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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
DIREITO ELETRÔNICO............................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
DIREITO E NOVAS TECNOLOGIAS............................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
NATUREZA JURÍDICA................................................................................................................ 19
CAPÍTULO 3
CRIMES ELETRÔNICOS............................................................................................................ 37
CAPÍTULO 4
RELAÇÕES DE CONSUMO....................................................................................................... 45
CAPÍTULO 5
RESPONSABILIDADE CIVIL E PRIVACIDADE................................................................................ 52
UNIDADE II
PERÍCIA FORENSE................................................................................................................................. 73
CAPÍTULO 1
ANÁLISE FORENSE................................................................................................................... 73
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 79
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
Nesta disciplina, iremos verificar o papel do Direito Eletrônico na Perícia Forense, nas
perspectivas de uma estrita observância aos seus objetivos estratégicos e da estratégia
administrativa traçada, buscando conhecimentos sobre a natureza jurídica dos crimes
eletrônicos, relações de consumo, responsabilidade civil, privacidade e análise forense.
Objetivos
»» Conhecer os conceitos básicos em direito eletrônico.
7
8
DIREITO UNIDADE I
ELETRÔNICO
CAPÍTULO 1
Direito e Novas Tecnologias
Figura 1.
O meio eletrônico ganha importância e cada vez maior abrangência. Com isso, emerge,
nesse contexto, a necessidade de regulamentação. As situações apresentadas no
meio virtual precisam ser avaliadas e, as eventuais violações de direito, evitadas ou
reprimidas, de forma adequada.
Juntamente com as benesses e vantagens, trazidas pela tecnologia e pelo meio virtual,
advêm, também, certos problemas. Um tema de grande repercussão são as chamadas
fraudes eletrônicas, em que criminosos adquirem o conhecimento necessário para
ludibriar cidadãos e consumidores na seara eletrônica.
9
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Uma das formas em que a fraude se desenvolve é por meio de envio de e-mail. O usuário
abre e o conteúdo malicioso e este instala, no computador, certo aplicativo, por meio do
qual se retiram informações pessoais e bancárias do indivíduo.
Outra questão que se aborda no âmbito do mundo virtual é a como se proteger o direito
do criador ou elaborador de programas de computador, os softwares. A legislação e as
teorias dos doutrinadores precisam delimitar a natureza e o âmbito dessa proteção e
as medidas punitivas em caso de violação. A repercussão legal recairia não apenas no
âmbito criminal, mas, inclusive, no que tange ao aspecto indenizatório.
10
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
I - Ministério da Justiça;
II - Ministério da Fazenda;
11
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Os assuntos que permeiam o mundo digital são os mais variados. Cada um deles
nos direciona a discussões distintas, em que vários direitos se encontram inseridos.
Determinar o limite e as formas de preservação e de punição são grandes desafios dos
legisladores e estudiosos do Direito.
O Direito sempre deve ofertar as respostas e soluções que a sociedade busca para seus
conflitos, justamente para evitar um retorno da era da autotutela, em que a justiça
era realizada por qualquer um que se sentisse agredido, ofendido e da forma como
14
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
lhe aprouvesse. A legislação e a tutela jurídica vêm para preservar os direitos gerais e
individuais de cada cidadão, mas as regras são estabelecidas com anterioridade e as
punições também.
Como já esclarecido, o mundo virtual abarca e insere-se nos mais variados âmbitos de
nossas vidas, e as relações e situações apresentadas por este se disseminam por várias
áreas do Direito, como no Direito Penal, Direito Tributário, Empresarial, entre outras.
Mas a questão que deve ser compreendida é que o Direito responde aos anseios sociais
de proteção, mas a burocracia e os prazos de trâmite estipulados pela própria legislação
para certa gama de procedimentos atrasam essa resposta à sociedade.
Imprescindível, ainda, aduzir que, além do Direito estar sujeito a alterações de viés
técnico, relacionado às inovações tecnológicas, estas também são influenciadas
diretamente pelas modificações sociais e culturais que se desenvolvem na sociedade,
podendo até ser afirmado que a tecnologia e a formatação desse mundo virtual são
moldadas diariamente pelas forças e pelos movimentos sociais.
