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Eduardo Garcia
Irzo Antonio Beckedorff
Isabela Deschamps Bastos
Julliana Faggion
Patrícia de Oliveira Ferreira
Roberto Gärtner
Sebastião Oliveira
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora
e Distribuidora Educacional S.A.
Oliveira, Sebastião
O48g Gestão de materiais / Sebastião Oliveira, Julliana
Faggion, Isabela Deschamps Bastos, Irzo Antonio
Beckedorff, Eduardo Garcia, Patrícia de Oliveira Ferreira,
Roberto Gärtner. – Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2014.
176 p.
ISBN 978-85-68075-74-6
CDD 658.7
Introdução ao estudo
Os conceitos que serão apresentados para você nesta unidade são pré-requi-
sitos para a compreensão dos vários assuntos, bem como dos métodos, ligados
à temática de estudo. Além disso, a partir da conceituação dos vários quesitos
sobre a armazenagem, estoques e movimentação de materiais, você poderá
fomentar sua visão crítica em relação à abordagem das empresas ao tratar do
tema, pensando sobre o conhecimento necessário que se deve ter na formula-
ção de estratégias logísticas de armazenagem e estoques, formando opiniões e
sugestões necessárias para a tomada de decisões inerentes ao assunto.
Atividades de aprendizagem
1. Pensando na diferença entre os conceitos de estoque e armazenagem,
separe as tarefas abaixo em três funções de estoque e três funções
de armazenagem:
a) Movimentação interna através de empilhadeiras.
b) Abrigo das mercadorias em prateleiras.
c) Controle de giro de mercadorias por mês.
d) Embalagem das mercadorias.
e) Controle da quantidade de mercadorias por pedido de compra.
f) Entrada e baixa de mercadorias no sistema.
2. Diferencie movimentação externa e movimentação interna de mate-
riais. Avalie e explique por que a movimentação externa de materiais
tem relação com as funções de armazenagem e estoque.
3. O sistema de movimentação interna de mercadorias pode ser clas-
sificado, basicamente, em três tipos: manual, mecanizado e auto-
matizado. No caso do sistema de movimentação manual, pense em
relação às limitações desta forma de movimentação e explique quais
são e o que pode ser feito para contornar tais limitações.
tempo determinado para permanecer neste local, por exemplo, dois ou três
meses, para que a empresa acumule e opte em vender, trocar ou fazer uma
doação desses materiais sem consumo, evitando que permaneçam por anos
no mesmo local.
Outro grande fator que contribuiu e continua contribuindo para a evolução
da armazenagem é a logística, que faz com que o local ou CD (Centro de Dis-
tribuição) seja próximo aos clientes, adequado para o tipo de produto que será
armazenado, utilizando prateleiras e estantes modernas para estocagem vertical
e facilitando o recebimento, conferência, estocagem e distribuição do material.
No recebimento: podemos destacar a forma como os produtos são em-
balados, seja ela de forma paletizada, a granel ou em contentores, o que
facilita tanto seu carregamento e transporte, bem como a sua descarga.
Facilitando também o seu recebimento, desde a descarga, liberando o
fornecedor ou a transportadora.
Na conferência: temos que ter a certeza e a garantia do produto recebido
estar correto conforme a sua documentação, tanto no item entregue como
na quantidade entregue, visto que o material deverá ser contado, pesado,
medido e analisado.
Na estocagem: os mesmos materiais são armazenados verticalmente,
aproveitando melhor o espaço aéreo do armazém, evitando, assim, a
necessidade de ampliar o local de armazenagem, porém, com a necessi-
dade de investir em estantes e empilhadeiras, o retorno é garantido pelo
aproveitamento do espaço.
Na distribuição dos materiais: a evolução se destaca na agilidade de
movimentação dos materiais, seja na retirada do estoque ou na entrega
da produção, visto que são entregues paletizados, a granel ou em conten-
tores, o que facilita, agiliza e permite maior segurança no seu manuseio.
Outro fator importante é a entrega parcelada (semanal), em que a matéria-
-prima e os insumos podem ser entregues diretamente na produção e terem o
seu consumo monitorado para a reposição do estoque.
A importância da armazenagem para as empresas pode ser vista na necessi-
dade da busca constante de todas as empresas em reduzir os custos, na qual a
área de armazenagem pode contribuir muito, e tem fundamental importância.
Hoje, o empresário está ciente e cauteloso em relação à área de armazena-
gem, pois sabe que esse setor é responsável por uma grande concentração de
valor, que pode refletir diretamente na saúde financeira da empresa.
Atividades de aprendizagem
A decisão sobre o tamanho do armazém logístico ou o tipo de edificação
de armazém, é uma ação importante a ser tomada pela empresa e tem
influência direta sobre os custos logísticos, bem como da preservação da
mercadoria e viabilidade de negócio. Cite e explique os fatores que devem
ser levados em consideração para decidir sobre este aspecto.
Internet de banda larga, pelo qual se criam chaves de acesso, e então clientes
e fornecedores podem estabelecer uma comunicação rápida e eficaz.
O próprio governo utiliza-se da transferência eletrônica de dados nos sis-
temas de notas fiscais eletrônicas, que são escrituradas no momento da sua
emissão e transmitidas ao fisco. Antes do ano de 2010, as empresas esperavam
o fechamento do mês para efetuarem os lançamentos dessas notas, e só depois
efetuarem os lançamentos em arquivos fiscais que seriam encaminhadas em
meio magnético ao fisco.
Clientes e fornecedores utilizam o EDI para transmitir pedidos de compras
e até consultar os estoques uns dos outros, ou entre filiais, por exemplo.
Todo esse aparato tecnológico, o qual será abordado adiante neste livro, é
essencial, mas é apenas uma ferramenta facilitadora das informações, estas que
devem ser provenientes de funções padronizadas e organização dos estoques
dentro dos armazéns.
Nenhuma informação será confiável se o armazém e os estoques não estive-
rem organizados. Para manter uma boa organização no armazém, é necessário
atender aos quesitos abaixo:
Manter o arranjo físico organizado, livre de obstáculos: um layout (ar-
ranjo físico) organizado deve ser mantido conforme planejado, livre de
obstáculos ou mercadorias fora de seus lugares corretos.
Manter as mercadorias em estoque nos seus respectivos locais de ende-
reçamento: isto é necessário para que os trabalhadores do armazém não
percam tempo procurando mercadorias fora de seus lugares, ocasionando
transtornos aos clientes internos (produção) ou externos (consumidores).
