Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fenômeno
Religioso e
História das
Religiões
(2 créditos – 40 horas)
Autor:
Ana Luisa Alves Cordeiro
Márcio Bogaz Trevizan
289- 07029
Missão Salesiana de Mato Grosso
Universidade Católica Dom Bosco
Instituição Salesiana de Educação Superior
0722
2
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do
seu curso.
3
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Objetivo Geral
Apresentar ao educando os aspectos gerais do fenômeno religioso, bem como
abordar algumas das grandes tradições religiosas que incidem diretamente no modo de
pensar contemporâneo.
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 58
EXERCÍCIOS E ATIVIDADES ............................................................................... 60
Avaliação
4
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
A UCDB Virtual adota um sistema de avaliação continuada: além das provas no final de
cada módulo (avaliação somativa), será considerado também o desempenho do aluno ao longo
de cada disciplina (avaliação formativa), mediante a realização das atividades. Todo o processo
será avaliado, pois a aprendizagem é processual.
Para que se possa atingir o objetivo da avaliação formativa, é necessário que as
atividades sejam realizadas criteriosamente, atendendo ao que se pede e tentando sempre
exemplificar e argumentar, procurando relacionar a teoria estudada com a prática.
As atividades devem ser enviadas dentro do prazo estabelecido no calendário de
cada disciplina.
5
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES
O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização das atividades. Faça seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:
Atividade 1.1
Ferramenta: Tarefa
Atividade 2.1
Ferramenta: Tarefa
Atividade 3.1
Ferramenta: Tarefa
Atividade 4.1
Ferramenta: Tarefa
* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.
6
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
BOAS VINDAS
Fonte: https://abre.ai/etb6
7
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Pré-teste
8
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
INTRODUÇÃO
9
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
UNIDADE 1
Fonte: https://abre.ai/es94
10
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Uma analogia interessante para pensar sobre a diversidade religiosa é o exemplo
que Marcus Bach (2002, p. 15-18) traz em seu livro “As Grandes Religiões do Mundo”. Ao
destacar a religião como eterna busca, ele usa a metáfora da montanha. O Sagrado seria
como uma montanha e os seres humanos os alpinistas espirituais, que coletivamente se
unem na escalada da mesma, sendo que os caminhos de escalada, as paisagens e os guias
são diversos. Por isso, “a religião significa diferentes coisas para diferentes pessoas” e é “a
eterna busca, manifestada sob diversas formas”.
Etimologicamente a palavra ‘religião’ vem do latim, mas não há um consenso quanto
ao seu significado. Para Cícero, no século I a.C., vem do latim re-leger (re-ler); para
Lactâncio, no século III e IV d.C, do latim re-ligare (re-ligar); e para Agostinho, no século IV
d.C., do latim re-eligiere (re-eleger). Em sentido objetivo, religião é o “conjunto de crenças,
leis e ritos” e em sentido subjetivo é o reconhecimento do ser humano de sua “dependência
de um Ser Supremo pessoal, pela aceitação de várias leis e ritos atinentes a este Ser”
(WILGES, 1989, p. 10-11).
Peter Berger (1985), destaca em seus estudos
a função social da religião. Para ele a religião é Ethos – conteúdo da experiência
religiosa. Conjunto de valores, visão
estruturada e estruturante das relações sociais, de mundo que faz com que a pessoa
contém e é contida do ethos. Uma de suas funções faça o que ela faz.
Por isso, o estudo de História das Religiões e Fenômeno Religioso exige uma postura
de diálogo e respeito às diferenças. E diante de aspectos difíceis de compreender na própria
religião e na do/a outro/a, principalmente quando ferem os direitos humanos, o caminho é
colocar como critério a vida, em todas as suas dimensões.
A religião compreende, portanto, um conjunto de crenças, mitos, ritos e símbolos,
com teologia, doutrina e burocracia específicas. É experiência do Sagrado. E o fenômeno
religioso, se refere assim a tudo aquilo que se manifesta no âmbito da experiência religiosa
e é expressão carregada de significado.
Pode-se definir o fenômeno religioso como tudo aquilo que se manifesta porque
existe, tudo aquilo no âmbito da experiência religiosa que é carregado de sentido e de
significado. Os elementos que o compõe são:
12
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
a) Sagrado
Isso quer dizer que o ser humano só consegue falar do Sagrado por meio de
analogias, utilizando aquilo que conhece em seu cotidiano. Por exemplo, quando se diz que
Deus é Pai e Mãe, se usa duas figuras importantes na vida de qualquer ser humano, que
simbolizam a experiência profunda de amor, ternura e cuidado, para falar do Sagrado, e
todos/as compreendem de alguma forma, sentem algo quando a analogia é utilizada.
13
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Mircea Eliade (1992) aponta que a primeira definição de sagrado é que ele se opõe
ao profano. E que é por meio da hierofania, da manifestação do sagrado, o ser humano
conhece o sagrado. Por isso existem espaços significativamente sagrados como os templos
religiosos e outros não.
Quase sempre há uma história hierofânica que justifica um espaço físico sagrado. No
México, por exemplo, existe o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, da Religião
Católica Apostólica Romana. Conta-se que Nossa
Senhora apareceu ao índio cristão Juan Diego, em
Tepeyac, em 1531, e lhe pediu que construísse um
templo em sua honra1. O santuário de Guadalupe é hoje
um dos mais visitados na América Latina.
Jerusalém é outro exemplo, pois lá atualmente
estão no mesmo espaço sagrado três grandes religiões, o
Judaísmo (Muro das Lamentações que circundava o
Segundo Templo), o Cristianismo (Igreja do Santo
Sepulcro) e o Islamismo (Mesquita de al-Aqsa), e cada
espaço sagrado, cada qual de sua religião, possui a sua
hierofania própria.
Fonte: https://abre.ai/etaq
Assim, para Eliade (1992), a revelação de um espaço sagrado permite que haja um
“ponto fixo”, que oriente na homogeneidade caótica, o viver real. Diferente da experiência
profana, que mantém a homogeneidade e relativiza o espaço. Significa que “todo espaço
sagrado implica uma hierofania, uma irrupção do sagrado que tem como resultado destacar
um território do meio cósmico que o envolve e torná-lo qualitativamente diferente”. O
Templo seria uma reprodução terrestre de um
Arquétipo – refere-se a um
modelo transcendente, a cópia de um arquétipo modelo, paradigma.
celeste, que ressantifica o Mundo na sua totalidade.
b) Mitos
A palavra ‘mito’ vem do grego mythos e é uma narrativa de uma experiência
fundante, daquilo que realmente conta, que é fundamental para o ser humano se perceber
como ser humano, por isso é verdadeira. Porém, é uma história criada, uma forma de
contar a realidade. Na contramão de uma concepção que trata os mitos como uma ilusão ou
1
Confira a história na íntegra. Disponível em: <https://www.rs21.com.br/noticias/o-encontro-da-
virgem-maria-com-um-indio/ >. Acesso em: 11 maio. 2022.
14
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
ficção, Mircea Eliade (1972) aponta alguns horizontes da significação dos mitos, importante
em qualquer reflexão sobre o tema.
