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Curso de Graduação a Distância

Lógica II
(4 créditos – 80 horas)

Autor:
Elvézio Scampini Junior Flores

Universidade Católica Dom Bosco Virtual


www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
Missão Salesiana de Mato Grosso
Universidade Católica Dom Bosco
Instituição Salesiana de Educação Superior

Chanceler: Pe. Gildásio Mendes dos Santos


Reitor: Pe. Ricardo Carlos
Pró-Reitora de Graduação e Extensão: Profª. Rúbia Renata Marques
Diretor da UCDB Virtual: Prof. Jeferson Pistori
Coordenadora Pedagógica: Profª. Blanca Martín Salvago

Direitos desta edição reservados à Editora UCDB


Diretoria de Educação a Distância: (67) 3312-3335
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Fone: (67) 3312-3800 Fax: (67) 3312-3302
CEP 79117-900 Campo Grande – MS

SCAMPINI JUNIOR, Elvézio Flores.

Lógica II / Elvézio Scampini Júnior Flores. Campo Grande: UCDB,


2017. 119 p.

Palavras-chave: 1. Lógica 2. Raciocínio 3. Boole 4. Dedução

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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO

Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do seu
curso.

Elementos que integram o material


Critérios de avaliação: são as informações referentes aos critérios adotados para a
avaliação (formativa e somativa) e composição da média da disciplina.
Quadro de Controle de Exercícios: trata-se de um quadro para você organizar a
realização e envio dos exercícios virtuais. Você pode fazer seu ritmo de estudo, sem ul-
trapassar o prazo máximo indicado pelo professor.
Conteúdo Desenvolvido: é o conteúdo da disciplina, com a explanação do professor
sobre os diferentes temas objeto de estudo.
Indicações de Leituras de Aprofundamento: são sugestões para que você possa
aprofundar no conteúdo. A maioria das leituras sugeridas são links da Internet para facilitar
seu acesso aos materiais.
Exercícios Virtuais: exercícios propostos que marcarão um ritmo no seu estudo. As
datas de envio encontram-se no calendário do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Como tirar o máximo de proveito


Este material didático é mais um subsídio para seus estudos. Consulte outros
conteúdos e interaja com os outros participantes. Portanto, não se esqueça de:
· Interagir com frequência com os colegas e com o professor, usando as ferramentas
de comunicação e informação do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA;
· Usar, além do material em mãos, os outros recursos disponíveis no AVA: aulas
audiovisuais, vídeo-aulas, fórum de discussão, fórum permanente de cada unidade, etc.;
· Recorrer à equipe de tutoria sempre que precisar orientação sobre dúvidas quanto a
calendário, exercícios, ferramentas do AVA, e outros;
· Ter uma rotina que lhe permita estabelecer o ritmo de estudo adequado a suas
necessidades como estudante, organize o seu tempo;
· Ter consciência de que você deve ser sujeito ativo no processo de sua aprendizagem,
contando com a ajuda e colaboração de todos.

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Objetivo Geral

O aprendizado da Lógica auxilia o raciocínio, a compreensão de conceitos básicos, a


verificação formal de programas e prepara o acadêmico para o entendimento de tópicos mais
avançados. Desenvolver nos alunos o conhecimento sobre a lógica matemática e o raciocínio
dedutivo (lógico) através de sistemas e problemas lógico-matemáticos. Definir as implicações
na lógica de argumentação e de equivalência, através dos critérios da lógica. Apresentar os
diagramas de Venn com o intuito de facilitar as relações de união e intersecção entre
conjuntos.

SUMÁRIO

UNIDADE 1 – RACIOCÍNIO LÓGICO E DEDUTIVO .............................................. 11


1.1 Problemas e Desafios Lógicos ................................................................................ 11
1.2 Metodologia.......................................................................................................... 15
1.3 Problemas da Verdade e da Mentira........................................................................ 25

UNIDADE 2 – OPERAÇÕES LÓGICAS ................................................................... 37


2.1 Conceitos de Proposições e Valores Lógicos............................................................. 37
2.2 Operações Lógicas sobre Proposições ..................................................................... 39
2.3 Propriedades Algébricas das Proposições (Álgebra de Boole)..................................... 50
2.4 Demonstrações das Propriedaes ............................................................................. 59

UNIDADE 3 – OPERAÇÕES COM CONJUNTOS – DIAGRAMA DE VENN ................ 63


3.1 Histórico............................................................................................................... 63
3.2 Representações de Diagramas ............................................................................... 63
3.3 Exemplos Resolvidos ............................................................................................. 65

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 84
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 85

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Avaliação

A UCDB Virtual acredita que avaliar é sinônimo de melhorar, isto é, a finalidade da


avaliação é propiciar oportunidades de ação-reflexão que façam com que você possa
aprofundar, refletir criticamente, relacionar ideias, etc.
A UCDB Virtual adota um sistema de avaliação continuada: além das provas no final de
cada módulo (avaliação somativa), será considerado também o desempenho do aluno ao longo de
cada disciplina (avaliação formativa), mediante a realização dos exercícios. Todo o processo será
avaliado, pois a aprendizagem é processual.
Para que se possa atingir o objetivo da avaliação formativa, é necessário que os
exercícios sejam realizados criteriosamente, atendendo ao que se pede e tentando sempre
exemplificar e argumentar, procurando relacionar a teoria estudada com a prática.
Os exercícios devem ser enviados dentro do prazo estabelecido no calendário de cada
disciplina.

Critérios para composição da Média Semestral:

Para compor a Média Semestral da disciplina, leva-se em conta o desempenho atingido


na avaliação formativa e na avaliação somativa, isto é, as notas alcançadas nos diferentes
exercícios virtuais e na(s) prova(s), da seguinte forma: Somatória das notas recebidas nos
exercícios pontuados, somada à nota da prova, dividido por 2. Caso a disciplina possua mais
de uma prova, será considerada a média entre as provas.
Média Semestral: Somatória (Exercícios pontuados Virtuais) + Média (Provas) / 2
Assim, se um aluno tirar 7 nos exercícios e 5 na prova: MS = 7 + 5 / 2 = 6
Antes do lançamento desta nota final, será divulgada a média de cada aluno, dando a
oportunidade de que os alunos que não tenham atingido média igual ou superior a 7,0 possam
fazer a Recuperação das Atividades Virtuais.
Se a Média Semestral for igual ou superior a 4,0 e inferior a 7,0, o aluno ainda poderá
fazer o Exame Final. A média entre a nota do Exame Final e a Média Semestral deverá ser
igual ou superior a 5,0 para considerar o aluno aprovado na disciplina.
Assim, se um aluno tirar 6 na Média Semestral e tiver 5 no Exame Final: MF = 6 + 5 /
2 = 5,5 (Aprovado).

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FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SEUS EXERCÍCIOS

O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização dos exercícios pontuados.


Faça seu cronograma:

AVALIAÇÃO PRAZO * DATA DE ENVIO **

Exercício Pontuado 1.1


Ferramenta: Questionário

Exercício Pontuado 1.2


Ferramenta: Questionário

Exercício Pontuado 2.1


Ferramenta: Questionário

Exercício Pontuado 2.2


Ferramenta: Questionário

Exercício Pontuado 3.1


Ferramenta: Questionário
* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviado o exercício (consulte o
calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou o exercício.

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BOAS VINDAS

Prezados acadêmicos, quero dar as boas vindas, espero que tenhamos um bom
convívio durante este semestre de aula e que possamos juntos construir laços de empatia
de modo a que nos sintamos extremamente à vontade para expor opiniões, dúvidas,
questionamentos, angústias, etc...
Da minha parte, farei o possível para colaborar no aprendizado e na formação de
cada um de vocês, com esse objetivo foram elaboradas várias aulas audiovisuais nesta
disciplina, material este que irá ajudar e muito no bom entendimento e na compreensão
de todo o conteúdo.
Há duas vantagens principais conferidas pelo estudo da lógica:
Primeiro, o indivíduo com conhecimento de lógica tem mais facilidade em organizar
e apresentar suas ideias. Ele distingue entre o essencial e o não essencial, usando
raciocínio claro e coerente para transmitir suas conclusões às outras pessoas.
Segundo, a lógica facilita a análise das ideias apresentadas por outros. O não
iniciado frequentemente se perde em argumentos complexos e, mesmo em casos mais
simples, confunde as premissas e as conclusões, rejeitando ou aceitando argumentos
através de reações não bem refletidas.
Se possível, conto com a colaboração de vocês no que diz respeito ao
acompanhamento da disciplina, isto é, não deixem para estudar todo o conteúdo de
última hora, mas procurem, sim, estar encaminhando os exercícios nos prazos
estabelecidos, isso será de grande importância para um bom desempenho e um resultado
excelente ao final do semestre.
Atenciosamente,

Prof. Elvézio

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Pré-teste

A finalidade deste pré-teste é fazer um diagnóstico quanto aos conhecimentos


prévios que você já tem sobre os assuntos que serão desenvolvidos nesta
disciplina. Não fique preocupado com a nota, pois não será pontuado.

1. Para fazer uma viagem Rio de Janeiro – São Paulo – Rio de Janeiro, é possível
usar como meio de transporte trem, ônibus ou avião. De quantos modos diferentes
é possível escolher os meios de transporte se não se deseja usar na volta o mesmo
meio de transporte utilizado na ida.
a) 3
b) 5
c) 6
d) 9

2. Em um campeonato de futebol cada equipe recebe dois pontos por vitória, um


ponto por empate e zero ponto por derrota. Sabendo que ao final do campeonato
cada equipe disputou 40 partidas e que uma determinada equipe obteve 24 pontos,
o número mínimo de derrotas sofridas por essa equipe foi:
a) 15
b) 16
c) 24
d) 28

3. Qual é a próxima palavra da sequência:


camiseta, amor, beleza, acetona, salada, abacaxi, mágico, americano, ...
a) natureza
b) maionese
c) basquete
d) publicação

4. Você é o professor de cinco alunos e eles colocam-se a sua frente para receber
uma série de exercícios. Tente nomeá-los, da esquerda para a direita, de acordo
com as informações:
1) Amauri está entre Marcelo e Lucas;
2) Geraldo está à esquerda de Jeferson;
3) Marcelo não está ao lado de Geraldo;
4) Geraldo não está ao lado de Jeferson.
A sequência correta é:
a) Geraldo, Lucas, Marcelo, Amauri e Jeferson.
b) Marcelo, Jeferson, Amauri, Lucas, Geraldo.
c) Geraldo, Jeferson, Lucas, Amauri, Marcelo.
d) Lucas, Geraldo, Amauri, Jeferson, Marcelo.

5. A sequência: 5, 13, 25, 41, X, 85 obedece a uma regra lógica. O termo X


dessa série é:
a) 51
b) 57
c) 61
d) 69

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6. Movendo-se palito(s) de fósforo na figura I, é possível transformá-la na figura
II, o menor número de palitos de fósforo que deve ser movido para fazer tal
transformação é:

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

7. O casal Silva tem vários filhos. Cada filha tem o mesmo número de irmãos e
irmãs, e cada filho tem duas vezes mais irmãs do que irmãos. Quantos filhos e
filhas há na família?
a) 12
b) 10
c) 9
d) 7

8. Em uma estante há 10 livros, cada um com 100 folhas.


Uma traça faminta come desde a primeira folha do primeiro
livro até a última folha do último livro. Quantas folhas a traça
faminta comeu?
a) 802
b) 998
c) 1.000
d) 1.018

9. Seu professor de Geometria pede para você calcular um lado de um triângulo


escaleno usando a lei dos co-senos. Qual das respostas abaixo não pode ser a
correta?
a) 7
b) 0,0005
c) 
d) –1,27

10. Em um certo verão, uma fábrica de sorvetes realizou uma promoção que previa
a troca de dez palitos de sorvete por um sorvete de palito. Nessa promoção, um
palito de sorvete corresponde a que fração do preço de um sorvete?
a) 1/9
b) 1/10
c) 1/11
d) 2/10

Submeta o Pré-teste por meio da ferramenta Questionário.

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INTRODUÇÃO

Na presente disciplina serão apresentados diversos problemas motivando o


desenvolvimento do raciocínio lógico dedutivo e uma das suas finalidades se deve ao fato de
que o prazer de ultrapassar desafios leva ao amadurecimento do estudante, que acaba
levando para toda a sua vida e para as demais disciplinas que serão estudadas no curso.
Na Unidade 1, será abordada a resolução de problemas e desafios lógicos. Esses
problemas foram retirados principalmente dos testes da Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD)1, criados em 1987. Trata-se de um exame
nacional que avalia os conhecimentos das línguas portuguesa e inglesa e as habilidades em
raciocínios lógico, quantitativo e analítico. Esse exame tem sido utilizado por diversas
instituições como parte dos processos de seleção de cursos de pós-graduação stricto sensu e
de cursos profissionalizantes de Administração, Ciências Contábeis e áreas afins, além de
requisito básico em processos seletivos de diversas organizações. Para simplificar, foi escolhido
como eixo o teste ANPAD, pela beleza dos problemas apresentados, entretanto, também serão
resolvidos problemas que caíram em diversos concursos públicos, bem como exercícios
interessantes de sites em geral.
Na unidade 2, será abordada a Álgebra de Boole, aqui denominada por operações
lógicas. Assim, teremos a oportunidade de definir as implicações na lógica de argumentação e
de equivalência, por meio dos critérios da lógica.
Na Unidade 3, serão apresentados os diagramas de Venn, com objetivo de
complementar os conhecimentos tratados na unidade anterior, mas como uma visão espacial,
sendo utilizada, para isso, a Teoria de Conjuntos.

1
Ver site: http://www.anpad.org.br/.

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UNIDADE 1

RACIOCÍNIO LÓGICO E DEDUTIVO


OBJETIVO DA UNIDADE: Ensinar Matemática por meio de desafios despertando o
interesse, a curiosidade e o raciocínio lógico. Desenvolver a criatividade, aumentando a
atenção e a concentração do aluno.

1.1 Problemas e Desafios Lógicos

Iniciaremos este texto com uma breve citação de um dos matemáticos que deu
significado ao estudo da Lógica.
Segundo Polya (1944):

Uma grande descoberta resolve um grande problema, mas há sempre uma


pitada de descoberta na resolução de qualquer problema. O problema pode
ser modesto, mas se ele desafiar a curiosidade e puser em jogo as
faculdades inventivas, quem o resolver por seus próprios meios,
experimentará a tensão e gozará o triunfo da descoberta. Experiências tais,
numa idade suscetível, poderão gerar o gosto pelo trabalho mental e deixar,
por toda a vida, a marca na mente e no caráter.

1.1.1 A quem interessa a lógica?

Em primeiro lugar, lógica não é psicologia, no que diz respeito a ensinar como pensar.
Ela não descreve o que as pessoas pensam, ou como uma pessoa chega a uma determinada
conclusão, o que ela faz é sugerir uma linha de pensamento de modo a colaborar a raciocinar
corretamente, sugerindo etapas lógicas que facilitam a determinação de uma resposta, deste
modo ela sugere caminhos que uma pessoa deve seguir para alcançar conclusões corretas.
A lógica se relaciona com todo pensamento; ela é fundamental para todas as áreas e
qualquer formação, e isso não inclui apenas a matemática, mas pode auxiliar em qualquer
disciplina relacionada à filosofia, engenharia, direito, contabilidade, administração, entre
outras.
O estudo da lógica interessa a todos. No dia a dia, vivemos constantemente
argumentando, ora tentando convencer os outros de nossas conclusões, ora sendo levados a
concordar com nossos interlocutores.

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1.1.2 Método Dedutivo

Vamos iniciar procurando compreender o conceito da dedução lógica, para então,


utilizarmos o seu exercício. O método dedutivo é a modalidade de raciocínio lógico que
faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada(s) premissa(s),
que são as verdades absolutas num problema. Essencialmente, os raciocínios dedutivos se
caracterizam por apresentar conclusões que devem, necessariamente, ser verdadeiras, caso
todas as premissas sejam verdadeiras bem como se o raciocínio respeita uma forma lógica
válida.
Talvez o veículo que mais tenha contribuído para tornar famoso o método dedutivo foi
a literatura popular, com as publicações das obras de Sir Arthur Conan Doyle, no qual o seu
personagem principal, o detetive Sherlock Holmes, conseguia resolver casos mirabolantes
através do método da dedução lógica2. Esse personagem também foi adaptado para o cinema
algumas vezes, alcançando diversos fãs3. Vale ressaltar que Doyle demonstrou que toda
dedução lógica, uma vez explicada, torna-se “infantil”, pois a conclusão provoca espanto e
admiração apenas enquanto os passos de seu desenvolvimento investigativo ainda são
desconhecidos.
Note que essa ideia é similar a empregada por George Pólya, considerado por muitos o
pai do raciocínio lógico, que formulou as quatro etapas essenciais para a resolução de
problemas:
1ª etapa - Compreender o problema;
2ª etapa - Traçar um plano;
3ª etapa - Colocar o plano em prática;
4ª etapa - Comprovar os resultados.

1.1.3 Raciocínio Lógico


O raciocínio lógico é uma ferramenta indispensável para a realização de muitas tarefas
específicas em quase todas as atividades humanas, pois é fundamental para a estruturação do
pensamento na resolução de problemas.

2
Alguns romances policiais publicados pelo autor:
Um estudo em vermelho, 1887.
O signo dos quatro, 1890.
O cão dos Baskervilles, 1902.
O vale do Terror, 1915.
3
Sugiro assistir a alguns filmes envolvendo o personagem Sherlock Holmes, tais como:
O enigma da pirâmide de 1985
Sherlock Holmes de 2009
Sherlock Holmes – O jogo de sombras de 2011
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Se nos mantivermos atentos, por exemplo, unicamente às mensagens publicitárias que
enchem as ruas e invadem nossas casas, já teremos muitas oportunidades para exercícios de
raciocínio lógico.
Quer ver? A história abaixo confirma essa necessidade.

Problema Motivacional:
Segundo a tradição da tribo logicaetês, ao atingirem a idade adequada para o
casamento, os homens devem submeter-se a uma prova de competência lógica. Somente os
que superam este obstáculo têm permissão para casar-se. A prova é sempre decisiva: vencê-la
é a certeza da glória; perdê-la significa o fim das esperanças.
Totelesáris, um jovem índio desta tribo, caiu de amores pela bela Masófis. Desejando
casar-se com ela, viu chegar a sua vez de enfrentar a prova pré-nupcial. A ele foi proposto o
seguinte desafio:

No meio da aldeia, há duas cabanas rigorosamente


idênticas. Dentro de uma delas o espera Masófis. A outra, no
entanto, apenas recobre um poço habitado por jacarés ferozes,
capazes de devorar qualquer um que ultrapasse a entrada.
Cada cabana tem apenas uma porta, permanentemente
fechada e vigiada por um índio, que conhece perfeitamente o
conteúdo da cabana que vigia.
Totelesáris deve escolher uma das cabanas e entrar: se
encontrar a sua amada, poderá casar-se com ela; se entrar na dos
jacarés, será devorado instantaneamente. Antes de realizar sua
escolha, ele terá permissão de fazer uma única pergunta ao índio
que guarda a porta de uma das cabanas.
Mas Totelesáris deve ainda levar em conta outro
pormenor: um dos guardas mente sempre, enquanto o outro só
fala a verdade.

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Baseado na resposta de um desses guardas, Totelesáris deverá decidir-se por uma das
cabanas. Como ele deve proceder para não ser devorado pelos jacarés? Que pergunta ele
deve fazer a um dos índios para ter certeza de que cairá nos braços de Masófis? Parece que
não há mesmo saída, não é mesmo? No entanto, você pode estar certo de que é possível
encontrar a cabana de Masófis fazendo uma só pergunta a um dos guardas, mesmo sem
saber se este guarda diz a verdade ou mente. Vamos raciocinar juntos e ajudar Totelesáris a
se livrar dos dentes dos jacarés.
Comecemos chamando de M o índio mentiroso e de V o índio que só diz a verdade. Se
perguntássemos a qualquer um deles: “Em que cabana se encontra Masófis? M mentiria
indicando a caba errada e V indicaria a cabana certa. Mas como descobrir quem está falando a
verdade? Por esse caminho não chegaremos a nenhuma conclusão, afinal não sabemos
distinguir o índio que mente do índio que só fala a verdade.
E se fizéssemos a seguinte pergunta a cada um deles: “Se eu perguntasse ao seu
colega qual a cabana de Masófis, o que ele responderia?” Vamos ver a resposta de cada um:
1.º) Se a pergunta fosse feita ao mentiroso: Como V indicaria corretamente a cabana de
Masófis, M mentiria dizendo que V indicou a cabana dos jacarés, deste modo a cabana
indicada seria a dos jacarés.
2.º) Se a pergunta fosse feita ao guarda que só diz a verdade: Como M mentiria, indicando a
cabana dos jacarés, V responderia a verdade, indicando a mesma cabana apontada pelo
mentiroso, a dos jacarés, afinal V não pode mentir, então manteria a versão mentirosa de
M.
Ora, vejam só! Fazendo essa pergunta a qualquer um dos guardas, obteremos sempre
uma única indicação: a cabana dos jacarés.
É lógico, então, que Totelesáris deverá entrar na outra cabana para encontrar sua
Masófis. Este desafio, então, já foi vencido. Veja que usando o raciocínio lógico poupamos
Totelesáris de ser devorado pelos jacarés.
Mas, e se o desafio fosse descobrir qual dos índios sempre mente e qual deles sempre
diz a verdade, que pergunta deveria ser feita?
Utilizando a mesma linha de raciocínio, Totelesáris poderia fazer a seguinte pergunta a
qualquer um dos índios: “Se eu perguntasse para o seu colega se ele fala a verdade, ele
responderia que sim ou que não”? Vamos ver a resposta de cada um:

1.º) Se a pergunta fosse feita ao mentiroso: Como V responderia que sim, eu falo a
verdade, M responderia o contrário, ou seja, ele mentiria dizendo que V responderia que
NÃO.

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2.º) Se a pergunta fosse feita ao guarda que só diz a verdade: Como M mentiria,
respondendo que sim, eu falo a verdade, ou seja, o contrário de sua realidade, V responderia
exatamente a mesma resposta que recebeu, pois dizendo a verdade, ele deve dizer o que
ouviu, respondendo, portanto, que SIM.
Deste modo, Totelesáris saberia que se a resposta fosse NÃO, então o índio na qual a
pergunta foi feita é o mentiroso, entretanto, se a resposta fosse SIM, esse índio seria aquele
que fala a verdade.

