Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALLAN MORAES
SÃO PAULO
2022
Para Acácio e Amanda.
Sumário
Referências .......................................... 70
1
Introdução
Nesta pesquisa analisamos o tema de engajamento político,
escapismo e utopias políticas na antiguidade grega abordando
três escolas de pensamento: 1. platonismo (e sua ênfase no
engajamento político); 2. epicurismo (e seus exemplos de
escapismo político); e 3. estoicismo (exemplo de utopias
políticas). Para isso, como comentadores principais, vamos
recorrer a John Ferguson,1 Peter Green,2 Geert Roskam,3 Page
duBois,4 mais traduções de trechos do grego que sejam
significativas no contexto da discussão.
A proposta não busca congelar os comentários sobre Platão,
Epicuro e Zenão, aqui os respectivos representantes das escolas
relacionadas a engajamento, escapismo e utopianismo político:
a ideia é antes mostrar como elas se relacionam, se influenciam,
se criticam e se contrapõem ao imaginar mundos e cidades-polis
organizados de acordo com seus princípios intelectuais mais
caros e relevantes, e nesse sentido as utopias terão ênfase ao
longo de toda a análise.
A resolução de questões básicas em torno das utopias
políticas gregas e sua recepção em comentadores modernos nos
permitirá discutir temas como gênero e posição das mulheres,
fundação de cidades, colonialismo e imperialismo, críticas e
crises da democracia, escravização antiga e moderna e o papel
das utopias em revoluções sociais.
1
John Ferguson, Utopias of the Classical World. Ithaca: Cornell University Press, 1975.
2
Peter Green. Alexander to Actium: The Historical Evolution of the Hellenistic Age.
Berkeley: University of California Press, 1990.
3
Geert Roskam, Live Unnoticed — Λάθε βιώσας: On the Vicissitudes of an Epicurean
Doctrine. Leiden: Brill, 2007a.
4
Page duBois, ‘The History of the Impossible: Ancient Utopia.’ Classical Philology 101,
n. 1, 2006, p. 1–14. Disponível em: https://doi.org/10.1086/505668. Acesso em: 10
fev. 2021.
2
5
Notar a ausência de qualquer capítulo dedicado ao epicurismo em duas importantes
referências sobre utopias na antiguidade grega, como em Ferguson, op. cit.,
passim, e em Doyne Dawson, Cities of the Gods: Communist Utopias in Greek
Thought. New York: Oxford University Press, 1992. Com isso, não quero dizer que
há uma falha de abordagem de produções anteriores, como em Ferguson e
Dawson, mas antes que o epicurismo de fato não tem muito a dizer sobre
utopianismo a não ser de forma indireta (como veremos a seguir).
3
6
Roskam, 2007a, p. 134-135.
7
David Sider, The Epigrams of Philodemos: Introduction, Text, and Commentary. New
York: Oxford University Press, 1997. Cf. PATON, W.R. (ed.). Greek Anthology, Volume
IV. New York G.P. Putnam’s Sons, 1916. p. 90-91. Disponível em:
https://archive.org/details/greekanthology04newyuoft/page/
90/mode/2up. Acesso em: 22 jun. 2022. Adicionalmente a Sider (1997) e Paton (1916),
vamos usar e adaptar a tradução de Leonardo Teixeira de Oliveira. Os epigramas de
Filodemo de Gádara: introdução, tradução e comentários. Orientador: Prof. Dr.
Roosevelt Araújo da Rocha Júnior. 2021, 381 fl. Tese (Doutorado em Letras) — Setor
de Ciências Humanas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2021.
Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/73847. Acesso em: 22 jun.
2022.
4
8
Marília P. Futre Pinheiro, “Utopia and Utopias: a Study on a Literary Genre In
Antiquity”. In: Shannon N. Byrne et al. (ed.), Authors, Authority, and Interpreters in the
Ancient Novel: Essays in Honor of Gareth L. Schmeling. Kooiweg: Barkhuis, 2006.