Mircea Eliade (1972) destaca que o mito é uma realidade cultural complexa, com
interpretações múltiplas e complementares, não podendo ser enclausurado em uma única
interpretação. O mito é a narrativa de uma ‘criação’, do modo como algo foi produzido e
começou a ser, fazendo com que o ser humano seja o que é hoje, “um ser mortal, sexuado,
organizado em sociedade, obrigado a trabalhar para viver, e trabalhando de acordo com
determinadas regras”. As personagens do mito são entes sobrenaturais.
Para Mircea Eliade (1972) não só a memória dos mitos é importante, mas a
reatualização destes que se dá por meio do poder dos ritos. “Ao rememorar os mitos e
reatualizá-los, ele [o ser humano] é capaz de repetir o que os Deuses, os Heróis ou
Ancestrais fizeram ab origine”. A reatualização do mito permite a saída de um tempo
cronológico profano e a entrada em um tempo significativamente diferente, ‘sagrado’.
c) Símbolos
[...] qualquer coisa que toma o lugar de outra coisa ou ainda qualquer coisa
que substitui e evoca uma outra coisa [...] o símbolo implica três
elementos: 1.º um significante, que é o objeto que toma o lugar de
outro, quer dizer, o próprio símbolo, no sentido concreto da palavra; 2.º um
significado, a coisa que o significante substitui; 3.º a significação, que é
a relação entre o significante e o significado, relação que deve ser
apreendida e interpretada pelo menos pela pessoa ou pessoas a quem se
dirige o símbolo (ROCHER, 1971, p. 156-157). [grifo próprio]
15
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
recriando a participação e a identificação das pessoas e grupos às coletividades que
pertencem (ROCHER, 1971).
Exemplificando, temos símbolos
nacionais como a Bandeira do Brasil, o Hino
Nacional, o Brasão da República, etc., que
evocam sentimentos de pertença à nação
brasileira, de patriotismo. Já na religião, pode-se
citar a cruz, um símbolo para o Cristianismo, a
estrela de Davi para o Judaísmo, a roda
dharmica para o Budismo, a lua crescente com
uma estrela para o Islamismo, enfim, cada
religião com seus diversos símbolos para evocar
o Sagrado.
Fonte: https://abre.ai/etas
d) Ritos
16
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
estudante passa por uma banca que o/a avalia, numa etapa que funciona como um rito de
passagem, sem o qual, devidamente aprovado/a, não se obtém o grau, a titulação.
Dica de aprofundamento:
Leia a notícia publicada pelo IBGE (Censo 2010), que traz resultados do último
Censo Demográfico do IBGE 2010 sobre a diversidade de grupos religiosos no Brasil.
Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-
censo.html?busca=1&id=3&idnoticia=2170&t=censo-2010-numero-catolicos-cai-
aumenta-evangelicos-espiritas-sem-religiao&view=noticia >. Acesso em: 11 abr. 2022.
17
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
período de isolamento e de integração no qual uma forma de vida comunitária tende a se
desenvolver, bem como pode com o tempo ser absorvida pelo grupo maior.
As formas religiosas mais abrangentes são o teísmo e o deísmo. O teísmo se refere à
crença numa divindade ou deuses/as, podendo ser dividido em monoteísmo (uma só
divindade), politeísmo (vários deuses/as) ou henoteísmo (veneração de uma divindade
suprema, porém sem negar a existência de outras). O oposto do teísmo é o ateísmo (Deus
não existe). O deísmo é mais uma posição filosófica e se refere à aceitação de uma
divindade que não intervém na criação e não possui revelação sobrenatural.
Outras formas religiosas são o panteísmo, no qual Deus, o universo e a natureza são
idênticos; o animismo, uma crença, uma mentalidade, que enxerga por detrás dos objetos
uma vida que pode entrar em relação com o ser humano; o magismo, que é uma crença em
um poder oculto que certas pessoas podem se apropriar e produzir; o manismo, que é o
culto às almas de defuntos; e o totemismo, que acredita num parentesco entre o clã e uma
espécie de animal ou vegetal, o qual daria o nome ao totem do clã (WILGES, 1989).
As ciências da religião dividem as religiões em três categorias: religiões primais
(‘primitivas’, povos tribais, com a crença em deuses/as, culto aos antepassados e realização
de ritos de passagem); religiões nacionais (religiões históricas como a germânica, grega,
egípcia e assírio-babilônica, politeístas,
com sacerdócio permanente, mitologia
definida, culto sacrificial e que não são
mais praticadas, porém podemos
encontrar seus vestígios em outras
religiões), e as religiões mundiais/
universais (monoteístas, que
enfatizam a relação do indivíduo com
Deus e sua salvação) (WILGES, 1989).
Fonte: https://abre.ai/etav
Assim, temos religiões oriundas da Índia, como o Hinduísmo e o Budismo; do
Extremo Oriente, como o Confucionismo, o Taoísmo e o Xintoísmo; do Oriente Médio, como
o Judaísmo, Islamismo e Cristianismo; e Africanas. No Brasil, as religiões de matriz africana
mais populares são o Candomblé e a Umbanda. Além do Espiritismo e uma série de novos
movimentos religiosos (Esotérica, Astrologia, Ufologia e Movimentos Alternativos), sem
esquecer as expressões religiosas indígenas.
18
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Sugestão para seu aprofundamento:
Uma breve reflexão sobre o panorama religioso brasileiro precisa levar em conta o
processo de secularização que tem influenciado a experiência religiosa.
Por secularização entende-se, a partir de Peter Berger (1985, p. 119), “o processo
pelo qual setores da sociedade e da cultura são subtraídos à dominação das instituições e
símbolos religiosos”. Esse processo se caracteriza por: pessoas vivendo suas vidas sem
recorrer mais as interpretações religiosas; legitimações religiosas perdendo sua
plausibilidade; fim dos monopólios religiosos; crise de credibilidade na religião; crise de
significado; desenvolvimento do fenômeno chamado “pluralismo”; competição entre os
diferentes grupos religiosos e sociais; religiões que não podem mais contar com a
submissão de suas populações, pois ela agora é voluntária; tradição religiosa sendo
colocada no mercado; conteúdos religiosos sujeitos à “moda”; progressiva burocratização
das instituições religiosas; ênfase na família, na vizinhança e nas “necessidades”
psicológicas do indivíduo; crise da teologia; e crise da Igreja. Existe o que Berger chama de
“desencantamento do mundo”.
É interessante perceber que esse processo de secularização impulsionou a
pluralidade de religiões. Zygmunt Bauman (1998) destaca que com o espírito pós-moderno,
as tentativas exaustivas e os esforços frenéticos em busca de “definir a religião”, sofrem
uma pausa, porém, continuam inabaláveis. No espírito pós-moderno dá-se conta de que a
experiência vai além dos muros das definições nas quais tentamos enclausurá-la, retê-la ou
até mesmo somente captá-la.
