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Curso de Graduação a Distância

Educação a
Distância
(4 créditos – 80 horas)

Autores:
Blanca Martín Salvago
Maria Cristina Lima Paniago Lopes

Universidade Católica Dom Bosco Virtual


www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
UCDB VIRTUAL

Missão Salesiana de Mato Grosso

Universidade Católica Dom Bosco


Instituição Salesiana de Educação Superior

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinohara


Reitor: Pe. José Marinoni
Pró-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceição A. Galvez Butera
Diretor da UCDB Virtual: Prof. Jeferson Pistori
Coordenadora Pedagógica: Prof. Blanca Martín Salvago

Direitos desta edição reservados à Editora UCDB


Diretoria de Educação a Distância: (67) 3312-3335
www.virtual.ucdb.br
UCDB -Universidade Católica Dom Bosco
Av. Tamandaré, 6000 Jardim Seminário
Fone: (67) 3312-3800 Fax: (67) 3312-3302
CEP 79117-900 Campo Grande – MS

Salvago, Blanca Martín e Lopes, Maria Cristina Lima Paniago.


Disciplina: Educação a Distância

Salvago e Lopes. Campo Grande: UCDB, 2012. 69 p.

1. Educação a Distância 2. Novas Tecnologias 3. Inclusão


Digital 4. Interação

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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO

Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do
seu curso.

Elementos que integram o material


Critérios de avaliação: são as informações referentes aos critérios adotados para
a avaliação (formativa e somativa) e composição da média da disciplina.
Quadro de Controle de Atividades: trata-se de um quadro para você organizar a
realização e envio das atividades virtuais. Você pode fazer seu ritmo de estudo, sem ul-
trapassar o prazo máximo indicado pelo professor.
Conteúdo Desenvolvido: é o conteúdo da disciplina, com a explanação do pro-
fessor sobre os diferentes temas objeto de estudo.
Indicações de Leituras de Aprofundamento: são sugestões para que você
possa aprofundar no conteúdo. A maioria das leituras sugeridas são links da Internet para
facilitar seu acesso aos materiais.
Atividades Virtuais: atividades propostas que marcarão um ritmo no seu estudo.
As datas de envio encontram-se no calendário do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Como tirar o máximo de proveito


Este material didático é mais um subsídio para seus estudos. Consulte outros
conteúdos e interaja com os outros participantes. Portanto, não se esqueça de:
· Interagir com frequência com os colegas e com o professor, usando as ferramentas
de comunicação e informação do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA;
· Usar, além do material em mãos, os outros recursos disponíveis no AVA: aulas
audiovisuais, vídeo-aulas, fórum de discussão, fórum permanente de cada unidade, etc.;
· Recorrer à equipe de tutoria sempre que precisar orientação sobre dúvidas quanto
a calendário, atividades, ferramentas do AVA, e outros;
· Ter uma rotina que lhe permita estabelecer o ritmo de estudo adequado a suas
necessidades como estudante, organize o seu tempo;
· Ter consciência de que você deve ser sujeito ativo no processo de sua aprendiza-
gem, contando com a ajuda e colaboração de todos.

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Objetivo Geral
Propiciar espaço aos alunos dos cursos de graduação a distância para reflexão crítica
de questões voltadas à modalidade de Educação a Distância.

Conteúdo Programático – Sumário

UNIDADE 1 – O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA SOCIEDADE.............................11


1.1 As tecnologias e o cotidiano ..............................................................................11
1.2 Novas Tecnologias de Informação e Comunicação...............................................12
1.3 Tecnologia em diferentes contextos....................................................................13
UNIDADE 2 – CONCEITO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.....................................15
2.1 Definições de Educação a Distância.......................................................................15
2.2 Nova modalidade de ensino..................................................................................18
2.3 Modelos de EAD para o Ensino Superior............................................................... 19
UNIDADE 3 – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA...................................24
3.1 Estudo por correspondência..................................................................................25
3.2 Educação por rádio e televisão..............................................................................27
3.3 O processo de ensino e aprendizagem mediado pelo computador............................31
3.4 Web 2.0..............................................................................................................33
UNIDADE 4 – PAPEL DOS PARTICIPANTES NA MODALIDADE A DISTÂNCIA....36
4.1 Papel do professor...............................................................................................37
4.2 Papel do aluno.....................................................................................................39
4.3 Educação Dialógica..............................................................................................41
4.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem................................................................43
UNIDADE 5 – AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA...................................46
5.1 Avaliação na Educação.........................................................................................46
5.2 Avaliação do processo de aprendizagem................................................................48
UNIDADE 6 – CENÁRIOS CONTEMPORÂNEOS DE EAD......................................53
6.1 Sistemas Abertos de Educação..............................................................................53
6.2 Universidade Aberta do Brasil – UAB.....................................................................55
6.3 EAD Corporativa..................................................................................................56
REFERÊNCIAS.....................................................................................................60
ATIVIDADES E EXERCÍCIOS...............................................................................63

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Avaliação
A UCDB Virtual acredita que avaliar é sinônimo de melhorar, isto é, a finalidade da
avaliação é propiciar oportunidades de ação-reflexão que façam com que você possa
aprofundar, refletir criticamente, relacionar ideias, etc.
A UCDB Virtual adota um sistema de avaliação continuada: além das provas no final de
cada módulo (avaliação somativa), será considerado também o desempenho do aluno ao longo
de cada disciplina (avaliação formativa), mediante a realização das atividades. Todo o processo
será avaliado, pois a aprendizagem é processual.
Para que possa se atingir o objetivo da avaliação formativa, é necessário que as
atividades sejam realizadas criteriosamente, atendendo ao que se pede e tentando sempre
exemplificar e argumentar, procurando relacionar a teoria estudada com a prática.
As atividades devem ser enviadas dentro do prazo estabelecido no calendário de
cada disciplina. As atividades enviadas fora do prazo serão aceitas nas seguintes condições:
• As atividades enviadas 7 dias após o vencimento do prazo serão corrigidas com a
pontuação normal, isto é, sem penalização pelo atraso.
• Após os 7 dias, o professor aplicará um desconto de 50% sobre o valor da ati-
vidade.

Critérios para composição da Média Semestral:


Para fazer a Média Semestral, leva-se em conta o desempenho atingido na avaliação
formativa e na avaliação somativa, isto é, as notas alcançadas nas diferentes atividades
virtuais e na(s) prova(s).
Antes do lançamento desta nota final, o professor divulgará a média provisória de
cada aluno, dando a oportunidade de que os alunos que não tenham atingido média igual
ou superior a 7,0 possam fazer a Prova Substitutiva (PS).
Após a PS, o professor já fará o lançamento definitivo da Média Semestral, seguindo
o procedimento abaixo:

A prova presencial tem peso 7,0 e as atividades virtuais têm peso 3,0. Portanto, para calcular a
Média, o procedimento é o seguinte:

1. Multiplica-se o somatório das atividades por 0,30;


2. Multiplica-se a média das notas das provas por 0,70.
Para termos a Média Semestral, somam-se os dois resultados anteriores, ou seja:
MS = MP x 0, 7 + SA x 0,3
MS: Média Semestral

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MP: Média das Provas


SA: Somatório das Atividades

Assim, se um aluno tirar 10 na(s) prova(s) e tiver 10 nas atividades:


MS = 10 x 0,7 + 10 x 0,3 = 7,0 + 3,0 = 10

Se a Média Semestral for igual ou superior a 4,0 e inferior a 7,0, o aluno ainda
poderá fazer o Exame. A média entre a nota do Exame e a Média Semestral deverá ser igual
ou superior a 5,0 para considerar o aluno aprovado na disciplina.

FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES

O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização das atividades. Faça seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:

AVALIAÇÃO PRAZO * DATA DE ENVIO **

Atividade 1.1
Ferramenta: Tarefas

Atividade 2.1
Ferramenta: Questionário

Atividade 4.1
Ferramenta: Fórum

Atividade 5.1
Ferramenta: Questionário

* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.

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BOAS VINDAS

Seja bem-vindo a esta aventura que estamos prestes a começar. Esperamos que
esteja animado e interessado no curso escolhido, na modalidade a distância, para que
possamos descobrir juntos novas possibilidades de ensino-aprendizagem.
Parabéns pela sua iniciativa, que sem dúvida, tem boa dose de coragem e espírito
pioneiro e arrojado.
Sinta-se à vontade, participe e expresse suas opiniões, comentários e dúvidas.
Lembre-se que fazer um curso a distância não é sinônimo de estudar sozinho. Você tem
colegas, auxiliares e tutores com os quais pode interagir.
Neste espaço você pode interagir por diferentes motivos, que nem sempre serão
estritamente acadêmicos.
Estamos abertos à comunicação em uma interação frequente e fluida e esperamos
contar com o seu entusiasmo, participação e envolvimento.
MÃOS À OBRA!

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Pré-teste
Esta atividade não será pontuada, mas é importante sua participação.
O objetivo deste instrumento é coletar dados referentes às representações dos
participantes em relação ao uso da tecnologia em diferentes contextos; à EAD e suas
características; às experiências já vividas em relação ao uso da tecnologia.

1. Você costuma usar o computador/Internet?


( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
( ) Raramente

2. Se a resposta anterior for afirmativa, indique quais as finalidades do uso:


( ) Estudo
( ) Trabalho
( ) Lazer
( ) Negócios
( ) Outras

3. Você se sente confortável ao usar e-mail?


( ) Sim
( ) Não
( ) Depende do contexto

4.Você se sente confortável com a leitura dos textos na tela do computador?


( ) Sim
( ) Não
( ) Mais ou menos

5. Você já participou de Chat?


( ) Sim
( ) Não

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6. Você já participou de Fórum?


( ) Sim
( ) Não

7. Você acha que é importante o uso do computador na sua prática profissional?


( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca

8. Qual a sua experiência em cursos a distância?


( ) Cursos Profissionalizantes
( ) Cursos Acadêmicos
( ) Nenhuma experiência

9. O que levou você a escolher este curso na modalidade a distância?


( ) Por influência de outra pessoa
( ) Por falta de opção
( ) Por conhecer as vantagens da modalidade a distância
( ) Outros motivos

10. Na sua opinião, quais das características a seguir correspondem à mo-


dalidade a distância. (Pode escolher mais de um item)
( ) Fácil
( ) Sem comprometimento
( ) Exigente
( ) Flexível em relação ao tempo e espaço
( ) Propiciadora de autonomia ao aluno
( ) Colaborativa
( ) Autoritária
( ) Centralizada

Submeta o Pré-teste por meio da ferramenta Questionário.

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INTRODUÇÃO

O fato de estarmos cercados pelas tecnologias e pelas mudanças que elas acarretam
no mundo não pode ser ignorado. Porém, o foco de nossa atenção deveria ser como
aproveitar tais tecnologias de modo que tragam benefícios para nosso desempenho como
cidadãos e como profissionais.
Muitos temem ser dominados pela tecnologia, mas para que isto não aconteça é
preciso ter um posicionamento crítico com relação a ela.
Tanto no âmbito social, político, econômico, administrativo, como no educacional, é
necessário formar a pessoa para que tenha uma participação ativa com o conhecimento e a
informação e não assimile passivamente as informações recebidas através das novas
tecnologias de informação e comunicação e tenha um posicionamento crítico diante das
diferentes situações.
Seguindo esta linha de pensamento, a tecnologia, mesmo não beneficiando todos da
mesma forma, alcança uma grande maioria e pode promover transformações no
pensamento e na organização da sociedade superando as desigualdades.
Mas, para isso, é necessário desmistificar a linguagem tecnológica e familiarizar os
diferentes usuários com o domínio do seu manuseio, investigação e produção.
Com a alfabetização tecnológica, a tecnologia poderá ser usada de maneiras
múltiplas e diferenciadas, superando uma percepção ingênua do mundo, interagindo com a
informação e o conhecimento, aumentando possibilidades na vida, comprometendo-se com
as transformações sociais.
As tecnologias poderiam ser usadas não só como ferramentas para facilitar e
melhorar as condições de vida, mas também como objetos de conhecimento e pesquisa.
Queremos mudar, entretanto, não basta empregarmos uma nova tecnologia sem conhecê-
la, sem saber explorar todo o potencial que ela oferece.
Este processo de atualização e adaptação às novas tecnologias deveria ser
permanente, um processo dinâmico que exige participação, envolvimento, abertura de
espírito ao novo e contínua formação para poder fazer um bom uso das ferramentas.
Por isso, propomos aqui aproveitar a disciplina como uma oportunidade para
discutir, refletir, investigar, trocar ideias sobre o uso da tecnologia nas mais variadas si-
tuações (contexto educativo, profissional, social, pessoal...).

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UNIDADE 1

O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA SOCIEDADE


OBJETIVO DA UNIDADE: Refletir sobre o uso das novas tecnologias nos mais dife-
rentes aspectos do dia a dia. Propiciar espaço para que o aluno se familiarize com a
inserção das novas tecnologias em diferentes contextos.

