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Matemática elementar/Imprimir

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Conjuntos
Em Matemática, conjunto é uma coleção de objetos (chamados elementos). Os elementos podem
representar qualquer coisa — números, pessoas, letras, etc - até mesmo outros conjuntos. Um conjunto
pode conter outro(s) conjunto(s), inclusive. Incorretamente chamada de "Teoria dos Conjuntos" no ensino
médio. Essa teoria existe, mas não é tratada no ensino médio, sendo a Teoria mais conhecida, a
Axiomática de Zermello Frankel (ZFC, C relacionado ao Axioma da Escolha), tratada de forma elementar
no livro "Teoria Ingênua dos Conjuntos" de Paul Halmos, traduzida para o português pelo prof. Irineu
Bicudo.

Trata-se de um conceito primitivo. Um conjunto possui como única propriedade os elementos que
contém. Ou seja, dois conjuntos são iguais se eles tem os mesmos elementos.

Representação

O conjunto A e seus 4
elementos

Matematicamente o conjunto é representado por uma letra do alfabeto latino, maiúscula (A, B, C, ...). Já
os elementos do conjunto são representados por letras latinas minúsculas. E a representação completa
do conjunto envolve a colocação dos elementos entre chaves, da seguinte maneira:

Para um conjunto A de 4 elementos v, x, y e z

A exceção é feita a conjuntos que contenham elementos que devem ser representados por letras
maiúsculas — por exemplo, pontos geométricos:

Especificando conjuntos

A maneira mais simples de representar algebricamente um conjunto é através de uma lista de seus
elementos entre chaves ({ }), conforme descrito nas seções anteriores:
Informalmente, usa-se o sinal ... quando a regra de formação do conjunto é óbvia a partir da enumeração
de alguns elementos. Por exemplo, os conjuntos abaixo, o primeiro com um número finito, e o segundo
com um número infinito de elementos:

Conjuntos que são elementos de outros conjuntos são representados com chaves dentro de chaves:

Porém há notações alternativas para representar os conjuntos, como a chamada notação de composição
do conjunto, que utiliza uma condição P para definir os elementos do conjunto:

P é uma função na variável x que tem o domínio igual ao conjunto A. A variável x pode estar limitada por
outro conjunto, indicando-se a relação de pertinência adequada. Por exemplo:

O conjunto A será formado, de acordo com o desenvolvimento da equação dada, por 2 e 4 (únicos
números inteiros que satisfazem a condição P, ou seja, que tornam verdadeira a equação). Logo,
.

Um cuidado deve ser tomado com a propriedade P(x), já que a formação de conjuntos através deste
método pode gerar resultados paradoxais.

Terminologia

Conjunto unitário

Um conjunto unitário possui um único elemento.

Conjunto vazio

Todo conjunto também possui como subconjunto o conjunto vazio representado por , , ou .[1]
Podemos mostrar isto supondo que se o conjunto vazio não está contido no conjunto em questão, então
o conjunto vazio deve possuir um elemento ao menos que não pertença a este conjunto. Como o
conjunto vazio não possui elementos, isto não é possível. Como todos os conjuntos vazios são iguais uns
aos outros, é permissível falar de um único conjunto sem elementos.
Subconjuntos

A é um subconjunto
de B

Dizemos que um conjunto A é subconjunto de outro conjunto B quando todos os elementos de A


também pertencem a B. Por exemplo:

A = { 1,2,3 }
B = { 1,2,3,4,5,6 }

Nesse caso A é subconjunto de B, é indica-se . Deve-se reparar que B é subconjunto de si mesmo;


os subconjuntos de B que não são iguais a B são chamados subconjuntos próprios.

Nota: O conjunto vazio, { } ou Ф (phi), é um subconjunto de todos os conjuntos.

Conjunto das partes ou potência

Dado um conjunto A, definimos o conjunto das partes de A, , como o conjunto que contém todos
os subconjuntos de A (incluindo o conjunto vazio e o próprio conjunto A).

Uma maneira prática de determinar é pensar em todos os subconjuntos com um elemento, depois
todos os subconjuntos com dois elementos, e assim por diante.

Exemplo:

Se A = { 1, 2, 3 }, então = { ∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3} }.

Observação:

Se o conjunto A tem n elementos, o conjunto terá 2n elementos. Ou seja:


.

Demonstração: Seja P(A) o conjunto de partes de A e n(S) o número de elementos distintos de S.

Se A = → P(A) = { } → n(P(A)) = 2^0 = 1

Se A = {a} → P(A) = { ,a} → n(P(A)) = 2^1 = 2

Se A = {a,b} → P(A) = { ,a,b,{a,b} → n(P(A)) = 2^2 = 4


Se A = {a,b,c} → P(A) = { ,a,b,c,{a,b},{b,c},{a,c},{a,b,c}} → n(P(A)) = 2^3 = 8

...

P(A) é formado por somado às possíveis combinações dos elementos de A, com taxa variando de 1 a
n(A).

Assim, n(P(A)) = número de combinações n(A), com taxa variando de 1 a n(A) somado a 1 (responsável
por ).

n(P(A)) =

Pelo triângulo de pascal, com a soma das linhas:

→ n(P(A)) =

Mas,

→ n(P(A))

Provando, portanto, que o número de elementos do conjunto de partes de A é dois elevado ao número
de elementos distintos de A.

Nota: O conjunto das partes é uma álgebra booleana sobre as operações de união e interseção.

O Teorema de Cantor estabelece que .

Conjunto Universo

Em certos problemas da teoria dos conjuntos, é preciso que se defina um conjunto que contenha todos
os conjuntos considerados. Assim, todos os conjuntos trabalhados no problema seriam subconjuntos de
um conjunto maior, que é conhecido como conjunto universo, ou simplesmente universo.

Por exemplo: em um problema envolvendo conjuntos de números inteiros, o conjunto dos números
inteiros Z é o conjunto universo; em um problema envolvendo palavras (consideradas como conjuntos
de letras), o universo é o alfabeto.
Relações entre conjuntos

Relação de inclusão

Para relacionar um conjunto com outro conjunto(ou subconjunto) utilizamos a relação de inclusão.

Exemplo: Se considerarmos o conjunto formado por todas as letras do alfabeto e o conjunto


formado pelas vogais, podemos dizer que (A contém V) ou (V está contido em A)

Relação de pertinência

Se é um elemento de , nós podemos dizer que o elemento pertence ao conjunto e podemos


escrever . Se não é um elemento de , nós podemos dizer que o elemento não pertence ao
conjunto e podemos escrever .

Exemplos:

Subconjuntos próprios e impróprios

Se e são conjuntos e todo o elemento pertencente a também pertence a , então o conjunto


é dito um subconjunto do conjunto , denotado por . Note que esta definição inclui o caso em
que e possuem os mesmos elementos, isto é, são o mesmo conjunto ( ). Se e ao
menos um elemento pertencente a não pertence a , então é chamado de subconjunto próprio
de , denotado por . Todo conjunto é subconjunto dele próprio, chamado de subconjunto
impróprio.

Igualdade de conjuntos

Dois conjuntos A e B são ditos iguais se, e somente se, têm os mesmos elementos. Ou seja, todo
elemento de A é elemento de B e vice-versa. A simbologia usada é . Se um conjunto não é igual a
outro, utiliza-se o símbolo .
Simetria de conjuntos

Um conjunto A é dito simétrico se, para todo elemento a pertencente a ele, houver também um
elemento -a pertencente a esse conjunto. Os conjuntos numéricos Z, R, Q e C são simétricos.

Operações com conjuntos

União de A e B (em azul


mais escuro)

A união de dois conjuntos A e B é um conjunto que contém todos os elementos de A, todos os


elementos de B, e nada mais além disso. Ou então: Dado um universo U e dois conjuntos A e B,
chama-se união de A co|A união de dois conjuntos A e B é um conjunto que contém todos os
elementos de A, todos os elementos de B, e nada mais além disso. Ou então: Dado um universo U e
dois conjuntos A e B, chama-se união de A co m B ao conjunto cujos elementos pertencem pelo
menos ao conjunto A ou ao conjunto B. Matematicamente:

Por exemplo:

Observar no último exemplo que os elementos repetidos (3,5) não aparecem na união.

A união de um conjunto , qualquer que seja, com o conjunto vazio é igual ao próprio conjunto ,
.
Também deve ser observado que a operação de união é comutativa, ou seja,
.
Intersecção

Intersecção de A e B (em
azul mais escuro)

A intersecção de dois conjuntos e , é o conjunto de elementos que pertencem aos dois conjuntos.
Ou então: Dados dois conjuntos e , pertencentes a um universo U, chama-se intersecção de A
com B ao conjunto cujos elementos pertencem tanto a quanto a . Matematicamente:

Por exemplo:

Observar no último exemplo que, dado os conjuntos não terem elementos iguais, a intersecção resulta
num conjunto vazio.

Diferença

Diferença A menos B (em


azul mais escuro)

Dado um universo U ao qual pertencem dois conjuntos A e B, chama-se diferença de A menos B ao


conjunto de elementos que pertencem a A e não pertencem a B; chama-se de diferença de B
menos A ao conjunto de elementos que pertencem a B e não pertencem a A. Matematicamente:
Por exemplo, o conjunto definido pela diferença entre os números inteiros e números naturais é igual ao
conjunto Z- (números inteiros não-positivos):

Z = {...,-2,-1,0,1,2,...}
N = {1,2,3,4,5,...}

A subtração de um conjunto A menos um conjunto vazio é igual ao próprio conjunto A, .

Complementar

Complementar de B em
relação a A (em azul mais
escuro)

Dado um universo U, diz-se complementar de um conjunto A, em relação ao universo U, o


conjunto que contém todos os elementos presentes no universo e que não pertençam a A. Também
define-se complementar para dois conjuntos, contanto que um deles seja subconjunto do outro. Nesse
caso, diz-se, por exemplo, complementar de B em relação a A (sendo B um subconjunto de A) — é o
complementar relativo — e usa-se o símbolo . Matematicamente:

Exemplo:

A = { 3,4,9,{10,12},{25,27} }
D = { {10,12} }

Cardinalidade

A cardinalidade de um conjunto A representa a quantidade de elementos do conjunto, e é

Exemplos:

Se A = { 7, 8, 9 }, então a cardinalidade do conjunto A é 3.


Se A = { }, então a cardinalidade do conjunto A é 0.

Se um conjunto tem n elementos, onde n é um número natural (possivelmente 0), então diz-se que o
conjunto é um conjunto finito com uma cardinalidade de n ou número Número cardinal n.
Mesmo se o conjunto não possui um número finito de elementos, pode-se definir a cardinalidade, graças
ao trabalho desenvolvido pelo matemático Georg Cantor. Neste caso, a cardinalidade poderá ser
(aleph zero), .

Nos dois casos a cardinalidade de um conjunto é denotada por ou por . Se para dois
conjuntos A e B é possível fazer uma relação um-a-um (ou seja, uma bijeção) entre seus elementos, então
.

Problemas matemáticos sobre cardinalidade

Os problemas matemáticos no nível elementar sobre cardinalidade usualmente tomam as formas


seguintes:

É dada a cardinalidade de alguns conjuntos e suas interseções, uniões ou diferenças, e pede-se a


cardinalidade de algum conjunto derivado dele

É dada a proporção ou porcentagem de alguns subconjuntos de algum conjunto (universo), e pede-se


este número para outro subconjunto.

Um problema típico simples do primeiro caso é:

Em uma escola, existem duas atividades extra-escolares: Artesanato ou Bioterrorismo. 59 alunos fazem
Artesananto, 87 alunos fazem Bioterrorismo, e 31 alunos fazem ambos. Quantos alunos fazem alguma
atividade extra?

Um problema típico simples do segundo caso é:

Em uma cidade, 5% da população foi exposta ao Antrax, 8% da população foi exposta a Peste
Bubônica, e 87% da população não foi exposta a Antrax nem Peste Bubônica. Quantas pessoas foram
expostas a Antrax e Peste Bubônica?

A resolução, nos dois casos, deve ser feita com o Diagrama de Venn, marcando-se em cada pedaço o
número (ou porcentagem) de elementos, começando-se sempre do mais interno para o mais externo. No
caso da porcentagem, deve-se levar em conta que o total do Universo é 100%.

Exercícios
Matemática elementar/Conjuntos/Exercícios

Par ordenado

Um par ordenado é uma coleção de dois objetos que tem uma ordem definida; existe o primeiro
elemento (ou primeira coordenada) e o segundo elemento (ou segunda coordenada). Diferentemente
do conjunto { a,b }, um par ordenado — simbolizado por (a,b) — precisa ser apresentado em uma
determinada ordem, e dois pares ordenados só são iguais quando os primeiros elementos são iguais e os
segundos elementos são iguais. Ou seja,

Porém, o par ordenado pode ser representado como um conjunto, tal que não existe ambiguidade
quanto à ordem. Esse conjunto é:

Observar que o formato do conjunto, que inclui um subconjunto contendo os dois elementos do par e
um conjunto contendo o primeiro elemento, elimina a possibilidade de ambiguidade quanto à ordem. A
notação (a,b) também é conhecida como intervalo aberto.

Produto cartesiano

Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A em B ao conjunto formado por todos
os pares ordenados cuja primeira coordenada seja pertencente a A, e a segunda coordenada seja
pertencente a B. O símbolo do produto cartesiano é . Matematicamente:

O produto cartesiano de dois conjuntos A e B é o conjunto de pares ordenados:

A soma ou união disjunta de dois conjuntos A e B é o conjunto

O produto cartesiano é não-comutativo: .

Quem desenvolveu o conceito de produto cartesiano foi o matemático Descartes, quando desenvolvia
a geometria analítica. Ele enunciou, por exemplo, que o produto cartesiano definido por dois
conjuntos de números reais R (imagine os eixos das abcissas e ordenadas num gráfico) é igual a um
plano.

Relações

Na teoria dos conjuntos, qualquer subconjunto do produto cartesiano A × B é chamada relação de A em


B. (O assunto é abordado com mais detalhes na próxima seção.)
Notas

1. Estas notações foram introduzidas pelo grupo Bourbaki, que inspirou-se na letra norueguesa Ø.

Ver também

Wikilivros
1. Teoria dos conjuntos - texto mais avançado

Wikipédia
1. Conjunto

2. Complementar

3. Diagrama de Venn

4. Diagrama de Euler

5. Teoria dos conjuntos

Ligações externas

Números Naturais: Primeira parte (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/naturais/natur


ais1.htm)

Números Naturais: Segunda parte (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/naturais/natur


ais2.htm)

Critérios de Divisibilidade (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/naturais/divisibilidade.


htm)

Exercícios Resolvidos de MDC, MMC e Divisores (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/


naturais/naturais2-a.htm)

Números Inteiros (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/inteiros/inteiros.htm)

Frações (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/fracoes.htm)

Frações e Números Decimais (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/fracdec.ht


m)

Números Racionais (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/racionais.htm)

Frações e Números decimais (Exercícios) (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoe


s/fracoes-a.htm)
Números naturais
Definição

Um número natural é um número inteiro não-negativo (0, 1, 2, ...). Em alguns contextos, o número
natural é definido como um número inteiro positivo, i.e., o zero não é considerado como um número
natural. O uso mais comum deles é a contagem ou a ordenação. As propriedades dos números naturais
como, por exemplo, divisibilidade e a distribuição dos números primos, são estudadas neste capítulo.
Outras propriedades que dizem respeito a contagens e combinações são estudadas pela análise
combinatória.

Os matemáticos usam para se referir ao conjunto de todos os números naturais. Este conjunto é
infinito e contável por definição.

= {0,1,2,3,4,5,6,7,...}

Se retirarmos o desses conjunto, obtemos o subconjunto:

= {1,2,3,4,5,6,7,...}

Operações em

São duas as operações em naturais que sempre tem correspondente natural. São a adição e a
multiplicação de naturais. As outras operações básicas, a subtração e a divisão nem sempre tem
correspondente em naturais, embora possam ter em outros conjuntos.

Por exemplo: 10 e 11 são números naturais, porém, ,e não é um número natural.


Porém, é um número inteiro, pertencente ao conjunto

Critérios de divisibilidade

Divisibilidade por 2

Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, isto é, quando é par. Por exemplo, 40, 42,
e 44 são números divisíveis por 2.

Divisibilidade por 3

Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 3.
Exemplo:

360 (3+6+0=9) → é divisível.

Divisibilidade por 4

Um número é divisível por 4 quando os dois últimos algarismo forem 0 ou formarem um número
divisível por 4.

Exemplo:

416 (últimos dois algarismos: 16 [= 4×4]) → é divisível.

Divisibilidade por 5

Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplo:

2.654.820 → é divisível.

Divisibilidade por 6

Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.

Exemplo:

414 → divisível por 6, pois


par → divisível por 2

4+1+4=9 → divisível por 3.

Divisibilidade por 7

A divisibilidade por também pode ser verificada da seguinte maneira:

Tome por exemplo o número 453. Separando-se o último algarismo ficamos com 45 e 3. Do primeiro
subtraímos o dobro do segundo, ou seja, Como 39 não é divisível por 7 o número 453
também não é.

Outro exemplo: → Separando e teremos Como é divisível por o número


também é.

Outro critério usa a soma e não a subtração. Um número de mais de três algarismos ABCD... é divisível
por 7 quando o número B(C+2A)D... for múltiplo de 7. Isso porque 98 = 100 - 2 é múltiplo de 7, então o
que esta operação faz é trocar 100 A por 2 A. Exemplos: 1645 -> 665 -> 65 + 12 -> 77 (múltiplo de 7);
3192 -> 192 + 60 -> 252 -> 56 (múltiplo de 7); 9876 -> 876 + 180 -> 1056 -> 76 (não é múltiplo de 7).
Divisibilidade por 8

Um número é divisível por 8 quando os três últimos algarismo forem 0 ou formarem um número
múltiplo de 8.

Exemplo:

24512 → é divisível.

Divisibilidade por 9

Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 9.

Exemplo:

927 (9+2+7=18) → é divisível.

Divisibilidade por 10

Um número é divisível por 10 quando termina em zero.