Disponível em: http://www.jstor.org/stable/j.ctt13wwxhm. Acesso em: 10 fev. 2021.
p. 147-171. Uma retomada do conceito de utopia a partir de Thomas Morus também
é feito por Maria das Graças de Moraes Augusto, ‘Discurso utópico e ação política:
uma reflexão acerca da politeia platônica’. Classica, Belo Horizonte, 3, p. 45-66,
1990. Disponível em: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/596.
Acesso em: 10 fev. 2021.
9
duBois, 2006, p. 1.
5
10
Green, 1990, p. 455.
6
11
Id., p. 457-458.
12
Id., p. 455.
13
Plut. Quaest. conv. 719b.
14
Green, 1990, p. 455.
7
15
Green, id., p. 455.
16
Ibid., p. 455.
17
Plut. Quaest. conv. 718f.
8
18
Pl. Resp. 7.530b.
19
Green, op. cit., p. 454.
9
20
Id., p. 454-455.
21
Id., p. 56.
10
22
Ferguson, 1975, p. 61.
23
Id., p. 62.
24
Ibid.
11
25
Id., p. 62.
26
Ibid.
27
Green, op. cit., p. 41-42.
12
28
Ferguson, op. cit., p. 62-63.
29
Id., p. 68.
13
Ferguson diz que o que Platão quer dizer com ‘no céu’ é
controverso,31 mas que podemos tomar no sentido literal de céu
astronômico mesmo, céu observável, com planetas e estrelas
alinhados em perfeição circular — corpos celestes que eram,
para Platão, não devemos nos esquecer, como deuses, criaturas
vivas e sencientes.32
30
Pl. Resp. 9.592b.
31
Ferguson, op. cit., p. 69.
32
Green, op. cit., p. 462.
33
Julia Annas, “Plato’s ideal Society and Utopia”. In: Pierre Destrée, Jan Opsomer e
Geert Roskam (ed.), Utopias in Ancient Thought. Berlin: De Gruyter, 2021, p. 103-105.
14
34
Annas, op. cit., p. 108.
35
Id., p. 109.
15
36
Plat. Tim. 17c.
16
37
Annas, op. cit., p. 110-111.
17
38
Annas, op. cit., p. 112. Na linha dos estudos de recepção, Annas faz um resumo
muito interessante do legado da narrativa sobre Atlântida no Renascimento e
depois, até a modernidade mais recente, mostrando que a narrativa foi
recepcionada de forma que Platão não havia intencionado: mais como narrativa
inspiracional do que como exemplo de uma antiutopia crítica à Atenas de sua
época.
39
Ferguson, op. cit., p. 75-76.
40
Ibid.
18
41
Id., p. 84.
42
Id., p. 76.
19
43
Id., p. 62.
44
Id., p. 78.
45
Id., p. 76-77.
46
Pl. Leg. 6.781b.
47
Ferguson, op. cit., p. 64; cf. Green, op. cit., p. 382, onde afirma que o conceito de
liberdade e a definição de ‘homem livre’, para os gregos, “depende muito menos do
tipo de trabalho que ele faz, mas antes se ele o faz para si próprio e não, sob
coerção, para outros”.
20
48
Page duBois, Slavery: Antiquity and it’s Legacy. New York: I.B. Tauris, 2010. p. 57.
49
Id., p. 74.
50
duBois, 2010, p. 58.
21
51
Annas, op. cit., p. 116.
52
Id., p. 117.
22
53
Delfim Leão, “Demétrio de Fáleron e a reinvenção da polis democrática”. In: Breno
Battistin Sebastiani et al. (coord.), A poiesis da democracia. Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra, 2018. p. 241-291. Disponível em: https://digitalis-
dsp.uc.pt/jspui/handle/10316.2/45144. Acesso em: 15 out. 2021. p. 241.
54
Green, op. cit., p. 36-51.
23
55
Id., p. 47.
56
Leão, op. cit., p. 245.
57
Green, op. cit., p. 45.
58
Ibid.
24
59
Id., p. 46.