Manter informações de entrada e baixa de mercadorias atualizadas: esta
é uma tarefa importante. Toda mercadoria deve ser lançada mediante do-
cumento fiscal assim que adentra o armazém. Esse tipo de cuidado gera
informações de quantidades de mercadorias para que o setor comercial
não perca vendas, ou para que o setor de compras não faça aquisições
equivocadas de mercadorias que já existem no estoque. Igualmente,
devem ser lançadas as saídas de mercadorias.
Realizar inventários constantes: esta é uma forma de acompanhamento
das informações geradas pelo sistema em comparação ao estoque físico,
para checar se não existe qualquer inconsistência no sistema, ou falha nas
operações de entradas e saídas de mercadorias. Em estoques que possuem
muitos itens, ou mercadorias parecidas, é essencial realizar inventários
(contagem) das mercadorias, mesmo que não seja feita do estoque total,
mas somente de algumas mercadorias mais críticas.
Ter pessoal qualificado: esta é uma premissa para a manutenção de um
estoque. Não é possível organizá-lo se os funcionários não estiverem
preparados para tal função. Além disso, serão os mesmos trabalhadores
os responsáveis por manter a organização, por isso a importância de sua
qualificação.
Possuir estruturas adequadas de armazenamento: quando um armazém
não possui estantes ou racks adequados ao armazenamento de merca-
dorias, a tendência é que as mesmas sejam armazenadas sem cuidados
sobre o chão ou em locais que não representam uma boa forma de
armazenamento, deixando as mercadorias sujeitas à ação de umidade,
temperatura ou ao acometimento de acidentes.
Reservar as áreas livres (conferência, recebimento, expedição e segu-
rança): na falta de espaço para o armazenamento de mercadorias, é
comum que áreas livres para a realização de funções principais, como
o recebimento e conferência, sejam utilizadas para o armazenamento,
mesmo que temporário, das mercadorias. Ocorre que esse tipo de ação
prejudica tanto as funções que necessitam de tal área livre, quanto a pró-
pria preservação da mercadoria que fica armazenada em local inadequado
e, por consequência, a organização do armazém fica comprometida.
Aproveitar os espaços do armazém: para que não ocorram armazena-
mentos em locais indevidos, os espaços devem ser aproveitados racio-
nalmente, incluindo-se os espaços aéreos. Se for necessário alocar a
mesma mercadoria em locais distintos, recomenda-se a utilização de
endereçamento variável, o que será visto mais adiante neste livro.
Codificar mercadorias: as mercadorias não podem ser tratadas pelo pró-
prio nome, pois isso dificultaria a busca pelo cadastro e os lançamentos
de entradas e saídas. Uma prática comum é codificar as mercadorias,
criando uma sequência de números que represente dados como família,
conjunto, tamanho etc.
Codificar endereçamento: criar um código que demonstre exatamente o
local onde a mercadoria fica armazenada ajuda os trabalhadores a encon-
trarem facilmente sua localização, economizando tempo na separação
de pedidos ou na reposição de mercadorias em estoque.
Atividades de aprendizagem
1. Os silos são edificações construídas para a armazenagem de grãos e farelos,
por longos períodos de tempo e, para isso, tais edificações são dotadas de
mecanismos que visam a preservar tais mercadorias. Explique como fun-
ciona o sistema de aeração e exaustão e por que ele é importante num silo.
2. A localização de um armazém logístico é de extrema importância
para a indústria (fornecedora) e seus clientes. Dessa forma, centros de
distribuição e condomínios logísticos são estrategicamente posiciona-
dos para encurtar a distância entre fornecedores e clientes e, assim,
reduzir o custo logístico de transportes. Explique a diferença entre
um Centro de Distribuição — CD, e um Condomínio Logístico — CL.
3. Uma tendência na edificação de armazéns logísticos, a exemplo das
edificações residenciais, é a verticalização. Explique em que consiste
a verticalização de armazéns e por que esta é uma tendência logística.
Fique ligado!
Nesta unidade você aprendeu que:
Armazenagem e estoques são conceitos diferentes, porém, interli-
gados e indissociáveis.
Funções de armazenagem são todas as funções relacionadas ao abrigo
das mercadorias, ou seja, ao acondicionamento físico dos estoques.
Funções de estoques são todas as funções relacionadas ao planejamento
e controle dos estoques, e estão relacionadas ao giro de mercadorias.
A movimentação externa e interna dos materiais deve ser feita cui-
dadosamente com vistas à preservação da mercadoria.
Para realizar a armazenagem dos materiais é necessário conhecer
as mercadorias e os requisitos de armazenagem exigidos para a
preservação da mesma.
É importante decidir sobre a propriedade do espaço físico de ar-
mazenagem, assim como sobre a administração desses espaços,
que poderá ser feita pela própria empresa, ou por uma terceirizada
especialista em logística.
É importante decidir sobre a localização dos armazéns logísticos,
assim como sobre o tamanho e o tipo do armazém.
Os problemas com espaço físico para armazenagem de materiais
fizeram com que o aproveitamento do espaço aéreo dos armazéns
fosse mais bem aproveitado, ocasionando na tendência pela verti-
calização de armazéns.
POR QUE
II. A unitização é uma técnica de classificação de materiais.
a) As afirmativas I e II são falsas.
b) As afirmativas I e II são verdadeiras.
c) As afirmativas I e II são verdadeiras e a afirmativa II justifica a
afirmativa I.
d) As afirmativas I e II são verdadeiras, porém a afirmativa II não
justifica a I.
e) A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa.
3. A codificação do endereçamento de mercadorias é uma técnica im-
portante na armazenagem. Uma das vantagens da utilização deste
método é:
a) Reduzir os custos de transporte com a mercadoria.
b) Minimizar os impactos financeiros na organização.
c) O aproveitamento do espaço físico.
d) Instituir fundamentos para a tomada de decisão
4. Para responder a questão, leia o trecho a seguir:
Armazéns logísticos estão distantes de serem so-
mente construções edificadas que podem ser adapta-
das para uma gama de serviços diferentes. O projeto
de um armazém logístico deve considerar primeira-
mente que tipo de material será abrigado, em qual
quantidade, por quanto tempo, entre outros fatores
igualmente importantes que devem ser ponderados
em fase de projeto.
Referências
BALLOU, Ronald. Gerenciamento da cadeia de suprimento: planejamento, organização e
logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
______. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.
BANZATO, Eduardo et al. Atualidades na armazenagem. São Paulo: IMAM, 2003.
DIAS, Marco Aurélio Fernandes. Administração de materiais: princípios, conceitos e
gestão. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GÄRTNER, Roberto; BECKEDORFF, Irzo Antônio. Armazenagem e movimentação de
materiais. Grupo Uniasselvi, 2012.
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mg.gov.br/gestao-governamental/gestao-logistica-e-patrimonial/estoques/manuais-e-
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MARQUES, Cícero Fernandes; ODA, Érico. Atividades técnicas na operação logística.