Exemplo:

154.870 → é divisível

A divisibilidade por 11

Segue uma regra parecida com a da divisibilidade por 7. A título de exemplo considere o número 154.

Separe o último algarismo


15 e 4

Subtraía o segundo do primeiro, ou seja,


15 - 4 = 11.

Como 11 é divisível por 11, então 154 também o é.

Num contra-exemplo, usaremos o número 277. Pelo algoritmo teremos 27 e 7; 27 - 7 = 20, que não é
divisível por 11, e portanto 277 também não o é.

O algoritmo pode ser aplicado várias vezes no caso de números maiores.

Dica: Números que seguem a forma "ABBA" são divisíveis por 11.
Por exemplo: para 1221, temos A = 1 e B = 2.

Uma regra prática para números grandes é somar os algarismos de posição par e os de posição ímpar. Se
as somas forem iguais ou os restos das divisões por 11 forem iguais, então o número é múltiplo de 11.
Ou seja, em um número da forma ABCDEFG, compara-se A+C+E+G com B+D+F

Exemplo: 783178 é divisível por 11, porque 7+3+7 = 8+1+8 = 17. Analogamente, 703175 também é,
porque o resto da divisão das duas somas por 11 são iguais, 7+3+7=17 tem resto 6 e 0+1+5=6
também tem resto 6.

Dois exemplos com números grandes:

4611686018427387901307445734561825860123058430092136939501844674407370955160 →
, portanto é divisível.

4611686018427387903307445734561825860223058430092136939511844674407370955161 →
, portanto não é divisível.

Divisibilidade por

Um número é divisível por quando seus últimos n algarismos forem 0 ou divisíveis por

Divisibilidade por

Um número é divisível por quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por

Números primos

Número primo é um número natural maior que 1 e que tem exatamente dois divisores positivos
distintos: 1 e ele mesmo. Se um número natural é maior que 1 e não é primo, diz-se que ele é um
número composto. Por convenção, os números 0 e 1 não são primos nem compostos.

Decomposição em fatores primos (fatoração)

O Teorema Fundamental da Aritmética afirma que qualquer número inteiro positivo pode ser escrito
como o produto de vários números primos (chamados fatores primos). O processo que recebe como
argumento um número composto e devolve os seus fatores primos chama-se decomposição em fatores
primos (fatoração).

Exemplos:
Máximo Divisor Comum (MDC)

O máximo divisor comum (também conhecido por maior divisor em comum) entre dois números e
(vulgarmente abreviada como ) é o maior número inteiro encontrado, que seja divisor dos
outros dois. Por exemplo, A definição abrange qualquer número de termos.

Exemplo:

Esta operação é tipicamente utilizada para reduzir equações a outras equivalentes:

Seja o máximo divisor comum entre e e também e o resultado da divisão de ambos por
respectivamente.

Então, o seguinte se verifica:

Cálculo

Pode-se calcular o MDC de duas formas:

Fatoração conjunta (ou algoritmo de Euclides, ou ainda Processo das divisões sucessivas)

Fatoração disjunta

Fatoração disjunta

Faz-se a fatoração de cada termo separadamente para, depois, multiplicar os fatores comuns de menor
expoente.

Exemplo

24 | 2
12 | 2
6 | 2
3 | 3
1 | 2³ • 3
40 | 2
20 | 2
10 | 2
5 | 5
1 | 2³ • 5

Com efeito,

MDC = 2³ = 8

Fatoração conjunta (algoritmo de Euclides)

Na Fatoração conjunta (ou algoritmo de Euclides, ou ainda Processo das divisões sucessivas) fatora-se
simultaneamente até dois números.

Monta-se a tabela com a seguinte estrutura:

A | B | R1 | R2 | R...
R1 | R2 | R... | 0

onde,

A = um dos números
B = o outro número

= quociente da divisão

= resto da divisão (em seguida, ele torna-se o divisor de B)


E assim em diante.

O último resto (antes do 0) será o MDC.

Exemplo

3 3
80 | 24 | 8 ← MDC (8)
8 | 0

Mínimo Múltiplo Comum (MMC)

O Mínimo Múltiplo Comum (também conhecido por menor múltiplo em comum) entre dois números
e (vulgarmente abreviada como ) é o menor número inteiro encontrado, que seja múltiplo
dos outros dois. Por exemplo,

Cálculo

Pode-se calcular o MMC de duas formas:

Fatoração conjunta

Fatoração disjunta
Fatoração conjunta

Faz-se a fatoração com todos os n termos, simultaneamente:

Exemplo

24, 40 | 2
12, 20 | 2
6, 10 | 2 +
3, 5 | 3
1, 5 | 5
1, 1 | 120

Fatoração disjunta

Faz-se a fatoração de cada termo separadamente para, depois, manter-se a base em comum e o
expoente maior, multiplicado pelos fatores não comuns.

Exemplo
24 | 2
12 | 2
6 | 2 x
3 | 3
1 | 2³ • 3

40 | 2
20 | 2 x
10 | 2
5 | 5
1 | 2³ • 5

Com efeito,

23 • 3 • 5
8 • 3 • 5
120,

Propriedades do MDC e do MMC

Relação de Bézout:

Algoritmo de Euclides: MDC(a, b)=MDC(a, b-a) MDC(a, b)=MDC(a, r), onde r é o resto da divisão de b por
a.

Ver também

Wikilivros

Exercícios:

Matemática elementar/Conjuntos/Números naturais/Exercícios

Uma abordagem mais avançada:


Álgebra abstrata/Números naturais

Teoria de números

Wikipédia
Critérios de divisibilidade

Fatoração

Número natural

Número primo

Máximo divisor comum

Números inteiros
Definição

Os inteiros, ou números inteiros, consistem dos números naturais (0, 1, 2, ...) e dos números inteiros
negativos (-1, -2, -3, ...). O conjunto de todos os inteiros é normalmente chamado de Z (Mais
apropriadamente, um Z em blackboard bold, ), que vem de Zahlen (do alemão, "número").

Inteiros podem ser adicionados ou subtraídos, multiplicados e comparados. A principal razão para a
existência dos números negativos é que tornou possível resolver todas as equações da forma:a + x = b
para a incógnita x; nos números naturais apenas algumas destas equações eram solúveis.

Como os números naturais, os inteiros formam um conjunto infinito contável.

= {...,-3,-2,-1,0,1,2,3,...}

Se retirarmos o desses conjuntos, obtemos o subconjunto:

= {...,-3,-2,-1,1,2,3,...}

Outros subconjuntos de

Conjunto dos inteiros não-negativos:

= {0,1,2,3,...}
Conjunto dos inteiros não-positivos:

= {...,-3,-2,-1,0}

Conjunto dos inteiros positivos:

= {1,2,3,...}

Conjunto dos inteiros negativos:

= {...,-3,-2,-1}

Notas:

Veja também

Wikilivros
Álgebra abstrata/Números inteiros - uma abordagem mais avançada

Wikipedia
Número inteiro

Números racionais
Números racionais e frações

Fração é um número que exprime uma ou mais partes iguais que divida uma unidade ou um inteiro.

Assim, por exemplo, se tivermos uma pizza inteira e a dividirmos em quatro partes iguais, cada parte
representará uma fração da pizza.

Na matemática, um número racional (ou, vulgarmente, fração) é uma razão entre dois inteiros,
geralmente escrita na forma onde é um número inteiro diferente de Zero.
Exemplos:

{\displ
aystyle

A adição e multiplicação de racionais é dada da seguinte forma:

{\displaystyle
{\begin{matrix}{a \over
b}& &{ \ d}& &

Exemplo:
{\

+ =

Dois números racionais a/b e c/d são iguais apenas se ad = bc.

O conjunto de todos os números racionais é Q, ou:

Cada número racional pode ser escrito de diversas formas, como, por exemplo, 3/6 = 2/4 = 1/2. A forma
mais simples é quando a e b não possuem divisores em comum, e todo racional tem uma forma como
esta. A expansão decimal de um racional é finita ou periódica, propriedade que caracteriza os números
racionais.
Definições

De modo simples, pode-se dizer que uma fração de um número, representada de modo genérico como

{
\di

designa este número dividido em partes iguais. Neste caso, corresponde ao numerador,
enquanto corresponde ao denominador.

Por exemplo, a fração designa o quociente de por Ela é igual a pois x =

Nota: A divisão é a operação inversa da multiplicação.


Os números expressos em frações são chamados de números racionais. O conjunto dos racionais é

representado por

={ / = com e }

Decimais

Decimais exatos

Decimais periódicos

= (a)

{\displ

= (b)

Os decimais periódicos são denominados dízimas periódicas. As dízimas periódicas podem ser simples
como no exemplo (a) ou compostas como no exemplo (b). A fração que originou a dízima periódica é
denominada de fração geratriz e a parte que repete na dízima é denominada período.

Geratriz de dízima periódica

Dízima simples

A fração geratriz é obtida usando-se como numerador o período e como denominador um número
formado por tantos noves quantos forem os algarismos do período.

{\displaystyle
0 6666 \ \!\Rightarro

{\displaystyle
1 6666 \ \!=1\ \!+0 6\ \!\Rightarrow 1\ \!+

Dízima composta

A fração geratriz terá como numerador a parte não-periódica, seguida do período menos a parte não-
periódica, e denominador um número formado de tantos noves quanto são os algarismos do período,
seguido de tantos zeros quantos são os algarismos da parte não-periódica (ante-período).

{\
displ

=> + = + = =

Conversão entre dízima e fração

Seja o número x = 2,333... (dízima). O período da dízima é o número 3 (um só dígito), assim, para colocar
o período da dízima antes da vírgula, fazemos 10*x = 23,333.... Agora, podemos eliminar a dízima
{

fazendo a subtração: 10*x - x = 23,333... - 2,333..., ou seja, 9*x = 21 x =

Outro exemplo mais complexo desta conversão, que ocorre quando a dízima se apresente mais à frente
da vírgula: x = 38,07821821821... (dízima). Após a virgula, temos os números "07"´(dois dígitos) que não
fazem parte do período e o período "821" (três dígitos).

Primeiro isolamos o período logo após a vírgula:

100*x = 3807,821821821...

Agora repetimos o processo do exemplo anterior:

100.000*x = 3807821,821821821...

Fazemos então a subtração

100.000*x - 100*x = 3807821,821821821... - 3807,821821821..., assim, temos que

99900*x = 3804014 , portanto

x= , que poderá ainda ser simplificada.


Como decorrência da repetição deste processo de conversão, podemos chegar à seguinte regra prática
de conversão de dízimas em frações. Vamos aplicá-la ao número 38,07821821821...

Eis os passos:

1. O período da dízima tem 3 dígitos, que é o número de algarismos nove (999 portanto);

2. Após a vírgula temos 2 dígitos que não fazem parte da dízima, que é o número de zeros (00 portanto);

3. Temos assim o denominador da fração que será 99900;

4. O númerador da fração será a diferença do número formado pelos algarismos até o primeiro período
da dízima, no caso 3807821, pelo número formado pelos algarismos que antecedem o início da dízima,
no caso 3807. Temos então 3807821 - 3807.

5. A fração será, portanto, .

Tipos de frações

própria: o numerador é menor que o denominador. Ex.:

imprópria: o numerador é maior que o denominador. Ex.:

mista: constituída por uma parte inteira e uma fracionária. Ex.:

aparente: o numerador é múltiplo do denominador. Ex.:

equivalentes: aquelas que mantêm a mesma proporção de outra fração. Ex.:

irredutível: o numerador e o denominador são primos entre si, não permitindo simplificação. Ex.:

unitária: o numerador é igual a 1 e o denominador é um inteiro positivo. Ex.:

egípcia: fração que é a soma de frações unitárias, distintas entre si. Ex:

decimal: o denominador é uma potência de 10. Ex.:

composta: fração cujo numerador e denominador são frações:


contínua: fração constituída a partir de uma sequência de inteiros naturais

da seguinte maneira Quando esta fração

contínua termina, o seu resultado é um número racional, porém quando esta fração não termina, o
resultado pode ser racional ou irracional.

Operações

Multiplicação

Multiplicam-se os numeradores entre si e os denominadores entre si. Ex.:

Para multiplicar uma fração por um número inteiro, considera-se que este é uma fração cujo
denominador é igual a 1. Ex.:

É importante notar que, muitas vezes, a multiplicação dos numeradores e denominadores resulta em
frações redutíveis. Esta fração deve ser reduzida a uma fração irredutível:

Costuma ser mais prático simplificar antes de efetuar a multiplicação:

Divisão

Como visto, a divisão é a operação inversa da multiplicação. É importante ter isso em mente para resolver
uma divisão entre frações:

Primeiramente inverte-se o divisor da segunda fração. Com isto, tem-se a inversão da operação, isto é,
passará a haver uma multiplicação:
Que se resolve como mostrado acima.

Adição

Caso os denominadores não sejam iguais é preciso, antes de efetuar a adição, encontrar o menor
múltiplo comum (MMC) entre os denominadores:

Encontrado o MMC, este será dividido por cada um dos denominadores, multiplicando-se o resultado
desta divisão pelo respectivo numerador. Como o MMC de 3 e 5 é 15, tem-se que:

{\displa

∴ ∴

Sendo iguais os denominadores, pode-se efetuar a adição entre os numeradores:

{\disp
laystyle

O denominador comum é mantido:

{
\di

Subtração

A subtração é feita seguindo-se os mesmos passos da adição.


Exponenciação

É indiferente resolver primeiro a exponenciação ou a divisão:

{\displaystyle {\left({\frac
{1}{2}}\right)^{2}}={{1}^{2}

Efetuando-se primeiramente a divisão obtém-se o mesmo resultado:

{\displaystyle
{\left({\frac {1}

Radiciação

A radiciação de uma fração é feita seguindo-se os mesmos passos da potenciação.

Expoente fracionário

Da mesma forma que na divisão entre frações, a ocorrência de expoente fracionário causa a inversão da
operação:

{\displaystyle 8^{{2}

Simplificação de frações

Uma fração pode ser simplificada quando numerador e denominador não são primos entre si. Ex.:
{\

Para tanto basta dividi-los pelo máximo divisor comum (MDC) entre eles, obtendo-se uma fração que,
além de manter a proporção da original, é do tipo irredutível:

{\display
style {\frac

Comparação entre frações

Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador. Isso é
obtido através do menor múltiplo comum, como foi visto na adição.

O MMC entre 5 e 7 é 35.

∴ ∴

Uma vez igualados os denomidores,pode-se fazer a comparação entre as frações:

< ∴ <

A comparação entre frações com denominadores diversos vale-se do fato de que há frações que são
equivalentes entre si, pois:
e

Conversão entre frações impróprias e mistas

Uma fração do tipo imprópria pode ser convertida para mista e vice-versa.

Para tanto, basta dividir o numerador pelo denominador. O quociente será o numerador da fração mista
e o resto será o numerador. Como o quociente da divisão 7 ÷ 3 é igual a 2 e o resto é 1, tem-se que a
fração acima, escrita como fração mista, terá a seguinte notação:

Para fazer o caminho inverso, basta multiplicar o denominador pela parte inteira e somar o resultado ao
numerador, mantendo-se o denominador. Como o produto 3 × 2 é igual a 6 e a soma 6 + 1 é igual a 7,
obtém-se novamente a notação sob a forma de fração imprópria, como visto acima.

Ver também

Wikilivros
Matemática elementar/Conjuntos/Números racionais/Exercícios

Análise real/Números racionais - texto mais avançado

Wikipédia
Fração

Números racionais

Números irracionais
O conjunto dos números irracionais é um subconjunto dos números reais. Distingue-se dos números
racionais, pois não pode ser representado por , sendo a e b números racionais. Todos os números reais
são infinitos e não são periódicos. Portanto, é usual os números irracionais serem representados por
símbolos. Veja, abaixo, algumas constantes que são números irracionais utilizadas na matemática:

π (Pi Radiano) = 3,141592...

e (Número de Euler) = 2,718281...

φ (Número de Ouro) = 1,618033...


Raízes irracionais

Também são considerados números irracionais as raízes de números primos:

√2 = 1,414213...

√3 = 1,732050...

√5 = 2,236067...
3
√2 = 1,259921...

Os múltiplos destas raízes também o são:

√6 = √2.3 = 2,449489...

√10 = √2.5 = 3,162277...

√30 = √2.3.5 = 5,477225...

Os múltiplos de raízes de números primos resultarão em números racionais , se, e somente se em

o quociente entre todos os expoentes (a, b, c, ...) dos números primos (x, y, z, ...) e o índice n forem
números inteiros. Exemplo:

O quociente entre os expoentes dos números primos e o índice é: 4÷2 = 2; 2÷2 = 1; -2÷2 = -1. Já que
todos são inteiros, a raiz de 5,76 é racional, e equivale a 2,4.

Operações em

Adição - Uma adição x + y, em que ao menos uma das variáveis é irracional, resultará em um
número irracional (exceto se x = -y). Exemplo:

π + 1 = 4,141592...
π + √2 = 4,555806...
√2 + √3 = 3,146264...

Subtração - Em uma subtração x - y, em que ao menos uma das variáveis é irracional, o resultado
será um número irracional (exceto se x = y). Exemplo:

π - 1 = 2,141592...
√10 - π = 0,020685...
√7 - √10 = -0,516526...

Multiplicação - Se em uma multiplicação um dos fatores for irracional, o produto será também
irracional (exceto se um dos fatores for zero, ou se ocorrer a repetição de uma mesma raiz n
vezes, em que n também é o índice). Exemplo:

√2 x √3 = √6
3
√2.3√2.3√2 = 2 (observe que o índice das raízes coincidiu com o número de vezes em que ela repetiu
na multiplicação, originando, portanto, um número racional).

Inconsistente o exemplo logo acima, porque multiplicar dois números irracionais, iguais ou distintos
entre si, resulta num número irracional.

Não é porque o número irracional está representado por (raiz enésima (a)), ele passa a ser racional.
Então, mesmo que eu eleve (raiz enésima (a)) à enésima potência, o resultado não será "a", e sim um
número que tende a "a". Se formos pensar sobre essa questão, veremos que, se tivermos b = (raiz
enésima (a)), com "b" pertencente ao conjunto dos números irracionais, e "a" e "n" pertencentes ao
conjunto dos números racionais, então a extração de (raiz enésima (a)) é impossível.