1.1 As tecnologias e o cotidiano

Quando a gente pensa em tecnologia, normalmente vêm na cabeça complicados


equipamentos que nem sabemos como funcionam, e normalmente são associados a um
mundo distante da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa compreensão. Mas, vamos
pensar um pouco nas nossas rotinas: será que esses equipamentos estão tão longe assim
de nós? Dê uma olhada em volta de onde você se encontra neste momento, o que está
vendo? Há alguma tecnologia perto de você? Afinal, o que é tecnologia?

Ao conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao


planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um
determinado tipo de atividade nós chamamos de “tecnologia”. Para
construírem qualquer equipamento seja uma caneta esferográfica ou um
computador -, os homens precisam pesquisar, planejar e criar tecnologias.
(KENSKI, 2003, p. 18)

Bom, depois dessa definição de tecnologia, vamos repensar nas perguntas que
colocamos anteriormente. Onde está a tecnologia?

A tecnologia está em todo lugar, já faz parte de nossas vidas. Nossas ativi-
dades cotidianas mais comuns como dormir, comer, trabalhar, ler,
conversar, deslocarmo-nos para diferentes lugares, e divertirmo-nos- são
possíveis graças às tecnologias a que temos acesso. As tecnologias estão
tão próximas e presentes, que nem percebemos mais que não são coisas
naturais. Tecnologias que resultaram, por exemplo, em talheres, pratos,
panelas, fogões, fornos, geladeiras, alimentos industrializados e muitos
outros produtos, equipamentos e processos que foram planejados e
construídos para podermos realizar a simples e fundamental tarefa que
garante nossa sobrevivência: a alimentação. (KENSKI, 2003, p. 18)

Será que os utensílios utilizados no nosso dia a dia são percebidos como
tecnologias? Poderíamos imaginar nossas vidas sem alguns desses utensílios?

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Muitos dos equipamentos e produtos que utilizamos em nosso cotidiano


não são notados como tecnologias. Alguns invadem nosso corpo, como
próteses, alimentos e medicamentos. Óculos, dentaduras, comidas e
bebidas industrializadas, vitaminas e outros tipos de medicamentos são
produtos resultantes de sofisticadas tecnologias... Tudo o que utilizamos na
nossa vida diária, pessoal e profissional utensílios, livros, giz e apagador,
papel, canetas, lápis, sabonetes, talheres...- são formas diferenciadas de
ferramentas tecnológicas (KENSKI, 2003, p. 19)

Até aqui pensamos só no âmbito doméstico, mas será que as nossas inter-relações
também sofrem influências das tecnologias?

O uso da informática no ambiente doméstico alterou o modo de lazer das


crianças e adultos com a utilização de jogos, simuladores e dos diversos
ambientes na Internet e tornou-se recurso adicional para pesquisas e
trabalhos escolares pela utilização de aplicativos básicos, como editores de
texto e programas para desenho, enciclopédias eletrônicas, sites da rede
mundial e jogos educativos (CARNEIRO, 2002, p. 24).

Há alterações nos diferentes âmbitos de nossas vidas com a inserção da tecnologia


informática?

A tecnologia informática está alterando os aspectos mais profundos de


nossa vida e condição humana: como tratamos a saúde, como nossos filhos
estudam (...) quais vozes serão ouvidas e até como as nações vão se
formando (DERTOUZOS, 1997, p. 26).

1.2 Novas Tecnologias de Informação e Comunicação

Sem sombra de dúvida, a tecnologia exerce um certo


fascínio sobre a maioria de nós. Estamos sempre buscando
algo que possa fazer alguma diferença em nossas vidas. Por
isso, muitas vezes, enxergamos a tecnologia como aquela
capaz de mudar e aperfeiçoar o que já vinha sendo feito
anteriormente. Isto acontece em todos os âmbitos: social,
educacional, profissional, individual, etc.

Fonte: http://migre.me/5GYN9

O computador, uma das tecnologias mais prestigiadas atualmente, pode ser usado
de diferentes formas no dia a dia, como recurso didático, como fortalecimento de um
pensamento crítico socialmente compartilhável, como uma capacidade operacional de
melhorar o desempenho cotidiano dos afazeres básicos, para facilitar as transações
econômicas, para facilitar a comunicação, para ter acesso a diferentes tipos de informações.

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Como pessoas que buscam melhorar a qualidade de vida, o desempenho


profissional e pessoal, talvez deveríamos enxergar o computador não como uma simples
inovação mas como uma possibilidade de dinamizar as nossas mentalidades em relação ao
seu uso em nossas práticas, priorizando as relações interpessoais e valorizando um novo
fazer e um novo pensar.

1.3 Tecnologia em diferentes contextos

Diante das novas exigências de um mercado competitivo, as empresas também têm


que buscar atualização com desempenho satisfatório em relação à qualidade, custo,
flexibilidade. Sendo assim, exigem-se novas formas de gerenciamento, novas relações entre
empregador-empregado, melhores desempenhos e formas de integração das novas
tecnologias aproveitando suas possibilidades. Essa adequação faz-se necessária sob a
perspectiva de uma realidade bastante competitiva.

Fonte: http://migre.me/5HjZ6 Fonte: http://migre.me/5Hk1n

Fonte: http://migre.me/5Hk4R
Fonte: http://migre.me/5Hk69

As maiores conquistas que podem ser obtidas com a informatização das empresas
são: facilitar a comunicação entre diferentes setores; acesso a diferentes tipos de

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informação; agilizar o processo de tomada de decisões; integrar polos de diferentes espaços


geográficos, facilitar a divulgação de seus produtos.

Como em outros ambientes, também no âmbito profissional, é necessário introduzir


as novas tecnologias considerando não apenas seu valor operacional, a curto prazo, mas
suas implicações no que se refere a questões
estratégicas dentro da organização. Não basta ter
uma visão imediatista de lucro, de produtividade, de
ganho de tempo sem definir claramente as metas
que se querem alcançar.

Sabendo que neste sentido, a diferenciação


em relação a usar ou não a tecnologia pode trazer
vantagens e benefícios nos resultados das ações em
qualquer ambiente.

Fonte: http://migre.me/5GYX6

Na esfera privada ou na esfera pública, a finalidade da inclusão das Novas


Tecnologias pode ser a economia de recursos (materiais, humanos, tempo, dinheiro), ou
seja, a obtenção de maior lucro com menor investimento e/ou melhorar o atendimento, os
serviços prestados ao público em geral, além da melhoria na organização, na agilização da
comunicação e da informação.

Antes de continuar seu estudo, realize o Exercício 1 e a


Atividade 1.1.

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UNIDADE 2

CONCEITO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


OBJETIVO DA UNIDADE: Familiarizar-se com o conceito e características da
Educação a Distância, refletir sobre suas vantagens e desvantagens e formar uma opinião
crítica em relação à EAD.

2.1 Definições de Educação a Distância

Há algumas definições de EAD que enfatizam a separação espacial e temporal. Perry


e Rumble (1987, p. 12) afirmam que na EAD, professor ou tutor e aluno não se encontram
juntos no mesmo espaço físico, e por isso, necessitam de meios que possibilitem uma
comunicação entre ambos.

Essa separação física também é evidenciada por Moran (1994, p. 1), quando define
Educação a Distância como um “processo de
ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias,
onde professores e alunos estão separados
espacial e/ ou temporalmente”. Para este autor,
EAD é o “ensino/aprendizagem onde professores e
alunos não estão normalmente juntos, fisicamente,
mas podem estar conectados, interligados por
tecnologias, principalmente as telemáticas, como a
Internet”. Moran lembra que outras tecnologias
também podem ser utilizadas, como o correio, o
rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o
fax.

Fonte: http://migre.me/5GZ0d

Vejam que Moran pontua o estar junto, tanto professores como alunos. Isto
evidencia a importância desses participantes neste processo de ensinar e de aprender. Além
disto, o autor nos lembra que não necessariamente a EAD deve ser mediada pelas
tecnologias telemáticas, mas também por outras como correio, por exemplo.

Moore e Kearsley (2007, p.1) afirmam que a ideia básica de educação a distância é
muito simples:

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Alunos e professores estão em locais diferentes durante todo ou grande


parte do tempo em que aprendem e ensinam. Estando em locais distintos,
eles dependem de algum tipo de tecnologia para transmitir informações e
lhes proporcionar um meio para interagir.

É interessante atentar-se para o fato de que professores e alunos, mesmo estando


separados fisicamente, podem e devem interagir. A distância física não isenta a interação, a
participação, o envolvimento, o comprometimento de ambos para que a aprendizagem
ocorra de maneira significativa.

Neder (2003, p. 91) faz as seguintes considerações a respeito:

A educação a distância é uma modalidade de ensino que, paradoxalmente,


por prescindir da relação face a face, exige um processo de interlocução
permanente e próprio. Na educação a distância, o aluno não vai estar
fisicamente presente em todos os momentos da relação pedagógica. Mas
apesar da distância física, não pode deixar de existir o diálogo permanente.
O material didático é o instrumento para esse diálogo. Ele deve ser pensado
e concebido no interior de um projeto pedagógico e de uma proposta
curricular definidas claramente.

Será que esta interlocução, independente de ser presencial ou a distância, carece de


um perfume? Será que precisamos deste perfume para atrair nossos alunos?

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O decreto nº. 2494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB


(Lei nº 9.394/96) em seu artigo 1º conceitua a EAD como:

Forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de


recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em
diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados,
e veiculados pelos diversos meios de comunicação.

Esta autoaprendizagem não é a mesma coisa que dizer que o aluno precisa aprender
sozinho, ou que o aluno tem que ser autodidata e que a EAD prescinde do trabalho do
professor. O que a EAD enfatiza é uma autonomia por parte de seus participantes, aquela
em que cada um, na sua individualidade, busca novas formas de conhecimento, mas
sempre combinado ao coletivo, ao grupo, à busca das novas aprendizagens contemplando
também seus pares no processo de ensinar e de aprender.

Para Litwin (2001), EAD é uma modalidade de ensino com características específicas
que “substitui a proposta de assistência regular à aula por uma nova proposta, na qual os
docentes ensinam e os alunos aprendem mediante situações não convencionais, ou seja,
em espaços e tempos que não compartilham” (p.13).

O que seria esta assistência regular que Litwin sugere ser substituída? Acredito que
a autora se refere à subserviência do aluno ao professor, ou seja, uma dependência muito
grande em saber onde ir, o que fazer, o que priorizar, os caminhos a trilhar. Nesta proposta
de EAD, o aluno deve ser protagonista do seu processo de aprendizagem, buscar
alternativas de aprender junto aos seus pares, não só com o professor mediando esta
construção.

Para você, o que representam estes conceitos? Como você os enxerga? Eles se
diferenciam ou se aproximam? Como? Pense nestas questões.

Antes de iniciarmos o outro tópico, assista ao vídeo intitulado “a menina que quer
demolir a escola”, disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=xMXdls7tBaA> Acesso
em 02 jun. 2010

Será que é esta a nossa escola? Será que são estes os nossos alunos? Como vai a
educação no Brasil? Será que se acabarmos com a EAD, estamos melhorando a educação
no Brasil, como pensam alguns? Os problemas que temos na EAD são exclusivos desta
modalidade ou aplicam-se também à educação presencial? O que podemos fazer para
melhorar nosso sistema educacional? Vamos refletir.

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2.2 Nova modalidade de ensino

A Educação a Distância é um processo de ensino-aprendizagem, mediante os


diversos meios de comunicação social, com alunos dispersos e distantes entre si e
separados também fisicamente do professor. Esta nova modalidade de ensino oferece uma
tentativa de dar resposta às novas demandas sociais que a educação tradicional, exigindo
presença dos alunos e do professor, não pode atender. Mas é incorreto pensar que a nova
modalidade deve substituir a tradicional. Ambas as formas educativas podem e devem
beneficiar-se mutuamente de sua coexistência.

Poderíamos distinguir as seguintes características da Educação a Distância:

No atual modelo de ensino, o professor ocupa o papel central, determinando, na


maioria das vezes, o ritmo da aprendizagem dos acadêmicos. Na EAD, o contato direto e
físico entre aluno e professor desaparece, mas continua a relação professor-aluno, mesmo
com traços peculiares, pois é um contato mediado pela tecnologia. A educação continua
sendo um processo dialógico, o professor tem que continuar desempenhando seu papel,
sem pretensão de substituir a atividade mental, criadora, que o aluno sempre deve ter,
prestando em cada momento sua ajuda de maneira que o educando consiga aprender sem
depender de maneira servil do mediador: o professor.