Curitiba: IESDE Brasil S/A, 2012.
RODRIGUES, Paulo R. A. Introdução aos sistemas de transportes no Brasil e à logística
internacional. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
______. Introdução aos sistemas de transportes no Brasil e à logística internacional. São
Paulo: Aduaneiras, 2007.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
VIEIRA, Hélio Flávio. Gestão de estoques e operações industriais. Curitiba: IESDE Brasil
S/A, 2009.
Introdução ao estudo
A logística, hoje, não se resume em apenas transporte, afinal, outras ativi-
dades foram implementadas e ferramentas foram surgindo para favorecer as
empresas, aumentando a competitividade entre elas.
Uma das áreas que vem se destacando dentro da logística, e como um
diferencial competitivo para as empresas, é o armazenamento de produtos.
A logística deixou de ser apenas aplicada dentro das organizações, devido
ao seu crescimento e sua competitividade. Ela ganhou espaço dentro das or-
ganizações de ensino, vindo a juntar a teoria e a prática.
São diversos fatores que levam ao aprofundamento do estudo sobre as con-
dições e as estruturas de armazenagens utilizadas pelas organizações.
O cenário de constantes mudanças é o principal responsável pelas empresas
estarem preocupadas com o armazenamento de seus produtos, bem como a
movimentação e o giro dos mesmos dentro dos seus depósitos.
É importante o conhecimento sobre a armazenagem e a movimentação de
mercadorias, devido ao fato de evitar desperdício com vencimentos dos pro-
dutos ou por motivo de acomodações, o que exige que cada produto deve ser
acomodado de acordo com o seu grau de risco de perda dos produtos parados.
É necessário o conhecimento de ferramentas empregadas dentro das orga-
nizações para a manipulação dos produtos, para que não haja danificações na
hora do transporte de um lado para o outro.
Com isso, a disciplina de armazenagem e movimentação de materiais tor-
nou-se importante dentro do curso de Logística, visando a levar conhecimento
aos profissionais desta área e capacitando-os para o mercado de trabalho.
Para o sucesso profissional é necessário buscar informação da área atual e das
áreas afins, para o entendimento global da movimentação da organização.
Bons estudos.
O outro está ligado ao espaço dentro do armazém, sendo que a forma de utiliza-
ção do mesmo é muito importante para não ficar espaço ocioso. Completando,
Ballou (2006) observa que o armazenamento deve seguir três critérios para
uma boa movimentação e a otimização de tempo: a altura, o comprimento e
a largura das instalações do armazém, para que facilite a movimentação desde
o recebimento das mercadorias até o embarque delas.
O sistema de armazenagem não segue somente um critério, pois varia de
organização para organização, bem como de produto para produto. Porém,
há de se lembrar que o estoque de materiais sejam organizados e ordenados,
fato que deve ser bem analisado as dimensões dos locais de estocagem, como
mencionado acima.
Para Viana (2002), a organização deve procurar alternativas de armazenagem
de acordo com a sua necessidade:
Armazenagem por agrupamento: consiste em agrupar materiais com
a mesma característica, muito embora nem sempre permita o melhor
aproveitamento do espaço;
Armazenagem por frequência: que consiste na arrumação mais próxima
possível dos materiais que tenham maior frequência de movimento.
Atividades de aprendizagem
1. As organizações devem procurar alternativas de armazenagem de
acordo com a sua necessidade. Devido ao fato de que o sistema
de armazenagem não segue somente um critério, pois é variável de
organização para organização, bem como de produto para produto,
há de se lembrar que o estoque de materiais deve ser organizados e
ordenados. Nesse sentido, e de acordo com o abordado na unidade,
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Armazenagem por agrupamento: consiste em agrupar materiais
com a mesma característica, muito embora nem sempre permita
o melhor aproveitamento do espaço;
( ) O armazenamento não é um método que permite estocar matéria-
-prima, peças em processamento ou produtos acabados, e tam-
bém não determina os custos de operações para as organizações;
( ) Armazenagem por frequência: consiste na arrumação mais pró-
xima possível dos materiais que tenham maior frequência de
movimento.
( ) O papel armazenagem é deixar espaço ocioso nas organizações,
para o recebimento de materiais, caso as organizações resolvam
comprar mercadorias não esperadas para atender a sazonalidade.
( ) O armazenamento de materiais não traz específicos, para as
organizações e nem a redução de custos, como se imaginam e
também não ajuda na apuração de perdas de produtos.
A sequência CORRETA é:
a) V — F — V — F — V.
b) V — F — F — F — F.
c) V — F — F — V — V.
d) V — V — F — V — F.
e) V — F — V — F — F.
setores. Os espaços devem ser bem aproveitados para que não se torne um
custo alto com espaços mal utilizado dentro do armazém. Ainda segundo
Ballou (2006), existe preocupação por parte dos administradores com relação
à configuração do armazém. A estocagem deve ser planejada de acordo com o
layout da empresa, as baias de alocação, bem como a altura do armazém, em
que pode ser verificada o tamanho da altura dos produtos a serem armazena-
dos. As larguras dos corredores dentro de um armazém devem estar de acordo
com as ferramentas a serem utilizadas para a movimentação do produto. Para
produtos a serem manuseados com empilhadeira, a dimensão do armazém deve
ser planejada de acordo com o produto e também permitindo a manobra a ser
feita pelo operador da empilhadeira. O contrário ocorre nos corredores onde
se utilizam carrinhos porta-pallets. O layout das organizações deve obedecer a
um critério de movimentação pois, de acordo com o crescimento da empresa,
o mesmo pode ser modificado, ou também há possibilidade da introdução de
novos produtos que termine o aumento dos corredores entre as prateleiras.
Freitas et al. (2006) fazem uma observação com relação ao layout, que já foi
uma estrutura ignorada por alguns administradores, pois tinham-no como um
elemento secundário em seus planejamentos. Porém, esse pensamento mudou
e hoje, os empresários veem o layout da organização como de fundamental
importância para as operações logísticas, tornando o processo eficaz pela sua
agilidade.
De acordo com Martins (2006), quando se vai planejar um layout, é ne-
cessário buscar algumas informações sobre o produto, como quantidade,
espaços necessários para as movimentações dos equipamentos. Também é
muito importante buscar a informação sobre o tipo do produto: se é produto
acabado ou matéria‑prima, não esquecendo também das áreas de expedição
e recebimento e na área externa espaço suficiente para manobra de veículos.
Referindo-se às colocações de Martins (2006) e Dias (1993), veja o layout
como um processo de operação que envolve o fluxo de materiais, através de
máquinas e outros equipamentos, no sentido de agilizar a movimentação do
armazenamento do produto.