Divisão - Uma divisão que envolva um número irracional, resultará em outro número irracional
(exceto se o mesmo número irracional multiplique n vezes tanto no denominador quanto no
numerador, ou se o número zero estiver presente). Exemplo:

√6 ÷ √3 = √2
2√2 ÷ √2 = 2 (veja que o mesmo número irracional repetiu a mesma quantidade de vezes no divisor e
no dividendo).

Potenciação - Uma potenciação que envolva um número irracional sempre resultará num número
irracional (exceto se o expoente for zero, ou o quociente entre o expoente do radicando e o índice
for um número inteiro). Exemplo:

π2 = 9,869604...
(√3)4 = 9 (pelo fato de a razão entre o expoente do radicando e o índice ser um número inteiro, 4 ÷ 2
= 2, a potenciação não originou um número irracional).

Também é inconsistente o exemplo logo acima, pelo mesmo motivo de que falei em "Multiplicação".

Bem, se os intelectuais que lerem meus comentários duvidarem, então façam assim: extraiam a raiz
quadrada de dois, à mão, consoante o Método Exato de Extração de Raízes Quadradas, explanado em
Wikipedia, em "Raiz quadrada". Extraiam-na, indo a partir da primeira até, no mínimo, a quintitilionésima
casa decimal após a vírgula; depois, elevem cada resultado ao quadrado, também à mão. Se algum dos,
no mínimo, cinco milhões, der 2,000000000000000000000000..., eu retifico esse comentário. Caso não
der, eu estarei certo.

Não basta só teorizar. Tem que, provar, na prática.

Números reais
Potenciação

Conceito

Em matemática, potências são valores que representam uma multiplicação sucessiva de um número, ou
seja, representam o mesmo número multiplicado algumas vezes por si mesmo. Uma potência é
composta por um número, chamado base, que é multiplicado sucessivamente por si mesmo; e por um
índice, chamado expoente, que diz o número de vezes que a base é multiplicada por si mesma. As
potências apresentam-se na forma onde n é o expoente e x é a base.

A potência por exemplo, indica que a base, o número 4, será multiplicada sucessivamente 3 vezes por
si mesma, ou seja Se o expoente é 1, então o resultado tem o valor da base (
), enquanto que com um expoente 0, devido a regras de operações feitas diretamente com potências, o
resultado é sempre igual a 1 ( = 1).

Propriedades da potenciação

Primeira propriedade

Ao multiplicar potências de mesma base, repetimos a base e somamos os expoentes.

Segunda propriedade

Ao dividir potências de mesma base, repetimos a base e subtraímos os expoentes.

Terceira propriedade

Ao elevar uma potência a um outro expoente, repetimos a base e multiplicamos os expoentes.


Quarta propriedade

Ao elevar um produto ou um quociente a um expoente, elevamos cada um dos fatores a esse expoente
ou, no caso do quociente, elevamos o dividendo e também o divisor ao mesmo expoente.

Equivalência entre bases

É importante perceber que, mesmo com bases diferentes, podemos torná-las iguais para efetuar uma
operação. Exemplo:

Podemos substituir 4 por 22:

Expoentes negativos

Quando temos um número elevado a n em que n < 0, podemos dizer que:

Observe que a fração foi invertida e o sinal negativo do expoente desapareceu. Exemplo:

Tópicos

1. Definição de Potência

2. Operações com potências


1. Multiplicação
1. Com a mesma base

2. Com o mesmo expoente

3. Com a mesma base e o mesmo expoente

2. Divisão
1. Com a mesma base

2. Com o mesmo expoente

3. Com a mesma base e o mesmo expoente


3. Equações envolvendo potências

4. Inequações envolvendo potências

5. Gráficos de funções exponenciais

Exercícios

Ver: Matemática elementar/Exponenciais/Exercícios

Radiciação

Propriedades da radiciação

Racionalização de denominadores

Exercícios

Ver: Matemática elementar/Números reais/Exercícios

Intervalos reais

Intuitivamente, um intervalo real é um subconjunto dos números reais que não tem nenhum buraco. Ou
seja, se I é um intervalo, a e b são elementos deste intervalo com a < b, então todo número entre a e b
também pertence ao intervalo.

Os intervalos são classificados de acordo com seus extremos (o extremo superior e o extremo inferior).
Cada extremo pode ser ilimitados, limitado e aberto ou limitado e fechado.

Representa-se o intervalo através do seu limite inferior, seguido da vírgula (ou ponto-e-vírgula) e o limite
superior.

Costuma-se representar o limite inferior por:

- ilimitado

- limitado e aberto

- limitado e fechado

Sendo o limite superior representado por:

- ilimitado

- limitado e aberto
- limitado e fechado

Por exemplo:

- é o conjunto dos números reais não-positivos

- é o conjuntos dos números reais x em que x ≥ 1 e x < 2

Exercícios

Ver: Matemática elementar/Números reais/Intervalos reais/Exercícios

Veja também

Análise real/Os números reais - uma abordagem mais avançada

Wikipédia
Número real

Exercícios
Sobre Radiciação

1. Coloque em ordem crescente:

2. Expresse sob a forma de raiz as expressões abaixo:

1.

2.

3.

3. Os lados de um triângulo valem cm, cm e cm. Calcule seu perímetro.

4. Simplifique os radicais

1.

2.

3.
5. Racionalize as expressões abaixo:

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

6. Transforme as expressões em um único radical:

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7. Coloque a expressão na forma mais simples, conforme o exemplo do exercício 1:


{\displaystyle
{\displaystyle
{\sqrt[{3}]{\frac {x^{3}}
{\frac {x}{2\ z}}
{2^{3}\ ^{3}}}}
1. = = =
2.

{\displ
aystyle

3.

4.

5.

8. Escreva as expressões abaixo como uma soma de radicais:

1.

{\displaystyle
{\sqrt {13 {\sqrt
2.

{\displaystyl
e {\sqrt {9

3.

{\displaystyl
e {\sqrt {7+

4.

{\displa
{\displa {\displa

9. Seja x um número real positivo tal que é o inverso de . Determine .

{\displaystyle
{\displaystyle b={\frac {4+
a={\frac {3+
10. Seja e . Determine a:b.

11. Simplifique as expressões abaixo:


{\displaystyle {\frac
{1}{\sqrt[{3}]{2}}}+{\frac
1.

{\displaystyle {\frac
{2+{\sqrt {5}}}{2-{\sqrt
2.

{\displaystyle

3.

4.

== Veja também ==Leonardo Belo Nato

Matemática elementar/Exponenciais/Exercícios

Matemática elementar/Números reais/Intervalos reais/Exercícios

Números complexos
O conjunto dos números complexos é a extensão dos números reais. Esta extensão é toda construída a
partir de um elemento novo, a unidade imaginária . Tipicamente, números deste conjunto são
designados por z, mas é permitido utilizar qualquer signo para representá-los.

O número imaginário

A unidade imaginária i - que define os números complexos - tem o valor de √-1. Para esta, então,
podemos considerar todas as regras de radiciação. Observe o exemplo abaixo:

Desta forma, raízes negativas podem ser facilmente reduzidas a um número complexo. Esta característica
é muito utilizada para descobrir raízes de funções em que o discriminante é menor que zero. Por
exemplo, as raízes de f(x) = x2 + 9 são dadas por

{\displaystyle f(0)={\frac {\pm {\sqrt {-4\times 1\times 9}}}{2}}={\frac


{\pm {\sqrt {-36}}}{2}}={\frac {\pm {\sqrt {36}}{\sqrt {-1}}}{2}}={\frac {\pm
A oposição entre o afixo e o conjugado.

Soma por um número real

A soma de um número imaginário por um número real origina o afixo do número complexo z. Desta
forma, em um número complexo z cujo afixo é dado por a + bi, teremos a como a parte real (denotada
por Re), e b a parte imaginária (denotada por Im). Desta forma, teremos:

b igual a zero para um número real qualquer;

a igual a zero para um número imaginário puro qualquer.

Já para a - bi, teremos o conjugado do número complexo. O conjugado de um número complexo z é


dado por z. Por exemplo, o conjugado do número z = 2 - i é

{\displaystyl

Que resulta em z = 2 + i.

Operações com os complexos

Soma e subtração

O seguinte fragmento resume a soma e a subtração dos números complexos:

A parte real a1 soma-se à parte real a2, enquanto a parte imaginária b1 soma-se à parte imaginária
b2.

Por exemplo, considere os números complexos z1 e z2, para z1 = -2 + 4i e z2 = -3 - i, então z1 + z2 =


{\displaystyle
{\begin{cases}\operatorna

Conclui-se a soma pela obtenção de -5 + 3i.

A subtração pode ser deduzida a partir da adição. Veja a diferença entre z1 e z2:

{\displaystyle
{\begin{cases}\operatorn

Que é igual a 1 + 5i.

Multiplicação

A própria definição do conjunto dos números complexos reside na multiplicação. Assim, definimos o
conjunto dos números complexos como tendo a seguinte operação de multiplicação:

A parte real a1 é multiplicada pela parte real a2 e pela parte imaginária b2, somando-se, então, o
produto entre a parte imaginária b1 e a parte real a2, bem como o produto entre b1 e b2.

Na prática, isto resume-se na multiplicação distributiva:

{\displaystyle z_{1}z_{2}=(a_{1}+b_{1}i)

Exemplo: z1z2, para z1 = 2 + i e z2 = -1 + 2i:

{\displaystyle z_{1}z_{2}=-2+4i-i+2i^{2}=-2+3i+2i^{2}=-2+

Potenciação

Você deve ter notado a presença de expoente acima da unidade imaginária no exemplo anterior. A
potência pode e deve ser resolvida. Facilmente ela pode ser deduzida. Veja:
{\display

Para expoentes maiores que três (x), a seguinte operação é válida:

Em que k é o maior inteiro possível para {y ∈ N| 0 ≤ y ≤ 3}. Por exemplo, i20:

Divisão

A divisão de números complexos pode ser feita pelo método da chave. Entretanto, esta última muitas
vezes pode ser demorada até que se obtenha resto igual a zero. Geralmente, o método aplicado consiste
na multiplicação do denominador e numerador pelo conjugado do divisor. Exemplo:

O conjugado do divisor é igual a -1 - 2i. Portanto:

Representação geométrica

É denominado de norma de um complexo z, dado por , o quadrado da parte real somada


ao quadrado da parte imaginária, ou seja, .
E, denomina-se módulo (ou valor absoluto) de z, ao seguinte real e positivo:

Veja o módulo que trata sobre o plano de Argand-Gauss.

Veja também

Uma abordagem mais avançada dos números complexos pode ser vista no livro Análise
complexa/Introdução.
Relações
Relações são, conforme visto no capítulo anterior, quaisquer subconjuntos do produto cartesiano A × B.
Em verdade, as relações podem envolver produtos cartesianos de vários conjuntos (X1 × X2 × ... × Xn), e a
relação específica que envolve o produto cartesiano de dois conjuntos é chamada relação binária.

Assim, uma relação binária é o conjunto de pares ordenados cujo primeiro elemento pertence a A e o
segundo elemento pertence a B, quaisquer que sejam os conjuntos A e B. Representa-se a relação binária
por . O conjunto A é chamado de domínio da relação, o conjunto B é chamado de
contradomínio da relação.

Especificando relações

Relação de A em B, definida
como a associação de
elementos de A ao seu dobro
em B.

A imagem à direita mostra uma maneira comum de se especificar relações: através de figuras mostrando
os dois conjuntos, com setas indicando os pares ordenados.

As relações também podem ser especificadas matematicamente da seguinte maneira:

Onde C é uma condição qualquer que associe os elementos de A e B. Pode ser uma equação ou
inequação. Por exemplo:

A = { 1,2,3 }
B = { 1,2,3,4,5,6 }

A relação, cujo domínio é A e o contradomínio é B, é especificada por y = 2x. Logo, R = { (1,2),(2,4),(3,6) }.

C = { 1,2,4,8 }
D = { 0,1,2 }

R = { (1,2) }
Representação gráfica

Gráfico de uma relação y


= 2x, para x e y reais.
Alguns pares ordenados
aparecem marcados pelas
linhas azuis.

Relações binárias, visto consistirem de pares ordenados, podem ser representadas em gráficos. Um
gráfico é nada mais do que uma curva (o nome se aplica mesmo a gráficos com apenas retas) que
representa visualmente a relação binária, para cada par ordenado em que ela se defina. O gráfico
formado assim é também chamado de sistema cartesiano ou gráfico cartesiano, por representar um
produto cartesiano.

Uma relação que tenha por coordenadas elementos pertencentes ao conjunto dos números reais é
representada, usualmente, num plano com duas retas: o eixo das abcissas e o eixo das ordenadas.
Estas retas recebem também os símbolos x e y, respectivamente.

Gráfico de uma relação y


≤ x + 1, para x e y reais.

No caso da relação ser definida por inequações, o gráfico correspondente vai representar áreas, e não
curvas. (Por razões práticas, no gráfico muitas vezes aparece colorida ou hachurada apenas uma parte,
logo abaixo ou acima de uma linha que define a inequação.)

Um gráfico pode estar "em branco" para relações definidas pelo conjunto vazio ({}).

No gráfico como apresentado o eixo das abcissas representa o domínio da relação, e o eixo das
ordenadas representa o contra-domínio da relação.
Função

Existe um tipo especial de relação que é chamado função: é a relação na qual, para todo elemento do
domínio, há correspondência de um (e somente um) elemento no contradomínio. A função normalmente
é simbolizada por f(x) (sendo x uma variável, ou seja, um valor que pode representar qualquer elemento
do conjunto domínio).

Como conseqüência natural da correspondência biunívoca entre elementos do domínio e contradomínio,


a função é sempre uma relação definida por uma equação (pois uma inequação associa um elemento do
domínio a vários elementos do contradomínio).

As funções são estudadas com mais detalhes no próximo capítulo.

Relações de equivalência

Uma classe muito importante de relações são as de equivalência, que serão definidas a seguir. Seja R
uma relação entre os conjuntos A e B, ou seja, R ⊆ A×B. Denotaremos que um elemento a de A se
relaciona com o elemento b de B, segundo a relação R, por aRb. Se uma relação R definida com domínio
A e contradomínio A cumpre as seguintes propriedades: ∀a A aRa (propriedade reflexiva) ∀a,b A
aRb ⇔ bRa (propriedade simétrica) ∀a,b,c A aRb e bRc ⇒ aRc (propriedade transitiva) Ela é dita Relação
de Equivalência.

Relações de equivalência permitem que se definam classes de equivalência. Seja ā = {x A | xRa}. ā é


denominado classe de equivalência de a. Alguns resultados importantes desta definição são:

Teorema: Se a ē ⇒ ā=ē Demonstração: Tome x ā. Por definição xRa. Como a ē, por definição aRe.
Pela propriedade transitiva das relações de equivalência, xRe, logo x ē. Tome x ē. Por definição xRe.
Como a ē, por definição aRe, logo, eRa. Pela propriedade transitiva das relações de equivalência, xRa,
logo x ā. Deste modo, ā=ē.

Teorema: Se a∉ē, então ā∩ē=∅ Demonstração: Suponha, por absurdo que existe um x em ā∩ē. Da
definição de interseção de conjuntos e da definição de classes de equivalência, xRa e xRe. Logo aRx e
xRe. Daí aRe. Deste modo, a ē. Isto é um absurdo pela hipótese. Deste modo, nenhum x pode
pertencer a ā∩ē. Logo ā∩ē=∅.

Teorema: Se ā≠ē, então ā∩ē=∅ Demonstração: Se ā≠ē, então existe u ā tal que u∉ē ou u ē tal que
u∉ā. Suporemos, sem perda de generalidade, que existe u ā tal que u∉ē. Como já provamos ū=ā e
ū∩ē=∅. Logo ā∩ē=∅.
Definição: Uma partição de um conjunto X é um conjunto P tal que x P ⇒ x⊆X, além de x,y P⇒
x∩y=∅ e x X ⇒ ∃a P tal que x a.

Teorema: Seja R uma relação de equivalência em A, P={ā⊆A|a A} é uma partição de A. Demonstração:


Mostramos, no teorema anterior, que os elementos de P são subconjuntos de A, o que cumpre a
primeira condição da definição de partição. Dois elementos de P, se são distintos, são disjuntos,
conforme provamos no teorema anterior. E, para todo u em A, ū pertence a P, pela definição de P. Deste
modo P é uma partição de A.

Teorema: Seja P uma partição de A, a relação R dada por aRe ⇔ a ē é de equivalência. Demonstração: a
ā por definição, de modo que aRa para todo a em A. Se aRe, então a ē, logo ā=ē. Daí, como e ē
por definição, então e ā. Logo eRa Se aRe e eRu, então a ēee ū. Daí, sabemos que ā=ē=ū. Logo a
ū e, portanto, aRu. Deste modo, provamos as três condições da definição de relação de equivalência.

Disto sabemos que toda partição induz uma relação de equivalência e toda relação de equivalência induz
uma partição. Estes resultados são muito úteis em vários ramos da Matemática, como Geometria.

Funções
Uma função é uma relação especial, que é definida da seguinte maneira: sejam dois conjuntos A e B, tais
que para todo elemento x pertencente a A, haja uma correspondência de um elemento y pertencente a
B. Essa correspondência é a função: a associação, definida de algum modo, entre todos os elementos de
um conjunto e os elementos de outro conjunto.

A função que associa um elemento x a outro valor pode ser indicada por f(x). O aparecimento de x na
simbologia da função não ocorre por acaso, uma vez que o valor f(x) depende de x. Por isso mesmo, x é
chamada variável independente e f(x) (ou y) é chamada de variável dependente. Matematicamente a
função é definida:

, ou mais simplificadamente,

Um exemplo de função: dado o conjunto dos números naturais, uma função pode associar cada número
ao seu quadrado. Assim, essa função assumiria os valores: { 1,4,9,16,... }.

