Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mercado
Internacional
e Comércio
Exterior
(4 créditos – 80 horas)
Autora:
Maisa Helena Pimenta
Revisora:
Gabriela Isla Martins
0223
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do
seu curso.
SUMÁRIO
UNIDADE 3 – SISCOMEC....................................................................................... 22
3.1 Habilitação e Credenciamento ..................................................................................23
3.2 Registro de exportação e Declaração de despacho de exportação ...............................24
3.3 Modalidades de pagamentos internacionais ...............................................................26
3.4 INCOTERMS – Internacional Commercial Terms (Termos Internacionais de Comércio) ..28
3.5 Classificação fiscal de mercadorias............................................................................31
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 53
Avaliação
O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização das atividades. Faça seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:
Atividade 1
Ferramenta: Tarefa
Atividade 2
Ferramenta: Tarefa
Atividade 3
Ferramenta: Tarefa
* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.
BOAS VINDAS
Prezado acadêmico.
É preciso estar preparado para enfrentar todos os desafios que o comércio externo
nos apresenta a cada dia. Assim vamos ajudá-lo a compreender um pouco mais sobre o
fascinante mundo do comércio internacional.
Este material não tem a pretensão de esgotar as fontes de conhecimento. Você pode
e deve buscar ampliar e aprofundar os conceitos aqui apresentados, nas bibliografias
sugeridas.
A busca pelo conhecimento dever ser contínua, pois é uma das únicas coisas que
ninguém pode nos tirar, podemos sim é compartilhar!
Hoje é muito comum ouvirmos que uma empresa está negociando seus produtos no
exterior e o quanto essa prática colabora para o crescimento e a visibilidade do país. A
movimentação de mercadorias, no que tange à economia de um país, se transforma em um
dos responsáveis pelo Produto Interno Bruto, ou seja, seu PIB.
Ratti (1997) destaca as diferenças entre os dois comércios pelos seguintes fatores:
- Natureza do mercado;
- Longas distâncias;
Fonte: http://migre.me/4DumW
Segundo (1997), não adianta o produto ser de excelência no mercado interno, pois
existem muitos obstáculos que podem se tornar um problema na hora de colocar o produto
no exterior. O autor descreve no Quadro 1, os principais desafios para o exportador:
Quadro 1 - Desafios para o exportador
Longas distâncias
Fonte: http://migre.me/4wIj7
Via exportação;
Por meio da produção total ou parcial no destino;
Por meio de outras formas denominadas mistas ou não tradicionais (licenças,
franquias, contratos de fabricação, etc.)
Fonte: http://migre.me/4wIeG
Segundo Cignacco (2009, s.p.), “a exportação direta é aquela em que não existe a
participação de nenhum intermediário localizado fisicamente no mercado de origem e que
facilita ou realiza atividades que contribuem para o comércio dos produtos da empresa no
destino”.
Existe também a exportação indireta, que necessita de um intermediário na
negociação, pois ajuda a empresa exportadora na internacionalização de seus produtos.
Muitas vezes esse intermediário compra o produto do fabricante e exporta diretamente.
Fonte: http://migre.me/4ylen
Figura
igura 1 - Modelo de Fatura Comercial
Fonte: http://migre.me/4DuLh
Fonte: http://migre.me/50JXE
Fonte: http://migre.me/4Dve8
Fonte: http://migre.me/50K9m
Fonte: http://migre.me/4xU0M
Fonte: http://migre.me/4D6zWv
SISCOMEX
OBJETIVO DA UNIDADE: Apresentar a ferramenta Siscomex e os Incoterms.
Ratti (1997, p. 237) relata que “segundo o art. 2º do aludido Decreto, vem a ser um
instrumento para integrar as atividades de registro, acompanhamento e controle das
operações de comércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado de informações.
Fonte: http://migre.me/4ykTV
Importador;
Exportador;
ao mesmo exportador;
Fonte: http://migre.me/50Kkl
Fonte: http://migre.me/4DmO1
Sobre essa modalidade, Maia (2001, p. 276) relata que “a outra vantagem da
remessa sem saque é que as despesas bancárias (só devidas na ocasião da emissão
da ordem de pagamento) são inferiores às da cobrança e às da carta de crédito”.