Usando o argumento de Viana (1998), também veja o layout com um arranjo
físico, para facilitar a movimentação e encurtar o tempo de entrada do pedido
até a sua expedição e otimizar de tempo de movimentação das ferramentas
envolvidas no processo.
Moura (1997) também traz alguns objetivos que as organizações devem ter
ao montar um layout:
assegurar a utilização máxima do espaço;
proporcionar movimentação de materiais da forma mais eficiente;
permitir estocagem mais econômica, minimizando as despesas de equi-
pamento, espaço danos de material e mão de obra do armazém;
proporcionar a máxima flexibilidade do sistema que atenda às necessi-
dades de mudança de estocagem e movimentação;
permitir a boa organização.
segurança do local;
valor promocional do local;
sistema viário do local.
Pozo (2004, p. 87) ainda acrescenta que outros passos devem ser tomados
em relação à localização: “uma vez localizado o depósito, a próxima decisão
é determinada o tamanho do edifício”.
Tipo de produto.
Unidade movimentada (paletes, caixas, entre outros).
Mix movimentado.
Critérios de operação (FIFO, LIFO).
Giro dos produtos.
Veículos.
Prédios, layout.
Não existem regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem
estar dispostos no armazém, motivo pelo qual se deve analisar, em conjunto,
os aspectos analisados anteriormente, para, então, decidir pelo tipo de arranjo
físico mais conveniente, selecionando qual das alternativas melhor atende a
seu fluxo de materiais:
Armazenagem por agrupamento: esse critério facilita as tarefas de arruma-
ção e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço.
Um exemplo desse tipo de armazenagem é encontrado nas empresas têxteis
(fabricação de roupas), nas quais a moda exige uma infinidade de itens em
“aviamentos” como: botões, zíperes, linhas, etiquetas, cadarços etc., sendo
que estes itens devem estar em um só lugar de fácil localização, podendo
variar a quantidade; e o tempo de permanência em estoque é baixo, pois
logo serão substituídos por outro modelo, cor, tamanho etc.
Atividades de aprendizagem
1. Pozo (2004) alega que as condições e estruturas de armazém de-
vem seguir alguns critérios de localização, no parque industrial do
município ou a locais próximos ao consumidor, obedecendo alguns
fatores determinantes na hora da escolha da localidade. Nesse sentido
e de acordo com o abordado na unidade, assinale Verdadeiro (V) ou
Falso (F):
( ) Custo para preparar o terreno e sistema viário do local.
( ) Aluguéis mais baratos.
( ) Custo de construção e segurança do local.
( ) Potencial para expansão.
( ) Proteção financiada pelo governo.
A sequência CORRETA é:
a) V — F — V — V — F.
b) V — F — F — F — V.
c) V — F — F — V — V.
d) V — V — F — V — F.
e) V — V — V — F — F.
2. Dentro do armazém não basta somente ter os lugares para a aloca-
ção de produtos. Dando a sua contribuição, de acordo com o que
foi visto na unidade, Matos (1999 apud PIAZZAROLLO et al. 2008,
p. 2), os layouts dos armazéns têm variação de acordo com o pro-
duto comercializado. Assim cada uma faz a adaptação que melhor
agilizar o processo de distribuição. Nesse sentido, como processo o
deixaria de ser ágil?
Fique ligado!
A armazenagem vem sendo utilizada há milhares de anos, sendo atual-
mente difundida pelas organizações e se tornando uma ferramenta para
redução de custos, tempo e agilidade na entrega de mercadorias. A arma-
zenagem vem suprir as necessidades da área de suprimentos, produção e
distribuição, estocando todo tipo de produto, desde a matéria-prima até
o produto final.
O arranjo físico do armazém deve levar em consideração o espaço
disponível, o tipo de armazém e mercadoria a ser estocada, os corredores,
provas de acesso, prateleiras e estruturas, embarque, escritórios. Conforme
o produto a ser armazenado e o sistema de movimentação de materiais
da empresa, deverá ser escolhido os critérios e o tipo de armazenamento,
visando a facilitar a entrada e saída das mercadorias.
Referências
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais. 1. ed. 10. reimpr. São Paulo: Atlas, 2012.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial.
5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
______. Gerenciamento da cadeia de suprimento: planejamento, organização e logística
empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BANZATO, Eduardo et al. Atualidades na armazenagem. São Paulo: IMAM, 2003.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed.
rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2009.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 1993.
______. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
FREITAS, Felipe Fonseca Tavares de et al. Otimização as operações de Movimentação e
Armazenagem de materiais através de rearranjo físico: uma proposta de melhoria para um
almoxarifado de esfera pública. In.: ENEGEP, 26, 2006, Fortaleza. Disponível em: <http://
www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR450303_8218.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2014.
GOMES, Carlos; RIBEIRO, F. S.; CABRAL, Priscilla Cristina. Gestão da cadeia de
suprimentos, integrada à tecnologia da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2004.
GURGEL, Floriano do Amaral. Logística industrial. São Paulo: Atlas, 2000.
PIAZZAROLLO, Murilo Grill et al. Estudo de um layout por processo na indústria
moveleira: um estudo de caso. 2008. Disponível em: <www.saepro.ufv.br/Image/artigos/
Artigo17.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2014.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2006.
MOURA, Reinaldo A. Manual de logística armazenagem e distribuição física. 2. v. São
Paulo: IMAM, 1997.
______. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. 5. ed. rev. São
Paulo: IMAM, 2005.
POZO, Hamilton, Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem
logística. São Paulo: Atlas, 2004.
RODRIGUES, Paulo R. A. Introdução aos sistemas de transportes no Brasil e à logística
internacional. São Paulo: Aduaneiras, 2007.
SANTOS, Cristiano Chester C. Ribeiro. Logística interna de movimentação e armazenagem
de materiais. Trabalho de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Produção, do
Introdução ao estudo
Nesta unidade, vamos estudar a movimentação física de materiais, que
será dividida em três seções: os equipamentos de movimentação interna, a
unitização de cargas e o endereçamento de materiais.
Estudaremos os equipamentos utilizados para a movimentação interna de
materiais, principalmente nos armazéns. Vamos verificar que existem três ca-
tegorias de equipamentos: movimentação manual, movimentação mecânica e
automatização. A mesma empresa pode utilizar os três tipos, e dentro de cada
uma das categorias existem vários equipamentos disponíveis no mercado. A
escolha vai depender das condições financeiras, estratégicas e necessidades
da organização.