Uma função pode, na verdade, associar mais de um conjunto a outro; pode haver diversas variáveis
independentes. Por exemplo: uma função pode tomar dois valores inteiros e expressar sua soma:

No entanto, neste livro será dada mais atenção às funções de uma variável, apenas. São duas
características da função enquanto relação:

há correspondência unívoca entre um elemento e o valor associado a ele pela função: isso significa
que para cada valor assumido pela variável independente (x), há um único valor da variável
dependente (y) associado pela função. Consequentemente, se t = f(x) e w = f(x), então t = w.

a correspondência é total, ou seja, um valor assumido pela variável dependente estará associado para
todo valor possível de ser assumido pela variável independente.

A tabela a seguir mostra dois exemplos de relações que não são funções:

Nesse caso, um mesmo elemento (3) do Aqui a correspondência não é total: falta um
domínio X aparece associado a dois elementos valor associado a 1.
do contradomínio Y (c,d).

Já o diagrama a seguir representa uma função:

Duas funções f e g são ditas iguais (f = g) se e somente se para cada valor de x no domínio D, f(x) e g(x)
assumam o mesmo valor:

OBS.: uma função é uma relação, por isso não possui grau. Quem possui grau são os polinômios
associados a função. Dessa maneira é um equívoco pensar em "função de 1° ou 2° graus".

Introdução

Relações que estabeleçam dependência entre os elementos de dois conjuntos são denominadas
funções.

Um exemplo clássico de função é a do salário de vendedores que ganham por comissão:

Existe um valor fixo que o vendedor ganha mesmo se não conseguir vender nada naquele mês e uma
comissão, que depende da quantidade de vendas que o vendedor realizou. Por exemplo:
Gráfico salário X vendas

Vendas Comissão por venda Valor Fixo Salário


0 55 300 300
1 55 300 355
2 55 300 410
... ... ... ...

Da tabela acima podemos construir uma relação entre as vendas e o salário do vendedor:

E com isso, construímos um gráfico que relaciona vendas a salário, onde verifica-se que:

O salário depende das vendas.

O salário é uma função das vendas.

Definição

Ao aplicar uma função em um dado conjunto , cada elemento deste deverá ter como
correspondente um elemento em um dado conjunto .

Ao conjunto denomina-se domínio da função, sendo seus elementos denominados abscissas, e ao


conjunto denomina-se contra-domínio, sendo seus elementos denominados ordenadas ou imagens,
quando estas se correlacionarem a um elemento de .

Ou seja:

Dados dois conjuntos e não vazios, dizemos que a relação f de em será função se, e somente
se,

(Para qualquer x pertencente a D existe um y pertencente a C tal que o par ordenado (x,y) pertence à
função f)
Obs: Para cada , deve haver apenas um

Representações

Existem várias maneiras de se representar funções.

Abaixo você pode ver as três mais comumente utilizadas, sendo a primeira a predominante.

As representações abaixo são de uma função em relação a seu domínio e contra-domínio.

Há também as representações por sua fórmula algébrica em relação a sua imagem, como a seguir:

Condições de existência

As condições básicas de existência são:

1. Todo e qualquer elemento do domínio deve possuir uma única imagem no contra-Domínio.

2. Caso a equação algébrica da função contenha uma fração, seu denominador deve ser diferente a 0
(zero).

3. Caso a equação algébrica da função possua uma raíz de índice par, para que seu resultado pertença
aos Reais, o radicando deve ser maior ou igual a 0 (zero).
1. Caso essa mesma raíz esteja no denominador de uma fração, o radicando deve ser
estritamente maior que 0 (zero).

2. Caso o índice dessa raíz seja um número ímpar, a única restrição é que o radicando seja
diferente de 0 (zero).

Com isso, cada função deverá ter suas restrições particulares, mas sempre obedecendo as gerais acima.
Algumas regras não são aplicáveis a funções com contradomínio Complexo.
Nomenclaturas

Abaixo você confere o que significa cada nome utilizado ao se falar sobre funções:

Domínio, contradomínio e imagem

Função x2, definida para { -3,-2,-1,0 }. Observar o


conjunto domínio (D), contra-domínio (CD) e
imagem (delineado pela linha tracejada).

São três conjuntos especiais associados à função. O domínio é o conjunto A do exemplo dado no início
deste capítulo: contém todos os elementos x para os quais a função deve ser definida. Já o conjunto B do
exemplo é o contradomínio: o conjunto que contém os elementos que podem ser relacionados a
elementos do domínio.

Também define-se o conjunto imagem como o conjunto de valores que efetivamente f(x) assume. O
conjunto imagem é, pois, sempre um subconjunto do contradomínio.

Por exemplo, suponha a função que associa um elemento do domínio D = { 1,2,3,4,5 } a uma vogal
ordenada no alfabeto.

O domínio, já especificado, é
O contradomínio é
A imagem é

Gráfico Cartesiano
Abscissa
Todo e qualquer elemento do domínio.
Ordenada
Todo e qualquer elemento do conjunto imagem.
Gráfico em Plano Cartesiano da função
Representação de todos os pontos que compõem uma função através de dois eixos perpendiculares.

Funções Sobrejetoras, Injetoras e Bijetoras

Funções Pares e Ímpares


Uma função é denominada par quando , para todo (domínio de f).

Uma função é denominada ímpar quando , para todo .

Propriedades das funções

Continuidade

Uma função é dita contínua sobre um intervalo dado, , se possui um valor definido para todos os
números contidos nesse intervalo. Por exemplo, a função:

, definida para o contradomínio , não é contínua no intervalo , uma vez


que não está definida para x < 0.

Crescimento e decrescimento

Uma função é dita crescente, sobre um intervalo [A,B], se para cada valor de x + ε (ε sendo qualquer
valor positivo), .

Uma função é dita decrescente, sobre um intervalo [A,B], se para cada valor de x + ε (ε sendo qualquer
valor positivo), .

Paridade

A paridade de uma função é uma propriedade relacionada a simetria da mesma, e portanto só pode ser
definida para funções cujo domínio é simétrico (veja a definição de conjunto simétrico). Sendo um
elemento pertencente a um conjunto simétrico , uma função é dita:

par, se para todo , ; ou seja, o valor da função é definido apenas de acordo com o
módulo da variável independente;

ímpar, se para todo , ;

sem paridade, se não corresponder a nenhum dos dois casos anteriores.


Exemplo de função par: -5x2 + 120. Observe Exemplo de função ímpar: x3. Observe que
que para qualquer valor de x, f(x) = f(-x); por para qualquer valor de x, f(x) = -f(-x); por
exemplo: exemplo:
f(2) = -5*(22) + 120 = -5*4 + 120 = 100, f(2) = 23 = 8
f(-2) = -5*(-22) + 120 = -5*4 + 120 = 100 f(-2) = -23 = -8
f(2) = f(-2) f(2) = -f(-2)

Funções polinomiais de primeiro e segundo graus

Existem dois tipos especiais de funções a respeito das quais cabe fazer comentários aqui. Uma função é
dita polinomial do primeiro grau ou afim quando pode ser expressa na forma:

Função polinomial de primeiro grau,


definida por .

A função polinomial do primeiro grau sempre toma no gráfico a forma de pontos colineares. Se o
domínio da função for o conjunto R, tem-se uma reta.

O valor da constante , na função e que tem domínio igual a , é chamado coeficiente


angular da reta que define a função. Ele pode ser obtido a partir da relação entre quaisquer dois pontos
da reta (ou valores associados da variável independente e dependente), conforme a equação:

Para o caso específico da constante ser igual a zero, a função é chamada função linear.
Função polinomial do segundo grau:
.

Já a função do segundo grau toma a forma:

Graficamente, a função do segundo grau é sempre uma parábola, cuja concavidade depende unicamente
do sinal da constante a. Se a for negativo, a parábola tem o vértice voltado "para cima"; se a for positivo,
a parábola tem o vértice voltado "para baixo". (Considerando a representação usual do plano cartesiano.)

Operações sobre funções

Soma, produto e quociente

Composição de funções
Composição e inversão de funções

O conceito de uma função é uma generalização da noção comum de "fórmula matemática". Funções
descrevem relações matemáticas entre dois objetos, e . O objeto é chamado o argumento
da função , e o objeto , que depende de , é chamado imagem de pela .

Intuitivamente, uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento um único valor da
função . Isto pode ser feito especificando através de uma fórmula ou regra de associação, um
gráfico, ou uma simples tabela de correspondência...

Alguns tipos de funções

Propriedades fundamentais, gráficos, máximos, mínimos, equações e inequações envolvendo estas


funções.

1. Função polinomial
1. Função linear

2. Função quadrática
2. Função exponencial e Função logaritmica

3. Função trigonométrica

4. Função modular

5. Função afim

Funções sobrejetoras, injetoras e bijetoras

Tomemos dois conjuntos e . Digamos que o primeiro seja um conjunto de crianças e o segundo é de
mulheres adultas. Seja f a função que leva cada criança x do conjunto X na sua mãe y = f(x) do conjunto
Y.

Se houver ao menos uma criança no conjunto que não seja filha de uma mulher do conjunto ,
então esta relação não consiste em uma função.
Se houver ao menos uma criança no conjunto que seja filha de mais de uma mulher do conjunto ,
então esta relação também não consiste em uma função.
Se no conjunto X não houver nenhum par de irmãos, ou seja, as mulheres do conjunto Y tem apenas
um filho ou nenhum filho, então temos que para a e b crianças diferentes do conjunto X, as suas mães
f(a) e f(b) são diferentes. Neste caso, a função é injetora.
Se o conjunto Y for formado apenas de mães, ou seja, não há mulheres sem filho em Y, então qualquer
que seja a mãe m do conjunto Y existe alguma criança c tal que f(c) = m (ou seja, m é a mãe de c).
Neste caso, a função é sobrejetora.
Se não houver irmãos em X, e o conjunto Y for formado de mães, então existe uma correspondência
perfeita entre crianças e suas mães, ou seja, toda criança tem só uma mãe e toda mulher tem só um
filho. A função f é, ao mesmo tempo, injetora e sobrejetora, ou seja, é bijetora.
Função Injetora e não Função Sobrejetora e Função Bijetora
sobrejetora não injetora

Resumindo:
Função Injetora (ou função injetiva, ou uma injeção) é aquela na qual dois elementos diferentes
no domínio correspondem sempre a elementos diferentes no contra-domínio.

Função sobrejetora (ou função sobrejetiva ou uma sobrejeção) é aquela na qual o contra-
domínio é igual à imagem, ou seja, cada elemento do contradomínio é correspondido por ao
menos um do domínio.

Função bijetora (ou função bijetiva ou uma bijeção) é aquela na qual para cada elemento no
domínio corresponde a um único elemento no contradomínio, e cada elemento no contradomínio
corresponde a um único do domínio.

No restante do texto, serão estudadas funções numéricas, ou seja, funções entre conjuntos de números
reais.

Domínio finito

Quando o domínio da função é finito, a forma mais prática de verificar se a função é injetora, sobrejetora
ou bijetora é calcular diretamente f(x) para cada ponto do domínio, e verificar:

se existem x e y diferentes com f(x) = f(y), então a função não é injetora

se existe algum y no contra-domínio que ficou de fora, ou seja, para o qual não existe x com f(x) = y,
então a função não é sobrejetora

Exemplo

Seja A = { -2, -1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 3, 4}, C = {0, 1, 4}, D = {0, 1, 2} e as funções:

dada por k(x) = 1

dada por g(x) = x2

dada por h(x) = x2


dada por f(x) = x + 2

Então:

e não é injetora, porque e(0) = e(1). e também não é sobrejetora, porque não existe x tal que e(x) = 0.

f não é sobrejetora, porque não existe x tal que f(x) = 2. Mas f é injetora: a única forma de f(x) ser igual
a f(y) é quando x = y, como pode ser visto listando os pares ordenados de f: {(0, 0), (1, 1), (2, 4)}.

g não é injetora, porque g(-1) = g(1). Mas g é sobrejetora, porque para todo elemento y de C existe um
elemento (pode haver mais de um) x de A com g(x) = y. Isto pode ser visto também listando os pares
de g: {(-2, 4), (-1, 1), (0, 0), (1, 1), (2, 4)}. Outra forma de ver que ela é sobrejetora é observar que a
imagem de g é o conjunto {0, 1, 4}, igual ao contra-domínio C.

h é injetora, porque se h(x) = h(y), então x + 2 = y + 2 logo x = y. h também é sobrejetora, porque para
todo elemento y de B existe um x de A com h(x) = y. De fato, isto pode ser visto enumerando-se os
pares de h, ou observando-se que a imagem de h é o conjunto B.

Casos particulares

{\displays

Alguns casos particulares para funções , em que A e B são conjuntos finitos de números

Se f é injetora, então A não tem mais elementos que B

Se f é sobrejetora, então A não tem menos elementos que B

Se f é bijetora, então A tem tantos elementos quanto B

Se f é uma função do primeiro grau, f(x) = a x + b, com a ≠ 0, então f é injetora.

Deve-se notar que estas regras não são suficientes para resolver todos os casos, por exemplo a função
dada por f(x) = x2, em que A = {-1, 1} e B = {0, 1} não é nem injetora nem sobrejetora.

Domínio e contra-domínio real

Neste caso temos uma função .

Alguns casos particulares:

Se f é uma função do primeiro grau, f(x) = a x + b, com a ≠ 0 então f é bijetora.

Se f é uma função do segundo grau, f(x) = a x2 + b x + c, com a ≠ 0, então f não é injetora nem
sobrejetora.

Em outros casos, deve-se procurar desenhar o gráfico da função.


Exemplo

Considere a função dada por f(x) = (x - 1)

(x - 2)(x - 3).

Obviamente, pelo gráfico é fácil ver que esta função não é injetiva. Pela equação também é fácil, já que
f(1) = f(2) = f(3) = 0.

Esta função é sobrejetiva. Este fato e sugerido pelo gráfico, apesar deste mostrar apenas parte do
conjunto imagem.

Domínio e contra-domínio intervalos de números reais

Neste caso temos uma função , em que A e B podem ser toda a reta real, intervalos finitos ou
intervalos infinitos.

A única regra especial é:

Se f é uma função do primeiro grau, f(x) = a x + b, com a ≠ 0 então f é injetora.

Ver também

Artigos na wikipedia:

Função injetiva

Função sobrejetiva

Função bijetiva
Função inversa
Dada uma função , uma pergunta natural é, dado um valor v do contradomínio, em que
condições a equação f(x) = v tem uma solução única x = u ?

Por exemplo, para funções do primeiro grau, de domínio e contra-domínios reais, f(x) = a x + b (em que
{\displays
tyle x=

a ≠ 0), a equação f(x) = v admite a única solução .

Por outro lado, para funções reais do segundo grau f(x) = a x2 + b x + c (novamente, a ≠ 0), a equação f(x)
{\displaystyle \Delta
= v pode possuir duas, uma ou nenhuma raiz (dependendo do valor de ser,
respectivamente, positivo, zero ou negativo).

Como outro exemplo, a função f(x) = x2 + 1, quando o domínio é o conjunto dos números reais positivos
e o contra-domínio é o conjunto dos números reais maiores que um é tal que f(x) = v sempre admite
uma única solução. Isto porque, sendo v > 1, temos que x2 + 1 = v é equivalente a x2 = v - 1, ou seja, a
solução é a (única) raiz quadrada positiva do número positivo v - 1 dada por .

Conceito

Dada uma função , dizemos que é a função inversa de f quando:

Para todo valor , a equação f(x) = y tem uma solução

Esta solução é única, e dada por x = g(y).

Teoremas

Se a função f tem uma inversa, então f é uma função bijetora.

Se f é uma função bijetora, então f tem uma inversa, e a função inversa é bijetora

A função inversa de uma função é única

Se g é a função inversa de f, então f é a função inversa de g


Definições relacionadas

A função inversa de uma função real de variável


real obtém-se de por uma simetria em relação à
recta .

Uma função que tenha inversa diz-se invertível.

A função inversa de uma função f é representada por f-1 - note-se que esta notação deve ser usada com

cuidado, pois, em alguns contextos, .

Ver também

Artigo na wikipedia:

Função inversa

Exponenciais
Definição de Potência

Em matemática, potências são valores que representam uma multiplicação sucessiva de um número, ou
seja, representam o mesmo número multiplicado algumas vezes por si mesmo. Uma potência é
composta por um número, chamado base, que é multiplicado sucessivamente por si mesmo; e por um
índice, chamado expoente, que diz o número de vezes que a base é multiplicada por si mesmo. As
potências apresentam-se na forma , onde n é o expoente e x é a base.

A potência , por exemplo, indica que a base, o número 4, será multiplicada sucessivamente 3 vezes por
si mesma, ou seja . Se o expoente é 1, então o resultado tem o valor da base (
), enquanto que com um expoente 0, devido a regras de operações feitas diretamente com potências, o
resultado é sempre igual a 1 ( = 1).

A regra para o expoente zero pode parecer estranha. Mas se não fosse assim, todas as propriedades de
potências ficariam mais complicadas. Além disto, quem olhar um gráfico de uma função exponencial vai
ver que não poderia ser de outra forma. Enfim, tudo induz para que aceitemos esta forma de definir as
potências com expoente 0.

Operações com Potências

Existem várias regras que visam facilitar a resolução de potências. É possível multiplicar e dividir qualquer
par de potências que possuam a mesma base, o mesmo expoente, ou os dois iguais.

Multiplicação

Com a mesma base

Para efetuar a multiplicação de


potências com as bases iguais
e expoentes diferentes,
mantém-se a base e somam-se
os expoentes.

Com o mesmo expoente

Para multiplicar duas potências


com os expoentes iguais e
bases diferentes, mantém-se o
expoente e multiplicam-se as
bases.

Com a mesma base e o mesmo expoente

Para multiplicar duas potências


com os expoentes iguais e as
bases também iguais, pode-se
utilizar qualquer uma das
regras.
Divisão

Com a mesma base

Para dividir duas potências


com as bases iguais e
expoentes diferentes, mantém-
se a base e subtraem-se os
expoentes.