60
Id., p. 50-55. Green (op. cit., p. 45) também diz que isso não é nada perto de
quando comparamos as extravagâncias (e polêmicas) do seu par em negativo,
Demétrio Poliorcetes, que não só teve canções performadas pelos cidadãos
atenienses libertos do poder do Falereu que equiparavam Poliorcetes a um deus
encarnado mas também fez da câmara anterior do Partenon seu próprio palácio,
onde, com anuência dos atenienses e de uma provedora de cortesãs chamada
Lamia, teria passado todo o inverno promovendo rodadas de orgias.
25
61
Plb. 12.13.
62
Green, op. cit., p. 47.
63
Plb. 12.13.
64
Green, op. cit., p. 47-48.
26
65
Doyne Dawson, Cities of the Gods: Communist Utopias in Greek Thought. New York:
Oxford University Press, 1992. p. 102.
27
Epicuristas na terra
Ou: “os céus não são divinos”
λάθε βιώσας
Viva despercebido!
66
Green, 1990, p. 463.
29
67
Claude Zygiel, Map of Alexander's empire and his route. Wikimedia, 24 mar. 2006.
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_the_Great#/media/File:
MacedonEmpire.jpg. Acesso em: 15 ago. 2021.
68
Green, op. cit., p. 454.
69
Id., p. 622.
30
70
Green, op. cit., p. 460.
71
Id., p. 623.
31
72
Id., p. 53.
73
Ibid.
74
Ibid.
75
Id., p. 55-56.
32
76
Geert Roskam, Live Unnoticed — Λάθε βιώσας: On the Vicissitudes of an Epicurean
Doctrine. Leiden: Brill, 2007a.
77
Green, op. cit., p. 59.
78
Roskam, op. cit., p. 34.
79
M. Nussbam, 1986 apud Roskam, 2007a, p. 34; Green, 1990, p. 630.
80
Geert Roskam, A commentary on Plutarch’s De latenter vivendo. Leuven: Leuven
University Press, 2007b. 279 p.
33
81
Roskam, 2007b, p. 49.
82
Id., p. 50-51.
34
83
Roskam, 2007b, p. 38.
84
Green, op. cit., p. 605. Cf. Harry David Rube. Political Polupragmones: Busybody
Athenians, Meddlesome Citizenship, and Epistemic Democracy in Classical Athens
Citizenship. Brunswick: Bowdoin College Digital Commons, 2016. Honors Project
46. Disponível em: https://digitalcommons.bowdoin.edu/honorsprojects/46.
Acesso em: 20 ago. 2020.
85
Green, op. cit., p. 55.
86
Roskam, 2007b, p. 55.
35
87
Roskam, 2007b, p. 56.
88
Green, op. cit., p. 58.
36
Epicuro, já que assim como Platão ele correu riscos. Epicuro, por
exemplo, ao buscar levar seus ensinamentos (e suas polêmicas)
aos cidadãos de Mitilene, antagonizou com muitos intelectuais
da região, então sob o comando do tenebroso Antígono
Monoftalmo, e é muito provável que teve de fugir sob ameaças
de julgamento e morte.89
Entretanto, Roskam nos adverte que ver aí um motivo da
filosofia de desengajamento político em Epicuro é reduzir uma
doutrina, como vimos, terapêutica e filosófica ao mesmo tempo,
a mero bon mot, a mera máxima sagaz, e que associar o dito de
Epicuro a desilusões e reajustes no modo de vida vai em direta
contradição com as fontes antigas, “onde a vida reservada nunca
é tida como a alternativa involuntária”.90
Entre esses e diversos outros paradoxos de se tentar manter
uma vida positivamente ‘despercebida’, reservada e afastada de
questões políticas num mundo instável e inseguro, podemos,
como fizemos ao trazer exemplos práticos do platonismo,
também trazer aqui uma interessante figura por meio da qual
nos chegou muito da doutrina epicurista: Diógenes de
Oinoanda.
No chão e em pedra:
a inscrição de Diógenes de Oinoanda
89
Green, op. cit., p. 60.