A EAD permite a liberdade de tempo e lugar, uma independência que permite ao


usuário aproximar-se de outros tipos de conhecimento ou atualizar-se, sem ver-se obrigado
a cumprir um horário pré-estabelecido e sem ter que sair de casa ou do seu lugar de
trabalho. Esta flexibilidade é característica importante que muitas vezes determina a escolha
desta modalidade. Vamos ver outras especificidades desta modalidade:

 O aluno deve ter um alto grau de motivação, pois deve agir com respon-
sabilidade e autonomia. A responsabilidade da aprendizagem também recai
no aluno, que deve planificar e organizar seu tempo para responder às
exigências do curso que está acompanhando. Também deve desenvolver a
disciplina, já que são muitos os estímulos do ambiente que dificultam o
estudo sistemático.

 A educação tradicional não perde terreno por causa da Educação a Dis-


tância, mas sim, podemos afirmar que esta vem suprir carências que
impedem um igual acesso de todos os seres humanos interessados ao
conhecimento.

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 A Educação a Distância é uma modalidade que permite o ato educativo


mediante diferentes métodos, técnicas, estratégias e meios, é uma
situação em que os alunos e professores se encontram separados
fisicamente e podem se relacionar de maneira presencial ocasionalmente,
segundo as necessidades específicas de cada curso. A relação presencial
dependerá da distância, do número de alunos, de se os alunos têm ou não
acesso a computadores com Internet, e do tipo de conhecimento que se
trate. Por exemplo, se o curso for de química, é lógica que vai requerer uso
de laboratório.

 A metodologia educativa para ambientes virtuais de aprendizagem deve


estar centrada no estudante. Não pode ser de outro modo, sobretudo
levando em conta as características dos estudantes não presenciais, entre
as quais destacamos que normalmente são adultos com trabalho estável e
para os quais o maior problema é o tempo, isto é, a impossibilidade de
frequentar os centros de formação convencionais em horários pré-
estabelecidos. Precisam de um sistema flexível que se adapte a eles, não
eles ao sistema.

 Na EAD, o professor se relaciona diretamente com cada um dos alunos,


podendo respeitar sua individualidade e seu ritmo particular no
desenvolvimento e na assimilação do conteúdo.

2.3 Modelos de EAD para o Ensino Superior

Hoje em dia, assim como existem várias Tecnologias de Informação e Comunicação


- TIC, são também diversos os modelos usados para implementação de cursos a distância,
pois a combinação das mesmas proporciona uma diversidade de opções.

“Na educação a distância encontramos hoje inúmeras possibilidades de combinar


soluções pedagógicas adaptadas a cada tipo de aluno, às peculiaridades da organização, às
necessidades de cada momento” (Moran, 2005). São muitas as possibilidades de escolha:
desde um curso a distância, centrado ainda no correio convencional, até um curso
totalmente a distância, mediado apenas pelas tecnologias on-line. O leque à disposição é
muito amplo.

Neste item não queremos detalhar todos os modelos de Educação a Distância, nos
centramos aqui em dois modelos mais difundidos no Brasil de cursos que denominamos

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como: cursos dirigidos a massas e cursos dirigidos a grupos pequenos. Descrevemos a


seguir brevemente cada um deles, tentando destacar algumas vantagens e desvantagens.

Os cursos de graduação e de pós-graduação oferecidos a distância estão


enquadrados nos modelos de massa e cursos dirigidos a grupos pequenos. Os dois modelos
estão baseados na formação de turma, com possibilidade de atividades em grupo,
encontros presenciais, formação de comunidades, etc. Estes cursos têm datas previstas
para início e término.

a) Os cursos dirigidos a massas

Esses cursos estão bastante difundidos no Brasil, baseiam-se no uso de mídias de


massas como ferramenta principal, como por exemplo, aulas televisivas transmitidas via
satélite. É “um modelo promissor para alunos que têm dificuldade em trabalhar sozinhos,
em ter autonomia intelectual e gerencial da sua aprendizagem” (Moran, 2005). Os alunos
têm que frequentar periodicamente o espaço físico onde acontecem as aulas. Cada sala é
monitorada por um tutor local que faz a mediação entre o professor titular e os alunos dos
diferentes locais.

Estes cursos se aproximam mais do modelo clássico de ensino, pois os alunos têm o
ponto de referência da sala de aula à qual têm que ir com certa assiduidade e mantêm o
vínculo mais estreito com a escola física e com a figura tradicional do professor.

Figura 1 – Professor e alunos na aula convencional

b) Os cursos dirigidos a grupos pequenos

São também cursos com turma, mas têm um diferencial significativo: atendem a
uma clientela determinada com o mesmo tipo de necessidades e os alunos não necessitam
ir periodicamente à sala de aula. São cursos normalmente mediados pela Internet, nos
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quais os alunos adquirem maior disciplina, sendo mais independentes na hora de gerenciar
seu estudo e sua aprendizagem. Os professores, neste modelo, estão também presentes no
processo, entrando em contato com o aluno por meio das ferramentas de comunicação da
Internet e via telefone, e, por tratar-se de grupos pequenos, o tratamento dado aos alunos
é mais personalizado, tendo condições de acompanhar o desempenho de cada acadêmico
mais de perto, tendo uma postura mais de orientador do que transmissor de conhecimento.
Veja a figura a seguir e compare-a com a figura anterior.

Figura 2 - Professor nos cursos dirigidos aos pequenos grupos

É o modelo ideal para pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho, que
precisam viajar, têm pouco tempo à disposição, mas querem estudar para conseguir se
estabelecer no trabalho ou para ter a possibilidade de ser promovido no emprego. É
também o modelo ideal para qualquer pessoa, jovem ou adulto, inserido no mercado de
trabalho ou não, que estando motivado para estudar um curso superior, quer exercer sua
autonomia no gerenciamento do processo ensino-aprendizagem.

Outra vantagem deste modelo é que oferece maior flexibilidade de tempo e,


sobretudo, de espaço. Isso facilita que pessoas que moram no interior (sobretudo em
regiões distantes ou de difícil acesso) possam realizar seus estudos de nível superior. Essa
flexibilidade está sendo acolhida também por moradores das grandes cidades que preferem
evitar os longos deslocamentos e as despesas de locomoção, assim como o desgaste de se
submeter diariamente ao estresse dos grandes centros urbanos.

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Resumindo, podemos destacar os seguintes traços da EAD:

 Papel ativo do aluno.

 Respeito às diferenças individuais.

 Uso flexível do tempo.

 Professor como mediador do conhecimento.

Podemos dizer que o ser humano, geralmente, tem resistência a introduzir


mudanças que requeiram certo nível de adaptação. No contexto educacional, as maiores
resistências à introdução das novas tecnologias são:

 O principal motivo para rejeitar a mudança ainda continua sendo a falta


de conhecimento de o que é a Educação a Distância e como funciona.
Ainda podemos perceber certo preconceito de algumas pessoas com
relação à EAD. Mas também percebemos que quando as pessoas se
abrem a conhecer a modalidade de perto, começam a mudar sua opinião
nesse sentido. Se hoje está aumentando o número de alunos que
estudam nessa modalidade é, precisamente, porque já está mudando o
cenário nesse sentido.

 A tendência natural a desconfiar e rejeitar o novo. E, mais ainda,


quando a novidade supõe uma mudança de atitude nos docentes e nos
aprendizes. É mais simples fazer as coisas como sempre foram feitas do
que aprender novas técnicas. Para o professor talvez seja mais fácil se
acomodar na situação de controlador do que aceitar a perda de espaço e
de controle. Para o aluno talvez seja mais fácil esperar que tudo venha
feito e decidido do que ter que correr atrás e ser responsável, sem ter
uma pessoa do lado cobrando continuamente uma tarefa.

 Há pessoas que têm receio à


tecnologia: temem as máquinas,
especialmente porque pensam que os
computadores podem acabar tomando o
lugar dos humanos, neste caso, do
professor.
Fonte: http://migre.me/5HlkD

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Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 2.1.

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UNIDADE 3

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


OBJETIVO DA UNIDADE: entender o processo histórico da EAD, seu
desenvolvimento e mudanças, com vistas às discussões sobre seus avanços e retrocessos,
no sentido de conhecer suas potencialidades no processo de ensino e de aprendizagem.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a educação a distância não é algo novo
e sim muito antigo. Ela se iniciou com os estudos por
correspondência. Segundo Peters (2005), a EAD teve como marco
inicial um curso de Short Hand oferecido por Caleb Philips noticiado
pela Gazeta de Boston. Além disso, são citadas as epístolas de São
Paulo às comunidades cristãs da Ásia Menor. Portanto, a história da
EAD não é tão recente.

Fonte: http://migre.me/5HruW

Veja a charge a seguir e pense: será que a educação a distância por si só evidencia
modernidade, inovação, mudança? O que realmente pode fazê-la ser diferente? Seriam os
materiais utilizados? Seriam as mediações propiciadas? Seriam as ferramentas de
comunicação disponibilizadas? Seriam as concepções de ensino aprendizagem que são
empregadas? Vamos refletir.

Fonte: http://migre.me/LtsG

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3.1 Estudo por correspondência

Segundo Moore e Kearsley (2007, p.25):

O histórico da educação a distância começa com os cursos de instrução


que eram entregues pelo correio. Denominado usualmente por
correspondência, também era chamado estudo em casa pelas primeiras
escolas com fins lucrativos, e estudo independente pelas universidades.
Tendo início no começo da década de 1880, as pessoas que desejassem
estudar em casa ou no trabalho poderiam, pela primeira vez, obter
instrução de um professor a distância. Isso ocorria por causa da invenção
de uma nova tecnologia – serviços postais baratos e confiáveis, resultando
em grande parte da expansão das ferroviárias.

Segundo estes autores, o estudo por correspondência era uma maneira de garantir a
educação a alguns que não tinham outra forma de acesso. Também é lembrado que as
mulheres foram beneficiadas com este tipo de estudo, pois não tinham outro modo de se
formar, a não ser com os materiais entregues em suas próprias casas.

As Forças Armadas também se beneficiaram deste tipo de estudo. Por exemplo, o


Instituto United States Armed Forces, em 1966, oferecia cursos por correspondência, tanto
de ensino elementar, médio como superior.

Há ainda hoje muitas pessoas que estudam por meio de


textos enviados pelo correio, ou seja, por correspondência. Nos
Estados Unidos, há um Conselho de Educação e Treinamento a
Distância que certifica escolas que oferecem disciplinas
diversificadas relacionadas ao treinamento de algumas profissões.

Fonte: http://migre.me/5Hs5T

Este tipo de modelo, geralmente, não envolve uma interação intensiva entre
professor e alunos e entre os próprios alunos, ficando restrito ao desenvolvimento de
atividades e tarefas que são submetidas ao instrutor. É uma forma de estudo individual e
autodirigido.

Na Espanha, a Universidad Nacional de Educación a Distancia – UNED, que tem hoje


tanto prestígio entre as modernas Universidades que trabalham com a modalidade da EAD,
foi criada no ano 1972 quando começou a oferecer cursos de graduação a distância por
correspondência.

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Para Palhares (2009, p.48):

...não é apenas o tipo de material didático utilizado, geralmente material


impresso, suficiente para caracterizar a modalidade como sendo ‘por
correspondência’. Portanto o que justifica essa denominação é o processo
de mediação entre aluno e tutor ou professor ou instrutor ser realizado por
meio de cartas. Remessas de lições, trabalhos e provas, da escola para o
aluno, ou vice-versa, e até pagamentos realizados totalmente por meio de
serviços disponibilizados pelo correio completam a melhor definição dessa
metodologia.
Novamente, questiono, será que o grande diferencial está no meio em que a
educação é oferecida? Qual é o nosso olhar frente a este processo de ensino e
aprendizagem mediado pela correspondência? Será que nos preocupamos com o conteúdo,
com a interação, com o professor, com o aluno, com as atividades, com a proposta
pedagógica e metodológica, com os suportes oferecidos? O que nos chama a atenção nesta
proposta? Será que, muitas vezes, desviamos o nosso olhar do que deveria ser o foco da
nossa atenção?

Veja a charge a seguir e faça uma analogia com o que estamos discutindo. Pense e
reflita sobre o como enxergamos o processo de ensino e aprendizagem mediado pela
correspondência, partindo do pressuposto de que seja uma proposta séria, comprometida,
organizada e com concepções de uma educação voltada ao protagonismo de seus
participantes. Será que o nosso olhar não está cheio de pré-concepções?

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É interessante pensar que nesse processo de aprendizagem por correspondência, a


autoaprendizagem, é a base para o desenvolvimento das atividades, das propostas de
trabalho. Portanto, o material didático funciona como o elo de relação entre professor e
aluno, um material adequado às necessidades do aluno.

Podemos perceber que:

... os velhos arquivos de madeira foram substituídos por poderosas


ferramentas tecnológicas de gestão administrativa, financeira e
pedagógica. A correspondência foi substituída em sua quase totalidade
pelo e-mail ou outros mensageiros instantâneos, fazendo com que o
ensino por correspondência definitivamente se transformasse em apenas
uma lembrança como modalidade alternativa de EAD (PALHARES, p.55).
Você seria capaz de estudar por correspondência? Quais seriam as possibilidades e
os percalços que enfrentaria? Desde seu ponto de vista, o que faltaria? Quais seriam suas
dificuldades?