Com o mesmo expoente

Para dividir duas potências


com os expoentes iguais e
bases diferentes, mantém-se o
expoente e dividem-se as
bases.

Com a mesma base e o mesmo expoente

Para dividir duas potências


(1) com os expoentes iguais e as
bases também iguais, pode-se
utilizar qualquer uma das
regras.

(1) - Este caso nos dá mais um motivo para tomarmos qualquer potência com expoente 0 como sendo

igual a 1. Como e então .

Observe que isto não é a prova que pois foi utilizada uma propriedade para subtrair os expoentes,
propriedade esta que, para ser provada, necessita que seja considerado , logo, não pode ser provada
utilizando a equação acima.

Equações envolvendo potências

Equações do tipo af(x) = bg(x)

Equações do tipo
onde a é uma constante são resolvidas simplesmente igualando-se f(x) a g(x).

No caso mais geral:

é preciso, primeiro, converter uma (ou ambas) bases para que as duas bases fiquem iguais.

Exemplo

Resolva:

O primeiro passo é transformar as bases. No caso, pode-se transformar ou


(exercício), mas é bem mais simples transformar e :

{\displaystyle

{\displaystyl

Aplicando a propriedade :

{\displaystyl

Agora temos uma equação da forma :

{\displaysty

{\displayst

{\dis

Verificando:
{\displ

(ok)

Equações do tipo f(ax) = 0

As equações do tipo

são resolvidas de forma análoga à biquadrada. Lembrando: uma biquadrada é


resolvida pela substituição . Resolve-se a equação em y, e, com o(s) valor(es) de y, resolve-se a
equação em x.

Exemplo
Resolva a equação

De novo, como temos bases diferentes, é conveniente reescrever tudo para a mesma base. Como
, temos:

Usando agora a propriedade :

Ainda temos um problema! É preciso transformar em uma expressão onde esteja isolado. Para
isto, vamos usar a propriedade :

{\displaystyle 3^{(x-

Então a expressão fica:

{\displaystyle
{(3^{x})}^{2}+{\frac {8}

Resolvendo:
{\dis

{\displaystyle
y^{2}+{\frac {8}

{\displaystyle

Aplicando a fórmula de Bhaskara:

{\displaystyle y={\frac
{-8\pm {\sqrt {8^{2}-4(3)(-3)}}}
{2(3)}}\ }
{\displaystyle y=
{\frac {-8\pm {\sqrt

Ou seja, as duas raízes são:

{\displ

{\dis
playstyl

A primeira solução, y = -3, gera uma equação sem solução em x, porque é sempre um valor positivo
e não pode ser igual a -3.

A segunda solução fornece:

{\displ
aystyle

Ou seja:
x = -1

Verificando, temos que:

(ok)

Inequações envolvendo potências

Gráficos de funções exponenciais

Exercícios

Ver Exercícios

81²+81²+81²=

Ver também

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Exercícios
A seguir são sugeridos alguns exercícios sobre exponenciais.

1. Simplifique as expressões abaixo, conforme o exercício 1:


1.

{\display

2.

{\displaystyle

3.

4.

5.

6.
2. Simplifique as expressões abaixo:

1.

2.

3.

4.

3. Simplifique as expressões abaixo:


1.

2.

3.

4.

4. Sendo a = 43, b = (-8)5, c = (-2)6 e d = (1/2)-3, determine o valor de:

1.

5. Escreva Verdadeiro (V) ou Falso (F), corrigindo a resposta no segundo caso:


1. ()

2. ()

3. ()

4. ()

5. Se n é um número par, ()

6. Se n é um número ímpar, ()

7. ()

8. ()
{\displaystyl

9. ()

10. Se a é diferente de zero, ()

11. ()

12. ()

13. ()

14. ()

15. ()

16. ()

17. ()

18. ()

19. ()

6. Simplifique as expressões:
{\displaystyle {\frac
{{(-2)}^{3}.

1.

{\displaystyle
{\frac {6^{4}.

2.

{\displaystyle
{\frac {x^{-2}.y^{2}.
{( )}^{4}}{
3. Sendo x > 0 e y > 0,
Logaritmos

Árvore genealógica ilustrada até a antepenúltima


geração.

Considere o seguinte exemplo:

Uma família decidiu construir sua árvore genealógica. Enquanto desenhavam-na, notaram que a cada
geração superior, dobrava o número de ascendentes. Na última geração, havia um. Na penúltima, dois. Na
antepenúltima, quatro, e assim sucessivamente.

Qual a geração em que há 128 pessoas? É simples:

{\displa

No entanto, há a impossibilidade de resolver o cálculo. Para isto, algumas calculadoras possuem a tecla
log2:

{\displaysty

Portanto, a geração em que há 128 ascendentes é a sétima geração anterior à primeira.

A tecla log nada mais faz que descobrir um logaritmo.

Definição de logaritmo

Um logaritmo pode ser descrito como:

{\displaystyle \log _{a}b=c\iff


Observe que em cada operação (logaritmo, potência e raiz) um elemento diferente está em evidência.
Isto mostra qual destes (a, b ou c) é necessário para a resolução da equação. Sendo apenas a inversão de
outras duas operações, as propriedades dos logaritmos são idênticas às das potências e raizes.

Vejamos um exemplo numérico abaixo:

{\dis

{\disp

Neste caso, dizemos que 2 é a base e 8 é o logaritmando. Assim, 3 é o logaritmo de 8 na base 2.

Observação: quando o valor da base não está explicita, considera-se 10 para a base:

{\displaystyle

Equações envolvendo logaritmos

Existem basicamente três métodos para a resolução de equações com logaritmos:

Desenvolvimento na forma de potência

Na resolução de equações envolvendo logaritmos é de grande ajuda em certas situações usar princípios
de equações exponenciais. Nestes casos, convertemos o logaritmo para uma potência. Por exemplo:

{\displayst

Que pode ser entendida como:


{\displ

Esse tipo de comparação facilita a compreensão do problema em questão e de muitos outros


semelhantes. Neste caso, basta pensarmos a que expoente devemos elevar a base 3 para obtermos a
potência 27. Conclui-se que x = 3, pois 33 = 27.

Logaritmo como variável

O logaritmo pode também ser entendido como uma função. Por exemplo, se temos uma função x,
operamos com os princípios da álgebra, e isto ocorre também com os logaritmos. Exemplo:

{\displaystyl

Na álgebra, para podermos operar termos é necessário que a parte literal de cada monômio seja igual.
Com os logaritmos isto ocorre de forma similiar:

{\displaystyle 3\log

Para podermos operar logaritmos de forma análoga à álgebra, é fundamental que a base e o
logaritmando sejam iguais. Veja outro exemplo:

{\displays

Com logaritmos podemos interpretar de maneira semelhante:

{\displaystyle \log

Logaritmo em funções compostas

Além de aparecer em parcelas de uma soma ou em fatores, como visto nos dois últimos exemplos, o
logaritmo pode aparecer em qualquer outra função! Pode estar no quociente de uma divisão, no
expoente de uma potência, no radicando de uma raíz, ou até mesmo no logaritmando de um outro
logaritmo. Em alguns casos, é muito comum recorrermos a alguma substituição para podermos visualizar
melhor a equação. Por exemplo:
Exemplo de substituição em função composta
:
Substituiremos log5 7 por y, apenas para facilitar o cálculo:

Dividiremos a equação por 2:


{\disp
la st le

Converteremos a potência para logaritmo:

Retornaremos o valor de y:

Comparando a igualdade, percebemos que x/2 é igual a 7 (note que a base e o logaritmando são
iguais!):

Isolando a incógnita:

Função logaritmica

Na tabela abaixo, vejamos os resultados obtidos na função f (x) = log2 x:

f (x) -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

x 0,0625 0,125 0,25 0,5 1 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024

Note que os resultados obtidos seguem um progressão geométrica, e portanto, o gráfico será
representado por uma curva. Pode-se observar, ainda, nesse exemplo, que quanto menor for f (x), mais
próximo de zero será x, mas não há valor para x que faça y ser nulo. Neste caso, o intervalo do domínio
da função é (0, +∞).

Chamamos de raíz da função os valores de x em que f(x) = 0. Isto é, os pontos em que a curva
intersepta o eixo das abscissas. No exemplo anterior, isto ocorre quando x = 1.
Vejamos o caso abaixo, de f(x) = (-2)x

x -3 -2 -1 0 1 2 3

f(x) -0,125 0,25 -0,5 1 -2 4 -8

Veja que os valores de f (x) possuem alternância de sinal, o que faz haver descontinuidade. Desta forma,
uma função do tipo loga b = c em que a < 0 não apresentaria um gráfico, e portanto, não existe. Esta é
uma regra: a base não pode ser negativa!

Consequentemente, o logaritmando jamais será negativo, pois potências negativas existem somente se a
base é negativa e o expoente é ímpar.

Estudo de casos

Vejamos alguns casos que envolvam logaritmos (desenvolveremos na forma de potência) :

Base igual ao logaritmando:

Temos que logx x = y é o mesmo que xy = x. Pensemos, qual expoente que elevado a uma base
qualquer produz uma potência igual a base? O único expoente que satisfaz esta condição é 1, portanto
logx x = 1.

Base inversa ao logaritmando:

Sabemos que logx 1/x = y é igual a xy = 1/x. O único expoente que elevado a uma base qualquer que
produz uma potência inversa a base é -1. Logo, logx 1/x = -1.

Logaritmando igual a 1:
Já que logx 1 = y é o mesmo que xy = 1, devemos pensar quais expoentes deixam qualquer base real
positiva igual a 1. O único expoente é o zero, assim, logx 1 = 0.

Operações com logaritmos

Existem várias regras que visam facilitar a resolução de logaritmos. Para as demonstrações a seguir,
consideraremos logca = x, e logcb = y. Assim, cx = a, e cy = b.

Soma

A soma de logaritmos de mesma base é igual ao logaritmo do produto de seus logaritmandos:

Demonstração:

Podemos utilizar a propriedade do produto de potências:

Convertemos o último resultado de potência para logaritmo:

Como cx = a, cy = b, logca = x e logcb = y, substiuímos termos correspondentes:

Multiplicação por constante

O produto de um logaritmo por uma constante (ou qualquer função real) é o logaritmo do
logaritmando elevado a esta constante:
{\displaystyle

Demonstração:

A partir de:

Transformamos o último resultado em logaritmo:


Substituindo os termos correspondentes:

Subtração

A diferença de logaritmos de mesma base é igual ao logaritmo do quociente de seus logaritmandos:

Demostração:

Podemos transformar a expressão na seguinte forma:

Assim, temos uma soma de logaritmos, sendo que um deles está multiplicado por uma constante (-1).
Aplicaremos, então, a propriedade do produto por uma constante:

Utilizado a propriedade do expoente negativo, teremos:

Considerando a propriedade da soma de logaritmos:

Portanto:

Mudança de base

Um logaritmo A qualquer é igual a uma fração de dois logaritmos de mesma base, na qual o
logaritmando do denominador é igual ao logaritmando de A, e o logaritmando do numerador é
igual a base de A:

Sendo que c>0.

Consideraremos os valores para a demonstração:


(I)

(II)

Demonstração:
Para chegar ao resultado da expressão, tomamos o seguinte valor inicial:

Multiplicaremos as duas últimas equações por x/y:

Aplicaremos a propriedade da multiplicação por constante na primeira equação:


{\displaysty
le \log

Usaremos a propriedade da potência de uma potência (multiplicação de expoentes):


{\displaystyle
\log {b}

Substituímos com o resultado em (II):


{\displayst
yle \log

Sabemos cx em (I):
{\displays
tyle \log

Substituimos x pela primeira equação de (I) e y pela primeira equação de (II):


{\displaystyle
\log _{b}a={\frac

Que prova a igualdade da propriedade.


Exemplo de aplicação
Além de frequentemente ser utilizada para simplificar cálculos, a mudança de base permite que
calculemos qualquer logaritmo na calculadora. Normalmente, as calculadoras estão providas somente de
log10. Consideremos o exemplo localizado no inicio da página:

Se não for possíver realizar o cálculo com a base 2, utilizemos a propriedade da mudança de base:

Outras propriedades

As quatro propriedades descritas anteriormente (soma, subtração, multiplicação e mudança de base) são
fundamentais para o cálculo de logaritmos. Existem outras propriedades que podem ser deduzidas
através das operações, que auxiliam em problemas que envolvem logaritmos. São elas:

Inversão do logaritmando

Esta propriedade foi utilizada anteriormente na demonstração da substração de logaritmos de mesma


base. Pela propriedade, temos que:

Um logaritmo A qualquer é igual ao logaritmo -A com o logaritmando invertido:

Demonstração:

Multiplicando A = log (x/y) por -1, teremos:

Utilizando a propriedade da multiplicação por constante:

Que resulta em
Bases com expoentes

Um logaritmo qualquer de base bc e logaritmando x é igual a um logaritmo de base b e


logaritmando x1/c:

Demonstração:

Pela propriedade da mudança de base, temos que:

Podemos retirar c do logaritmando pela propriedade da multiplicação por constante:

Temos um caso de logaritmos em que a base é igual ao logaritmando (logb b), que é igual a 1:

(I)

Reescrevendo:

Pela multiplicação por constante:

Observe que em (I), podemos ter um final diferente para esta propriedade, ao multiplicarmos a
equação por c:
Exemplo de aplicação
Esta propriedade pode ser aplicada para facilitar a soma ou subtração de logaritmos de bases diferentes.
Exemplo:

A propriedade da soma não pode ser utilizada pois as bases dos logaritmos são diferentes. Então
colocaremos um expoente na base de modo que estas, posteriormente, fiquem iguais:

Aplicando a propriedade da base com expoente:

E por fim, poderemos utilizar a propriedade da soma para descobrir y:

Simplificando com a multiplicação por constante:

Troca da base pelo logaritmando

Um logaritmo A qualquer de base b e logaritmando x é igual a um logaritmo 1/A de base x e


logaritmando b:

Demonstração:

Pela propriedade da mudança de base, temos que:

Ocorreu o caso de um logaritmo no qual a base é igual ao logaritmando (logxx), que é igual a 1:

Elevando-se a equação a -1, podemos reescrevê-la


Divisão e multiplicação de logaritmos

Podemos simplificar uma divisão de logaritmos através da propriedade da mudança de base, na qual é
necessário que os logaritmos tenham a mesma base:

Na multiplicação de logaritmos, a simplificação ocorre quando a base de um fator é igual ao


logaritmando do outro. Assim,

Demonstração:

A multiplicação também é definida pela mudança de base. Na equação abaixo, desmembramos o


denominador da divisão:

Dividindo a equação por logca:

Elevando-se a equação a -1:

Utilizando a propriedade da troca da base pelo logaritmando:

Multiplicando a equação por logca:

Que prova a multiplicação de logaritmos.

Cologaritmos

Cologaritmos são definidos pela seguinte expressão:


Pela propriedade da inversão do logaritmando, podemos reescrevê-los como:

Exercícios

Ver Matemática elementar/Logaritmos/Exercícios

Trigonometria
Trigonometria

Tabela de
Trigonometria,
1728
Cyclopaedia

Trigonometria (do grego trigonon = três ângulos e metro = medida) é uma parte da Matemática que
estuda as relações entre triângulos, ângulos e funções circulares como o seno e cosseno.

1. Trigonometria do triângulo retângulo

2. Arcos e ângulos - medida de um arco (radianos), relação entre arcos e ângulos.

3. Razões trigonométricas na circunferência

4. Funções trigonométricas

5. Fórmulas de Adição, subtração, duplicação e bissecção de arcos


6. Transformações de soma de funções trigonométricas em produtos

7. Identidades trigonométricas básicas

8. Equações e inequações envolvendo funções trigonométricas

9. Lei dos senos e dos cossenos

10. Resolução de triângulos

Ver também

Exercícios de trigonometria

Arcos e ângulos
Circunferência

Seja um ponto qualquer do plano e um número real. A circunferência de centro e raio éo


lugar geométrico dos pontos desse plano tais que

Veja no Wikicionário círculo.

Arco de circunferência

Consideremos uma circunferência de centro Sejam e dois pontos distintos de


Um arco de circunferência de extremos e é cada uma das partes em que fica dividida uma
circunferência por dois de seus pontos.

{\dis

Quando teremos dois arcos: o arco nulo (um ponto) e o arco de uma volta (uma circunferência).

Arco de circunferência e ângulo central correspondente

{\displaystyle

A medida de um arco é, por definição, a medida do ângulo central correspondente. Medir significa
comparar com uma unidade padrão previamente adotada. Contudo, para evitar possíveis divergências na
escolha da unidade para medir um mesmo arco, as unidades de medida restringem-se a três principais: o

{\

grau ( ), o radiano ( ) e o grado, sendo este último não muito comum.

O grau

{\
displ

Um grau é um arco de circunferência cujo comprimento equivale a da


circunferência que contém o arco a ser medido. Portanto, a medida, em graus, de um arco de uma volta
completa (uma circunferência) é

Submúltiplos do grau

{\

{\displaystyl
e 1^{\prime

O minuto ou seja,
O segundo ou seja, e

O radiano

Um radiano é um arco de circunferência cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que contém
o arco a ser medido. É a unidade do Sistema Internacional (SI).

Conseqüentemente, para medir um ângulo em radianos, convém calcular a razão entre o

{\

comprimento do arco pelo raio ou seja, calcular quantos radianos mede o arco Portanto, como
consequência da definição de radiano, podemos estabelecer a seguinte relação:

{\disp
laystyle

onde e devem estar na mesma unidade de comprimento.

{\

O comprimento de uma circunferência de raio é Logo, a medida do arco de uma volta completa,
{\displaystyle {\frac {2\pi r}
{r}}=2\pi rad\approx
em radianos, é Para converter unidades, podemos usar as
{\displaysty {\displaystyle

correspondências ou e uma regra de três simples.


O grado

Ver artigo na wikipedia Grado O grado foi introduzido junto com o Sistema métrico, durante a Revolução
francesa mas, ao contrário do sucesso das outras medidas, não pegou. Atualmente, ele é apenas utilizado
nos trabalhos topográficos e geodésicos feitos na França.