Outro cuidado que se deve ter é não restringir o Direito da Tecnologia apenas ao âmbito
da rede virtual. Estamos aqui lidando e tratando das inovações tecnológicas em geral,
assim como também da destinada à Internet, mas sempre deve haver a consciência de
que o âmbito de estudo e aplicação é bem mais abrangente e segue ganhando cada vez
mais matizes.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Quando, nesse contexto de troca de informação, surge a Internet, ocorre uma verdadeira
revolução.
1 ORLANDO, Ricardo Augusto Silveira. A Comunicação On-Line e os Portais da Web: Uma abordagem Semiótica. Dissertação
apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Multimeios, na linha de pesquisa Multimeios
e Ciências do Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas. São Paulo, 2001.
Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000242106>.
2 CATELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 1v.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Situações de prejuízo social e atos ilícitos são considerados a parte negativa da ferramenta
da Internet. Muitos crimes e atos ilícitos passaram a ser praticados nesse ambiente, em
que é mais difícil se detectar as autorias e até mesmo tipificar as condutas.
No que tange à comunicação digital, à informação adquirida e como deve se lidar com
esta, dispõe o autor.
3 CATELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 1v. p. 439,
4 LÉVY, Pierre. A Emergência do Ciberespace e as Mutações Culturais. Sociologia.de, Porto Alegre, out, 1994. Disponível em: <
http://www.sociologia.de/soc/index1.htm >
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
As informações transmitidas, em grande parte das vezes, são enganosas por serem
incompletas ou porque já possuem tal natureza. Há sempre que se verificar e confirmar
situações e dados, para que não se promova um equivoco em grande escala.
5 PERNISA JÚNIOR, Carlos; ALVES, Wedencley. Comunicação Digital. Jornalismo, Narrativas, Estética. Rio de Janeiro:
Mauad X, 2010.
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CAPÍTULO 2
Natureza Jurídica
A proteção do hardware é tão importante quanto a que se refere aos softwares, tendo em
vista que, para o funcionamento e desenvolvimento desse segundo grupo, faz-se mister
e imprescindível que a estrutura material e os elementos que a constituem estejam em
ordem. É, assim, um produto considerado de origem industrial, sendo regulado pelas
normas que regem tais materiais.
DECRETA:
ERNESTO GEISEL
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
CONVENÇÃO DE BERNA
ARTIGO 1
ARTIGO 2
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
ARTIGO 2
ARTIGO 3
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
ARTIGO 4
6 LÉVY, Pierre. A invenção do computador. In: SERRES, Michel (Org.). Elementos para uma História das Ciências III: de
Pasteur ao computador. Lisboa, Terramar,1989.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
A Lei no 8.248/91 foi revogada em 1999, sendo mantida por meio de medidas provisórias,
até 1/1/2002, quando entrou em vigor a Lei no 10.176/2001.
Entre esses incentivos fiscais estão a redução do Imposto sobre Produto Industrializado
– IPI dos produtos incentivados, sendo esta uma medida governamental para promover
a inovação do setor. Observe o teor da lei mais recente.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 3o
Art. 4o § 1o-A
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Art. 9o
Art. 11. Para fazer jus aos benefícios previstos no art. 4o desta Lei, as
empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de
informática e automação deverão investir, anualmente, em atividades
de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação a serem
realizadas no País, no mínimo 5% (cinco por cento) do seu faturamento
bruto no mercado interno, decorrente da comercialização de bens e
serviços de informática, incentivados na forma desta Lei, deduzidos os
tributos correspondentes a tais comercializações, bem como o valor das
aquisições de produtos incentivados na forma desta Lei ou do art. 2o da
Lei no 8.387, de 30 de dezembro de 1991, conforme projeto elaborado
pelas próprias empresas, a partir da apresentação da proposta de
projeto de que trata o § 1oC do art. 4o desta Lei.