3.2 Educação por rádio e televisão

Também não é recente a educação por rádio no


Brasil: “As experiências de educação pelo rádio no
Brasil desenvolvidas nos anos 60 e 70 tiveram caráter
maciçamente instrucional, com oferta de cursos
regulares destinados à alfabetização de adultos,
educação supletiva e capacitação para o trabalho” (DEL
BIANCO 2009, p. 56).

Fonte: http://migre.me/5HsNu

Del Bianco acrescenta que o sucesso desta modalidade de ensino dava-se pelo fato
de tentar reproduzir o que se fazia em sala de aula, utilizando-se de programas educativos.
O foco centrava-se muito mais no conteúdo do que na própria interação.

Iniciam-se nos anos 90 programas de aprendizagem aberta por rádio com o objetivo
de promover construção de conhecimento relacionado às temáticas de cidadania, saúde,
educação, cultura, meio ambiente e empreendedorismo.

É reconhecida a importância do rádio no processo de aprendizagem, quando “foi a


primeira manifestação tecnológica de uma realidade virtual que ajudou a forjar as formas de
pensar do século XX” (DEL BIANCO, 2009, p. 56). Segundo a autora, “mudaram as
mentalidades provincianas de horizonte estreito, ligando vilas e cidades ao que ocorria no

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mundo. Através das ondas hertzianas, as notícias sobre revoluções, golpes de estado e
guerras chegaram a todas as partes do mundo”.

Embora a televisão tenha ocupado parte de seu espaço, o rádio, “aos olhos da
audiência, ainda é um meio informativo descentralizado, pluralista e multifocal” (DEL
BIANCO, 2009, p. 56) e está presente em 87,8 por cento das residências de acordo com o
IBGE (2004). Esta é uma modalidade que oferece inúmeras perspectivas de educação a
distância formal e não formal. “Ao contrário da televisão, em que as imagens são limitadas
pelo tamanho da tela, as imagens do rádio são do tamanho da imaginação do ouvinte” (DEL
BIANCO, 2009, p. 57). Portanto, a grande diferença está no como se programa esta
educação a distância, pensando no público-alvo, nos objetivos interacionais e no grau de
imaginação que se pretende alcançar.

A limitação da unidirecionalidade da mensagem do rádio, ou seja, de o ouvinte não


poder manter com o interlocutor relações interpessoais bastante próximas e frequentes,
pode ser superada com a inserção de outros meios, como telefone, cartas, fax e nos
estúdios (ao vivo), acrescentando conteúdos e promovendo elos de afetividade e
intimidade, quando utilizado de forma criativa.

Um projeto bastante evidenciado em 1970 foi o Projeto Minerva, criado pelo


Ministério de Educação e Cultura, utilizando o tempo gratuito que as emissoras comerciais
têm obrigação de destinar aos programas educativos. A proposta era oferecer ensino
supletivo para adolescentes e adultos, além de orientação profissional. Um dos problemas
deste projeto foi a centralização da programação regional e a descaracterização do público,
não respondendo à diversidade cultural, centrando-se apenas na cultura do eixo sul-
sudeste.

No período de 2001 a 2007, o SEBRAE, em parceria com a ABED (Associação


Brasileira de Educação a Distância), desenvolveu um projeto pelo rádio “A gente sabe, a
gente faz”, com o objetivo de disseminar a cultura empreendedora ao público de baixa
renda e escolaridade. É uma modalidade aberta de aprendizagem com foco no
desenvolvimento de competências, abordando aspectos fundamentais ao bom
funcionamento de um pequeno empreendimento.

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Fonte: http://migre.me/LtNK

Del Bianco (2009, p. 63) questiona: “O rádio ainda é um meio adequado para
educação a distância? A resposta à pergunta é sim, desde que não seja utilizado como
simples meio de transmissão de conteúdos sistematizados vinculados à educação formal”.
Ela acrescenta: “Não é mais um espaço de transmissão de conhecimentos, mas, sobretudo,
um meio de interação entre pessoas, um provocador de interrogações e compartilhamento
de ideias”.

E a televisão? Como fica a educação a distância mediada pela televisão? Seria


diferente da educação pelo rádio?

Bem, a televisão também começou a ser usada com fins educacionais já há algum
tempo. “Entre o período de 1960 e 1970, surgiram várias emissoras de TVs educativas e
com o objetivo de coordenar as atividades de teleducação em todo o País, foi criado pelo
MEC, em 1972, o Prontel – Programa Nacional de Teleducação” (GOUVÊA E OLIVEIRA,
2006, p. 37) e, segundo as autoras, “em 1970, foi substituído pelo SEAT – Secretaria de
Aplicações Tecnológicas”.

Será que o problema está na televisão em si? Ou seriam as posturas que assumimos
diante dela? Como seria você como aluno a distância mediado pela televisão? Veja a charge
a seguir e reflita sobre o papel do aluno, o papel do professor, a concepção do ensinar e
aprender necessária nesta proposta de educação.

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Fonte: http://migre.me/LtP8

A educação supletiva a distância teve seu início com a Fundação Roberto Marinho, a
Fundação Padre Anchieta e a TV Cultura de São Paulo por meio do rádio, TV e material
impresso: o projeto Telecurso.

“O termo telecurso diz respeito àqueles cursos nos quais a principal tecnologia de
comunicação é por vídeo gravado e transmitido (portanto, não é ao vivo)” (MOORE &
KEARSLEY, 2007, p. 52). Segundo os autores, “os materiais do curso podem ser tão simples
como sessões em sala de aula gravadas ou podem ser produzidos mediante instruções
sofisticadas e de acordo com padrões de criação elevados”.

Segundo Moran (2002, p.1):

A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm


fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo
sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos
adultos - levam para a sala de aula. Como a TV o faz de forma mais
despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor
uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, complexo e na contra-
mão da maioria como a escola se propõe a fazer.

Para o autor, “os meios de comunicação, principalmente a televisão, desenvolvem


formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional,
superpondo linguagens e mensagens, que facilitam a interação, com o público” (p.1). Ele
acrescenta: “a TV fala primeiro do ‘sentimento’ - o que você sentiu, não o que você
conheceu; as ideias estão embutidas na roupagem sensorial, intuitiva e afetiva” (p.1).

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3.3 O processo de ensino e aprendizagem mediado pelo


computador

Fonte: http://migre.me/5Hrlr

A inserção do computador na educação é um simples modismo? Será ele um meio


auxiliar e recurso alternativo no ensinar e no aprender? Você é defensor ou crítico em
relação à sua inserção nas escolas? Talvez, antes de responder estas perguntas,
precisemos ler o que as pesquisas evidenciam sobre as possibilidades do uso do
computador no contexto educacional, sem nos deixarmos levar pelo senso comum ou pelos
mitos que são construídos em torno desta temática.

Valente (1993, p.1) pontua alguns impactos da inserção do computador na escola:

O computador está propiciando uma verdadeira revolução no processo de


ensino-aprendizagem. Uma das razões dessa revolução é o fato de ele ser
capaz de ensinar. Entretanto, o que transparece, é que a entrada dos
computadores na educação tem criado mais controvérsias e confusões do
que auxiliado a resolução dos problemas da educação. Por exemplo, o
advento do computador na educação provocou o questionamento dos
métodos e da prática educacional. Também provocou insegurança em
alguns professores menos informados que receiam e refutam o uso do
computador na sala de aula. Entre outras coisas, esses professores
pensam que serão substituídos pela máquina. Além disso, o custo
financeiro para implantar e manter laboratórios de computadores exige
que os administradores adicionem alguma verba ao já minguado
orçamento da escola.
Como é a relação entre nativos digitais e imigrantes digitais no uso do computador
no contexto educacional? Sentimo-nos à vontade para participar, discutir, trocar
experiências, buscar novas informações, problematizar situações? Será que podemos pedir
que o outro nos ensine ao mesmo tempo em que aprendo, ou vice-versa? Veja a charge a
seguir e reflita em que papel você se encontra. Como podemos modificar esta situação?
Pense sobre possibilidades que transformariam tal contexto. Ainda temos consolidado em
nossas memórias frases como “não mexa, não toque, fique quieto, obedeça?”

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Fonte: http://migre.me/LtVQ

O que será que Valente quer dizer quando afirma que o computador é capaz de
ensinar? Para ele, o computador então pode substituir o professor?

O professor que pode ser substituído é aquele que se coloca “na posição
de somente passar informação para o aluno”, este “certamente corre o
risco de ser substituído”, pois o computador pode fazer isto de maneira
muito mais efetiva, motivadora e com custos bem menores (VALENTE,
1993, p. 03).

Segundo este autor, o argumento que faz sentido sobre a inserção dos
computadores na escola é o fato de que o uso do computador na educação pode
“desenvolver o raciocínio ou possibilitar situações de resolução de problemas. Essa
certamente é a razão mais nobre e irrefutável do uso do computador na educação”
(VALENTE, 1993, p.01).

Muito mais do que ensinar, o computador pode ser utilizado como:

... um catalisador de uma mudança do paradigma educacional. Um novo


paradigma que promove a aprendizagem ao invés do ensino, que coloca o
controle do processo de aprendizagem nas mãos do aprendiz, e que auxilia
o professor a entender que a educação não é somente a transferência de
conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo
aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual ou do aluno
como um todo. O que está sendo proposto é uma nova abordagem
educacional que muda o paradigma pedagógico do instrucionismo para o
construcionismo (VALENTE, 1993, p. 21)

Como é ensinar ao aluno que está muito familiarizado com as tecnologias de


comunicação e informação? E o professor, como se sente em relação ao nativo digital
quando pode aprender com o seu próprio aluno?

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O texto “O Computador na Educação” de Eduardo O. C. Chaves poderá nos ajudar a


entender melhor este processo de inserção do computador na educação. Vamos à leitura?
“O Computador na Educação” disponível em

<http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/funteve.htm>. Que argumentos você


utilizaria para defender ou não a inserção do computador na educação? Reflita!

3.4 Educação 2.0

O que é a educação 2.0? Para entendê-la, precisamos lembrar que as tecnologias, a


cada dia, avançam e evoluem rapidamente e oferecem novas formas de acesso à
informação e de comunicação. A educação 2.0 tem como foco maior promover a interação e
o compartilhamento de conhecimento. Ela se utiliza de ambientes virtuais e ferramentas tais
como blogs, podcasts,wikis, aqueles que têm como base os conceitos de aprendizagem
coletiva e que as utilizam com uma diversidade de opções de aprendizagem online
interativa.

Porém,

...ressalta-se que para a aprendizagem online, tais ambientes e


ferramentas servem de suporte para dinamizar o conhecimento, todavia
deve ser observado o aspecto humano e da coletividade, ou seja, a
participação dos principais atores torna-se essencial para que o processo
de ensino e aprendizagem logre êxito (RIBEIRO e SCHONS, 2008, p. 5).

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Segundo Primo (2006), o termo Web 2.0 tem origem em 2004 e tem como objetivo
potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações,
além de promover os espaços de interação entre os participantes no processo educacional.

Ao contrário do conceito de mão única da Web 1.0, ou seja, que propaga as


informações em apenas um sentido de um para um ou de um para todos, a Web 2.0 utiliza-
se de um conceito diferenciado, aquele que prioriza a comunicação de muitos para muitos.

Fonte: http://migre.me/Lu5c

Para Voigt (2007, p.3), quando discute sobre como a publicação de conteúdos é feita
por meio das ferramentas da Web 2.0, "não há mais conteúdo (texto, áudio, vídeo, opinião)
considerado acabado e com uma finalidade específica. Tudo é visto como matéria-prima que
pode ser retrabalhada de acordo com interesses e necessidades do usuário. Remixagem é a
palavra chave desta tendência”.

Além disso, a classificação dos conteúdos é feita de forma flexível, não pré-
determinada, ou seja, “a classificação não se prende a uma taxonomia com categorias
rígidas e pré-definidas, mas é determinada pelo próprio usuário. A esta possibilidade de o
próprio usuário definir etiquetas classificatórias dá-se o nome de folksonomia” (VOIGT,
2007, p.3).

Sendo assim, os participantes de um processo educacional mediado pela Web 2.0


passam de meros consumidores de informação a produtores das mesmas, alterando e
editando novos conteúdos, além de distribuir e compartilhar conhecimentos, experiências e
ideias de maneira mais rápida e colaborativa.

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De acordo com a imagem a seguir, será que é este tipo de processo educacional que
almejamos? Inserir as TIC pelo modismo sem a preocupação com a complexidade que a
situação gera?

Antes de continuar seu estudo, realize o Exercício 2.

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UNIDADE 4

PAPEL DOS PARTICIPANTES NA MODALIDADE


A DISTÂNCIA
OBJETIVO DA UNIDADE: Perceber as características das mudanças nos diferentes
papéis dos participantes (professor, aluno, orientadores...) na modalidade EAD.
Reconhecer a importância da colaboração no ambiente virtual.