É a medida de um arco cujo comprimento equivale a da circunferência que contém o arco a ser

medido. É evidente que, para conversão de unidades, pode-se utilizar as relações


ou e uma regra de três simples.

O ciclo trigonométrico

Consideremos no plano um sistema de eixos perpendiculares em que Seja uma


circunferência de centro raio e o ponto

A cada número real associaremos um único ponto de

{\disp

Se então tomamos
{\dis

Se realizamos, a partir de um percurso de comprimento no sentido anti-horário e


marcamos o ponto como final desse percurso.

{\

Se realizamos, a partir de um percurso de comprimento no sentido horário, e


marcamos o ponto como final desse percurso.
{\displ

Assim, a circunferência sobre a qual foi fixado o ponto como orientação é chamada ciclo
trigonométrico ou circunferência trigonométrica.

O ponto é chamado imagem de no ciclo trigonométrico.

{\d

O sistema de eixos perpendiculares divide o ciclo trigonométrico em quatro partes, cada uma das
quais é chamada quadrante.
Ângulos côngruos

Os ângulos e em graus, são côngruos ou congruentes se, e somente se, para

{\dis

algum ou seja, se e têm a mesma imagem no ciclo trigonométrico. Para indicar que e
{\dis

são côngruos escrevemos


{\

Por exemplo, os ângulos e são congruentes, pois

Expressão geral dos arcos que têm imagem em um ponto do ciclo


trigonométrico..

Consideremos um sistema de eixos perpendiculares e uma circunferência de centro e raio


Sendo um ponto qualquer pertencente à a imagem de um ângulo na circunferência,
podemos estabelecer uma expressão geral dos arcos que têm imagem em um determinado ponto do
ciclo trigonométrico.

Por exemplo, a expressão geral dos arcos que têm imagem no ponto dar-se-á por
{\displaystyle

ou sendo o número de voltas completas.


{\dis

Quando deve-se andar no sentido anti-horário; se deve-se andar no sentido horário.

Analogamente, temos:
{

{\displaystyle
{\displaystyle
{\frac {\pi }

Para ou
{

{\displaystyle
{\displaystyle \pi

Para ou
{

Para ou

Para ou ou
Para ou ou

Para ou ou ou ou

Considerando a figura acima, a expressão geral dos arcos que têm imagem em ou é:

em graus:
em radianos:
Expressão geral dos arcos que têm imagem em

em graus:
em radianos:

No caso da figura seguinte, a expressão geral dos arcos fica:

em graus:
{\displaystyle \pm

em radianos:

Primeira determinação positiva

A primeira determinação positiva de um ângulo é o menor ângulo côngruo que seja positivo.

Por exemplo, os ângulos (em graus) -15o, 315o, 2115o, -2505o são congruentes, sendo sua primeira
determinação positiva o ângulo 315o.
{\d {\d
ispla ispla
{\dis
playstyl

Analogamente, os ângulos (em radianos) , e são congruentes, sendo sua primeira


{\
disp

determinação positiva o ângulo .

Para se resolver o problema de determinar a primeira determinação positiva é preciso:

1. dividir o ângulo pelo valor do círculo trigonométrico (360o ou , conforme o problema seja
apresentado em graus ou radianos)

2. se este número não for inteiro, arredondar o valor para o valor inteiro imediatamente inferior

3. tomar o número inteiro com sinal contrário (ou seja, se o passo anterior obteve n, obter agora -n)

4. somar ao ângulo inicial este valor inteiro do passo acima multiplicado pelo círculo trigonométrico
(360o ou , conforme o problema seja apresentado em graus ou radianos)

Exemplos:

1. Se o ângulo inicial é -580o


1. Dividir -580 por 360 -> -1,(alguma coisa) (note que não é preciso fazer a divisão até o fim, já
que estamos apenas interessados na parte inteira da divisão)

2. Não sendo inteiro, tomar a parte inteira -> -2

3. Trocar o sinal -> 2

4. Somar -580o com 2 x 360o -> 140o

2. Se o ângulo inicial é
1. Dividir por -> 4

2. Sendo inteiro, manter -> 4

3. Trocar o sinal -> -4

{\displa

4. Somar com -> 0

{\d
ispla

3. Se o ângulo inicial é
{\
dis

1. Dividir por -> ou, aproximadamente, 4,(alguma coisa)

2. Não sendo inteiro, tomar a parte inteira -> 4

3. Trocar o sinal -> -4

{\d
ispla

4. Somar com ->

Imagens de alguns arcos importantes

Primeira volta no sentido anti-horário:

Ângulos correspondentes
Em graus:
Em radianos:

Exercícios

Exercícios

Razões trigonométricas na circunferência

Este módulo encontra-se em processo de tradução. A sua ajuda é bem vinda.

Definição geométrica de seno e cosseno

No círculo unitário mostrado abaixo, um raio unitário foi traçado da origem ao ponto (x,y) sobre o
círculo.
Definição de seno e cosseno

A linha perpendicular ao eixo-x que passa pelo ponto (x,y) intercepta o eixo-x no ponto com abscissa x.
Analogamente, a linha perpendicular ao eixo-y intercepta este eixo no ponto de ordenada y. O ângulo
entre o eixo-x e o raio é α.

A funções trigonométricas de qualquer ângulo α são definidas por:

pode ser definido a partir do seno e cosseno.

Estas três funções trigonométricas pode ser usadas para ângulos medidos em graus, radianos ou
qualquer outra medida angular, desde que fique claro qual é a unidade usada.

Funções trigonométricas
Definições

Funções trigonométricas são funções angulares, importantes no estudo dos triângulos e na modelagem
de fenômenos periódicos. Podem ser definidas como razões de dois lados de um triângulo retângulo,
contendo o ângulo ou, de forma mais geral, como razões de coordenadas de pontos no círculo unitário
ou, de forma ainda mais geral, como séries infinitas ou como soluções para certas equações diferenciais.

Existem seis funções trigonométricas básicas, cada uma com a sua abreviatura notacional padrão.

seno ( em português; a maioria das linguagens de programação escrevem ).

coseno ( ).

tangente ( ).

As últimas quatro funções são definidas nos termos das primeiras duas. Por outras palavras, as quatro
equações em baixo são definições e não identidades demonstradas.

tangente

secante

cosecante

cotangente

O seno, o cosseno e a tangente são as mais importantes.

As inversas destas funções são geralmente designadas de arco-função, isto é, arcsin, arccos, etc., ou
adicionando o expoente -1 ao nome, como em sen-1, cos-1, etc. O resultado da função inversa é o ângulo
que corresponde ao parâmetro da função. Por exemplo, arcsen(1) = 90°.

Trigonometria do triângulo retângulo

As funções trigonométricas são oriundas das razões dos


lados dos triângulos. Com base no triângulo retângulo ao
lado, o segmento é a hipotenusa (lado oposto ao ângulo
de 90°), o segmento é o cateto adjacente (ao lado) do
ângulo α e é o cateto oposto ao ângulo α:
Tais funções são constantes para um mesmo ângulo α, pois dois triângulos formados pelos mesmos
ângulos mantêm suas proporções.

As funções trigonométricas são utilizadas em geometria, portanto, para determinar um lado ou um


ângulo de um triângulo.

Exemplo - A hipotenusa de um triângulo retângulo de ângulos 30° e 60° é igual a 5 centímetros.


Qual à medida do cateto oposto ao ângulo de 30°?

Seno, cosseno e tangente dos ângulos

Na tabela abaixo, temos o seno, cosseno e tangente dos principais ângulos em decimais:

0° 5° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40° 45° 50° 55° 60° 65° 70° 75° 80° 85° 90°

Seno 0 0,08 0,17 0,25 0,34 0,42 0,5 0,57 0,64 0,7 0,76 0,81 0,86 0,9 0,93 0,96 0,98 0,99 1

Cosseno 1 0,99 0,98 0,96 0,93 0,9 0,86 0,81 0,76 0,7 0,64 0,57 0,5 0,42 0,34 0,25 0,17 0,08 0

Tangente 0 0,08 0,17 0,26 0,36 0,46 0,57 0,7 0,83 1 1,19 1,42 1,73 2,14 2,74 3,73 5,67 11,43 -

Veja que os valores crescentes de sen x são os mesmos para cos x, entretanto são decrescentes. Além
disso, a maioria dos senos, cossenos e tangentes dos ângulos são números irracionais. São, portanto,
com infinitas casas decimais não periódicas. Todavia, pode-se obter o valor exato das funções
trigonométricas em uma forma algébrica. Você pode conferir a forma algébrica de alguns ângulos
clicando aqui (em inglês) (https://en.wikipedia.org/wiki/Exact_trigonometric_constants)

Ângulos notáveis

Os ângulos notáveis (0°, 30°, 45°, 60° e 90°) são ângulos que se pode facilmente obter a forma algébrica
por meio de triângulos retângulos. Consideremos um triângulo retângulo que corresponde à metade de
um triângulo equilátero de lado 1 uc. Tem, portanto, sua hipotenusa
c igual a 1, seu lado a igual a 0,5 uc e seu lado b igual a altura do
triângulo equilátero, 0,5 √3 uc. Assim:

Que é o seno de 30° e o cosseno de 60°. O seno de 60° e o cosseno


de 30° são obtidos de forma similar:

E assim é possível obter as demais funções trigonométricas para 30° e 60°. Para 45°, considera-se um
triângulo retângulo igual à metade de um quadrado de lado 1 uc. Tem, então, hipotenusa de medida √2
uc - a diagonal do quadrado - e os catetos de medida 1 uc - os lados do quadrado:

De forma mais simples, os valores do seno dos cinco ângulos notáveis são o quociente entre x e 2, em
que x é a raiz de cada um dos cinco termos a1, a2, a3, a4 e a5 de uma progressão aritmética em que a1 = 0
e a razão é igual a +1. O cosseno destes ângulos é a ordem decrescente da progressão:

0° 30° 45° 60° 90°

PA

Seno =

Cosseno
=

A tangente é obtida pela dividindo-se o seno do respectivo ângulo pelo seu cosseno, pois:

Que resulta:
A tangente de 90° não é definida, pois é impossível que o ângulo entre a hipotenusa e os catetos seja
90°.

Círculo trigonométrico

Considerando um círculo de 1 uc de raio, este tem sua circunferência igual a 2π uc. Portanto, um setor de
um grau deste círculo corresponde a:

Podemos transformar a unidade de medida uc (unidades de comprimento) em rad (radianos). Assim,


podemos dizer que:

Colocando os ângulos notáveis neste círculo obtêm-se os valores (x; y) em que x é o cosseno do ângulo e
y o seno:

Observa-se em tais valores que à medida em que os ângulos avançam de quadrante os valores de seno e
cosseno tem seu sinal alternado. É perfeitamente notável que tais funções seguem, então, uma
periodicidade infinita, e seus valores repetiram a cada volta do círculo. Deste mesmo círculo, pode-se
obter as demais funções trigonométricas, que não são mais que relações do triângulo retângulo entre a
origem, a coordenada e ponto (x; 0):
Gráficos

Podemos colocar as funções trigonométricas em um plano cartesiano, em que o eixo das abcissas
equivale ao ângulo em radianos e o eixo das ordenadas ao contradomínio da função.

Seno

Colocando-se os resultados obtidos para a função seno num plano, obteremos:

Observe que a função seno é uma função ímpar, pois sen (-x) = -sen x, qualquer que seja x pertencente
aos números reais. Note que esta função é composta por infinitos intervalos 2π. Dizemos, então, que o
período da função sen (x) é 2π. Quanto ao contradomínio, ele pertence ao intervalo [-1; 1]. A distância
entre o centro e o limite da função é a amplitude. Neste caso, a amplitude da função é igual a 1. O
gráfico da função seno forma uma senoide. Pode-se determinar o seno de qualquer ângulo através das
seguintes equações:
Para as quais:

Onde y é um ângulo qualquer e z um número inteiro.

Exemplo - Qual o seno de 500°?

Os únicos números z e w que satisfaçam 500 - 90 (4z + w) = x onde x pertence ao intervalo ]0; 90] é
z = 1 e w = 1. Veja:

Já que w = 1, então o seno de 500° é igual ao cosseno de 50°, que temos na primeira tabela desta
página. Portanto, o seno de 500° é 0,64.

Cosseno

O gráfico da função cosseno é o seguinte:

Esta é uma função par, pois cos (-x) = cos x, qualquer que seja x pertencente ao conjunto dos números
reais. Igual à função seno, a função cosseno tem período igual a 2π e amplitude igual a 1. O gráfico da
função cosseno forma uma cossenoide. De forma similar à função seno, podemos transformar qualquer
ângulo real para 0° < x ≤ 90° e assim obter seu cosseno:

Para as quais:
Onde y é um ângulo qualquer e z um número inteiro.

Exemplo - Qual o maior ângulo negativo no qual seu cosseno é igual ao seno de 30°?

Para que o ângulo y tenha seu cosseno igual ao seno de 30°, w deve ser igual a 3:

Já que a equivalência é verdadeira, há infinitos números z que a satisfazem. No entanto, a questão


especifica que este deve ser o maior negativo, portanto, z = -1:

Tangente

Já para o gráfico da função tangente, temos:

A função tangente é uma função ímpar pois é o quociente de uma função ímpar e uma função par. É,
pois, tan (-x) = - tan x {x ∈ R}. O período desta função é igual a π, e sua amplitude estende-se ao infinito.
O gráfico da função tangente forma uma tangentoide. Para determinar a tangente de um ângulo
qualquer, temos, para 0° ≤ x < 90°:

{\displaystyle \tan y{\begin{cases}180z\leq y<180z+90\to \tan(y-180z)=\tan y=\tan


x\\180z+90\leq y<180(z+1)\to |y-180(z+1)|=x\to \tan y=-\tan x\end{cases}}}
Onde y é um ângulo qualquer e z um número inteiro.

Exemplo - A tangente do ângulo 20° é igual à tangente de -200°?

O primeiro passo é determinar a qual conjunto pertence -200°. Veja que este encaixa-se
perfeitamente em 180z + 90 ≤ y < 180 (z + 1) quando z = -2:
Então,

E assim:

Logo, a tangente de -200° não é igual à tangente de 20°, mas sim à tangente de 20° negativa.

Características

Nesta imagem, a é a amplitude e b o período.

Dados a + b sen (cx - dπ) ou a + b cos (cx - dπ), que são as equações da senoide e da cossenoide,
respectivamente, determina-se:

a + b e a - b - os limites (0; a+b) e (0; a-b) da função trigonométrica, equivalente ao conjunto imagem
Im = [a+b; a-b];

2π ÷ c - o período da função;

d - o deslocamento horizontal da função trigonométrica.

A partir destes valores tem-se a amplitude (A), dada pela média aritmética da distância entre as
ordenadas dos limites:
Propriedades

Cosseno ao quadrado mais seno ao quadrado

Definição de seno e cosseno

Diretamente da figura que define seno e cosseno (ao lado), temos, pelo triângulo retângulo no primeiro
quadrante, que:

É convencional escrever o quadrado de uma função trigonométrica colocando-se o sinal imediatamente


ao lado do nome da função. Assim, esta relação é escrita:

A geometria do triângulo retângulo prova esta relação no caso de ou seja, para ângulos
no primeiro quadrante. Nos casos temos que um deles (seno ou cosseno) vale 1, e
o outro vale 0, logo a soma dos seus quadrados é 1.

Nos demais casos, temos:

Se x está no segundo quadrante, então está no primeiro quadrante, e:


: portanto:

Analogamente:
Se x está no terceiro quadrante, então está no primeiro quadrante, e:
: portanto:

Finalmente:

Se x está no quarto quadrante, então está no primeiro quadrante, e:


{\displaystyle

: portanto:
{\displaystyle \cos ^{2}x+\mathrm {sen} \,^{2}x=\cos ^{2}(-

Ou seja, a relação

{\displaystyle

é válida para qualquer ângulo real x.

Propriedades do quadrado da secante e da cossecante

Lembrando que:

{\displaystyle {\displaystyle
{\displaystyle {\displaystyle {\mbo {tan}} {\mbo {cotan}}
{\mbox{sec}}x= {\mbox{cosec}}x=

temos que:

{\displ
{\displaystyle \cos

Dividindo por
{\displaystyle

Dividindo por
Exercícios

Matemática elementar/Trigonometria/Funções trigonométricas/Exercícios

Adição, subtração, duplicação e bissecção de arcos


Nesta página aprenderemos a efetuar operações trigonométricas que envolvam a adição, subtração ou
multiplicação de números reais.

