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Lógica II
(4 créditos – 80 horas)
Autor:
Elvézio Scampini Junior Flores
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do seu
curso.
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Objetivo Geral
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 84
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 85
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Avaliação
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FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SEUS EXERCÍCIOS
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BOAS VINDAS
Prezados acadêmicos, quero dar as boas vindas, espero que tenhamos um bom
convívio durante este semestre de aula e que possamos juntos construir laços de empatia
de modo a que nos sintamos extremamente à vontade para expor opiniões, dúvidas,
questionamentos, angústias, etc...
Da minha parte, farei o possível para colaborar no aprendizado e na formação de
cada um de vocês, com esse objetivo foram elaboradas várias aulas audiovisuais nesta
disciplina, material este que irá ajudar e muito no bom entendimento e na compreensão
de todo o conteúdo.
Há duas vantagens principais conferidas pelo estudo da lógica:
Primeiro, o indivíduo com conhecimento de lógica tem mais facilidade em organizar
e apresentar suas ideias. Ele distingue entre o essencial e o não essencial, usando
raciocínio claro e coerente para transmitir suas conclusões às outras pessoas.
Segundo, a lógica facilita a análise das ideias apresentadas por outros. O não
iniciado frequentemente se perde em argumentos complexos e, mesmo em casos mais
simples, confunde as premissas e as conclusões, rejeitando ou aceitando argumentos
através de reações não bem refletidas.
Se possível, conto com a colaboração de vocês no que diz respeito ao
acompanhamento da disciplina, isto é, não deixem para estudar todo o conteúdo de
última hora, mas procurem, sim, estar encaminhando os exercícios nos prazos
estabelecidos, isso será de grande importância para um bom desempenho e um resultado
excelente ao final do semestre.
Atenciosamente,
Prof. Elvézio
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Pré-teste
1. Para fazer uma viagem Rio de Janeiro – São Paulo – Rio de Janeiro, é possível
usar como meio de transporte trem, ônibus ou avião. De quantos modos diferentes
é possível escolher os meios de transporte se não se deseja usar na volta o mesmo
meio de transporte utilizado na ida.
a) 3
b) 5
c) 6
d) 9
4. Você é o professor de cinco alunos e eles colocam-se a sua frente para receber
uma série de exercícios. Tente nomeá-los, da esquerda para a direita, de acordo
com as informações:
1) Amauri está entre Marcelo e Lucas;
2) Geraldo está à esquerda de Jeferson;
3) Marcelo não está ao lado de Geraldo;
4) Geraldo não está ao lado de Jeferson.
A sequência correta é:
a) Geraldo, Lucas, Marcelo, Amauri e Jeferson.
b) Marcelo, Jeferson, Amauri, Lucas, Geraldo.
c) Geraldo, Jeferson, Lucas, Amauri, Marcelo.
d) Lucas, Geraldo, Amauri, Jeferson, Marcelo.
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6. Movendo-se palito(s) de fósforo na figura I, é possível transformá-la na figura
II, o menor número de palitos de fósforo que deve ser movido para fazer tal
transformação é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
7. O casal Silva tem vários filhos. Cada filha tem o mesmo número de irmãos e
irmãs, e cada filho tem duas vezes mais irmãs do que irmãos. Quantos filhos e
filhas há na família?
a) 12
b) 10
c) 9
d) 7
10. Em um certo verão, uma fábrica de sorvetes realizou uma promoção que previa
a troca de dez palitos de sorvete por um sorvete de palito. Nessa promoção, um
palito de sorvete corresponde a que fração do preço de um sorvete?
a) 1/9
b) 1/10
c) 1/11
d) 2/10
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INTRODUÇÃO
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Ver site: http://www.anpad.org.br/.
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UNIDADE 1
Iniciaremos este texto com uma breve citação de um dos matemáticos que deu
significado ao estudo da Lógica.
Segundo Polya (1944):
Em primeiro lugar, lógica não é psicologia, no que diz respeito a ensinar como pensar.
Ela não descreve o que as pessoas pensam, ou como uma pessoa chega a uma determinada
conclusão, o que ela faz é sugerir uma linha de pensamento de modo a colaborar a raciocinar
corretamente, sugerindo etapas lógicas que facilitam a determinação de uma resposta, deste
modo ela sugere caminhos que uma pessoa deve seguir para alcançar conclusões corretas.
A lógica se relaciona com todo pensamento; ela é fundamental para todas as áreas e
qualquer formação, e isso não inclui apenas a matemática, mas pode auxiliar em qualquer
disciplina relacionada à filosofia, engenharia, direito, contabilidade, administração, entre
outras.
O estudo da lógica interessa a todos. No dia a dia, vivemos constantemente
argumentando, ora tentando convencer os outros de nossas conclusões, ora sendo levados a
concordar com nossos interlocutores.
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1.1.2 Método Dedutivo
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Alguns romances policiais publicados pelo autor:
Um estudo em vermelho, 1887.
O signo dos quatro, 1890.
O cão dos Baskervilles, 1902.
O vale do Terror, 1915.
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Sugiro assistir a alguns filmes envolvendo o personagem Sherlock Holmes, tais como:
O enigma da pirâmide de 1985
Sherlock Holmes de 2009
Sherlock Holmes – O jogo de sombras de 2011
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Se nos mantivermos atentos, por exemplo, unicamente às mensagens publicitárias que
enchem as ruas e invadem nossas casas, já teremos muitas oportunidades para exercícios de
raciocínio lógico.
Quer ver? A história abaixo confirma essa necessidade.
Problema Motivacional:
Segundo a tradição da tribo logicaetês, ao atingirem a idade adequada para o
casamento, os homens devem submeter-se a uma prova de competência lógica. Somente os
que superam este obstáculo têm permissão para casar-se. A prova é sempre decisiva: vencê-la
é a certeza da glória; perdê-la significa o fim das esperanças.
Totelesáris, um jovem índio desta tribo, caiu de amores pela bela Masófis. Desejando
casar-se com ela, viu chegar a sua vez de enfrentar a prova pré-nupcial. A ele foi proposto o
seguinte desafio:
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Baseado na resposta de um desses guardas, Totelesáris deverá decidir-se por uma das
cabanas. Como ele deve proceder para não ser devorado pelos jacarés? Que pergunta ele
deve fazer a um dos índios para ter certeza de que cairá nos braços de Masófis? Parece que
não há mesmo saída, não é mesmo? No entanto, você pode estar certo de que é possível
encontrar a cabana de Masófis fazendo uma só pergunta a um dos guardas, mesmo sem
saber se este guarda diz a verdade ou mente. Vamos raciocinar juntos e ajudar Totelesáris a
se livrar dos dentes dos jacarés.
Comecemos chamando de M o índio mentiroso e de V o índio que só diz a verdade. Se
perguntássemos a qualquer um deles: “Em que cabana se encontra Masófis? M mentiria
indicando a caba errada e V indicaria a cabana certa. Mas como descobrir quem está falando a
verdade? Por esse caminho não chegaremos a nenhuma conclusão, afinal não sabemos
distinguir o índio que mente do índio que só fala a verdade.
E se fizéssemos a seguinte pergunta a cada um deles: “Se eu perguntasse ao seu
colega qual a cabana de Masófis, o que ele responderia?” Vamos ver a resposta de cada um:
1.º) Se a pergunta fosse feita ao mentiroso: Como V indicaria corretamente a cabana de
Masófis, M mentiria dizendo que V indicou a cabana dos jacarés, deste modo a cabana
indicada seria a dos jacarés.
2.º) Se a pergunta fosse feita ao guarda que só diz a verdade: Como M mentiria, indicando a
cabana dos jacarés, V responderia a verdade, indicando a mesma cabana apontada pelo
mentiroso, a dos jacarés, afinal V não pode mentir, então manteria a versão mentirosa de
M.
Ora, vejam só! Fazendo essa pergunta a qualquer um dos guardas, obteremos sempre
uma única indicação: a cabana dos jacarés.
É lógico, então, que Totelesáris deverá entrar na outra cabana para encontrar sua
Masófis. Este desafio, então, já foi vencido. Veja que usando o raciocínio lógico poupamos
Totelesáris de ser devorado pelos jacarés.
Mas, e se o desafio fosse descobrir qual dos índios sempre mente e qual deles sempre
diz a verdade, que pergunta deveria ser feita?
Utilizando a mesma linha de raciocínio, Totelesáris poderia fazer a seguinte pergunta a
qualquer um dos índios: “Se eu perguntasse para o seu colega se ele fala a verdade, ele
responderia que sim ou que não”? Vamos ver a resposta de cada um:
1.º) Se a pergunta fosse feita ao mentiroso: Como V responderia que sim, eu falo a
verdade, M responderia o contrário, ou seja, ele mentiria dizendo que V responderia que
NÃO.
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2.º) Se a pergunta fosse feita ao guarda que só diz a verdade: Como M mentiria,
respondendo que sim, eu falo a verdade, ou seja, o contrário de sua realidade, V responderia
exatamente a mesma resposta que recebeu, pois dizendo a verdade, ele deve dizer o que
ouviu, respondendo, portanto, que SIM.
Deste modo, Totelesáris saberia que se a resposta fosse NÃO, então o índio na qual a
pergunta foi feita é o mentiroso, entretanto, se a resposta fosse SIM, esse índio seria aquele
que fala a verdade.
1.2 Metodologia
ATENÇÃO!
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Exemplo 1: Confusão com os professores
Ramirez aprontou uma baita confusão: trocou as caixas
de giz e as papeletas de aulas dos professores: Júlio, Márcio e
Roberto. Cada um deles ficou com a caixa de giz de um segundo
e com a papeleta de aulas de um terceiro. O que ficou com a
caixa de giz do professor Márcio está com a papeleta de aulas do
professor Júlio. Portanto:
a) Quem está com a papeleta de aulas do Roberto é o Márcio.
b) Quem está com a caixa de giz do Márcio é o Júlio.
c) Quem está com a papeleta de aulas do Márcio é o Roberto.
d) Quem está com a caixa de giz do Júlio é o Roberto.
e) O que ficou com a caixa de giz do Júlio está com a papeleta de aulas do Márcio.