O processo educacional, como foi estudado na Unidade anterior, tem sido


modificado com a introdução das tecnologias de informação e comunicação. Entretanto, o
que percebemos é que o grande diferencial dentre os diferentes modelos de EAD é a
postura dos participantes com relação à participação e à colaboração.

A Educação a Distância tem sido considerada uma alternativa para o


processo educacional, atendendo a crescente demanda por mais educação,
mais alunos e maior carga horária de instrução. Neste sentido, são
inúmeras as escolas, universidades e centros de formação que oferecem
cursos a distância e que usam os recursos tecnológicos para ‘entregar’ a
informação ao aluno, como a abordagem broadcast ou a virtualização da
sala de aula tradicional. Por outro lado, as redes telemáticas oferecem
ótimos recursos para o estar junto do aprendiz, criando com isso, uma
abordagem de EAD que enfatiza as interações e o trabalho colaborativo
entre os participantes. (PRADO e VALENTE, 2002, p. 29).

Os cursos de graduação na EAD têm como orientação uma aprendizagem ativa onde
os acadêmicos estão no centro do processo de ensino-aprendizagem. Neste contexto, a
formação de ambiente de cooperação volta-se a uma contínua interação entre os alunos e
professores direcionada à formação de uma rede de conhecimentos, integrando as
informações novas às já existentes.

Segundo Almeida,

o sucesso de incorporação das TI na escola depende de: participação e


compromisso de formandos e formadores para vencer desafios e articular
saberes advindos da prática...; abertura e flexibilidade em desnudar
concepções, valores, crenças e limitações...; interatividade no interior do
ambiente de aprendizagem que integra a dimensão presencial com a
dimensão virtual... (ALMEIDA, 2003, p. 80)

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4.1 Papel do professor

A velocidade com que as tecnologias avançam, impulsiona o homem a tomar uma


postura ante elas. Hoje é difícil imaginar qualquer atividade realizada sem o uso das
tecnologias.

O computador é utilizado na maioria das escolas de ensino fundamental e médio e


universidades. No entanto, isso não significa que a utilização maciça do computador tenha
provocado ou introduzido mudanças pedagógicas. O grande desafio é a mudança de
abordagem educacional: transformar uma educação centrada no ensino, na transmissão da
informação, para uma educação em que o aluno possa realizar atividades através do
computador e, assim, aprender.

É necessário repensar a questão da dimensão do espaço e do tempo da escola. A


sala de aula deve deixar de ser o lugar das carteiras enfileiradas, em que os alunos adotam
uma atitude passiva perante o professor, que é considerado o detentor do conhecimento,
para se tornar um local em que o professor e alunos podem realizar um trabalho diver-
sificado e colaborativo.

Professor, docente, instrutor, tutor, orientador, auxiliar... São muitos os nomes que
recebe o profissional responsável por acompanhar a aprendizagem dos alunos ao longo de
um curso ou disciplina a distância, mas podemos dizer que o papel desse profissional deixa
de ser o de “entregador” de informação para ser o facilitador do processo de aprendizagem.

O professor aos poucos está abandonando sua posição tradicional de


transmissor de conhecimento para se transformar num organizador,
orientador e facilitador, isto é, num gestor de informação útil e
pedagógica (LAGARTO, 1994, apud VOIGT & LEITE, 2004)

Neste contexto, o professor é visto sob diversas perspectivas. Para alguns, o


professor é aquele que pode ser substituído pelas inovações tecnológicas, para outros é
aquele que precisa de tempo para poder preparar todo o seu trabalho artesanal dia após
dia. Há aqueles que acreditam que o trabalho do professor é impossível de ser reproduzido,
pois é um trabalho difícil e, portanto, uma profissão em extinção.

Entretanto, o ato de ensinar, diante da concepção da indústria da comunicação em


que o ensinar é saber utilizar bons programas eletrônicos e diferentes recursos, passa a ser
não mais exclusivo do professor.

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E como fica o professor nesta abordagem tecnológica? O professor pode se adequar


a esta situação desde que esteja aberto às mudanças, disposto a aprender, a atualizar seus
conhecimentos e práticas, a adaptar as novas exigências à sua prática, a enfrentar desafios,
a persistir apesar de todos os obstáculos.

Devemos lembrar que, apesar de todas as mudanças, há um aspecto que


permanece, a questão do SER. O professor é pessoa, e sendo assim, tem características
próprias e é neste papel de pessoa que podemos explorar o nosso valor.

O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e co-


municação com os alunos. Espaço de trocas se estende da sala de aula
para o virtual. O tempo de enviar ou de receber informações se amplia para
qualquer dia da semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula,
na Internet, no e-mail, no chat. É um papel que combina alguns momentos
do professor convencional às vezes é importante dar uma bela aula
expositiva com papel muito mais destacado de gerente de pesquisa, de
estimulador de busca, de coordenador de resultados. É um papel de
animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita
atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico
(MORAN, 2003, p. 49).

Mesmo que o aluno seja sujeito ativo e, por isso mesmo, seja considerado o centro
do processo de aprendizagem, isso não quer dizer que na Educação a Distância se possa
prescindir da figura do professor. Ao contrário, ele é fundamental como auxiliar, orientador
e mediador da aprendizagem, pois a proposta da EAD não é o autodidatismo, em que o
aprendiz se vira sozinho e desenvolve o aprendizado solitariamente.

Acompanhar o aprendizado de alunos que estão distantes tem suas características e


peculiaridades próprias. Moore e Kearsley (2007) destacam, como principal desafio, o fato
de o instrutor não saber como reagem os alunos ao que ele redigiu, transmitiu ou gravou. O
fato da maioria da comunicação não ser síncrona, faz com que os participantes tenham que
aprender a lidar com o lapso de tempo que normalmente separa os atos de comunicação.

Outro desafio do professor é fazer um acompanhamento de maneira a conseguir que


os alunos se envolvam com o material didático, na realização das atividades. Isto é, espera-
se do instrutor que saiba ser motivador, capaz de manter os aprendizes antenados e
envolvidos nas atividades de aprendizagem. Nesse sentido, um curso ou disciplina bem
planejado, com um bom material didático “oferecerá ao instrutor muitas oportunidades para
envolver os alunos em discussões, críticas e na construção do conhecimento” (MOORE &
KEARSLEY, 2007, p. 148).

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Veja a seguir o mapa conceitual a respeito do professor no universo da EAD:

Figura 3 – O Professor no universo da EAD

Fonte: http://migre.me/Qv9K

4.2 Papel do aluno

Aqui temos que fazer uma pausa para refletirmos sobre o papel do aluno. Se o papel
da escola muda e do professor também, será que o papel do aluno pode continuar sendo o
mesmo? Será que sua atitude diante do processo de aprendizagem pode se manter diante
da nova situação?

O papel do aluno também muda: deixa de ser passivo, de ser o receptáculo das
informações para ser ativo aprendiz, construtor de seu conhecimento. Portanto, a ênfase da
educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a
ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o
professor o facilitador desse processo de construção.

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O aluno terá que aprender a fazer uso da sua autonomia, pois será ele o maior
responsável pelo aproveitamento do seu estudo. Terá que aprender a ser mais ativo, a ter
iniciativa, a planificar seu estudo, a usar o tempo e a liberdade de maneira responsável. E
isso é um grande desafio, pois do mesmo jeito que para o professor nem sempre será fácil
deixar o papel de “controlador da situação”, para o aluno - que sempre foi educado em um
meio onde o ensino era vertical (do professor ao aluno) e onde ele tinha pouco espaço, pois
o esquema de ensino-aprendizagem não era muito flexível - o desafio talvez seja mais difícil
de superar, pois são muitos os fatores condicionantes.

Nem todos os alunos têm a maturidade que se requer para enfrentar a


responsabilidade que se exige do aprendiz na modalidade a distância (ARETIO, 2006). Por
mais que o quadro de professores seja envolvente, por mais que os tutores, coordenadores
e equipe responsável façam um bom papel quanto à motivação, o aluno tem que ter
maturidade e tem que querer assumir um papel ativo, de maior responsabilidade.

A flexibilidade que oferece a Educação a Distância pode ser uma faca de dois
gumes: de um lado oferece a oportunidade de estudar a muitas pessoas que não poderiam
dispor de um tempo fixo todos os dias para se deslocar a um centro de ensino; mas, por
outro lado, o aluno pode ficar perdido se não souber ser responsável para lidar com a
autonomia que tem que assumir.

Mesmo que o perfil do aluno a distância vai mudando e cada vez vemos mais alunos
jovens entrando em cursos a distância, normalmente o aluno da EAD é uma pessoa já
inserida no mercado de trabalho, que quer aperfeiçoar seus conhecimentos, procura
melhorar sua situação laboral e social, e, inclusive, procura aumentar sua autoestima.

Segundo Aretio (2006), a diferença dos alunos jovens, os alunos maduros são mais
inseguros no contexto acadêmico. O mesmo
autor destaca que, por ser adulto, esse aluno
já tem experiências de conhecimentos
anteriores e estas podem atrapalhar, no
sentido de fazer com que o aluno tenha
resistência a aceitar os conhecimentos novos,
mas por outro lado, pode tirar proveito dessa
experiência, estabelecendo relações com a
prática que ele já tem, na maioria dos casos.

Fonte: http://migre.me/13JXu

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Para finalizarmos este item, sugiro que assista ao vídeo “Perfil do aluno EAD”
disponível em http://www.youtube.com/watch?v=mItFjZBM-rU&feature=related e reflita
sobre o seu próprio papel nesta modalidade educacional. Você se encaixa no perfil que é
apresentado no filme? Pense nas características essenciais para se estudar a distância e
avalie se você, como aluno atual da modalidade, está já familiarizado e adaptado às
características da modalidade.

4.3 Educação Dialógica


Pode dar a falsa impressão de que na educação a distância, não tendo a presença
física dos outros participantes envolvidos, não é necessária a interação, o aluno estaria
sozinho no seu processo de ensino-aprendizagem, sendo necessário apenas que ele tenha
disposição para estudar.

No item anterior falamos da autonomia do aluno, imprescindível para o sucesso dos


estudos. Entretanto, autonomia não quer dizer isolamento, quer dizer apenas que o aluno
tem que ser consciente do seu protagonismo - papel ativo na construção do conhecimento.

Etimologicamente, a palavra interação significa a “influência mútua de órgãos ou


organismos inter-relacionados [...] comunicação entre pessoas que convivem [...]
intervenção e controle, feitos pelo usuário no curso das atividades num programa de
computador, num CD-ROM” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) e Interatividade é
definida como “capacidade de um sistema de comunicação ou equipamento de possibilitar
interação”.

Portanto, podemos concluir que “a interatividade permite ultrapassar a condição de


espectador passivo para a condição de sujeito operativo” (SILVA, 2000).

Segundo Silva, para se garantir um curso interativo, são essenciais três aspectos:

1. Participação colaborativa: participar não é apenas responder ‘sim’ ou


‘não’, prestar contas ou escolher uma opção dada, significa intervenção na
mensagem como cocriação da emissão e da recepção.
2. Bidirecionalidade e dialógica: a comunicação é produção conjunta da
emissão e da recepção, os dois polos codificam e decodificam.
3. Conexões em teias abertas: a comunicação supõe múltiplas redes
articulatórias de conexões e liberdade de trocas, associações e significações
(SILVA, 2003, p.56).
É importante que você, como aluno, repare nas palavras de Silva. Se o aluno limita-
se a responder sim ou não, está fazendo uso de uma participação muito limitada. O que se
espera é que o aluno se envolva mais e sinta que sua participação é importante para ele e
para os outros participantes, sentindo-se corresponsável.
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A base da comunicação é o diálogo. E para que haja um verdadeiro diálogo, as duas


partes têm que estar dispostas a falar e escutar, é uma via de mão dupla. Não é apenas o
professor que fala e os alunos escutam, como era a prática das aulas magistrais do ensino
tradicional.

O pressuposto do diálogo é sair de si mesmo e abrir-se ao outro. No diálogo,


segundo Freire (1987, p.81 e 84), “não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há
homens que, em comunhão, buscam saber mais [...] A educação autêntica não se faz de A
para B ou de A sobre B, mas de A com B”.

Freire (1987) denuncia o que ele chama de educação bancária, que se caracteriza
pela postura passiva do aluno. O papel do professor, nesse caso, seria “encher” os alunos
de conteúdos. Os alunos, na educação bancária são meros repetidores das informações
recebidas e imitadores de um modelo. Essa experiência vivida na educação seria
reproduzida também nos outros ambientes sociais, tendo como resultado um cidadão
acrítico, mero repetidor de ideias dos outros.

Em contraposição a esse modelo de educação, Freire postula uma educação baseada


no diálogo, em que o aluno e o professor são entendidos como seres em busca. Neste
contexto fazem pleno sentido as palavras tão conhecidas de Freire: “Ninguém educa
ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo
mundo” (1987, p. 68).

