TRE a todos os cartórios após a eleições.
Já no tópico “Parâmetros de urna”, serão elencados os parâmetros com os quais a urna funcionará,
por exemplo: data e hora para impressão da zerésima e sua quantidade de vias, data e hora para
início e fim da votação, quantidade de vias de BU obrigatórias e adicionais, códigos, etc.
O GEDAI-UE disponibiliza a visualização e impressão dos dados dos eleitores e candidatos, com os
seguintes objetivos:
permitir o acesso aos dados de eleitores e candidatos quando o CAND e o ELO não estão
disponíveis*;
dar transparência à importação dos referidos dados, permitindo sua eventual conferência;
Lembre-se:
A imagem abaixo exibe a tela de consulta aos candidatos em eleições municipais. Com a opção
“Mostrar detalhes” marcada, o sistema mostrará a(s) foto(s) do(s) candidato(s).
SEÇÕES E ELEITORES
Ao selecionar uma seção específica, o sistema exibe a relação dos seus eleitores.
registro de que o eleitor optou por votar em trânsito em outro município e estará
impedido de votar na seção de origem, no 1º e/ou 2º turno ("Imp.T1" e "Imp.T2");
A opção "Mídias de resultado de ADH geradas" apresentará quantas MRs ADH foram geradas e
qual foi o respectivo usuário (nº do título) que as gerou. A informação de quem fez a geração (nº
do título), também constará no arquivo que foi gravado na MR.
As consultas "Mídias de carga..." e "Mídias de votação geradas" podem ser úteis para dirimir
dúvidas. Toda mídia de carga ou votação possui um número identificador ("Id FC"), ficando
registrado no GEDAI-UE a geração de cada mídia.
Veja abaixo que, ao selecionar apenas o município, são exibidas as quantidades de mídias de
carga geradas para cada ZE.
Na geração da MR ADH, o sistema identifica qual usuário realizou a geração; e, ainda, essa
informação constará na MR.
Como estudamos anteriormente, algumas mídias não são geradas durante a audiência de geração
de mídias oficiais para eleição, e por isso, são geradas por outros meios que não no sistema GEDAI-
UE Oficial.
Como já aprendemos no tópico "As fases dos sistemas eleitorais", a eleição de treinamento é criada
no sistema PADA-UE e as mídias geradas no GEDAI-UE treinamento.
O STE tem o objetivo de identificar defeitos nas urnas, para que sofram manutenção a tempo de
sua utilização nas eleições. A mídia STE é inserida na urna e ativa uma série de testes: alguns são
automáticos e outros dependem da interação do operador.
Pode ser executado em qualquer urna que tenha recebido carga (treinamento, simulado ou oficial),
desde que não exista aplicativo em execução (por exemplo, votação não encerrada).
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 42
Novidade!
A verificação de dados e fotos dos candidatos na urna eletrônica é feita por meio de um cartão de
memória (flash card), o qual chamamos de mídia do VVFOTO.
O cartório fará a geração dessa mídia a partir de um arquivo disponibilizado pelo TSE e que será
encaminhado pelo TRE aos cartórios por meio do aplicativo Flash Backup Restore (FBR), disponível
no SisDesktop, Sistemas Eleitorais, aba "Sem Fase":
A implantação da urna eletrônica no Brasil acabou com uma série de fraudes que existiam na
votação por cédulas, principalmente por eliminar o escrutínio manual dos votos, que atualmente só
ocorre em situações excepcionais.
Contudo, é necessário ter em mente que a eficiência da votação eletrônica também é decorrente
da execução de uma série de procedimentos, que ocorrem em diferentes etapas oficiais do
processo eleitoral. No que diz respeito às urnas, as operações são realizadas pela equipe do
cartório e pelos técnicos de urna terceirizados, sob a supervisão e responsabilidade da chefia de
cartório. Não são procedimentos complexos, mas demandam cuidados, atenção e controle.
A partir desta unidade, estudaremos a urna eletrônica, encerrando o ciclo de preparação das urnas
para a eleição.
Vamos começar?
A urna é um computador desenvolvido para coletar os votos da seção eleitoral de forma segura. É
composta por dois módulos: o terminal do eleitor e o microterminal, interligados por um cabo
de conexão.
microterminal ou
terminal do mesário
terminal do eleitor
TERMINAL DO ELEITOR
O Terminal do Eleitor (TE) é responsável pelo processamento de dados, digitação dos votos,
supervisão e controle dos processos de início e encerramento da votação. Seus componentes são:
leitor biométrico
MODELOS DE URNAS
Todos os modelos de urnas que já foram utilizadas pela Justiça Eleitoral Brasileira, com as suas
respectivas especificações técnicas, estão disponíveis na página do TRESC.
As flash cards devem ser inseridas com o lado que informa modelo e Concluída a preparação da
capacidade voltado para cima, empurrando-se a mídia até que fique urna, feche e parafuse a
perfeitamente encaixada na unidade. tampa do drive.
Atenção:
O correto manuseio, embalagem e desembalagem das urnas são aspectos importantes para sua
preservação. Observe com atenção as orientações abaixo.
A mesa ou a bancada onde a urna será colocada devem estar desocupadas. Coloque a embalagem
da urna próximo ao local onde ela será instalada, e proceda conforme mostram as imagens.
Para embalar:
Desligue a urna na chave/botão e aguarde 15 segundos até que a tela se apague. Retire a urna da
tomada, enrole os cabos de alimentação e de conexão, e prenda-os com os velcros que estão
presos aos fios. Depois, siga os passos abaixo.
Veremos agora os procedimentos adequados para transporte das urnas e seu armazenamento.
A urna deve ser transportada dentro de sua caixa. Utilize as aberturas laterais para carregá-la. Além
disso, deve-se transportar uma caixa de cada vez.
O limite para empilhamento das urnas em seu local de armazenamento é de 8 caixas, conforme
recomendação do TRESC. Além disso, deve-se observar também o padrão de organização das
caixas, como exemplificado:
conferência e limpeza
Após o trânsito em julgado das Nas ZEs, as urnas também
das urnas
eleições, as urnas ficam passam por manutenção
armazenadas em depósito, antes de serem configuradas execução do STE -
onde rotineiramente passam para as eleições. aplicativo usado para
por testes e manutenção. Os responsáveis por esses verificar defeitos nas
No ano eleitoral, entre julho e procedimentos são os urnas
agosto, o TRE remete as urnas técnicos de urna e servidores. verificação do módulo
impressor
para as zonas eleitorais.
verificação da bateria
O STE pode ser ativado em qualquer urna que tenha recebido carga em qualquer fase:
Treinamento, Simulado ou Oficial, desde que não exista aplicativo em execução, como por exemplo,
Treinamento de Mesário não encerrado.
O aplicativo realiza um conjunto de testes automáticos na urna, chamado de ciclo. São realizados
vários ciclos até um tempo limite. Assim como as MRs especiais, o STE exige código para ativar o
sistema. Conheça o menu de opções do STE:
Acionando a tecla [BRANCO] durante a execução do STE, são exibidos os resultados parciais do
teste em curso:
MÓDULO DE IMPRESSÃO
A impressora da urna fica contida num módulo que pode ser desacoplado do terminal do eleitor
para troca da bobina de papel ou eventual manutenção. Lembre-se de que ela fica localizada ao
lado do drive de mídia de resultado e acima da unidade de flash card.
Atenção:
ATOLAMENTO DE PAPEL
7. reconecte o módulo impressor ao TE, encaixando-o, e fixe o parafuso, sem apertar demais.
Os procedimentos abaixo deverão ser seguidos para carregar a bateria interna das urnas, quando
solicitado pela Seção de Administração de Urnas (SAU).
A preparação (ou “carga”) das urnas para as eleições é o procedimento técnico no qual programas
e dados são inseridos nas urnas, utilizando-se mídias geradas pelo sistema GEDAI-UE. Quando a
urna é carregada com dados oficiais, nela são inseridos todos os aplicativos responsáveis pelas
operações que ocorrerão antes, durante e após a votação, além dos dados relativos ao pleito.
Os procedimentos de preparação das urnas para as Eleições 2020 estão disciplinados na Res. TSE
23.611/2019, arts. 66 a 81.
Assim como a geração das mídias, a preparação das urnas é realizada em audiência pública, da qual
será lavrada ata. A audiência terá a participação do Juiz Eleitoral e convocação por edital dos
representantes do Ministério Público, da OAB e dos partidos/coligações com, no mínimo, 2 dias de
antecedência. Deve-se considerar que o local da audiência deverá atender a requisitos básicos:
espaço, bancadas, alimentação de energia elétrica, relógio, etc.
O planejamento do TRE para as Eleições 2020, especificará o período de configuração das urnas,
sendo a data da audiência de carga definida pelo Cartório dentro do período pré-estabelecido pelo
TRE.
A preparação das urnas para a eleição requer muita atenção e cuidado: nenhum procedimento
pode deixar de ser feito, para que todas as seções estejam aptas a receber seus eleitores no dia da
votação.