O nascimento da identidade, do indivíduo, da liberdade de escolha diante de infinitas
possibilidades, trouxe um complexo de incertezas e a busca pelo aconselhamento, no qual
não se procura tanto a religião, mas especialistas na identidade. Este é o mundo pós-
moderno, de indivíduos em busca de algo que lhes dê sentido em suas escolhas.
Essa realidade plural, de busca por sentido à vida, se intensifica na atualidade. A
existência de inúmeras possibilidades, de inúmeros caminhos, permite ao ser humano, ora
19
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
estar aqui, ora estar ali, ou frequentar vários lugares sem que isso seja um problema,
vivenciando uma experiência religiosa plural, que atenda às suas necessidades.
Porém, sempre há o perigo do fundamentalismo, como já foi destacado. Numa
sociedade moderna que relegou o indivíduo a um estado de anomia, os movimentos
religiosos fundamentalistas são uma
resposta à procura de sentido, de
significado para vida, um porto seguro,
uma caixa de respostas prontas e
acabadas que concede ao indivíduo a
sensação de segurança e de estar
fazendo o certo. O fundamentalismo é a
afirmação da identidade religiosa. É a
sobrevivência da religião na modernidade.
No fundo, o que está em questão é a
intenção de reislamizar, recristianizar e
rejudaizar a modernidade, e não o inverso
(KEPEL, 1995).
Fonte: https://abre.ai/etaC
O momento seria o de implosão do conceito de religião, que inclui o movimento da
Nova Era, mas não se reduz somente a ele. Nessa nova realidade as instituições
fragilizaram-se, os limites entre magia e religião dissolveram-se e diversas formas religiosas,
ou fontes de transcendência surgiram capazes de dar sentido à vida e à sociedade. A nova
realidade mostra que há uma
2
Estimou-se em 2012, 13 milhões de adeptos/as do espiritismo no mundo. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/as-8-maiores-religioes-do-mundo/>. Acesso em: 23 fev.
2022.
20
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Islamismo, Hare Krishna, Xintoísmo. Sem esquecer as inúmeras expressões religiosas
indígenas, esotéricas, etc.
a) Religiões Afro-brasileiras
Dica de aprofundamento
21
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
b) Novos Movimentos Religiosos (NMR)
Os ‘novos movimentos religiosos’ são uma terminologia utilizada para falar sobre
diferentes grupos religiosos, que são independentes uns dos outros, fragmentados muitas
vezes e se caracterizam pela crítica às instituições tradicionais. Em algumas vertentes, a
religião pode de ser vista como um item de consumo. Trazem traços de retorno ao passado,
de sincretismo e/ou de fundamentalismo.
O pentecostalismo surgiu nos Estados Unidos, com as Igrejas Batistas, Metodistas e
outras. Baseia-se na doutrina cristã do batismo do espírito santo, à modelo do que ocorreu
em Jerusalém, no dia de Pentecostes, quando o espírito santo desceu sobre os apóstolos e
eles falaram em línguas. São chamados de pentecostais, pois suas práticas são carregadas
de emoção, de reavivamento espiritual, na qual ocorreria a comunicação com o espírito
santo, levando ao êxtase espiritual, fazendo o/a crente falar em línguas estranhas (WILGES,
1989).
A doutrina pentecostal enfatiza a separação do mundo, a proibição dos prazeres
comuns. As mulheres não devem usar roupas curtas e os cabelos devem ser longos.
Todos/as pagam 10% do que ganham para manter a igreja. As orientações são de não
beber, fumar, pular carnaval, jogar futebol, dançar, cantar músicas mundanas, ir ao cinema,
nem ter rádio ou televisão (WILGES, 1989).
Todos/as os/as pentecostais devem se entregar a três experiências: arrependimento
da vida de pecado, conversão seguida de batismo das águas, e santificação no batismo pelo
espírito santo. Possuem os sacramentos do batismo e partilha do pão, e seguem preceitos
cristãos: Escrituras, Trindade, salvação pela graça, ressurreição e vida eterna para os/as
justos/as. Aqui a religião oferece uma função terapêutica, toda cura é dom de Deus
(WILGES, 1989).
As primeiras igrejas pentecostais chegaram ao Brasil, no início do século XX. Em
1910, no Paraná e São Paulo, surgiu a primeira igreja pentecostal brasileira, a Congregação
Cristã do Brasil. Em 1911, dois missionários suecos fundaram a Assembleia de Deus, em
Belém do Pará. As duas denominações se difundiram por todo o país, constituindo hoje as
duas maiores frentes do pentecostalismo no Brasil (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Na segunda metade do século XX, os/as evangélicos/as pentecostais cresceram e se
diversificaram, correspondendo na década de 1990 a 10% da população de adultos/as no
Brasil, sendo que os/as protestantes históricos correspondiam a 3%. Pode-se diferenciar
dois formatos do movimento pentecostal no país: os pentecostais “clássicos” e os
“neopentecostais” (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
As maiores igrejas pentecostais no Brasil são:
22
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
* Congregação Cristã do Brasil (desde 1910 no Brasil);
* Assembleia de Deus (desde 1911 no Brasil);
* Igreja do Evangelho Quadrangular (desde 1953 no Brasil);
* Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo (fundada em 1955);
* Deus é Amor (fundada no Brasil em 1962), e
* Casa da Bênção (fundada no Brasil em 1964) (GAARDER; HELLERN;
NOTAKER, 2000, p. 288).
23
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Dicas de aprofundamento
24
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
UNIDADE 2
2.1 Hinduísmo
O Hinduísmo é uma religião que não possui fundador, nem credo fixo e nem
organização de espécie alguma, caracteriza-se pela diversidade. A palavra hinduísta significa
“indiano/a” (GAARDER; HELLERN;
NOTAKER, 2000). Esse termo não é
aceito pelos hindus, pois foi o Ocidente
que convencionou chamar assim. Em
2012, estimou-se que o Hinduísmo possui
cerca de 900 milhões de adeptos/as.3
Fonte: https://abre.ai/etaM
Védico: que vai de 2000 a 800 a.C., caracterizado pela influência dos
escritos védicos.
Upanishádico: que vai de 800 a.C. a 400 a.C., caracterizado pela
especulação dos sábios, da qual surgem os conceitos de advaita (não-
dualidade), do karman, do samsâra etc.
Clássico: que vai de 400 a.C. a 500 d.C., caracterizado pelo florescimento
das letras e das artes, bem como pelo culto crescente dos grandes deuses
populares: Vasudeva, Shiva, Vishnu.
Medieval: que vai de 500 d.C. a 1800 d.C., caracterizado pelas escolas
filosóficas e seitas religiosas.
Moderno: desde 1800 d.C., caracterizado pela crescente influência das
ideologias do ocidente. O hinduísmo toma então as seguintes atitudes:
ortodoxo, aceitando os Vedas,
popular, aceitando o Mahabharata, o Ramayana, os Puranas (PIAZZA,
2005, p. 236).
3
Fonte: <http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/as-8-maiores-religioes-do-mundo/>. Acesso em:
21 abr. 2022.