90
Roskam, 2007a, p. 64-65 (grifo do autor).
37
91
Roskam, 2007a, p. 130-131.
92
Id., p. 136.
38
93
Id., p. 144.
94
Nazım Güveloğlu, A Gigantic Jigsaw Puzzle: The Epicurean Inscription of Diogenes
of Oinoanda. Produtor executivo: Halil Turan. Roteiro: Nazım Güveloğlu. [S.l.]:
ODTÜ-METU, 10 mar. 2015. 1 vídeo (31 min 53 s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1s-z7uZd9X8. Acesso em: 17 nov. 2021.
39
95
A tradução em inglês está mais facilmente acessível no site Diogenes of Oinoanda:
The Epicurean Inscription, disponível em: http://www.english.enoanda.cat/
the_inscription.html. Acesso em: 21 nov. 2021.
40
96
Roskam, 2007a, p. 134.
41
97
Robert Mondi, ‘The Homeric Cyclopes: Folktale, Tradition, and Theme’.
Transactions of the American Philological Association, 1983, p. 17-38. Disponível em:
https://www.jstor.org/stable/284000. Acesso em: 22 jun. 2022.
42
[…] e Atena
foi até a terra, a cidade dos varões feácios.
Eles antes moravam na espaçosa Hipereia,
próximo aos ciclopes, varões arrogantes,
que os lesavam, pois na força eram superiores.
De lá fê-los erguer-se o deiforme Nauveloz,
e assentou-os em Esquéria, longe de varão come-grão;
em volta puxou muro para a cidade, construiu casas,
fez templos de deuses e dividiu as glebas.98
98
Christian Werner, Odisseia: Homero. São Paulo: Cosac Naify, 2014. E-book.
p. 27.2 (grifo nosso).
99
Id., p. 33.105.
43
100
Mondi, op. cit., p. 19.
101
Ferguson, 1975, p. 16-22.
102
Eric Saylor, English Pastoral Music: from Arcadia to Utopia, 1900-1955. Chicago:
University of Illinois Press, 2017. E-book. p. 3143.
44
103
Frye, op. cit., p. 338.
45
104
Érico Nogueira, Verdade, contenda e poesia nos Idílios de Teócrito. Orientador: Prof. Dr.
João Angelo Oliva Neto. 2012, 298 fl. Tese (Doutorado em Letras Clássicas) —
Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas, Departamento de Letras
Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. p. 121. Disponível em: https://teses.
usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-06112012-125428/publico/2012_EricoNogueira.
pdf. Acesso em: 22 jun. 2022. p. 141.
105
Nogueira, op. cit., p. 139.
46
106
Tradução adaptada de Leonardo Teixeira de Oliveira, Os epigramas de Filodemo de
Gádara: introdução, tradução e comentários. Orientador: Prof. Dr. Roosevelt
Araújo da Rocha Júnior. 2021, 381 fl. Tese (Doutorado em Letras) — Setor de
Ciências Humanas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2021, p. 265.
Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/ 1884/73847. Acesso em: 22 jun.
2022. Cf. David Sider, The Epigrams of Philodemos: Introduction, Text, and
Commentary. New York: Oxford University Press, 1997, p. 152.
47
107
Green, op. cit., p. 239.
108
Seria interessante confrontar a escolha da terra dos feácios por parte de Filodemo
e o patronato de Pisão com algumas das questões abordadas pelo poeta-filósofo em
seu ensaio sobre o rei ideal de acordo com Homero usando o tema do
escapismo/engajamento político epicurista conforme tratado por Geert Roskam no
capítulo ‘Philodemus’ de seu Live Unnoticed (2007a).
109
Frederick T. Griffiths, Theocritus at Court. Leiden: Brill, 1979. passim.
48
Estoicos no mar
O Sol como conselheiro
111
Lloyd, 1970, p. 29 apud Green, op. cit., p. 64.
112
Ibid.
113
Green, op. cit., p. 61-62.
51
114
Ibid.
115
Ferguson, 1975, p. 117.