Solução: Neste tipo de problema, em que cada informação está sendo subdividida,
aconselha-se a montagem de uma tabela para se ter uma visão melhor dos dados fornecidos
no enunciado. Veja:
Lembre-se que Ramirez aprontou uma baita confusão trocando as caixas de giz e as
papeletas de aulas dos professores, ficando cada um deles com a caixa de giz de um segundo
e com a papeleta de aulas de um terceiro, logo nenhum deles possui um objeto próprio. O
enunciado ainda informa que o que ficou com a caixa de giz do professor Márcio está com a
papeleta de aulas do professor Júlio; então se faça a seguinte pergunta: Qual é o único
professor que poderia ter ficado com este material, ou seja, ter ficado com algo de Márcio e
de Roberto? Acertou quem respondeu: Roberto.
Vamos então inserir este dado na tabela:
Pensando no material que está com o professor Júlio, podemos deduzir que não é a
caixa de giz do professor Márcio, afinal este material está com o Roberto. D este modo, como
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Júlio deve ter em mãos algo do Márcio, este só pode ser suas papeletas de aula, assim sendo,
como Júlio também deve ter algo do Roberto, este só poderia ser sua caixa de giz.
Vamos então inserir este dado na tabela:
Por dedução, Márcio só poderia ter ficado com a caixa de giz do Júlio, afinal é a única
caixa de giz que ainda não foi descoberta; e a papeletas de aula do Roberto, pelo mesmo
motivo.
Deste modo, podemos finalizar nossa tabela:
NOME CAIXA DE GIZ PAPELETAS DE AULA
JÚLIO ROBERTO MÁRCIO
MÁRCIO JÚLIO ROBERTO
ROBERTO MÁRCIO JÚLIO
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para morrer. Ficaria com a consciência tranquila. Ou você pegaria o médico, porque ele salvou
sua vida no passado, e esta seria a chance perfeita para retribuir este favor. No entanto, você
ainda poderia saldar esta dívida em outra ocasião, mas talvez não pudesse encontrar mais o
amor da sua vida se deixasse passar essa chance. Observe quantas variáveis estão presentes
nesta decisão.
Solução: A melhor alternativa frente a este problema é:
"Entregar a chave do carro para o médico, deixá-lo levar a velha senhora para o
hospital e ficar esperando pelo ônibus com a pessoa dos meus sonhos".
Problema 2: E para ter a certeza de que tirou um par (esquerda e direita) da mesma cor?
Solução: Esse problema envolve uma teoria denominada Princípio da Casa dos Pombos4
(PCP).
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Retirado do site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_casa_dos_pombos. O Princípio
do Pombal ou Princípio da Casa dos Pombos (PCP) é a afirmação de que se n pombos devem ser
postos em m casas, e se n > m, isto é, se houver mais pombos do que casas, então pelo menos uma
casa irá conter mais de um pombo. Matematicamente falando, isto quer dizer que se o número de
elementos de um conjunto finito A é maior do que o número de elementos de outro conjunto B, então
uma função de A em B não pode ser injetiva. É também conhecido como Teorema de
Dirichlet ou Princípio das Gavetas de Dirichlet, pois se supõe que o primeiro relato deste princípio
foi feito por Dirichlet em 1834, com o nome de Schubfachprinzip ("Princípio das Gavetas"). O Princípio
do Pombal é um exemplo de um argumento de calcular que pode ser aplicado em muitos problemas
formais, incluindo aqueles que envolvem um conjunto infinito. Embora se trate de uma evidência
extremamente elementar, o princípio é útil para resolver problemas que, pelo menos à primeira vista,
não são imediatos. Para aplicá-lo, devemos identificar, na situação dada, quem faz o papel dos objetos
(pombos) e quem faz o papel das gavetas (casas).
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Para ter a certeza de que você tirou dois sapatos da mesma cor são necessárias cinco
retiradas. Note que se você tirar até quatro sapatos, nada garante que você já tirou dois
sapatos da mesma cor, pois os quatro sapatos poderiam ter cores diferentes, entretanto, se
você retirar mais um sapato, certamente ele será de alguma cor que já apareceu
anteriormente, logo a resposta é cinco. A quinta cor
terá que combinar com uma das quatro já retiradas.
Aplicando o PCP, note que há quatro cores
diferentes, isto é, 4 casas, então para se ter a certeza
de que pelo menos uma casa irá conter mais de um
pombo, devemos ter no mínimo 5 pombos, ou seja,
cinco sapatos.
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Exemplo 4: Floresta com um milhão de árvores
Uma floresta tem um milhão de árvores. Nenhuma das árvores tem mais de 300 mil
folhas em sua copa. Pode-se afirmar que:
a) Certamente existem árvores com copas de mesmo total de folhas nessa floresta.
b) Somente por acaso haverá árvores com copas de igual total de folhas na floresta.
c) Certamente existem árvores com menos de 300 mil folhas em sua copa.
d) O número médio de folhas nas copas é de 150 mil.
e) Nada do que foi dito pode ser concluído dos dados apresentados.
Solução: A resposta correta é a alternativa A.
Vamos tentar imaginar uma floresta sem ter árvores de igual número de folhas, ou
seja, árvores com copas de diferentes totais de
folhas.
Teremos então 300.001 tipos diferentes
de copas de árvore: uma copa nula (sem
nenhuma folha), outra só com 1 folha, outra
com 2 folhas, ..., outra com 299.999 folhas e,
finalmente, uma com 300.000 folhas (limite
apresentado pelo enunciado). Note que foram
descritas todas as possibilidades de 0 a 300.000
folhas.
Para até 300.001 árvores poderemos encontrar copas distintas. Se considerarmos uma
árvore além dessas, ela só poderá ter uma das seguintes copas: com 0 folha, ou com 1 folha,
ou com 2 folhas, ou ... com 300.000 folhas. A repetição é inevitável! Teremos, assim, pelo
menos 1.000.000 – 300.001 = 699.999 árvores com copas que repetem o número de folhas
de outras árvores, obrigatoriamente.
Por isso a resposta é a alternativa (a) Certamente existem árvores com copas de
mesmo total de folhas nessa floresta.
Uma resposta muito comum é a (c), que seria errada. O engano que leva tantas
respostas para uma alternativa errada é o de considerar que "nenhuma das árvores tem mais
de 300 mil folhas em sua copa" leva à conclusão de que "certamente existem árvores com
menos de 300 mil folhas em sua copa". Na verdade, se todas as copas tivessem 300 mil
folhas, elas estariam dentro da condição proposta pelo enunciado (mesmo que essa ocorrência
fosse muito improvável, ainda assim é possível, por isso ela deve ser considerada.).
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Esse problema também envolve o Princípio da Casa dos Pombos: (PCP) se tivermos
mais pombos do que casas para abrigá-los, algumas casas terão necessariamente de ser
compartilhadas por mais de um pombo.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
para, em seguida, analisarmos cada uma das condições:
0 1 2 4 7 9
0 1 2 4 7 9
3ª condição: Tem dois algarismos em comum com 3.940. Nos dois números, esses algarismos
ocupam as mesmas posições.
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Lembrando que os algarismos: 9 e 4 já pertencem ao número pensado, e nesta
informação só há 2 algarismos em comum, então, podemos deduzir que os outros dois
algarismos: 3 e 0 não pertencem ao número pensado, deste modo, podemos eliminá-los:
1 2 4 7 9
Essa condição também informa que os dois algarismos comuns ocupam as mesmas
posições, logo o algarismo 9 ocupa a casa das centenas (como em 3.940) e o 4 ocupa o das
dezenas (como em 3.940). Não sabemos ainda que posição ocupa o algarismo 1, (outro
algarismo comum já descoberto anteriormente). Para o último algarismo, restam apenas duas
opções: 2 ou 7.
1 2 4 (dezena) 7 9 (centena)
4ª condição: Tem um só algarismo em comum com 7.831, mas a posição do algarismo comum
nos dois números é diferente.
Já sabíamos que o algarismo 1 era comum, e como nesta informação há apenas um
algarismo em comum, então só pode ser o 1. Deste modo, podemos descartar o algarismo 7,
caso contrário haveria dois algarismos em comum. Sobraram então:
1 2 4 (dezena) 9 (centena)
A condição ainda informa que a posição do algarismo comum nos dois números é
diferente, logo o algarismo 1 não pode ser a unidade (como em 7.831), sendo, portanto, o
algarismo do milhar.
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Primeiro Carlos olha o número na carta da esquerda e diz: "Não tenho informações
suficientes para determinar os outros dois números." Em seguida, Tomás olha o número na
carta da direita e diz: "Não tenho informações suficientes para determinar os outros dois
números." Por fim, Samuel olha o número na carta do meio e diz: "Não tenho informações
suficientes para determinar os outros dois números." Sabendo que cada um deles sabe que os
outros dois são inteligentes e escuta os comentários dos outros, qual é o número da carta do
meio?
Solução: Escrevendo todas as combinações possíveis que contemplam as condições do
problema, ou seja, números inteiros diferentes que somam 13 e estão em ordem crescente da
esquerda para a direita, temos:
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Tomás, quando ergueu a carta da direita, poderia ter visto ou o 6 ou o 7 ou o 8 ou o 9
ou o 10, entretanto, a reação dele foi de afirmar que: “Não tenho informações suficientes para
determinar os outros dois números”, isso significa que ele só poderia ter visto os algarismos 7
ou 8, já que com o algarismo 7 há duas opções: (1, 5, 7) e (2, 4, 7) e com o algarismo 8
também há duas opções: (1, 4, 8) e (2, 3, 8), que obviamente gerariam dúvidas.
Podemos, então, eliminar as opções: (1, 2, 10), (1, 3, 9), (2, 5, 6), isso porque
estes são os únicos casos em que a carta da direita não se repete e se Tomás tivesse visto o
10 ou o 9 ou o 6, ele teria respondido: “Já sei os números das três cartas”, deste modo, ele
não expressaria dúvidas.
As opções do momento são:
(1, 4, 8) Soma = 13, ordem crescente
(1, 5, 7) Soma = 13, ordem crescente
(2, 3, 8) Soma = 13, ordem crescente
(2, 4, 7) Soma = 13, ordem crescente
Samuel, ao levantar a carta do meio, poderia ter visto ou o 3 ou o 4 ou o 5, entretanto,
a reação dele foi de afirmar que: “Não tenho informações suficientes para determinar os
outros dois números”, isso significa que ele só poderia ter visto o algarismo 4, já que com o
algarismo 4 há duas opções: (1, 4, 8) e (2, 4, 7), que obviamente gerariam dúvidas.