25
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Por ser uma religião nacional, só pode ser hindu quem nasce hindu. O Hinduísmo
existe na Índia e onde há hindus (Indonésia, Paquistão, Ceilão, Birmânia, Malásia, África do
Sul, etc.). Benares é a principal cidade do Hinduísmo e
O termo ‘ablução’ vem do latim
o rio Ganges o principal rio sagrado, onde são ablutio e significa "lavagem".
realizadas abluções (WILGES, 1989).
O Hinduísmo originou-se entre os anos 1500 a.C e 200 a.C., época em que os povos
arianos (“nobres”) subjulgaram o vale do Indo. As crenças desses povos tinham ligação com
outras religiões indo-europeias (grega, germânica e romana). Os hinos védicos (da palavra
Veda, que significa “conhecimento”) eram recitados por sacerdotes nos sacrifícios aos
deuses. A época do período védico tardio, de 1000 a.C. até 500 a.C., foi significativa para o
desenvolvimento religioso da Índia. Os Upanishads são os textos hinduístas mais lidos e
foram escritos sob a forma de conversa entre o mestre e o discípulo, introduzindo a noção
de Brahman. “Todos os seres vivos nascem do Brahman, vivem no Brahman e ao morrer
retornam ao Brahman” (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
4
A palavra empregada é varna, que significa “cor”.
26
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Atualmente, pertencer a casta dos/as “intocáveis” não significa necessariamente ser
pobre ou miserável como por muito tempo foi. Sobre as castas, conta-se que:
Além de todas essas cerimônias que envolvem o rito do matrimônio, a cultura hindu
ainda tem ritos que envolvem o nascimento, a entrada da criança aos oito ou dez anos na
comunidade bramânica, os funerais, entre outros.
29
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
via da devoção é o caminho cuja expressão clássica é o Bhagavad Gita, que é um livro
sagrado importante na Índia moderna. Todas as três vias de salvação têm base na doutrina
do carma. O caminho da devoção expressa que independente de sexo ou casta, todas as
pessoas podem conseguir a graça se se devotarem a divindade, sendo que é a misericórdia
divina que salva a pessoa do ciclo e não seus esforços. O importante é não fazer as coisas
com intuito de ganhar algo em troca (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Outra doutrina é darma, uma lei ou ética comum, que não consiste na igualdade
entre as pessoas, mas na responsabilidade com a própria família, casta e comunidade. O
Bhagavad Gita reforça o valor das três vias de salvação e que cada pessoa deve cumprir
seus deveres para com a família e a comunidade. A vida é assim dividida em quatro
estágios, sobretudo, relevante aos brâmanes do sexo masculino. O primeiro estágio
corresponde ao oitavo ano de vida do menino brâmane, ele passa por um rito de passagem,
no qual recebe o “fio sagrado”, simbolizando que nasceu pela segunda vez e que agora é
um discípulo, entregue ao mestre (guru), para estudar os textos sagrados. O segundo
estágio é quando o jovem completa seu tempo como discípulo e se torna pai de família.
Casa-se, tem filhos, cumpre suas responsabilidades com a casta, realiza os sacrifícios, e
goza dos prazeres da vida. A fase dura até os/as netos/as crescerem. No terceiro estágio, o
homem sozinho ou junto com a esposa se
retira(m) para outro local, para entrar num
estágio contemplativo de vida, quase
sempre um monastério ou um centro
religioso (ashram). E, por fim, no quarto
estágio se tornam santos/as andarilhos/as,
sem moradia fixa, sobrevivendo de
esmolas, em busca do autoconhecimento
(GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Fonte: https://abre.ai/etaP
No que se refere às mulheres, apesar do Livro dos Vedas afirmar que homem e
mulher são iguais “como duas rodas de carroça”, a prática tem sido diferente. São quase
sempre entendidas como “propriedade” do marido. Mulheres solteiras ou casadas, sem
filhos passam por dificuldades. Porém, a Índia foi um dos primeiros países a ter como
primeiro-ministro uma mulher (Indira Ghandi).
Muitas mulheres usufruem de influência pública, trabalham fora de casa, além de
que o culto a numerosas deusas contribui para elevar a consciência das mulheres
(GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
30
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Dica de aprofundamento
2.2 Budismo
O Budismo (do sânscrito Buddha Dharma) tem como fundador Sidarta Gautama,
conhecido como Buda (560-480 a.C.), que não deixou nenhum escrito. A palavra ‘Buda’ vem
do sânscrito e significa “o iluminado”. O Budismo caracteriza-se como uma religião, pois
possui tudo que uma religião tem: mosteiros, ritos, religiosos/as que se dedicam aos ritos,
etc.
Em 2012, estimou-se que existem aproximadamente 376 milhões de adeptos/as do
Budismo no mundo.5 O país com maior número de budistas é a Tailândia, que possui 18 mil
mosteiros e 240 mil monges e monjas.
Sidarta Gautama foi filho de um rajá e viveu no Nordeste da Índia. Sobre sua vida
existem inúmeras histórias, mais ou menos lendárias, porém que destacam em comum que
Sidarta cresceu em meio ao luxo e fortuna, que seu pai ouviu a profecia de que seu filho se
tornaria um governante poderoso ou seguiria um caminho oposto, abandonando o mundo
por completo, o que aconteceria se fosse permitido que ele testemunhasse o sofrimento do
mundo. O rajá procurou proteger o filho do mundo, mantendo-o entre as muralhas do
palácio e cercando-o de delícias e diversões. Sidarta se casou jovem, com sua prima, e tinha
um harém de lindas dançarinas (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000). Conta uma das
lendas que Sidarta foi gerado no ventre de sua mãe na forma de um pequeno elefante, que
é símbolo da encarnação de Buda.
Contrariando as ordens de seu pai, quando tinha 29 anos, Sidarta saiu do palácio e
viu, pela primeira vez, um velho, um homem doente e um cadáver em decomposição.
Depois viu um asceta com uma expressão radiante de alegria, o que lhe fez constatar que a
vida de riqueza e prazer é vazia e sem sentido. Indagou então: “haverá alguma coisa que
transcenda a velhice, a doença e a morte?”. Tomou-se de compaixão pela humanidade e
5
Fonte: <http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/as-8-maiores-religioes-do-mundo/>. Acesso em:
21 abr. 2022.
31
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
sentiu-se chamado a livrá-la do sofrimento, voltando ao palácio e renunciando para isso sua
vida de príncipe. Sem despedidas, deixou a esposa e o filho, e seguiu para uma vida de
andarilho (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Após deixar a vida de príncipe, conta a lenda
que Sidarta passou a fazer exercícios ascéticos,
comendo cada vez menos, até que conseguiu
sobreviver com apenas um grão de arroz por dia.