Para ambientar-se, ligue o som e assista ao vídeo sobre a preparação das urnas.
A preparação das urnas envolve várias etapas, mas as mais importantes são: a primeira, que realiza
procedimentos com a mídia de carga e a segunda, que conclui a preparação com a inserção do
flash e da MR de votação, seguida da realização do autoteste. Após estas fases iniciais, deve-se
efetuar a lacração das urnas, seguido do procedimento de conferência. Ao final, devem-se
transmitir as correspondências.
Embora estudemos cada uma destas etapas separadamente, elas ocorrem de forma concomitante
durante a audiência.
É por meio do flash de carga (FC) que todos os dados e aplicativos necessários são inseridos na
urna no momento da carga. Relacionamos a seguir os procedimentos da primeira etapa da carga:
7. O aplicativo de carga sugere o número da seção a ser carregada, seguindo esta ordem:
1º) as urnas de seção; e 2º) as de contingência.
Então: Após a carga de todas as seções de votação contidas no FC, o sistema sugerirá a carga das
urnas de contingência.
8. Concluída a carga, é emitido o extrato de carga, que 9. Confira se o extrato de carga está bem
contém todas as informações da carga. impresso e se corresponde aos dados da
urna. Se estiver, tecle [CONFIRMA].
NOVIDADE!
Quando a carga for iniciada em urna que já foi configurada, logo após a mensagem de verificação
da data e hora do sistema (passo 7) será exibido um alerta nos seguintes termos:
Esta urna já recebeu uma carga da seção [nr. seção] às [horário] do dia
[data]. Reimprimir extrato da última carga realizada nesta urna?
Para realizar uma nova carga na urna, deve-se teclar [CORRIGE] e dar continuidade à carga da
urna.
Quando uma seção é configurada em alguma urna, a correspondência fica gravada no FC. Caso
seja iniciada nova carga da mesma seção, após a digitação da data e hora (passo 7) será exibida
mensagem de alerta:
[CORRIGE] - retornar à tela anterior para informar outro número de seção ou urna;
Lembre-se!
Na etapa anterior: ajustamos o relógio, definimos a seção e foram transferidos para a urna os
programas e dados oficiais.
É necessário:
9. A urna automaticamente reinicializa. 10. Após a reinicialização, cole o “Extrato de carga“ (não
A partir deste momento, o FV e a MR confunda com o comprovante de carga!) no Formulário
permanecerão na urna até o dia da que será anexado à Ata da audiência.
eleição, e apenas serão retirados em A urna deverá ser lacrada (tema do nosso próximo
caso de defeito na urna. tópico).
As urnas de contingência são utilizadas para substituírem urnas oficiais que apresentarem defeito
durante o processo de votação.
Durante a carga, elas recebem apenas os sistemas e aplicativos da urna, não possuindo dados de
eleitores, candidatos ou mesmo do pleito. Podem substituir urnas de seção tanto no 1º quanto no
2º turno.
Para configurar urna de contingência, caso todas as seções do FC já tenham sido carregadas, será
automaticamente sugerido esse tipo de carga.
Caso contrário, no momento que o sistema sugerir a carga de determinada seção, deve-se teclar
[CORRIGE] e informar o código "0".
Para a segunda etapa da carga dessas urnas, será necessário providenciar flash card e MR (de
votação ou formatados) para realização do autoteste.
Assim que este for concluído, o sistema exibirá o alerta: urna de contingência testada. Desligue
a urna e retire o flash externo e a memória de resultado, conforme instruções na tela da
urna. Um mesmo conjunto de flash card e MR de votação poderá ser utilizado para a realização do
autoteste de várias urnas de contingência.
NOVIDADES NO AUTOTESTE
Até as eleições 2018, se durante o autoteste algum teste não fosse realizado ou viesse a ser
reprovado, seria necessário refazer todo o autoteste.
A partir de agora, se durante o autoteste algum teste não for realizado ou venha a ser reprovado, o
programa facultará ao operador duas opções:
Clicando nessa opção, o operador terá acesso às seguintes informações que poderão ser
impressas:
É obrigatório que, durante a preparação das urnas, seja realizada a demonstração de votação
em pelo menos uma urna por MUNICÍPIO da Zona Eleitoral, bem como a impressão do
relatório do resumo digital, utilizando-se o aplicativo VPP (Verificação Pré e Pós Eleição).
As urnas submetidas à demonstração deverão ser novamente lacradas, sendo dispensada nova
carga (Res. TSE nº 23.611/2019, art. 70 § 3º).
E ainda, no local de preparação das urnas, com a utilização do programa desenvolvido pelo
Tribunal Superior Eleitoral - AVPART - será feita a verificação da integridade e autenticidade dos
programas da urna eletrônica (Res. TSE. nº 23-603/2019, art. 36, §3º).
As urnas configuradas deverão ser lacradas. Os lacres serão assinados pelo juiz eleitoral, bem como
pelas autoridades e partidos presentes, vedado o uso de chancela (Res. TSE 23.611/2019, §1º do
art. 68).
Lembre-se:
Cada jogo (ou “cartela”) de lacres possui um número, que se repete em cada lacre, devendo-se
utilizar em cada urna os lacres de um mesmo jogo. Junto ao extrato de carga que será anexado à
ata da audiência, deverá ser colada a etiqueta de numeração do jogo de lacres utilizado na urna.
Para conhecer os lacres, etiquetas e envelopes de segurança das Eleições 2020, acesse em nosso
material complementar os Anexos da Res. TSE 23.602/2019, que dispõe sobre os modelos de
lacres.
CONFERÊNCIA
Ao final da preparação das urnas há algumas conferências que não podem faltar. Confira!
1.Confira os dados da tela da urna, conforme indicado, inclusive no caso de urna de contingência. Em
especial, confira o resumo de correspondência com o extrato de carga.
Nos termos da Res. TSE 23.611/2019, art. 68, incisos IV, V e §§ 3º e 4º, ao final da preparação das
urnas, devem-se acondicionar em envelopes lacrados:
lacres restantes, desde que não assinados: podem ser acondicionados em envelopes
comuns.
Os lacres assinados e não utilizados deverão ser destruídos, preservadas as etiquetas de numeração
de cada jogo (anexar à ata da audiência).
O art. 73 da Res. TSE 23.611/2019 instrui sobre a ata circunstanciada que deve ser lavrada durante
o procedimento de carga, especificando os dados que nela devem ser incluídos.
Correspondência é associação entre a urna - identificada pelo seu número interno - com a seção
para a qual foi preparada, ou sua atribuição como urna de contingência.
Essa informação é verificada para validação dos arquivos de resultado da votação, nos sistemas de
totalização das eleições.
Município;
Zona eleitoral;
Seção eleitoral;
Data/hora da carga.
A imagem a seguir exemplifica um extrato de carga, onde podem ser observados o código -
identificado como "código de identificação da carga" - e o resumo da correspondência.
Após a preparação das urnas, as mídias de carga serão lidas e suas correspondências transmitidas à
base de dados dos sistemas eleitorais. A imagem a seguir reproduz o menu "Correspondências" do
GEDAI-UE.
Em cada carga é gerado um código de correspondência, que vincula a urna à seção nela
configurada, além de registrar data, hora e identificar a mídia de carga, além de outras
informações.
não sendo atendida nenhuma das condições acima, o BU não poderá ser totalizado e cai em
pendência.
Observe que não apenas as correspondências de seção devem estar atualizadas, mas também as
das urnas de contingência, pois, quando utilizadas para substituir urna defeituosa, geram BU para
totalização.
a correspondência esperada para cada seção seja equivalente à urna que seguirá para a
seção;
NOVAS CORRESPONDÊNCIAS
Em datas posteriores à audiência de configuração, poderão ocorrer novas cargas, nas Audiências de
Verificação das Urnas.
Nessas audiências, quando for identificado defeito grave em urna configurada, a seção receberá
carga em outra urna. As urnas defeituosas que passaram por manutenção também poderão
receber carga de urna de contingência.
As mídias de carga que forem utilizadas nas audiências de verificação deverão ser lidas no GEDAI e
as novas cargas recebidas e transmitidas, para atualização da tabela de correspondências.
Quando uma mídia de carga é recebida mais de uma vez no GEDAI, somente as novas cargas
deverão ser selecionadas, recebidas e transmitidas. Os extratos de carga servirão para auxiliar na
seleção das novas cargas.
CORRESPONDÊNCIAS SOBREPOSTAS
Os sistemas da urna registram todos os eventos desde sua primeira carga oficial.
Assim, caso alguma urna receba várias cargas, todas elas serão registradas em seu arquivo de log e,
mais importante, as respectivas correspondências serão gravadas na mídia de carga quando se
realizar nova carga.
Como as cargas são realizadas uma depois da outra, a urna "sabe" qual é sua última carga, ou seja,
sua correspondência Atual.
As cargas realizadas antes da atual são marcadas pelo sistema da urna como correspondência
Sobreposta.