Podemos, então, eliminar as opções: (1, 5, 7) e (2, 3, 8), isso porque estes são os
únicos casos em que a carta do meio não se repete e se Tomás tivesse visto o 5 ou o 3, ele
teria respondido: “Já sei os números das três cartas”, deste modo, ele não expressaria
dúvidas.
As duas únicas opções que restaram são:
Como o problema pergunta qual é a carta do meio e a carta do meio nos dois casos é a
mesma, podemos afirmar que é quatro.
Vale ressaltar que se o problema tivesse perguntado os algarismos das três cartas, não
teria sido possível apresentar uma única resposta.
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ATENÇÃO!
O objetivo dos exercícios a seguir é que você treine o seu raciocínio sem ser avaliado,
apenas como treinamento para habilitar você a fazer corretamente os exercícios pontuados,
que serão sim avaliadas.
A metodologia sugerida para os exercícios propostos é:
- caso você não tenha conseguido chegar à resposta correta na primeira tentativa, volte ao
enunciado do exercício e tente uma nova estratégia;
- se após a segunda tentativa, você ainda não tiver encontrado à resposta correta, esta
aparecerá automaticamente para você.
Verdade significa aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que
é verdadeiro, é a ausência da mentira. Verdade é também a afirmação do que é correto,
do que é seguramente o certo e está dentro da realidade apresentada.
Mentira é a afirmação de algo que se sabe ou suspeita ser falso; não contar a
verdade ou negar o conhecimento sobre alguma coisa que é verdadeira. A mentira é o ato de
mentir, enganar, iludir ou ludibriar.
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O termo "mentira" é utilizado como uma oposição ao que é verdade, ou seja, a mentira
é o antônimo da verdade.
Nos problemas lógicos que envolvem uma mentira, o significado é exatamente este,
quando uma afirmação é assumida como mentira ou falsa, significa que o seu
oposto pode ser considerado como uma verdade.
Uma metodologia que pode ser aplicada para resolver problemas deste contexto é a
realização de hipóteses, neste caso, você levanta uma hipótese de que uma determinada
afirmação é verdadeira (ou falsa) ou de que um determinado personagem é inocente (ou
culpado) e analisa os demais dados do problema procurando manter esta hipótese válida. Vão
ocorrer duas possibilidades:
1ª Possibilidade: Você se depara com uma contradição, que pode surgir de duas formas: um
resultado que anula a sua hipótese original; ou a determinação de mais de uma resposta.
Neste caso, se anula a hipótese original e se cria uma nova hipótese para o problema.
Problema Motivacional:
Um Sheike testando os conhecimentos do Homem que calculava informou-lhe que
comprara, de um mercador, 5 lindas escravas, duas com olhos negros e três com olhos azuis.
Informou que as escravas de olhos negros sempre dizem a verdade, e que as escravas de
olhos azuis nunca dizem a verdade. As escravas foram introduzidas no salão, com um véu que
impedia completamente a percepção da cor de seus olhos.
- Somente poderás interrogar três das cinco escravas, com uma única pergunta a cada uma
destas, disse o Sheike. Com o auxílio das três respostas obtidas, o problema deverá ser
solucionado, com rigorosa justificativa lógica. As perguntas devem ser de tal natureza que só
as próprias escravas possam respondê-las, com perfeito conhecimento.
Após certa meditação, o Homem que calculava perguntou à primeira escrava:
- De que cor são teus olhos?
A interpelada respondeu num dialeto, que ninguém compreendeu.
Em seguida perguntou à segunda:
- Dize-me em minha língua, o que tua colega respondeu?
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- Os meus olhos são azuis.
A sua última pergunta se destinou à terceira escrava:
- Dize-me em minha língua, de que cor são os olhos dessas duas jovens que acabo de
interrogar?
- A primeira tem os olhos negros, e a segunda olhos azuis – respondeu a escrava.
Então, o Homem que calculava, solenemente, disse:
- A primeira tem olhos negros, a segunda olhos azuis e a terceira olhos negros, por
eliminação, as duas últimas possuem olhos azuis.
Levantados os véus, para espanto de todos, a resposta estava rigorosamente correta!!
Interpelado pelo Sheike como ele havia conseguido tal proeza, respondeu:
- Com certeza a primeira escrava me responderia que seus olhos são negros, pois se
realmente fossem negros, diria a verdade proclamando que são negros, mas se fossem azuis,
mentiria dizendo que são negros, logo não me preocupei com sua resposta e por este motivo
não me importei dela ter respondido em seu próprio dialeto.
Como a segunda escrava respondeu que a primeira dissera ter olhos azuis, isto a
caracterizou como mentirosa, pois se fosse uma escrava que só fala a verdade responderia
que a primeira dissera ter olhos negros, consequentemente, os olhos da segunda escrava são
azuis, afinal só as escravas de olhos azuis mentem. Assim, descobri a cor dos olhos da
segunda escrava, mas ainda não sabia a cor dos olhos da primeira escrava.
A partir da resposta da terceira escrava, que dissera que a primeira tinha os olhos
negros e a segunda, olhos azuis, pude concluir que esta falava a verdade, afinal, sua resposta
referente à segunda escrava confirma o que eu já deduzira anteriormente, que a segunda
possui olhos azuis. Assim sendo, a terceira disse a verdade, logo seus olhos eram negros e,
por sua afirmação, pude concluir que os olhos da primeira também eram negros, afinal,
dizendo a verdade, eu devo acreditar integralmente em sua afirmação.
Por fim, como são 5 escravas, 2 com olhos negros, que eu já descobri quais eram, e 3
com olhos azuis, deduzi que as duas últimas só poderiam ter olhos azuis.
Conclusão: A primeira tem olhos negros, a segunda azuis, a terceira, olhos negros e
as duas últimas, olhos azuis.
ATENÇÃO!
Todos os exemplos a seguir contêm uma explicação do procedimento que deve seguir o
raciocínio para se chegar à solução de problemas relacionados à verdade e mentira. Mas, caso
você não consiga entender suficientemente, lembre-se de que todos os exemplos têm um
vídeo explicativo, em que o professor os explica passo a passo, utilizando diversas hipóteses.
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Exemplo 7: As rivais
Três rivais, Ana, Bia e Cláudia, trocam acusações:
1. A Bia mente – diz Ana.
2. A Cláudia mente – Bia diz.
3. Ana e Bia mentem – diz Cláudia.
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Exemplo 8: Quem quebrou o vaso da Vovó?
Ao ver o estrago na sala, mamãe pergunta zangada: Quem quebrou o vaso da vovó?
As repostas das crianças foram as seguintes:
Questão II. Sabendo que somente uma das crianças disse a verdade, pode-se
concluir que:
a) André falou a verdade e Carlinhos quebrou o vaso.
b) Bruna falou a verdade e André quebrou o vaso.
c) Duda falou a verdade e André quebrou o vaso.
d) Carlinhos falou a verdade e Duda quebrou o vaso.
e) Duda falou a verdade e foi ela quem quebrou o vaso.
Questão III. Sabendo que exatamente duas crianças mentiram, pode-se concluir
que:
a) Carlinhos mentiu e André quebrou o vaso.
b) André mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
c) Bruna diz a verdade e foi ela quem quebrou o vaso.
d) Quem quebrou o vaso foi André ou Duda.
e) Duda mentiu e Carlinhos quebrou o vaso.
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Solução:
Observe que não há nenhuma contradição, pois a Bruna realmente estava mentindo e
foi acusado apenas um deles: A DUDA.
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Iniciaremos formulando uma hipótese, mas antes lembre-se de que apenas uma das
crianças disse a verdade, podendo ser André, Bruna, Carlinhos ou Duda.
Como primeira hipótese, vamos supor que o André disse a verdade, se gerar uma
contradição, então é porque André não disse a verdade, ou seja, ele mentiu e a partir daí,
formulamos a segunda hipótese, a de que André mentiu e devemos encontrar uma outra
criança para dizer a verdade.
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Observe que não há nenhuma contradição, pois a Bruna realmente estava mentindo e
foi acusado apenas um deles: O ANDRÉ.
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NOME Frase Original VALOR Frase a ser considerada Julgamento
André Não fui eu V Não foi o André Não André
Bruna Foi o Carlinhos V Foi o Carlinhos Foi Carlinhos
Carlinhos Não fui eu, foi a Duda M Foi Carlinhos Foi Carlinhos
Duda A Bruna está mentindo! M A Bruna está falando a Está mesmo
verdade!
Observe que não há nenhuma contradição, pois a Bruna realmente estava dizendo a
verdade e foi acusado apenas um deles: O CARLINHOS.
Observação 1: Cada questão deste problema poderia ser resolvida a partir da hipótese de
que um deles quebrou o vaso, neste caso deveríamos começar supondo que André quebrou o
vaso e que os outros três são inocentes. A seguir, devemos ler suas informações e concluir se
elas são verdadeiras ou falsas, logo depois, devemos confrontar com o enunciado de cada
questão (verificar, por exemplo, se na questão I só um deles estaria mentindo), se satisfizer,
então realmente foi o André, caso contrário, crie uma nova hipótese, a de que foi Bruna, e
repita o mesmo procedimento.
Observação 2: Independente da hipótese original (de que alguém mentiu ou falou a verdade
ou partindo pelo caminho de que alguém é o culpado), é possível chegar a conclusão do
problema, basta estar concentrado no fato de que quem diz a verdade, é porque sua
afirmação é totalmente válida; e quem mente, significa que o oposto de sua afirmação é que é
válida.
ATENÇÃO!
O problema a seguir é um desafio com um grau maior de complexidade. Se você
conseguiu resolver os casos apresentados até agora, você pode tentar resolver o presente
caso. Se não conseguir, não fique preocupado, pois se trata apenas de um desafio.
João e José são dois irmãos gêmeos idênticos que possuem uma peculiaridade, um dos
dois sempre fala a verdade, independente do que for perguntado, enquanto que o outro
sempre mente. Márcio para descobrir quem é o João e quem é o José, desenvolveu uma
técnica, ele descobriu que existe uma pergunta que independente de para quem seja feita, é
possível determinar quem é quem, basta que a resposta dada seja sim ou não. Desse modo,
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sempre que ele encontra um deles, ele faz essa pergunta, pela resposta sim ou não ele já
sabe com quem está falando.
Qual é a pergunta capaz de determinar quem é João e quem é José?
Solução: Este é um problema bem diferente, mas muito interessante. Não podemos esquecer
que um dos irmãos sempre fala a verdade, mas não sabemos qual deles, enquanto que o
outro sempre mente, e também não sabemos quem é.