1.2 Metodologia

Para desenvolver o raciocínio é fundamental permitir que você (leitor) escolha


livremente o método (caminho) que deseja utilizar, afinal a explicação prévia para um
problema de raciocínio lógico retira a possibilidade de alguém pensar por si mesmo,
aumentando as chances de você apresentar grandes dificuldades para resolver os próximos
problemas. Deste modo, este material será composto por poucos problemas contendo uma
resolução detalhada por escrito, entretanto, será apresentada uma série de exercícios
propostos cuja solução será disponibilizada através de videoaulas, sendo sugerido que você
tente resolver antes de acessar ao vídeo contendo a resolução.
Como sugestão de etapas para uma melhor metodologia para resolver um problema,
sugere-se primeiramente a realização de uma leitura detalhada dos enunciados dos exercícios,
para em seguida, iniciar o processo de busca da solução. Quando esta não é atingida, é
necessária uma leitura mais atenta, para que você possa identificar algum detalhe que não foi
percebido anteriormente e, assim, chegar à solução mais adequada.
Usando essa metodologia na resolução de exercícios de raciocínio, você pode
estruturar e dar ordem ao seu pensamento, conseguindo atingir um nível de abstração mais
elevado. Pensando nesta metodologia, sugiro mais uma vez que você tente resolver os
problemas a seguir antes de consultar a explicação do problema.

ATENÇÃO!

Todos os exemplos contêm uma explicação do procedimento que deve seguir o


raciocínio para se chegar à solução de problemas relacionados à verdade e à mentira. Mas,
caso você não consiga entender suficientemente, lembre-se de que todos os exemplos têm um
vídeo explicativo, em que o professor os explica passo a passo, utilizando diversas hipóteses.

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Exemplo 1: Confusão com os professores
Ramirez aprontou uma baita confusão: trocou as caixas
de giz e as papeletas de aulas dos professores: Júlio, Márcio e
Roberto. Cada um deles ficou com a caixa de giz de um segundo
e com a papeleta de aulas de um terceiro. O que ficou com a
caixa de giz do professor Márcio está com a papeleta de aulas do
professor Júlio. Portanto:
a) Quem está com a papeleta de aulas do Roberto é o Márcio.
b) Quem está com a caixa de giz do Márcio é o Júlio.
c) Quem está com a papeleta de aulas do Márcio é o Roberto.
d) Quem está com a caixa de giz do Júlio é o Roberto.
e) O que ficou com a caixa de giz do Júlio está com a papeleta de aulas do Márcio.
Solução: Neste tipo de problema, em que cada informação está sendo subdividida,
aconselha-se a montagem de uma tabela para se ter uma visão melhor dos dados fornecidos
no enunciado. Veja:

NOME CAIXA DE GIZ PAPELETAS DE AULA


JÚLIO
MÁRCIO
ROBERTO

Lembre-se que Ramirez aprontou uma baita confusão trocando as caixas de giz e as
papeletas de aulas dos professores, ficando cada um deles com a caixa de giz de um segundo
e com a papeleta de aulas de um terceiro, logo nenhum deles possui um objeto próprio. O
enunciado ainda informa que o que ficou com a caixa de giz do professor Márcio está com a
papeleta de aulas do professor Júlio; então se faça a seguinte pergunta: Qual é o único
professor que poderia ter ficado com este material, ou seja, ter ficado com algo de Márcio e
de Roberto? Acertou quem respondeu: Roberto.
Vamos então inserir este dado na tabela:

NOME CAIXA DE GIZ PAPELETAS DE AULA


JÚLIO
MÁRCIO
ROBERTO MÁRCIO JÚLIO

Pensando no material que está com o professor Júlio, podemos deduzir que não é a
caixa de giz do professor Márcio, afinal este material está com o Roberto. D este modo, como

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Júlio deve ter em mãos algo do Márcio, este só pode ser suas papeletas de aula, assim sendo,
como Júlio também deve ter algo do Roberto, este só poderia ser sua caixa de giz.
Vamos então inserir este dado na tabela:

NOME CAIXA DE GIZ PAPELETAS DE AULA


JÚLIO ROBERTO MÁRCIO
MÁRCIO
ROBERTO MÁRCIO JÚLIO

Por dedução, Márcio só poderia ter ficado com a caixa de giz do Júlio, afinal é a única
caixa de giz que ainda não foi descoberta; e a papeletas de aula do Roberto, pelo mesmo
motivo.
Deste modo, podemos finalizar nossa tabela:
NOME CAIXA DE GIZ PAPELETAS DE AULA
JÚLIO ROBERTO MÁRCIO
MÁRCIO JÚLIO ROBERTO
ROBERTO MÁRCIO JÚLIO

Analisando as alternativas, conclui-se que a correta é a A:


Quem está com a papeleta de aulas do Roberto é o Márcio.
Observação: O recurso que foi utilizado neste problema, que é a montagem de uma tabela,
pode ser usado em muitos outros, basta perceber a necessidade de se ter uma visão melhor
dos dados do enunciado.

Exemplo 2: Teste de Admissão


Uma empresa estava contratando um novo funcionário e uma das provas da seleção
era responder à seguinte questão por escrito:
Você está dirigindo seu carro numa perigosa noite de
tempestade. Passa por um ponto de ônibus e vê três pessoas
esperando por ele:
 Uma velha senhora que parece estar à beira da morte.
 Um médico que salvou sua vida no passado.
 A pessoa que habita seus sonhos.
Você só pode levar uma pessoa no carro. Quem você escolheria? Justifique sua resposta.
Comentário: Este teste é bem interessante. É um tipo de teste de personalidade em que
cada resposta possível tem um significado. Você poderia pegar a velha senhora que estava

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para morrer. Ficaria com a consciência tranquila. Ou você pegaria o médico, porque ele salvou
sua vida no passado, e esta seria a chance perfeita para retribuir este favor. No entanto, você
ainda poderia saldar esta dívida em outra ocasião, mas talvez não pudesse encontrar mais o
amor da sua vida se deixasse passar essa chance. Observe quantas variáveis estão presentes
nesta decisão.
Solução: A melhor alternativa frente a este problema é:
"Entregar a chave do carro para o médico, deixá-lo levar a velha senhora para o
hospital e ficar esperando pelo ônibus com a pessoa dos meus sonhos".

Conclusão: Às vezes, ganharíamos muito mais se estivéssemos dispostos a abrir mão de


nossas teimosas limitações! Pense nisso.

Exemplo 3: Escolha de Sapatos


Há dez pares de sapatos vermelhos, dez pares de sapatos azuis, dez pares de sapatos
brancos e dez pares de sapatos verdes numa gaveta. Com
base nessas informações, responda as duas perguntas
abaixo:

Problema 1: Se você introduzir a mão na gaveta no


escuro, qual é o menor número de sapatos que você tem
que tirar para ter a certeza de que tirou dois sapatos da
mesma cor? Lembre-se que está tudo escuro, isto é, você
não pode contar com a sorte.

Problema 2: E para ter a certeza de que tirou um par (esquerda e direita) da mesma cor?
Solução: Esse problema envolve uma teoria denominada Princípio da Casa dos Pombos4
(PCP).

4
Retirado do site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_casa_dos_pombos. O Princípio
do Pombal ou Princípio da Casa dos Pombos (PCP) é a afirmação de que se n pombos devem ser
postos em m casas, e se n > m, isto é, se houver mais pombos do que casas, então pelo menos uma
casa irá conter mais de um pombo. Matematicamente falando, isto quer dizer que se o número de
elementos de um conjunto finito A é maior do que o número de elementos de outro conjunto B, então
uma função de A em B não pode ser injetiva. É também conhecido como Teorema de
Dirichlet ou Princípio das Gavetas de Dirichlet, pois se supõe que o primeiro relato deste princípio
foi feito por Dirichlet em 1834, com o nome de Schubfachprinzip ("Princípio das Gavetas"). O Princípio
do Pombal é um exemplo de um argumento de calcular que pode ser aplicado em muitos problemas
formais, incluindo aqueles que envolvem um conjunto infinito. Embora se trate de uma evidência
extremamente elementar, o princípio é útil para resolver problemas que, pelo menos à primeira vista,
não são imediatos. Para aplicá-lo, devemos identificar, na situação dada, quem faz o papel dos objetos
(pombos) e quem faz o papel das gavetas (casas).

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Para ter a certeza de que você tirou dois sapatos da mesma cor são necessárias cinco
retiradas. Note que se você tirar até quatro sapatos, nada garante que você já tirou dois
sapatos da mesma cor, pois os quatro sapatos poderiam ter cores diferentes, entretanto, se
você retirar mais um sapato, certamente ele será de alguma cor que já apareceu
anteriormente, logo a resposta é cinco. A quinta cor
terá que combinar com uma das quatro já retiradas.
Aplicando o PCP, note que há quatro cores
diferentes, isto é, 4 casas, então para se ter a certeza
de que pelo menos uma casa irá conter mais de um
pombo, devemos ter no mínimo 5 pombos, ou seja,
cinco sapatos.

Para ter a certeza de que você tirou um par de


sapatos da mesma cor são necessárias quarenta e
uma retiradas. Imagine que pode acontecer de você retirar sapatos de um mesmo lado de
cada uma das cores, ou seja, você, por uma grande obra do acaso, retira todos os sapatos do
lado esquerdo, isso totalizaria até 40 possibilidades e você ainda não teria retirado um par
(esquerda e direita) da mesma cor, mas se você retirar mais um, com certeza esse fará par
com alguma cor anterior.
Aplicando o PCP, note que há quarenta sapatos de um mesmo lado, isso considerando
que há dez sapatos de um mesmo lado de cada cor e são quatro cores diferentes, isto é, 40
casas, então para se ter a certeza de que pelo menos uma casa irá conter mais de um pombo,
devemos ter no mínimo 41 pombos, ou seja, quarenta e um sapatos.
Esse número para ser excessivo, mas lembre-se de que não podemos contar com a
sorte em hipótese alguma, por isso é melhor imaginar que você é uma pessoa “azarada” e que
precisa do máximo de chances para se ter a certeza de algo. Esse máximo será o mínimo
proposto pelo problema.
Esse problema é bem mais simples, mas ainda assim muitos diriam que é necessário
retirar 61 sapatos, o que na verdade é um grande absurdo, pois seriam 61 sapatos, caso o
problema pedisse para retirar pelo menos um sapato de cada cor e 71 caso o objetivo fosse o
de retirar pelo menos um par de sapatos de cada cor. Neste tipo de problema, pense sempre
na pior possibilidade, pois é este raciocínio que vai garantir o número mínimo de possibilidades
necessárias para se alcançar um determinado objetivo.

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Exemplo 4: Floresta com um milhão de árvores

Uma floresta tem um milhão de árvores. Nenhuma das árvores tem mais de 300 mil
folhas em sua copa. Pode-se afirmar que:
a) Certamente existem árvores com copas de mesmo total de folhas nessa floresta.
b) Somente por acaso haverá árvores com copas de igual total de folhas na floresta.
c) Certamente existem árvores com menos de 300 mil folhas em sua copa.
d) O número médio de folhas nas copas é de 150 mil.
e) Nada do que foi dito pode ser concluído dos dados apresentados.
Solução: A resposta correta é a alternativa A.
Vamos tentar imaginar uma floresta sem ter árvores de igual número de folhas, ou
seja, árvores com copas de diferentes totais de
folhas.
Teremos então 300.001 tipos diferentes
de copas de árvore: uma copa nula (sem
nenhuma folha), outra só com 1 folha, outra
com 2 folhas, ..., outra com 299.999 folhas e,
finalmente, uma com 300.000 folhas (limite
apresentado pelo enunciado). Note que foram
descritas todas as possibilidades de 0 a 300.000
folhas.
Para até 300.001 árvores poderemos encontrar copas distintas. Se considerarmos uma
árvore além dessas, ela só poderá ter uma das seguintes copas: com 0 folha, ou com 1 folha,
ou com 2 folhas, ou ... com 300.000 folhas. A repetição é inevitável! Teremos, assim, pelo
menos 1.000.000 – 300.001 = 699.999 árvores com copas que repetem o número de folhas
de outras árvores, obrigatoriamente.
Por isso a resposta é a alternativa (a) Certamente existem árvores com copas de
mesmo total de folhas nessa floresta.
Uma resposta muito comum é a (c), que seria errada. O engano que leva tantas
respostas para uma alternativa errada é o de considerar que "nenhuma das árvores tem mais
de 300 mil folhas em sua copa" leva à conclusão de que "certamente existem árvores com
menos de 300 mil folhas em sua copa". Na verdade, se todas as copas tivessem 300 mil
folhas, elas estariam dentro da condição proposta pelo enunciado (mesmo que essa ocorrência
fosse muito improvável, ainda assim é possível, por isso ela deve ser considerada.).

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Esse problema também envolve o Princípio da Casa dos Pombos: (PCP) se tivermos
mais pombos do que casas para abrigá-los, algumas casas terão necessariamente de ser
compartilhadas por mais de um pombo.

Exemplo 5: Que número João pensou?

João e um grupo de amigos gostam de se reunir para fazer jogos de adivinhação.


Numa dessas reuniões, João pensa em um número com quatro algarismos distintos e informa
ao grupo que esse número obedece às seguintes condições:
- não tem algarismos em comum com 3.658;
- tem três algarismos em comum com 6.194;
- tem dois algarismos em comum com 3.940. Nos dois
números, esses algarismos ocupam as mesmas posições;
- tem um só algarismo em comum com 7.831, mas a
posição do algarismo comum nos dois números é
diferente.
Com essas informações, o grupo já sabe qual é o
número escolhido por João. Agora é a sua vez, qual foi o número escolhido por João?

Solução: Para resolver este problema, escreveremos todos os algarismos:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
para, em seguida, analisarmos cada uma das condições:

1ª condição: Não tem algarismos em comum com 3.658.


Com esta informação se elimina os números: 3, 6, 5 e 8.
Sobram então:

0 1 2 4 7 9

2ª condição: Tem três algarismos em comum com 6.194.


Como o algarismo 6 já foi eliminado, necessariamente, 1, 9 e 4 são algarismos do
número pensado, mas ainda falta um algarismo. Observe que já estamos muito próximos da
resposta.

0 1 2 4 7 9

3ª condição: Tem dois algarismos em comum com 3.940. Nos dois números, esses algarismos
ocupam as mesmas posições.

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Lembrando que os algarismos: 9 e 4 já pertencem ao número pensado, e nesta
informação só há 2 algarismos em comum, então, podemos deduzir que os outros dois
algarismos: 3 e 0 não pertencem ao número pensado, deste modo, podemos eliminá-los:

1 2 4 7 9
Essa condição também informa que os dois algarismos comuns ocupam as mesmas
posições, logo o algarismo 9 ocupa a casa das centenas (como em 3.940) e o 4 ocupa o das
dezenas (como em 3.940). Não sabemos ainda que posição ocupa o algarismo 1, (outro
algarismo comum já descoberto anteriormente). Para o último algarismo, restam apenas duas
opções: 2 ou 7.

1 2 4 (dezena) 7 9 (centena)

4ª condição: Tem um só algarismo em comum com 7.831, mas a posição do algarismo comum
nos dois números é diferente.
Já sabíamos que o algarismo 1 era comum, e como nesta informação há apenas um
algarismo em comum, então só pode ser o 1. Deste modo, podemos descartar o algarismo 7,
caso contrário haveria dois algarismos em comum. Sobraram então:

1 2 4 (dezena) 9 (centena)
A condição ainda informa que a posição do algarismo comum nos dois números é
diferente, logo o algarismo 1 não pode ser a unidade (como em 7.831), sendo, portanto, o
algarismo do milhar.

1 (milhar) 2 4 (dezena) 9 (centena)


Como restou apenas o algarismo 2, então com certeza ele é comum e só pode ocupar
a única posição desconhecida, que é das unidades.

1 (milhar) 2 (unidades) 4 (dezena) 9 (centena)

Conclusão: O número pensado por João é 1.942.

Exemplo 6: Quais são os números das cartas?


Há três cartas viradas sobre uma mesa. Sabe-se que em cada uma delas está escrito
um número inteiro positivo. São dadas a Carlos, Samuel
e Tomás as seguintes informações:
- todos os números escritos nas cartas são diferentes;
- a soma dos números é 13;
- os números estão em ordem crescente, da esquerda
para a direita.

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Primeiro Carlos olha o número na carta da esquerda e diz: "Não tenho informações
suficientes para determinar os outros dois números." Em seguida, Tomás olha o número na
carta da direita e diz: "Não tenho informações suficientes para determinar os outros dois
números." Por fim, Samuel olha o número na carta do meio e diz: "Não tenho informações
suficientes para determinar os outros dois números." Sabendo que cada um deles sabe que os
outros dois são inteligentes e escuta os comentários dos outros, qual é o número da carta do
meio?
Solução: Escrevendo todas as combinações possíveis que contemplam as condições do
problema, ou seja, números inteiros diferentes que somam 13 e estão em ordem crescente da
esquerda para a direita, temos:

(1, 2, 10) Soma = 13, ordem crescente


(1, 3, 9) Soma = 13, ordem crescente
(1, 4, 8) Soma = 13, ordem crescente
(1, 5, 7) Soma = 13, ordem crescente
(2, 3, 8) Soma = 13, ordem crescente
(2, 4, 7) Soma = 13, ordem crescente
(2, 5, 6) Soma = 13, ordem crescente
(3, 4, 6) Soma = 13, ordem crescente

Carlos, quando ergueu a carta da esquerda, poderia ter visto ou o 1 ou o 2 ou o 3,


entretanto, a reação dele foi de afirmar que: “Não tenho informações suficientes para
determinar os outros dois números”, isso significa que ele só poderia ter visto os algarismos 1
ou 2, já que com o algarismo 1 há quatro opções: (1, 2, 10), (1, 3, 9), (1, 4, 8), (1, 5, 7) e
com o algarismo 2 há três opções: (2, 3, 8), (2, 4, 7), (2, 5, 6), que obviamente gerariam
dúvidas.
Podemos então eliminar a opção: (3, 4, 6), isso porque este é o único caso em que a
carta da esquerda não se repete e se Carlos tivesse visto o 3, ele teria respondido: “Já sei os
números das três cartas”, deste modo, ele não expressaria dúvidas.
As opções do momento são:
(1, 2, 10) Soma = 13, ordem crescente
(1, 3, 9) Soma = 13, ordem crescente
(1, 4, 8) Soma = 13, ordem crescente
(1, 5, 7) Soma = 13, ordem crescente
(2, 3, 8) Soma = 13, ordem crescente
(2, 4, 7) Soma = 13, ordem crescente
(2, 5, 6) Soma = 13, ordem crescente

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Tomás, quando ergueu a carta da direita, poderia ter visto ou o 6 ou o 7 ou o 8 ou o 9
ou o 10, entretanto, a reação dele foi de afirmar que: “Não tenho informações suficientes para
determinar os outros dois números”, isso significa que ele só poderia ter visto os algarismos 7
ou 8, já que com o algarismo 7 há duas opções: (1, 5, 7) e (2, 4, 7) e com o algarismo 8
também há duas opções: (1, 4, 8) e (2, 3, 8), que obviamente gerariam dúvidas.
Podemos, então, eliminar as opções: (1, 2, 10), (1, 3, 9), (2, 5, 6), isso porque
estes são os únicos casos em que a carta da direita não se repete e se Tomás tivesse visto o
10 ou o 9 ou o 6, ele teria respondido: “Já sei os números das três cartas”, deste modo, ele
não expressaria dúvidas.
As opções do momento são:
(1, 4, 8) Soma = 13, ordem crescente
(1, 5, 7) Soma = 13, ordem crescente
(2, 3, 8) Soma = 13, ordem crescente
(2, 4, 7) Soma = 13, ordem crescente
Samuel, ao levantar a carta do meio, poderia ter visto ou o 3 ou o 4 ou o 5, entretanto,
a reação dele foi de afirmar que: “Não tenho informações suficientes para determinar os
outros dois números”, isso significa que ele só poderia ter visto o algarismo 4, já que com o
algarismo 4 há duas opções: (1, 4, 8) e (2, 4, 7), que obviamente gerariam dúvidas.
Podemos, então, eliminar as opções: (1, 5, 7) e (2, 3, 8), isso porque estes são os
únicos casos em que a carta do meio não se repete e se Tomás tivesse visto o 5 ou o 3, ele
teria respondido: “Já sei os números das três cartas”, deste modo, ele não expressaria
dúvidas.
As duas únicas opções que restaram são:

(1, 4, 8) Soma = 13, ordem crescente

(2, 4, 7) Soma = 13, ordem crescente

Como o problema pergunta qual é a carta do meio e a carta do meio nos dois casos é a
mesma, podemos afirmar que é quatro.
Vale ressaltar que se o problema tivesse perguntado os algarismos das três cartas, não
teria sido possível apresentar uma única resposta.

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ATENÇÃO!
O objetivo dos exercícios a seguir é que você treine o seu raciocínio sem ser avaliado,
apenas como treinamento para habilitar você a fazer corretamente os exercícios pontuados,
que serão sim avaliadas.
A metodologia sugerida para os exercícios propostos é:

- em primeiro lugar tente resolver o exercício proposto sozinho;

- caso você não tenha conseguido chegar à resposta correta na primeira tentativa, volte ao
enunciado do exercício e tente uma nova estratégia;

- se após a segunda tentativa, você ainda não tiver encontrado à resposta correta, esta
aparecerá automaticamente para você.

Tenha acertado ou não, assista ao vídeo do professor correspondente ao exercício. No


vídeo, o professor apresenta uma maneira de chegar ao resultado que poderá ser diferente
da utilizada por você. Pois, na realidade, não existe apenas um procedimento ou caminho
adequado, mas múltiplas possibilidades de se chegar à resposta. Nesse sentido, é
interessante que, mesmo tendo atingido o resultado, você sempre assista aos vídeos para
contrastar sua lógica com a lógica do professor (lembre que as duas podem estar
corretas!!!).

Antes de continuar seu estudo, resolva os Exercícios


1, 2, 3, 4 e 5 e os Exercícios pontuados 1.1 e 1.2.