Também vamos estudar um método que facilita o manuseio das cargas: a
unitização. Nela, vários volumes de mercadorias são arrumados de forma a
constituírem unidades maiores, facilitando a sua movimentação ao longo da
cadeia. Os principais equipamentos de unitização, também os mais conheci-
dos, são os contêineres e os pallets, que serão apresentados a você com maior
abrangência no decorrer da Seção 2.
Ainda, vamos estudar os sistemas de endereçamento de materiais, e você
poderá perceber a sua importância para facilitar a localização de um produto
dentro de um armazém. Para eles funcionarem adequadamente é importante
que se utilize de um sistema de codificação, assunto que também será abordado
na última seção da unidade.
Espero que você faça um bom proveito deste material, e que consiga en-
tender melhor sobre a movimentação física de materiais.
Boa leitura!
1.2.1 Empilhadeiras
É um dos equipamentos mais utilizados. Empilhadeiras são meios mecânicos
para mover materiais cuja a operação manual seria muito lenta ou cansativa
devido ao peso. Geralmente, é utilizada em conjunto com estrados e pallets.
Existe uma infinidade de tipos disponíveis no mercado. Podem movimen-
tar cargas de caixas principais, tanto horizontal quanto verticalmente, mas
são restritas ao manuseio de unidades de carga. Pallets, caixas ou contêineres
podem ser transportados, dependendo da natureza do produto (BOWERSOX
et al., 2014).
1.2.5 Carrosséis
Funcionam de forma diferente da maioria dos outros equipamentos meca-
nizados. Não exigem que o separador de pedidos vá até o local do armaze-
namento do estoque, o carrossel traz o estoque para o separador de pedidos.
Consiste em uma série de compartimentos montados em pistas ou prateleiras. O
carrossel inteiro gira, movendo o compartimento selecionado até um operador
estacionário. A sua aplicação típica é na seleção de itens a serem embalados.
Diminui necessidade de mão de obra para a separação de pedidos pela redução
da distância e do tempo de movimentação das pessoas. Reduzem a necessi-
dade de espaço de armazenagem quando forem empilháveis ou em camadas.
Alguns modelos utilizam listas de separação geradas por computador e rotação
do carrossel orientada pelo computador. A Figura 3.7 apresenta um modelo de
carrossel utilizado em uma empresa.
As principais vantagens do uso do carrossel, de acordo com Moura (2000),
são:
Eliminam circulação nos corredores.
Alguns tipos mais sofisticados agilizam a colocação e separação dos itens,
eliminando a procura.
Facilitam o balanceamento de linhas de produção ou montagem;
Reduzem furtos e extravios.
Reduzem gastos de mão de obra de equipamento de movimentação.
Atividades de aprendizagem
Qual a vantagem da utilização de um sistema de manuseio de materiais
mecânico sobre um sistema manual? Dê dois exemplos de sistemas
mecânicos.
1.3.2 Separação
Os dispositivos de separação automatizada geralmente são combinados
com esteiras rolantes. À medida que os produtos são selecionados no depósito
e colocados em uma esteira rolante para a sua movimentação até a doca de
1.3.3 Robótica
A utilização de robôs é um dos métodos de manuseio de materiais que tem
crescido muito. O robô é uma máquina que pode ser programada para realizar
uma ou mais atividades sem a intervenção de um operador ou condutor. Esse
método tem sido cada vez mais utilizado em muitos ambientes diferentes de
manuseio. Inicialmente, a robótica era atraente, como substituição do trabalho
manual em situações repetitivas, como a paletização, separação de pedidos e
situações rotineiras de manuseio de materiais.
O potencial para a aplicação dos robôs por toda a cadeia de suprimentos é
promissor. Quase toda tarefa de manuseio envolvendo movimentos repetitivos é
candidata ao processamento automatizado ou robotizado. Se a atividade é estacio-
nária, como a paletização ou despaletização de caixas, a provável solução é alguma
forma de automação. Quando a tarefa envolve a movimentação horizontal em
várias direções, provavelmente a aplicação envolverá alguma forma de robotização.
1.4 Automatização
A movimentação de materiais automatizada refere-se à administração de
material de processamento com a utilização de máquinas automáticas e equi-
pamentos eletrônicos.
Durante muito tempo, o manuseio automatizado ofereceu grande potencial
e pouca realização. Os desenvolvedores se concentravam apenas em sistemas
de separação de pedidos de caixas principais. Depois, a ênfase passou para
os sistemas automatizados de armazenamento e coleta em estruturas verticais.
As principais barreiras são o alto investimento de capital e o baixo grau de
flexibilidade (BOWERSOX et al., 2014).
materiais, uma vez que possibilitam maior densidade de armazenagem por me-
tro quadrado e reduzem, enormemente, a necessidade de mão de obra direta.
O alto nível e controle dos sistemas AS/RS resulta em operações extremamente
precisas, que implicam eliminações de avarias e elevado nível de segurança
contra furtos.
Atividades de aprendizagem
Durante muito tempo investiu-se em sistemas de manuseio automatizado,
porém eles não atingiam o potencial esperado. Por que isso ocorreu?
2.1 Unitização
A arte da boa estocagem é usar a capacidade cúbica do armazém da forma
mais eficiente possível, em conjunto com os meios de acesso às mercadorias. A
carga unitizada pode ser grande ou pequena, dependendo da situação. E nada
mais adequado do que a combinação de embalagens ou itens em uma unidade
simples, para facilitar a estocagem e expedir a movimentação, seja por meio
de rodas na base da carga ou por equipamento mecânico (MOURA, 1998).
No mercado, estão disponíveis diversos sistemas de unitização de cargas,
como contêineres, pallets, caixas, tambores, entre outros. Estudaremos cada
um deles separadamente, mas, antes, vamos verificar que existem alguns passos
a serem seguidos para a decisão na escolha do melhor sistema de unitização,
propostos por Moura (1998):
Conhecer as vantagens de desvantagens de cada sistema de unitização
de cargas.
Conhecer os tipos de acondicionamento de transporte utilizados na ex-
portação dos produtos por via marítima.
2.2 Contêiner
Os contêineres são estruturas padronizadas internacionalmente, com formato
retangular, que podem ser construídas em aço, alumínio ou fibra, cada uma
delas registrada com uma numeração exclusiva formada por quatro letras e sete
algarismos. O contêiner não é considerado embalagem, mas sim um acessório
do veículo transportador. No Brasil, ele é padronizado pela ABNT — Associação
Brasileira de Normas Técnicas, através da norma NBR- 443 (RODRIGUES, 2011).