Como destaca Moran (2002), “um bom curso depende muito da possibilidade de
uma boa interação entre os seus participantes, do estabelecimento de vínculos, de fomentar
ações de intercâmbio”.

A interação pode ser síncrona, quando a comunicação entre ambas as partes é


simultânea (por exemplo: chat, web conferência), ou assíncrona, quando a interação não é
em tempo real (por exemplo: fórum, e-mail). Maioria da comunicação nos cursos a
Distância acontece em comunicações assíncronas, até por conta de facilitar a participação e
propiciar a flexibilidade de tempo.

Fechamos este item com as palavras de Sherry (1996, apud Aretio, p. 85):

O sucesso que está tendo hoje o ensino e a aprendizagem a distância são


devidos, em boa medida, a que as possibilidades de interação entre
docentes e estudantes, entre os estudantes e seu entorno de
aprendizagem, e entre os próprios estudantes são muito elevadas, e
inclusive, superiores, às que mostra um entorno de aprendizagem ativo na
sala de aula ordinária.

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4.4 Comunidades Virtuais de Aprendizagem

Com uma boa comunicação e interação, se alimenta o sentimento de pertença a um


grupo: a pessoa não se sente isolada, sabe que há outras pessoas que partilham os
mesmos objetivos, podem ter as mesmas dúvidas, ou similares, podem ajudar e serem
ajudados, encontram-se na mesma situação de
distância física, podem encontrar as mesmas
dificuldades... Sentir-se membro de um grupo com
os mesmos interesses é muito importante para
que realmente se estabeleça comunicação entre os
membros e para que haja a possibilidade de
formar uma Comunidade Virtual de Aprendizagem,
que deve ser a meta de um curso na modalidade a
distância, especialmente quando não se trata de
cursos de curta duração.

Fonte: http://migre.me/5Hvtv

A palavra virtual vem do latim virtualis (de virtus) que significa força. O conceito de
virtual é normalmente associado a algo que existe apenas em potência. Por exemplo, a
árvore está virtualmente na semente. No dicionário Aurélio, encontramos o significado da
palavra virtual, como algo “que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual.
Suscetível de se realizar; potencial” (FERREIRA, 2004).

Nós adotamos aqui o termo virtual de acordo com Lévy, que o concebe não como
oposto ao real, e sim como oposto ao atual.

[...] o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual. Contrariamente ao


possível, estático e já constituído, o virtual é como o complexo
problemático, o nó de tendências ou de forças que acompanha uma
situação, um acontecimento, um objeto ou uma entidade qualquer, e que
chama um processo de resolução: a atualização (LÉVY, 1996, p.16).

Na figura a seguir, apresentamos o novo paradigma necessário para uma educação


a distância de qualidade: o foco está no aluno, mas não em um processo de aprendizagem
solitário, e sim em interação com os outros envolvidos, propiciando uma aprendizagem
colaborativa. Veja que a figura a seguir vai além dos modelos apresentados anteriormente
nas figuras 1 e 2.

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Figura 4 – O novo paradigma da Educação a Distância

Fonte: UCDB Virtual, 2007.

Segundo Sartori e Roesler (2004, p.4),

numa comunidade virtual há um sentido de pertencimento e de um


projeto em comum propiciados pela comunicação que os sujeitos
desenvolvem neste espaço. Os fluxos informacionais e comunicacionais,
das mensagens compartilhadas, as atividades e discussões originam o
vínculo social de determinado grupo.

A sensação de compartilhamento está diretamente ligada à interação e, dessa


forma, podemos pensar a relação como possibilidade de ação conjunta, de coparticipação,
de mútua transformação.

Hoje em dia, sobretudo os jovens, participam com frequência de redes de


relacionamento, de comunidades virtuais, e se sentem à vontade partilhando experiências,
fotos, vídeos, notícias, com os outros participantes da rede ou comunidade. Esse seria o
objetivo quando falamos de comunidade virtual de aprendizagem: que os participantes do
curso ou disciplina se sintam à vontade frequentando o ambiente, que chamem os outros à
participação, que participem espontaneamente, que estejam motivados e ao mesmo tempo
sejam motivadores, etc.

Mas, participar de uma rede social não dá garantias de que a pessoa vai se sentir à
vontade em uma comunidade virtual num contexto educacional. Mesmo partilhando os
mesmos objetivos e havendo um interesse comum, neste contexto se requer que as
pessoas consigam disciplina e responsabilidade.

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Não é verdade que em uma comunidade virtual não há conflitos. Entretanto,


afinidades, amizade, também podem ser desenvolvidas nos grupos de discussão. Isso tudo
ocorre devido ao fato de que por detrás das interações estão pessoas humanas, que
possuem sentimentos, emoções, anseios, necessidades, deixando transparecer suas
personalidades.

As comunidades virtuais, ao contrário do que alguns pensam, podem aproximar,


inclusive fisicamente, as pessoas; por exemplo: uma carta de amor não substitui o beijo dos
namorados, bem pelo contrário, desperta mais o desejo do encontro. Mesmo que os
contatos da comunidade virtual sejam por meio digital, não é algo irreal ou imaginário.
Trata-se de pessoas concretas que partilham interesses comuns e que trocam experiências
regularmente.

Antes de continuar seu estudo, realize o Exercício 3 e a


Atividade 4.1.

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UNIDADE 5

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


OBJETIVO DA UNIDADE: compreender a importância do processo de avaliação na
Educação a Distância e conhecer os tipos de avaliação, assim como suas especificidades.

Começaremos refletindo a respeito da qualidade dos cursos a distância para depois


abordar a avaliação do processo de aprendizagem, que tem como objeto o aprendizado do
aluno, nas três fases conhecidas como avaliação diagnóstica, avaliação formativa e
avaliação somativa.

5.1 Avaliação na Educação

Aretio (2002) destaca que a Educação a Distância propicia uma democratização do


acesso à educação. Além de aumentar o número de vagas no ensino, também faz possível
que pessoas que estariam excluídas dos centros de ensino, por motivos, sobretudo
geográficos e de tempo, possam ser incluídas no processo. Aretio também diz que “está
comprovado que os estudantes a distância obtêm resultados tão bons como os que
estudam por meios tradicionais e em alguns casos, ainda melhores” (2002, p.78).

Não vamos aqui entrar na discussão de qual a modalidade de ensino que tem mais
qualidade, até porque a gente sabe que isso não depende apenas da modalidade de ensino
escolhida. São muitos os fatores que contribuem para a maior ou menor qualidade de um
curso. Mas de qualquer maneira, as palavras de Aretio servem para perceber que não basta
facilitar o acesso de maior número de pessoas, para dizer que a EAD está propiciando a
inclusão educacional. Isso é verdade só se o ensino oferecido for de qualidade, isto é, se os
alunos podem adquirir, realizando o curso, os conhecimentos, habilidades e competências
que se esperam com a realização do curso em questão.

Nesse sentido, a avaliação dos acadêmicos, assim como a avaliação do curso é


fundamental como indicadores de qualidade da aprendizagem.

Os Referenciais de Qualidade destacam que a avaliação deve ser muito mais do


que uma exigência legal. Deve ser um instrumento que sirva para o aluno se sentir mais
confiante, poder verificar se efetivamente está aprendendo, se está atingindo os objetivos
traçados para cada disciplina ou curso. Portanto, a finalidade da avaliação não deve ser
simplesmente atribuir um número, uma nota a cada conjunto de conteúdos ou disciplinas.
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Infelizmente, não é essa a prática que predomina quando se fala em avaliação:

A avaliação tem sido vista, historicamente, como um instrumento de


controle burocrático e político-administrativo, serve às estruturas dos
sistemas educacionais, mas efetivamente tem pouca repercussão no
processo de ensino e aprendizagem, principalmente quando seus
resultados não retroalimentam a prática do docente e demais atores do
sistema educacional (AZEVEDO & SATHLER, 2008, p.2).

E você, que vem na sua cabeça quando pensa em avaliação? Trata-se de passar de
qualquer jeito, independente da aprendizagem? Trata-se de obter uma nota, quanto mais
alta melhor, mesmo que para isso tenha que colar? Qual a finalidade que tem para você a
avaliação do aluno?

Segundo Azevedo e Sathler (2008), deve se superar o isolamento inicial em que era
colocada a avaliação, considerando-a apenas como um instrumento de controle burocrático.

Fonte: http://migre.me/Qt7g

A Instituição tem que estar sempre preocupada com a qualidade oferecida. E para
isso, é bom lembrar as orientações do MEC, no documento Indicadores de Qualidade para
cursos de graduação a distância (disponível em: www.mec.gov.br): “Duas dimensões devem
ser contempladas na proposta de avaliação de um projeto de educação a distância: a) a que
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diz respeito ao processo de aprendizagem; b) a que se refere ao projeto pedagógico do


curso” (2007, p. 16).

5.2 Avaliação do processo de aprendizagem

Vamos começar distinguindo dois termos que, mesmo que com frequência sejam
utilizados como palavras sinônimas, são diferentes: avaliar e examinar.

Pode-se dizer que avaliar supõe verificar, diagnosticar, se o aluno está aprendendo,
trata-se de um processo, não de uma ação pontual, que é mais própria do exame ou teste.

Nesse sentido, a avaliação do aluno em qualquer modalidade de ensino, seja na


EAD seja no ensino presencial,

[...] deve ser instrumento de apoio e de contínua motivação necessária ao


processo de construção do conhecimento. A avaliação nesse cenário,
deixa de ser um termômetro para aferir o grau de conhecimento do aluno
e passa a ser um instrumento para modificação de práticas, redifinição de
estratégias de aprendizagens, re-planejamento de metas e objetivos, além
de ser, também um instrumento de inclusão, e não mais classificatório,
restritivo e, muitas vezes, punitivo (POLAK, 2009).

Mesmo que a avaliação esteja presente em todos os domínios da atividade humana


(CHUEIRI, 2008), é quando a gente pensa no contexto escolar que vem na nossa mente a
avaliação e, normalmente vêm junto outras lembranças nem sempre positivas devido a que,
como diz Polak, a avaliação na experiência da maioria de nós está relacionada à punição.

Na prática acadêmica, a avaliação normalmente é confundida com o ato de medir,


de classificar, de excluir, de separar quem aprendeu e quem não aprendeu, de atribuir um
número, classificação, à capacidade que cada aluno teve na
aprendizagem. Dá-se uma importância muito grande à nota,
como se fosse uma fórmula mágica que realmente pudesse
traduzir em números a qualidade ou nível de aprendizado de
cada um. Em algumas escolas, inclusive, continua a prática
de enfileirar os alunos “por ordem” de nota e a cada certo
tempo a ordem é refeita, submetendo os alunos ao
constrangimento de ver como tem que recuar alguns postos
devido à última nota obtida.

Fonte: http://migre.me/SG23
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Segundo Arredondo (2002, apud POLAK, 2009, p. 154), a intenção da avaliação


deve ser proporcionar informação e comunicação com o fim de aperfeiçoar a aprendizagem
do aluno. Segundo o mesmo autor, a avaliação tem uma tripla finalidade: “valorização da
aprendizagem, orientação sobre a aprendizagem e orientação sobre a marcha do sistema”.

De acordo com o Art. 1 do Decreto n. 5.622 (2005), são obrigatórios os momentos


presenciais para a avaliação nos cursos a distância e acrescenta, ainda, no Art. 4 que essas
avaliações devem ser realizadas por Instituição de ensino credenciada e os resultados
dessas avaliações presenciais devem prevalecer sobre qualquer outra avaliação realizada
por meio das ferramentas virtuais:

Art. 1o ................................
§ 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e
avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade
de momentos presenciais para:
I - avaliações de estudantes;
...........................................
Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção,
conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no
processo, mediante:
I - cumprimento das atividades programadas; e
II - realização de exames presenciais.
§ 1o Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria
instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios
definidos no projeto pedagógico do curso ou programa.
§ 2o Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer
sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de
avaliação a distância.

Podem se distinguir, tanto na Educação a Distância como no ensino presencial, três


modalidades de avaliação: avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação somativa.
Vamos estudar a seguir cada uma delas.

5.2.1 Avaliação Diagnóstica

A avaliação diagnóstica trata-se de uma avaliação realizada antes mesmo do início


do curso ou disciplina. O objetivo deste tipo de avaliação é conhecer, fazer um
levantamento de quais os conhecimentos prévios que o aprendiz já tem a respeito dos
assuntos que serão abordados ao longo dos estudos. Quando falamos de conhecimentos
prévios, é lógico que não estamos entendendo conhecimentos bem elaborados, aceitos pela
comunidade científica, mas, o aluno já traz alguma ideia, algum conceito formado, alguns
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pré-conceitos e, em alguns casos, por que não, conhecimentos adquiridos em outros cursos
ou por outros meios e que seriam aceitos na academia.