Seu objetivo era dominar o sofrimento por meio do
ascetismo e da ioga, mas isso não aconteceu. Foi
então que adotou o “caminho do meio”, buscando a
salvação pela meditação. Aos 35 anos, depois de
seis anos de vida ascética, atingiu a iluminação
(bodhi), no momento em que meditava sob uma
figueira à margem do rio Ganges. Sidarta
transformou-se num Buda (“iluminado”),
percebendo que todo sofrimento do mundo é
causado pelo desejo e que somente a supressão do
mesmo faz com que o ser humano escape de outras
encarnações (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Fonte: https://abre.ai/etaR
Por sete dias e sete noites, Buda ficou embaixo da figueira, compreendendo que a
realidade não é transitória, mas absoluta acima do tempo e espaço, o que o Budismo chama
de nirvana. Ao dominar o desejo de viver, que o prendia à existência, Buda parou de
produzir o carma e de estar sujeito à lei do renascimento. Alcançou a salvação para si
mesmo, abrindo o caminho para abandonar o mundo e entrar no nirvana final. Porém, o
deus Brahma pediu que ele difundisse seus ensinamentos. Buda sentiu compaixão pelos
seres humanos e decidiu “abrir o portão da eternidade” para quem quisesse ouvi-lo, se
tornando assim um guia para a humanidade (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Buda seguiu para a cidade de Benares, centro religioso da época, e fez seu famoso
sermão, o qual contém seus principais ensinamentos. Vários monges mendigos seguiam
Buda, e por mais de quarenta anos ele e seus discípulos/as andaram pelo nordeste da
Índia. Os/as seguidores/as de Buda se dividiam em dois grupos: os/as leigos/as e os
monges e as monjas. Aos 80 anos, Buda adoeceu e se despediu de seus/as discípulos/as,
dizendo-lhes: “Talvez alguns de vós estejam pensando: ‘As palavras do mestre pertencem
ao passado, não temos mais mestre’. Mas não é assim que deveis ver as coisas. O darma
32
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
(instrução) que vos dei deve ser o vosso mestre depois que eu partir” (GAARDER;
HELLERN; NOTAKER, 2000).
33
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
2.2.3 Principais Doutrinas
34
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Em Benares, Buda realiza um sermão apresentando as quatro nobres verdades sobre
o sofrimento: 1. Tudo no mundo é sofrimento; 2. O sofrimento é causado pelo desejo do
ser humano; 3. O sofrimento pode ser levado ao fim quando o desejo acaba, assim pode-se
entrar no nirvana; 4. O ser humano pode se libertar do sofrimento (e do renascimento)
seguindo o caminho das oito vias (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000). O desejo, a
vontade de viver, de existir e de se perpetuar, o medo de perder o que se é, é a causa do
sofrimento (SAMUEL, 1997).
Buda orienta que o ser humano precisa evitar todos os extremos da vida. O caminho
para acabar com o sofrimento é o “caminho do meio”, representado pelas oito vias: 1.
Perfeita compreensão (compreender as verdades sobre o sofrimento e o ensinamento de
que o ser humano não tem alma); 2. Perfeita aspiração (lutar contra o desejo, o ódio e a
luxúria, olhando para Buda como ideal); 3. Perfeita fala (evitar mentiras, intrigas e
conversas vazias, falar de forma verdadeira, amigável e carinhosa, e silenciar quando
preciso); 4. Perfeita conduta (seguir os cinco mandamentos – não matar nenhum ser
vivo, não roubar, não ser sexualmente promíscuo, não mentir e não tomar estimulantes); 5.
Perfeito meio de subsistência (escolher um trabalho que não contrarie nenhum dos
cinco mandamentos); 6. Perfeito esforço (não deixar que pensamentos ou estados de
espírito destrutivos aconteçam, e se acontecer eliminá-los antes que tenham efeitos
concretos); 7. Perfeita atenção (a autocontemplação como meio de controle do corpo e
da mente); 8. Perfeita contemplação (caminho para alcançar a compreensão das “quatro
nobres verdades” e atingir o nirvana) (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
A palavra nirvana significa “apagar” e se refere à extinção do desejo, cujo
combustível é a luxúria, o ódio e a ilusão. O nirvana é visto como algo fora do sofrimento e
descrito em termos negativos, pois não se pode compará-lo a nada da vida cotidiana, sendo
apenas possível dizer o que o nirvana não é. Apenas boas obras não bastam para atingir o
nirvana, é preciso a iluminação. Boas obras levam a bons renascimentos.
Segundo o Budismo, Buda nasceu 547 vezes antes de alcançar o nirvana. O
nirvana consistiria no esgotamento do carma e no rompimento da lei do renascimento,
estágio que pode ser vivenciado aqui e agora. O nirvana final, atingido quando a pessoa
morre, é irreversível, chamado de parinirvana (extinção última e absoluta) (GAARDER;
HELLERN; NOTAKER, 2000).
35
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Por volta de 380 a.C., devido a divergências entre os/as discípulos/as de Buda, foi
realizado um concílio, que terminou com a divisão entre um grupo mais conservador e outro
mais liberal. Pode-se distinguir duas tendências
principais: Theravada (“a escola dos antigos”),
predominante no Sul da Ásia (Birmânia, Tailândia, Sri
Lanka, Laos e Camboja), que enfatiza a salvação
individual através da meditação e que prega que na
prática somente os monges e as monjas podem atingir
o nirvana; e MahayanaI (“o grande veículo”),
predominante no Norte da Ásia (China, Japão,
Mongólia, Tibet, Coréia e Vietnã), enfatiza a ideia que
uma pessoa pode ser salva de seu carma pelos méritos
alheios, de que é possível conduzir todas as pessoas à
redenção (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2000).
Fonte: https://abre.ai/etbh
No Tibet o Budismo se misturou com ideias totêmicas e animistas, dando origem ao
Lamaísmo, no qual Buda é visto como encarnado no chefe Dalai-Lama. No Japão o Budismo
virou Zen-Budismo (WILGES, 1989).
Em relação a realidade das mulheres no Budismo, é interessante destacar que
conforme Buda, “uma monja, ainda que tenha cem anos, deve reverenciar um monge,
levantar-se à sua chegada, saudá-lo com as mãos juntas e honrá-lo, ainda que tenha sido
recebido na ordem nesse mesmo dia” (SAMUEL, 1997, p. 121).
Dica de aprofundamento:
36
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
UNIDADE 3
O JUDAÍSMO E O ISLAMISMO
3.1 O Judaísmo
37
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
3.1.2 Os Livros Sagrados
categoria é formada pelos Cinco Livros de Moisés, isto é a Torah; a segunda é composta
pelo Neviím (livros dos profetas) e a terceira pelos Chetuvím (Escritos).
Esta organização foi consolidada a partir de uma decisão “tomada pelas lideranças
rabínicas e eruditas que se reuniram em um sínodo (assembleia) na cidade de Iavne,
aproximadamente no ano 100 E.C” (BLECH, 1999, p. 90). Este modo de organizar a Bíblia
permanece até os dias de hoje e é aceito de forma inquestionável, pois os rabinos que
tomaram tal decisão eram considerados
homens dotados de grande experiência e
respeito. De acordo com o pensamento
judaico, os livros revelados são apenas 24
porque logo após a destruição do segundo
Templo de Jerusalém, “o espírito da profecia
não estava mais garantido pela humanidade”
(BLECH, 1999, p. 90).