1.3 Problemas da Verdade e da Mentira

Verdade significa aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que
é verdadeiro, é a ausência da mentira. Verdade é também a afirmação do que é correto,
do que é seguramente o certo e está dentro da realidade apresentada.
Mentira é a afirmação de algo que se sabe ou suspeita ser falso; não contar a
verdade ou negar o conhecimento sobre alguma coisa que é verdadeira. A mentira é o ato de
mentir, enganar, iludir ou ludibriar.
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O termo "mentira" é utilizado como uma oposição ao que é verdade, ou seja, a mentira
é o antônimo da verdade.
Nos problemas lógicos que envolvem uma mentira, o significado é exatamente este,
quando uma afirmação é assumida como mentira ou falsa, significa que o seu
oposto pode ser considerado como uma verdade.
Uma metodologia que pode ser aplicada para resolver problemas deste contexto é a
realização de hipóteses, neste caso, você levanta uma hipótese de que uma determinada
afirmação é verdadeira (ou falsa) ou de que um determinado personagem é inocente (ou
culpado) e analisa os demais dados do problema procurando manter esta hipótese válida. Vão
ocorrer duas possibilidades:

1ª Possibilidade: Você se depara com uma contradição, que pode surgir de duas formas: um
resultado que anula a sua hipótese original; ou a determinação de mais de uma resposta.
Neste caso, se anula a hipótese original e se cria uma nova hipótese para o problema.

2ª Possibilidade: A hipótese original se encaixa perfeitamente aos demais dados de modo a


ser possível concluir o problema.
Neste caso, você encontrou a resposta para o problema.

Veja os exemplos a seguir, o primeiro deles é um famoso problema do livro “O homem


que calculava, de Malba Tahan”.

Problema Motivacional:
Um Sheike testando os conhecimentos do Homem que calculava informou-lhe que
comprara, de um mercador, 5 lindas escravas, duas com olhos negros e três com olhos azuis.
Informou que as escravas de olhos negros sempre dizem a verdade, e que as escravas de
olhos azuis nunca dizem a verdade. As escravas foram introduzidas no salão, com um véu que
impedia completamente a percepção da cor de seus olhos.
- Somente poderás interrogar três das cinco escravas, com uma única pergunta a cada uma
destas, disse o Sheike. Com o auxílio das três respostas obtidas, o problema deverá ser
solucionado, com rigorosa justificativa lógica. As perguntas devem ser de tal natureza que só
as próprias escravas possam respondê-las, com perfeito conhecimento.
Após certa meditação, o Homem que calculava perguntou à primeira escrava:
- De que cor são teus olhos?
A interpelada respondeu num dialeto, que ninguém compreendeu.
Em seguida perguntou à segunda:
- Dize-me em minha língua, o que tua colega respondeu?

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- Os meus olhos são azuis.
A sua última pergunta se destinou à terceira escrava:
- Dize-me em minha língua, de que cor são os olhos dessas duas jovens que acabo de
interrogar?
- A primeira tem os olhos negros, e a segunda olhos azuis – respondeu a escrava.
Então, o Homem que calculava, solenemente, disse:
- A primeira tem olhos negros, a segunda olhos azuis e a terceira olhos negros, por
eliminação, as duas últimas possuem olhos azuis.
Levantados os véus, para espanto de todos, a resposta estava rigorosamente correta!!
Interpelado pelo Sheike como ele havia conseguido tal proeza, respondeu:
- Com certeza a primeira escrava me responderia que seus olhos são negros, pois se
realmente fossem negros, diria a verdade proclamando que são negros, mas se fossem azuis,
mentiria dizendo que são negros, logo não me preocupei com sua resposta e por este motivo
não me importei dela ter respondido em seu próprio dialeto.
Como a segunda escrava respondeu que a primeira dissera ter olhos azuis, isto a
caracterizou como mentirosa, pois se fosse uma escrava que só fala a verdade responderia
que a primeira dissera ter olhos negros, consequentemente, os olhos da segunda escrava são
azuis, afinal só as escravas de olhos azuis mentem. Assim, descobri a cor dos olhos da
segunda escrava, mas ainda não sabia a cor dos olhos da primeira escrava.
A partir da resposta da terceira escrava, que dissera que a primeira tinha os olhos
negros e a segunda, olhos azuis, pude concluir que esta falava a verdade, afinal, sua resposta
referente à segunda escrava confirma o que eu já deduzira anteriormente, que a segunda
possui olhos azuis. Assim sendo, a terceira disse a verdade, logo seus olhos eram negros e,
por sua afirmação, pude concluir que os olhos da primeira também eram negros, afinal,
dizendo a verdade, eu devo acreditar integralmente em sua afirmação.
Por fim, como são 5 escravas, 2 com olhos negros, que eu já descobri quais eram, e 3
com olhos azuis, deduzi que as duas últimas só poderiam ter olhos azuis.
Conclusão: A primeira tem olhos negros, a segunda azuis, a terceira, olhos negros e
as duas últimas, olhos azuis.
ATENÇÃO!

Todos os exemplos a seguir contêm uma explicação do procedimento que deve seguir o
raciocínio para se chegar à solução de problemas relacionados à verdade e mentira. Mas, caso
você não consiga entender suficientemente, lembre-se de que todos os exemplos têm um
vídeo explicativo, em que o professor os explica passo a passo, utilizando diversas hipóteses.

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Exemplo 7: As rivais
Três rivais, Ana, Bia e Cláudia, trocam acusações:
1. A Bia mente – diz Ana.
2. A Cláudia mente – Bia diz.
3. Ana e Bia mentem – diz Cláudia.

Com base nestas três afirmações, pode-se concluir que:


a) Apenas Ana mente.
b) Apenas Bia mente.
c) Apenas Cláudia mente.
d) Ana e Cláudia mentem.
e) Ana e Bia mentem.

Solução: A resposta correta é a alternativa D.


Iniciaremos formulando uma hipótese: a de que Ana diz a verdade. Se gerar uma
contradição, então por eliminação, Ana não poderá dizer a verdade, ou seja, ela só poderá
mentir, sendo esta a segunda hipótese.

Hipótese 1: Ana diz a verdade.


Se Ana diz a verdade, então Bia mente. (1ª afirmação)
Se Bia mente, então Cláudia diz a verdade (note que pelo fato de Bia mentir, o oposto
de sua afirmação é que passa a ser verdadeira). (2ª afirmação)
Mas Cláudia disse que Ana e Bia mentem, o que gera uma CONTRADIÇÃO, pois por
suposição Ana diz a verdade. (3ª afirmação)
Conclusão: Hipótese inválida, devemos formular uma nova hipótese.

Hipótese 2: Ana está mentindo.


Se Ana mente, então Bia diz a verdade (oposto de sua afirmação). (1ª afirmação)
Se Bia diz a verdade, então Cláudia mente. (2ª afirmação)
Mentindo, então não é verdade que Ana e Bia mentem, ou seja, Ana ou Bia diz a
verdade, e como Bia realmente diz a verdade, logo não temos contradição nenhuma,
mantendo a hipótese válida, logo tudo o que foi deduzido por esta hipótese, pode ser
considerado correto.
Conclusão: Bia diz a verdade e Ana e Cláudia mentem.

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Exemplo 8: Quem quebrou o vaso da Vovó?

Ao ver o estrago na sala, mamãe pergunta zangada: Quem quebrou o vaso da vovó?
As repostas das crianças foram as seguintes:

– Não fui eu – disse André.


– Foi o Carlinhos – disse Bruna.
– Não fui eu não, mas foi a Duda – falou Carlinhos.
– A Bruna está mentindo! – falou Duda.

Considere a situação descrita acima para resolver as questões de números I, II e III.


Questão I. Sabendo que somente uma das crianças mentiu, pode-se concluir que:
a) André mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
b) Bruna mentiu e Duda quebrou o vaso.
c) Carlinhos mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
d) Duda mentiu e Carlinhos quebrou o vaso.
e) Bruna mentiu e foi ela quem quebrou o vaso.

Questão II. Sabendo que somente uma das crianças disse a verdade, pode-se
concluir que:
a) André falou a verdade e Carlinhos quebrou o vaso.
b) Bruna falou a verdade e André quebrou o vaso.
c) Duda falou a verdade e André quebrou o vaso.
d) Carlinhos falou a verdade e Duda quebrou o vaso.
e) Duda falou a verdade e foi ela quem quebrou o vaso.

Questão III. Sabendo que exatamente duas crianças mentiram, pode-se concluir
que:
a) Carlinhos mentiu e André quebrou o vaso.
b) André mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
c) Bruna diz a verdade e foi ela quem quebrou o vaso.
d) Quem quebrou o vaso foi André ou Duda.
e) Duda mentiu e Carlinhos quebrou o vaso.

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Solução:

Questão I. A resposta correta é a alternativa B.


Iniciaremos formulando uma hipótese, mas antes lembre-se de que apenas uma das
crianças mentiu, podendo ser André, Bruna, Carlinhos ou Duda.
Como primeira hipótese, vamos supor que o André mentiu, se gerar uma contradição,
então, vamos supor que a Bruna mentiu, e assim sucessivamente.

Hipótese 1: André mentiu.


Se André mentiu (vale o oposto de sua afirmação), então foi ele, logo não pode haver
outra criança que tenha quebrado o vaso, pois, neste caso, seria o próprio André. (1ª
afirmação)
Sendo assim, Bruna também estaria mentindo, afinal ela apontou o Carlinhos (mas
sendo o André, ele teria que ser inocente), o que não pode acontecer, pois pelo enunciado só
um deles poderia mentir. (CONTRADIÇÃO!)

Hipótese 2: Bruna mentiu.


Se Bruna mentiu (vale o oposto de sua afirmação), então não foi o Carlinhos e todos os
demais estariam dizendo a verdade (pois só a Bruna mentiu). (2ª afirmação)
Assim sendo, é verdade que André não quebrou o vaso (1ª afirmação), mas Duda sim
(afirmação de Carlinhos) (3ª afirmação), e realmente Bruna estaria mentindo (afirmação de
Duda) (4ª afirmação).
Neste caso, não teríamos nenhuma contradição, logo Bruna mentiu e Duda
quebrou o vaso.
A tabela a seguir apresenta um resumo referente a hipótese válida: Bruna mentiu e
André, Carlinhos e Duda falaram a verdade.

NOME Frase Original VALOR Frase a ser considerada Julgamento


André Não fui eu V Não foi André Não André
Bruna Foi o Carlinhos M Não foi o Carlinhos Não Carlinhos
Carlinhos Não fui eu, foi a Duda V Não fui eu, foi a Duda Foi Duda
Duda A Bruna está mentindo! V A Bruna está mentindo! Está mesmo

Observe que não há nenhuma contradição, pois a Bruna realmente estava mentindo e
foi acusado apenas um deles: A DUDA.

Questão II. A resposta correta é a alternativa C.

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Iniciaremos formulando uma hipótese, mas antes lembre-se de que apenas uma das
crianças disse a verdade, podendo ser André, Bruna, Carlinhos ou Duda.
Como primeira hipótese, vamos supor que o André disse a verdade, se gerar uma
contradição, então é porque André não disse a verdade, ou seja, ele mentiu e a partir daí,
formulamos a segunda hipótese, a de que André mentiu e devemos encontrar uma outra
criança para dizer a verdade.

Hipótese 1: André disse a verdade.


Se André falou a verdade, então realmente não foi ele (1ª afirmação), entretanto todos
os demais deveriam mentir.
Se Bruna mentiu (vale o oposto de sua afirmação), então não foi o Carlinhos. (2ª
afirmação)
Se Carlinhos mentiu (vale o oposto de sua afirmação), então foi ele ou não foi a Duda.
(3ª afirmação)
Se Duda mentiu (vale o oposto de sua afirmação), então a Bruna deveria estar falando
a verdade (4ª afirmação), mas por hipótese Bruna é uma das que mentiram.
(CONTRADIÇÃO!)

Hipótese 2: André mentiu e ainda não sabemos quem disse a verdade.


Como o André mentiu (vale o oposto de sua afirmação), deste modo, podemos concluir
que foi ele quem quebrou o vaso da Vovó. (1ª afirmação)
Neste caso, Bruna também estaria mentindo, pois não poderia ser Carlinhos (2ª
afirmação) (devemos inocentá-lo, afinal já descobrimos quem quebrou o vaso: André).
Entretanto, Carlinhos também mentiu, caso contrário teria sido a Duda. (3ª afirmação)
Logo, Duda falou a verdade e isso não gera contradição, pois ela afirma que Bruna
está mentindo. (4ª afirmação)
Note que nesta hipótese, apenas Duda estaria dizendo a verdade.
Conclusão, Duda falou a verdade e André quebrou o vaso.
A tabela a seguir apresenta um resumo referente a hipótese válida: Duda falou a
verdade e André, Bruna e Carlinhos mentiram.

NOME Frase Original VALOR Frase a ser considerada Julgamento


André Não fui eu M Foi sim o André Foi André
Bruna Foi o Carlinhos M Não foi o Carlinhos Não Carlinhos
Carlinhos Não fui eu, foi a Duda M Não foi a Duda Não Duda
Duda A Bruna está mentindo! V A Bruna está mentindo! Está mesmo

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Observe que não há nenhuma contradição, pois a Bruna realmente estava mentindo e
foi acusado apenas um deles: O ANDRÉ.

Questão III. A resposta correta é a alternativa E.


Iniciaremos formulando uma hipótese, mas antes lembre-se de que exatamente duas
crianças mentiram.
Como primeira hipótese, vamos supor que André mentiu, a partir desta hipótese,
vamos ler todas as afirmações tentando manter esta hipótese válida, ou seja, apenas mais
uma criança poderá mentir, se gerar uma contradição, então é porque André não mentiu, isto
é, ele disse a verdade, e a partir daí, formulamos a segunda hipótese, a de que André disse a
verdade e devemos encontrar duas crianças para mentir.

Hipótese 1: André mentiu.


Se André mentiu (vale o oposto de sua afirmação), então foi ele quem quebrou o vaso
(1ª afirmação), não podendo haver outra criança que tenha quebrado o vaso, pois, neste
caso, foi o André.
Assim sendo, Bruna também estaria mentindo, pois não poderia ser Carlinhos
(devemos inocentá-lo, pois já temos um culpado) (2ª afirmação).
Entretanto, Carlinhos também estaria mentindo, caso contrário teria sido a Duda
(devemos inocentá-la para ser o André). (3ª afirmação)
Logo, Duda falou a verdade, pois ela afirma que Bruna está mentindo.
Mas isso gera uma contradição, pois por hipótese, exatamente duas crianças mentiram
e não três como neste caso. (CONTRADIÇÃO!).

Hipótese 2: André disse a verdade.


Se André disse a verdade, então com certeza não foi ele. (1ª afirmação)
Supondo que Bruna também disse a verdade (deve existir mais alguém dizendo a
verdade além do André), então Carlinhos quebrou o vaso. (2ª afirmação)
Neste caso, Carlinhos estaria mentindo, confirmando que foi ele ou não foi a Duda. (3ª
afirmação)
Por último, Duda também estaria mentindo (vale o oposto de sua afirmação), pois
nessa hipótese Bruna falou a verdade. (4ª afirmação)
Como não chegamos a nenhuma contradição, conclui-se que André e Bruna falaram
a verdade e Carlinhos e Duda mentiram, e quem quebrou o vaso foi o Carlinhos.
A tabela abaixo apresenta um resumo referente a hipótese válida: Carlinhos e Duda
mentiram e André e Bruna falaram a verdade.

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NOME Frase Original VALOR Frase a ser considerada Julgamento
André Não fui eu V Não foi o André Não André
Bruna Foi o Carlinhos V Foi o Carlinhos Foi Carlinhos
Carlinhos Não fui eu, foi a Duda M Foi Carlinhos Foi Carlinhos
Duda A Bruna está mentindo! M A Bruna está falando a Está mesmo
verdade!

Observe que não há nenhuma contradição, pois a Bruna realmente estava dizendo a
verdade e foi acusado apenas um deles: O CARLINHOS.
Observação 1: Cada questão deste problema poderia ser resolvida a partir da hipótese de
que um deles quebrou o vaso, neste caso deveríamos começar supondo que André quebrou o
vaso e que os outros três são inocentes. A seguir, devemos ler suas informações e concluir se
elas são verdadeiras ou falsas, logo depois, devemos confrontar com o enunciado de cada
questão (verificar, por exemplo, se na questão I só um deles estaria mentindo), se satisfizer,
então realmente foi o André, caso contrário, crie uma nova hipótese, a de que foi Bruna, e
repita o mesmo procedimento.
Observação 2: Independente da hipótese original (de que alguém mentiu ou falou a verdade
ou partindo pelo caminho de que alguém é o culpado), é possível chegar a conclusão do
problema, basta estar concentrado no fato de que quem diz a verdade, é porque sua
afirmação é totalmente válida; e quem mente, significa que o oposto de sua afirmação é que é
válida.

ATENÇÃO!
O problema a seguir é um desafio com um grau maior de complexidade. Se você
conseguiu resolver os casos apresentados até agora, você pode tentar resolver o presente
caso. Se não conseguir, não fique preocupado, pois se trata apenas de um desafio.

Desafio: Irmãos Gêmeos

João e José são dois irmãos gêmeos idênticos que possuem uma peculiaridade, um dos
dois sempre fala a verdade, independente do que for perguntado, enquanto que o outro
sempre mente. Márcio para descobrir quem é o João e quem é o José, desenvolveu uma
técnica, ele descobriu que existe uma pergunta que independente de para quem seja feita, é
possível determinar quem é quem, basta que a resposta dada seja sim ou não. Desse modo,

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sempre que ele encontra um deles, ele faz essa pergunta, pela resposta sim ou não ele já
sabe com quem está falando.
Qual é a pergunta capaz de determinar quem é João e quem é José?

Solução: Este é um problema bem diferente, mas muito interessante. Não podemos esquecer
que um dos irmãos sempre fala a verdade, mas não sabemos qual deles, enquanto que o
outro sempre mente, e também não sabemos quem é.
A primeira pergunta que normalmente vem em mente é:

Você é o João?

Se isso for perguntado para o João, que digamos diz a verdade, ele responderia SIM,
mas se João fosse mentiroso, ele diria NÃO (mentindo a sua resposta correta).
A mesma pergunta feita para José, que digamos diz a verdade, ele responderia NÃO,
mas se José fosse mentiroso, ele diria SIM (mentindo a sua resposta).
Observe que se ouvirmos um SIM, não sabemos se este SIM vem de João ou se este
SIM vem do José, afinal, os dois podem responder a esta pergunta SIM ou NÃO, e é por este
motivo que esta pergunta não serve.
Se a pergunta for:

Você é o José?

Teríamos o mesmo problema.


A pergunta que deve ser feita pode parecer, a princípio, ser estranha e não resolver,
mas conforme será explicado a seguir, é a única pergunta que gera uma mesma resposta,
evitando assim a dúvida que surgiu na hipótese anterior.
A pergunta capaz de descobrir quem é João e quem é José é:

João fala a verdade?

Agora será provado que esta pergunta satisfaz o problema.


Se isso for perguntado para o João, que digamos diz a verdade, ele responderia SIM.
Entretanto, se João fosse mentiroso, ele pensaria: “a minha resposta é NÃO, por que eu não
digo a verdade, mas como eu minto, devo inverter a resposta, por isso vou responder o
contrário: SIM”. Note que se esta pergunta for feita para João, independente de ele falar a
verdade ou mentir, a resposta sempre será SIM.
Agora devemos refletir sobre a pergunta:

João fala a verdade?

caso ela fosse feita a José.

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Se a pergunta for feita para José, que por hipótese fale a verdade, ele responderia
NÃO, afinal, nesta hipótese, quem fala a verdade é José, logo João seria o mentiroso.
Entretanto, se José fosse mentiroso, é porque João fala a verdade, logo ele pensaria: “João é
quem fala a verdade, então a resposta correta é SIM, mas como eu minto, devo inverter a
resposta, por isso vou responder o contrário: NÃO”. Note que se esta pergunta for feita para
José, independente de ele falar a verdade ou mentir, a resposta sempre será NÃO.

Conclusão, a pergunta que deve ser feita é: João fala a verdade? Se a resposta for
SIM, o interrogado é o João, mas se a resposta for NÃO, o interrogado é o José.

Observação: Existem mais três perguntas corretas para este problema:


João mente? ou José fala a verdade? ou José mente?
O único detalhe é adaptar a resposta única que seria dada por qualquer um deles.

ATENÇÃO!
O objetivo dos exercícios a seguir é que você treine o seu raciocínio sem ser avaliado,
apenas como treinamento para habilitar você a fazer corretamente os exercícios pontuados,
que serão sim avaliadas.
A metodologia sugerida para os exercícios propostos é:

- em primeiro lugar tente resolver o exercício proposto sozinho;

- caso você não tenha conseguido chegar à resposta correta na primeira tentativa, volte ao
enunciado do exercício e tente uma nova estratégia;

- se após a segunda tentativa, você ainda não tiver encontrado a resposta correta, esta
aparecerá automaticamente para você.

Tenha acertado ou não, assista ao vídeo do professor correspondente ao exercício. No


vídeo, o professor apresenta uma maneira de chegar ao resultado que poderá ser diferente
da utilizada por você, pois, na realidade, não existe apenas um procedimento ou caminho
adequado, mas múltiplas possibilidades de se chegar à resposta. Nesse sentido, é
interessante que, mesmo tendo atingido o resultado, você sempre assista aos vídeos para
contrastar sua lógica com a lógica do professor (lembre que as duas podem estar
corretas!!!).

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Antes de continuar seu estudo, resolva os Exercícios
6 e 7.

ATENÇÃO!
O problema a seguir é um desafio com um grau maior de complexidade. Se você
conseguiu resolver os casos apresentados até agora, você pode tentar resolver o presente
caso. Se não conseguir, não fique preocupado, pois se trata apenas de um desafio.

Desafio: Irmãos Gêmeos II

João e José são dois irmãos gêmeos idênticos que possuem uma peculiaridade, um dos
dois sempre fala a verdade, independente do que for perguntado, enquanto que o outro
sempre mente. Márcio, para descobrir se João é quem fala a verdade ou se João é o que
mente, desenvolveu uma técnica, ele descobriu que existe uma pergunta que independente de
para quem seja feita, é possível determinar esta resposta, basta que a resposta dada seja sim
ou não. Desse modo, sempre que ele encontra um deles, ele faz essa pergunta, pela resposta
sim ou não ele já sabe se João fala a verdade ou mente.
Qual é a pergunta capaz de descobrir se João fala a verdade ou mente? Observe que
não queremos saber qual deles é o João e qual é o José, mas sim quem fala a verdade e
quem mente.

Resposta: A pergunta que deve ser feita é:

Você é o João?

Se a resposta for sim, é porque o João é quem fala a verdade e se for não é porque
João é o mentiroso.

Observação: Existe mais uma pergunta correta para este problema:


Você é o José?
O único detalhe é adaptar a resposta única que seria dada por qualquer um deles.

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UNIDADE 2

OPERAÇÕES LÓGICAS
OBJETIVO DA UNIDADE: Analisar argumentos com a correspondente reordenação de
modo que essas informações passem a fazer sentido. Desenvolver no acadêmico a
habilidade de entender a estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares,
coisas ou eventos fictícios. Deduzir novas informações a partir de relações fornecidas e
avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações.