De forma análoga, caso determinada seção receba duas cargas diferentes com a mesma mídia de
carga, ambas ficarão nela registradas.
O aplicativo de carga marcará a última como Atual e aquela realizada anteriormente como
Sobreposta.
Exemplo 1 - sobreposição no FC
Nos exemplos anteriores, os sistemas da urna garantem o registro correto da situação de cada
correspondência, identificando claramente qual é a Atual. Contudo, devido à perda de dados de
alguma mídia de carga ou à falta de controle, podem ocorrer situações em que exista mais de um
FC contendo diferentes correspondências "atuais" para a mesma seção ou urna.
Vejamos um exemplo:
Além de gerar as mídias, o GEDAI é o sistema responsável por receber a mídia de carga e transmitir
as correspondências para o banco de dados da eleição. O menu Correspondências do GEDAI
oferece as seguintes opções:
Transmitir correspondências;
Importar correspondências; e
Exportar correspondências.
Após configuradas todas as urnas na audiência de carga, as correspondências contidas nas mídias
de carga devem ser recebidas no GEDAI e transmitidas.
Para os casos de perda das informações contidas em uma mídia de carga devido a defeito físico, o
sistema permite a inserção dos dados contidos no Extrato de Carga.
NOVIDADE!
Se a mídia de carga com a última carga para determinada seção foi recebida por último no GEDAI
está tudo perfeito.
Contudo, havendo falha no controle, é possível que se receba por último no GEDAI outra mídia de
carga, contendo correspondência que não reflete a última carga da seção. Se isso acontecer, a
correspondência incorreta ficará marcada no sistema como Atual e, quando transmitida, fará com
que a tabela de correspondências fique inconsistente para essa seção.
Quando um erro desse tipo for identificado, deverá ser corrigido no GEDAI utilizando-se a opção
Definir correspondências atuais.
Após digitar os dados do extrato de carga e clicar no botão Incluir, o sistema retorna à tela que
exibe todas as correspondências no município-zona. Nesse momento, deve-se localizar na lista de
correspondências a seção ou urna cujos dados foram digitados.
Caso o GEDAI verifique em seus registros que já existe correspondência Atual para a seção ou urna
que foi cadastrada, ambas as correspondências (a que foi digitada e a que já constava no sistema)
aparecerão destacadas em azul.
Não gere mais de um FC para o mesmo conjunto de seções, exceto para substituir FC
danificado.
Mantenha rígido controle dos FCs na audiência de carga das urnas, para que nenhum se
extravie.
Receba os FCs no GEDAI logo após a carga das urnas, evitando extravio ou esquecimento.
Confira no sistema SISTOT se existem correspondências esperadas para todas as urnas das
seções de votação e para urnas de contingência configuradas na audiência de carga.
Após transmitir dados de novas cargas, verifique se estas aparecem no SISTOT, conferindo
todos os dados dessas novas correspondências.
Evite dar carga de contingência utilizando muitos FCs diferentes, ou prepare (apenas por
questão de controle) as urnas de contingência somente com UM FC do respectivo município.
Devem ser guardados todos os extratos das cargas que concluíram a primeira etapa (quando
a correspondência é gravada no FC). Nos casos em que a preparação da urna não se
concluiu por defeito no Autoteste ou equívoco do operador, deve-se anotar resumidamente
o problema no verso do extrato de carga, o qual deve ser arquivado junto com os demais
(anexados às atas da audiência).
Percebendo que houve descontrole nas novas cargas ou na geração de FCs, realize nova
conferência das correspondências com o SISTOT a partir dos extratos de carga ou das
informações nas telas das urnas na audiência de verificação final.
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 88
E como saber qual correspondência vale?
Lembre-se:
Este capítulo trata das atividades para conferir a correta preparação das urnas e detectar eventuais
defeitos, a fim de corrigi-los em tempo hábil. A conferência das urnas e o ajuste de seu relógio
interno são disciplinados pela Res. TSE 23.611/2019, arts. 77 a 79.
Como vimos na aula sobre a Preparação das Urnas, nas audiências de configuração, além da carga
e autoteste das urnas, estas são lacradas e identificadas com o número da seção para a qual foram
preparadas, ou ainda como urna de contingência.
Como a preparação das urnas envolve diferentes etapas e a participação de várias pessoas, em
especial nas ZEs com muitas seções, é um processo sujeito a erros. Além disso, urnas que não
apresentaram problemas durante o autoteste poderão acusar alguma falha entre o dia em que
foram preparadas e o dia da eleição. Para identificar eventuais erros operacionais ou defeitos nas
urnas em tempo hábil para solucioná-los, o TRESC realiza a conferência Visual.
Para realizar as conferências é necessário ligar as urnas que receberam carga Oficial. Por essa razão,
serão convocados os representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos
partidos políticos e das coligações, com antecedência mínima de 1 dia, além de registrar em ata as
ocorrências e as atividades realizadas durante as conferências.
O Planejamento do TRESC prevê a realização da Conferência Visual das Urnas, que será coordenada
em cada ZE por servidores do TRESC denominados Auditores de Configuração (AC) e realizada em
conjunto com os técnicos de urna e servidores do cartório.
Cada cartório marcará dia e hora para a realização dessa audiência, conforme período pré-
estabelecido no planejamento.
A conferência resume-se a retirar as urnas das caixas e ligá-las, verificando o estado físico do
equipamento, funcionamento dos sistemas, relógio interno, correspondência, lacração e papeletas
de identificação. O Cartório deverá disponibilizar ao AC o ambiente e os recursos humanos e
materiais necessários para realização da conferência.
Durante a conferência, as seções cujas urnas apresentarem defeito deverão ser configuradas (nova
carga) em urnas de contingência. As urnas que não receberam carga na audiência de preparação e
sofrerem manutenção poderão ser configuradas, durante a conferência visual, como urnas de
contingência.
As novas cargas deverão ser relacionadas na ata da audiência e terão seus extratos de carga
anexados à ata e suas correspondências recebidas no GEDAI e transmitidas ao TRE.
As restrições no horário de funcionamento das urnas - que só permitem a votação iniciar a partir
das 8h e encerrar a partir das 17h do dia da eleição - são fundamentais para a segurança da
votação eletrônica. Por isso, além de ser necessário informar com precisão a data e hora na
primeira etapa da carga, os relógios das urnas devem funcionar corretamente, para que, no dia da
eleição, a urna esteja pronta para a votação.
Além da possibilidade de erro na digitação da data e hora durante a carga, eventualmente, pode
ocorrer o travamento do relógio de algumas urnas, que não atualizam o horário quando estão
desligadas. Os erros de relógio serão tratados de duas formas possíveis: Ajuste de Data e Hora
(ADH) ou nova carga da seção em outra urna.
O aplicativo para ajuste de data e hora permite corrigir o relógio interno da urna sem comprometer
a carga oficial para a eleição. A MR de ADH é gerada no GEDAI-UE durante a audiência de geração
de mídias. As instruções para a realização do procedimento de ajuste serão encaminhadas aos
cartórios no momento oportuno.
Deverão constar na ata da audiência de conferência visual as urnas em que for realizado o ajuste
de data e hora (Res. TSE 23.611/2019, art. 78), além daquelas que receberem nova carga.
Todos os problemas verificados na audiência serão registrados em formulário BREVE para avaliação
e controle do TRESC, além de registro histórico. O BREVE da Conferência Visual será preenchido
pelos auditores de configuração.
Conforme a Constituição da República Federativa do Brasil em seus artigos arts. 29, II in fine e 77,
haverá segundo turno nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Deste modo, em Santa
Catarina, há possibilidade de 2º Turno nos municípios de Blumenau, Florianópolis e Joinville.
Os arts. 75 e 76 da Res. TSE 23.611/2019 instruem sobre a geração de mídias e a carga das urnas
para o 2º Turno.
Você sabia que o aplicativo para o 2º Turno já se encontra instalado na urna desde a carga, que
ocorreu antes do 1º Turno? A função da “MR de Votação - 2º Turno” é ativar este aplicativo e
informar os cargos em disputa e os candidatos que concorrerão ao pleito do 2º Turno.
Para a preparação das urnas para o 2º Turno, deverá ser convocada audiência de carga das urnas,
nos mesmos termos da audiência anterior ao 1º Turno.
Nas urnas de seção que encerraram normalmente no 1º Turno e não sofreram procedimentos
de contingência após a votação, a preparação para o 2º Turno segue os seguintes passos:
1. Rompa o lacre do drive da 2. Com a urna desligada, insira 3. Após, ligue a urna e realize o
mídia de resultado. Os demais a mídia do 2º turno. Observe autoteste, interagindo quando
lacres devem permanecer que o flash de votação do 1º for solicitado.
intactos. turno permanece na urna.
Durante a preparação das urnas para o 2º turno, algumas UEs poderão apresentar problemas e,
deverão ser substituídas. Para isso, deve-se realizar nova carga da seção em urna de contingência
não utilizada no 1º turno, executando os seguintes procedimentos:
Lembre-se!