- modalidade de venda,
- o tipo de transporte,
- Armazenagem;
- Embarque da mercadoria;
- Seguro Internacional;
- Armazenagem no destino;
CFR – Cost and Freight (Custo e Frete) – a entrega da mercadoria ocorre a bordo
do navio ou embarcação, contratada pelo vendedor, no porto de embarque.
CIP – Carried and Insurance Paid to... (Transporte e Seguros Pagos até…) – a
entrega da mercadoria ao importador dá-se no estabelecimento do transportador,
que promoverá sua vinda para o País, sendo o transporte e seguro contratados pelo
vendedor.
DDU – Delivery Duty Unpaid (Entregue com Direitos Não Pagos) – O importador
recebe a mercadoria em determinado ponto do território ajustado com o vendedor.
DDP – Delivery Duty Paid (Entregue com Direitos Pagos) – A entrega da mercadoria
ao importador, com os direitos de entrada já pagos, ocorre em ponto designado do
território brasileiro.
Segundo Bizelli (1993, p. 71), ”o Sistema Harmonizado foi concebido para ser
utilizado na elaboração das tarifas de direitos aduaneiros e de fretes, e das estatísticas do
comércio de importação e exportação, de produção e dos diferentes meios de transporte de
mercadorias, entre outras aplicações”.
Exemplos:
- Código 8516.71.00 – Aparelhos para preparação de café ou chá.
O sétimo e o oitavo dígitos, sendo zero, indicam que não houve subdivisão de
item ou subitem do código SH 8516.71
- Código 2827.39.20 – Cloreto de titânio.
O oitavo dígito, sendo zero, representa que não houve divisão de subitem.
O sétimo dígito, sendo 2, indica que este produto é o segundo item do código SH
2827.39
MODAIS DE TRANSPORTE
OBJETIVO DA UNIDADE: Conhecer os diversos tipos de modais de transporte e suas
principais características.
Fonte: http://migre.me/50KpU
Fonte: http://migre.me/4xTpi
Navios frigoríficos (Reefersvessel): são navios apropriados para
transportar cargas congeladas ou que necessitem de controle de temperatura;
Navio tanque: são navios desenhados para o transporte de grandes
quantidades de produto em estado líquido;
Graneleiros: são navios especializados no transporte e grãos a granel, sem
embalagem;
Roll on Roll off (Ro-Ro): são navios apropriados ao transporte de veículos
com rodas. Veja a seguir:
Fonte: http://migre.me/4xTly
Frete pré-pago (freight prepaid): significa que o frete será pago imediatamente
após o embarque, para retirada do B/L (Bill of Lading), normalmente, no local ou no
país de embarque.
Frete pagável no destino (freight payable at destination): frete pago pelo
importador, na chegada ou retirada da mercadoria.
Frete a pagar (freight collect): o pagamento do frete poderá ocorrer em local
diverso daquele de embarque ou destino. Pode ser pago em qualquer parte do
mundo, sendo que o armador será avisado pelo seu agente sobre o recebimento do
frete, para proceder a liberação da mercadoria.
Keedi (2001, p. 72) destaca que:
Responsável pela carga que está transportando, responde juridicamente
por todos os problemas ou efeitos sobre a mesma, a partir do momento
que a recebe para embarque, devendo fornecer ao embarcador dentro de
24 horas, conforme determina o Código Comercial, um Conhecimento de
Embarque (Bill of Lading – B/L), que é o documento representativo da
carga.
Esse tipo de transporte utiliza estradas de rodagem e os veículos mais comuns para
o modal são os caminhões, carretas etreminhões. As viagens podem ser tanto internacionais
como nacionais e percorrem curtas e médias distâncias, sendo utilizado na maior parte dos
transportes realizados no Mercosul, apesar de ser mais caro que o modal ferroviário ou
marítimo.
Keedi (2001, p. 129) destaca que “os veículos rodoviários podem variar bastante no
seu tipo e capacidade de transporte de carga. Eles podem, a priori, transporte qualquer tipo
de carga, dependendo para isto a viabilidade econômica e do seu tamanho”.
É preciso salientar que o crescimento deste modal, mais caro que os transportes
fluvial ou ferroviário, também trouxe aspectos positivos, como, por exemplo, o
desenvolvimento de uma indústria correlata (de veículos, peças e acessórios) e a geração
de milhares de empregos.