2.1 Conceitos de Proposições e Valores Lógicos

O universo da Lógica Simbólica é formado por um conjunto de proposições na qual se


entende por proposição toda sentença (declarada por meio de palavras ou símbolos) que
satisfaz aos dois seguintes princípios:

- É verdadeira ou é falsa (Princípio do terceiro excluído): Isto significa que toda


sentença deverá ser verdadeira ou deverá ser falsa, não existindo, portanto, uma terceira
possibilidade.
- Não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa (Princípio da não-contradição): Este
princípio vêm de encontro com o anterior, reforçando a ideia de que uma sentença nunca
poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

Tais princípios nos levam a admitir que só existem dois únicos valores possíveis para as
proposições, esses valores são denominados de valores lógicos:
- O valor verdade, para representar qualquer proposição verdadeira.
- O valor falsidade, para representar qualquer proposição falsa.
Por este motivo, a Lógica Simbólica também pode ser denominada de Lógica Bivalente.
Existem duas notações para a designação dos valores lógicos das proposições:
- Letra: V (inicial da palavra verdade) para designar quando uma proposição é verdadeira;
F (inicial da palavra falsidade) para designar quando uma proposição é falsa;
- Algarismo: 1 é a designação do valor verdade;
0 é a designação do valor falsidade;

OS. As proposições normalmente são indicadas por letras minúsculas.

Seguem alguns exemplos de sentenças declarativas que, por assumir um valor lógico,
podem ser definidas como proposições:
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a) O número 15 é ímpar. (verdade)
b) O número 4 é primo5. (falso)
c) Existe homem honesto. (verdade)
d) Todos os homens gostam de futebol. (falso)
e) Algumas mulheres são torcedoras do Grêmio. (verdade)
f) 5 + 3 = 7. (falso)
g) Se você não faltar às aulas de matemática, então terá mais condições de resolver as listas
de exercícios. (verdade)

 Não são exemplos de proposições:


a) Você gosta de matemática?
b) Puxa vida, que aula interessante!
c) x  2 (não sabemos o valor de x para analisar a inequação)
d) x  2  5 (não sabemos o valor de x para analisar a equação)

2.1.1 Proposição Simples


Proposição simples é toda proposição que não contém nenhuma outra proposição
como parte integrante de si mesma, ou seja, é composta por uma única sentença declarativa,
deste modo, não se pode subdividi-la em partes menores tais que algumas delas seja uma
nova proposição.
Seguem alguns exemplos de proposição simples:
a) Elvézio adora lógica.
b) Fluminenses são os cidadãos que nasceram no Rio de Janeiro.
c) O time do São Paulo é tri campeão mundial.

Já a proposição “Carlos é filho de Maria e de José” não é simples, pois é possível


decompô-la em duas outras proposições simples: “Carlos é filho de Maria” e “Carlos é filho de
José”.

2.1.2 Proposição Composta


Proposição composta é toda proposição que contém mais de uma proposição simples
como parte integrante de si mesma, podendo então ser subdividida em partes menores, tais
que cada uma destas partes deve ser analisada no que diz respeito ao valor lógico, para que
seja deduzido o valor lógico da proposição composta.

5
Todo número que apresenta dois únicos divisores é denominado de número primo. Exemplos: 2 (único
número primo par), 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, ...
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2.1.3 Proposições Equivalentes

Por definição, duas proposições p e q dizem-se equivalentes se ambas são verdadeiras


ou ambas são falsas, ou seja, se ambas possuem o mesmo valor lógico.
As seguintes notações indicam a equivalência entre duas proposições p e q.

p = q ou pq ou pq

Para simbolizar quando duas proposições p e q não são equivalentes, usa-se as


notações:

p  q ou p  q ou p  q

São exemplos de proposições equivalentes:


a) p: O São Paulo é um time paulista.
q: O Flamengo é um time carioca.
Logo, p  q , afinal ambas são verdadeiras.

b) p: 6 + 5 = 10
q: O Brasil fica na Europa.
Logo, p  q , afinal ambas são falsas.

2.2 Operações Lógicas sobre Proposições


 Conectivos Lógicos
Os conectivos fazem a ligação entre duas ou mais proposições, formando as
proposições compostas. O valor lógico das proposições compostas depende não só do valor
lógico de cada proposição integrante, mas também do conectivo que as une.
As proposições compostas podem receber denominações especiais, conforme o
conectivo usado para ligar as proposições componentes.
Vejamos agora cada um desses conectivos.

2.2.1 Conjunção “e” ()


Denominamos conjunção a proposição composta formada por duas proposições
quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “e”.
A conjunção p e q podem ser representadas simbolicamente por:

pq ou p.q

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Uma conjunção é dita verdadeira somente quando ambas as proposições
simples forem verdadeiras. Ou seja, a conjunção “p  q” é verdadeira somente quando p
é verdadeira e q é verdadeira também.
O valor lógico da conjunção de duas proposições pode ser definido pela tabela-
verdade.

p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 0

Exemplos:
a) p: Campo Grande é a capital do estado de Mato Grosso do Sul. V(p) = 1
q: Campo Grande localiza-se na região Centro-Oeste. V(q) = 1
pq: Campo Grande é a capital do estado de Mato Grosso do Sul e localiza-se na região
Centro-Oeste. V(pq) = 1

b) p: 30 = 1. V(p) = 1
q: 2-2 = – 4. V(q) = 0
pq: 30 = 1 e 2-2 = – 4 V(pq) = 0

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos através de um diagrama,


a conjunção “p  q” corresponderá à interseção do conjunto P com o conjunto Q, ou seja,
P  Q.
pq corresponde a PQ

P Q

2.2.2 Disjunção Inclusiva ou Soma Lógica “ou” ()


Denominamos disjunção inclusiva ou simplesmente disjunção, a proposição composta
formada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “ou”.
A disjunção p ou q pode ser representada simbolicamente por:

pq ou p+q

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Uma disjunção inclusiva é falsa somente quando as duas proposições que a
compõem forem falsas. Ou seja, a disjunção inclusiva “p  q” é falsa somente quando p é
falsa e q é falsa também.
No entanto, se p for verdadeira ou se q for verdadeira ou mesmo se ambas, p e q,
forem verdadeiras, então a disjunção (inclusiva) será verdadeira. Em outras palavras, para que
a disjunção “p ou q” seja verdadeira basta que pelo menos uma de suas proposições
componentes seja verdadeira.
O valor lógico da disjunção inclusiva entre duas proposições pode ser definido pela
tabela-verdade.

p q pq
1 1 1
1 0 1
0 1 1
0 0 0

Exemplos:
a) p: A UCDB é uma universidade que se localiza em Campo Grande. V(p) = 1
q: A UCDB oferece o curso de medicina. V(q) = 0
pq: A UCDB é uma universidade que se localiza em Campo Grande ou oferece o curso de
medicina. V(pq) = 1

b) p: 31 = 1. V(p) = 0
q: 2 < 1. V(q) = 0
pq: 31 = 1 ou 2 < 1 V(pq) = 0

c) p: O grêmio é um time gaúcho. V(p) = 1


q: 5 + 2 = 7 V(q) = 1
pq: O grêmio é um time gaúcho ou 5 + 2 = 7. V(pq) = 1
Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos através de um diagrama,
a disjunção inclusiva “p  q” corresponderá à união do conjunto P com o conjunto Q, ou
seja, P  Q.

pq corresponde a PQ

P Q

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2.2.3 Disjunção Exclusiva “ou ..., ou” (  )

A palavra ou tem dois sentidos; no caso anterior, disjunção inclusiva, para a


proposição composta ser verdadeira pelo menos uma das proposições simples deve ser
verdadeira.
Por outro lado, temos o caso em que isto não ocorre; disjunção exclusiva, que nos faz
lembrar, na linguagem usual, os momentos de ênfase para a tomada de decisões, conforme
definida a seguir:

Exemplo: Um casal de namorados decide sair e de repente o rapaz pergunta para a


namorada: “Escolha o local para nos alimentarmos: ou pizzaria ou restaurante.”
Este exemplo aponta claramente que apenas uma das opções deve ser escolhida.
Denominamos por disjunção exclusiva a proposição composta formada por duas
proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “ou ... ou”; ou em casos em que o
conectivo “ou” for empregado para determinar a escolha entre opções, ou seja, quando o
“ou” der a ideia que a necessidade de se escolher alguma coisa.
A disjunção ou p ou q pode ser representada simbolicamente por:

p  q ou pq

Uma disjunção exclusiva é verdadeira somente quando apenas uma das duas
proposições for verdadeira. Ou seja, a disjunção exclusiva “p  q” é verdadeira quando os
valores lógicos das duas proposições forem diferentes e falsa quando os valores lógicos das
duas proposições forem iguais.
O valor lógico da disjunção exclusiva entre duas proposições pode ser definido pela
tabela-verdade.

p q p q
1 1 0
1 0 1
0 1 1
0 0 0

Exemplo:
a) Um marido ao saber que sua esposa está grávida, e que ela está esperando um único bebê,
faz as seguintes declarações:
p: A criança será um menino.
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q: A criança será uma menina.
p  q: A criança será ou um menino ou uma menina. V(p  q) = 1

1 1
b) p: 3  . V(p) = 1
3
1

q: 22 . 2
V(q) = 1
1
1 1
p  q: ou 3  ou 22 2
V(p  q) = 0
3

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos através de um diagrama,


a disjunção exclusiva “p  q” corresponderá à diferença entre a união e a interseção
entre o conjunto P e o conjunto Q, ou seja, (P  Q) – (P  Q).

p q corresponde a (P  Q) – (P  Q)

P Q

Observação:
Convencionaremos que, neste texto, quando nos referirmos à disjunção
desacompanhada do adjetivo “inclusiva” ou “exclusiva”, estaremos nos referindo à disjunção
inclusiva.
Alguns autores para evitar esta confusão, adotam a seguinte convenção: o “ou”
inclusivo é frequentemente substituído por “e/ou” e o “ou” exclusivo por “ou ... ou ...”.
Assim, por exemplo, se uma Universidade que oferece o curso de Ciências Contábeis
deseja oferecer mais de uma opção para seus formandos, esta pode empregar uma das
seguintes colocações:
a) “Aqui vocês serão habilitados para serem contadores ou professores.”
Neste caso, o curso estaria oferecendo três opções: ser apenas contador, ser apenas professor
ou ser contador e professor (disjunção inclusiva).
b) “Aqui vocês serão habilitados para serem ou contadores ou professores.”
Neste caso, o curso estaria dando ênfase a uma das duas opções: ser apenas contador ou ser
apenas professor (disjunção exclusiva).

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2.2.4 Condicional (Condicional material) “Se p então q” () (→)
Denominamos condicional ou condicional material a proposição composta formada
por duas proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “Se ... então” ou por uma
de suas formas equivalentes.
A condicional “Se p, então q” pode ser representada simbolicamente por:

pq ou pq

A proposição p, anunciada pelo uso da conjunção “se” é chamada de condição ou


antecedente enquanto que a proposição q, anunciada pelo advérbio “então” é chamada de
conclusão ou consequente.
As seguintes expressões podem ser empregadas como forma equivalente a
condicional: “Se p então q”:
Se p, q.
q, se p.
Todo p é q.
p implica q.
p somente se q.
p é suficiente para q.
q é necessário para p.

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos através de um diagrama,


a proposição condicional “p  q” corresponderá à inclusão do conjunto P no conjunto Q (P
está contido em Q), ou seja, P  Q.

pq corresponde a P  Q
Q
P

Uma condicional “p  q” é falsa somente quando a condição p é verdadeira e


a conclusão q é falsa, sendo verdadeira em todos os outros casos. Ou seja, para a
condicional “p  q” ser verdadeira a única situação que não pode ocorrer é uma condição
verdadeira implicar uma conclusão falsa.

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Vejamos um exemplo para esclarecer melhor o valor lógico de uma condicional.
Em um campeonato de futebol, o time que terminar a primeira fase com o maior
número de pontos, terá a vantagem de jogar as duas partidas finais podendo empatá-las ou
vencer um dos dois jogos por qualquer placar. Supondo que o “São Paulo” terminou a primeira
fase em primeiro lugar, é possível afirmar que:
“Se o “São Paulo” vencer a primeira partida da final então ele será o campeão.” Preste
bem atenção, essa condicional afirma que se o “São Paulo” vencer a primeira partida já será
campeão, mas nada informa sobre os demais casos.
A princípio temos quatro possibilidades:
1) O “São Paulo” vencer a primeira partida da final e ser o campeão. Neste caso, a proposição
formulada na condicional está correta, aliás perfeitamente satisfeita.
2) O “São Paulo” vencer a primeira partida da final e não ser o campeão. Neste caso, a
proposição formulada na condicional é falsa, pois a previsão não aconteceu. Essa também
é bem visível e fácil de compreender, afinal pela condicional seria um absurso vencer a
primeira e não ser o campeão.
3) O “São Paulo” não vencer a primeira partida da final e ser o campeão. Neste caso, a
proposição formulada na condicional está correta, pois ela prevê o fato do “São Paulo”
vencer a primeira partida, isso não ocorrendo, não contradiz a previsão feita, afinal não foi
afirmado nada sobre a possibilidade de ele perder, podendo ainda ser ou não campeão.
Logo, a condicional não sendo falsa, pelo princípio do terceiro excluído, ela é verdadeira.
4) O “São Paulo” não vencer a primeira partida da final e não ser o campeão. Neste caso, a
proposição formulada na condicional está correta, pois ela prevê o fato do “São Paulo”
vencer a primeira partida, isso não ocorrendo, novamente não contradiz a previsão feita.
Em outras palavras, o “São Paulo” não vencendo a primeira partida, pode significar que ele
pode ou não ser o campeão. Logo, a condicional não sendo falsa, pelo princípio do terceiro
excluído, ela é verdadeira.
O valor lógico da proposição condicional pode ser definido pela tabela-verdade.

p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 1
0 0 1

Observando a tabela-verdade, pode-se concluir que a proposição condicional p  q é


verdadeira quando o valor lógico da condição p é menor ou igual ao valor lógico da conclusão
q. Isto é,
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p  q é verdadeira se p  q

Ou ainda, uma condicional é verdadeira quando a condição for falsa ou


quando a conclusão for verdadeira. Validando uma dessas duas possibilidades, já é
possível afirmar que a condicional seria válida.

Exemplo:
a) p: A Alemanha venceu a final da Copa do Mundo em 2014. V(p) = 1
q: Alemanha é tetracampeã de futebol. V(q) = 1
p  q: Se a Alemanha vencer a final da Copa do Mundo em 2014, então ela será
tetracampeã de futebol. V(p  q) = 1
p  q: A Alemanha será tetracampeã de futebol, se vencer a final da Copa do Mundo em
2014. V(p  q) = 1

b) p: Todas as mulheres são formosas. V(p) = 1


q: Maria não é formosa. V(q) = 0
p  q: Se todas as mulheres são formosas, então Maria não é formosa. V(p  q) = 0

c) p: 6 é primo. V(p) = 0
q: 5 é ímpar V(q) = 1
p  q: Se 6 é primo, então 5 é ímpar V(p  q) = 1

d) p: 7 não é primo. V(p) = 0


q: 8 não é divisível por 4 V(q) = 0
p  q: Se 7 não é primo, então 8 não é divisível por 4 V(p  q) = 1
Observação:
Usualmente, quando empregamos uma sentença do tipo “Se p então q” esperamos
que exista entre p e q alguma forma de relacionamento ou que guardem entre si alguma
relação de causa e efeito.
Nesse sentido, aceitaríamos com facilidade, por exemplo, a proposição: “Se um
número inteiro é par então ele é divisível por 2.” Pois existe uma relação de causa e efeito
entre as proposições.
No mesmo sentido, tenderíamos a recusar proposições como: “Se Cristiano Ronaldo foi
eleito o melhor jogador do mundo no ano de 2014, então a Alemanha será campeã da Copa
do Mundo de 2014.”
Ou ainda: “Se um quadrado tem três lados então fala-se o japonês no Brasil.” Pois
nelas falta algo que relacione a condição e a conclusão.

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Provavelmente recusaríamos a primeira afirmando algo como “O que é que tem a ver
Cristiano Ronaldo, jogador de Portugal, ser eleito o melhor jogador do mundo com a
Alemanha ser campeã da Copa do Mundo de 2014?” e quanto à segunda, é quase certo que
alguém a recusasse alegando algo como “Para começar um quadrado não tem três lados. E
mesmo que tivesse isto não tem nada a ver com falar-se ou não o japonês no Brasil”.
No entanto, essas duas proposições são verdadeiras!
Para a Lógica, não importa se existe ou não alguma relação entre p e q.
Existem, portanto, dois tipos de implicação:
1) Quando existe interação entre p e q, conhecida como implicação formal ou dedução.
2) Quando não existe interação entre p e q, conhecida como implicação material ou
implicação.

Obs. Toda implicação formal é material, mas nem toda implicação material é formal.

2.2.5 Bicondicional “p se e somente se q” () (↔)


Denominamos bicondicional a proposição composta formada por duas proposições
quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “se e somente se” ou por uma de suas formas
equivalentes.
A bicondicional ”p se e somente se q” pode ser representada simbolicamente por:

pq pq

Como o próprio nome e símbolo sugerem, uma proposição bicondicional “p se e


somente se q” equivale à proposição composta “se p então q e se q então p”.
As seguintes expressões podem ser empregadas como equivalentes de “p se e
somente se q”:
p se e só se q.
Todo p é q e todo q é p.
Todo p é q e reciprocamente.
Se p então q e reciprocamente.
p somente se q e q somente se p.
p é suficiente para q e q é suficiente para p.
q é necessário para p e p é necessário para q.

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos através de um diagrama,


a proposição bicondicional “p  q” corresponderá à igualdade dos conjuntos P e Q, ou seja,
P = Q.

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pq corresponde a P = Q
P=Q

Uma bicondicional “p  q” é verdadeira somente quando p e q têm o mesmo


valor lógico (ou ambas são verdadeiras ou ambas são falsas), sendo falsa quando p
e q têm valores lógicos diferentes. Ou seja, a bicondicional “p  q” equivale a duas
proposições equivalentes.
Vejamos um exemplo que esclarece melhor a bicondicional.
“Um número inteiro é divisível por 2 se e somente se ele é par.” Isso equivale a afirmar
que: “Se um número inteiro é divisível por 2 então ele é par, e se um número é par então ele
é divisível por 2.” Note que a condição verdadeira gera uma conclusão verdadeira
independente de quem é a condição e de quem é a conclusão.
O valor lógico da proposição bicondicional pode ser definido pela tabela-verdade.

p q pq
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 1

Resumindo, a proposição bicondicional p  q pode ser denotada por:

p  q é equivalente a p = q

Exemplo:
a) p: Os números 70 e 75 são divisíveis por 5. V(p) = 1
q: Os números 70 e 75 terminam em 0 ou 5. V(q) = 1
p  q: Os números 70 e 75 serão divisíveis por 5 se e somente eles terminarem em 0 ou 5.
V(p  q) = 1

“Um número inteiro é divisível por 5 se e somente se o algarismo das unidades for 0
ou 5.”
“Se um número inteiro é divisível por 5 então o algarismo das unidades é 0 ou 5 e se o
algarismo das unidades é 0 ou 5 então o número inteiro é divisível por 5.”
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b) p: Neymar foi o melhor jogador do mundo em 2015. V(p) = 0
q: Neymar foi eleito a Bola de Ouro em 2015. V(q) = 0
p  q: Neymar foi considerado o melhor jogador do mundo em 2015 se e somente se ele
foi eleito a Bola de Ouro em 2015. V(p  q) = 1

“Todos os melhores jogadores do mundo num determinado ano são eleitos a Bola de
Ouro neste mesmo ano.”

c) p: 16 é um quadrado perfeito. V(p) = 1


q: O quadrado da soma é igual a soma dos quadrados. V(q) = 0
p  q: 16 é um quadrado perfeito se e somente se o quadrado da soma é igual a soma dos
quadrados. V(p  q) = 0

2.2.6 Negação “Não p” (~) ()


Denominamos negação de uma proposição qualquer p, à proposição composta que se
obtém a partir da proposição p acrescida do conectivo lógico “não” ou de outro equivalente.
A negação “não p” pode ser representada simbolicamente por:

~p ou p

As seguintes expressões podem ser empregadas como equivalentes de “não p”:

Não é verdade que p.


É falso que p.

Uma proposição p e sua negação “não p” sempre terão valores lógicos


opostos.
O valor lógico da negação de uma proposição é definido pela tabela-verdade.

p ~p
1 0
0 1

Como se pode observar na tabela-verdade, uma proposição qualquer e sua negação


nunca poderão ser simultaneamente verdadeiras ou simultaneamente falsas.

Exemplo:
a) p: A UCDB oferece o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. V(p) = 1
~p: A UCDB não oferece o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. V(~p) = 0

b) p: O curso de Administração não possui a disciplina de Matemática. V(p) = 0

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~p: O curso de Administração possui a disciplina de Matemática. V(~p) = 1
~p: Não é verdade que o curso de Administração não possui a disciplina de Matemática.
~p: É falso dizer que o curso de Administração não possui a disciplina de Matemática.

Se a proposição p for representada como conjunto através de um diagrama, a negação

“~p” corresponderá ao conjunto complementar de P, ou seja, P .

P~p corresponde a
P

Antes de continuar seu estudo, resolva os Exercícios 8 e 9


e o Exercício pontuado 2.1.

2.3 Propriedades Algébricas das Proposições (Álgebra de Boole)

Em meados do século passado, o inglês G. Boole deu uma estruturação matemática à


Lógica, mostrando que as operações definidas no conjunto das proposições gozam de
propriedades algébricas semelhantes às propriedades das operações definidas em conjuntos
numéricos. Esta estrutura foi chamada “Álgebra de Boole”. Em decorrência, foram
demonstradas outras propriedades de grande importância, como por exemplo, a “leia da dupla
negação” e as chamadas “primeiras leis de De Morgan”.
O universo da Lógica Formal, ou seja, o conjunto das proposições munido das
operações de conjunção, disjunção e negação, define uma estrutura algébrica, que se chama
Álgebra de Boole.
Será visto neste instante essa estrutura algébrica, isto é, as propriedades formais das
referidas operações.