116
Green, op. cit., p. 633-634.
117
Ferguson, op. cit., p. 117.
52
118
Ibid.
119
Peter von Möllendorff, “Stoics in the Ocean: Iambulus’ Novel as Philosophical
Fiction”. In: Marília P. Futre Pinheiro; Silvia Montiglio (org.). Philosophy and the
Ancient Novel (Ancient Narrative Supplement 20), Gronigen, 2015. p. 29. Disponível
em: http://archiv.ub.uniheidelberg.de/propylaeumdok/3340/1/Moellendorff
_Stoics_in_the_ocean_2015.pdf. Acesso em: 15 ago. 2021.
120
Ferguson, op. cit., 117.
53
121
Green, op. cit., p. 633.
122
Id., p. 64.
123
Ibid.
54
124
David Winston, “Iambulus’ Islands of the Sun and Hellenistic Literary Utopias”.
Science-Fiction Studies, v. 10, section 3, Nov. 1976. p. 219-217. Disponível em:
https://www.depauw.edu/sfs/backissues/10/winston10art.htm. Acesso em: 15 ago.
2021.
125
Winston, op. cit., p. 219-221; cf. von Möllendorff, 2015, passim.
55
126
Ibid.
56
127
Ferguson (op. cit., p. 127) conclui que Iâmbulo talvez conhecesse a Política de
Aristóteles, e seria daí que teria retirado o conceito de rotação de funções cívicas.
57
128
Winston, 1976, p. 219-221.
129
von Möllendorff, 2015, p. 27-28.
130
Id., p. 30-31.
58
131
Page duBois, “The History of the Impossible: Ancient Utopia.” Classical Philology
101, n. 1, p. 1–14, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1086/505668. Acesso em:
10 fev. 2021. p. 6.
132
Strab. 14.1.38.
59
137
Finley, op. cit., p. 184.
61
138
Jeanne Robert e Louis Robert, Claros I: Décrets hellénistiques, fasc. 1 [Les
inscriptions], Paris: Recherche sur les civilisations, 1989 apud duBois, 2006, p. 7.
139
duBois, 2006, p. 7.
140
Id., p. 8.
141
Arist. Pol. 1252a1.
62
142
Arist. Pol. 1252a4.
143
duBois, 2006, p. 9.
63
144
Page duBois, Slavery: Antiquity and it’s Legacy. New York: I.B. Tauris, 2010.
(Ancients and Moderns Series.). p. 6.
145
Id., p. 16.
64
146
Emanuel Paulo Ramos (org.), Os Lusíadas de Luís de Camões. Porto: Porto Editora,
1972. p. 181-182.
147
Frank B. Wilderson III. Afropessimism. New York: Liveright, 2020. p. 248.
65
148
Arist. Cat. 7b15-20.
149
Arist. Cat. 7a35.
150
Wilderson III, op. cit., p. 164-165.
66
151
Wilderson III, op. cit., passim.
152
duBois, 2006, p. 14.
67
153
Achille Mbembe, Critique of Black Reason. Translated and with an Introduction by
Laurent DuBois. Durham: Duke University Press, 2017. p. 37.
68
154
Rachel Poser, “He Wants to Save Classics From Whiteness. Can the Field Survive?”
The New York Times, Feb. 2, 2021. Disponível em: https://www.nytimes.com/
2021/02/02/magazine/classics-greece-rome-whiteness.html. Acesso em: 17 mar.
2021.
155
duBois, 2006, p. 14.
70
Referências
BROWN, Eric. False Idles: The Politics of the “Quiet Life”. In: BALOT, R.
K. (ed.). A Companion to Greek and Roman Political Thought. Oxford:
Wiley & Blackwell, 2009.
DUBOIS, Page. Slavery: Antiquity and it’s Legacy. New York: I.B.
Tauris, 2010. (Ancients and Moderns Series.)
FISH, J.; SANDERS, Kirk R (ed.). Epicurus and the Epicurean tradition.
Cambridge: Cambridge University Press, 2011.
72