Fonte: https://abre.ai/etbF
3.1.2.1 Divisão dos livros Bíblicos
38
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Hebraico Versículo da
Tradução Aspectos de Fé
transliterado Torah
“E estes são os
nomes dos filhos
de Israel que
2.Shemót Êxodo: trata principalmente da saída dos
Nomes... vieram ao Egito
(Êxodo) Judeus do Egito, onde foram escravos.
com Jacob; cada
um com a sua
família veio”.
“E falou o Eterno a
Moisés no deserto
de Sinai, na tenda
Números: mostra o censo dos judeus no
da reunião, no
4.Bamidbár No deserto e acompanha os acontecimentos
primeiro dia do
(Números) Deserto... que precederam a chegada à Terra
segundo mês, no
Prometida.
segundo ano da
sua saída da terra
do Egito...”
Deuteronômio: consiste em um último e
“Estas são as longo discurso de Moisés ao seu povo, sua
palavras que falou despedida, recapitulando o que ocorrera
5. Devarim
Palavras Moisés a todo aos judeus até então, bem como
(Deuteronômio)
Israe, de além do recordando a aliança feita entre eles e
Jordão.” Deus, que garantiu sua sobrevivência
enquanto povo.
Fonte: BLENC, 1999, p. 75-76
b) Neviím e Chetuvím
O Neviím é composto por oito (08) livros que segundo a tradição judaica, contêm
“comunicações de Deus escritas nas palavras dos próprios autores” (BLENC, 1999, p. 91).
Quanto aos Chetuvím, estes são num total de onze (11) livros que são considerados como
uma “comunicação menos intensa, [entre Deus e o homem] conhecida como presença
39
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
divina” (BLENC, 1999, p. 91). No quadro abaixo, apresentamos os livros que compõem o
Neviím e o Chetuvím.
Neviím Chetuvím
1. Josué 1. Salmos
2. Juízes 2. Provérbios
3. Samuel 1 e 2 3. Jó
5. Isaías 5. Rute
6. Jeremias 6. Lamentações
9. Daniel
11. Crônicas 1 e 2.
Além dos livros sagrados que compõem a Torah, o Neviím e o Chetuvím, os judeus
também possuem outros livros que ajudam no conhecimento da Lei, estes são a Mishnah e
o Talmud.
40
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Quanto ao Talmud, este é composto pelo Mishnah e pela Guemara. Segundo Haley
(1996), “a Gemara é uma combinação de discussões sobre o Mishnah, que se verificam nos
cinco ou seis séculos seguintes a sua publicação” (HARLEY, 1996, p. 290).
Sinagoga de Florença
Fonte: sinagoga-de-florenca-fachada-768x583.jpg (768×583) (guiaflorenca.net)
41
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
3.1.2.4 As festas Judaicas
42
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
277); 9) No Tishah B’av (Um dia de Pranto): Recorda a destruição do Templo de
Jerusalém pelos Romanos no ano 70 d. C.
Além da observação das festas, os judeus realizam a Prece privada durante três
vezes ao dia, e guardam o sábado, como o dia de descanso.
Dica de aprofundamento:
3.2 O Islamismo
Fonte: https://abre.ai/etbR
O islã surgiu na Arábia, na cidade de Meca, por volta do ano 610 d.C. e nasceu da
junção de elementos da religião pagã árabe, com aspectos da fé judaica e cristã. De acordo
com WATT (1996), “a religião dominante na Arábia era uma forma da velha religião
semítica, com santuários para vários deuses e deusas em muitos locais” (WATT, 1996, p.
311). Neste contexto pagão, havia a crença em um deus supremo, denominado de Alá, ao
qual tinha submetido a si os demais deuses. Para Watt (1996), “o Islã começou não entre
43
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
os nômades, mas sim entre os habitantes das cidades ocupadas em vastas atividades
comerciais” (WATT, 1996, p. 311).
O fundador do Islã foi Maomé, que nasceu no ano de 570 d. C; era comerciante e
também adepto da religiosidade local. Porém, em meados de 610, d. C. passou a acreditar
que estava recebendo revelações de Deus, e que deveria transmiti-las aos seus
conterrâneos. Suas inspirações começaram provavelmente
em 610 d.C, quando ao subir no Monte de Hira para os seus
exercícios meditativos, sentiu a presença do anjo Gabriel que
o obrigou a anunciar as palavras de Deus. Segundo Gaarder
(1989) “Maomé foi particularmente influenciado pelo
monoteísmo e pela noção de fim de mundo acompanhado do
juízo final" (GAARDER, 1989, p. 129), noções provavelmente
tomadas do judaísmo e do cristianismo.
Fonte: http://migre.me/i4Mkc
44
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Rapidamente a influência de Maomé cresceu em Medina e após um período de dois
anos ela já tinha consolidado a sua influência na localidade, a ponto de expulsar aqueles
que zombavam dos seus ensinamentos, como foi o caso de dois clãs judeus. Por volta de
630, d. C. Maomé tinha consolidado o seu domínio na região e deflagrou a ocupação da
cidade de Meca. Segundo Watt (1996), durante a ocupação, Maomé “tratou seus inimigos
com generosidade e convenceu a maioria deles a ser mulçumanos. Muitas outras tribos de
toda a Arábia também se incorporaram à sua federação, tornando-se mulçumanos” (WATT,
1996, p. 312). Antes da sua morte, que se deu em 632, Maomé deixou uma religião
organizada; um Estado consolidado em forma de
No contexto do surgimento da nova
federação de tribos e clãs, que se tornava mais forte religião, personagens bíblicos tais
como Moisés e Jesus, passaram a
à medida que crescia.
ser considerados profetas que
falaram em nome de Deus, porém
3.2.3 Divisões no islã: Sunitas e Xiitas não revelaram a vontade completa
de Deus. Sendo assim, a revelação
Após a morte do profeta Maomé em 623 d. divina na sua plenitude se deu com
o Profeta Maomé, sendo Alá o único
C, o islã sofreu divisões teológicas, que conduziram Deus verdadeiro.
a divisões políticas em seu seio e prejudicaram a
unidade da religião nascente. O conflito surgiu porque o Profeta não deixou prescrito como
deveria ser a organização do Islã após sua morte. Sendo assim, surgiram dois grupos que
tinham ideias divergentes sobre a condução da religião. De um lado estavam os Xiitas (Shiat
Ali, isto é, o partido de Ali), que eram um grupo minoritário e postulavam que a linhagem
profética fosse continuada pela família de Maomé e apontavam como sucessor do Profeta, o
seu genro, Ali ibn Abi Talib, casado com Fátima, a filha de Maomé. De outro estavam os
Sunitas (vocábulo oriundo do termo Ahl al Sunna), que defendiam que qualquer pessoa
poderia suceder ao Profeta, desde que este fosse aceito pela comunidade.
Na disputa, venceram os sunitas que elegeram Abu Bakr, um antigo amigo do
Profeta, que passou a utilizar o título de Khalifa, palavra que combina a ideia de sucessor e
representante do Profeta. Naturalmente os xiitas protestaram, pois argumentavam que o
sucessor legítimo era Ali ibn Abi Talib. Antes de morrer, no ano de 634, Abu Bakr apontou
como seu sucessor Umar ibn Al-Khatab, que durante o seu governo expandiu o islã por
grande parte do mundo antigo.