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Assim, quaisquer que sejam os valores lógicos de p, q e t, temos as seguintes
propriedades:

2.3.1 Propriedades da Conjunção (Multiplicação Lógica)


1) Comutativa:
pq=qp

2) Associativa:
(p  q)  t = p  (q  t)

3) Tem elemento neutro (o valor lógico 1):


p1=p

4) Tem elemento absorvente (o valor lógico 0)


p0=0

2.3.2 Propriedades da Disjunção (Soma Lógica)

1) Comutativa:
pq=qp

2) Associativa:
(p  q)  t = p  (q  t)

3) Tem elemento neutro (o valor lógico 0):


p0=p

4) Tem elemento absorvente (o valor lógico 1)


p1=1

Como é fácil verificar, há uma analogia entre a conjunção e a multiplicação de


números, bem como entre a disjunção e a adição. Apenas não valem, para os conjuntos
numéricos, munidos das operações citadas anteriormente, a propriedade 4 para a disjunção, a
primeira das propriedades mistas (5) e a propriedade (7). Por este motivo, a disjunção e a
conjunção são denominadas de soma lógica e multiplicação lógica, respectivamente.

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2.3.3 Propriedades Mistas

5) A disjunção é distributiva em relação à conjunção:


p  (q  t) = (p  q)  (p  t)

6) A conjunção é distributiva em relação à disjunção:


p  (q  t) = (p  q)  (p  t)

7) Para todo elemento p, existe um e só um elemento x, tal que:


px=1
e
px=0

Este elemento x é precisamente a negação de p: x = ~p. Em outras palavras,


p  ~p = 1
e
p  ~p = 0

2.3.4 Lei da dupla negação


~ ~p = p
2.3.5 Primeiras leis de De Morgan

~ (p  q) = ~p  ~q
e
~ (p  q) = ~p  ~q

respectivamente traduzidas na linguagem coloquial por:

- a negação da disjunção é a conjunção das negações;


- a negação da conjunção é a disjunção das negações.

As leis de De Morgan podem também exprimir os seguintes fatos:


- negar que as proposições p e q são ambas verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos
uma delas não é verdadeira, ou seja, que pelo menos uma delas é falsa.
- negar que pelo menos uma das proposições p e q é verdadeira equivale a afirmar que
ambas não são verdadeiras, ou seja, que ambas são falsas.

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Ou ainda,
- negar que todas as proposições são verdadeiras (falsas) significa afirmar que
pelo menos uma (existe uma, ou ainda, alguma) delas é falsa (verdadeira).
- negar que pelo menos uma (existe uma, ou ainda, alguma) das proposições é
verdadeira (falsa) significa afirmar que todas são falsas (verdadeiras).

Exemplo:
a) A negação de:
“Todos os alunos gostam de matemática”
é:
“Existe um aluno que não gosta de matemática”, ou
“Pelo menos um aluno não gosta de matemática”, ou ainda,
“Algum aluno não gosta de matemática”.

b) A negação de:
“Nenhum aluno está entendendo a matéria”
é:
“Existe um aluno que está entendendo a matéria”, ou
“Pelo menos um aluno está entendendo a matéria”, ou ainda,
“Algum aluno está entendendo a matéria”.

c) A negação de:
“Existe um flamenguista feliz”, ou
“Algum flamenguista é feliz”
é:
“Todos os flamenguistas não são felizes”, ou
“Nenhum flamenguista é feliz”, ou ainda,
“Qualquer flamenguista é infeliz”.

d) A negação de:
“Existe uma pessoa infeliz”, ou
“Alguém não é feliz”
é:
“Todas as pessoas são felizes”, ou
“Nenhuma pessoa é infeliz”, ou ainda,
“Qualquer pessoa é feliz”.

e) A negação de:
“Adriana é bonita e simpática”
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é:
“Adriana não é bonita ou não é simpática”.

f) A negação de:
“Adriana é bonita ou simpática”
é:
“Adriana não é bonita, nem simpática” , ou
“Adriana não é bonita e não é simpática”.

 Princípio da dualidade lógica

Se numa propriedade qualquer, nós trocamos a conjunção pela disjunção, a disjunção


pela conjunção, o 0 por 1, o 1 por 0, deixando inalterada a negação, obtém-se uma
propriedade válida no conjunto das proposições, chamada dual da propriedade considerada.
Assim, observa-se com facilidade que cada lei de De Morgan é dual da outra, que
também são duais as propriedades 1, 2 e 5 da conjunção em relação às propriedades 1, 2 e 5
da disjunção.

 Propriedades da Equivalência

Se duas proposições são equivalentes, as suas negações também são equivalentes:


(p = q)  (~p = ~q)

2.3.6 Relação entre os Conectivos

1) A disjunção pode ser expressa em termos da negação e da conjunção;


(p  q) = ~(~p  ~q)

Isso significa, que afirmar que pelo menos uma proposição é verdadeira (falsa)
é equivalente a negar que todas não são verdadeiras (falsas).
Por exemplo, afirmar que “O Brasil deve ganhar pelo menos uma medalha nas
Olimpíadas” é equivalente a afirmar que “Não é verdade que o Brasil não vai ganhar nenhuma
medalha nas Olimpíadas”. Como um outro exemplo, observe que a afirmação “Existe homem
que não é feliz” é o mesmo que afirmar que “Não é verdade que todos os homens são felizes”.

2) A conjunção pode ser expressa em termos da negação e da disjunção;


(p  q) = ~(~p  ~q)

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Isso significa que afirmar que todas as proposições são verdadeiras (falsas) é
equivalente a negar que pelo menos uma não é verdadeira (falsa).
Por exemplo, afirmar que “Todas as mulheres são simpáticas” é equivalente a afirmar
que “Não é verdade que exista uma mulher que não é simpática”. Como um outro exemplo,
observe que a afirmação “Nenhum homem dirige mal” é o mesmo que afirmar que “Não é
verdade que pelo menos um homem dirija mal”.

3) A disjunção exclusiva pode ser expressa em termos da negação, da conjunção e da


disjunção;
(p  q) = (p  ~q)  (~p  q)

4) Condicional: A condicional pode ser expressa em termos da negação e da disjunção;


(p  q) = ~(p  ~q) = (~p  q)
5) Bicondicional

5.1) A bicondicional pode ser expressa em termos da condicional e da conjunção;


(p  q) = (p  q)  (q  p)

5.2) A bicondicional pode ser expressa em termos da negação e da disjunção exclusiva;


(p  q) = ~(p  q)

5.3) A bicondicional pode ser expressa em termos da disjunção, da negação e da conjunção;


(p  q) = (p  q)  (~p  ~q)

De fato, utilizando as leis de De Morgan e a lei da dupla negação, temos, para os dois
primeiros casos:
~(p  q) = ~p  ~q
~ ~(p  q) = ~ (~p  ~q)
(p  q) = ~(~p  ~q)
e
~(p  q) = ~p  ~q
~ ~(p  q) = ~(~p  ~q)
(p  q) = ~(~p  ~q)

O terceiro caso é apenas a definição da disjunção exclusiva. Para ilustrar como é


intuitiva tal expressão, observe que afirmar: “Ou como no almoço frango ou como no almoço

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carne” é equivalente a afirmar que “Como no almoço frango e não como carne ou não como
no almoço frango e como carne”.
O quarto caso pode ser deduzido intuitivamente do fato de que p  q é verdadeira se
p  q. Observe que p é menor ou igual a q sempre que p assumir o valor lógico zero (negação
de p) ou q assumir o valor lógico 1 (afirmação de q).
A expressão 5.1 pode ser deduzida da definição da bicondicional, isto é, a expressão “p
se e somente se q” é equivalente a “se p então q e se q então p”.
A expressão 5.2, pode ser deduzida de 5.1) e de 4), conforme é apresentado abaixo:
(p  q) = (p  q)  (q  p)
(p  q) = (~p  q)  (~q  p)
(p  q) = (~p  q)  (p  ~q)
(p  q) = ~[(p  ~q)  (~p  q)]
(p  q) = ~(p  q)

Já a expressão 5.3 pode ser deduzida do fato de que a bicondicional é verdadeira


quando p e q assumirem valores lógicos iguais, ou seja, quando ambas as proposições forem
verdadeiras ou quando ambas forem falsas.
Tais afirmações mostram que a disjunção, a conjunção, a disjunção exclusiva, a
bicondicional, a condicional e a negação não são operações independentes.
Vale ainda enfatizar que na teoria da Lógica Simbólica, os resultados não se alteram
quando substituímos uma expressão por outra que lhe é equivalente.

2.3.7 Negação da Condicional


~ (p  q) = p  ~q

De fato, partindo da definição e tomando a negação de ambos os membros e


utilizando, em seguida, as leis de De Morgan e da dupla negação, temos:
(p  q) = ~p  q
~(p  q) =~(~p  q)
~ (p  q) = p  ~q

Assim, negar “se p então q” equivale a afirmar a condição p e negar a


conclusão q.
Por exemplo, a negação de:
“Se você estudar então será aprovado na disciplina”
é:

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“Você estudou e não foi aprovado na disciplina”.

2.3.8 Negação da Bicondicional


~(p  q) = (p  q)
ou
~(p  q) = (p  ~q)  (~p  q)

De fato, partindo da expressão 5.2) e tomando a negação de ambos os membros e


utilizando, em seguida, a lei da dupla negação, temos:
(p  q) = ~(p  q)
~(p  q) = ~ ~(p  q)
~(p  q) = (p  q)

A segunda igualdade é apenas a aplicação da propriedade 3).


Assim, negar “p se e somente se q” equivale a afirmar que uma delas é
verdadeira e a outra é falsa.
Por exemplo, a negação de:
“O Brasil será o pentacampeão do mundo se, e somente se, vencer a Copa do Mundo
de 2002 ”.
é:
“Ou o Brasil é o pentacampeão do mundo ou o Brasil venceu a Copa do Mundo de
2002”.

2.3.9 Negação da Disjunção Exclusiva


~(p  q) = (p  q)
ou
~( p  q) = (p  q)  (~p  ~q)

Assim, negar “ou p ou q” equivale a afirmar que ambas são verdadeiras ou


ambas são falsas.
Por exemplo, a negação de:
“O senhor deseja ou frango ou carne”
é:
“O senhor deseja frango se, e somente se, desejar carne.”

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2.3.10 Recíproca, Inversa e Contraposta de uma Condicional

A partir da condicional, p  q, é possível associar outras três relações denominadas


recíproca, inversa e contraposta da referida condicional.
q  p (a recíproca)

pq ~p  ~q (a inversa)

~q  ~p (a contraposta)

A recíproca e a inversa de uma condicional dada não lhe são equivalentes, enquanto a
contraposta, também chamada de contrapositiva, lhe é equivalente. Em outras palavras,

(p  q)  (q  p)
(p  q)  (~p  ~q)
(p  q) = (~q  ~p)

Por exemplo, a partir da condicional:


“Se um quadrilátero é um retângulo então ele é um paralelograma”.
É possível escrever a sua recíproca, a sua inversa e a sua contraposta das seguintes formas:

Recíproca: “Se um quadrilátero é um paralelograma então ele é um retângulo”.

Inversa: “Se um quadrilátero não é um retângulo então ele não é um paralelograma”.

Contraposta: “Se um quadrilátero não é um paralelograma então ele não é um retângulo”.

Note que a única expressão equivalente é a contraposta, pois se não é um


paralelograma, então não pode ter lados opostos paralelos, e consequentemente não pode ser
um retângulo.
Já a recíproca e a inversa não são equivalentes, pois existem quadriláteros que são
paralelogramas (losango) e não são retângulos e existem quadriláteros que não são
retângulos (alguns losangos) e são paralelogramas.

2.3.11 Transitividade da condicional


[(p  q)  (q  t)]  (p  t)

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2.4 Demonstrações das Propriedades
2.4.1 Tabel-Verdade

A demonstração das propriedades, das equivalências e das não equivalências


enunciadas anteriormente, podem ser reduzidas a uma simples verificação, utilizando as
tabelas das operações estudadas e agrupando os dados de todos os modos possíveis através
das chamadas tabela-verdade.
Para ilustrar, provemos as primeiras leis de De Morgan:

~ (p  q) = ~p  ~q
e
~ (p  q) = ~p  ~q

Para isto, será necessário montar uma tabela e descrever todas as possibilidades de se
combinar as proposições p e q. Se o resultado da coluna que descreve as operações do
primeiro membro for igual ao resultado da coluna que descreve o segundo membro, logo está
provada a igualdade, ou, se representarmos a igualdade numa última coluna, ela então deverá
ser válida em qualquer hipótese.

p q pq ~( p  q) ~p ~q ~p  ~q ~( p  q) = ~p  ~q
1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 0 1 0 1 1 1
0 1 0 1 1 0 1 1
0 0 0 1 1 1 1 1

p q pq ~( p  q) ~p ~q ~p  ~q ~( p  q) = ~p  ~q
1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 1 0 0 1 0 1
0 1 1 0 1 0 0 1
0 0 0 1 1 1 1 1

Como um outro exemplo, provemos a transitividade da condicional. Neste caso,


observe que a relação a ser demonstrada não é dada por uma igualdade, sendo assim, a
expressão deverá ser válida para qualquer possibilidade de se combinar as proposições p, q e
t, ou seja, a última coluna deve ser verdadeira para todos os casos (assumir o valor lógico 1).

[(p  q)  (q  t)]  (p  t)
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p q t p  q q  t (p  q)  (q  t) (p  t) [(p  q)  (q  t)] (p  t)
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 0 1 0 0 0 1
1 0 1 0 1 0 1 1
1 0 0 0 1 0 0 1
0 1 1 1 1 1 1 1
0 1 0 1 0 0 1 1
0 0 1 1 1 1 1 1
0 0 0 1 1 1 1 1

2.4.2 Tautologia
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, t, ... é uma
tautologia se ela for sempre verdadeira, quaisquer que sejam os valores lógicos das
proposições p, q, t, ... que a compõem.
As primeiras leis de De Morgan e a transitividade da condicional, apresentadas em
tabelas-verdade anteriormente, são exemplos de tautologia.

2.4.3 Contradição
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, t, ... é uma
contradição se ela for sempre falsa, quaisquer que sejam os valores lógicos das
proposições p, q, t, ... que a compõem.
Por exemplo, as proposições: “uma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo
tempo” e “p se e somente se não p”, que podem ser representadas simbolicamente por
p  ~p e p  ~p, respectivamente, são exemplos de contradição, pois, independente dos
valores lógicos de p e da negação de p, ela será sempre falsa. Observe nas tabelas abaixo:

p ~p p  ~p p ~p p  ~p
1 0 0 1 0 0
0 1 0 0 1 0

2.4.4 Contingência
Uma proposição composta não tautológica, nem contra-válida, é chamada contingência
ou proposição contingente, ou ainda, proposição indeterminada.

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Em outras palavras, uma proposição composta formada por duas ou mais proposições
p, q, t, ... é uma contingência se ela for parte verdadeira e parte falsa, quaisquer que
sejam os valores lógicos das proposições p, q, t, ... que a compõem.

2.4.5 Argumento (├)


Um argumento é válido quando a partir de premissas verdadeiras, chega-se a uma
conclusão verdadeira, e inválido quando a partir de premissas verdadeiras, chega-se a
uma conclusão falsa.
É considerada condição de um argumento a expressão que se encontra à esquerda
do símbolo├ e conclusão a expressão que se encontra à direita do símbolo├ . Entretanto,
para avaliar um argumento precisamos definir quais condições são consideradas premissas,
para isso basta verificar quais condições são verdadeiras, com isso, podemos dizer que toda
condição verdadeira é uma premissa e são essas premissas que devem ser analisadas para
verificar que tipo de conclusões ela gera. Temos então dois casos:

- Se toda premissa gerar uma conclusão verdadeira, então a expressão lógica


representa um argumento válido.

- Se alguma premissa gerar uma conclusão falsa, então a expressão lógica


representa um argumento inválido.

Por exemplo, vamos verificar se a expressão a seguir pode ser classificada como um
argumento válido ou inválido.

Exemplo 1:
[(p  q)  (~q  p)] ├ (~p  q)

p q pq ~q ~q  p (1)  (2) ~p ~p  q


(1) (2) condição conclusão ├

1 1 1 0 0 1 (premissa) 0 1 Válido
1 0 0 1 1 0 0 0
0 1 0 0 0 1 (premissa) 1 1 Válido
0 0 1 1 0 1 (premissa) 1 1 Válido

Observe que dos quatro casos em que analisamos a condição, três geraram premissas,
afinal os casos 1, 3 e 4 são condições verdadeiras. Analisando cada um desses três casos,
podemos afirmar que todos os três geraram conclusões verdadeiras, logo, como toda
premissa gera conclusão verdadeira, o Argumento é Válido.

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Exemplo 2:
[(p  q)  (~p  q)] ├ (p  ~q)

p q pq ~p ~p  q (1)  (2) ~q p  ~q


(1) (2) condição conclusão ├

1 1 1 0 0 0 0 0
1 0 1 0 1 1 (premissa) 1 1 Válido
0 1 1 1 1 1 (premissa) 0 0 Não Válido
0 0 0 1 1 0 1 0

Observe que dos quatro casos em que analisamos a condição, dois geraram premissas,
afinal os casos 2 e 3 são condições verdadeiras. Analisando cada um desses dois casos,
podemos afirmar que alguma dessas duas premissas (Caso 3) gerou uma conclusão
falsa, logo, como alguma premissa gera conclusão falsa, o Argumento é Inválido.

Antes de continuar seu estudo, resolva os Exercícios 10,


11, 12 e 13 e o Exercício pontuado 2.2.

62
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UNIDADE 3

OPERAÇÕES COM CONJUNTOS – DIAGRAMA DE


VENN
OBJETIVO DA UNIDADE: Apresentar os diagramas de Venn com o intuito de facilitar as
relações de união e intersecção entre conjuntos. Analisar simbolismos por meio do
diagrama de Venn. Desenvolver no acadêmico a habilidade de entender a estrutura lógica
de relações arbitrárias por meio do diagrama de Venn.

Um dos matemáticos que mais contribuíram para a resolução de problemas lógicos


através do uso de diagramas foi John Venn, que viveu na Inglaterra, nascendo em 1834 e
falecendo em 1923. Esse matemático percebeu que a representação de conjuntos através de
diagramas facilita a visualização permitindo conclusões mais seguras e rápidas dentro de um
problema.

3.1 Histórico
John Venn formou-se em 1857, e dois anos depois foi ordenado um padre. Em 1862
ele voltou à Universidade de Cambridge estudando e ensinando lógica e teoria da
probabilidade. Ele desenvolveu a lógica matemática de Boole e é melhor conhecido pelo seu
diagrama de representar conjuntos e as sua uniões e interseções. Venn considerou três discos
R, S, e T como subconjuntos típicos de um conjunto U. As interseções destes discos e seus
complementos dividem U em 8 regiões não justapostas, das quais a união dá 256
combinações de Boolean diferentes do conjunto original R, S e T.
Escreveu a Lógica de Chance (1866), publicou Lógica Simbólica (1881) e Os Princípios
da Lógica Empírica (1889).

3.2 Representações de Diagramas


Para representar dois ou mais diagramas, existem possíveis formas de posicioná-los a
partir de condições impostas no problema.
Seguem as relações mais comuns entre dois conjuntos com as possíveis formas de
representá-los, desde as formas mais utilizadas até as formas não convencionais entre dois
diagramas.

3.2.1 Todo A é B

Neste caso todo o conjunto A deve estar dentro do conjunto B.


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Forma mais empregada Forma não convencional

B A=B

3.2.2 Nenhum A é B
Neste caso os dois conjuntos devem ser disjuntos, isto é, nenhuma parte de A deve
estar dentro de B, logo a única forma de representá-los é em dois conjuntos separados.

Forma mais empregada

A B

3.2.3 Algum A é B
Neste caso uma parte de A deve ser comum ao conjunto B, existindo duas formas de
representá-los: a mais comum, no qual fica evidente a interseção entre os conjuntos A e B, e
a não convencional, no qual B está dentro de A, logo uma parte do conjunto A é comum ao
conjunto B.

Forma mais empregada Forma não convencional

A B A

Observação: Vale ressaltar que se “Todo A é B”, então existe “Algum A que é B”, isso
significa que a expressão “Algum A é B” também pode ser representada pelos dois casos

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descritos no item 3.2.1, entretanto, como esta representação é análoga a “Todo A é B”, ela
acaba sendo muito pouco empregada, não sendo utilizada neste texto.

3.2.4 Algum A não é B


Neste caso uma parte de A não deve ser comum ao conjunto B, existindo duas
formas de representá-los: a mais comum, no qual fica evidente que uma parte de A não está
dentro de B, esta representação é análoga a primeira forma de representar “Algum A é B”,
sendo assinalado a região que está fora de B e não na interseção entre A e B. A forma não
convencional é aquela no qual B está dentro de A, logo uma parte do conjunto A não é
comum ao conjunto B, esta parte é aquela que está fora de B.

Forma mais empregada Forma não convencional

A B A

Observação: Vale ressaltar que se “Nenhum A é B”, então existe “Algum A que não é B”,
isso significa que a expressão “Algum A não é B” também pode ser representada pelo caso
descrito no item 3.2.2, entretanto, como esta representação é análoga a “Nenhum A é B”, ela
acaba sendo muito pouco empregada, não sendo utilizada neste texto.

3.3 Exemplos Resolvidos


Vejamos alguns exemplos de exercícios que envolvem as operações lógicas, mas que
podem ser resolvidos através do uso de diagramas.

3.3.1 Todo A é B
Todos os bons estudantes são pessoas aplicadas. Assim sendo, quantas das afirmações
abaixo são necessariamente verdadeiras:
I) Alguma pessoa aplicada é um bom estudante.
II) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto das pessoas aplicadas.
III) O conjunto das pessoas aplicadas contém o conjunto dos bons estudantes.
IV) Nenhuma pessoa aplicada é um bom estudante.
V) Algum bom estudante não é uma pessoa aplicada.

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VI) Existe alguém que não é bom estudante e não é uma pessoa aplicada.
VII) Todo aquele que não é uma pessoa aplicada, não é um bom estudante.
VIII) Toda pessoa aplicada é um bom estudante.
IX) Todo aquele que não é um bom estudante, não é uma pessoa aplicada.
X) Alguma pessoa aplicada não é um bom estudante.
XI) Pode existir alguma pessoa aplicada que não é um bom estudante.
Solução:
O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 5 (I, III, VI, VII e XI).
Serão representados os conjuntos “Bons Estudantes” e “Pessoas Aplicadas” pela forma
mais empregada e também pela forma não convencional, isso porque o exemplo pergunta a
respeito das afirmações necessariamente verdadeiras (devem satisfazer ambas as formas de
representação) e não daquelas que podem ser eventualmente verdadeiras (satisfaz uma das
formas de representação), pois, neste caso, haveria mais afirmações verdadeiras (as
afirmações II, VIII, IX e X).
Dizer que “todos os bons estudantes são pessoas aplicadas” equivale a dizer que
dentro do conjunto que reúne todas as pessoas aplicadas acharemos todos os bons
estudantes. Logo:

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Cada afirmação será analisada da seguinte forma:


 Se ela for verdadeira, então será apresentado um ponto (caso algum ou existe) ou
uma região (caso todo ou nenhum) que satisfaz a afirmação.
 Se ela for falsa, então será apresentado um ponto (caso todo ou nenhum) ou uma
região (caso algum ou existe) que não satisfaz a afirmação.