O aluno não é uma “tabula rasa”, toda essa bagagem do aluno é interessante que
seja conhecida pelo professor ou tutor que vai acompanhar os alunos. A partir desses
conhecimentos, o professor pode ir trabalhando os conteúdos levando em conta os
possíveis desvios percebidos nessa fase, ou fazendo as ênfases em aspectos que não foram
suficientemente valorizadas ou destacadas pelos alunos, etc.

5.2.2 Avaliação Formativa

A avaliação formativa é a avaliação que se realiza ao longo do curso e, a própria


palavra já diz, tem o objetivo de formar o aluno, tem o objetivo de auxiliar o aluno ao longo
do desenvolvimento do curso. Neste sentido, é muito importante a devolutiva ou feedback
que recebe o aluno de cada uma das atividades realizadas: comentários a respeito do nível
de aprofundamento, o que está faltando, possíveis desvios na abordagem, inexatidão dos
conceitos.

A avaliação formativa é uma importante ferramenta de estímulo para o


estudo, uma vez que sua principal utilidade é apontar os erros e acertos
dos alunos e dos professores no processo de ensino-aprendizagem. Esse
tipo de avaliação é basicamente um orientador dos estudos e esforços
dos professores e alunos no decorrer desse processo, pois está muito
ligada ao mecanismo de retroalimentação (feedback) que permite
identificar deficiências e reformular seus trabalhos, visando aperfeiçoá-los
em um ciclo contínuo e ascendente (SANTOS, 2006, p.2).

Mas, para que a avaliação formativa tenha esse


valor de orientação, de motivação e aperfeiçoamento dos
alunos, é necessário que tanto professores como alunos
abordem as avaliações ou atividades como ferramentas
de aprendizagem, de aprofundamento, de pesquisa. O
aluno tem que evitar enfrentar a avaliação como uma
mera obrigação e os professores têm que ser flexíveis,
evitando entender a correção como um ato autoritário e
de mera atribuição de uma nota.

Fonte: http://migre.me/QsVi

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Segundo Aretio (2006, p. 293), a avaliação formativa ou processual, “pretende que o


aluno corrija defeitos e confusões, supere dificuldades e adquira habilidades [...] interessa
conhecer o que é que o estudante não sabe e deveria saber, o que não domina
suficientemente e deveria dominar”. Para Albrecht (1994, apud SANTOS et al., 2009), um
dos grandes objetivos da avaliação é lutar contra a passividade do aluno.

Perrenoud (2002, p. 51), inclusive, propõe que a avaliação formativa deveria se


chamar de “observação formativa ou, simplesmente, de regulação dos processos de
aprendizagem”, pois a avaliação formativa tem como única função “ajudar o aluno a
aprender e a progredir rumo aos objetivos propostos”. O fato de chamar de “avaliação” já
faz com que isso seja relacionado a provas, classificação, exames, seleção, etc. Mudando o
nome ou não, o importante é colocar o foco não na classificação, mas na formação, no
crescimento do aprendiz.

Falando de avaliação, não necessariamente falamos de nota. Isto é, nem todos os


momentos de avaliação têm que ser necessariamente traduzidos em notas, pode haver
atividades livres, exercícios, que também ajudam o aluno no processo.

5.2.3 Avaliação Somativa

A avaliacão somativa é uma espécie de balanço final, uma visão de conjunto,


“relativamente a tudo sobre o qual, até aí, só haviam sido feitos juízos parciais” (KRAEMER,
2005). É uma avaliação que pretende verificar se o aluno realmente aprendeu ao longo do
processo, determinando uma classificação, uma qualificação, que dependerá do nível de
aproveitamento atingido.

Essa avaliação pode ser aplicada no final da disciplina ou curso, ou ainda, no final de
uma unidade ou bloco temático. Nesta avaliação conclusiva normalmente entrará também o
conteúdo utilizado nas avaliações anteriores (diagnóstica e formativa), mas como a
avaliação é contínua, não deve ser atendido apenas o resultado desta última avaliação.

A nota final deve ser reflexo do esforço do aluno ao longo de todo o processo de
aprendizagem. Assim também teremos mais chances de que o resultado seja o mais justo
possível, atendendo aos altos e baixos do percurso.

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Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 5.1.

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UNIDADE 6

CENÁRIOS CONTEMPORÂNEOS DE EAD


OBJETIVOS DA UNIDADE: Apresentar os cenários contemporâneos de EAD, onde
estes ocorrem, como se evidenciam e debater suas características favoráveis ou não ao
ensinar e aprender.

6.1 Sistemas Abertos de Educação

Há várias definições de educação aberta, ensino aberto, sistema aberto de educação


ou aprendizagem aberta, como discutimos no primeiro capítulo sobre as diferentes
concepções de educação a distância e seus diferentes termos.

No geral, a definição de abertura em instituições educacionais refere-se a cursos


flexíveis, sem horário e local pré-estabelecido, ritmo de acordo com o aprendiz, ou seja, o
aluno decide como, quando e o que aprender.

Segundo Santos (2009, p. 290), “a literatura internacional nessa área da educação


costuma referir-se aos sistemas abertos como ‘aprendizagem aberta’ (open learning)”. A
autora, particularmente, utiliza a terminologia educação aberta:

Em essência, o sistema aberto abrange mais do que simplesmente o


‘aprender’. É um sistema que também enfoca como ‘ensinar’ e traz consigo
uma vasta gama de metodologias e técnicas de ensino. Os sistemas
abertos são mais do que uma forma de aprendizagem, são uma forma de
educação. A educação aberta, portanto, engloba as práticas de aprender e
ensinar. É mais abrangente do que somente um enfoque na
aprendizagem; diz respeito a um sistema educacional que envolve o
professor, o aluno, a instituição e o contexto (p.290).

Conforme Santos pontua, “A prática da ‘abertura’ em sistemas de educação


encontra-se na adoção de medidas que encorajem a aceitação de alunos de várias
condições físicas e sociais, com idade e propósitos diferentes” (2009, p. 290). A autora
completa afirmando que o estudante “pode procurar a educação aberta como uma forma de
atualização profissional, educação continuada ou educação formal visando conseguir um
grau (bacharelado, licenciatura, latu sensu, entre outros)”.

Uma das grandes vantagens da educação aberta é oferecer a oportunidade a


indivíduos que vivem em locais distantes ou de difícil acesso à educação tradicional. Será

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que há diferentes exemplos de educação aberta? Vamos buscar alguns na internet e refletir
sobre seus prós e contras.

Poderíamos retomar as discussões que vimos fazendo durante todo o curso. Será
que o meio ou a tecnologia utilizada é garantia de qualidade, de sucesso no ensinar e no
aprender?

Já pensaram em exemplos de algumas práticas vivenciadas por nós, quando éramos


alunos, em que professores munidos da mais alta tecnologia apenas reforçavam antigas
práticas, metodologias ou concepções, como aquelas em que o professor é o detentor do
conhecimento, o aluno é um receptor de informações, o professor ensina e o aluno
aprende? Ou, por outro lado, quando os alunos acreditam que precisam ser guiados, por
uma via de mão única, que o professor tem que mostrar o caminho das pedras, que o
professor tem que decidir os trajetos do processo de aprendizagem?

Será que o problema está na tecnologia? Está no ambiente ou no meio em que a


educação acontece? Está na atitude que assumimos, tanto professor como aluno, diante das
novas possibilidades? Ou queremos centrar todas as expectativas nas potencialidades de
uma ferramenta, tecnologia porque acreditamos pouco no nosso próprio potencial? Ou
porque queremos assumir uma postura passiva, menos comprometida? Será que nos
identificamos com a charge a seguir? Espero que não.

Fonte: http://migre.me/Lwu1

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6.2 Universidade Aberta do Brasil - UAB

“O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado em 2005, representa assim a


convergência de esforços das instituições participantes do Fórum das Estatais pela Educação
para a criação das bases da primeira Universidade Aberta do País” (MOTA, 2009, p. 300).

Segundo Mota (2009, p. 300),

A consecução do sistema sustenta-se na oferta e educação superior


baseada na adoção e fomento da modalidade EAD, fato que confere férteis
potencialidades para a UAB, dentre as quais se destaca a alternativa para
atendimento às demandas reprimidas por educação superior no país, o que
contribuirá para o enfrentamento de um cenário nacional de assimetrias
educacionais, seja em relação à oferta de cursos superiores, seja em
relação às possibilidades de oferta de educação continuada ao longo da
vida. Nesse particular, pretende-se ampliar as oportunidades de acesso à
educação de grande número de estudantes que vivem em regiões
distantes dos grandes centros urbanos do Brasil, um país privilegiado por
dimensões continentais.

Veja que o que se destaca neste sistema da Universidade Aberta é o fato de poder
propiciar educação superior à grande demanda que há neste nível, diminuindo as
diferenças, a exclusão educacional e a falta de acesso ao processo educacional.

Visite o site da UAB em


<http://www.uab.mec.gov.br/conteudo.php?co_pagina=20&tipo_pagina=1> e conheça um
pouco mais sobre ela, sua legislação, seu curso piloto, quem participa, enfim, como
funciona.

Há um artigo disponível intitulado “UAB a expansão da EAD. Universidade Aberta é


promessa de que EAD seja consolidada no Brasil”, por Lílian Burgardt, publicado em
18/05/2007, disponível no endereço:
<http://www.universia.com.br/gestor/materia.jsp?materia=13823>

A autora aponta a problemática que há no Brasil referente à educação superior.


Somente 30% dos municípios dispõem deste nível educacional. E, destes que possuem,
estão centrados nas Instituições de Ensino Superior situadas nas grandes capitais e no
litoral. Além disto, da população com 18 a 24 anos, só 10,9% estão matriculados no Ensino
Superior.

Portanto, é neste contexto que surge a UAB. Mais do que investimentos em


educação a distância, precisamos sensibilizar a sociedade do que ela realmente é, suas

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potencialidades e compromissos, seus ideais e possibilidades de inclusão educacional e,


consequentemente, social.

Mais do que presença física, queremos presencialidade nas interações, nas


mediações, nas trocas de experiências, no compartilhamento de informações, nas
discussões e problematizações que podem e devem ocorrer na construção de novos
conhecimentos. Não nos preocupa a ausência física, mas sim a ausência de
comprometimento, de envolvimento, de criticidade, de reflexão e de inserção do indivíduo
em seu processo educacional e, consequentemente, no seu contexto social, familiar,
político. Preocupa-nos a passividade e falta de vontade, de desejo de envolver-se, de
arriscar-se em melhorar o mundo em que vivemos. Por que não pensarmos em um caminho
por meio da educação?

6.3 EAD Corporativa

Com a grande concorrência nos mercados, o contínuo desenvolvimento de novos


bens, a incerteza do consumidor frente às novidades, as exigências ambientais e de
segurança na elaboração de novos produtos, as organizações empresariais se veem
obrigadas a buscar novas propostas e soluções para manter ou melhorar a venda de sua
mercadoria. Sendo assim, uma das saídas encontradas é a EAD corporativa.

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O que seria esta EAD corporativa? Como ela se dá? Por que e para que as empresas
a utilizam? Que características ela apresenta?

Segundo Alves Pinto (2003, p. 459), “... as empresas não podem mais contar
exclusivamente com alguns poucos líderes que, mesmo dotados do dom da premonição,
não seriam suficientes para aproveitar as tantas oportunidades de negócio”.

O autor continua: “É preciso que cada colaborador funcione como uma frente de
onda na busca de novas soluções, e preparar continuamente o colaborador para este novo
papel tem sido a motivação de reinventar as organizações, orientando-as para a
aprendizagem”.

E é exatamente aí que entra a EAD corporativa, neste contexto de novas


aprendizagens em empresas, propiciando espaço para uma nova cultura organizacional,
diferentes modelos mentais, familiarizando e alterando as relações de trabalho, construindo
novas tendências e iniciativas na conquista do mercado.

O desenvolvimento da cidadania corporativa, apontada por Alves Pinto (2003, p.


460) vai além das competências essenciais ao negócio.

Trata-se de incutir nos colaboradores a cultura e os valores próprios, isto é,


que diferenciam a organização. Muito mais do que os tradicionais códigos de
ética (melhor seria chamá-los de códigos de conduta) estabelecidos por
algumas instituições, incluímos aqui toda sorte de iniciativas cujo objetivo é
criar pela organização um sentimento semelhante àquele que guardamos
pelo país em que nascemos, ou, melhor dizendo, pela cidade que
escolhemos para viver, de fato uma cidadania, só que corporativa.

Lembre-se que há diferentes tipos de EAD e que muito da EAD Corporativa é


desenvolvida por meio da internet, intitulada e-learning (já visto anteriormente).

Fonte: http://migre.me/LwHG
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Um primeiro argumento em utilizar a EAD para a formação ou treinamento dos


colaboradores de uma empresa é a agilidade, pois as dificuldades de espaço físico, de reunir
todos os colaboradores em um determinado horário, nesta modalidade desaparecem. A
proposta é de uma formação continuada, com suportes da Internet, por meio de ambientes
virtuais de aprendizagem, vídeoconferência, conversas online, encurtando tempo e espaços
físicos.