OUTRAS INFORMAÇÕES
URNAS DE CONTINGÊNCIA
As urnas de contingências não utilizadas no 1º Turno já estão prontas para o 2º Turno, mas
deverão ser ligadas na audiência, para verificação de seu correto funcionamento, bem como de
data e hora.
Caso seja necessário configurar novas urnas de contingência, deve-se seguir os mesmos
procedimentos da audiência de carga, utilizando no autoteste qualquer MR e FV, que deverão ser
retirados ao final, antes da lacração da urna. Deve-se usar o jogo de lacres de 1º turno.
As urnas de seção onde foi ativado o SA no 1º turno e o sistema foi encerrado normalmente serão
preparadas para o 2º turno seguindo-se o procedimento padrão.
Urnas de contingência utilizadas para ativação do SA no 1º turno não poderão ser utilizadas para
substituição de urna nem receberão novas cargas, pois possuem dados de apuração de seções com
o SA no 1º turno.
ROTEIRO DA AUDIÊNCIA
Agora que finalizamos a preparação e a conferência das urnas, vamos conhecer os procedimentos
do dia das eleições. Nesse dia, o fluxo normal de uso das urnas eletrônicas é este:
Mas e se ocorrer algum problema durante este fluxo? Para resolver quaisquer problemas relativos
às urnas eletrônicas, devemos utilizar os procedimentos de contingência, previstos na Resolução
TSE 23.611/2019, em seus arts. 107 a 114.
Procedimento de contingência é o conjunto de ações que deverá ser adotado no caso de falha
no funcionamento da urna, com o objetivo de restabelecer o processo de votação eletrônica.
Os problemas com as urnas eletrônicas podem ocorrer a qualquer tempo, mas em alguns
momentos eles são mais previsíveis.
Vamos conhecê-los?
ao ligar a urna;
Como vimos, há alguns momentos em que os erros das urnas eletrônicas são mais previsíveis.
Nesta unidade, analisaremos os problemas e soluções para os erros que ocorrem antes do início
da votação e durante o ciclo de votação. Este período de tempo está destacado na imagem abaixo:
falha na urna.
Quando a bateria entra em nível crítico, a urna suspende a votação e o led passa a piscar mais
rápido. Depois a urna apaga.
SOLUÇÃO
Verifique se a falta de energia ocorre apenas na seção ou se o problema está no local de votação:
1. Se a bateria estiver em 2. Abra a tampa dos 3. Conecte os cabos aos bornes da urna,
nível crítico, desligue a bornes da bateria externa, seguindo a convenção de cores: negativo
urna e aguarde a tela com cuidado para não no preto e positivo no vermelho.
apagar. Se não estiver em romper o fio de nylon. Depois, conecte os cabos à bateria,
nível crítico, não precisa seguindo a mesma convenção de cores.
desligá-la.
É um problema que raramente ocorre: o relógio da urna está incorreto (atrasado ou adiantado),
como na figura acima.
1. Mídia ADH: a utilização da mídia de ajuste de data e hora só pode ocorrer antes da
emissão da zerésima;
8. Feche a tampa do drive da MR e lacre-a com o 9. Registre a solução nas duas vias do formulário
lacre de reposição. O lacre de reposição deve ser de ocorrência. Entregue uma ao Presidente de
assinado pelo Presidente de Mesa e, caso Mesa para ser anexada à ata, e guarde a outra.
queiram, demais mesários e fiscais presentes
podem assinar.
1. Em ambas as urnas, rompa os lacres dos drives 2. Com as urnas desligadas, retire as mídias da
das mídias (os demais lacres devem permanecer urna original (defeituosa) e coloque-as na urna de
intactos). Abra as tampas dos compartimentos. contingência.
5. Nas duas urnas, feche e lacre as tampas dos 6. Na urna de contingência e em sua caixa:
drives das mídias com os lacres de reposição. Os coloque as papeletas em branco preenchidas com
lacres de reposição devem ser assinados pelo os dados da seção.
Presidente de Mesa, e, caso queiram, os demais
mesários e fiscais presentes podem assinar.
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 102
7. Na urna defeituosa e em sua caixa: escreva 8. Registre a solução nas duas vias do formulário
“defeito” nas papeletas de identificação e um de ocorrência. Entregue uma ao Presidente de
resumo do defeito (não escreva diretamente na Mesa para ser anexada à ata, e guarde a outra.
caixa). Essa urna deve ser levada à Central de
Suporte ou ao local indicado pelo Chefe de
Cartório.
SOLUÇÃO
10. Feche a tampa lateral e 11. Recoloque o módulo na 12. Aperte o parafuso.
gire o parafuso-borboleta urna, pressionando-o
no sentido horário, mas firmemente.
não aperte demais, pois
pode atolar o papel.
Atenção:
Durante a votação podem ocorrer problemas no funcionamento da urna eletrônica como por
exemplo: a urna liga e desliga, trava, emite som intermitente, o flash externo não é detectado, entre
outros. Para solucioná-los, devem-se adotar as soluções constantes no art. 107 da Res. TSE
23.611/2019.
A primeira tentativa de solução desses problemas pode ser feita pelo próprio mesário (desligar e
ligar a urna); as demais serão realizadas pelo técnico de urna.
A ordem das soluções detalhadas nos próximos capítulos segue a enumeração feita no artigo
citado, entretanto, diante do problema, deve-se analisar a situação e adotar, em qualquer ordem, o
procedimento mais adequado, podendo-se inclusive realizar mais de uma tentativa.
1. Desligue a urna. 2. Espere que a tela apague (em 3. Aguarde 3 minutos com a
15 segundos aproximadamente). urna desligada.
7. Feche a tampa do drive do flash de votação e 8. Registre a solução nas duas vias do formulário
lacre-o com o lacre de reposição. O lacre de de ocorrência. Entregue uma ao Presidente de
reposição deve ser assinado pelo Presidente de Mesa para ser anexada à ata, e guarde a outra.
Mesa e, caso queiram, os demais mesários e
fiscais presentes podem assinar.
1. Em ambas as urnas, rompa os lacres dos drives 2. Com as urnas desligadas, retire as mídias da
das mídias. Os demais lacres devem permanecer urna original (defeituosa) e coloque-as na urna de
intactos. Abra as tampas dos compartimentos. contingência.
5. Nas duas urnas, feche e lacre as tampas dos 6. Na urna de contingência e em sua caixa:
drives das mídias com os lacres de reposição. Os coloque as papeletas em branco preenchidas com
lacres de reposição devem ser assinados pelo os dados da seção.
Presidente de Mesa, e, caso queiram, os demais
mesários e fiscais presentes podem assinar.
1. Rompa o envelope contendo o flash de votação de contingência e o insira na urna original, que
deve estar desligada. Insira também a mídia de resultado original da seção (se anteriormente foi
efetuada tentativa de troca de urna, a mídia deve ser retirada da urna de contingência e colocada de
volta na urna original). Observe que o flash de contingência deve ser inserido sempre na urna
original da seção. Jamais na urna de contingência!
2. Ligue a urna original da seção e aguarde o 3. Aguarde a votação de alguns eleitores para
reinício. Após, digite o código 111111111111 e verificar se o problema foi resolvido.
aperte [CONFIRMA].
4. Nas duas urnas, feche e lacre as tampas dos 5. Coloque o FV defeituoso (original) em um novo
drives das mídias com os lacres de reposição (a envelope, lacre-o, preencha os dados e entregue
urna de contingência deverá estar sem mídias). Os o recibo ao Presidente de Mesa.
lacres de reposição devem ser assinados pelo O flash com defeito não poderá ser
Presidente de Mesa e, caso queiram, os demais reutilizado. Ele deve ser levados à Central de
mesários e fiscais presentes podem assinar. Suporte ou ao local indicado pelo Chefe de
Cartório.
Se o problema NÃO estiver solucionado, a votação seguirá por cédulas, conforme previsão do
art. 110 da Resolução TSE 23.611/2019.
1. O técnico de urna deve imediatamente contatar a Central de Suporte ou o Cartório Eleitoral para
comunicar o insucesso das contingências anteriores. Ele não pode optar pelo início da votação por
cédulas, pois é uma medida excepcional. Quando o Juiz Eleitoral determinar a adoção da votação por
cédulas, é que serão adotadas as providências a seguir.
Os temas a seguir estão estritamente ligados às atividades dos mesário e, eventualmente, podem
gerar a necessidade de algum suporte.
Em reunião entre TSE e entidades representativas de pessoas com deficiência visual, houve a
manifestação destes que o eleitor com dificuldade visual, ao estar no terminal do eleitor para votar,
sente a falta de uma orientação sonora da urna.
Sendo assim, após a habilitação do eleitor que necessita de áudio, a urna primeiro emitirá um
áudio com informações iniciais sobre a votação. O mesmo conteúdo do áudio constará na tela da
urna.