I) Alguma pessoa aplicada é um bom estudante. Verdadeiro

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Verdadeira 66
Verdadeira
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II) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto das pessoas aplicadas. Falso (A 1ª
representação fura esta afirmação)

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Falsa Verdadeira

III) O conjunto das pessoas aplicadas contém o conjunto dos bons estudantes. Verdadeiro

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Verdadeira Verdadeira

IV) Nenhuma pessoa aplicada é um bom estudante. Falso (Tanto para a 1ª como para a 2ª
representação)

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Falsa Falsa
V) Algum bom estudante não é uma pessoa aplicada. Falso (Tanto para a 1ª como para a 2ª
representação)

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Falsa 67
Falsa www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
VI) Existe alguém que não é bom estudante e não é uma pessoa aplicada. Verdadeiro

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Verdadeira Verdadeira

VII) Todo aquele que não é uma pessoa aplicada, não é um bom estudante. Verdadeiro

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Verdadeira Verdadeira

VIII) Toda pessoa aplicada é um bom estudante. Falso (A 1ª representação fura esta afirmação)

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Falsa Verdadeira

IX) Todo aquele que não é um bom estudante, não é uma pessoa aplicada. Falso (A 1ª
representação fura esta afirmação)

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Falsa Verdadeira

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X) Alguma pessoa aplicada não é um bom estudante. Falso (A 2ª representação fura esta
afirmação)

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Verdadeira Falsa
XI) Pode existir alguma pessoa aplicada que não é um bom estudante. Verdadeiro

Pessoas Pessoas
aplicadas aplicadas

bons bons
estudantes estudantes

Verdadeira Falsa

Observação: No caso especial em que uma afirmação estiver vinculada ao termo “Pode
existir” para ela ser verdadeira basta que em no mínimo uma das possíveis
representações ela seja verdadeira.

3.3.2 Todo A é B e Nenhum C é B


Todo contador gosta de lógica. Nenhum psicólogo gosta de lógica. Assim sendo,
quantas das afirmações a seguir são necessariamente verdadeiras:
I) Algum contador é psicólogo.
II) Nenhum contador é psicólogo.
III) Alguém que não é contador, é psicólogo.
IV) Alguém que não é contador, não é psicólogo.
V) Todo aquele que não é contador, não é psicólogo.
VI) Todo aquele que não é contador, é psicólogo.
VII) Alguma pessoa que gosta de lógica é psicólogo.
VIII) Alguma pessoa que não gosta de lógica é psicólogo.
IX) Alguma pessoa que não gosta de lógica não é psicólogo.
X) Todo aquele que gosta de lógica, não é psicólogo.

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Solução:
O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 6 (II, III, IV, VIII, IX e X).
Serão representados os conjuntos “Contador”, “Gosta de lógica” e “Psicólogos” apenas
pela forma mais empregada, isso porque todas as afirmações do exemplo relacionam os
conjuntos “Contador” ou “Gosta de lógica” com o conjunto “Psicólogos”, não sendo necessário
analisar afirmações que relacionam os conjuntos “Contador” e “Gosta de lógica”.
De acordo com o enunciado, o conjunto “Contador” está totalmente dentro do
conjunto “Gosta de lógica”, pois “Todo contador gosta de lógica”. O conjunto “Psicólogos” está
completamente fora do conjunto “Gosta de lógica”, pois “Nenhum psicólogo gosta de lógica”.

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Cada afirmação será analisada da seguinte forma:


 Se ela for verdadeira, então será apresentado um ponto (caso algum ou existe) ou
uma região (caso todo ou nenhum) que satisfaz a afirmação.
 Se ela for falsa, então será apresentado um ponto (caso todo ou nenhum) ou uma
região (caso algum ou existe) que não satisfaz a afirmação.
I) Algum contador é psicólogo. Falso

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Falsa

II) Nenhum contador é psicólogo. Verdadeiro

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Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Verdadeira

III) Alguém que não é contador, é psicólogo. Verdadeiro

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Verdadeira
IV) Alguém que não é contador, não é psicólogo. Verdadeiro

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Verdadeira

V) Todo aquele que não é contador, não é psicólogo. Falso

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Falsa

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VI) Todo aquele que não é contador, é psicólogo. Falso

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Falsa

VII) Alguma pessoa que gosta de lógica é psicólogo. Falso

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Falsa

VIII) Alguma pessoa que não gosta de lógica é psicólogo. Verdadeiro

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Verdadeira

IX) Alguma pessoa que não gosta de lógica não é psicólogo. Verdadeiro

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Verdadeira
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X) Todo aquele que gosta de lógica, não é psicólogo. Verdadeiro

Gosta de
lógica
Psicólogo
Contador

Verdadeira
3.3.3 Algum A é B e Nenhum C é B
Alguns administradores atuam em marketing. Nenhum advogado atua em marketing.
Assim sendo, quantas das afirmações a seguir são necessariamente verdadeiras:
I) Alguns administradores são advogados.
II) Alguns administradores não são advogados.
III) Todo administrador é advogado.
IV) Todo advogado é administrador.
V) Nenhum administrador é advogado.
VI) Nenhum advogado é administrador.
VII) Alguns advogados são administradores.
VIII) Alguns advogados não são administradores.
IX) Pode existir algum advogado que é administrador.
X) Pode existir algum advogado que não é administrador.
Solução:
O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 3 (II, IX e X).
Serão representados os conjuntos “Administradores”, “Atuam em marketing” e
“Advogados” apenas pela forma mais empregada, isso porque ela resume todas as
possibilidades válidas que relacionam estes três conjuntos, sendo suficiente para analisarmos
todas as afirmações do exemplo.
De acordo com o enunciado, os conjuntos “Administradores” e “Atuam em marketing”
possuem elementos comuns, isto é, pertencem aos dois conjuntos, pois “Alguns
administradores atuam em marketing”. O conjunto “Advogado” está completamente fora do
conjunto “Atuam em marketing”, pois “Nenhum advogado atua em marketing”. Será
designada a palavra “Advogado” por A.

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Observe que são válidas três hipóteses: O conjunto “Advogado” completamente dentro
do conjunto “Administrador”, parcialmente dentro do conjunto “Administrador”, e
completamente fora do conjunto “Administrador”.

A
Administrador Marketing
A

Cada afirmação será analisada da seguinte forma:


 Se ela for verdadeira, então será apresentado um ponto (caso algum ou existe) ou
uma região (caso todo ou nenhum) que satisfaz a afirmação.
 Se ela for falsa, então será apresentado um ponto (caso todo ou nenhum) ou uma
região (caso algum ou existe) que não satisfaz a afirmação.

I) Alguns administradores são advogados. Falso

A
Administrador
Marketing
A

Falsa

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II) Alguns administradores não são advogados. Verdadeiro

A
Administrador
Marketing
A

Verdadeira

III) Todo administrador é advogado. Falso

A
Administrador Marketing
A

Falsa

IV) Todo advogado é administrador. Falso

A
Administrador Marketing
A

Falsa
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V) Nenhum administrador é advogado. Falso

A
Administrador
Marketing
A

Falsa

VI) Nenhum advogado é administrador. Falso

A
Administrador
Marketing
A

Falsa

VII) Alguns advogados são administradores. Falso

A
Administrador
Marketing
A

Falsa
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VIII) Alguns advogados não são administradores. Falso

A
Administrador
Marketing
A

Falsa

IX) Pode existir algum advogado que é administrador. Verdadeiro

A
Administrador
Marketing
A

Verdadeira

X) Pode existir algum advogado que não é administrador. Verdadeiro

A
Administrador
Marketing
A

Verdadeira

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3.3.4 Algum A é B e Todo C é B

Algum Homem é Caridoso. Todo Religioso é Caridoso. Sabe-se que o conjunto


“Homens” é maior que o conjunto “Religioso”. Assim sendo, quantas das afirmações a seguir
são necessariamente verdadeiras:

I) Algum Homem é Religioso.


II) Pode existir algum Homem que é Religioso.
III) Algum Homem não é Religioso.
IV) Algum Religioso é Homem.
V) Algum Religioso não é Homem.
VI) Todo Homem é Religioso.
VII) Todo Religioso é Homem.
VIII) Pode acontecer o fato de Todo Religioso ser Homem.
IX) Nenhum Homem é Religioso.
X) Nenhum Religioso é Homem.
Solução:

O número de afirmações necessariamente verdadeiras são 3 (II, III e VIII).


Serão representados os conjuntos “Homens”, “Caridosos” e “Religiosos” apenas pela
forma mais empregada, isso porque ela resume todas as possibilidades válidas que relacionam
estes três conjuntos, sendo suficiente para analisarmos todas as afirmações do exemplo.
O fato de que o conjunto “Homens” é maior que o conjunto “Religioso” implica que
estes dois conjuntos não podem ser iguais, devendo então ser excluída esta hipótese. Vale
ressaltar que esta condição é fundamental para que a afirmação II seja verdadeira, pois se ela
não existisse valeria a hipótese de que todos os conjuntos são iguais, o que invalidaria esta
afirmação.
De acordo com o enunciado, os conjuntos “Homens” e “Caridosos” possuem elementos
comuns, isto é, pertencem aos dois conjuntos, pois “Algum Homem é Caridoso”. O conjunto
“Religioso” está completamente dentro do conjunto “Caridoso”, pois “Todo Religioso é
Caridoso”. Será designado a palavra “Religioso” por R.
Observe que são válidas três hipóteses: O conjunto “Religioso” completamente dentro
do conjunto “Homem”, parcialmente dentro do conjunto “Homem”, e completamente fora do
conjunto “Homem”.

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Homem
Caridoso
R R

Cada afirmação será analisada da seguinte forma:


 Se ela for verdadeira, então será apresentado um ponto (caso algum ou existe) ou
uma região (caso todo ou nenhum) que satisfaz a afirmação.
 Se ela for falsa, então será apresentado um ponto (caso todo ou nenhum) ou uma
região (caso algum ou existe) que não satisfaz a afirmação.

Observação: No caso especial em que uma afirmação estiver vinculada ao termo “Pode
existir” ou “Pode Acontecer” para ela ser verdadeira basta que em no mínimo uma das
possíveis representações ela seja verdadeira.

I) Algum Homem é Religioso. Falso

Homem
Caridoso
R R

Falsa

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II) Pode existir algum Homem que é Religioso. Verdadeiro

Homem
Caridoso
R R

Verdadeira

III) Algum Homem não é Religioso. Verdadeiro

Homem
Caridoso
R R

Verdadeira

IV) Algum Religioso é Homem. Falso

Homem Caridoso
R R

Falsa

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V) Algum Religioso não é Homem. Falso

Homem
Caridoso
R R

Falsa

VI) Todo Homem é Religioso. Falso

Homem
Caridoso
R R

Falsa

VII) Todo Religioso é Homem. Falso

Homem
Caridoso
R R

Falsa

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VIII) Pode acontecer o fato de Todo Religioso ser Homem. Verdadeiro

Homem
Caridoso
R R

Verdadeira

IX) Nenhum Homem é Religioso. Falso

Homem
Caridoso
R R

Falsa

X) Nenhum Religioso é Homem. Falso

Homem
Caridoso
R R

Falsa

3.3.5 Condição necessária ou suficiente


Se chove então faz frio. Assim sendo:
a) Chover é condição necessária para fazer frio.
b) Fazer frio é condição suficiente para chover.
c) Chover é condição necessária e suficiente para fazer frio.
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d) Chover é condição suficiente para fazer frio.
e) Fazer frio é condição necessária e suficiente para chover.

Solução:
A resposta correta é a alternativa D.
Esta questão faz referência aos conceitos de necessidade e suficiência e às relações
destes conceitos com as proposições condicionais. Como já vimos, numa proposição
condicional “Se A então B” a ocorrência de A implica (obrigatoriamente) a ocorrência de B.
Então dizemos que A é uma condição suficiente para a ocorrência de B, ou,
simplesmente, que A é suficiente para B.
Por outro lado, sabemos que a não ocorrência de B implica a não ocorrência de A, ou
seja: sem a ocorrência de B, certamente A também não ocorreria. Por este motivo, dizemos
que B é uma condição necessária para a ocorrência de A, ou, simplesmente, que B é
necessária para A.
No contexto da questão isto nos diz que: “Chuva é condição suficiente para fazer frio”
e que “Frio é condição necessária para chover”.

Para finalizar seu estudo, resolva os Exercícios 14 e 15 e o


Exercício pontuado 3.1.

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REFERÊNCIAS

CURY, Márcia Xavier. Introdução à Lógica. São Paulo: Érica, 1996.

DUARTE, Heron Márcio Ferreira. Raciocínio Lógico e Quantitativo. Brasília: Ativa Editora,
1999.

GONZALEZ, Norton. Questões de Raciocínio Lógico, Quantitativo e Analítico. Rio de


Janeiro: Moderna, 2009.

JACOB, Daghlian. Lógica e Álgebra de Boole. São Paulo: Saraiva, 1995.

LIMA, Arlete Cerqueira. Lógica & Linguagem. Salvador: Centro Editorial e Didático da UFBA,
1993.

LOCIKS, Júlio. Raciocínio Lógico e Matemático. Brasília: Vestcon Editora, 2002.

MORGADO, Augusto C.; CESAR, Benjamin. Raciocínio Lógico-Quantitativo - Série Provas e


Concursos. 4. ed. São Paulo: Campus, 2009.

SÁ, Ilydio Pereira. Raciocínio Lógico: Concursos Públicos/Formação de Professores. Rio de


Janeiro: Moderna, 2008.

SMULLYAN, Raymond. O enigma de Sherazade, e outros incríveis problemas das “mil


e uma noites” à lógica moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

SMULLYAN, Raymond. Alice no país dos enigmas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

SOUZA, Júlio César de Mello e. Matemática divertida e curiosa. 18. ed. Rio de Janeiro: Ed.
Record, 2002.

TAHAN, Malba. O Homem que calculava. 18. ed. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2001.

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EXERCÍCIOS LIVRES E PONTUADOS

EXERCÍCIO 1

1. Uma lanchonete possui, entre homens e mulheres, oito funcionários. Das


afirmações abaixo, referentes aos funcionários dessa lanchonete, a única
necessariamente verdadeira é:
a) Pelo menos um deles nasceu no mês de novembro ou dezembro.
b) Pelo menos três deles são do sexo masculino.
c) Pelo menos dois deles nasceram no mesmo dia da semana.
d) Pelo menos um deles tem mais de 60 kg.
e) Pelo menos quatro deles nasceram num dia ímpar.

2. O Sr. e a Sra. Souza têm sete filhas, e cada filha tem um irmão. Quantas
pessoas há na família Souza?
a) 8
b) 9
c) 10
d) 14
e) 16

3. Observe a sequência de triângulos equiláteros.

Os números associados a cada um desses triângulos são chamados de


números triangulares. Desse modo, podemos dizer que o sétimo termo dessa
sequência é:
a) 15
b) 21
c) 28
d) 32
e) 36

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4. Todos os primogênitos da família Bragança têm olhos verdes. Eduardo tem
olhos castanhos. Então, pode-se afirmar que:
a) Eduardo pertence à família Bragança.
b) Eduardo não pertence à família Bragança.
c) Eduardo pertence à família Bragança e é primogênito.
d) Se Eduardo é primogênito, então pertence à família Bragança.
e) Se Eduardo pertence à família Bragança, então não é primogênito.

5. Ao se escreverem os números de 1 a 50, o algarismo 3 é utilizado:


a) 5 vezes
b) 10 vezes
c) 12 vezes
d) 15 vezes
e) 16 vezes

Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de


Aprendizagem.

EXERCÍCIO 2

1. Aldo, Lucas e Osmar saíram para passear de bicicleta. Em um certo


momento, eles trocaram as bicicletas e os bonés entre si. Isto é, cada um
passeia agora com a bicicleta de um segundo e o boné de um terceiro. O que
está com o boné de Osmar está com a bicicleta de Lucas. Então:
a) Osmar está com o boné de Aldo.
b) Lucas está com a bicicleta de Aldo.
c) Aldo está com a bicicleta de Osmar.
d) Osmar está com a bicicleta de Aldo.
e) Lucas está com o boné de Osmar.

2. Há dez pares de sapatos vermelhos, dez pares de sapatos azuis, dez pares
de sapatos brancos e dez pares de sapatos verdes numa gaveta. Se você
introduzir a mão na gaveta no escuro, qual é o menor número de sapatos que
você tem que tirar para ter a certeza de que tirou pelo menos um par de
sapato de cada cor?
a) 71
b) 62
c) 44
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d) 42
e) 8

Considere as informações do texto a seguir para responder às questões 3 e 4:


Os sobrenomes de Ana, Beatriz e Carla são Arantes, Braga e Castro, mas não
necessariamente nesta ordem. A de sobrenome Braga, que não é Ana, é mais velha que
Carla e a de sobrenome Castro é a mais velha das três.

3. Os sobrenomes de Ana, Beatriz e Carla são, respectivamente:


a) Arantes, Braga e Castro.
b) Arantes, Castro e Braga.
c) Castro, Arantes e Braga.
d) Castro, Braga e Arantes.
e) Braga, Arantes e Castro.

4. Nomeando-as em ordem crescente de idade, teremos:


a) Ana, Beatriz e Carla.
b) Carla, Ana e Beatriz.
c) Beatriz, Carla e Ana.
d) Ana, Carla, Beatriz.
e) Carla, Beatriz e Ana.

5. Qual é a menor soma que se pode ter numa adição em que as duas parcelas
são números de três algarismos, e os seis algarismos dessas parcelas são
todos diferentes?
a) 579
b) 447
c) 348
d) 325
e) 339

Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de


Aprendizagem.

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EXERCÍCIO 3

1. Os produtos: arroz, farinha, fubá, sal e açúcar estão distribuídos em uma


prateleira de um supermercado. Sabendo-se que:
I. Dois produtos separam a farinha do fubá.
II. O arroz está à esquerda da farinha.
III. O sal e o açúcar estão juntos.
IV. O açúcar está tão próximo do arroz como do fubá.
Pode-se afirmar que a sequência dos produtos da esquerda para a direita é:
a) Açúcar, farinha, fubá, sal e arroz.
b) Açúcar, farinha, sal, arroz e fubá.
c) Farinha, arroz, sal, fubá e açúcar.
d) Arroz, farinha, fubá, sal e açúcar.
e) Arroz, farinha, açúcar, sal e fubá.

2. Sabe-se que a bandeira da Alemanha tem as cores preta, vermelha e


amarela; a da Lituânia, amarela, verde e vermelha; e a da França, azul, branca
e vermelha. Representando as cores da bandeira com as letras do alfabeto,
não necessariamente na sequência colocada, tem-se que a bandeira da
Alemanha é BEF; a da Lituânia, ABE; e a da França, BCD. Então, as letras que
representam a bandeira do Brasil é:
a) ABCD.
b) ABDE.
c) ACDE.
d) ACDF.
e) BCDE.

3. Sobre uma mesa estão três caixas: uma azul, uma vermelha e uma branca;
e três objetos: um colar, um anel e uma pulseira. Cada um dos objetos está
em uma caixa diferente. Sabe-se que a caixa azul está à direita da caixa
vermelha, o colar está à esquerda da pulseira e a caixa vermelha está à direita
do anel. Então, pode-se afirmar que:
a) O anel está na caixa branca.
b) O colar está na caixa azul.
c) A pulseira está na caixa vermelha.
d) O anel está na caixa azul.
e) O colar está na caixa branca.

4. Lúcia tem três tipos de calçados: uma bota, um sapato e uma sandália. Um

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dos calçados é branco, o outro é preto e outro é vermelho. Sabe-se que:
I. Ou a bota é preta ou o sapato é preto.
II. Ou a bota é branca ou a sandália é vermelha.
III. Ou a sandália é branca ou o sapato é branco.
Então, as cores da bota, do sapato e da sandália são, respectivamente:
a) Branca, preta e vermelha.
b) Branca, vermelha e preta.
c) Vermelha, preta e branca.
d) Preta, vermelha e branca.
e) Preta, branca e vermelha.

5. Numa escola, foi organizada uma gincana entre os alunos. O número de


equipes participantes é fixo. Se tiverem 4 alunos em cada equipe, 10 alunos
deixariam de participar, mas se tiverem 7 alunos em cada equipe, 2 equipes
seriam desfeitas. O número de alunos que irão participar dessa gincana é:
a) 48
b) 60
c) 56
d) 42
e) 64

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EXERCÍCIO 4

1. Complete a sequência 551011131725.... com mais quatro algarismos.


a) ....3237
b) ....3753
c) ....4173
d) ....3543
e) ....4159

2. Um labirinto tem sua estrutura constituída de 26 espaços quadrados


identificados pelas letras de A a Z e de uma entrada e de uma saída como no
quadro apresentado a seguir. A única regra que alguém precisa seguir para se
deslocar no labirinto, começando pela entrada, é a de nunca passar pela
mesma letra. Consideremos os seguintes enunciados:

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I. O caminho mais longo da entrada até a saída envolve passar pela letra B.
II. O caminho mais curto da entrada até a saída envolve passar pela letra I.
III. Não se chega à saída passando pela letra S.
IV. Não há dois caminhos diferentes, desde a entrada até a saída, que usam o mesmo
número de letras.
V. Há, pelo menos, dois enunciados anteriores verdadeiros.
VI. Há, pelo menos, três enunciados anteriores verdadeiros.

Podemos afirmar que:


a) Apenas os enunciados I e IV são falsos.
b) Apenas o enunciado IV é falso.
c) Todos os enunciados são verdadeiros.
d) Apenas o enunciado I é falso.
e) Apenas os enunciados V e VI são falsos.

3. Mateus e Lucas apostam uma corrida. Mateus corre a metade do tempo e


anda a outra metade. Lucas corre a metade da distância e anda a outra
metade. Se ambos correm e andam com as mesmas velocidades, então, é
correto afirmar que:
a) Mateus chegará primeiro ao final do percurso.
b) Lucas chegará primeiro ao final do percurso.
c) Mateus e Lucas chegarão juntos ao final do percurso.
d) Mateus e Lucas chegam à metade do percurso.
e) Na metade do percurso, Lucas estará na frente de Mateus.