A primeira pergunta que normalmente vem em mente é:
Você é o João?
Se isso for perguntado para o João, que digamos diz a verdade, ele responderia SIM,
mas se João fosse mentiroso, ele diria NÃO (mentindo a sua resposta correta).
A mesma pergunta feita para José, que digamos diz a verdade, ele responderia NÃO,
mas se José fosse mentiroso, ele diria SIM (mentindo a sua resposta).
Observe que se ouvirmos um SIM, não sabemos se este SIM vem de João ou se este
SIM vem do José, afinal, os dois podem responder a esta pergunta SIM ou NÃO, e é por este
motivo que esta pergunta não serve.
Se a pergunta for:
Você é o José?
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Se a pergunta for feita para José, que por hipótese fale a verdade, ele responderia
NÃO, afinal, nesta hipótese, quem fala a verdade é José, logo João seria o mentiroso.
Entretanto, se José fosse mentiroso, é porque João fala a verdade, logo ele pensaria: “João é
quem fala a verdade, então a resposta correta é SIM, mas como eu minto, devo inverter a
resposta, por isso vou responder o contrário: NÃO”. Note que se esta pergunta for feita para
José, independente de ele falar a verdade ou mentir, a resposta sempre será NÃO.
Conclusão, a pergunta que deve ser feita é: João fala a verdade? Se a resposta for
SIM, o interrogado é o João, mas se a resposta for NÃO, o interrogado é o José.
ATENÇÃO!
O objetivo dos exercícios a seguir é que você treine o seu raciocínio sem ser avaliado,
apenas como treinamento para habilitar você a fazer corretamente os exercícios pontuados,
que serão sim avaliadas.
A metodologia sugerida para os exercícios propostos é:
- caso você não tenha conseguido chegar à resposta correta na primeira tentativa, volte ao
enunciado do exercício e tente uma nova estratégia;
- se após a segunda tentativa, você ainda não tiver encontrado a resposta correta, esta
aparecerá automaticamente para você.
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Antes de continuar seu estudo, resolva os Exercícios
6 e 7.
ATENÇÃO!
O problema a seguir é um desafio com um grau maior de complexidade. Se você
conseguiu resolver os casos apresentados até agora, você pode tentar resolver o presente
caso. Se não conseguir, não fique preocupado, pois se trata apenas de um desafio.
João e José são dois irmãos gêmeos idênticos que possuem uma peculiaridade, um dos
dois sempre fala a verdade, independente do que for perguntado, enquanto que o outro
sempre mente. Márcio, para descobrir se João é quem fala a verdade ou se João é o que
mente, desenvolveu uma técnica, ele descobriu que existe uma pergunta que independente de
para quem seja feita, é possível determinar esta resposta, basta que a resposta dada seja sim
ou não. Desse modo, sempre que ele encontra um deles, ele faz essa pergunta, pela resposta
sim ou não ele já sabe se João fala a verdade ou mente.
Qual é a pergunta capaz de descobrir se João fala a verdade ou mente? Observe que
não queremos saber qual deles é o João e qual é o José, mas sim quem fala a verdade e
quem mente.
Você é o João?
Se a resposta for sim, é porque o João é quem fala a verdade e se for não é porque
João é o mentiroso.
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UNIDADE 2
OPERAÇÕES LÓGICAS
OBJETIVO DA UNIDADE: Analisar argumentos com a correspondente reordenação de
modo que essas informações passem a fazer sentido. Desenvolver no acadêmico a
habilidade de entender a estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares,
coisas ou eventos fictícios. Deduzir novas informações a partir de relações fornecidas e
avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações.
Tais princípios nos levam a admitir que só existem dois únicos valores possíveis para as
proposições, esses valores são denominados de valores lógicos:
- O valor verdade, para representar qualquer proposição verdadeira.
- O valor falsidade, para representar qualquer proposição falsa.
Por este motivo, a Lógica Simbólica também pode ser denominada de Lógica Bivalente.
Existem duas notações para a designação dos valores lógicos das proposições:
- Letra: V (inicial da palavra verdade) para designar quando uma proposição é verdadeira;
F (inicial da palavra falsidade) para designar quando uma proposição é falsa;
- Algarismo: 1 é a designação do valor verdade;
0 é a designação do valor falsidade;
Seguem alguns exemplos de sentenças declarativas que, por assumir um valor lógico,
podem ser definidas como proposições:
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a) O número 15 é ímpar. (verdade)
b) O número 4 é primo5. (falso)
c) Existe homem honesto. (verdade)
d) Todos os homens gostam de futebol. (falso)
e) Algumas mulheres são torcedoras do Grêmio. (verdade)
f) 5 + 3 = 7. (falso)
g) Se você não faltar às aulas de matemática, então terá mais condições de resolver as listas
de exercícios. (verdade)
5
Todo número que apresenta dois únicos divisores é denominado de número primo. Exemplos: 2 (único
número primo par), 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, ...
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2.1.3 Proposições Equivalentes
p = q ou pq ou pq
p q ou p q ou p q
b) p: 6 + 5 = 10
q: O Brasil fica na Europa.
Logo, p q , afinal ambas são falsas.
pq ou p.q
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Uma conjunção é dita verdadeira somente quando ambas as proposições
simples forem verdadeiras. Ou seja, a conjunção “p q” é verdadeira somente quando p
é verdadeira e q é verdadeira também.
O valor lógico da conjunção de duas proposições pode ser definido pela tabela-
verdade.
p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 0
Exemplos:
a) p: Campo Grande é a capital do estado de Mato Grosso do Sul. V(p) = 1
q: Campo Grande localiza-se na região Centro-Oeste. V(q) = 1
pq: Campo Grande é a capital do estado de Mato Grosso do Sul e localiza-se na região
Centro-Oeste. V(pq) = 1
b) p: 30 = 1. V(p) = 1
q: 2-2 = – 4. V(q) = 0
pq: 30 = 1 e 2-2 = – 4 V(pq) = 0
P Q
pq ou p+q
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Uma disjunção inclusiva é falsa somente quando as duas proposições que a
compõem forem falsas. Ou seja, a disjunção inclusiva “p q” é falsa somente quando p é
falsa e q é falsa também.
No entanto, se p for verdadeira ou se q for verdadeira ou mesmo se ambas, p e q,
forem verdadeiras, então a disjunção (inclusiva) será verdadeira. Em outras palavras, para que
a disjunção “p ou q” seja verdadeira basta que pelo menos uma de suas proposições
componentes seja verdadeira.
O valor lógico da disjunção inclusiva entre duas proposições pode ser definido pela
tabela-verdade.
p q pq
1 1 1
1 0 1
0 1 1
0 0 0
Exemplos:
a) p: A UCDB é uma universidade que se localiza em Campo Grande. V(p) = 1
q: A UCDB oferece o curso de medicina. V(q) = 0
pq: A UCDB é uma universidade que se localiza em Campo Grande ou oferece o curso de
medicina. V(pq) = 1
b) p: 31 = 1. V(p) = 0
q: 2 < 1. V(q) = 0
pq: 31 = 1 ou 2 < 1 V(pq) = 0
P Q
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2.2.3 Disjunção Exclusiva “ou ..., ou” ( )
p q ou pq
Uma disjunção exclusiva é verdadeira somente quando apenas uma das duas
proposições for verdadeira. Ou seja, a disjunção exclusiva “p q” é verdadeira quando os
valores lógicos das duas proposições forem diferentes e falsa quando os valores lógicos das
duas proposições forem iguais.
O valor lógico da disjunção exclusiva entre duas proposições pode ser definido pela
tabela-verdade.
p q p q
1 1 0
1 0 1
0 1 1
0 0 0
Exemplo:
a) Um marido ao saber que sua esposa está grávida, e que ela está esperando um único bebê,
faz as seguintes declarações:
p: A criança será um menino.
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q: A criança será uma menina.
p q: A criança será ou um menino ou uma menina. V(p q) = 1
1 1
b) p: 3 . V(p) = 1
3
1
q: 22 . 2
V(q) = 1
1
1 1
p q: ou 3 ou 22 2
V(p q) = 0
3
p q corresponde a (P Q) – (P Q)
P Q
Observação:
Convencionaremos que, neste texto, quando nos referirmos à disjunção
desacompanhada do adjetivo “inclusiva” ou “exclusiva”, estaremos nos referindo à disjunção
inclusiva.
Alguns autores para evitar esta confusão, adotam a seguinte convenção: o “ou”
inclusivo é frequentemente substituído por “e/ou” e o “ou” exclusivo por “ou ... ou ...”.
Assim, por exemplo, se uma Universidade que oferece o curso de Ciências Contábeis
deseja oferecer mais de uma opção para seus formandos, esta pode empregar uma das
seguintes colocações:
a) “Aqui vocês serão habilitados para serem contadores ou professores.”
Neste caso, o curso estaria oferecendo três opções: ser apenas contador, ser apenas professor
ou ser contador e professor (disjunção inclusiva).
b) “Aqui vocês serão habilitados para serem ou contadores ou professores.”
Neste caso, o curso estaria dando ênfase a uma das duas opções: ser apenas contador ou ser
apenas professor (disjunção exclusiva).
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2.2.4 Condicional (Condicional material) “Se p então q” () (→)
Denominamos condicional ou condicional material a proposição composta formada
por duas proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “Se ... então” ou por uma
de suas formas equivalentes.
A condicional “Se p, então q” pode ser representada simbolicamente por:
pq ou pq
pq corresponde a P Q
Q
P
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Vejamos um exemplo para esclarecer melhor o valor lógico de uma condicional.
Em um campeonato de futebol, o time que terminar a primeira fase com o maior
número de pontos, terá a vantagem de jogar as duas partidas finais podendo empatá-las ou
vencer um dos dois jogos por qualquer placar. Supondo que o “São Paulo” terminou a primeira
fase em primeiro lugar, é possível afirmar que:
“Se o “São Paulo” vencer a primeira partida da final então ele será o campeão.” Preste
bem atenção, essa condicional afirma que se o “São Paulo” vencer a primeira partida já será
campeão, mas nada informa sobre os demais casos.
A princípio temos quatro possibilidades:
1) O “São Paulo” vencer a primeira partida da final e ser o campeão. Neste caso, a proposição
formulada na condicional está correta, aliás perfeitamente satisfeita.