Normalmente, quando um eleitor de boa fé diz ao mesário que digitou o número do seu
candidato e apareceram os dados de outro, na maioria das vezes há um PRÉ-JULGAMENTO
no sentido de que houve o seguinte erro do eleitor: digitou rápido demais, não esperou carregar a
foto, teclou CONFIRMA e nem esperou para ver quem era o candidato escolhido.
Mas há hipóteses em que a urna exiba dados de um candidato diferente do que o eleitor de boa
fé pensava que deveria aparecer.
Apesar de pouco provável, é minimante possível que uma urna esteja com o ajuste do
potenciômetro mal regulado (excessivamente claro), de forma que um eleitor possa ter
confirmado seu voto sem que tenha enxergado na tela da urna os dados de seu candidato.
Muito parecida com a possibilidade anterior, mas nesse caso o eleitor digitou, de fato, um
número diferente do que gostaria de ter digitado (por nervosismo ou por não saber operar a
urna), mas, em vez de teclar CORRIGE, acabou teclando CONFIRMA, dando para o seu voto
um destino diferente do que o da sua vontade.
O número do candidato está correto, porém, ele concorre por outra UF. Nesse caso, duas
situações distintas podem ocorrer:
É possível que o eleitor se confunda com a lista de candidatos afixada na seção eleitoral e
acabe dando seu voto a um candidato distinto do que gostaria.
Situação bastante comum em várias eleições, trata-se do caso em que o eleitor está, por
exemplo, na tela do voto para Governador, mas acha que está votando para Presidente.
Como ambos os cargos têm a mesma quantidade de dígitos (dois), é bem possível que essa
confusão (que vem de uma culpa do eleitor por faltar atenção à tela da urna) faça com que
o eleitor acabe não votando no candidato de sua preferência.
Esse mesmo problema ocorre quando o eleitor tem a sua cola ou santinho com a ordem de
votação trocada.
Caso típico de erro de operação, quando um eleitor mal informado acredita que a urna só
exibirá a foto do candidato depois que o eleitor teclar CONFIRMA, quando, na verdade, o
que acontece é exatamente o contrário, fazendo com que o eleitor perca a chance de
verificar se estava votando, de fato, no candidato de sua preferência.
8. Fakenews
As eleições de 2018 foram marcadas por diversas notícias falsas, geralmente propagadas
pelas redes sociais. Algumas dessas notícias falsas foram criadas propositalmente, com o
intuito de prejudicar um candidato, um partido específico ou até mesmo para tentar
manchar a imagem da Justiça Eleitoral, de forma a fazer com que se perdesse a credibilidade
nesse órgão. Já outras notícias falsas foram distorcidas, de forma que uma parte até era
verdadeira, mas outra não, ou seja, a notícia, como um todo, era falsa.
O resultado disso são eleitores fazendo alegações absurdas sobre “fatos” que, na verdade,
nunca existiram, como, por exemplo, que uma determinada urna mostrava a foto de um
candidato adversário mesmo quando o eleitor digitava o número do candidato em quem, de
fato, gostaria de votar.
Pode parecer absurdo, mas isso já aconteceu. O candidato foi registrado com o número “X”,
mas fez campanha pedindo que os eleitores votassem nele pelo número “Y”. Nesse caso,
duas situações distintas podem ocorrer:
Neste caso, algum erro não foi detectado na verificação de dados dos candidatos, de modo
que tais inconsistências foram levadas até a urna, não sendo mais possível repará-las para
essa eleição.
Nesse caso, é possível que algum candidato tenha sido indeferido ou substituído por outro,
mas o eleitor não ficou sabendo de tal fato, acabando por votar nesse candidato sem saber
que seu voto não será destinado ao candidato que ele gostaria que fosse. Muito importante
neste caso identificar o INAPTO.
Mas o que é o candidato inapto? É aquele caso cujo voto não conta nem mesmo para
legenda. Para melhor entendimento, precisamos voltar às eleições de 2008.
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 117
Constarão nas urnas eletrônicas os números de todos os candidatos que pediram registro de
candidaturas, mesmo aqueles que deixaram de concorrer por qualquer motivo antes da
carga das urnas, tais como falecimento, renúncia ou mesmo indeferimento do pedido
de registro com trânsito em julgado.
Vejamos qual a consequência prática desta mudança, usando um exemplo para facilitar.
Até a eleição de 2006, se alguém pedia registro de candidaturas com o número hipotético
91111 e tinha seu pedido de registro negado ou desistia da candidatura antes da carga das
urnas, ficando com status INAPTO; este número não constava nas tabelas da urna, o que
implicava computar os votos consignados neste número para a legenda 91.
Entretanto, caso o candidato 91111 tivesse sido carregado na urna e tivesse seu pedido de
registro negado entre a carga da urna e a eleição, sua situação no dia da eleição também
era INAPTO; porém, no momento em que o responsável pela totalização informava esta
situação para o sistema de gerenciamento da totalização, os votos consignados para o
número 91111 na urna eram transformados em votos nulos.
Ora, em ambos os casos a situação do candidato 91111 no dia da eleição era INAPTO,
porém o que determinava a destinação do voto dado no número 91111 na urna era a data
de carga:
Desde a eleição de 2008 isto não acontece mais, pois quando o eleitor escolhe o número
de um candidato que estava INAPTO no momento da carga da urna, é mostrado que
aquele número corresponde a um candidato sem registro (não aparecerão nome e foto) e
que o voto será computado como NULO.
Conforme dispõe o art. 150 da Res. TSE n. 23.611/2019, compete à Junta Eleitoral:
Os problemas que podem ocorrer após a votação podem ser divididos em:
Vamos conhecê-los?
SOLUÇÃO
10. Feche a tampa lateral e 11. Recoloque o módulo na 12. Aperte o parafuso.
gire o parafuso-borboleta urna, pressionando-o
no sentido horário, mas firmemente.
não aperte demais, pois
pode atolar o papel.
Atenção:
O RED é um aplicativo cuja ativação é realizada por uma mídia gerada no GEDAI-UE. A sua função
consiste em extrair da urna eletrônica os dados referentes à votação.
O RED somente pode ser utilizado após as 17h e quando houver falha num dos seguintes
procedimentos:
Atenção!
Utiliza-se o RED apenas para gerar a MR com os resultados para a totalização e imprimir os BUS e
BJs.
Esta opção do RED permite a recuperação dos votos digitais de uma seção que teve votação mista,
ou seja, parte dos votos está na Urna Eletrônica e parte dos votos foi depositado em cédulas em
uma urna de lona.
Os dados gerados do BU pelo RED serão parciais, pois não representam a totalidade dos votos
daquela seção.
Você sabia que se a urna onde o RED estiver sendo utilizado apresentar defeito, a recuperação
pode ser realizada em uma urna de contingência? Veja como:
Atenção:
Caso o problema seja somente a falta de uma via do boletim de urna, a solução é muito simples:
ligue a urna e ela possibilitará a impressão de uma via.
O Sistema de Apuração (SA) é um sistema de apoio aos trabalhos da Justiça Eleitoral. Ele permite
que sejam apuradas em urnas eletrônicas, as cédulas em papel utilizadas em seções eleitorais nas
quais o processo de votação ocorreu parcial ou totalmente por cédulas.
Os procedimentos do SA estão disciplinados na Resolução TSE n. 23.611/2019 nos arts. 162 a 173,
185 e 186.
De acordo com o art. 146 da resolução mencionada, cada Zona Eleitoral terá pelo menos uma
junta eleitoral composta por um Juiz de Direito - que será o Presidente - e por dois ou quatro
cidadãos que atuarão como Membros Titulares.
Ao Presidente da Junta será facultado nomear (art. 148) até dois escrutinadores ou auxiliares e, se
necessário, desdobrar a Junta em Turmas Apuradoras (art. 38, §2º do Código eleitoral). Ele
designará os responsáveis (Membros) pela operação do Sistema de Apuração (art. 150, Parágrafo
único, Res. TSE n. 23.611/2019), os quais terão as seguintes competências (elencadas nos arts. 153 e
162 a 167 da Res. TSE n. 23.611/2019):
Cada partido político ou coligação poderá credenciar, perante as juntas eleitorais, até três fiscais,
que se revezarão na fiscalização dos trabalhos de apuração (Código Eleitoral, art. 161, caput).
Para ativar o sistema, deve-se inserir na urna a MR que contém o SA, ligar a urna e, quando
solicitado, digitar o código definido no GEDAI. Será necessário romper o lacre da unidade de MR; e
caso se utilize uma urna de contingência, deve ser rompido o lacre da unidade de flash card
também.
Desde as eleições de 2016, uma mesma MR pode ativar várias aplicações (o RED, o VPP, o SA e o
ATUE). Desse modo, ao inserir a MR das aplicações, a tela abaixo será mostrada. Vamos pressionar
o número correspondente ao SA:
MENU PRINCIPAL
Neste menu, encontram-se todas as opções que gerarão os resultados para totalização:
[1] - Votação mista (ler MR + cédulas): neste caso, há cédulas a apurar e uma MR com
Bu parcial
Na junta eleitoral, os dados parciais, ou seja, a votação gravada na urna até o momento da
falha, será recuperada , com o uso do RED.