Fonte: http://migre.me/5Hwz9

Um outro argumento apontado (ALVES PINTO, 2003, p. 462) é a oportunidade que a


EAD oferece: “é possível o delivery da capacitação junto com o produto. No corre-corre das
organizações contemporâneas, o contato direto com os clientes para atividades de
capacitação é por demais dispendioso e impensável diante do desafio logístico”.

O autor nos lembra que a “EAD tem se mostrado de grande valia neste processo,
pois além de otimizar o tempo dedicado à docência, no caso do quadro gerencial, costuma
contagiar os participantes com possibilidades de interação (fórum, chats, etc.) bastante
eficientes, nucleando comunidades...” (2003, p. 463).

Não podemos esquecer as Universidades Corporativas (UC) que também utilizam a


EAD como meio de formação para seus alunos. Kenski (2009, p. 244) afirma que: “O
avanço tecnológico presente na Web ou nos espaços acessáveis por banda larga na Internet
(e intranets) viabilizam a solução para os obstáculos postos às UCs, em relação à
distribuição entre os tempos e espaços de estudar e trabalhar nas organizações”.

Kenski (2009, p. 246) nos alerta o seguinte:

... a organização deve buscar ações que garantam a aprendizagem


participativa de todos os seus níveis, que visem à melhoria dos resultados
da equipe e à mudança qualitativa da organização. Para o alcance dessas
metas é preciso ir além da adoção de softwares e programas inovadores.
Um exemplo pontual está no grande investimento realizado por algumas

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empresas para se apresentarem nos espaços mais inovadores,


concretizando na corrida das empresas brasileiras para a incorporação e
utilização dos mundos virtuais, sobretudo o Second Life, em sua versão em
português. Os eventos ocorridos nesses ambientes caminham em sentido
oposto ao proposto pela andragogia pela aprendizagem organizacional.
São apresentações, cursos ou seminários baseados na mais tradicional das
aulas acadêmicas expositivas em um cenário high tech.

Fonte: http://migre.me/LwJ1

Portanto, o que podemos afirmar é que as tecnologias por si só não garantem


mudanças, melhorias, implementações e sucesso. O grande diferencial está na perspectiva
metodológica, pedagógica, nos conceitos de ensino e de aprendizagem, nas concepções de
ensinar e aprender que fundamentam este processo. Podemos apenas afirmar práticas
tradicionais e impositivas utilizando a EAD, caso não repensemos as velhas práticas
pedagógicas em que o aluno era um depósito de informações e o professor o detentor das
mesmas.

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REFERÊNCIAS

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2010.

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ATIVIDADES E EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 1

1. Assinale a alternativa INCORRETA.


a) Vivemos em um mundo de diversos recursos tecnológicos, cada vez mais
modernos, que modificam nossa visão de mundo e a própria sociedade.
b) Para evitar o temor que as tecnologias podem causar, é preciso desmistificá-la
e capacitar as pessoas para que saibam como usá-la de modo responsável.
c) Com o uso consciente da tecnologia é possível superar a percepção ingênua de
mundo, por meio da interação com o conhecimento e a informação.
d) O processo de atualização e adaptação às novas tecnologias não precisa ser
contínuo, pois basta aprender os comandos do computador.

2. Carneiro (200:24) afirma que o uso da informática no ambiente


doméstico modificou o lazer das crianças e adultos. Além disso, a
informática se tornou:
a) Recurso adicional na realização de tarefas e pesquisas escolares.
b) Bom recurso para se copiar os trabalhos e apresentar ao professor.
c) Recurso de boa qualidade, pois substitui a leitura e pesquisa em livros
didáticos.
d) O único recurso para se realizar as tarefas escolares.

3. Assinale a alternativa INCORRETA:


a) Ao introduzir a tecnologia no âmbito profissional é preciso considerar não só
seu valor operacional, mas também as questões estratégicas.
b) A introdução da tecnologia no âmbito privado pode trazer economia de
recursos.
c) A opção de introduzir tecnologia no trabalho pode trazer vantagens e
benefícios.
d) A introdução de tecnologia no ambiente de trabalho não traz vantagens.

Não deixe de verificar seu aprendizado fazendo o exercício no ambiente


virtual de aprendizagem.

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ATIVIDADE 1.1

Leia o texto de José Manuel Morán “Novas Tecnologias e o


reencantamento do mundo, no seguinte endereço:
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/novtec.htm> Acessado em 06
set. 2011.
Após a leitura, reflita a respeito dos seguintes pontos:
- Qual é a sua relação com a tecnologia? Fascínio? Desprezo? Temor?
- Como você enxerga a tecnologia na sua vida social, acadêmica, pessoal,
profissional? Como você avalia o impacto da tecnologia na sociedade e
principalmente na educação?
- Ilustre suas respostas com exemplos práticos (responda com bastantes
detalhes, clareza e exemplos, sempre tentando relacionar com a sua experiência
de vida).

Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefas.

ATIVIDADE 2.1

1. De acordo com o texto “O que é Educação a Distância” de Moran


(2002), qual das afirmações está INCORRETA?
a) Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por
tecnologias em que professores e alunos podem estar separados espacial e/ou
temporalmente.
b) Por meio das tecnologias de informação e comunicação, a EAD vem
evidenciando o que deveria ser o foco de qualquer processo de ensino-
aprendizagem: a interação.
c) Educação a distância não é um "fast-food", algo pronto e acabado. Ao
contrário, é uma educação construída a partir das necessidades e habilidades
individuais e as do grupo.
d) Sob a perspectiva da EAD, os conceitos de curso e de aula continuam os
mesmos, pois eles acontecem em um espaço e um tempo determinados e o
professor continua com o seu papel de detentor do saber e transmissor de
informações.
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2. Assinale a alternativa INCORRETA:


a) A ênfase da educação a distância deve ser a memorização da informação
transmitida pelo professor.
b) Na EAD, as atividades didáticas orientam-se para privilegiar o trabalho em
equipe, em que o professor passa a ser um dos membros participantes.
c) Ensinar com as novas mídias pode ser uma revolução positiva, desde que
mudemos os paradigmas convencionais do ensino que mantêm distantes
professores e alunos.
d) O papel do professor, tanto no ensino presencial como no a distância, não
pode ser o de “entregador” de informação.

3. Qual alternativa é INCORRETA:


a) NTCI significa Novas Tecnologias de Comunicação e Informação.
b) A EAD é um processo de ensino-aprendizagem em que professores e alunos
podem estar separados fisicamente e virtualmente.
c) A EAD tem como característica importante, a flexibilidade de tempo e espaço, a
qual permite ao aluno uma maior possibilidade de autonomia.
d) Na EAD, as atividades didáticas orientam-se para privilegiar o trabalho em
equipe, em que o professor passa a ser um dos membros participantes.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário

EXERCÍCIO 2

1. Marque a alternativa INCORRETA:


a) A Educação a Distância começou com a introdução da Internet na educação.
b) Ainda hoje existem cursos por correspondência.
c) A falta de interação intensiva é uma das desvantagens dos cursos por
correspondência.
d) As mulheres e os militares são dois setores de população que se beneficiaram
com o estudo por correspondência.

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2. A respeito da educação por rádio e televisão, é correto afirmar que:


I. A educação por rádio e TV centra-se mais no conteúdo do que na interação.
II. Com o rádio, mudou a mentalidade provinciana, conectando as pessoas ao
mundo.
III. Com a Internet, hoje não faz sentido pensar na TV ou no rádio como espaços
educativos.
a) Apenas o enunciado I está correto.
b) Apenas o enunciado II está correto.
c) Apenas o enunciado III está correto.
d) Apenas os enunciados I e II estão corretos.

Não deixe de verificar seu aprendizado fazendo o exercício no ambiente


virtual de aprendizagem.

EXERCÍCIO 3

1. A respeito do papel do professor na EAD, é INCORRETO afirmar que:


a) O fato da maioria da comunicação professor-aluno não ser síncrona, faz com que
os participantes tenham que aprender a lidar com o lapso de tempo que
normalmente separam os atos de comunicação.
b) Um dos papéis do professor é saber ser motivador, capaz de manter os aprendizes
antenados e envolvidos nas atividades de aprendizagem.
c) As atividades virtuais são o principal elo de união entre os alunos e o professor.
d) O professor deve dar feedback frequente, deixando a motivação dos alunos a
outros profissionais da equipe multidisciplinar.

2. A respeito do aluno na EAD, é INCORRETO afirmar que:


a) Característica do aluno na modalidade a distância é que a flexibilidade lhe garante
autonomia e responsabilidade no seu aprendizado.
b) Nem todos os alunos têm a maturidade que se requer para enfrentar a
responsabilidade que se exige do aprendiz na modalidade a distância.
c) O aluno pode ficar perdido se não souber ser responsável para lidar com a
autonomia que tem que assumir.
d) Normalmente o aluno que estuda a distância é uma pessoa já inserida no mercado
de trabalho.

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3. Marque a alternativa INCORRETA:


a) Freire postula uma educação baseada no diálogo, em que o aluno e o professor
são entendidos como seres em busca.
b) Em um curso a distância também se pode oferecer educação “bancária”.
c) Mesmo reconhecendo a importância do papel do aluno, para Paulo Freire, quem
educa é o professor.
d) A educação dialógica entende a comunicação como uma via de mão dupla, onde
tanto professor como alunos têm papel ativo.

Não deixe de verificar seu aprendizado realizando o exercício no Ambiente


Virtual de Aprendizagem.

ATIVIDADE 4.1

Após a leitura da unidade 4, reflita a respeito do papel do aluno na EAD e


prepare-se para participar do fórum de debates em que se discutirá a
respeito de:
- Qual o perfil que deve ter o aluno para ter sucesso na EAD?
- Quais as atitudes que devem ser abandonadas para ser um bom aluno no
contexto digital?

Lembre-se de que o objetivo do fórum é discutir, portanto não se limite a


postar suas considerações no fórum, leia as postagens dos colegas e
debata seus pontos de vista com eles.

ATIVIDADE 5.1

1. A respeito da avaliação, é correto afirmar que:


a) A avaliação deve ser um instrumento de controle burocrático e político-
administrativo.
b) A finalidade da avaliação deve ser atribuir um número, uma nota a cada
conjunto de conteúdos.

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c) A avaliação deve servir para o aluno se sentir mais confiante e verificar se


realmente está aprendendo.
d) Se não fosse uma exigência legal, não haveria necessidade de avaliação na
EAD.

2. Marque a alternativa correta:


a) Avaliar e examinar são termos sinônimos.
b) A avaliação não é necessária para a construção do conhecimento.
c) Avaliar supõe um processo, enquanto examinar se refere a uma ação mais
pontual.
d) Avaliação é um instrumento de classificação.

3. A respeito da avaliação, é INCORRETO afirmar que:


a) São obrigatórios momentos presenciais para avaliação.
b) Os resultados das avaliações presenciais devem prevalecer sobre qualquer outra
avaliação realizada por meio das ferramentas virtuais.
c) Podem se distinguir três modalidades de avaliação: avaliação diagnóstica,
avaliação formativa e avaliação somativa.
d) O MEC não tem orientações específicas a respeito das avaliações na EAD.

4. A respeito da avaliação diagnóstica, é correto afirmar que:


a) Trata-se de uma avaliação realizada no início do curso ou disciplina.
b) A avaliação diagnóstica é a realizada no final do curso, com o objetivo de fazer
um diagnóstico do que o aluno aprendeu.
c) A avaliação diagnóstica não tem muita utilidade na EAD porque o professor não
tem como levar em conta seus resultados na elaboração do material didático.
d) Este tipo de avaliação parte do pressuposto de que o aluno é uma “tabula rasa”.

5. A respeito da avaliação formativa, é INCORRETO afirmar que:


a) A avaliação diagnóstica deve ser entendida como ferramenta de aprendizagem,
de aprofundamento, de pesquisa.
b) A avaliação formativa supõe um acompanhamento individualizado, atendendo às
especificidades de cada aluno.
c) A avaliação formativa é uma importante ferramenta de estímulo para o estudo,
uma vez que sua principal utilidade é apontar os erros e acertos dos alunos.

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d) Mesmo que a flexibilidade deva estar presente na EAD, isso não se aplica à
avaliação formativa.

6. A respeito da avaliação somativa, é INCORRETO afirmar que:


a) A avaliação somativa é uma espécie de balanço final, uma visão de conjunto dos
conteúdos abordados em um curso, disciplina, módulo ou unidade.
b) É uma avaliação que pretende verificar se o aluno realmente aprendeu ao longo
do processo.
c) Para que a nota final seja justa deve atender apenas à avaliação somativa, pois
é a mais abrangente.
d) A avaliação pode ser aplicada apenas no final do curso ou disciplina, pois seu
objetivo é dar uma nota conclusiva.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário.

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