2) O “São Paulo” vencer a primeira partida da final e não ser o campeão. Neste caso, a
proposição formulada na condicional é falsa, pois a previsão não aconteceu. Essa também
é bem visível e fácil de compreender, afinal pela condicional seria um absurso vencer a
primeira e não ser o campeão.
3) O “São Paulo” não vencer a primeira partida da final e ser o campeão. Neste caso, a
proposição formulada na condicional está correta, pois ela prevê o fato do “São Paulo”
vencer a primeira partida, isso não ocorrendo, não contradiz a previsão feita, afinal não foi
afirmado nada sobre a possibilidade de ele perder, podendo ainda ser ou não campeão.
Logo, a condicional não sendo falsa, pelo princípio do terceiro excluído, ela é verdadeira.
4) O “São Paulo” não vencer a primeira partida da final e não ser o campeão. Neste caso, a
proposição formulada na condicional está correta, pois ela prevê o fato do “São Paulo”
vencer a primeira partida, isso não ocorrendo, novamente não contradiz a previsão feita.
Em outras palavras, o “São Paulo” não vencendo a primeira partida, pode significar que ele
pode ou não ser o campeão. Logo, a condicional não sendo falsa, pelo princípio do terceiro
excluído, ela é verdadeira.
O valor lógico da proposição condicional pode ser definido pela tabela-verdade.
p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 1
0 0 1
Exemplo:
a) p: A Alemanha venceu a final da Copa do Mundo em 2014. V(p) = 1
q: Alemanha é tetracampeã de futebol. V(q) = 1
p q: Se a Alemanha vencer a final da Copa do Mundo em 2014, então ela será
tetracampeã de futebol. V(p q) = 1
p q: A Alemanha será tetracampeã de futebol, se vencer a final da Copa do Mundo em
2014. V(p q) = 1
c) p: 6 é primo. V(p) = 0
q: 5 é ímpar V(q) = 1
p q: Se 6 é primo, então 5 é ímpar V(p q) = 1
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Provavelmente recusaríamos a primeira afirmando algo como “O que é que tem a ver
Cristiano Ronaldo, jogador de Portugal, ser eleito o melhor jogador do mundo com a
Alemanha ser campeã da Copa do Mundo de 2014?” e quanto à segunda, é quase certo que
alguém a recusasse alegando algo como “Para começar um quadrado não tem três lados. E
mesmo que tivesse isto não tem nada a ver com falar-se ou não o japonês no Brasil”.
No entanto, essas duas proposições são verdadeiras!
Para a Lógica, não importa se existe ou não alguma relação entre p e q.
Existem, portanto, dois tipos de implicação:
1) Quando existe interação entre p e q, conhecida como implicação formal ou dedução.
2) Quando não existe interação entre p e q, conhecida como implicação material ou
implicação.
Obs. Toda implicação formal é material, mas nem toda implicação material é formal.
pq pq
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pq corresponde a P = Q
P=Q
p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 1
p q é equivalente a p = q
Exemplo:
a) p: Os números 70 e 75 são divisíveis por 5. V(p) = 1
q: Os números 70 e 75 terminam em 0 ou 5. V(q) = 1
p q: Os números 70 e 75 serão divisíveis por 5 se e somente eles terminarem em 0 ou 5.
V(p q) = 1
“Um número inteiro é divisível por 5 se e somente se o algarismo das unidades for 0
ou 5.”
“Se um número inteiro é divisível por 5 então o algarismo das unidades é 0 ou 5 e se o
algarismo das unidades é 0 ou 5 então o número inteiro é divisível por 5.”
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b) p: Neymar foi o melhor jogador do mundo em 2015. V(p) = 0
q: Neymar foi eleito a Bola de Ouro em 2015. V(q) = 0
p q: Neymar foi considerado o melhor jogador do mundo em 2015 se e somente se ele
foi eleito a Bola de Ouro em 2015. V(p q) = 1
“Todos os melhores jogadores do mundo num determinado ano são eleitos a Bola de
Ouro neste mesmo ano.”
~p ou p
p ~p
1 0
0 1
Exemplo:
a) p: A UCDB oferece o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. V(p) = 1
~p: A UCDB não oferece o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. V(~p) = 0
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~p: O curso de Administração possui a disciplina de Matemática. V(~p) = 1
~p: Não é verdade que o curso de Administração não possui a disciplina de Matemática.
~p: É falso dizer que o curso de Administração não possui a disciplina de Matemática.
P~p corresponde a
P
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Assim, quaisquer que sejam os valores lógicos de p, q e t, temos as seguintes
propriedades:
2) Associativa:
(p q) t = p (q t)
1) Comutativa:
pq=qp
2) Associativa:
(p q) t = p (q t)
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2.3.3 Propriedades Mistas
~ (p q) = ~p ~q
e
~ (p q) = ~p ~q
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Ou ainda,
- negar que todas as proposições são verdadeiras (falsas) significa afirmar que
pelo menos uma (existe uma, ou ainda, alguma) delas é falsa (verdadeira).
- negar que pelo menos uma (existe uma, ou ainda, alguma) das proposições é
verdadeira (falsa) significa afirmar que todas são falsas (verdadeiras).
Exemplo:
a) A negação de:
“Todos os alunos gostam de matemática”
é:
“Existe um aluno que não gosta de matemática”, ou
“Pelo menos um aluno não gosta de matemática”, ou ainda,
“Algum aluno não gosta de matemática”.
b) A negação de:
“Nenhum aluno está entendendo a matéria”
é:
“Existe um aluno que está entendendo a matéria”, ou
“Pelo menos um aluno está entendendo a matéria”, ou ainda,
“Algum aluno está entendendo a matéria”.
c) A negação de:
“Existe um flamenguista feliz”, ou
“Algum flamenguista é feliz”
é:
“Todos os flamenguistas não são felizes”, ou
“Nenhum flamenguista é feliz”, ou ainda,
“Qualquer flamenguista é infeliz”.
d) A negação de:
“Existe uma pessoa infeliz”, ou
“Alguém não é feliz”
é:
“Todas as pessoas são felizes”, ou
“Nenhuma pessoa é infeliz”, ou ainda,
“Qualquer pessoa é feliz”.
e) A negação de:
“Adriana é bonita e simpática”
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é:
“Adriana não é bonita ou não é simpática”.
f) A negação de:
“Adriana é bonita ou simpática”
é:
“Adriana não é bonita, nem simpática” , ou
“Adriana não é bonita e não é simpática”.
Propriedades da Equivalência
Isso significa, que afirmar que pelo menos uma proposição é verdadeira (falsa)
é equivalente a negar que todas não são verdadeiras (falsas).
Por exemplo, afirmar que “O Brasil deve ganhar pelo menos uma medalha nas
Olimpíadas” é equivalente a afirmar que “Não é verdade que o Brasil não vai ganhar nenhuma
medalha nas Olimpíadas”. Como um outro exemplo, observe que a afirmação “Existe homem
que não é feliz” é o mesmo que afirmar que “Não é verdade que todos os homens são felizes”.
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Isso significa que afirmar que todas as proposições são verdadeiras (falsas) é
equivalente a negar que pelo menos uma não é verdadeira (falsa).
Por exemplo, afirmar que “Todas as mulheres são simpáticas” é equivalente a afirmar
que “Não é verdade que exista uma mulher que não é simpática”. Como um outro exemplo,
observe que a afirmação “Nenhum homem dirige mal” é o mesmo que afirmar que “Não é
verdade que pelo menos um homem dirija mal”.
De fato, utilizando as leis de De Morgan e a lei da dupla negação, temos, para os dois
primeiros casos:
~(p q) = ~p ~q
~ ~(p q) = ~ (~p ~q)
(p q) = ~(~p ~q)
e
~(p q) = ~p ~q
~ ~(p q) = ~(~p ~q)
(p q) = ~(~p ~q)
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carne” é equivalente a afirmar que “Como no almoço frango e não como carne ou não como
no almoço frango e como carne”.
O quarto caso pode ser deduzido intuitivamente do fato de que p q é verdadeira se
p q. Observe que p é menor ou igual a q sempre que p assumir o valor lógico zero (negação
de p) ou q assumir o valor lógico 1 (afirmação de q).
A expressão 5.1 pode ser deduzida da definição da bicondicional, isto é, a expressão “p
se e somente se q” é equivalente a “se p então q e se q então p”.
A expressão 5.2, pode ser deduzida de 5.1) e de 4), conforme é apresentado abaixo:
(p q) = (p q) (q p)
(p q) = (~p q) (~q p)
(p q) = (~p q) (p ~q)
(p q) = ~[(p ~q) (~p q)]
(p q) = ~(p q)
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“Você estudou e não foi aprovado na disciplina”.
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2.3.10 Recíproca, Inversa e Contraposta de uma Condicional
pq ~p ~q (a inversa)
~q ~p (a contraposta)
A recíproca e a inversa de uma condicional dada não lhe são equivalentes, enquanto a
contraposta, também chamada de contrapositiva, lhe é equivalente. Em outras palavras,
(p q) (q p)
(p q) (~p ~q)
(p q) = (~q ~p)
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2.4 Demonstrações das Propriedades
2.4.1 Tabel-Verdade
~ (p q) = ~p ~q
e
~ (p q) = ~p ~q
Para isto, será necessário montar uma tabela e descrever todas as possibilidades de se
combinar as proposições p e q. Se o resultado da coluna que descreve as operações do
primeiro membro for igual ao resultado da coluna que descreve o segundo membro, logo está
provada a igualdade, ou, se representarmos a igualdade numa última coluna, ela então deverá
ser válida em qualquer hipótese.
p q pq ~( p q) ~p ~q ~p ~q ~( p q) = ~p ~q
1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 0 1 0 1 1 1
0 1 0 1 1 0 1 1
0 0 0 1 1 1 1 1
p q pq ~( p q) ~p ~q ~p ~q ~( p q) = ~p ~q
1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 1 0 0 1 0 1
0 1 1 0 1 0 0 1
0 0 0 1 1 1 1 1
[(p q) (q t)] (p t)
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p q t p q q t (p q) (q t) (p t) [(p q) (q t)] (p t)
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 0 1 0 0 0 1
1 0 1 0 1 0 1 1
1 0 0 0 1 0 0 1
0 1 1 1 1 1 1 1
0 1 0 1 0 0 1 1
0 0 1 1 1 1 1 1
0 0 0 1 1 1 1 1
2.4.2 Tautologia
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, t, ... é uma
tautologia se ela for sempre verdadeira, quaisquer que sejam os valores lógicos das
proposições p, q, t, ... que a compõem.