§ 6o
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Art. 16-A
§ 2o
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Art. 2o
§ 3o Para fazer jus aos benefícios previstos neste artigo, as empresas que
tenham como finalidade a produção de bens e serviços de informática
deverão aplicar, anualmente, no mínimo 5% (cinco por cento) do seu
faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização
de bens e serviços de informática incentivados na forma desta Lei,
deduzidos os tributos correspondentes a tais comercializações, bem
como o valor das aquisições de produtos incentivados na forma do § 2o
deste artigo ou da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, em atividades
de pesquisa e desenvolvimento a serem realizadas na Amazônia,
conforme projeto elaborado pelas próprias empresas, com base em
proposta de projeto a ser apresentada à Superintendência da Zona
Franca de Manaus – SUFRAMA e ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Faz-se mister ressaltar que a “informática não é neutra, isto é, traz em si a cultura
de quem a originou. Portanto, é fundamental que cada país exerça crítica sobre
as informações que lhe atravessam as fronteiras [...]. O país que não se preocupa
com o controle das informações estratégicas que utiliza corre o risco de se tornar
intoleravelmente dependente, por meio das telecomunicações dos interesses de grupos
políticos e econômicos fora de suas fronteiras”.7 (DANTAS, 1988, p. 235)
7 DANTAS, Vera, 1988, Guerrilha Tecnológica: a verdadeira história da política nacional de informática. Rio de Janeiro, LTC.
Disponível em: <http://www.mci.org.br/biblioteca/ guerrilha_tecnologica.pdf>
8 PINHEIRO, Patrícia Peck. Direito Digital. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 208.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Reinaldo Demócrito Filho deixa assente que “(...) se, por um lado, a coleta de informações
pessoais pode favorecer negócios, facilitar decisões governamentais ou mesmo melhorar
a qualidade de vida material da sociedade como um todo, outros valores necessitam ser
considerados à luz da privacidade individual ”.9
Têmis Limberger traz uma importante acepção acerca da relação entre informática e
direito à intimidade:
O que seriam estes dados pessoais? “(...) O dado pessoal é uma informação que permite
identificar uma pessoa de maneira direta. A proteção do dado sensível tenta prevenir
ou eliminar discriminações. Pode-se dizer que é uma nova leitura do princípio da
igualdade, e sua intenção é a de que os dados armazenados não sirvam para prejudicar
pessoas”.11
Há informações que são coletadas e repassadas que possuem uma finalidade especial.
Estas se constroem em torno de pessoas identificáveis ou Personally Identifiable
9 REINALDO FILHO, Demócrito (coord.). Direito da Informática – temas polêmicos. 1a ed., Bauru: Edipro, 2002.
10 LIMBERGER, Têmis. O Direito à Intimidade na Era da Informática: a necessidade de proteção dos dados pessoais. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 54.
11 LIMBERGER, Têmis. O Direito à Intimidade na Era da Informática: a necessidade de proteção dos dados pessoais. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 61.
12 LIMBERGER, Têmis. O Direito à Intimidade na Era da Informática: a necessidade de proteção dos dados pessoais. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2007, p. 61.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Information (PII), para que sejam elaborados os perfis com base no cruzamento de
dados, como os referentes aos seus dados. Assim, buscam certas empresas ou instituições
fornecer um atendimento personalizado, evitando a perda de tempo e facilitando as
negociações.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
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CAPÍTULO 3
Crimes Eletrônicos
Haveria uma divisão dentro dessa nomenclatura genérica dos crimes de informática,
alguns doutrinadores e estudiosos do direito os separam em crimes de informática
próprios e crimes de informática impróprios.
Colares (apud GOUVEIA, 2007) apresenta outra classificação dos crimes cometidos
com o uso do computador. Crimes eletrônicos – crimes tradicionais nos quais a Internet
é utilizada como meio para a sua prática, entre eles: pornografia infantil, racismo,
ofensas morais, plágio e incitação à violência e crimes informáticos – práticas ofensivas
que têm como fim a lesão de dados ou sistemas computacionais, especialidade dos
hackers, que não têm previsão legal no Brasil e, portanto, não poderiam ser chamados
de “crimes” no sentido jurídico da palavra.14
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Art. 2o (VETADO)
Art. 3o (VETADO)
Art. 20.
§ 3o
Art. 6o Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias
de sua publicação oficial.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Vigência
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
“Ação penal
Art. 266.
Art. 298.
Falsificação de cartão
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Art. 4o Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias
de sua publicação oficial.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
“Art. 185.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
“Art. 222. .
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente: (Redação dada pela Lei no 11.829, de 2008)
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
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CAPÍTULO 4
Relações de Consumo
Assim, o comércio cambia justamente com as novas repercussões e novos anseios sociais
de uma sociedade globalizada contemporânea. Os negócios, em geral, realizam-se com
maior rapidez, obtendo-se mais tempo para despender em outras searas, como na própria
concretização da negociação.