Adição de arcos

Cosseno da soma

Considere a figura ao lado. Sejam três pontos e pertencentes à


circunferência , cujas coordenadas são e
{\

Os arcos e têm medidas iguais, logo as cordas e também têm a


mesma medida. Após aplicarmos a fórmula da distância entre dois pontos da Geometria analítica, temos:

{\displaystyle
Ao igualarmos as duas expressões, temos a fórmula:

Seno da soma

{\displays

Sabemos que A partir disto e sendo obtemos:

{\displaystyle \mathrm {sen} \,\left(a+b\right)=\cos


\left[{\frac {\pi }{2}} \left(a+b\right)\right] \cos

Utilizando a fórmula do cosseno da diferença de dois arcos nessa última expressão:

Substituindo e nesta expressão, então:

Tangente da soma

Sabendo que e utilizando as fórmulas anteriores para soma de senos e cossenos,

podemos facilmente conseguir uma expressão para

Então:

Vale lembrar que essa fórmula só pode ser usada se e

porque a relação só é válida se e somente se


Cotangente da soma

Como podemos obter, de maneira semelhante à formula da tangente da soma, uma

expressão para

Simplificando, temos:

{\displaystyle \cot
\left(a+b\right)={\frac

{\displaystyle
\cot {\frac

Como é válida se e somente se a identidade que demonstramos acima só


pode ser usada se e

Exemplos
Calcule:
{\disp

Resolução
{\displaystyle \cos 75^{\circ }=\cos \left(30^{\circ }+45^{\circ
{\displaystyle ={\frac {\sqrt {3}}{2}}\cdot
{\frac {\sqrt {2}}{2}}-{\frac {1}{2}}\cdot

{\displaystyle \mathrm {sen} \,105^{\circ }=\mathrm {sen}

{\displaystyle ={\frac {\sqrt {2}}{2}}\cdot


{\frac {1}{2}}+{\frac {\sqrt {3}}{2}}\cdot

Subtração de arcos

Cosseno da diferença

Para calcular fazemos uso da igualdade na fórmula do cosseno da soma,


conforme a seguir:

Então:

Seno da diferença

Podemos fazer a mesma substituição da igualdade para encontrar as outras relações


de diferença de arcos. Para o seno, usaremos a fórmula do seno da soma e a igualdade citada acima,
conforme a seguir:

Logo,
Tangente da diferença

Usando novamente a igualdade e, desta vez, a fórmula da tangente da soma:

Simplificando, temos:

{\displaystyle \tan
\left(a-b\right)={\frac

Pelos motivos já citados anteriormente, esta fórmula só é válida se e

{\displaystyle a-b\neq
{\frac {\pi }{2}}+k\pi k\in

Cotangente da diferença

Mais uma vez, usaremos a igualdade e, desta vez, a fórmula da cotangente da soma:

{\displaystyle \cot \left(a-b\right)=\cot \left[a+\left(-


b\right)\right]={\frac {\cot a\cdot \cot \left(-b\right)-1}

Logo, obtemos a identidade:

Está fórmula só pode ser aplicada se e

Exemplos
Calcule:
Resolução

{\displaystyle ={\frac {\sqrt {2}}


{2}}\cdot {\frac {\sqrt {3}}{2}}+{\frac

Dados e calcule

Resolução

Multiplicação de arcos

É possível deduzir fórmulas para calcular as funções trigonométricas de utilizando as


fórmulas obtidas para a soma de arcos e fazendo conforme será
mostrado adiante.

Cosseno

Usando a fórmula do cosseno da soma, temos:

Logo, utilizando a Identidade relacional básica, podemos obter duas fórmulas finais:
ou

{\displaystyle =\left(2\cos ^{2}a-1\right)\cdot \cos {\displaystyle =\left(2\cos ^{2}a-

Utilizando a Identidade relacional básica e trabalhando algebricamente, temos:

{\displaystyle \cos

{\displaystyle

Expressões para são obtidas por processos semelhantes.

Seno

Ultilizando a fórmula do seno da soma:

Então, temos:

Utilizando a Identidade relacional básica:

Logo:

Expressões para são obtidas por processos semelhantes.


Tangente

A partir da fórmula da tangente da soma:

Logo:

{\dis

Ao subtituimos a fórmula anterior para e simplificarmos, obtemos como fórmula final:

{\displaystyle \tan
3a={\frac {3\cdot \tan

{\displaystyle \tan
Expressões para são obtidas por processos semelhantes.

Exemplo
{\display
style \cot

Se e calcule

Resolução

Precisamos encontrar para aplicarmos a fórmula. Para tanto, utilizaremos a identidade


que relaciona as funções cotangente e cossecante. A partir da cossecante obtida,
{\displaystyle
\csc x={\frac {1}

podemos encontrar o valor do seno, uma vez que Como o valor da

cossecante é positivo.
{\displaystyle \csc x={\sqrt {1+\cot ^{2}x}}={\sqrt {1+
{\frac {25}{9}}}}={\sqrt {\frac {34}{9}}}={\frac {\sqrt {34}}

{\displaystyle
\mathrm {sen}
De onde vem

Podemos finalmente calcular:

{\displaystyle \cos 2x=1-2\cdot \ sin^{2}x=1-2\cdot


{\frac {9}{34}}=1-{\frac {18}{34}}={\frac {8}{17}} }

Bissecção de arcos

Cosseno

Vamos utilizar as duas fórmulas que encontramos para a fim de que, dado o cosseno de uma arco

{\displaystyl {\dis
e \cos {\frac pla st l
{\displ

qualquer, possamos obter ou Para isto, consideraremos

{\displaystyle \cos
A partir de

{\displaystyle \cos
2\cdot \cos ^{2}{\frac

{\displaystyle
\Rightarrow \cos
A partir de temos:

Finalmente, sabendo que temos:

Seno

Caso nos seja dado o sabendo que calculamos e usamos as


fórmulas dadas logo acima para o cosseno.

Tangente

Precisamos agora encontrar fórmulas que permitam calcular e conhecida a

Para tanto, tomaremos as fórmulas de multiplicação

{\displaystyle \mathrm {sen} \,2a=2\cdot \mathrm {sen} \,a\cos a=2\cdot \mathrm


{sen} \,a\cdot {\frac {\cos ^{2}a}{\cos a}}=2\cdot {\frac {\mathrm {sen} \,a}{\cos

{\displ

e consideraremos de modo que:


{\displaystyle
\mathrm {sen}

Exemplos
{\display
style

Se com calcule as funções circulares de

Resolução

Logo, temos:
Se determine

Resolução

Podemos aplicar diretamente a fórmula, de modo que:

Exercícios

Matemática elementar/Trigonometria/Adição, subtração, duplicação e bissecção de arcos/Exercícios

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Transformações de soma de funções trigonométricas em


produtos
As fórmulas de transformação de soma e diferença em produto, também conhecidas como Fórmulas de
Prostaférese[1], são:

{\displaystyle \mathrm {cos} \,(x)+\mathrm {cos} \,


(y)=2\cdot \mathrm {cos} \,\left({\frac {x+y}

{\displaystyle \mathrm {cos} \,(x)-\mathrm {cos} \,


(y)=-2\cdot \mathrm {sen} \,\left({\frac {x+y}
Dedução - soma e diferença dos senos

Partindo das fórmulas do seno da soma de arcos:

Somando-as membro a membro:

Fazendo:

Temos:

{\displays
tyle a=

Substituindo a e b, em (I):

Procedendo da mesma forma, novamente a partir de:

Subtraindo-as membro a membro:

{\displaystyle \mathrm {sen} \,(a+b)-\mathrm

(II)

Substituindo a e b, em (II):
Dedução - soma e diferença dos cossenos

Agora para a função cosseno

{\displaystyle \mathrm {cos} \,(a-b)=\mathrm

Somando-as membro a membro:

{\displaystyle \mathrm {cos} \,(a+b)+\mathrm

(III)

Substituindo a e b, em (III):

E por fim:

Subtraindo-as membro a membro:

{\displaystyle \mathrm {cos} \,(a+b)-\mathrm

(IV)

Substituindo a e b, em (IV):

Exercícios

Exercícios

Referências

1. Prostaférese (http://ecalculo.if.usp.br/funcoes/logaritmica/historia/prostaferese.htm)
Identidades trigonométricas básicas
Conceito

Uma identidade trigonométrica é uma equação envolvendo funções trigonométricas e que é verdadeira
para todos os valores das variáveis envolvidas. Estas identidades são úteis sempre que expressões
envolvendo funções trigonométricas tem que ser simplificadas. Geralmente é possível aproveitar as
características cíclicas das funções para modificar o seu comportamento, transformando uma ou mais
funções trigonométricas em outras operadas de forma que apresentem o mesmo resultado da função
original.

Identidade relacional básica

Uma vez que no ciclo trigonométrico com ângulo podemos encontrar as coordenadas fazendo
e podemos verificar que estas coordenadas e a distância entre a origem
e o ponto formam um triângulo retângulo. Sendo esta distância unitária, temos:

Portanto:

Equações e inequações envolvendo funções trigonométricas


Conceito

Equações trigonométricas são equações nas quais a variável a ser determinada aparece após a aplicação
de funções trigonométricas.

Uma das grandes diferenças entre equações trigonométricas e as demais equações é a natureza
periódica destas funções.

Assim, enquanto equações do tipo:

possuem uma solução única, ou uma quantidade finita (e pequena) de soluções, uma equação do tipo:
{\display

admite infinitas soluções - por ser tan uma função periódica de período para cada solução x = a,
{\display

temos que e também serão soluções, assim como qualquer valor


sendo k um número inteiro (positivo, negativo ou zero).

Equações do tipo sen(x) = n, cos(x) = n e tan(x) = n

sen(x) = n

A equação só tem soluções quando está no intervalo [-1; 1]. Se está neste intervalo, então
é preciso primeiro determinar um ângulo tal que:

Neste caso, as soluções são dois conjuntos infinitos (que devem ser unidos):

Em que é qualquer inteiro.

Quando n = 1, 0 ou -1, estas soluções tem uma forma mais simples, que podem ser vistas na tabela ao
lado.

Exemplo

Resolva:
Primeiro, deve-se determinar um valor para {\displaystyle
{\begin{matrix}x=\a
lpha +2k\pi \\x=\pi

Substituindo nas fórmulas, temos:

ou

{\dis
Resolvendo estas equações em x chega-se à resposta final: {\disp

ou

Em que k é um número inteiro.

Outro exemplo

Resolva:

Substituindo

Sabemos que é um ângulo cujo seno vale 1/2. Portanto, y deve valer:

ou

Substituindo o valor de
ou

Ou seja:

ou

Esta solução está correta, mas, normalmente, deseja-se expressar os ângulos na forma
em que

Para isso, como k é um número inteiro qualquer, ele pode ser substituído por qualquer outra expressão
que também indica um número inteiro qualquer. Ou seja, podemos substituir k por k + 10, k + 42, k -
1000, etc.

No caso, como queremos tornar a parte sem k em um número entre 0 e 2 π, temos que substituir k por
k+1, obtendo:

ou

Finalmente:

ou
Equações com restrição no domínio

Determinação do domínio

Equações com mais de uma função trigonométrica

Exercícios

Matemática elementar/Trigonometria/Equações e inequações envolvendo funções


trigonométricas/Exercícios

Lei dos senos e dos cossenos


Lei dos cossenos

Em qualquer triângulo, o quadrado de um dos lados é igual à soma dos quadrados dos outros dois
lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo cosseno do ângulo formado entre eles. A saber:

{\displaystyle {\displaystyle {\displaystyle

Demonstração

Esta é uma das maneiras de demonstrar a lei dos cossenos.

{\displaystyle
Considerando a figura, podemos observar três triângulos:

{\displays

Destes, pode-se extrair as seguintes relações: e

Usando o Teorema de Pitágoras para obter uma relação entre os


lados dos triângulos, temos:
{\displaystyl
{\dis

Para

{\displaystyl
{\dis

Para

Substituindo e em

Entretanto, pode-se substituir a relação do triângulo na equação acima. Dessa


maneira, encontra-se uma expressão geral da Lei dos cossenos:

Da mesma forma, pode-se demonstrar as demais relações:

Aplicação

A Lei dos Cossenos permite calcular o comprimento de um lado de qualquer triângulo conhecendo o
comprimento dos demais lados e a medida do ângulo oposto a esse. Ela também permite calcular todos
os ângulos de um triângulo, desde que se saiba o comprimento de todos os lados.

Exemplos

Considere um triângulo de lados e sendo que o comprimento de é 2 metros e o


comprimento de é metros. Os lados e definem um ângulo de 30º. Calcule o
comprimento de
Resolução
Dada a Lei dos Cossenos, tem-se que e
portanto:
O comprimento de é 1 metro.

Prove por Lei dos Cossenos que o triângulo eqüilátero também é eqüiângulo
Resolução
{\displaysty

Dado um triângulo eqüilátero de lados e por definição tem-se que Sejam


e os ângulos deste triângulo. Aplicando a Lei dos Cossenos:

O mesmo vale para e

Lei dos senos

O seno de um ângulo de um triângulo qualquer é proporcional à medida do lado oposto a esse ângulo.
A saber:

Demonstração

Para demonstrar a lei dos senos, tomamos um triângulo qualquer


inscrito em uma circunferência de raio A partir do ponto pode-se
encontrar um ponto diametralmente oposto e, ligando a formamos
um novo triângulo retângulo em

Da figura, podemos perceber também que porque determinam na


circunferência uma mesma corda Desta forma, podemos relacionar:

Fazendo todo este mesmo processo para os ângulos e teremos as relações:

e em que é a medida do lado oposto a é a medida do lado

oposto a e é uma constante.


Logo, podemos concluir que:

Lei das tangentes

Seja um triângulo não isósceles e não retângulo cujos ângulos


internos e medidas dos lados estão indicadas na figura. A lei das
tangentes estabelece que, para qualquer triângulo que não seja
isósceles nem retângulo, valem as seguintes relações:

Demonstração

Para demonstrar a Lei das tangentes, podemos partir da Lei dos senos:

Usando uma propriedade das proporções, temos que:

Substituindo nessa equação as fórmulas de transformação de soma em produto, temos:

Analogamente, pode-se provar as outras duas relações.


Exercícios

Ver: Matemática elementar/Trigonometria/Lei dos senos e dos cossenos/Exercícios

Resolução de triângulos
Uma das aplicações mais comuns da trigonometria é a resolução de triângulos.

A resolução de triângulos é a operação matemática que, a partir de três elementos de um triângulo,


determina todos outros elementos. Estes elementos podem ser lados, ângulos, perímetro, área, etc.

Os casos mais comuns são representados por uma tríade de letras, usando-se L (para lado) e A para
ângulo. Assim, LLL significa resolver um triângulo no qual são dados três lados, LAA significa resolver um
triângulo no qual é dado um lado, um ângulo adjacente e um ângulo oposto. Nem todos casos são
solúveis: AAA pode ter nenhuma (se a soma dos ângulos não for de 180o) ou infinitas soluções; LLA pode
ter nenhuma, uma ou duas soluções.

LLL

Usa-se a lei dos cossenos para se determinar dois ângulos; o terceiro ângulo sai naturalmente da soma
dos ângulos ser 180o.

LAL

Usa-se a lei dos cossenos para se determinar o lado oposto ao ângulo. Um outro ângulo pode ser
determinado pela lei dos senos ou dos cossenos.

ALA

Determina-se o terceiro ângulo pelos dois ângulos. Os outros lados saem pela lei dos senos.

LAA

Determina-se o terceiro ângulo pelos dois ângulos. Os outros lados saem pela lei dos senos.

LLA

Dois métodos podem ser usados, mas ambos podem não ter solução:
Resolve-se o terceiro lado pela lei dos cossenos - neste caso, a equação é uma equação do segundo
grau, que pode ter nenhuma, uma ou duas raízes.

Resolve-se o outro ângulo (que não é o ângulo formado pelos lados) pela lei dos senos - neste caso, a
equação também pode ter nenhuma, uma ou duas soluções.

Progressões
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Sequências ou progressões são funções do tipo , onde A é o conjunto dos números naturais
ou um subconjunto dos números naturais consecutivos com mais de dois elementos, e B é um conjunto
numérico. Sendo funções, nas sequências existe uma regra geral que permite determinar cada elemento
de B a partir do elemento A, por exemplo:

(2,4,6,8,10) é uma sequência dos números pares de 2 até 10, que pode ser expressa pela função
. Também percebe-se que a função pode relacionar o elemento anterior (an)
com o posterior (an+1) da seguinte maneira: , sendo r uma razão fixa, a razão de
progressão.

Os dois tipos de sequências matemáticas mais comuns são a progressão aritmética, que contém números
tais que o anterior somado a uma razão fixa resulta no posterior, e progressões geométricas, que contém
números tais que o anterior multiplicado pela razão fixa resulta no posterior.

Exemplos:

(1,5,9,13,...) é uma progressão aritmética infinita (o que se indica pela reticiências ...) de razão igual a 4;
(1,3,9,27,81) é uma progressão geométrica finita de razão igual a 3.

1. Progressão aritmética

2. Progressão geométrica

Sequências numéricas

1. Matemática elementar/Sequências numéricas

2. Matemática elementar/Progressões aritméticas

3. Matemática elementar/Progressões geométricas

4. noção de limite de uma sequência


Exercícios resolvidos

1) Ache tres números em P.A crescente,sabendo que a soma é 15 e o produto é 105.

O problema pode ser resolvido assim: Chame de x o primeiro dos 3 números na PA e de r a razão da
mesma. Então os termos são os seguintes: x, x+r, x+2r Como a soma deve ser igual a 15, os números x e r
precisam satisfazer a equação: x + x+r + x+2r = 15 ou seja, 3x + 3r = 15 que se reescreve como x + r = 5

Logo, r = 5-x.

Por outro lado, se o produto de tais números é 105, deve ocorrer: x*(x+r)*(x+2r)=105 ou seja, x*(x+5-x)*
(x+2(5-x))=105 que pode ser reescrito como 50x-5x^2=105

As raízes dessa equação do segundo grau são 3 e 7 e se obtem rapidamente pela fórmula de Bhaskara.

temos que considerar cada um dos casos: x=3 nessa situação, como r=5-x=5-3=2, os termos da PA são 3,
5e7

x=7 deduz-se que r=5-7=-2, donde os termos são 7, 5 e 3

Apenas o primeiro caso representa uma PA crescente, logo a resposta é 3, 5 e 7

2) O perímetro de um triangulo retangulo mede 24 cm.Calcule as medidas dos lados sabendo que eles
estão em P.A.

Sabendo que os lados estão em PA, podemos chamá-los de x, x+r e x+2r, e supor que esta é uma PA
crescente, como no problema anterior. Mas se o perímetro é 24, ou seja a soma dos lados tem esse valor,
então: 3x+3r=24

ou seja x+r=8

donde r=8-x

Mas em todo triângulo retângulo vale o Teorema de Pitágoras, e a hipotenusa é sempre o maior lado,
então: (x+2r)^2=(x+r)^2+(x)^2

ou seja, (16-x)^2=8^2+x^2

ou ainda, 256 - 32x + x^2= 64 + x^2

que é equivalente a 32x=256-64=192

Portanto, x=6 e consequentemente r=8-6=2. Assim a resposta deve ser 6, 8 e 10.


Expressões algébricas
Produtos notáveis são expressões matemáticas padronizadas, em que um produto ou uma potência
pode ser expressa através de uma soma de monômios.

A operação inversa se chama fatoração algébrica, que consiste em expressar um polinômio como o
produto de polinômios (usualmente binômios) mais simples.