Fonte: http://migre.me/4BVr4
Fonte: http://migre.me/4BQCd
Segundo Keedi (2001, p. 141), “o transporte ferroviário não é tão ágil quanto o
rodoviário no acesso às cargas, já que as mesmas devem, em geral, ser levadas a ele”.
Apesar de ter surgido apenas no início do século 20, o transporte aéreo tem
ganhado cada vez mais espaço nos transportes de cargas, levando-se em conta a rapidez
com que se pode deslocar uma mercadoria de um ponto a outro do planeta. Por outro lado,
a principal desvantagem do transporte aéreo refere-se à sua pouca capacidade de carga,
devido ao pequeno espaço disponível nas aeronaves. Isso torna o frete aéreo, via de regra,
mais caro que o marítimo, exceto em caso de cargas com volumes muito pequenos.
Entretanto, na análise dos custos de uma exportação ou importação, deve ser considerado
o frete como apenas um dos itens que compõem o custo total.
Existem aviões especificamente utilizados para cargas, assim todo o espaço interno
da aeronave é utilizado ao seu máximo. Vieira (2001), destaca alguns tipos de aeronaves
destinadas ao transporte de mercadorias:
Fonte: http://migre.me/4xVod
4.6.1 Conhecimento de Embarque Aéreo
Fonte: http://migre.me/4BPh6
A logística de transporte sofre, neste caso, uma modificação substancial, já que fica
dividida entre o expedidor e o recebedor da carga, cada qual cuidando de sua parcela,
sendo que a divisão de responsabilidade será dada pelos Inconterms utilizados.
proteção: assegura que o produto conserve seu nível de qualidade para consumo
e utilização;
armazenamento: contém o produto e permite uma harmoniosa relação entre
armazenador e conteúdo;
comunicação: informa sobre atributos do produto como cor, forma, desenho e
símbolos, odor, sabor, etc. É parte da estratégia de posicionamento do produto,
do ponto de vista visual;
transporte: permite a movimentação e manipulação do produto para consumo
ou uso;
comercial: nos pontos de venda existe um sistema de autosserviço, um forte
impulsionador do processo de compra, e é importante que o produto seja atrativo
e esteja em harmonia com seu desenho para se diferenciar da concorrência.
Assim como a marca, o envase individualiza o produto.
Segundo Cignacco (2009), “o envase pode ser primário, quando está em contato
direto e estreito com o produto, e secundário, quando se juntam vários envases primários
para exibição. O envase terciário é o agrupamento de envases secundários em sistemas
modulares maiores (unitização)”.
O autor ainda descreve que “em relação aos materiais utilizados para o envase e à
apresentação visual, o empresário deve explorar informalmente a concorrência no mercado-
destino” (CIGNACCO, 2009, p. 357). Para que o produto chegue ao seu destino com todas
suas características preservadas, o exportador deve ter o cuidado de embalar sua
mercadoria dentro dos padrões de qualidade internacional, utilizando materiais que
protejam e cumpram todas as especificações de armazenamento do produto, e as normas
internacionais estabelecidas no momento da negociação da venda.
Cignacco (2009, p. 358), relata que “a etiqueta deve conter a veracidade como
característica principal de informação, evitando que sejam atribuídos efeitos ou
propriedades que o produto não tenha, não possa demonstrar ou que possa induzir o
consumidor ao erro”.
Ainda segundo o autor, todas as informações contidas nas embalagens devem estar,
em pelo menos, dois idiomas, aquele do país de origem e do país de destino.
A Embalagem e a proteção do produto
Todo produto ser despachado para o exterior deve observar alguns critérios de
segurança em suas embalagens, uma delas é não estar em contato direto com o produto.
No quadro abaixo, foram elencadas as principais etapas da cadeia logística internacional
prevendo a segurança do produto.
O exportador deve zelar para que sua mercadoria chegue ao destino em boas
condições, para tanto é o responsável por armazenar e embalar seu produto de forma que
não haja más condições de conservação e deficiências no envase.
Toda embalagem deve expor toda informação necessária para que a pessoa que irá
manuseá-lo, tenha todas as orientações em relação à armazenagem do produto como
temperatura ideal, grau de fragilidade, número de caixas que podem ser empilhadas, entre
outras informações que demonstrem como deve ser transportada a mercadoria.
Fonte: http://migre.me/4BQYA
BIZELLI, João dos Santos. Noções Básicas de Importação. 3.ed. São Paulo: Aduaneiras,
1993.
MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2001.