4. Em um armazém há três caixas fechadas, cada uma delas com uma etiqueta
de identificação do seu conteúdo. Uma delas contém somente maçãs, a outra
somente peras, e a terceira, maçãs e peras. Nenhuma das caixas está com a
etiqueta de identificação do conteúdo correta. A quantidade mínima de fruta
que deve ser retirada de uma das caixas para colocar as etiquetas de

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identificação corretamente é:
a) Uma fruta da caixa com a etiqueta “maçãs”.
b) Uma fruta da caixa com a etiqueta “peras”.
c) Uma fruta da caixa com a etiqueta “maçãs e peras”.
d) Duas frutas da caixa com a etiqueta “maçãs e peras”.
e) Três frutas da caixa com a etiqueta “maçãs e peras”.

5. Um ladrão encontrou uma gaveta cheia de diamantes. Sua primeira ideia foi
levá-los todos, mas foi incomodado por sua consciência e decidiu-se
contentar-se apenas com a metade, entretanto, para ter mais diamantes que o
dono da loja ele resolveu levar mais 1 diamante. Estranhamente, poucos
minutos depois, um segundo ladrão entrou na loja e pegou a metade dos
diamantes restantes e mais um. Depois um terceiro ladrão entrou na loja e
pegou metade dos diamantes que restavam e mais um. Depois entrou um
quarto ladrão, pegando metade do resto e mais um. Depois um quinto que não
pegou nada, porque todos os diamantes tinham sido levados. Quantos
diamantes havia inicialmente na gaveta, antes do primeiro ladrão entrar na
loja?
a) 24
b) 30
c) 32
d) 36
e) 40

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EXERCÍCIO 5

1. Em cada um dos pares a seguir, os números à direita são obtidos dos


números à esquerda por uma fórmula matemática simples, que é a mesma em
cada linha.
(8, 23), (3, 13), (11, 29), (2, x)
(6, 10), (5, 8), (17, 32), (12, y)
Pode-se, então, afirmar que os valores de x e y são, respectivamente:
a) 11, 21
b) 10, 24
c) 11, 24
d) 10, 21
e) 11, 22

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2. Meu relógio atrasa 96 minutos a cada dia. Se ele mostra a hora correta às 2
horas da madrugada, então a hora certa quando o relógio mostra 4 horas da
tarde do mesmo dia é:
a) 4h56min da tarde.
b) 5h da tarde.
c) 5h20min da tarde.
d) 5h55minda tarde.
e) 5h14min da tarde.

3. Para uma espécie de inseto, o tempo de vida é contado em dias, devido ao


seu curto período de existência. Nasce uma colônia por dia e essas colônias
são numeradas na sequência de cada nascimento. Sabendo-se que, quando a
colônia número 2.134 nasceu, a de número x tinha o dobro da idade da
colônia de número 2.125 e que a colônia de número x morreu quando a de
número 2.137 nasceu, conclui-se que o período de existência das colônias é
de:
a) 17 dias
b) 18 dias
c) 19 dias
d) 20 dias
e) 21 dias

4. Você já sabe que 21 = 2, 22 = 4, 23 = 8, 24 = 16, 25 = 32, 26 = 64 e assim por


diante. Qual é o último dígito do número 299?
a) 2
b) 8
c) 6
d) 7
e) 4

5. Na Amazônia, vivem as tribos dos Onça, dos Jacaré e dos Boto. Sabe-se que.
- Um homem Onça só pode se casar com uma mulher Jacaré.
- Um homem Jacaré só pode se casar com uma mulher Boto.
- Um homem Boto só pode se casar com uma mulher Onça.
Além disso, sabe-se que:
- Os filhos de um homem Onça passam a pertencer à tribo dos Boto.
- Os filhos de um homem Boto passam a pertencer à tribo dos Onça.
- Os filhos de um homem Jacaré passam a pertencer à tribo do Pai.

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Sabe-se, também, que cada índio pertence a uma única tribo.
Assim sendo, é correto afirmar que, se Peri é Boto, a filha do irmão da sua
mãe:
a) É Boto, com certeza.
b) É Jacaré, com certeza.
c) É Onça, com certeza.
d) Pode ser Boto ou Jacaré, dependendo das circunstâncias.
e) Pode ser Onça ou Boto, dependendo das circunstâncias.

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EXERCÍCIO PONTUADO 1.1

1. Três escritores: Cláudio, Jorge e Flávio – viajam em uma mesma cabine de


trem. Eles escrevem livros de áreas diferentes: ficção científica, história e
filosofia, não necessariamente nessa ordem. Cada um deles está lendo um
livro escrito por um dos outros dois. Não há dois deles lendo livro do mesmo
autor. Cláudio está lendo um livro sobre a história das civilizações nórdicas e
está sentado em frente ao escritor de ficção científica. Flávio está sentado ao
lado do autor de livros sobre filosofia e lê um livro de ficção científica.
O que se pode garantir dessas afirmações é que:
a) Jorge está lendo um livro sobre filosofia.
b) Flávio escreve sobre filosofia.
c) Jorge escreve sobre filosofia.
d) Cláudio escreve sobre ficção científica.
e) Jorge escreveu um livro sobre história das civilizações nórdicas.

2. Há dez pares de sapatos vermelhos, dez pares de sapatos azuis, dez pares
de sapatos brancos e dez pares de sapatos verdes numa gaveta. Se você
introduzir a mão na gaveta no escuro, qual é o menor número de sapatos que
você tem que tirar para ter a certeza de que tirou pelo menos um sapato de
cada cor?
a) 4.
b) 11.
c) 31.
d) 41.
e) 61.

3. Nathalie pede a suas três irmãs que se sentem no sofá da sala para tirar
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uma foto. Do ponto de vista da fotógrafa, tem-se que: a de vestido vermelho
senta-se à esquerda da de blusa branca, mas não necessariamente a seu
lado; Bruna senta-se à direita de Míriam; Sofhia senta-se à esquerda da que
veste um conjuntinho azul e esta, à esquerda da que está de blusa branca. Na
foto, que ficou linda, podemos ver:
a) Míriam vestindo uma blusa branca.
b) Sofia de conjuntinho azul.
c) Bruna de vestido vermelho.
d) Míriam sentada entre Sofia e Bruna.
e) Sofia sentada à direita das outras duas.

4. Em um campeonato de futebol, nove clubes -A, B, C, D, E, F, G, H e I-


encontram-se inscritos. O campeonato consiste na formação de três chaves
de três clubes para a primeira rodada, seguindo para a semifinal, três clubes,
formando uma chave, e, para a final, dois clubes, de onde sai o campeão
(obs.: cada time joga com todos os demais da sua respectiva chave). Sabe-se
que F foi campeão e que jogou com D duas vezes, que E jogou com B e com H
uma vez, que C jogou com I e os dois foram desclassificados já na primeira
rodada e que D jogou com A. A formação das três chaves é:
a) DAG, FCI e EBH
b) DBH, FAG e ECI
c) EBH, ACI e DGF
d) GCI, EBH e DAF
e) FDG, ABH e CEI

5. No país dos quadrados, para significar 58, escreve-se:

Para significar 635, escreve-se:

Responda: O que significa quando escreve como se vê a seguir?

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a) 5.432
b) 50.432
c) 500.432
d) 54.032
e) 54.302

6. Uma pessoa com 85 kg, considerando-se obesa, consulta um nutricionista


e é aconselhada a fazer uma dieta para perder 0,5 kg por semana. O gráfico
seguinte apresenta a situação real do emagrecimento durante as quatro
primeiras semanas da dieta.

peso
86
85
84
83
82
81
80 semanas
0 1 2 3 4

I. Na 2ª semana não perdeu peso.


II. Ao final da 3ª semana tinha perdido exatamente 1 kg.
III. Na 3ª e na 4ª semanas a dieta não deu o resultado previsto.

Então, pode-se afirmar que:


a) Somente o enunciado I está correto.
b) Somente o enunciado II está correto.
c) Somente os enunciados I e III estão corretos.
d) Todos os enunciados estão corretos.
e) Nenhum enunciado está correto.
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7. Um ônibus sai do terminal A com 20 passageiros. Na primeira parada,
sobem 5 passageiros; na próxima, sobem 6 passageiros e descem dois; na
seguinte, descem 3 e sobem 2; na próxima, sobem 2 e descem 5; na última,
antes do terminal B, descem 3 passageiros. O número de paradas que o
ônibus fez entre os dois terminais e o número de passageiros que estavam no
ônibus entre a terceira e quarta paradas, são, respectivamente:
a) 6 e 34
b) 6 e 22
c) 5 e 28
d) 5 e 22
e) 4 e 29
1 16 25 64 ?
8. Complete a sequência: , , , ,
4 9 36 49 ?
a) 82/90
b) 100/72
c) 81/100
d) 99/72
e) 100/81

9. Cinco amigas: Paula, Virgínia, Sílvia, Cristina e Gabriele moram na mesma


cidade e são muito apegadas umas às outras. Nenhuma delas sai sem a
companhia de uma das outras quatro. No último sábado, houve falha de
comunicação entre elas e não puderam sair todas juntas como de costume.
Nesse sábado, os três seguintes fatos aconteceram:
I. Paula tentou falar com Sílvia, mas não conseguiu de forma alguma.
II. Paula e outra das cinco amigas foram ao cinema e assistiram a um filme romântico.
III. Virgínia foi viajar somente com Gabriele para outra cidade.

Com base unicamente nessas informações, podemos concluir que, nesse


sábado,
a) Sílvia viajou junto com Gabriele.
b) Paula assistiu a um filme romântico com Sílvia.
c) Paula, Sílvia e Cristina foram ao cinema juntas.
d) Sílvia não saiu neste fim de semana.
e) Cristina, Virgínia e Gabriele foram juntas viajar.

10. Trinta balas são distribuídas entre 11 crianças. Podemos então afirmar
que:
a) Pelo menos 1 criança ganhou 4 balas.

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b) Pelo menos 2 crianças ganharam exatamente 5 balas.
c) 8 crianças ganharam 3 balas cada uma e as outras 3 ganharam 2 balas cada uma.
d) Pelo menos duas crianças ganharam o mesmo número de balas.
e) Nenhuma criança ficou sem balas.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário.

EXERCÍCIO PONTUADO 1.2

1. Cinco pessoas – Flávio, Méricles, Armênio, Clodoaldo e Igor – utilizam um


mesmo programa de computador, o qual facilita a comunicação online pela
Internet, permitindo que mais de duas pessoas estejam conectadas em uma
mesma conversação ao mesmo tempo e possibilitando que uma pessoa se
conecte a outra eventualmente ou permaneça sempre conectado a ela. Essas
pessoas têm hábitos rígidos, que são os seguintes:
I. Méricles nunca se conecta a mais de duas pessoas ao mesmo tempo.
II. Flávio permanece sempre conectado a Igor e a Clodoaldo.
III. Quando Armênio se conecta, ele o faz somente a uma pessoa por vez.
Nesse sistema de comunicação, para quaisquer duas pessoas, X e Y, se houver
uma terceira pessoa conectada a ambos, então X e Y estão conectados.
Considerando-se que as afirmações feitas anteriormente são as únicas a
representarem restrições ao uso do referido programa, qual das seguintes
alternativas apresenta uma situação possível de acontecer?
a) Clodoaldo, Méricles e Flávio estão conectados entre si.
b) Igor e Méricles estão conectados um ao outro.
c) Igor e Armênio estão conectados um ao outro.
d) Igor não está conectado a ninguém.
e) Méricles está conectado a Armênio.

2. O maior número de quatro algarismos distintos excede de quantas unidades


o menor número de três algarismos distintos?
a) 9753.
b) 9899.
c) 9776.
d) 9774.
e) 9800.

3. Qual o próximo número na sequência 77, 49, 36, 18, ...?

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a) 10
b) 12
c) 8
d) 14
e) 7

4. As figuras a seguir mostram redes quadriculadas formadas por palitos

Rede quadriculada em ordem 2

Rede quadriculada em ordem 3


O número de palitos necessários para formarmos uma rede quadriculada de
ordem 10, é:
a) 100.
b) 180.
c) 200.
d) 220.
e) 400.

5. Armando, Bernardo, Carlos e Daniel saem de chapéu, casaco e luvas em um


dia frio. Na pressa, nenhum deles chegou a vestir qualquer uma de suas peças
de vestuário, pegando uma de cada um dos colegas. Sabendo-se que:
- Nenhum deles possui mais de uma peça de vestuário de cada um dos tipos citados.
- Quem está com o chapéu de Carlos também está com as luvas de Armando e o casaco
de Bernardo.
- Bernardo não está com o chapéu de Daniel.
- Armando não está com o casaco de Carlos.
- Carlos não está com as luvas de Daniel.
Pode-se afirmar que quem está com as luvas de Carlos é:
a) Armando.

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b) Bernardo.
c) Carlos.
d) Daniel.
e) Não é possível responder à pergunta com os dados fornecidos.

6. O próximo número da sequência 3, 10, 4, 18, 5, 28, 6, ... é:


a) 37.
b) 38.
c) 39.
d) 40.
e) 41.

7. Quantos quadrados temos na figura abaixo?

a) 49.
b) 50.
c) 85.
d) 139.
e) 140.

8. Para pagar a despesa da festa de formatura numa escola, cada formando


deve contribuir com certa quantia. Se cada um der R$ 230,00, ficará faltando
R$ 2.990,00, entretanto, se cada um der R$ 360,00, haverá uma sobra de R$
1.820,00. O total de despesa para a organização da festa é:
a) R$ 10.000,00.
b) R$ 11.500,00.
c) R$ 12.000,00.
d) R$ 14.600,00.
e) R$ 16.200,00.

9. Considere os seguintes enunciados:

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I. Cinco pessoas numa sala têm idades diferentes.
II. As idades são indicadas por números inteiros.
III. Antônio é um ano mais velho que Maria.
IV. Maria é dois anos mais velha que João.
V. João é um ano mais moço que Suzana.
VI. Suzana é dois anos mais nova que Antônio.
VII. Lúcia é dois anos mais nova que João.

Qual das opções a seguir indica a ordem cronológica da pessoa mais velha para
a pessoa mais nova?
a) Antônio, Maria, João, Suzana e Lúcia.
b) Antônio, Maria, Suzana, Lúcia e João.
c) Antônio, Maria, João, Lúcia e Suzana.
d) Antônio, Maria, Suzana, João e Lúcia.
e) Antônio, João, Maria, Lúcia e Suzana.

10. Uma faixa é formada por três linhas de quadradinhos. A primeira e a


terceira linhas são formadas apenas por quadradinhos brancos e a segunda
linha alterna quadradinhos brancos com quadradinhos pretos, começando e
terminando com um quadradinho branco, conforme mostra a figura abaixo:

Logo, o número de quadradinhos brancos necessários para formar uma faixa


contendo 45 quadradinhos pretos é:
a) 225.
b) 228.
c) 250.
d) 270.
e) 273.

11. Considere a seguinte sequência de pares de números (0,2), (5,3) e (12,4).


Entre as alternativas a seguir, o próximo par que obedece à regra de formação
até então seguida é:
a) (15,5).
b) (18,5).
c) (20,5).
d) (21,5).
e) (24,5).

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12. Paulo é professor de Matemática e adora propor aos seus alunos desafios
matemáticos. Um dia, ele propôs o seguinte desafio: “Joãozinho tem um saco
de balas. Ele deu a metade das balas e mais uma bala para Pedro. Em seguida,
deu para Ari a metade do que restou e mais uma bala. Restou-lhe ainda uma
bala. Quantas balas havia no saco? Um dos alunos, rapidamente, deu a
seguinte resposta: “A metade do número de alunos desta turma menos um”. O
número de alunos naquela turma era:
a) 30.
b) 28.
c) 23.
d) 22.
e) 20.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário.

EXERCÍCIO 6

1. Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma festa com vestidos de cores
diferentes. Uma vestiu azul, a outra, branco, e a terceira, preto.
Chegando à festa o anfitrião perguntou quem era cada uma delas. A de azul
respondeu: “Ana é a que está de branco”. A de branco falou: “Eu sou Maria”. E a
de preto disse: “Cláudia é quem está de branco”. Como o anfitrião sabia que
Ana sempre diz a verdade, que Maria às vezes diz a verdade e que Cláudia
nunca diz a verdade, ele foi capaz de identificar corretamente quem era cada
pessoa. As cores dos vestidos de Ana, Maria e Cláudia eram, respectivamente:
a) Preta, branca e azul.
b) Preta, azul e branca.
c) Azul, preta e branca.
d) Azul, branca e preta.
e) Branca, azul e preta.

2. Um crime é cometido por uma pessoa e a polícia prende quatro suspeitos:


André, Eduardo, Rafael e João. No interrogatório, eles fazem as seguintes
declarações:
- André: Eduardo é o culpado.
- Eduardo: João é o culpado.
- Rafael: Eu não sou o culpado.
- João: Eduardo mente quando diz que eu sou o culpado.
Sabendo que apenas um dos quatro disse a verdade, quem é o culpado?

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a) André.
b) Eduardo.
c) Rafael.
d) João.
e) Não se pode saber com as informações dadas.

3. No momento da recreação em uma empresa, o chefe colocou o seguinte


problema:
Pedro, João, José, Tião e César estavam na cozinha quando um deles quebrou
uma das xícaras. A cozinheira chegou no momento em que eles juntavam os
cacos e perguntou quem havia quebrado a xícara. Ela obteve as seguintes
respostas:
 “Foi José”, disse Pedro.
 “Fui eu”, disse João.
 “Fui eu”, disse José.
 “Foi o João ou o José”, disse Tião.
 ”Foi o Tião”, disse César.
Sabendo-se que todos os cinco sabiam exatamente quem era o culpado, mas
que somente um deles disse a verdade. Qual das seguintes alternativas
apresenta o nome de quem quebrou a xícara?
a) César.
b) João.
c) José.
d) Pedro.
e) Tião.

4. Resolvi presentear a cada um dos meus colegas com uma pasta para papéis.
Então entreguei a de cor branca ao Jonofon, a cinza ao Márcio Lima, e a preta
ao Roberto Vasconcelos e disse: “Nenhum de vocês recebeu a sua própria
pasta.” Para auxiliá-los dou-lhes ainda três informações, mas só uma delas é
correta:
- A do Jonofon não é a preta.
- A do Márcio não é a branca.
- A do Roberto é a cinza.
Depois de alguns segundos de silêncio, quase que simultaneamente, todos
disseram as cores corretas de suas próprias pastas. Riram-se e trocaram suas
pastas. As cores das pastas de Jonofon, Márcio e Roberto eram,
respectivamente:
a) Cinza, branca e preta.
b) Preta, branca e cinza.

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c) Branca, preta e cinza.
d) Cinza, preta e branca.
e) Preta, cinza e branca.

5. Ângela, Heloísa, Letícia e Denise apostaram uma corrida.


- Ângela disse: “Heloísa chegou em segundo e Denise em terceiro”.
- Letícia disse: “Heloísa ganhou e eu cheguei em segundo”.
- Heloísa disse: “Denise foi a última e Ângela a segunda”.
Sabendo que em cada afirmação há uma verdade e uma mentira, quem chegou
em último lugar?
a) Ângela.
b) Letícia.
c) Heloísa.
d) Denise.
e) Não é possível determinar.

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EXERCÍCIO 7

1. Um crime é cometido por uma pessoa e a polícia prende cinco suspeitos:


Karina, Carolina, Érico, Natália e Kássio. No interrogatório, eles fazem as
seguintes declarações:
- Karina: Érico é o culpado.
- Carolina: Natália não é a culpada.
- Érico: Karina está mentindo.
- Natália: Não fui eu.
- Kássio: Carolina é a culpada.
Sabendo que no máximo um suspeito disse a verdade, quem é o culpado?
a) Karina.
b) Carolina.
c) Érico.
d) Natália.
e) Kássio.

2. Em uma empresa de equipamentos eletrônicos, trabalham quatro


funcionários: Paulo, Cláudio, Teresa e Vilmar; subalternos a um gerente. O
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gerente sabe que exatamente um deles ligou um aparelho em tomada de
voltagem errada, danificando o mesmo. Colocados frente a frente em uma sala,
o gerente perguntou a todos quem tinha feito a ligação.
 Paulo respondeu que havia sido o Cláudio ou o Vilmar.
 Cláudio declarou que tinha sido a Teresa.
 Teresa disse que não fez a ligação.
 Vilmar declarou que Teresa mentiu.
Sabendo que apenas um dos quatro funcionários falou a verdade, podemos
concluir que quem falou a verdade e quem fez a ligação em voltagem errada
foram, respectivamente,
a) Teresa e Cláudio.
b) Teresa e Paulo.
c) Teresa e Vilmar.
d) Cláudio e Teresa.
e) Paulo e Cláudio.

3. Quatro amigas – Ana, Beti, Carla e Dani – obtiveram os quatro primeiros


lugares em um concurso de dança, julgado por uma comissão de três juízes. Ao
comunicarem a classificação final, cada juiz anunciou duas colocações, sendo
uma delas verdadeira e a outra falsa:
- Juiz 1: “Ana foi a primeira; Bete foi a segunda”;
- Juiz 2: “Ana foi a segunda; Dani foi a terceira”;
- Juiz 3: “Carla foi a segunda; Dani foi a quarta”;
Sabendo que não houve empates, a primeira, a segunda, a terceira e a quarta
colocadas foram, respectivamente,
a) Ana, Carla, Beti e Dani.
b) Ana, Carla, Dani e Beti.
c) Beti, Ana, Dani e Carla.
d) Beti, Ana, Carla e Dani.
e) Beti, Carla, Dani e Ana.

4. Três casas A, B e C foram pintadas, cada uma, com uma das seguintes cores:
verde, amarela ou branca, não necessariamente nesta ordem. Sabendo que
somente uma das seguintes afirmações é verdadeira:
 A é verde.
 B não é verde.
 C não é amarela
Então, pode-se afirmar que:
a) A é amarela, B é branca e C é verde.

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b) A é amarela, B é verde e C é branca.
c) A é branca, B é verde e C é amarela.
d) A é branca, B é amarela e C é verde.
e) A é verde, B é amarela e C é branca.