45
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
O Código de Defesa do consumidor aplica-se a tais relação, por ser notória sua natureza
consumerista, independente do meio em que esta se realiza ou concretiza. Observa-se, ainda,
a presença de um parte fragilizada e vulnerável de um lado da negociação desenvolvida.
Há princípios que protegem a relação de consumo que nunca podem ser olvidados ou
relaxados. São estes o princípio da vulnerabilidade, o princípio da boa-fé objetiva, o
princípio da transparência e o princípio do equilíbrio.
Esses princípios existem devido à consciência do legislador brasileiro que observou que,
em uma relação de consumo, muitas das vezes, não há uma troca equilibrada, em que
cada um possui seus direitos respeitados. Importa assim, assentar a importância dessas
prescrições principiológicas, para que se proteja aquele que aparece na negociação de
forma mais frágil e vulnerável.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
SEÇÃO IV
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
SEÇÃO II
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
V - (Vetado);
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
§ 3o (Vetado).
O contrato eletrônico não consiste numa nova modalidade contratual, mas, sim, numa
nova forma de sua celebração. Ou seja, ele se destaca do contrato convencional justamente
por ser um contrato celebrado a distância, fora do estabelecimento comercial. Existem
a oferta, a aceitação e o pagamento, que podem ser realizados por meio da Internet,
cuja contratação é classificada como a distância.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
15 MARQUES, Claúdia Lima. Confiança no comércio eletrônico e a proteção do consumidor. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2004.
16 CAVALIERE FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. SãoPaulo: Revista dos Tribunais,2002,p.486.
51
CAPÍTULO 5
Responsabilidade Civil e Privacidade
Assim, algumas definições se fazem oportunas para que se compreenda quem são esses
atores virtuais que podem ser responsabilizados e quais as atividades e os serviços
ofertados.
17 Responsabilidade Civil dos Provedores de Serviços de Internet, 1. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2005, p. 19.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
O provedor de backbone somente pode ser explicado a partir de uma perspectiva técnica.
São empresas que possuem estruturas com alto grau tecnológico, o que possibilita a
manipulação de conteúdos e informações de grande monta, por meio de rede, auxiliada
por circuitos que realizam tais atividades com extrema rapidez, ou seja, são pessoas
jurídicas de grande aporte e vulto que se propõem a realizar atividades sistemáticas,
continuas e de alto nível tecnológico.
Já tratando da seara dos provedores de acesso, este pode ser definido como o fornecedor
de atividades e serviços que proporcionam e facilitam o acesso de usuários à Internet,
também se estrutura na forma de pessoa jurídica.
O provedor de hospedagem é uma ferramenta que vem sendo muito utilizada desde o
lançamento, o desenvolvimento e a disseminação da Internet, pois há a possibilidade
de hospedagem de sites de forma remota, em que o acesso fica disponível para todos
usuários que queiram acessá-los. Utilizam-se, também, de medidas contra vírus e
ataques, além da segurança de possuir cópias, backup.
18 GRECO. Marco Aurélio. Direito à intimidade em ambiente da Internet. In: DIREITO & INTERNET. 2000. p. 171.
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
19 CASTRO FILHO, Sebastião de Oliveira. Da responsabilidade do provedor de internet nas relações de consumo. In: BRASIL.
Superior Tribunal de Justiça. Doutrina: Edição Comemorativa – 15 anos. Brasília: Brasília Jurídica, STJ, 2005. p. 173.
20 LEONARDI, Marcel. Responsabilidade civil dos provedores de serviços de Internet. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2005.p
25/26.
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Outro assunto que vem ganhando espaço nas discussões contemporâneas entre
privacidade, divulgações de dados e Internet é o denominado “Direito ao Esquecimento”,
que é explicado pelo Doutrinador Greco como uma forma desrespeito à intimidade.
(…)
55
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
(…)
(…)
56
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
(...)
(…)
57
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
(…)
58
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
(…)
Mas a tão esperada regulação do ciberespaço se realiza por meio da publicação da Lei no
12.965/2014, que estabelece princípios, direitos, garantias e diretrizes para a utilização
da internet no âmbito nacional.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
IV - a abertura e a colaboração;
II - proteção da privacidade;
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
CAPÍTULO II
62
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
CAPÍTULO III
Seção I
Da Neutralidade de Rede
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Seção II
64
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
65
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Subseção I
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
Subseção II
Subseção III
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Art. 17. Ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei, a opção por não
guardar os registros de acesso a aplicações de internet não implica
responsabilidade sobre danos decorrentes do uso desses serviços por
terceiros.