As primeiras leis de De Morgan e a transitividade da condicional, apresentadas em
tabelas-verdade anteriormente, são exemplos de tautologia.
2.4.3 Contradição
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, t, ... é uma
contradição se ela for sempre falsa, quaisquer que sejam os valores lógicos das
proposições p, q, t, ... que a compõem.
Por exemplo, as proposições: “uma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo
tempo” e “p se e somente se não p”, que podem ser representadas simbolicamente por
p ~p e p ~p, respectivamente, são exemplos de contradição, pois, independente dos
valores lógicos de p e da negação de p, ela será sempre falsa. Observe nas tabelas abaixo:
p ~p p ~p p ~p p ~p
1 0 0 1 0 0
0 1 0 0 1 0
2.4.4 Contingência
Uma proposição composta não tautológica, nem contra-válida, é chamada contingência
ou proposição contingente, ou ainda, proposição indeterminada.
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Em outras palavras, uma proposição composta formada por duas ou mais proposições
p, q, t, ... é uma contingência se ela for parte verdadeira e parte falsa, quaisquer que
sejam os valores lógicos das proposições p, q, t, ... que a compõem.
Por exemplo, vamos verificar se a expressão a seguir pode ser classificada como um
argumento válido ou inválido.
Exemplo 1:
[(p q) (~q p)] ├ (~p q)
1 1 1 0 0 1 (premissa) 0 1 Válido
1 0 0 1 1 0 0 0
0 1 0 0 0 1 (premissa) 1 1 Válido
0 0 1 1 0 1 (premissa) 1 1 Válido
Observe que dos quatro casos em que analisamos a condição, três geraram premissas,
afinal os casos 1, 3 e 4 são condições verdadeiras. Analisando cada um desses três casos,
podemos afirmar que todos os três geraram conclusões verdadeiras, logo, como toda
premissa gera conclusão verdadeira, o Argumento é Válido.
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Exemplo 2:
[(p q) (~p q)] ├ (p ~q)
1 1 1 0 0 0 0 0
1 0 1 0 1 1 (premissa) 1 1 Válido
0 1 1 1 1 1 (premissa) 0 0 Não Válido
0 0 0 1 1 0 1 0
Observe que dos quatro casos em que analisamos a condição, dois geraram premissas,
afinal os casos 2 e 3 são condições verdadeiras. Analisando cada um desses dois casos,
podemos afirmar que alguma dessas duas premissas (Caso 3) gerou uma conclusão
falsa, logo, como alguma premissa gera conclusão falsa, o Argumento é Inválido.
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UNIDADE 3
3.1 Histórico
John Venn formou-se em 1857, e dois anos depois foi ordenado um padre. Em 1862
ele voltou à Universidade de Cambridge estudando e ensinando lógica e teoria da
probabilidade. Ele desenvolveu a lógica matemática de Boole e é melhor conhecido pelo seu
diagrama de representar conjuntos e as sua uniões e interseções. Venn considerou três discos
R, S, e T como subconjuntos típicos de um conjunto U. As interseções destes discos e seus
complementos dividem U em 8 regiões não justapostas, das quais a união dá 256
combinações de Boolean diferentes do conjunto original R, S e T.
Escreveu a Lógica de Chance (1866), publicou Lógica Simbólica (1881) e Os Princípios
da Lógica Empírica (1889).
3.2.1 Todo A é B
B A=B
3.2.2 Nenhum A é B
Neste caso os dois conjuntos devem ser disjuntos, isto é, nenhuma parte de A deve
estar dentro de B, logo a única forma de representá-los é em dois conjuntos separados.
A B
3.2.3 Algum A é B
Neste caso uma parte de A deve ser comum ao conjunto B, existindo duas formas de
representá-los: a mais comum, no qual fica evidente a interseção entre os conjuntos A e B, e
a não convencional, no qual B está dentro de A, logo uma parte do conjunto A é comum ao
conjunto B.
A B A
Observação: Vale ressaltar que se “Todo A é B”, então existe “Algum A que é B”, isso
significa que a expressão “Algum A é B” também pode ser representada pelos dois casos
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descritos no item 3.2.1, entretanto, como esta representação é análoga a “Todo A é B”, ela
acaba sendo muito pouco empregada, não sendo utilizada neste texto.
A B A
Observação: Vale ressaltar que se “Nenhum A é B”, então existe “Algum A que não é B”,
isso significa que a expressão “Algum A não é B” também pode ser representada pelo caso
descrito no item 3.2.2, entretanto, como esta representação é análoga a “Nenhum A é B”, ela
acaba sendo muito pouco empregada, não sendo utilizada neste texto.
3.3.1 Todo A é B
Todos os bons estudantes são pessoas aplicadas. Assim sendo, quantas das afirmações
abaixo são necessariamente verdadeiras:
I) Alguma pessoa aplicada é um bom estudante.
II) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto das pessoas aplicadas.
III) O conjunto das pessoas aplicadas contém o conjunto dos bons estudantes.
IV) Nenhuma pessoa aplicada é um bom estudante.
V) Algum bom estudante não é uma pessoa aplicada.
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VI) Existe alguém que não é bom estudante e não é uma pessoa aplicada.
VII) Todo aquele que não é uma pessoa aplicada, não é um bom estudante.
VIII) Toda pessoa aplicada é um bom estudante.
IX) Todo aquele que não é um bom estudante, não é uma pessoa aplicada.
X) Alguma pessoa aplicada não é um bom estudante.
XI) Pode existir alguma pessoa aplicada que não é um bom estudante.
Solução:
O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 5 (I, III, VI, VII e XI).
Serão representados os conjuntos “Bons Estudantes” e “Pessoas Aplicadas” pela forma
mais empregada e também pela forma não convencional, isso porque o exemplo pergunta a
respeito das afirmações necessariamente verdadeiras (devem satisfazer ambas as formas de
representação) e não daquelas que podem ser eventualmente verdadeiras (satisfaz uma das
formas de representação), pois, neste caso, haveria mais afirmações verdadeiras (as
afirmações II, VIII, IX e X).
Dizer que “todos os bons estudantes são pessoas aplicadas” equivale a dizer que
dentro do conjunto que reúne todas as pessoas aplicadas acharemos todos os bons
estudantes. Logo:
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Verdadeira 66
Verdadeira
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II) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto das pessoas aplicadas. Falso (A 1ª
representação fura esta afirmação)
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Falsa Verdadeira
III) O conjunto das pessoas aplicadas contém o conjunto dos bons estudantes. Verdadeiro
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Verdadeira Verdadeira
IV) Nenhuma pessoa aplicada é um bom estudante. Falso (Tanto para a 1ª como para a 2ª
representação)
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Falsa Falsa
V) Algum bom estudante não é uma pessoa aplicada. Falso (Tanto para a 1ª como para a 2ª
representação)
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Falsa 67
Falsa www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
VI) Existe alguém que não é bom estudante e não é uma pessoa aplicada. Verdadeiro
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Verdadeira Verdadeira
VII) Todo aquele que não é uma pessoa aplicada, não é um bom estudante. Verdadeiro
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Verdadeira Verdadeira
VIII) Toda pessoa aplicada é um bom estudante. Falso (A 1ª representação fura esta afirmação)
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Falsa Verdadeira
IX) Todo aquele que não é um bom estudante, não é uma pessoa aplicada. Falso (A 1ª
representação fura esta afirmação)
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Falsa Verdadeira
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X) Alguma pessoa aplicada não é um bom estudante. Falso (A 2ª representação fura esta
afirmação)
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Verdadeira Falsa
XI) Pode existir alguma pessoa aplicada que não é um bom estudante. Verdadeiro
Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas
bons bons
estudantes estudantes
Verdadeira Falsa
Observação: No caso especial em que uma afirmação estiver vinculada ao termo “Pode
existir” para ela ser verdadeira basta que em no mínimo uma das possíveis
representações ela seja verdadeira.
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Solução:
O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 6 (II, III, IV, VIII, IX e X).
Serão representados os conjuntos “Contador”, “Gosta de lógica” e “Psicólogos” apenas
pela forma mais empregada, isso porque todas as afirmações do exemplo relacionam os
conjuntos “Contador” ou “Gosta de lógica” com o conjunto “Psicólogos”, não sendo necessário
analisar afirmações que relacionam os conjuntos “Contador” e “Gosta de lógica”.
De acordo com o enunciado, o conjunto “Contador” está totalmente dentro do
conjunto “Gosta de lógica”, pois “Todo contador gosta de lógica”. O conjunto “Psicólogos” está
completamente fora do conjunto “Gosta de lógica”, pois “Nenhum psicólogo gosta de lógica”.
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Falsa
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Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Verdadeira
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Verdadeira
IV) Alguém que não é contador, não é psicólogo. Verdadeiro
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Verdadeira
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Falsa
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VI) Todo aquele que não é contador, é psicólogo. Falso
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Falsa
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Falsa
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Verdadeira
IX) Alguma pessoa que não gosta de lógica não é psicólogo. Verdadeiro
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Verdadeira
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X) Todo aquele que gosta de lógica, não é psicólogo. Verdadeiro
Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador
Verdadeira
3.3.3 Algum A é B e Nenhum C é B
Alguns administradores atuam em marketing. Nenhum advogado atua em marketing.
Assim sendo, quantas das afirmações a seguir são necessariamente verdadeiras:
I) Alguns administradores são advogados.
II) Alguns administradores não são advogados.
III) Todo administrador é advogado.
IV) Todo advogado é administrador.
V) Nenhum administrador é advogado.
VI) Nenhum advogado é administrador.
VII) Alguns advogados são administradores.
VIII) Alguns advogados não são administradores.
IX) Pode existir algum advogado que é administrador.
X) Pode existir algum advogado que não é administrador.
Solução:
O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 3 (II, IX e X).
Serão representados os conjuntos “Administradores”, “Atuam em marketing” e
“Advogados” apenas pela forma mais empregada, isso porque ela resume todas as
possibilidades válidas que relacionam estes três conjuntos, sendo suficiente para analisarmos
todas as afirmações do exemplo.
De acordo com o enunciado, os conjuntos “Administradores” e “Atuam em marketing”
possuem elementos comuns, isto é, pertencem aos dois conjuntos, pois “Alguns
administradores atuam em marketing”. O conjunto “Advogado” está completamente fora do
conjunto “Atuam em marketing”, pois “Nenhum advogado atua em marketing”. Será
designada a palavra “Advogado” por A.