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EXERCÍCIO 8

1. Classifique cada proposição composta em verdadeira ou falsa.


a) 5 + 2 = 7 e 6 – 4 = 1.
b) 5 + 2 = 7 ou 6 – 4 = 2.
c) ou 5 + 2 = 7 ou 6 – 4 = 2.
d) Se 2 é par, então 3 é ímpar.
e) Se 2 é par, então 3 é par.
f) Se 2 é ímpar, então 3 é ímpar.
g) Se 2 é ímpar, então 3 é par.
h) 7 é primo se e somente se 6 é primo.
i) 4 é primo se e somente se 10 é primo.
j) 5 é primo se e somente se 20% de 40 é 8.
k) 15% de 120 é 18 e 11% de 40 é 4,4.
l) ou 9 é primo ou 30% de 50 é 10.
m) 8 não é par ou 50% de 60 é 25.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item e,
após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

2. Considere as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.


I. 15% de 20 é 3 e 2 não é primo.
II. 11% de 60 é 6 ou 7 é ímpar.
III. ou 5 é ímpar ou 25% de 40 é 10.
IV. Se 8 é par, então 16 é ímpar.
V. 12 é primo se e somente se 6 é primo.
a) Ou II é verdadeira ou V é verdadeira.
b) II e III são verdadeiras.
c) Se I é falsa, então V é verdadeira.

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d) II é falsa ou IV é verdadeira.
e) IV é falsa se e somente se V é falsa.

3. Considere as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.


I. 10% de 20 é 2, se 3 não é primo.
II. 15% de 60 é 8, se 8 é ímpar.
III. 5 é primo, se 5% de 40 é 2.
IV. 12% de 30 é 3,3, se 16 não é primo.
V. Se 10% de 12 é 0,12 então 11 é primo.
a) III é verdadeira ou IV é falsa.
b) II e V são verdadeiras.
c) Ou I é falsa ou II é verdadeira.
d) II é falsa, se V é verdadeira.
e) III é verdadeira se e somente se IV é falsa.

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EXERCÍCIO 9

1. Sejam as seguintes proposições simples com seus respectivos valores


lógicos:
p: Bia é professora; V(p) = 1
q: Bia é filósofa; V(q) = 1
t: Bia é contadora. V(t) = 0

Escreva frases que traduzam as seguintes proposições compostas e indique o


seu respectivo valor lógico.

a) ~p  t.
b) p  ~t.
c) ~q  ~t.
d) q  ~p.
e) ~p  ~t.
f) p  t.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item e,
após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

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2. Sejam as seguintes proposições simples com seus respectivos valores
lógicos:
p: Bia é professora; V(p) = 1
q: Bia é filósofa; V(q) = 1
t: Bia é contadora. V(t) = 0

Traduza em símbolos cada uma das proposições compostas e indique o seu


respectivo valor lógico.
a) Ou Bia é professora ou é filósofa.
b) Bia não é filósofa, nem contadora.
c) Bia não é professora ou é contadora.
d) Bia não é filósofa, mas é contadora.
e) Se Bia é contadora, então ela não é professora.
f) Bia é filósofa se e somente se ela não é contadora.
g) Bia é contadora, se ela não é professora.
h) Ou Bia não é filósofa ou Bia não é contadora.
i) Bia não é filósofa ou é professora.
j) Bia não é filósofa ou professora.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item e,
após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

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EXERCÍCIO PONTUADO 2.1

1. Considere as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.


I. 4 é par e 5 não é ímpar.
II. 2 não é par ou 6 é ímpar.
III. Ou 5 não é primo ou 2 é primo.
IV. Se 10 não é primo, então 15 é primo.
V. 4 é primo se e somente se 1 é primo.
a) II é verdadeira ou IV é verdadeira.
b) III é verdadeira ou V é falsa.
c) I é verdadeira e IV é falsa.
d) I é falsa e II é verdadeira.
e) III é falsa ou IV é verdadeira.

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2. Considere as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.
I. 20% de 40 é 8 e 5% de 50 é 2,5.
II. 15% de 50 é 7,5 ou 12% de 80 é 9,6.
III. ou 7 é primo ou 13 é primo.
IV. Se 5 não é par, então 15 é ímpar.
V. 8 não é primo se e somente se 2 é primo.
a) Ou II é verdadeira ou IV é verdadeira.
b) Ou I é verdadeira ou V é verdadeira.
c) Ou III é verdadeira ou IV é falsa.
d) Ou I é falsa ou III é verdadeira.
e) ou III é falsa ou IV é falsa.

3. Considere as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.


I. 21% de 60 é 12,3 se 4 não é par.
II. 25% de 40 é 10, se 18 é primo.
III. Se 13 é primo, então 6 é primo.
IV. 1 é primo se e somente se 18% de 120 é 21,4.
V. 10% de 45 é 4,5 se e somente se 21 é primo.
a) III é verdadeira se e somente se IV é falsa.
b) Se II é verdadeira então V é falsa.
c) I é falsa, se IV é verdadeira.
d) II é verdadeira se e somente se III é falsa.
e) I é falsa se e somente se V é verdadeira.

4. Sejam as seguintes proposições simples com seus respectivos valores


lógicos:
p: Bia é professora; V(p) = 0
q: Bia é filósofa; V(q) = 0
t: Bia é contadora. V(t) = 1
Assinale a alternativa correta que traduz a proposição composta simbólica
correspondente e o seu respectivo valor lógico.

a) q  ~t: Ou Bia é filósofa ou Bia não é contadora. Valor lógico = Verdadeiro.
b) ~p  t: Bia não é professora, mas é contadora. Valor lógico = Verdadeiro.
c) ~p  ~q: Bia não é professora, nem filósofa. Valor lógico = Falso.
d) p  ~t : Bia é professora se e somente se Bia não for contadora. Valor lógico =
Verdadeiro.

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e) q  p: Bia é filósofa, se ela é professora. Valor lógico = Verdadeiro.

5. Sejam as seguintes proposições simples com seus respectivos valores


lógicos:
p: Bia é professora; V(p) = 1
q: Bia é filósofa; V(q) = 0
t: Bia é contadora. V(t) = 1
Assinale a alternativa INCORRETA que traduz a proposição composta
simbólica correspondente e o seu respectivo valor lógico.
a) q  ~p : Se Bia é filósofa, então ela não é professora. Valor lógico = Verdadeiro.
b) ~p  t : Bia não é professora, se ela é contadora. Valor lógico = Falso.
c) p  ~t: Bia é professora, mas não é contadora. Valor lógico = Falso.
d) ~q  ~t: Bia não é filósofa, nem contadora. Valor lógico = Falso.
e) q  ~p: Bia não é professora, se ela é filósofa. Valor lógico = Verdadeiro.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário.

EXERCÍCIO 10

1. Construa a tabela da verdade e verifique se as afirmações a seguir são


tautologia, contradição ou contingência.
a) ~(p  q) = ~p  q.
b) (q  ~p) = (~p  ~q).
c) [p  (p  q)]  q.
d) [~p  (p  ~q)] (~p  q).
e) ~p  [(p  ~q)  (~p  q)].
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

2. Verifique se o argumento é válido ou inválido.


a) [(p  q)  ~q] ├ ~p.
b) ~p  q ├ ~p  (p  ~q).
c) [(p  q)  (~p  q)] ├ (p  ~q) p.

Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

3. Supondo a proposição p verdadeira, q falsa e t verdadeira, através da

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tabela-verdade, determine o valor lógico de cada uma das proposições
compostas a seguir:
a) (~p  ~q)  t.
b) (~q  t)  (~p  t).
c) p  (q  ~t).
d) (q  t)  (~p  ~t).
e) [~q  (q  ~p)]  (p ~q).

Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

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EXERCÍCIO 11

1. Sejam as proposições:
p: Ana é dedicada;
q: Paulo é estudioso.

Escreva uma frase que negue cada proposição composta. A seguir, indique
na linguagem simbólica a proposição original e também a sua negação.
a) Ana não é dedicada ou Paulo é estudioso.
b) Ana é dedicada e Paulo não é estudioso.
c) Se Ana é dedicada, então Paulo não é estudioso.
d) Ana não é dedicada, se Paulo não é estudioso.
e) Paulo é estudioso se, e somente se, Ana não é dedicada.
f) Ou Ana é dedicada ou Paulo não é estudioso.
g) Ana não é dedicada, nem Paulo é estudioso.
h) Paulo é estudioso, mas Ana não é dedicada.
i) Paulo não é estudioso, se Ana não é dedicada.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

2. Negar as seguintes sentenças:


a) Todos os homens gostam de futebol.
b) Todos os filósofos não são orgulhosos.
c) Nenhum homem é fanático.
d) Nenhuma mulher não é vaidosa.
e) Qualquer homem é esperto.

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f) Existe homem que não é feliz.
g) Alguns homens são fanáticos.
h) Ao menos uma mulher não é esperta.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

3. Considere as afirmações abaixo:


I. “Todo homem é mortal”.
II. “Nenhum homem é perfeito”.
Para cada afirmação, escreva:
a) A proposição original na forma “ Se ... então...”
b) A recíproca do item (a).
c) A inversa do item (a).
d) A contraposta do item (a).
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

4. Considere as afirmações abaixo:


I. “Todos os atletas são saudáveis”.
II. “Nenhum fumante é saudável”.
Escreva duas expressões análogas a cada frase do que se pode
concluir e duas expressões do que não se pode concluir a respeito de cada
afirmação.
a) Conclusão Válida:
b) Conclusão Inválida:
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

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EXERCÍCIO 12

1. Uma sentença logicamente equivalente a “Se X é Y, então Z é W” é:


a) X é Y ou Z é W.
b) X é Y ou Z não é W.
c) Se Z é W, X é Y.
d) Se X não é Y, então Z não é W.
e) Se Z não é W, então X não é Y.
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2. Das seguintes premissas:
P1: “Ana é bonita e simpática, ou Ana é alegre”.
P2: “Ana não é alegre”.
Conclui-se que Ana:
a) Ou é bonita ou é simpática.
b) É bonita, mas não é simpática.
c) É bonita e é simpática.
d) Não é bonita ou não é simpática.
e) Não é bonita, mas é simpática.

3. Sejam as premissas:
X é A, ou Y é B.
Se X é A, então Z é C.
Y não é B, logo:
a) Z é C.
b) X não é A.
c) Z não é C e X é A.
d) Z não é C, ou Y é B.
e) Se Z é C, então Y é B.

4. Se Beto estuda com Maria, então Maria é aprovada nos exames.


Se Ana é reprovada nos exames, então Pedro estuda com Ana.
Se Maria é aprovada nos exames, então Ana é reprovada nos exames.
Ora, Pedro não estuda com Ana. Logo:
a) Ana não é reprovada e Maria é aprovada.
b) Ana é reprovada e Maria é aprovada.
c) Maria é aprovada e Beto estuda com Maria.
d) Ana não é reprovada e Beto não estuda com Maria.
e) Maria não é aprovada e Beto estuda com Maria.

5. Considere as seguintes premissas:


P1) Ou A é maior que B ou C é maior que D.
P2) Se C é maior que D, então E é maior que F.
P3) E não é maior que F, se e somente se, G é maior que H.
P4) G é maior que H ou I é maior que J.
P5) Se K é maior que L, então I não é maior que J.

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P6) K não é maior que L, se e somente se, M é maior que N.
P7) Ou M é maior que N, ou O é maior que P.
P8) Q é maior que R e A não é maior que B.
A partir destas premissas, deduza todas as relações de comparação
entre as letras, isto é, descubra quem é maior (igual) ou menor (igual) na
comparação das letras.
Obs.: Essa é uma questão aberta, portanto não tem alternativas. Resolva cada item
e, após a sua resolução, assista ao vídeo para confirmar cada uma de suas respostas.

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EXERCÍCIO PONTUADO 2.2

1. Para que a preposição “todos os homens são bons cozinheiros” seja falsa,
é necessário que:
a) Todas as mulheres sejam boas cozinheiras.
b) Algumas mulheres sejam boas cozinheiras.
c) Nenhum homem seja bom cozinheiro.
d) Todos os homens sejam maus cozinheiros.
e) Ao menos um homem seja mau cozinheiro.

2. Assinale a alternativa INCORRETA.


a) A negação de “2 é par e 3 é ímpar” é “2 não é par ou 3 não é ímpar”.
b) A negação de “existe um número primo par” é “nenhum número primo é par”.
c) A negação de “5 é primo ou 7 é ímpar” é “5 não é primo e 7 não é ímpar”.
d) A negação de “a é maior que b” é “a é menor que b”.
e) A negação de “qualquer número é inteiro” é “algum número não é inteiro”.

3. Uma sentença logicamente equivalente a “ Se X é Y, então Z não é W” é:


a) Se X não é Y, então Z é W.
b) Se Z é W, X é Y.
c) Se Z é W, X não é Y.
d) Se X não é Y, então Z não é W.
e) Se Z não é W, então X não é Y.

4. Sejam as premissas:
Se X não é igual a 3, então Y é igual a 5.
Se X é igual a 3, então Z não é igual a 6.

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Ora, Z é igual a 6. Portanto:
a) X é igual a 3.
b) X é igual a 3, ou Z não é igual a 6.
c) Y é igual a 5.
d) X é igual a 3, e Z é igual a 6.
e) X não é igual a 3, e Y não é igual a 5.

5. Se Dalva é mais alta do que Maria, então João é mais alto do que Teliles.
Se Teliles é mais alto do que Anália, então Dalva é mais alta do que Maria.
Sabe-se que Teliles é mais alto do que Anália, logo,
a) Teliles é mais alto do que Maria e Anália é mais alta do que João.
b) João é mais alto do que Anália e Anália é mais alta do que Teliles.
c) Dalva é mais alta do que Maria e João é mais alto do que Anália.
d) Dalva não é mais alta do que Maria ou Anália é mais alta do que Teliles.
e) Teliles é mais alto do que João ou Anália é mais alta do que Teliles.

6. Das seguintes premissas:


P1: “Ana é bonita e é simpática”.
P2: “Ou Ana é bonita ou Ana é alegre”.
P3: “Ana é alegre ou Ana não é esperta”.
Conclui-se que Ana:
a) É bonita e é esperta.
b) Não é alegre, mas é esperta.
c) É esperta ou é alegre.
d) Ou não é alegre ou é esperta.
e) Ou é bonita ou é simpática.

Submeta a atividade por meio da ferramenta Questionário.

EXERCÍCIO 13

1. Das seguintes premissas:


P1: “Ana é dedicada ou não é simpática”.
P2: “Ana é bonita, se Ana não é alegre”.
P3: “Ana não é elegante, se Ana não é estudiosa”.
P4: “Ana não é esperta, nem bonita”.
P5: “Ou Ana é dedicada ou Ana é estudiosa”.
P6: “Ana não é alegre se e somente se Ana não é simpática”.

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Conclui-se que Ana:
a) Ou é estudiosa ou não é dedicada.
b) É simpática se e somente se não é alegre.
c) É elegante, se é dedicada.
d) Ou não é estudiosa ou não é bonita.
e) É elegante se e somente se não é dedicada.

Considere as informações a seguir para resolver as questões 2, 3 e 4.


Na última olimpíada interna da escola, exatamente 7 alunos (Pedro, Jose, Ricardo,
Sandro, Tiago, Hugo e Valdir) participaram de todas as provas de natação. Todos os
alunos terminaram todas as provas e não houve empate em nenhuma das provas. Em
todas as provas Valdir terminou na frente de Pedro e o Pedro sempre terminou na
frente de José. Em todas as provas: “Ou Ricardo terminou em 1º e Thiago terminou
em último ou Sandro terminou em 1º e Hugo ou José terminou em último”.

2. Se em uma prova Ricardo terminou em 1º, Valdir não pode ter terminado
esta prova numa posição abaixo de:
a) 2º.
b) 3º.
c) 4º.
d) 5º.
e) 6º.

3. Se em uma prova Sandro terminou em 2º, qual das afirmativas é


necessariamente verdadeira em relação a esta prova?
a) Pedro terminou antes de Ricardo.
b) Valdir terminou antes de Sandro.
c) Tiago terminou antes de José.
d) Hugo terminou antes de Valdir.
e) Sandro terminou antes de Valdir.

4. Se em uma prova Ricardo terminou em 2º e José terminou em 5º, quem


terminou em 4º?
a) Sandro.
b) Valdir.
c) Pedro.
d) Thiago.
e) Hugo.

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EXERCÍCIO 14

1. Todo baiano gosta de axé music. Sabe-se também que esses dois conjuntos
não são iguais. Sendo assim, assinale a afirmação falsa.
a) Alguém que gosta de axé music é baiano.
b) Alguém que não é baiano gosta de axé music.
c) Alguém que não goste de axé music é baiano.
d) Alguém que não é baiano não gosta de axé music.
e) Alguém que gosta de axé music não é baiano.

2. Nenhum contador é preguiçoso. Sendo assim, assinale a afirmação falsa.


a) Alguém que é preguiçoso não é contador.
b) Alguém que é preguiçoso é contador.
c) Alguém que não é preguiçoso não é contador.
d) Alguém que não é preguiçoso é contador.
e) Alguém que não é contador não é preguiçoso.

3. Algum engenheiro é ambientalista. Sabe-se também que o conjunto


engenheiro é maior que o conjunto ambientalista. Sendo assim, assinale a
afirmação falsa.
a) Algum ambientalista é engenheiro.
b) Alguém que é engenheiro não é ambientalista.
c) Alguém que é ambientalista não é engenheiro.
d) Alguém que não é ambientalista não é engenheiro.
e) Alguém que não é ambientalista é engenheiro.

4. Algum contador não é orgulhoso. Sabe-se também que o conjunto contador e


orgulhoso possui algum elemento em comum. Sendo assim, assinale a afirmação
falsa.
a) Alguém que não é contador é orgulhoso.
b) Alguém que não é contador não é orgulhoso.
c) Alguém que não é orgulhoso é contador.
d) Alguém que não é orgulhoso não é contador.
e) Alguém que é orgulhoso é contador.

5. Todo administrador é honesto. Nenhum político é honesto. Sendo assim,


assinale a afirmação falsa.
a) Alguém que não é administrador é político.

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b) Alguém que não é administrador não é político.
c) Alguém que não é honesto é político.
d) Alguém que é administrador não é honesto.
e) Alguém que não é honesto não é político.

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EXERCÍCIO 15

1. Todo contador é honesto. Nenhum político é contador. Sendo assim,


assinale a afirmação necessariamente verdadeira.
a) Alguém não honesto é político.
b) Alguém não político não é honesto.
c) Alguém honesto é político.
d) Alguém político é honesto.
e) Alguém político não é honesto.

2. Alguns administradores gostam de matemática. Nenhum advogado gosta de


matemática. Sendo assim assinale a afirmação necessariamente verdadeira.
a) Alguns advogados são administradores.
b) Alguns advogados não são administradores.
c) Alguém que não goste de matemática é advogado.
d) Nenhum administrador é advogado.
e) Nenhum advogado é administrador.

3. Alguns Administradores gostam de matemática. Todo Engenheiro gosta de


matemática. Sabe-se que o conjunto “Administradores” é maior do que o
conjunto “Engenheiro”. Sendo assim, assinale a afirmação necessariamente
verdadeira.
a) Todo Administrador é Engenheiro.
b) Pode acontecer o fato de todo Administrador ser Engenheiro.
c) Todo Engenheiro é Administrador.
d) Pode acontecer o fato de todo Engenheiro ser Administrador.
e) Todo aquele que não é Administrador, não é Engenheiro.

4. Alguns homens são simpáticos e toda pessoa simpática gosta de conversar.


Sendo assim, assinale a afirmação falsa.
a) Pode acontecer o fato de que Todo homem gosta de conversar.

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b) Pode acontecer o fato de que Todo aquele que gosta de conversar é homem.
c) Pode acontecer o fato de que nenhum homem gosta de conversar.
d) Pode existir homem que não gosta de conversar.
e) Pode existir alguém que não gosta de conversar e é homem.

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EXERCÍCIO PONTUADO 3.1

1. Todo baiano gosta de axé music. Sendo assim, assinale a afirmação


necessariamente verdadeira:
a) Todo aquele que gosta de axé music é baiano.
b) Todo aquele que não é baiano não gosta de axé music.
c) Algum baiano não gosta de axé music.
d) Alguém que não goste de axé music é baiano.
e) Alguém que não é baiano não gosta de axé music.

2. Algum engenheiro é ambientalista. Sabe-se também que o conjunto


engenheiro é maior que o conjunto ambientalista. Sendo assim, assinale a
afirmação necessariamente verdadeira:
a) Todo engenheiro é ambientalista.
b) Todo ambientalista é engenheiro.
c) Pode acontecer de todo engenheiro ser ambientalista.
d) Pode acontecer de todo ambientalista ser engenheiro.
e) Nenhum ambientalista é engenheiro.

3. Algum contador não é orgulhoso. Sabe-se também que o conjunto


contador e orgulhoso possui algum elemento em comum. Sendo assim,
assinale a afirmação necessariamente verdadeira:
a) Alguém que é orgulhoso não é contador.
b) Todo contador é orgulhoso.
c) Todo orgulhoso é contador.
d) Pode acontecer de todo contador ser orgulhoso.
e) Pode acontecer de todo orgulhoso ser contador.

4. Todo administrador é honesto. Nenhum político é honesto. Sendo assim,


assinale a afirmação necessariamente verdadeira:
a) Todo aquele que não é administrador, não é político.
b) Todo aquele que não é administrador, é político.

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c) Todo aquele que é honesto, não é político.
d) Algum honesto é político.
e) Algum administrador é político.

5. Todo contador é honesto. Nenhum político é contador. Sendo assim,


assinale a afirmação necessariamente verdadeira:
a) Todo aquele que não é honesto, não é político.
b) Todo aquele que não é honesto, é político.
c) Todo aquele que é honesto, não é político.
d) Algum honesto é político.
e) Algum honesto não é político.

6. Alguns administradores gostam de matemática. Nenhum advogado gosta


de matemática. Sendo assim, qual a afirmação necessariamente verdadeira?
a) Todo administrador é advogado.
b) Todo advogado é administrador.
c) Todo aquele que não é administrador, não é advogado.
d) Alguns administradores são advogados.
e) Alguns administradores não são advogados.

7. Alguns Administradores gostam de matemática. Todo Engenheiro gosta de


matemática. Sabe-se que o conjunto “Administradores” é maior do que o
conjunto “Engenheiro”. Sendo assim, qual a afirmação necessariamente
verdadeira?
a) Alguém que não é Administrador é Engenheiro.
b) Algum Administrador não é Engenheiro.
c) Algum Administrador é Engenheiro.
d) Algum Engenheiro é Administrador.
e) Algum Engenheiro não é Administrador.

8. Alguns homens são simpáticos e toda pessoa simpática gosta de


conversar. Sendo assim, assinale a afirmação necessariamente verdadeira:
a) Ninguém que gosta de conversar é homem.
b) Alguém que gosta de conversar é homem.
c) Alguém que não gosta de conversar é homem.
d) Todo homem gosta de conversar.
e) Nenhum homem gosta de conversar.

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