Keedi (2011) comenta que os contêineres possuem travas e portas para o
seu fechamento, e também locais para a colocação de lacres, de forma a pro-
teger a carga colocada em seu interior. Em cada um dos seus quatro postes,
que unem as paredes laterais tanto na parte inferior quanto na superior, existem
aberturas (holes) nas duas laterais, bem como nas próprias extremidades, no
topo e no piso. Essas aberturas são utilizadas para o encaixe dos equipamentos
de movimentação, e também para o travamento/fixação das unidades através
das castanhas (twist locks) ou de outros equipamentos ou ferramentas.
Keedi (2011) ainda cita que o seu piso é sempre de madeira e geralmente tem
ganchos nos cantos, ao longo da unidade, tanto na parte inferior do contêiner
quanto na parte superior, com exceção dos contêineres reefers. Essas unidades
refrigeradas, que são utilizadas para o transporte de produtos que necessitam
de controle de temperatura, apresentam seu piso de metal para reter a tempe-
ratura, o que não aconteceria com a madeira.
A conteinerização pode ser definida, segundo Moura (1998), como “um
meio pelo quais as mercadorias são transportadas dentro de contêineres,
podendo ser intercambiadas e convenientemente carregadas e transferidas
entre diferentes modalidades de transporte”. E essas mercadorias podem ser
de qualquer tipo: pacotes de tamanhos e formas diferentes ou uniformes, um
Atividades de aprendizagem
Suponha que você precise fazer o transporte de uma carga do Porto de
Santos para o Porto de Rotterdam, na Holanda. Você vai transportar milho
a granel. Qual tipo de contêiner é o ideal para esse tipo de transporte?
2.3 Pallets
O pallet é uma plataforma produzida em metal, madeira ou fibra, que é
projetada para ser movimentada mecanicamente através de empilhadeiras, pale-
teiras, guindastes, carrinhos hidráulicos ou veículos similares. Além de unitizar
a carga, o pallet serve fazer o seu empilhamento, pallet sobre pallet, facilitando
a armazenagem. Uma das vantagens de sua utilização é a redução de custos
nas etapas logísticas de armazenagem, transporte e movimentação, além, de
maior agilidade no tempo de carga e descarga tem como inconvenientes os
custos de sua utilização, que são os custos do próprio pallet e sua paletização,
equipamentos necessários para sua movimentação, menor aproveitamento por
restrições das dimensões do pallet (BERTAGLIA, 2003).
Dessa forma, a paletização é a colocação de volumes de carga fracionada
sobre esses estrados padronizados (pallet), e o seu conjunto é posteriormente
percintado ou recoberto de filme plástico a quente, integrando-os em uma única
unidade, para ser movimentado por empilhadeiras ou paleteiras. No Brasil, os
pallets são normalizados pela ABNT — Associação de Normas Técnicas, através
das normas NBR-8252 e NBR-8334 (RODRIGUES, 2011).
O pallet deve estar apto para a colocação de certo peso de carga, sendo
que esta pode ser paletizada em diversas alturas, e também em mais de um
andar, dependendo da carga e da necessidade. Deve ser sempre coerente com
o espaço a ser utilizado, com os porta-pallets, drive-in etc. (KEEDI, 2011).
Viana (2000) também apresenta algumas vantagens na utilização de pallets,
entre as quais podemos destacar:
Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, com
a utilização total do espaço vertical disponível, através do empilhamento
máximo.
Atividades de aprendizagem
Vimos que a unitização é a junção de vários volumes de mercadoria de
forma a constituir uma unidade ainda maior para a movimentação ao
longo da cadeia. Por que uma empresa decide unitizar uma carga?
como excesso de outro. No caso de o material em excesso não ter local para
ser guardado, ele ficará no corredor. Ao mesmo tempo pode ocorrer que em
outro corredor e em outra estante existam locais vazios, porque está faltando
o material, o fornecimento está atrasado ou houve uma rejeição por parte do
controle de qualidade.
Atividades de aprendizagem
Qual tipo de endereçamento utiliza melhor o espaço do armazém, o fixo
ou variável? De que forma isso acontece?
Nos últimos anos, com a disseminação da leitura ótica por código de barras
e o processamento eletrônico de dados, este sistema vêm sendo universalizado
na codificação de materiais, por meio de Geração de códigos — SCG — e do
Sistema para Alimentar Computadores — SAC. O sistema SAC é ideal para
grande quantidade de itens de estoque. Os principais padrões são:
Código 39: código alfanumérico, adequado para a impressão em mate-
riais de baixa qualidade. Possui nove elementos, sendo três mais largos.
Cada caractere é formado por nove barras, sendo cinco escuras e quatro
claras. A notação alfanumérica possibilita 10 algarismos, 26 letras, um
espaço e sete símbolos, permitindo o registro de informações de origem,
destino e sequência de operações. A Figura 3.16 apresenta um modelo
deste tipo de código.
Atividades de aprendizagem
Estudamos algumas formas de codificação utilizadas pelas empresas. Por
que é importante utilizar um sistema de codificação?
Fique ligado!
Nesta unidade, você aprendeu que:
A movimentação de materiais é uma operação rotineira nas diversas
operações da empresa.
No armazém, existe uma enorme variedade de equipamentos para
o carregamento, descarregamento, separação de pedidos e movi-
mentação de mercadorias; e três categorias podem ser distinguidas:
equipamento de movimentação manual, movimentação mecânica
e equipamentos automatizados.
Os equipamentos de movimentação manual apresentam como van-
tagem o investimento modesto, em relação ao mecanizado. Alguns
exemplos são as paleteiras e empilhadeiras manuais.
Os equipamentos mecanizados são mais velozes, e a produtividade
por homem-hora pode ser aumentado. O mais utilizado é a empi-
lhadeira, mas existem outros como: transportadores a cabo, veículos
de reboque, esteiras rolantes, e carrosséis.
A automatização é a administração de material de processamento
com a utilização de máquinas automáticas e equipamentos eletrô-
nicos. Geralmente os sistemas automatizados são construídos para
soluções específicas. Atualmente, dois tipos de sistema de manuseio
de materiais automatizados são utilizados: sistemas de separação
de pedidos e sistemas de armazenagem e recuperação (AS/RS).
Na unitização de cargas, vários volumes de mercadorias são acondi-
cionados ou arrumados de forma a constituírem “unidades” maiores,
com tipos e formatos padronizados, para facilitar a movimentação
ao longo da cadeia de transportes, eliminando os dispendiosos e
desnecessários manuseios da carga fracionada.
Os contêineres são um dos equipamentos de unitização de cargas.
São estruturas padronizadas internacionalmente, com formato retan-
gular, que podem ser construídos em aço, alumínio ou fibra, cada
uma delas registrada com uma numeração exclusiva formada por
quatro letras e sete algarismos.