Estes dados oriundos da urna defeituosa, gerarão uma MR com a votação parcial.
Utilizando-se o sistema de apuração esses votos serão somados com os votos da votação
manual.
Esta é uma situação semelhante ao caso anterior, mas a MR está com defeito. Deste modo
existe a opção de digitar o BU que tem a votação parcial.
[3]. Votação totalmente manual: há apenas cédulas a apurar, ou seja, só houve votação
manual na seção.
Atenção!
[4]. Votação totalmente eletrônica (digitar BU): a urna e a MR não estão à disposição
da Junta Eleitoral ou estão com defeito; há apenas o BU impresso.
A apuração das cédulas está prevista em quase todas as opções do Menu Apurar Seção. A
exceção é a opção Votação totalmente eletrônica.
O sistema realizará, primeiro, a apuração das cédulas dos cargos majoritários e, em seguida, a dos
proporcionais.
O processo de apuração consiste na digitação dos votos para cada cargo constante na cédula.
Voto em branco 00
Após digitar o voto para o primeiro cargo da cédula, tecla-se [CONFIRMA] para seguir ao próximo
cargo, e assim por diante.
Registrado o voto para o último cargo da cédula, a urna realiza pausa para conferência final da
cédula pelos fiscais e solicita nova confirmação, para que os votos sejam contabilizados no sistema.
O SA passa à apuração da próxima cédula e assim por diante, até apurar a última - conforme o
total de cédulas informado antes da apuração.
Concluída a apuração da última cédula majoritária, o sistema automaticamente informa que todas
as cédulas foram apuradas e aguarda que seja pressionada a tecla [CONFIRMA].
Caso esteja tudo correto, basta selecionar a opção Encerrar a apuração, que
executará os procedimentos finais - impressão do BU, solicitação de MR para gravar
resultados, etc.
Caso ambas não possuam os mesmos dados, a cédula digitada deverá ser excluída,
repetindo-se o processo até que os dados da cédula exibida pelo sistema sejam
idênticos à cédula em papel com mesmo sequencial. Nesse momento o
escrutinador retornará à apuração a partir dessa cédula.
Nesses casos, a critério da Junta Eleitoral, pode-se usar a opção Reiniciar contagem,
onde todos os votos já registrados serão apagados, retornando-se à apuração a
partir da primeira cédula.
[1] - Regerar mídia de resultado: permite gravar nova MR com os resultados de seção
apurada ou com BU digitado na urna.
[2] - Reimprimir BU: para emitir cópias extras do BU de seções apuradas ou com BU
digitado na urna.
[4] - Listar seções apuradas: exibe na tela as seções apuradas ou com BU digitado na
urna. Para imprimir a lista, basta teclar [CONFIRMA].
No BU há um código verificador. Serve para validar a digitação dos dados do BU e são a garantia
de que as informações digitadas no SA correspondem ao BU impresso.
Ocorrendo erro na digitação do código ou de alguma outra informação do BU, o sistema permite a
impressão do resumo do BU (parte do BU a que se refere o código verificador) para conferência.
Nos quadros-resumo dos cargos proporcionais, o total de votos de cada partido é calculado
automaticamente a partir da digitação dos dados do partido. Eventual erro na validação do quadro-
resumo pode indicar que foi esquecido algum partido com votos para aquele cargo.
PROCEDIMENTOS FINAIS
A urna onde foi ativado o SA deverá permanecer ligada, sob responsabilidade da turma apuradora
e à vista dos fiscais, até que se confirme o processamento de todos os BUs nela gerados pelo
sistema de totalização.
Após o encerramento do sistema, devem-se repor na urna os lacres rompidos, utilizando-se lacres
de reposição.
É recomendação expressa que o SA seja ativado em urna de seção que tenha sido encerrada com
sucesso, a qual será preparada normalmente para o 2º turno.
A votação com a urna eletrônica foi um grande avanço para a lisura do processo eleitoral e a
rapidez na apresentação dos resultados. Em contrapartida, tratando-se de um conjunto de sistemas
computacionais, torna-se imperativo garantir a segurança dos dados. Aliada à necessidade
intrínseca de estabelecer procedimentos seguros, existe a demanda da sociedade de verificação da
integridade dos sistemas eleitorais.
Trataremos nesta aula da segurança dos sistemas e dados utilizados na eleição com votação
eletrônica, bem como dos procedimentos e etapas de verificação da autenticidade e integridade
destes.
Recomendamos também a leitura do art. 1º da Res. TSE 23.603/2019, o qual traz a definição de
vários termos que serão mencionados nesta etapa do curso.
Para que tenha utilidade, a função que calcula (ou gera) o hash deve dificultar ao máximo que dois
arquivos diferentes tenham o mesmo resumo digital. Mais importante ainda: a função deve garantir
que arquivos semelhantes tenham hashes claramente distintos, permitindo a rápida verificação de
arquivos alterados.
Observe no exemplo a seguir como a alteração de um único caractere (de "T" para "t") gerou um
hash completamente diferente:
Deste modo, os resumos digitais gerados na cerimônia de lacração dos sistemas serão usados para
verificar a integridade e autenticidade dos sistemas oficiais da eleição instalados em qualquer
urna ou computador da Justiça Eleitoral.
A assinatura digital é uma forma garantir a autoria (análoga à assinatura de punho) e o conteúdo
de um arquivo digital. Para implementá-la, utiliza-se a combinação de uma função de hash com um
mecanismo de criptografia com chave assimétrica (vide os conceitos no material complementar
Cartilha de Segurança para Internet).
Uma vez assinado um arquivo, é impossível que outra pessoa assine o mesmo arquivo fazendo-se
passar pelo signatário original. Assim, se o TSE e as entidades anteriormente citadas assinarem
digitalmente um arquivo, qualquer tentativa de alteração no arquivo assinado será detectada na
conferência da assinatura digital.
Os aplicativos de verificação exibirão ou imprimirão os hashes dos arquivos dos sistemas eleitorais,
que deverão ser conferidos visualmente com os hashes publicados no site do TSE. Como cada
sistema é composto por uma série de arquivos, serão vários os resumos digitais a conferir.
QR CODE
O uso do QR Code nos boletins de urna iniciou nas eleições 2016. Mas, afinal, o que é isso?
Como os dados do boletim são codificados, com a identificação numérica de candidatos, partidos e
municípios, um aplicativo da Justiça Eleitoral será desenvolvido para permitir a decodificação,
facilitando o entendimento das informações.
A urna utiliza o que há de mais moderno em assinatura digital e criptografia para proteger o seu
software, assim como os dados de eleitores, candidatos e os votos nela registrados.
Os votos na urna são gravados de forma embaralhada, criptografados e sem qualquer associação
com os eleitores. Com isso, não é possível que um hacker abra uma urna para saber como cada
eleitor votou.
O boletim de urna, assim como outros resultados produzidos pela urna, também é protegido por
assinatura digital. O “hardware de segurança” assina todos os arquivos gravados na memória de
resultado, o que impede a modificação dos resultados e permite ter a certeza sobre qual urna
produziu os arquivos.
Por questões de segurança, as urnas saem de fábrica sem a capacidade de executar o software
desenvolvido pelo TSE, e também sem a capacidade de uso de todas as teclas do terminal do
eleitor.
Para melhor compreensão do processo fabril, leia o texto abaixo (adaptado), produzido pela
SEGELE/COTEL/STI do TSE.
FABRICAÇÃO
Ocorre no ambiente fabril da empresa vencedora da licitação para fabricação das urnas eletrônicas.
Nessa fábrica, técnicos da Justiça Eleitoral acompanham todo o processo de produção para garantir
que todos os requisitos de qualidade e segurança sejam atendidos. Após a fabricação, esses
técnicos realizam auditorias antes que as urnas eletrônicas sejam enviadas para os locais de
recebimento (TREs).
CERTIFICAÇÃO
AUTENTICAÇÃO
ATUALIZAÇÕES DE FIRMWARE
A partir da urna modelo 2015, em cada urna eletrônica, há quatro dispositivos eletrônicos
embarcados de segurança que, entre outras funcionalidades:
possibilitam a assinatura digital de dados e softwares (bem como sua respectiva verificação);
cifram (ou seja, codificam) as comunicações entre a placa-mãe da urna e seus periféricos
mais críticos - teclado do eleitor, terminal do mesário e impressora (nas urnas anteriores ao
modelo 2015 não há essa tecnologia para a impressora).
Em cada um desses dispositivos há processadores e memórias nas quais estão gravados uma
espécie de software (programa de computador) chamado firmware, que implementa essas
funcionalidades (Curiosidade: sabe onde a gente encontra firmwares? Praticamente em tudo que é
eletrodoméstico com certa tecnologia, como fornos de microondas, aparelhos televisores,
tocadores de DVD, dentre outros). O firmware é o básico do funcionamento de um equipamento (é
por causa do firmware que, por exemplo, um forno de microondas possui a função de contagem
regressiva do tempo de cozimento. Legal, né?).