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Observe que são válidas três hipóteses: O conjunto “Advogado” completamente dentro
do conjunto “Administrador”, parcialmente dentro do conjunto “Administrador”, e
completamente fora do conjunto “Administrador”.
A
Administrador Marketing
A
A
Administrador
Marketing
A
Falsa
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II) Alguns administradores não são advogados. Verdadeiro
A
Administrador
Marketing
A
Verdadeira
A
Administrador Marketing
A
Falsa
A
Administrador Marketing
A
Falsa
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V) Nenhum administrador é advogado. Falso
A
Administrador
Marketing
A
Falsa
A
Administrador
Marketing
A
Falsa
A
Administrador
Marketing
A
Falsa
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VIII) Alguns advogados não são administradores. Falso
A
Administrador
Marketing
A
Falsa
A
Administrador
Marketing
A
Verdadeira
A
Administrador
Marketing
A
Verdadeira
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3.3.4 Algum A é B e Todo C é B
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Homem
Caridoso
R R
Observação: No caso especial em que uma afirmação estiver vinculada ao termo “Pode
existir” ou “Pode Acontecer” para ela ser verdadeira basta que em no mínimo uma das
possíveis representações ela seja verdadeira.
Homem
Caridoso
R R
Falsa
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II) Pode existir algum Homem que é Religioso. Verdadeiro
Homem
Caridoso
R R
Verdadeira
Homem
Caridoso
R R
Verdadeira
Homem Caridoso
R R
Falsa
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V) Algum Religioso não é Homem. Falso
Homem
Caridoso
R R
Falsa
Homem
Caridoso
R R
Falsa
Homem
Caridoso
R R
Falsa
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VIII) Pode acontecer o fato de Todo Religioso ser Homem. Verdadeiro
Homem
Caridoso
R R
Verdadeira
Homem
Caridoso
R R
Falsa
Homem
Caridoso
R R
Falsa
Solução:
A resposta correta é a alternativa D.
Esta questão faz referência aos conceitos de necessidade e suficiência e às relações
destes conceitos com as proposições condicionais. Como já vimos, numa proposição
condicional “Se A então B” a ocorrência de A implica (obrigatoriamente) a ocorrência de B.
Então dizemos que A é uma condição suficiente para a ocorrência de B, ou,
simplesmente, que A é suficiente para B.
Por outro lado, sabemos que a não ocorrência de B implica a não ocorrência de A, ou
seja: sem a ocorrência de B, certamente A também não ocorreria. Por este motivo, dizemos
que B é uma condição necessária para a ocorrência de A, ou, simplesmente, que B é
necessária para A.
No contexto da questão isto nos diz que: “Chuva é condição suficiente para fazer frio”
e que “Frio é condição necessária para chover”.
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REFERÊNCIAS
DUARTE, Heron Márcio Ferreira. Raciocínio Lógico e Quantitativo. Brasília: Ativa Editora,
1999.
LIMA, Arlete Cerqueira. Lógica & Linguagem. Salvador: Centro Editorial e Didático da UFBA,
1993.
SMULLYAN, Raymond. Alice no país dos enigmas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.
SOUZA, Júlio César de Mello e. Matemática divertida e curiosa. 18. ed. Rio de Janeiro: Ed.
Record, 2002.
TAHAN, Malba. O Homem que calculava. 18. ed. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2001.
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EXERCÍCIOS LIVRES E PONTUADOS
EXERCÍCIO 1
2. O Sr. e a Sra. Souza têm sete filhas, e cada filha tem um irmão. Quantas
pessoas há na família Souza?
a) 8
b) 9
c) 10
d) 14
e) 16
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4. Todos os primogênitos da família Bragança têm olhos verdes. Eduardo tem
olhos castanhos. Então, pode-se afirmar que:
a) Eduardo pertence à família Bragança.
b) Eduardo não pertence à família Bragança.
c) Eduardo pertence à família Bragança e é primogênito.
d) Se Eduardo é primogênito, então pertence à família Bragança.
e) Se Eduardo pertence à família Bragança, então não é primogênito.
EXERCÍCIO 2
2. Há dez pares de sapatos vermelhos, dez pares de sapatos azuis, dez pares
de sapatos brancos e dez pares de sapatos verdes numa gaveta. Se você
introduzir a mão na gaveta no escuro, qual é o menor número de sapatos que
você tem que tirar para ter a certeza de que tirou pelo menos um par de
sapato de cada cor?
a) 71
b) 62
c) 44
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d) 42
e) 8
5. Qual é a menor soma que se pode ter numa adição em que as duas parcelas
são números de três algarismos, e os seis algarismos dessas parcelas são
todos diferentes?
a) 579
b) 447
c) 348
d) 325
e) 339
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EXERCÍCIO 3
3. Sobre uma mesa estão três caixas: uma azul, uma vermelha e uma branca;
e três objetos: um colar, um anel e uma pulseira. Cada um dos objetos está
em uma caixa diferente. Sabe-se que a caixa azul está à direita da caixa
vermelha, o colar está à esquerda da pulseira e a caixa vermelha está à direita
do anel. Então, pode-se afirmar que:
a) O anel está na caixa branca.
b) O colar está na caixa azul.
c) A pulseira está na caixa vermelha.
d) O anel está na caixa azul.
e) O colar está na caixa branca.
4. Lúcia tem três tipos de calçados: uma bota, um sapato e uma sandália. Um
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dos calçados é branco, o outro é preto e outro é vermelho. Sabe-se que:
I. Ou a bota é preta ou o sapato é preto.
II. Ou a bota é branca ou a sandália é vermelha.
III. Ou a sandália é branca ou o sapato é branco.
Então, as cores da bota, do sapato e da sandália são, respectivamente:
a) Branca, preta e vermelha.
b) Branca, vermelha e preta.
c) Vermelha, preta e branca.
d) Preta, vermelha e branca.
e) Preta, branca e vermelha.
EXERCÍCIO 4
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I. O caminho mais longo da entrada até a saída envolve passar pela letra B.
II. O caminho mais curto da entrada até a saída envolve passar pela letra I.
III. Não se chega à saída passando pela letra S.
IV. Não há dois caminhos diferentes, desde a entrada até a saída, que usam o mesmo
número de letras.
V. Há, pelo menos, dois enunciados anteriores verdadeiros.
VI. Há, pelo menos, três enunciados anteriores verdadeiros.
4. Em um armazém há três caixas fechadas, cada uma delas com uma etiqueta
de identificação do seu conteúdo. Uma delas contém somente maçãs, a outra
somente peras, e a terceira, maçãs e peras. Nenhuma das caixas está com a
etiqueta de identificação do conteúdo correta. A quantidade mínima de fruta
que deve ser retirada de uma das caixas para colocar as etiquetas de
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identificação corretamente é:
a) Uma fruta da caixa com a etiqueta “maçãs”.
b) Uma fruta da caixa com a etiqueta “peras”.
c) Uma fruta da caixa com a etiqueta “maçãs e peras”.
d) Duas frutas da caixa com a etiqueta “maçãs e peras”.
e) Três frutas da caixa com a etiqueta “maçãs e peras”.
5. Um ladrão encontrou uma gaveta cheia de diamantes. Sua primeira ideia foi
levá-los todos, mas foi incomodado por sua consciência e decidiu-se
contentar-se apenas com a metade, entretanto, para ter mais diamantes que o
dono da loja ele resolveu levar mais 1 diamante. Estranhamente, poucos
minutos depois, um segundo ladrão entrou na loja e pegou a metade dos
diamantes restantes e mais um. Depois um terceiro ladrão entrou na loja e
pegou metade dos diamantes que restavam e mais um. Depois entrou um
quarto ladrão, pegando metade do resto e mais um. Depois um quinto que não
pegou nada, porque todos os diamantes tinham sido levados. Quantos
diamantes havia inicialmente na gaveta, antes do primeiro ladrão entrar na
loja?
a) 24
b) 30
c) 32
d) 36
e) 40
EXERCÍCIO 5
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2. Meu relógio atrasa 96 minutos a cada dia. Se ele mostra a hora correta às 2
horas da madrugada, então a hora certa quando o relógio mostra 4 horas da
tarde do mesmo dia é:
a) 4h56min da tarde.
b) 5h da tarde.
c) 5h20min da tarde.
d) 5h55minda tarde.
e) 5h14min da tarde.
5. Na Amazônia, vivem as tribos dos Onça, dos Jacaré e dos Boto. Sabe-se que.
- Um homem Onça só pode se casar com uma mulher Jacaré.
- Um homem Jacaré só pode se casar com uma mulher Boto.
- Um homem Boto só pode se casar com uma mulher Onça.
Além disso, sabe-se que:
- Os filhos de um homem Onça passam a pertencer à tribo dos Boto.
- Os filhos de um homem Boto passam a pertencer à tribo dos Onça.
- Os filhos de um homem Jacaré passam a pertencer à tribo do Pai.
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Sabe-se, também, que cada índio pertence a uma única tribo.
Assim sendo, é correto afirmar que, se Peri é Boto, a filha do irmão da sua
mãe:
a) É Boto, com certeza.
b) É Jacaré, com certeza.
c) É Onça, com certeza.
d) Pode ser Boto ou Jacaré, dependendo das circunstâncias.
e) Pode ser Onça ou Boto, dependendo das circunstâncias.
2. Há dez pares de sapatos vermelhos, dez pares de sapatos azuis, dez pares
de sapatos brancos e dez pares de sapatos verdes numa gaveta. Se você
introduzir a mão na gaveta no escuro, qual é o menor número de sapatos que
você tem que tirar para ter a certeza de que tirou pelo menos um sapato de
cada cor?
a) 4.
b) 11.
c) 31.
d) 41.
e) 61.
3. Nathalie pede a suas três irmãs que se sentem no sofá da sala para tirar
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uma foto. Do ponto de vista da fotógrafa, tem-se que: a de vestido vermelho
senta-se à esquerda da de blusa branca, mas não necessariamente a seu
lado; Bruna senta-se à direita de Míriam; Sofhia senta-se à esquerda da que
veste um conjuntinho azul e esta, à esquerda da que está de blusa branca. Na
foto, que ficou linda, podemos ver:
a) Míriam vestindo uma blusa branca.
b) Sofia de conjuntinho azul.
c) Bruna de vestido vermelho.
d) Míriam sentada entre Sofia e Bruna.
e) Sofia sentada à direita das outras duas.