Existem vários tipos de contêineres, podendo ser destacados: standard
de 20 ou 40 pés, reefer de 20 pés, plataforma 20 pés, tanque 20 pés,
Referências
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BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo:
Saraiva, 2003.
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mar. 2014.
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Acesso em: 14 mar. 2014.
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VEÍCULO guiado automaticamente. Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/see-
sistemas/carro-guiado-a-laser-lgv/1496761782-1179618336-p.html>. Acesso em: 16 abr.
2014.
VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
Introdução ao estudo
O adequado gerenciamento de armazenagem e movimentação de materiais
é um fator que permite a uma empresa alcançar um grau de competitividade
elevado. Para facilitar o controle das entradas e saídas de produtos do estoque,
uma empresa deve manter um cadastro de produtos claramente codificados
para facilitar sua identificação. Os materiais mantidos no estoque precisam
também de uma classificação quanto ao período máximo de estocagem, se
é um dos que mais tem movimentação o local para estocar deve ter acesso
livre para reduzir os custos de movimentação com equipamentos e pessoal. A
empresa deve ter um critério para controlar a retirada do material em estoque,
por exemplo, o primeiro material que entrou será o primeiro a sair do mesmo
estoque. Dessa maneira, os materiais serão movimentados da forma correta,
agilizando os processos da empresa com um todo, e evitando a perda de espaço
e até mesmo de produto.
Todo material mantido em estoque tem um custo, assim, nesta unidade
vamos estudar os custos dos estoques. Por meio deste estudo, vamos identificar
os elementos que influenciam os custos da manutenção, emissão de pedidos
de compras e outros elementos que, se controlados, reduzem de forma signi-
ficativa desperdícios de tempo e material.
A presente unidade pretende mostrar, com base teórica, como gestão da
armazenagem e movimentação de materiais trazem benefícios para a empresa.
Analisaremos como a tecnologia da informação agiliza e reduz os custos de
armazenagem pela automação da movimentação dos estoques.
Para reduzir os problemas acarretados pelo armazenamento inadequado, as-
sociado à movimentação do estoque com o uso da tecnologia, serão percebidas
as melhorias exigidas pelos processos de organização, disposição e distribuição
dos produtos. O que, de certa forma, poderá contribuir significativamente para
o desempenho da organização de forma geral.
Gráfico 4.1 Curva ABC dos materiais utilizados pela empresa a, comparada à Curva ABC típica e
à reta de ausência de concentração
Nota: O eixo das abcissas também pode representar o percentual da quantidade de itens.
Observamos que os itens com os códigos 3131 e 3126 são os que apre-
sentam a maior concentração de valor estocado, representando 80,11% do
valor total do estoque e apenas 20% dos itens mantidos no estoque, estes são
classificados como estoque do tipo A.
Os itens de códigos 6136, 4138 e 5120 são os que apresentam a concentração
média do estoque, representando 14,88% do valor total em estoque e 30% dos
itens mantidos em estoque, esses itens são classificados como estoque do tipo B.
Os itens 4135, 3127, 6116, 1140 e 1129 são os que apresentam a menor
concentração do valor estoque, representando 5,01% do valor total em estoque
e 40% dos itens mantidos em estoque, esses materiais são classificados como
estoque do tipo C.
Agora, vamos ver os passos que devemos seguir para montar uma Curva
ABC. Prepare um quadro com o código do material, custo unitário e a quanti-
dade do estoque em um período de tempo.
1 1129 222,30 15
2 1140 53,04 85
3 6116 32,89 140
4 3127 43,94 150
5 6136 126,82 280
6 4135 19,24 343
7 3131 457,60 620
8 5120 22,49 880
9 4138 20,93 995
10 3126 54,41 2.320
Fonte: Do autor (2014).
Sendo assim, em uma indústria que monta tratores, uma arruela, por exem-
plo, pode ter baixo custo unitário e baixo consumo. Contudo, essa arruela
é essencial para a montagem do trator. Neste caso, ele é um item crítico no
processo produtivo e pode não faltar. Caso ocorra falta desse material no esto-
que, o trator não pode ser entregue ao comprador. Assim, tem-se o Índice de
Criticidade dos itens em estoque.
Fazendo uso do conceito de criticidade dos itens do estoque, este pode ser
agrupado em três classes: materiais Z em Criticidade, que são aqueles materiais
cuja falta causará a interrupção no processo produtivo da empresa. São, dessa
forma, imprescindíveis; materiais Y em Criticidade, fazem parte dessa categoria
aqueles itens cuja falta não provocará efeitos a curto prazo, são importantes,
mas sua falta não impede a continuidade do processo de fabricação; e mate-
riais X em Criticidade, que são classificados todos os itens do estoque que não
pertençam a classe Z ou classe Y.
Outra maneira de se fazer a identificação dos itens com maior ou menor fre-
quência é determinando período de tempo utiliza classificação XYZ e avaliando
a imprescindibilidade do material no desempenho das atividades realizadas. Os
itens com demanda baixa são os itens itens Z. Os itens classificados como Y,
são caracterizados de acordo com a estratégia utilizada pela organização. Essa
classificação é feita por meio de análises estatísticas durante certo período de
tempo que permita verificar a curva completa de comportamento da demanda
(SCHÖNSLEBEN, 2007).
Volume
Frequência A B C
Alto Médio Baixo
Alto volume e Médio volume e Baixo volume e
X Alta
demanda contínua demanda contínua demanda contínua
Alto volume e Médio volume e Baixo volume e
Y Média
demanda regular demanda regular demanda regular
Alto volume e Médio volume e Baixo volume e
Z Baixa
demanda irregular demanda irregular demanda irregular
Fonte: Adaptada de Schönsleben (2007, p. 78).
Atividades de aprendizagem
1. Sobre a codificação de material, é correto o que se afirma nos se-
guintes itens:
I. O objetivo da codificação de material é facilitar o controle con-
tábil do estoque.
II. É aglutinar materiais com características semelhantes, com abran-
gência, flexibilidade e praticidade.
III. É uma variação da Classificação de Materiais, consiste em orde-
nar os materiais da empresa dando a cada um deles determinado
conjunto de caracteres.
a) V — V — V.
b) F — V — F.
c) V — F — V.
d) F — F — V.
2. Classifique as afirmativas como verdadeira (V) ou falsa (F) e assinale
a alternativa correta.
( ) A Curva ABC é um importante instrumento para o administrador;
ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e
tratamento adequados quanto à sua administração.
( ) A Curva ABC tem sido utilizada para administrar estoque e para
definir política de vendas.
( ) A Curva ABC é uma ferramenta para programar a produção na
indústria.
a) V — V — F.
b) F — V — F.
c) V — F— F.
d) V — V — V.