A Religião estruturada por Maomé e seus seguidores tem como centro cinco
obrigações que se consolidaram nos pilares que sustentam o islamismo.
45
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
O primeiro pilar é a profissão de fé, o credo, que
afirma: “não há outro Deus senão Alá e Maomé é seu
profeta”; o segundo é a oração, proferida cinco vezes ao
dia; o terceiro é a caridade, que se centra em uma taxa
derivada das riquezas adquiridas; o quarto é a
peregrinação a Meca, que deve ser realizada pelo
mulçumano adulto, pelo menos uma vez durante a vida; e
por fim o jejum, realizado no mês do Ramadan, que
consiste na abstenção de alguns elementos que causam
Profeta Maomé
prazer. Fonte: http://migre.me/iTohB
Festividades Significado
46
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
de comida e bebida durante o dia.
Dicas de aprofundamento
47
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
UNIDADE 4
De acordo com Gaarder (2001), Jesus nasceu antes da morte do Rei Herodes,
provavelmente por volta do ano 749 da era romana. Era um Judeu, “e na época de sua
juventude o reino judaico estava sobre o controle direto de um oficial do Império romano”.
De acordo com Gaarder (2001), ao se tornar adulto, “Jesus se tornou um profeta itinerante,
baseando suas ideias nas escrituras judaicas”, porém sua perspectiva ensejava uma nova
doutrina, que ia além das escrituras judias.
Como consequência da sua atividade profética, Crucificação ou crucifixão foi um
método de execução cruel utilizado
Jesus foi perseguido e condenado a morte no ano 29 na Antiguidade e comum tanto
em Roma quanto em Cartago.
ou 30. Seu sentenciador foi o alto funcionário romano,
Abolido no século IV,
chamado Pôncio Pilatos, que o mandou executar por Constantino, consistia em
torturar o condenado e obrigá-lo a
mediante a pena de crucificação (GAARDE, 2001, p. levar até o local do suplício a barra
horizontal da cruz, onde já se
154). A acusação que pesou sobre Jesus, foi a de que
encontrava a parte vertical cravada
ele se considerava Deus. Entretanto, Gaarde (2001) no chão. De braços abertos, o
condenado era pregado na madeira
aponta que o fato preponderante que levou Pilatos a pelos pulsos e pelos pés e morria,
sentenciar Jesus foi de ordem política, isto é, Jesus depois de horas de exaustão, [o
condenado morria] por asfixia e
comprometeu a estabilidade da dominação Romana parada cardíaca (a cabeça pendida
sobre o peito dificultava sobremodo
em Israel. Por quê? a respiração) (ENCICLOPÉDIA
Porque a pregação de Jesus atraia muita gente BARSA, 1994, p. 111).
Para os Romanos, Jesus era uma ameaça política; para os Judeus, era
um herege que se dizia igual a Deus, e para os seus seguidores, Jesus era o
Filho de Deus que se fez Homem, para salvar os homens.
49
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
4.3 Profissão de Fé
Fonte: http://migre.me/iYE6Q
50
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
CONCÍLIOS QUE DEFINIRAM A FÉ EM JESUS CRISTO
Concílios Heresias
Concílio de Nicéia: No ano de 325, sob o Heresia Ariana: Os arianos surgiram no
pontificado de Silvestre I, o imperador século IV com Ário, que ensinava que o Filho
Constantino convocou o Concílio de Nicéia do era criatura de Deus Pai, foi criado e não
qual participaram 330 bispos, e presidiu-o gerado, e que tinha sua natureza diferente da
Ósio, bispo conselheiro de Constantino. do Pai. O Criador era entendido como uma
Diante da heresia Ariana, o Concílio definiu a entidade angélica que poderia ser chamado de
divindade de Jesus, que é consubstancial ao Deus apenas num sentido impróprio.
Pai, da mesma substância, exprimindo a Negavam a consubstancialidade do Filho com o
igualdade entre o Pai e o Filho, enquanto Pai.
ambos são o único e mesmo Deus. Definiu-se
que o Filho é gerado e único, da mesma
substância do Pai, não foi criado, é ingênito e
Ele mesmo se encarnou e se fez homem, Ele
mesmo sofreu, morreu e ressuscitou ao
terceiro dia, subiu ao céu e virá como juiz dos
vivos e dos mortos.
Concílio de Éfeso: O Concílio de Éfeso foi Heresia Nestoriana: Esta heresia teve como
convocado no ano de 431, sob o pontificado seus expoentes principais Diodoro de Tarso e
de Celestino I, para redimir o problema Teodoro de Mopsuéstia; eles afirmavam que
suscitado pela heresia Nestoriana. Nestório em Cristo havia uma dupla personalidade: a do
era patriarca de Constantinopla e “proibiu o homem e a do Verbo, que estavam unidas, de
culto a Maria ‘Mãe de Deus’, afirmando que modo que diziam que o Verbo habitava em
ela foi mãe só de Cristo enquanto homem” Jesus. Nestório via em Cristo uma pessoa
(GONZALES, 1992, p. 279). Com isto Nestório humana unida à pessoa divina do Filho de
negava a divindade de Jesus. Contra esta Deus, sendo assim diz que Maria não é a mãe
heresia o Concílio declarou Maria como Mãe de Deus [Theotókos], mas simplesmente mãe
de Deus e falou de uma misteriosa união das do homem Jesus [Cristotókos].
duas naturezas em Cristo, posteriormente
chamada de união hipostática. O Concílio
definiu que em Jesus, Deus assumiu
realmente uma carne humana, de modo que
a relação entre Deus e Jesus é real no sentido
de que Deus assumiu a humanidade sem
excluir de modo algum a divindade.
Concílio de Calcedônia: No ano de 451, Heresia Monofisista: Surgiu com Eutiques,
sendo Papa Leão I, o imperador Marciano monge em Constantinopla. Afirmava as duas
convocou o Concílio de Calcedônia para bem naturezas de Cristo antes da encarnação,
definir a doutrina sobre quem de fato é Jesus porém quando encarnado dizia que em Cristo
para a Igreja, e combater a heresia preponderava apenas a natureza divina, de
Monofisista de Eutiques, que dizia que em modo que a humanidade de Jesus, após a
Jesus havia apenas a natureza divina, pois a encarnação, ficou dissolvida na sua divindade.
humana havia ficado dissolvida na sua
divindade. Contra isso, o Concílio de
Calcedônia definiu a existência de duas
naturezas em Cristo, perfeitamente Deus e
perfeitamente homem, duas naturezas
inequívocas não mescladas, “divina e
humana, sem confusão, sem divisão e nem
separação” (GONZÁLES, 1992, p. 279).