Cada urna eletrônica recebida após sua fabricação possui uma versão inicial de firmware. Em caso
de necessidade, esse firmware pode ser alterado por meio de um processo conhecido como
"atualização de firmware". Essas atualizações são disponibilizadas como novas versões de firmware,
assinadas digitalmente pelo Tribunal Superior Eleitoral, de forma que uma atualização só seja aceita
pela urna eletrônica caso a verificação da assinatura digital seja bem sucedida, afinal de contas,
para Justiça Eleitoral, todo cuidado é pouco quando o assunto é segurança.
"Leigamente" falando, vamos entender o kernel como se fosse a versão mais básica de um sistema
operacional (do mesmo jeito que usamos o sistema operacional "Windows" nos computadores do
Cartório Eleitoral, a urna eletrônica também usa um sistema operacional, chamado "UENUX", que
foi desenvolvido pelo TSE e teve como base o Linux (concorrente do Windows). Assim como a
certificação, tal procedimento é requisito para que as urnas eletrônicas executem os sistemas
eleitorais.
1. Há componentes das urnas eletrônicas fabricados fora do Brasil que, por segurança,
possuem uma versão de firmware por nós conhecida e que é verificada durante a fabricação,
antes de ser atualizada pela versão inicial que será recebida pelos tribunais regionais.
2. As urnas eletrônicas fabricadas são separadas em lotes. Esses lotes só são enviados para os
regionais caso sejam aprovados na auditoria realizada pelos técnicos da Justiça Eleitoral. As
urnas eletrônicas dos primeiros lotes são todas auditadas e, a partir do momento em que há
uma estabilidade na aceitação desses lotes, passa-se a fazer auditoria por amostragem.
3. Cada urna eletrônica gera, usando o MSD (ou MSE), seis pares de "chaves assimétricas"
(combinações de códigos de segurança conhecidos pelo TSE e pelos programas da urna
eletrônica) que ficam protegidas na memória desse dispositivo. Apenas as chamadas "chaves
públicas" são enviadas nas requisições dos respectivos certificados digitais. Já as "chaves
privadas" nunca saem dos dispositivos de segurança de cada urna eletrônica (afinal,
ninguém vai colocar uma senha num cofre e sair por aí divulgando a senha pra todo mundo,
não é mesmo?). Por fim, nos dispositivos mais críticos, é aplicada, ainda, uma grossa camada
de resina de epoxi que evidencia eventuais tentativas de acesso físico (ou seja, segurança
lógica - de sistemas - e física - tangente, concreta, a olho nu).
MSD = Main Security Device (tradução: Dispositvo Principal de Segurança) - em urnas UE2015 e
anteriores
Trataremos agora dos aplicativos utilizados para verificação da integridade dos sistemas, tanto na
urna eletrônica quanto nos computadores da Justiça Eleitoral.
Para isso, poderá ser usado programa de verificação fornecido pelo TSE ou programa desenvolvido
pela entidade fiscalizadora.
A verificação da integridade e autenticidade dos programas da urna eletrônica será realizada nos
locais de preparação das urnas mediante a utilização (art. 36, §3º) do(s):
O AVPART permitirá a emissão do hash dos programas instalados nas urnas e a validação das
assinaturas digitais dos arquivos da urna eletrônica.
II - emissão do hash dos programas instalados durante a carga das urnas eletrônicas; e
Como os demais aplicativos da urna, o VPP é instalado durante a carga e ativado pela MR de
mesmo nome, gerada no GEDAI.
Além da impressão dos hashes para conferência, o VPP disponibiliza outras opções, que variam de
acordo com o momento em que o aplicativo estiver sendo executado e conforme o tipo de urna
(seção ou contingência) onde está sendo executado.
Além da impressão dos hash para conferência, o VPP disponibiliza outras opções, que variam:
Lembre-se!
em função do tipo de urna em que está sendo executado - seção ou contingência. Atente
para o fato que uma urna configurada como contingência que substituir urna de votação
se comportará como a urna que foi substituída.
Urna de contingência
Momento Urna de votação (seção)
(não usada)
[1] Hashes
[2] Visualizar Candidatos
[3] Visualizar consultas
Apenas verificação Pré populares2 [1] Hashes
[4] Iniciar modo de [5] Log
urna configurada1 para o 1º demonstração de Votação [7] Dados de eleitores e
turno, antes da emissão da [5] Log candidatos
zerésima [6] Resultados [9] Sair
[7] Dados de eleitores e
candidatos
[9] Sair
[1] Hashes
[2] Visualizar Candidatos
[3] Visualizar consultas
Verificação Pré e Pós populares2 [1] Hashes
[4] Iniciar modo de [5] Log
urna após o 1º turno, preparada [7] Dados de eleitores e
demonstração de Votação
para o 2º turno, antes da candidatos
[5] Log
emissão da zerésima [9] Sair
[6] Resultados
[7] Dados de eleitores e
candidatos
[9] Sair
[1] Hashes
[2] Visualizar Candidatos
[3] Visualizar consultas
Apenas verificação Pós populares2 [1] Hashes
[4] Iniciar modo de [5] Log
urna após o 2º turno ou
demonstração de votação [7] Dados de eleitores e
urna após o 1º turno antes de [5] Log candidatos
ser preparada para o 2º turno [6] Resultados [9] Sair
[7] Dados dos eleitores e
candidatos
[9] Sair
1
Considera-se a urna configurada somente após a conclusão do autoteste, o reinício e a exibição
da tela com os dados da seção ou identificação da urna como contingência.
2
Por não haver consultas populares nas Eleições 2020, a opção [3] Visualizar consultas
populares será exibida, mas não estará disponível.
Imprimir Hashes
Permite imprimir ou salvar em MR os resumos digitais dos arquivos contidos no flash interno (FI) e
no flash de votação (no relatório, chamado de FE - flash externo) da urna. Em urnas de
contingência, só serão impressos os hashes do FI, pois essas urnas não têm mídia no drive de flash
card.
Existem na urna:
arquivos dinâmicos.
Ao escolher uma das opções (Imprimir arquivos estáticos ou Imprimir arquivos dinâmicos), o
relatório listará primeiramente os arquivos da FI, seguidos dos arquivos do FE (este não possui
arquivos estáticos publicados na internet).
Será feita a conferência dos arquivos estáticos do FI, pois apenas estes possuem hash publicado
na internet.
Permite que sejam conferidos os dados dos candidatos. A audiência de preparação das urnas, onde
a verificação pré-eleição é obrigatória, é a última oportunidade antes da eleição para verificar se os
dados dos candidatos estão corretos na urna.
Os dados dos candidatos podem ser exibidos por partido, por cargo ou por número de candidato
específico. Se a urna já tiver sido preparada para 2º turno, haverá um submenu para que seja
escolhido o turno desejado.
Opção que só pode ser executada no período pré-eleição, em urna configurada para votação,
antes da emissão da Zerésima. Essa opção é utilizada durante a Audiência de Preparação das Urnas,
em pelo menos uma urna por município.
É importante ressaltar que a MR com o resultado dessa votação não é válida para totalização e,
além disso, o BU impresso vem com a informação: BU Impresso pelo VPP.
O log da urna contém o registro de todos os eventos que nela ocorreram, desde a sua carga. Esta
opção do VPP permite visualizar o log na tela da urna ou gravá-lo em uma MR.
Imagem dos dados contidos no arquivo Log da urna gravada na MR (seção sem biometria):
gravar MR;
imprimir BU;
Permite a impressão dos nomes dos arquivos relacionados com os dados de eleitores e de
candidatos.
Na urna de contingência, constará a informação que a urna não possui esses dados.
Os representantes das entidades fiscalizadoras, caso tenham interesse, poderão fazer uso de
programa próprio, conforme disposto nos arts. 12 a 17.
Não será permitida a gravação, na urna ou nos computadores da Justiça Eleitoral, de nenhum tipo
de dado ou função pelos programas de verificação apresentados pelas entidades fiscalizadoras.
(art. 17)
Para verificação da autenticidade e assinatura digital dos sistemas eleitorais, bem como dos
programas de verificação desenvolvidos por entidades ou partidos, o TSE disponibiliza os
aplicativos:
Estes aplicativos deverão ser instalados em computadores com a última versão do SIS e com a lista
de certificados públicos mais recente da Justiça Eleitoral. Estarão disponíveis aos usuários
habilitados para cada aplicativo com o nível de acesso "operador" no SisDesktop, Sistemas
Eleitorais, aba "Sem Fase".
Gerenciador de Dados,
Hotswap-flash;
Transportador;
Solução JE-Connect.
Apresentamos nos tópicos acima os aplicativos para verificação da autenticidade e integridade dos
sistemas eleitorais instalados em urnas ou microcomputadores. A tabela a seguir busca resumir
quais aplicativos são utilizados em cada situação de verificação.