Seção III
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DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
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UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
Seção IV
CAPÍTULO IV
70
DIREITO ELETRÔNICO│ UNIDADE I
71
UNIDADE I │DIREITO ELETRÔNICO
CAPÍTULO V
Disposições Finais
Art. 30. A defesa dos interesses e dos direitos estabelecidos nesta Lei
poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma da
lei.
Art. 32. Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de
sua publicação oficial.
72
PERÍCIA FORENSE UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Análise Forense
73
UNIDADE II │PERÍCIA FORENSE
Vários elementos são analisados por essa ciência, como a criptografia dos dados, a forma
de arquivamento de informações, em que se podem obter informações relevantes ainda
que algum indivíduo tente frustrar sua divulgação ou obtenção, além das mensagens e
informações trocadas entre empresas e usuários.
Esse ramo da ciência permite que indícios se tornem certezas avaliadas tecnicamente,
passando ao status de evidência real de um fato investigado ou sob o qual se requer uma
resposta dotada de veracidade.
Entretanto, não se pode olvidar do que estabelece o art. 131 do Código de Processo Civil,
que ressalta a existência de uma análise judicial dos autos e das provas por meio do livre
convencimento do julgador. “Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo
aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes,
mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento”.
74
PERÍCIA FORENSE│UNIDADE II
Por isso, a depender de como a evidência é obtida, está pode ser descartada e não
utilizada, por não ter sido coletada ou utilizada da maneira que se estipulava. Assim,
busca-se certo padrão para lidar com toda essa transnacionalidade.
Os computadores podem conter provas de invariáveis crimes como até mesmos os mais
graves, como os de homicídios. Por isso, torna-se tão importante a função e o exercício
da atividade da perícia computacional.
75
UNIDADE II │PERÍCIA FORENSE
como fraudes de todo tipo de natureza externa ou interna no âmbito da própria empresa
ou organização, pirataria, violações de direitos autorais, entre outras.
Algumas ferramentas técnicas vêm sendo utilizadas pelos peritos em suas análises,
denominadas de Open Source, nas quais se encontram as ferramentas de análise de
memória RAM; as Ferramentas de análise de captura de disco (offline); e os Live CDs.
Cabe ressaltar que essas ferramentas são dinâmicas e se cambiam a todo tempo para
se aperfeiçoarem. Suas nomenclaturas também podem estar sujeitas a alterações
futuras e remodelagens. Além disso, surgem muitas empresas que objetivam fornecer
outros instrumentos com as mesmas boas funcionalidades dos anteriores, porém com
acréscimo de outras para valorização e disseminação maior de sua gama de produtos e
pacotes.
76
PERÍCIA FORENSE│UNIDADE II
Fonte: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2010000400016&script=sci_arttext>.
Como já explicado, a perícia forense desenvolve-se nas mais diversas áreas. A estudada
acima, na área computacional, utiliza-se de metodologias e ferramentas próprias,
especificas. Já outros âmbitos de estudo sob os quais pode recair a perícia forense,
como na seara criminal ou empresarial, irão se utilizar de outros padrões, critérios
e ferramentas, não querendo, aqui, eliminar a possibilidade das ferramentas se
interagirem em muitas situações. O que deve ser compreendido, além do todo exposto,
é a abrangência de aplicação da perícia forense, não se contendo em observá-la sob um
viés estrito, possuindo consciência de sua importância no contexto contemporâneo.
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Para (não) finalizar
Parabéns! Você chegou ao final de mais um Caderno do nosso curso. Esperamos que
tenha aproveitado as leituras, debatido com seus colegas e seu tutor sobre os temas
abordados e que tenha compreendido a importância da natureza jurídica dos crimes
eletrônicos, as relações de consumo, a responsabilidade civil, a privacidade e a análise
forense.
Neste Caderno, procuramos fazer com que você tenha conhecimento sobre a atuação
do perito forense e esperamos que esteja apto a identificar a importância do Direito
Eletrônico e Perícia Forense.
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Referências
BLUM, Renato Opice (Coord.). Direito em internet. Aspectos jurídicos. São Paulo:
Edipro, 2000.
LUCCA, Newton de; FILITO, Adalberto Simão (Coord.). Direito e internet. Aspectos
jurídicos relevantes. Bauru: Edipro, 2000.
79