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a) 5.432
b) 50.432
c) 500.432
d) 54.032
e) 54.302
peso
86
85
84
83
82
81
80 semanas
0 1 2 3 4
10. Trinta balas são distribuídas entre 11 crianças. Podemos então afirmar
que:
a) Pelo menos 1 criança ganhou 4 balas.
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b) Pelo menos 2 crianças ganharam exatamente 5 balas.
c) 8 crianças ganharam 3 balas cada uma e as outras 3 ganharam 2 balas cada uma.
d) Pelo menos duas crianças ganharam o mesmo número de balas.
e) Nenhuma criança ficou sem balas.
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a) 10
b) 12
c) 8
d) 14
e) 7
98
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b) Bernardo.
c) Carlos.
d) Daniel.
e) Não é possível responder à pergunta com os dados fornecidos.
a) 49.
b) 50.
c) 85.
d) 139.
e) 140.
99
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I. Cinco pessoas numa sala têm idades diferentes.
II. As idades são indicadas por números inteiros.
III. Antônio é um ano mais velho que Maria.
IV. Maria é dois anos mais velha que João.
V. João é um ano mais moço que Suzana.
VI. Suzana é dois anos mais nova que Antônio.
VII. Lúcia é dois anos mais nova que João.
Qual das opções a seguir indica a ordem cronológica da pessoa mais velha para
a pessoa mais nova?
a) Antônio, Maria, João, Suzana e Lúcia.
b) Antônio, Maria, Suzana, Lúcia e João.
c) Antônio, Maria, João, Lúcia e Suzana.
d) Antônio, Maria, Suzana, João e Lúcia.
e) Antônio, João, Maria, Lúcia e Suzana.
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12. Paulo é professor de Matemática e adora propor aos seus alunos desafios
matemáticos. Um dia, ele propôs o seguinte desafio: “Joãozinho tem um saco
de balas. Ele deu a metade das balas e mais uma bala para Pedro. Em seguida,
deu para Ari a metade do que restou e mais uma bala. Restou-lhe ainda uma
bala. Quantas balas havia no saco? Um dos alunos, rapidamente, deu a
seguinte resposta: “A metade do número de alunos desta turma menos um”. O
número de alunos naquela turma era:
a) 30.
b) 28.
c) 23.
d) 22.
e) 20.
EXERCÍCIO 6
1. Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma festa com vestidos de cores
diferentes. Uma vestiu azul, a outra, branco, e a terceira, preto.
Chegando à festa o anfitrião perguntou quem era cada uma delas. A de azul
respondeu: “Ana é a que está de branco”. A de branco falou: “Eu sou Maria”. E a
de preto disse: “Cláudia é quem está de branco”. Como o anfitrião sabia que
Ana sempre diz a verdade, que Maria às vezes diz a verdade e que Cláudia
nunca diz a verdade, ele foi capaz de identificar corretamente quem era cada
pessoa. As cores dos vestidos de Ana, Maria e Cláudia eram, respectivamente:
a) Preta, branca e azul.
b) Preta, azul e branca.
c) Azul, preta e branca.
d) Azul, branca e preta.
e) Branca, azul e preta.
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a) André.
b) Eduardo.
c) Rafael.
d) João.
e) Não se pode saber com as informações dadas.
4. Resolvi presentear a cada um dos meus colegas com uma pasta para papéis.
Então entreguei a de cor branca ao Jonofon, a cinza ao Márcio Lima, e a preta
ao Roberto Vasconcelos e disse: “Nenhum de vocês recebeu a sua própria
pasta.” Para auxiliá-los dou-lhes ainda três informações, mas só uma delas é
correta:
- A do Jonofon não é a preta.
- A do Márcio não é a branca.
- A do Roberto é a cinza.
Depois de alguns segundos de silêncio, quase que simultaneamente, todos
disseram as cores corretas de suas próprias pastas. Riram-se e trocaram suas
pastas. As cores das pastas de Jonofon, Márcio e Roberto eram,
respectivamente:
a) Cinza, branca e preta.
b) Preta, branca e cinza.
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c) Branca, preta e cinza.
d) Cinza, preta e branca.
e) Preta, cinza e branca.
EXERCÍCIO 7
4. Três casas A, B e C foram pintadas, cada uma, com uma das seguintes cores:
verde, amarela ou branca, não necessariamente nesta ordem. Sabendo que
somente uma das seguintes afirmações é verdadeira:
A é verde.
B não é verde.
C não é amarela
Então, pode-se afirmar que:
a) A é amarela, B é branca e C é verde.
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b) A é amarela, B é verde e C é branca.
c) A é branca, B é verde e C é amarela.
d) A é branca, B é amarela e C é verde.
e) A é verde, B é amarela e C é branca.
EXERCÍCIO 8
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d) II é falsa ou IV é verdadeira.
e) IV é falsa se e somente se V é falsa.
EXERCÍCIO 9
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2. Sejam as seguintes proposições simples com seus respectivos valores
lógicos:
p: Bia é professora; V(p) = 1
q: Bia é filósofa; V(q) = 1
t: Bia é contadora. V(t) = 0
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2. Considere as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.
I. 20% de 40 é 8 e 5% de 50 é 2,5.
II. 15% de 50 é 7,5 ou 12% de 80 é 9,6.
III. ou 7 é primo ou 13 é primo.
IV. Se 5 não é par, então 15 é ímpar.
V. 8 não é primo se e somente se 2 é primo.
a) Ou II é verdadeira ou IV é verdadeira.
b) Ou I é verdadeira ou V é verdadeira.
c) Ou III é verdadeira ou IV é falsa.
d) Ou I é falsa ou III é verdadeira.
e) ou III é falsa ou IV é falsa.
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e) q p: Bia é filósofa, se ela é professora. Valor lógico = Verdadeiro.
EXERCÍCIO 10
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tabela-verdade, determine o valor lógico de cada uma das proposições
compostas a seguir:
a) (~p ~q) t.
b) (~q t) (~p t).
c) p (q ~t).
d) (q t) (~p ~t).
e) [~q (q ~p)] (p ~q).
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.
EXERCÍCIO 11
1. Sejam as proposições:
p: Ana é dedicada;
q: Paulo é estudioso.
Escreva uma frase que negue cada proposição composta. A seguir, indique
na linguagem simbólica a proposição original e também a sua negação.
a) Ana não é dedicada ou Paulo é estudioso.
b) Ana é dedicada e Paulo não é estudioso.
c) Se Ana é dedicada, então Paulo não é estudioso.
d) Ana não é dedicada, se Paulo não é estudioso.
e) Paulo é estudioso se, e somente se, Ana não é dedicada.
f) Ou Ana é dedicada ou Paulo não é estudioso.
g) Ana não é dedicada, nem Paulo é estudioso.
h) Paulo é estudioso, mas Ana não é dedicada.
i) Paulo não é estudioso, se Ana não é dedicada.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.
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f) Existe homem que não é feliz.
g) Alguns homens são fanáticos.
h) Ao menos uma mulher não é esperta.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.
EXERCÍCIO 12
3. Sejam as premissas:
X é A, ou Y é B.
Se X é A, então Z é C.
Y não é B, logo:
a) Z é C.
b) X não é A.
c) Z não é C e X é A.
d) Z não é C, ou Y é B.
e) Se Z é C, então Y é B.
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P6) K não é maior que L, se e somente se, M é maior que N.
P7) Ou M é maior que N, ou O é maior que P.
P8) Q é maior que R e A não é maior que B.
A partir destas premissas, deduza todas as relações de comparação
entre as letras, isto é, descubra quem é maior (igual) ou menor (igual) na
comparação das letras.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.
1. Para que a preposição “todos os homens são bons cozinheiros” seja falsa,
é necessário que:
a) Todas as mulheres sejam boas cozinheiras.
b) Algumas mulheres sejam boas cozinheiras.
c) Nenhum homem seja bom cozinheiro.
d) Todos os homens sejam maus cozinheiros.
e) Ao menos um homem seja mau cozinheiro.
4. Sejam as premissas:
Se X não é igual a 3, então Y é igual a 5.
Se X é igual a 3, então Z não é igual a 6.
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Ora, Z é igual a 6. Portanto:
a) X é igual a 3.
b) X é igual a 3, ou Z não é igual a 6.
c) Y é igual a 5.
d) X é igual a 3, e Z é igual a 6.
e) X não é igual a 3, e Y não é igual a 5.
5. Se Dalva é mais alta do que Maria, então João é mais alto do que Teliles.
Se Teliles é mais alto do que Anália, então Dalva é mais alta do que Maria.
Sabe-se que Teliles é mais alto do que Anália, logo,
a) Teliles é mais alto do que Maria e Anália é mais alta do que João.
b) João é mais alto do que Anália e Anália é mais alta do que Teliles.
c) Dalva é mais alta do que Maria e João é mais alto do que Anália.
d) Dalva não é mais alta do que Maria ou Anália é mais alta do que Teliles.
e) Teliles é mais alto do que João ou Anália é mais alta do que Teliles.
EXERCÍCIO 13
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Conclui-se que Ana:
a) Ou é estudiosa ou não é dedicada.
b) É simpática se e somente se não é alegre.
c) É elegante, se é dedicada.
d) Ou não é estudiosa ou não é bonita.
e) É elegante se e somente se não é dedicada.
2. Se em uma prova Ricardo terminou em 1º, Valdir não pode ter terminado
esta prova numa posição abaixo de:
a) 2º.
b) 3º.
c) 4º.
d) 5º.
e) 6º.
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EXERCÍCIO 14
1. Todo baiano gosta de axé music. Sabe-se também que esses dois conjuntos
não são iguais. Sendo assim, assinale a afirmação falsa.
a) Alguém que gosta de axé music é baiano.
b) Alguém que não é baiano gosta de axé music.
c) Alguém que não goste de axé music é baiano.
d) Alguém que não é baiano não gosta de axé music.
e) Alguém que gosta de axé music não é baiano.
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b) Alguém que não é administrador não é político.
c) Alguém que não é honesto é político.
d) Alguém que é administrador não é honesto.
e) Alguém que não é honesto não é político.
EXERCÍCIO 15
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b) Pode acontecer o fato de que Todo aquele que gosta de conversar é homem.
c) Pode acontecer o fato de que nenhum homem gosta de conversar.
d) Pode existir homem que não gosta de conversar.
e) Pode existir alguém que não gosta de conversar e é homem.
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c) Todo aquele que é honesto, não é político.
d) Algum honesto é político.
e) Algum administrador é político.
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