IV - Congresso Nacional;
VI - Controladoria-Geral da União;
XIV - Entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos, com notória atuação em
fiscalização e transparência da gestão pública, credenciadas junto ao Tribunal Superior
Eleitoral; e
A fiscalização dos sistemas eleitorais ocorrerá de acordo com os seguintes momentos (art. 4º):
Para os cartórios eleitorais, os momentos de sua responsabilidade imediata nos quais poderão ser
verificados os resumos digitais (hash) e a assinatura digital dos sistemas eleitorais estão
relacionados nos incisos II, IV, VI, VII e VIII (em destaque), e serão o tema da próxima aula.
Cerimônia de assinatura digital e de lacração dos sistemas: a versão final dos sistemas
é apresentada nesta cerimônia. Os representantes do TSE e das entidades anteriormente
elencadas que demonstrarem interesse poderão assinar digitalmente os programas
(Resolução TSE n. 23.603/2019, art. 18 e seguintes).
Entrega das cópias dos resumos digitais: aos representantes das entidades acima
referidas (presentes na cerimônia) e publicados na página da internet do TSE.
Para entender o que ocorre na cerimônia de lacração dos sistemas eleitorais e assinatura digital,
veja um resumo:
Além das auditorias, ocorre também o Teste Público de Segurança, com o objetivo de fortalecer a
confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos e propiciar
melhorias no processo eleitoral.
A Resolução TSE 23.603/2019 assim define o Teste Público de Segurança (TPS): evento permanente
do calendário da Justiça Eleitoral, que visa aprimorar os sistemas eleitorais, mediante a participação
e colaboração de especialistas, na busca por problemas ou fragilidades que, uma vez identificadas,
serão resolvidas antes da realização das eleições.
Por meio do TPS, o TSE oportuniza a especialistas acesso direto ao código-fonte dos programas
eleitorais; após isso, eles produzem planos de ataque ao sistema para tentar quebrar as barreiras de
segurança do sistema de votação. Portanto, nesses testes o sistema brasileiro de votação é
colocado à prova.
O 1º teste de segurança ocorreu em 2009, sendo que a segunda edição foi realizada em 2012.
Em 2015, o TSE editou a Resolução nº 23.444/2015, que dispõe sobre a realização periódica do
Teste Público de Segurança – TPS nos sistemas eleitorais que especifica. Após isso, foram realizados
testes de segurança em 2016, 2017 e 2019.
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 153
Mais informações sobre os testes de votação estão disponíveis na cartilha do TSE e no material,
também produzido pelo TSE, “Sistema Eletrônico de Votação – Perguntas maios frequentes”,
ambos disponíveis no material complementar deste curso.
Para os cartórios eleitorais, os momentos de sua responsabilidade imediata nos quais poderão ser
verificados os resumos digitais (hash) e a assinatura digital dos sistemas eleitorais são:
após a eleição.
HotSwapFlash (HSF).
A verificação por amostragem poderá ser realizada em até 3% (três por cento) das urnas
preparadas para cada zona eleitoral, observado o mínimo de 1 (uma) urna por município,
escolhidas pelos representantes das entidades fiscalizadoras, aleatoriamente entre as urnas de
votação e as de contingência (art. 36, §1º).
As verificações são feitas pelos aplicativos (já explicados neste curso) desenvolvidos pelo TSE: VPP e
AVPART. Além desses, é possível a utilização de programas de verificação de integridade e
autenticidade dos sistemas eleitorais, desenvolvidos pelas entidades fiscalizadoras (art. 36, §3º,III).
Os TREs realizarão por meio de amostragem, no dia da votação dois tipos de auditoria:
Para a organização dos trabalhos, cada TRE comporá uma comissão (art. 53). A comissão, no dia
anterior ao da eleição, entre as 9h e as 12h, promoverá o sorteio das seções eleitorais que serão
submetidas às auditorias.
Forma de auditoria criada em 2002, sob o nome de votação paralela, sendo seu nome atual
“Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas”, é uma forma de auditar o correto
funcionamento da urna eletrônica de forma simples, verificando o efetivo funcionamento, no dia da
eleição, de algumas urnas escolhidas aleatoriamente.
Os procedimentos para as Eleições 2020 estão regulamentados pela Res. TSE 23.603/2019, arts. 51
a 71. Segundo o art. 51, inciso I, da Res. TSE n. 23.603/2019:
O evento é realizado sobre uma amostra das urnas preparadas para as eleições em cada TRE,
sendo conduzido pela Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica.
1. localizar e separar imediatamente a respectiva urna, que será recolhida pelo TRE, conforme
orientações da comissão;
3. concluída a configuração da nova urna, ler o flash de carga no GEDAI para receber e
transmitir a nova correspondência da seção sorteada.
Os procedimentos estão descritos na Resolução TSE 23.603/2019, arts. 51, II e 72 a 77. Segundo o
art. 51, inciso II, da referida Resolução:
O sorteio das urnas é feito em conjunto com as urnas sorteadas para a auditoria anteriormente
comentada.
A comissão eleitoral informará o juiz eleitoral sobre a urna sorteada. O juiz convocará os partidos
políticos, representantes da OAB e do MP para que compareçam ao local de votação às 7h do dia
da eleição.
Além disso, também será comunicado o presidente da seção eleitoral sobre a auditoria que será
realizada na urna da respectiva seção eleitoral.
Na seção eleitoral, será feita a verificação das assinaturas e dos resumos digitais pelo programa do
TSE (AVPART) ou pelo programa de verificação apresentado pelo interessado, ou ambos. Desta
forma, comprova-se a autenticidade e integridade dos programas da urna.
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 158
Fluxo de procedimentos - funcionamento das urnas no dia da votação
Durante a preparação das eleições e após, é normal que os partidos políticos solicitem à Justiça
Eleitoral dados dos sistemas eleitorais para que possam exercer a sua fiscalização.
SOLICITAÇÕES AO TRE
As entidades fiscalizadoras poderão solicitar verificação extraordinária após o pleito, desde que
sejam relatados fatos e apresentados indícios e circunstâncias que a justifique, sob pena de
indeferimento liminar.
SVI / EJESC / Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina 160
O prazo final para o pedido de verificação posterior ao pleito se encerra em 5 (cinco) dias
antecedentes à data-limite estabelecida no Calendário Eleitoral para manutenção dos lacres das
urnas e de liberação para desinstalação dos sistemas. (Res. TSE n º 23.603/2019, art. 49, § 1º).
Instalados em
Antes da eleição equipamentos da Justiça
Eleitoral: VAP
Audiência de Geração de Cartório
Verificador de
Mídias Eleitoral SIS partido/entidade
(art.35) GEDAI
HotSwapFlash (HSF)
Antes da eleição
VPP
Local de
Audiência de Preparação AVPART
preparação Urnas
das Urnas Verificador de
das urnas
partido/entidade
(art. 36)
SIS VAP
Após as eleições GEDAI VAD
Cartório HotSwapFlash (HSF) VPP
(art. 50, I cc arts. 35, 42)
Eleitoral Urnas AVPART
(art. 50, II cc art. 36) Transportador Verificador de
JE-Connect partido/entidade
Gerenciamento da
Totalização VAP
Após as eleições Receptor de arquivos VAD
TSE
(art. 50, III cc art. 40) de urna (REC-BU) Verificador de
InfoArquivos partido/entidade
Transportador WEB
Sendo assim, qualquer pessoa com acesso a internet poderá visualizar o resultado de qualquer
seção eleitoral.
Esmerados colegas, chegamos ao fim do curso EaD de "Geração de Mídias e Urnas Eletrônicas -
2020" e esperamos que todos tenham aproveitado ao máximo cada nova informação passada,
além de poder relembrar tantas outras no que diz respeito ao uso dos sistemas e procedimentos
abordados neste curso.
Gostaríamos de aproveitar esse momento para destacar alguns pontos que consideramos
importantes, basicamente por serem novidade nessas Eleições 2020:
1. A resolução do TSE passa a chamar os cartões de memória (flash cards) como mídias: mídia
de carga e mídia de votação.
2. Caso algum teste apresente defeito durante o procedimento de preparação da urnas, será
facultado ao cartório refazer somente o teste não aprovado.
5. Durante o autoteste do terminal do eleitor (no procedimento de carga), a urna solicitará que
as teclas sejam testadas em ordem aleatória e não mais em sequência.
6. Em SC, na eleição passada, as MRs foram deixadas nos cartórios, sendo assim esta é a
primeira eleição em que os cartórios já possuem as referidas mídias em seu estoque.
10. Na urna, antes da votação, a urna emitirá áudio com orientações para o eleitor que necessita
deste recurso.
11. No VPP, não há mais "forçar início da votação" (agora será "demonstração da votação")
sendo dispensada nova carga.
12. Por conta da pandemia da COVID-19 e exiguidade dos prazos, o TRESC fará uma audiência
de conferência, de modo a minimizar o contato entre os servidores, técnicos de urna e
estagiários dos cartórios com os auditores de configuração.