Concílio de Constantinopla III: Em 681 a Heresia Monotelista: Heresia propagada
Igreja convocou o Concílio de Constantinopla pelo patriarca Sérgio de Constantinopla e
III, sob a orientação do Papa Agatão e foi alguns bispos que não aceitaram o Concílio de
presidido pelo imperador Constantino IV, para Calcedônia. Na tentativa de reconciliar os
51
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
pôr fim a heresia monotelista. Contra os bispos monofisitas, o Patriarca Sérgio propôs
hereges o Concílio ensinou que Cristo quis a uma fórmula que pretensamente poderia
nossa salvação com suas duas vontades agradar a todos: “Jesus Cristo tem em si duas
naturais, e definiu que a vontade humana de naturezas; mas atua com uma só vontade, a
Cristo está em plena conformidade com a divina”.
divina, que há uma única pessoa, duas
naturezas e duas vontades. A intenção latente
deste Concílio “era de salvaguardar a plena e
explícita vontade humana de Jesus, que era
precisamente o que desprezavam os
monofisistas” (GONZÁLES, 1992, p. 310).
52
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
ALGUMAS DIVISÕES NO PRIMEIRO MILÊNIO CRISTÃO
“Proclamou a independência de
qualquer autoridade exterior e
Igreja Oriental da Pérsia 424 d. C
afirmou sua lealdade ao império
persa” (BARROS, 1995, p. 77).
Dica de aprofundamento
53
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
desentendimentos “duraram séculos e acabaram provocando uma excomunhão mútua entre
a Igreja de Roma e a de Constantinopla, junto com todas as Igrejas ortodoxas do Oriente a
ela ligadas. [...] A partir daí o cristianismo do Oriente seguiu um caminho, e o do Ocidente
outro” (BARROS, 1995, p. 78).
Dica de aprofundamento
Dica de aprofundamento
54
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
4.4.1.2 Igrejas da Reforma
a) A Igreja Anglicana: No ano de 1530, o Rei Henrique VIII rompeu com o Papa e
se autoproclamou chefe da Igreja Inglesa. A partir de então, o soberano da Inglaterra
tornou-se o chefe da Igreja Anglicana. De acordo com Wilkinson (2011) “inicialmente a
Igreja Anglicana manteve muitas características do catolicismo, inclusive a estrutura de
bispos e padres e grande parte do ritual” (WILKINSON, 2011, p. 110). Contudo, com o
passar do tempo “sofreu a influência dos reformadores protestantes” (WILKINSON, 2011, p.
110), a tal ponto de perder diversas características católicas. Vale ressaltar que,
inicialmente, a Igreja Anglicana surgiu por disputas políticas entre o Vaticano e a Inglaterra,
não estando tais questões diretamente ligadas às ideias protestantes. Contudo, dado as
circunstancias da época, rapidamente a corrente protestante penetrou no seio do
anglicanismo.
56
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
dividiram ao invés de buscarem a solução para os diversos problemas existentes nas
comunidades.
57
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
REFERÊNCIAS
BERGER, Peter. O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião.
Tradução de José Carlos Barcellos. São Paulo: Paulinas, 1985.
BOURDIEU, Pierre. A Economia das trocas simbólicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva,
1998.
GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O Livro das Religiões. Tradução
de Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia de Letras, 2000.
HARLEY, David. O Povo eleito: Judaísmo. In. VV. AA. As Religiões do Mundo: do
primitivismo ao século XX. São Paulo: Melhoramentos, 1996.
JOMIER. Jacques. Islamismo: História e doutrina. Trad. Luiz João Baraúna. Petrópolis:
Vozes, 1992.
KEPEL, Gilles. La revancha de Dios. Salamanca: Anaya & Mario Muchnik, 1995.
KERR, David. O Culto do Islão. As Religiões do Mundo: do primitivismo ao século XX. São
Paulo: Melhoramentos, 1996.
58
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
O’DEA, Thomas F. Sociologia da religião. Tradução de Dante Moreira Leite. São Paulo:
Pioneira, 1969.
ROCHER, Guy. Sociologia Geral 1. Tradução de Ana Ravara. Lisboa: Editorial Presença,
1971.
SAMUEL, Albert. As Religiões Hoje. Tradução de Benôni Lemos. São Paulo: Paulus, 1997.
SIQUEIRA, Deis. Novas religiosidades, estilo de vida e sincretismo religioso. In: SIQUEIRA,
Deis; LIMA, Ricardo Barbosa de (Orgs.). Sociologia das adesões: novas religiosidades e a
busca místico-esotérica na capital do Brasil. Rio de Janeiro: Vieira e Garamond, 2003.
[2003a]
WACH, Joachim. Sociologia da religião. Tradução de Atílio Cancian. São Paulo: Paulinas,
1990.
WATT, Montgomery. Islã: O caminho do Profeta. In. VV. AA. As Religiões do Mundo: do
primitivismo ao século XX. São Paulo: Melhoramentos, 1996.
WILGES, Irineu. Cultura Religiosa: as religiões no mundo. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
1989.
WILKINSON, Philip. Religiões: guia ilustrado Zahar. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
59
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
EXERCÍCIOS E ATIVIDADES
EXERCÍCIO 1
60
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
de espécie alguma.
a) Apenas os enunciados I e II estão corretos.
b) Apenas os enunciados I e III estão corretos.
c) Apenas os enunciados III e II estão corretos.
d) Todos os enunciados estão corretos.
ATIVIDADE 1.1
EXERCÍCIO 2
61
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
II. Na antiguidade, o culto budista era feito com a veneração de relíquias de Buda ou de
outras pessoas santas.
III. A maior festa religiosa do Budismo, é a que comemora o aniversário de Buda, e ocorre
em abril ou maio, na lua cheia.
a) Apenas os enunciados II e III estão corretos.
b) Apenas os enunciados I e III estão corretos.
c) Apenas os enunciados I e II estão corretos.
d) Todos os enunciados estão corretos.
Faça uma pesquisa sobre encontros mundiais entre as religiões, pela promoção da
cultura da paz, destaque a participação da Igreja Católica. Escreva um texto (máximo 15
linhas) sobre o assunto.
Uma dica são os eventos promovidos pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI); as Jornadas
de Oração pela Paz; etc.
ATIVIDADE 3.1
EXERCÍCIO 3
63
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Pai, não foi criado e, sim gerado, e que tinha sua natureza igual à do Pai.
b) A heresia nestoriana afirmava que em Cristo havia uma dupla personalidade: a do homem
e a do Verbo, que estavam unidas, de modo que diziam que o Verbo habitava em Jesus.
c) A heresia monofisista afirmava as duas naturezas de Cristo antes da encarnação, porém,
quando encarnado dizia que em Cristo preponderava apenas a natureza divina, de modo que
a humanidade de Jesus, após a encarnação, ficou dissolvida na sua divindade.
d) A heresia monotelista promulgava que Jesus Cristo tem em si duas naturezas; mas atua
com uma só vontade, a divina”.
e) A palavra dogma designa em seu sentido literal doutrina.
ATIVIDADE 4.1
A partir das questões apresentadas pelo site do Patriarcado Ecumênico de Buenos Aires,
elabore um texto comentando a organização da Igreja Ortodoxa e suas diferenças com a
Igreja Católica Romana. Acesse: <encurtador.com.br/jCGOU>. Acesso em: 19 maio 2022.
64
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335