O sistema foi patenteado em 1949 por Bernard Silver, mas foi usado pela
primeira vez somente em 1974, em um pacote de goma de mascar. Demorou
25 anos porque a leitura óptica ainda era uma tecnologia pouco acessível.
Contudo, o uso do código de barras não possui apenas vantagens, Erdei (1994)
esclarece que os códigos de barras estão frequentemente sujeitos a condições
adversas, tais como armazenamento prolongado, ou ainda às mudanças bruscas
provocadas pelo transporte a grande distâncias (temperatura, pressão, radiação
solar ultravioleta direta etc.) que deterioram os códigos e dificultam a leitura.
continua
continuação
Atividades de aprendizagem
1. Complete a frase a seguir e assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta das palavras.
O EPC pode ajudar a corrigir ineficiências nas lojas e trazer valor para
o consumidor, pois a cada ano bilhões de reais são perdidos pela falta
de visibilidade da cadeia de suprimentos. O padrão Código Eletrônico
de Produto — EPC permite que as ________ sejam disponibilizadas de
forma padronizada, possibilitando que qualquer empresa envolvida na
_____ de suprimentos possa se valer desta informação, mesmo que ela
tenha sido gerada por outra ________.
a) Informações; cadeia; organização.
b) Mercadorias; cadeia; empresa.
c) Produtos; rede; organização.
d) Informações; sequência; gráfica.
2. O WMS, Warehouse Management System ou Sistema de Gerencia-
mento de Armazéns, é responsável pelo gerenciamento das funções
básicas do processo de receber, estocar e separar materiais no estoque.
A partir dessa facilidade e com a integração do código de barras e da
radiofrequência, o WMS proporcionou a redução de custos e melho-
rou o serviço prestado. Descreva o que é o sistema WMS.
3. O sistema WMS deve prever a integração com outros sistemas de
gestão de informações corporativos como o Planejamento de Recursos
Empresariais. Dessa forma, as funções do WMS são:
a) Transferências; Cobrança; Inspeção e Controle de processo e
Recebimento.
b) Contratação de frete; Transferências; Programação e entrada de
pedidos; Inspeção e controle de qualidade.
c) Cobrança; Contratação de frete; Transferências; Programação e
entrada de pedidos.
d) Programação e entrada de pedidos; Inspeção e controle de qua-
lidade; Recebimento e Transferências.
Outro fator a ser considerado é o custo da emissão do pedido, que esta rela-
cionado ao valor em moeda corrente dos custos decorrentes do processamento
de cada pedido de compra. Dias (2005) descreve que “para calcular o custo
unitário é só dividir o CTP pelo número total anual de pedidos”. Custo do Pe-
dido (CP) = Custo total anual dos pedidos (CTP) / Número anual de pedidos (N)
O custo de armazenagem de uma empresa comercial deve ser o mínimo
possível, pois se trata de um dos itens que tem mais relevância dentro da em-
presa no momento de calcular sua lucratividade. Segundo Francischini e Gurgel
(2002), o custo de armazenagem de determinado item em estoque pode ser
calculado pela fórmula: CAmi = EM x PM x TE x Camu, onde: CAmi = custo
de armazenagem; EM = estoque médio; PM = preço médio; TE = tempo em
estoque; CAmu = custo de armazenagem unitário.
As empresas que compram produtos para vender e não fabricam produtos,
a compra e venda de mercadorias é a atividade mais importante. É preciso
dispor de uma quantidade de produtos em estoque para atender os pedidos de
seus clientes na hora certa e na quantidade que eles desejam. Assim, o gestor
deve considerar alguns indicadores de sua gestão que são necessários para a
manutenção da satisfação do cliente.
Entre esses indicadores, podemos destacar o controle de estoques, que re-
presenta um item de controle muito importante, pois não basta que os produtos
entrem no armazém de materiais, a empresa precisa prever situações para que
não haja excessos, faltas, nem deterioração dos materiais estocados.
Em função da localização do comprador e do fornecedor, e os meios de
movimentação entre estes, a empresa terá um tempo de atendimento do pe-
dido que se avalia em termos dias, assim, o gestor deve prever um estoque de
segurança. Esse é necessário para dar segurança ao atendimento dos clientes,
evitando a interrupção a todo instante em decorrência da falta de materiais
que deveria estar em estoque. A certeza do melhor atendimento jamais será
conseguida, pois para essa realização todas as empresas necessitariam de altos
estoques para atender a demanda.
Segundo Francischini e Gurgel (2002, p. 154), “uma maneira simples de
cálculo para evitar a falta de estoque e criar um estoque de segurança é: Estoque
de segurança (Eseg) igual à demanda máxima histórica (Dmáx) — demanda
média x o tempo de reposição máximo (TRmax) menos o tempo de reposição
médio (TR)” ou Eseg = (DMáx – DM) x (TRMáx – TR).
800
'++ "
400
200
$$"
!+ " #+" $+" %+"
TEMPO
(dias)
TR Tempo
Como essas duas previsões podem apresentar erros, como demanda real
maior do que a prevista ou tempo de ressuprimento maior que o previsto, há,
assim, a necessidade de se prever uma quantidade de material para compensar
a existência de erros. Essa quantidade é denominada estoque de segurança (ES).
Teoricamente, o estoque de segurança serve, também, para compensar erros
de controle de estoque. Se, todavia, dispõe-se de um bom sistema de controle,
Fique ligado!
Chegamos ao final dos estudos desta unidade. Nela, focamos na gestão
das quantidades estocadas, sua importância como estratégia do negócio e da
gestão financeira da empresa. O sucesso de todo negócio está relacionado
com as estratégias para reduzir custos e tornar a empresa mais competitiva.
Identificamos os elementos que influenciam os custos dos estoques, bem
como as técnicas que as empresas adotam para controlar estes custos. Você
pode aplicar os conceitos aqui estudados na sua atividade profissional?
Referências
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Bookman, 2006.
BANZATO, E. WMS Warehouse management system: Sistema de gerenciamento de
armazéns. São Paulo: IMAN,1998.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 5. ed.
São Paulo: Atlas, 2005.
ERDEI, Guilhermo E. Código de barras: desenvolvimento, impressão e controle da
qualidade. São Paulo: Makron Books, 1994.
FRANCISCHINI, Paulino Graciano; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de
materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira,
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MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2003.
MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração de materiais e
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SCHMITZ, Rafael. Controle de estoque. Blumenau, 1999, 70 p. monografia - Fundação
Universidade Regional de Blumenau — FURB.
SCHÖNSLEBEN, P. Integral logistics management: operations and supply chain
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SILVA, Vera Lúcia P. da. Aplicações práticas do código de barras. São Paulo: Livraria Nobel S.A., 1989.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
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