O desenvolvimento dos produtos notáveis é um passo fundamental na simplificação de expressões que


envolvem somas ou subtrações, como na resolução de vários tipos de equação.

A fatoração, por outro lado, é fundamental na simplificação de expressões que envolvem a divisão de
polinômios, e também é importante na resolução de equações polinomiais.

Produtos notáveis

Quadrado da soma de dois termos

Exemplos:

Quadrado da diferença de dois termos

Exemplos:

Cubo da soma de dois termos

Exemplos:
Cubo da diferença de dois termos

Exemplos:

{\displaystyle \left({\frac {x}{y}}-{\frac {a}


{b}}\right)^{3}={\frac {x^{3}}{y^{3}}}-{\frac

Exercícios
Ver Matemática elementar/Expressões algébricas/Produtos notáveis/Exercícios.

Fatoração algébrica

Fatoração pelo fator comum em evidência

{\displays

Considere o polinômio , seu fator comum em evidência é , dividindo cada termo do


polinômio pelo fator comum em evidência e , a forma fatorada de um
polinômio pelo fator comum em evidência é igual ao produto do fator comum em evidência pelo
polinômio obtido da divisão de cada termo do polinômio, logo a forma fatorada de
. O fator comum em evidência pode ser aplicado em todos os termos do
polinômio.

Outros exemplos:

Fatoração por agrupamento

Observe o polinômio . Este polinômio não possui um fator comum para ser aplicado
em todo o mesmo, a solução é fazer pequenos grupos de polinômios a partir do polinômio principal,
veja:
, logo podemos fatorar os pequenos grupos formados do
polinômio principal:

{\displaystyle ab-b^{2}+2a-2b=b(a-
, obtemos a fatoração de , nota-se que
os termos entre parênteses são iguais, permitindo uma nova aplicação do fator comum em evidência:
. A forma fatorada de .

Outro exemplo:

Fatoração da diferença de dois quadrados

Considere o polinômio , que é uma diferença de dois quadrados, para fatorar o mesmo
devemos obter a raiz quadrada do primeiro termo menos a raiz quadrada do segundo termo
, logo temos , devemos, agora, multiplicar o polinômio resultante
das raízes dos termos iniciais pelo seu oposto: , logo a fatoração da diferença de dois
quadrados é igual à raiz quadrada do primeiro termo menos a raiz quadrada do segundo termo vezes o
oposto: , ou simplesmente
.

Outros exemplos:

Fatoração do trinômio quadrado perfeito

Considere o polinômio , que é um trinômio quadrado perfeito, pois representa


, mas como saber se um trinômio é ou não quadrado perfeito?

Ainda considerando o polinômio , vamos obter a raiz quadrada do primeiro termo

e a raiz quadrada do terceiro termo , finalmente multiplicamos por dois o


produto das raízes para verificar se o resultado é igual ao segundo termo do polinômio ( ):
, o resultado é igual ao segundo termo do polinômio, logo o mesmo é um trinômio
quadrado perfeito e sua forma fatorada é .
Outro exemplo:

ou

Fatoração da soma ou da diferença de dois cubos

As expressões usadas são:

Observe a multiplicação resolvida através da propriedade distributiva:

, tendo este cálculo como


base, podemos dizer que , logo, a fatoração do polinômio é
igual à raiz cúbica do primeiro termo , mais a raiz cúbica do segundo termo vezes o
quadrado do primeiro termo , o produto dos dois termos com o sinal oposto mais o quadrado
do segundo termo , formando: .

Outros exemplos:

Fatoração do trinômio do segundo grau

Observe o trinômio , cuja forma fatorada é , para realizar sua fatoração


devemos obter dois números que somados dêem o coeficiente do segundo termo do polinômio (-2x) e
multiplicados dêem o terceiro termo do polinômio (-35), e escrevê-los como produto de dois termos
entre parênteses, veja outros exemplos:

Fatoração completa

A fatoração completa implica a união de todos os métodos de fatoração de polinômios para tornar um
polinômio fatorado ao máximo, ou seja, que não pode ser mais fatorado. Considere o polinômio
, que é a diferença de dois quadrados, fatorando-o temos: , note que o
primeiro termo da fatoração [ ] é uma diferença de dois quadrados, devemos fatora-lo:
, assim, temos a fatoração completa
do polinômio .

Outros exemplos:

{\displaystyle a^{2}+2ab+b^{2}-c^{2}=(a+b)^{2}-c^{2}=(a+b-c)

Fatoração por artifício

Em alguns casos, a fatoração só é possível com a utilização de algum artifício. Exemplo;

{\displaystyle

Fatore a expressão algébrica: .

{\displaystyle

Artifício utilizado: Adicionamos e subtraímos o termo , não alterando, assim, o valor da expressão e
possibilitando a obtenção de trinômio quadrado perfeito para a realização da expressão.

Outro exemplo:

Artifício utilizado: soma-se e subtrai-se , obtendo-se logo em seguida uma soma de cubos:

Um passo intermediário que pode ser usado como artifício é a expressao da soma de dois quadrados:
Polinômios irredutíveis

Alguns polinômios não podem ser fatorados, estes são chamados de polinômios irredutíveis, mas o
estudo destes polinômios deve ficar para um livro mais avançado.

Exercícios
Ver Matemática elementar/Polinômios/Exercícios.

Problemas resolvidos

Caso 1

Uma indústria produz apenas dois tipos de camisas: o primeiro com preço de R$45,00 a unidade e o
segundo com o preço de R$67,00 a unidade. Se chamarmos de x a quantidade vendida do primeiro tipo
e de y a quantidade vendida do segundo tipo.

Qual a expressão algébrica da venda desses dois artigos?

Qual o valor se forem vendidos 200 e 300 unidades respectivamente?

Caso 2

O segundo caso de fatoração é: agrupamento, onde há 4 ou mais termos. Temos como exemplo:

ax+ay+bx+by = a(x+y)+b(x+y)= (x+y)(a+b).

Colocamos o 'x+y' em evidência e quem os multiplica também.

Caso 3

Diferença entre dois quadrados.

Caso 4

Trinômio quadrado perfeito.

Caso 5

Soma e produto
Caso 6

Exercícios
Ver Matemática elementar/Polinômios/Exercícios

Fração algébrica

Simplificação

15x²-15xy²=15x(x-y²)

Operações

Adição

Subtração

Multiplicação

Divisão

Referências

Wikipédia

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Polinômios
Definição

Polinômios em uma variável são séries de monômios (ou termos) em uma variável, que por sua vez são
expressões matemáticas na forma (que, no caso de n = 0, torna-se a constante a). Cada monômio é
caracterizado por:

um coeficiente, que na equação acima é representado por a;

uma variável, que na equação é representada por x; e


um expoente natural, que na equação é representado por n. No caso particular n = 0, considera-se que
e o termo torna-se simplesmente a.

Assim, um polinômio é um conjunto de monômios, devidamente normalizados. A expressão mais correta


é função polinomial, mas o uso de polinômio é consagrado. A função polinomial ou polinômio assume a
forma:

{\display

A função constante, é um exemplo de função polinomial, bem como a função linear

Grau

Define-se o grau de um polinômio como igual ao expoente mais alto entre as variáveis de seus
monômios não-nulos. Por exemplo, no polinômio o grau é 3, correspondente ao
expoente mais alto entre as variáveis nos monômios ( ).

Valor numérico

É o valor que se resulta a expressão quando determina-se um valor para as variáveis.

Exemplo

2x + 1 VN = ? Para x=5
VN = 2.5 + 1 = 11,
Raízes

No gráfico acima, as raízes r1 e r2


são mostradas. Reparar que as
raízes são correspondentes a
pontos do gráfico que cortam o
eixo das abcissas.

Raiz ou zero é um valor tal que, atribuído à variável da função polinomial, faz com que a função resulte
em 0, ou seja, se a é dito raiz do polinômio P(x), então

Exemplos de raízes:

tem raiz r = 4 (pois )

tem raiz r igual a -1, pois

Um polinômio de grau n terá n raízes, sempre. Algumas vezes uma mesma raiz se repete, sendo por isso
chamada raiz dupla, tripla, quádrupla, etc. Por exemplo:

tem raiz dupla r igual a 2, uma vez que pode ser fatorado em

Num gráfico representativo da função polinomial, as raízes sempre ocorrem nos pontos em que a curva
cruza o eixo das abcissas.

Obtenção de raízes

Identidade de polinômios

Dois polinômios são ditos idênticos se tiverem o mesmo grau e os monômios correspondentes idênticos,
por exemplo:
Como o desenvolvimento de B(x) resultou num polinômio de termos correspondentes idênticos a A(x),
então os polinômios são idênticos ou equivalentes; indica-se:

Polinômio nulo

Um polinômio é dito nulo quando todos os seus coeficientes são iguais a 0.

Igualdade de polinômios

Diz-se que os polinômios e


são iguais quando para todo

Operações

Adição

Consideremos que tenhamos os fatores:

Todos constantes e com valores diferentes de zero.

Ainda temos:

que são variáveis.

Os polinômios:

A sua adição é efetuada como segue:


Em caso de polinômios compostos por mais de uma variável, tais quais:

A sua adição é efetuada como segue:

Processo:

Para fazer a soma dos polinômios de uma só variável, identificamos os monômios de mesmo expoente e
somamos os fatores dos mesmos, o resultado da soma dos fatores é multiplicado pela parte variável do
monômio, repete-se o processo para todos os monômios até que não haja mais fatores.

Para fazer a soma dos polinômios de várias variáveis, identificamos os monômios com variáveis iguais de
mesmo expoente e somamos os fatores dos mesmos, o resultado da soma dos fatores é multiplicado
pela parte variável do monômio, repete-se o processo para todos os monômios até que não haja mais
fatores.

Subtração

O sinal de negativo (-)antes dos parêntese exige a troca de todos os sinais que estejam dentro dele.

(3x²-2x+5)-(5x-3)=

=3x²-2x+5-5x+3=
=3x²-7x+8

Multiplicação

(15x² - 10x + 2) • (3x - 2)

Nesse caso, multiplica-se todos os termos ou considere:

(15x² - 10x + 2) = A
(3x - 2) = B

donde,
A • B (ou B • A)

A
•B
---
x

donde,

(15x² - 10x + 2)
• (3x - 2)
-----------------
- 30x² + 20x - 4
45x³ - 30x² + 6x +
---------------------
45x³ - 60x² + 26x -4

Portanto, o produto da multiplicação indicada será 45x³ - 60x² + 26x -4.

Divisão

Para realizar-se uma divisão de polinômios, utiliza-se um dos teoremas abaixo:

Método de Descartes

Método do Resto

Método de D'Alembert

Método de Briot-Ruffini

Teoremas

Teorema do resto

O resto da divisão do polinômio P(x) por ax + b é dado por P(-b/a)

Exemplo de resolução 1
Têm-se a seguinte divisão:
1º passo: Determina-se x

2º passo: Substitui-se os valores

Portanto, o resto é 43.

Exemplo de resolução 2
O resto da divisão do polinômio pelo polinômio de primeiro grau é

Observações: Note que é a raiz do divisor

Teorema de D'Alembert

Um polinômio é divisível pelo polinômio de primeiro grau se e somente se,

Aplicações práticas

Equações polinomiais

Definição

Teorema Fundamental da Álgebra

Todo polinômio de uma variável com coeficientes complexos e de grau tem alguma raiz
complexa. Em outras palavras, a equação polinomial tem soluções, não necessariamente
distintas.

Apesar do nome pomposo, um estudo mais aprofundado da Álgebra contemporânea mostra que este
resultado não é assim "tão fundamental". No entanto, no contexto das equações polinomiais, é ele quem
traz a garantia de que existem soluções para esse tipo de equação.
Multiplicidade de uma raiz

Relações de Girard

Teorema das raízes complexas

Fatoração

Lembre-se: Fatorar é simplificar uma expressão a um produto.

Existem várias formas de se fatorar um polinômio, ou seja, escrevê-lo como um produto de expressões
mais simples:

fatoração simples (ou por evidência)

fatoração por agrupamento

trinômios do quadrado perfeito

e outros

Fatoração simples (ou por evidência)

Destacam-se os termos em comum, e coloca-o em evidência, colocando entre parênteses as outras


parcelas entre parênteses na forma de produto, multiplicando-o com o número em evidência

Exemplo
ax + ay + az = a (x + y + z)

Por agrupamento

Agrupam-se os termos em comum. Quando agrupamos os termos, fazemos evidência separadamente


em cada agrupamento.

Exemplo
ax + by + bx + ay =
ax + ay + bx + by =
a (x + y) + b (x + y) =
(x + y) • (a + b)

Trinômio do quadrado perfeito

Esse já é mais complexo, pois, partiremos em etapas explicando através do exemplo.

Fatorar a expressão
Primeiro verificamos se é um Trinômio do quadrado perfeito:

Extrai-se a raiz quadrada dos extremos. Com efeito,

Multiplicam-se os resultados
5 • m = 5m

Multiplica-se o produto obtido por dois


5m • 2 = 10m

Note que 10m é o valor do meio na expressão, isso prova que ela é um Trinômio do quadrado perfeito.

Sendo trinômio do quadrado perfeito


Sendo Trinômio do quadrado perfeito, utiliza-se a fórmula substituindo-se os valores por
ordem. O binômio representará uma adição caso o sinal do meio da expressão inicial for o sinal de
mais (+), ou será uma subtração caso o sinal do meio da expressão inicial for o sinal de menos (-). Com
efeito,
(m - 5)²

Esse é o valor fatorado da expressão inicial.

Equação do segundo grau


Lembre-se: Da fórmula ax² + bx + c .

A expressão abaixo se encaixa na fórmula acima.

x² - 8x + 15

Observações: Fórmula da fatoração das Equações do segundo grau:


a (x - x1) • (x - x2)

Aplica-se a fórmula da fatoração das equações do segundo grau. Onde,

x1 = 3
x2 = 5

Por tanto, a fatoração de tal expressão resulta em:

1 (x - 3) • (x - 5)
(x - 3) • (x - 5)

Exercícios
Matemática elementar/Polinômios/Exercícios
Exercícios
A seguir são sugeridos alguns exercícios sobre fatoração de polinômios.

Fatore os seguintes polinômios:

8
9

10

11

12

13

14

15

16

17
18

19

20

Enviar

Para fatorar os polinômios indicados nos próximos exercícios, é necessário conhecer a solução da
equação do segundo grau:

4
5

Enviar

Respostas
O leitor pode conferir as respostas dos exercícios anteriores digitando-as nos campos indicados e
clicando em "Enviar". As respostas fornecidas utilizam o asterisco * para representar a multiplicação, ou
então a simples justaposição das expressões. Devido a uma limitação do sistema utilizado na produção
do questionário acima, pode acontecer que ele acuse incorretamente um erro quando sua resposta
diferir da que foi indicada apenas por causa da ordem um termo da resposta. Em caso de dúvida,
também pode conferir as respostas utilizando um dos diversos softwares de álgebra computacional
existentes (se quiser uma uma lista de aplicativos deste tipo, pode consultar esta página da Wikipédia
inglesa).

Por exemplo, com o programa Maxima consegue-se o resultado da fatoração de


inserindo o comando

factor (3*a*x^2 - 18*a*x + 27*a);

Também é possível obter a resposta utilizando ferramentas gratuitas disponíveis na internet, como o
Wolfram Aplha. Basta usar o mesmo comando factor seguido do polinômio que deseja fatorar, e a
resposta é calculada em seguida. Veja as respostas para alguns dos exercícios acima, calculadas pelo
Wolfram Alpha:

(http://www.wolframalpha.com/input/?i=factor+2x%2B2y)

(http://www.wolframalpha.com/input/?i=factor+(3*a*x^2+-+18*a*x+%2B+27*
a);)

As respostas dos demais exercícios é obtida de maneira análoga.

Equações algébricas
Definição
Uma equação é uma igualdade de expressões matemáticas, que pode ser utilizada no estudo das
funções, nomeadamente das suas raízes. Pelo menos uma da expressão contém uma ou várias incógnitas
(variáveis), cujo valor é denominado de solução ou soluções da equação.

Cada uma das expressões pode ser considerada como função matemática (p.e. f(x) e g(x)), e partilhar as
suas propriedades, em que cada operação efetuada sobre uma das expressões, terá que ser replicada na
outra

Raiz
Se as equações forem polinomiais, i.e., compostas por polinômios, o grau n da equação é o mesmo que
o maior expoente encontrado de ambos polinômios, e a sua solução admite no máximo n raízes. A raiz
de uma equação é o valor com o qual a incógnita anula a equação.

Multiplicidade de raízes

Número de raízes de uma equação


Relações entre coeficientes e raízes, Equações algébricas com coeficientes reais - pesquisa de raízes
racionais, raízes complexas conjugadas.

Exemplo
Um exemplo de como completar quadrado:

Temos a seguinte equação:

Agora imagine a equação:

Vamos tentar transformá-la em um quadrado da soma.

Perceba que

Esse menos 16 é para subtrair do 16 que se forma no produto notável de

,
é só isso, o método de completar quadrados é simplesmente você transformar os números em um
quadrado da soma.

Casos particulares

Equação do 1º grau com 1 incógnita

Sistemas do 1º grau

Problemas do 1º grau

A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada um deles, sabendo-se que
André é 4 anos mais novo do que Carlos.

Solução: Primeiro passamos o problema para a linguagem matemática. Vamos tomar a letra c para a
idade de Carlos e a letra a para a idade de André, logo . Assim:

Resposta: Carlos tem 13 anos e André tem 13-4=9 anos.

Equação do 2º grau com 1 incógnita

Aqui mostraremos como se pode deduzir a famosa fórmula para a resolução de equações do segundo
grau, também conhecida como fórmula de Bhaskara.

Evolução
, donde

a multiplica os termos:
{\displ

aqui tornou-se .

aqui temos como X1 e como X2.

então,

x = x1 x = x2

por fim, e (x) é representado pela seguinte fórmula:

Exercícios

Exercícios de aplicação da Fórmula de Bhaskara.

1. Determine o conjunto solução, nos reais, das equações seguintes, usando a fórmula de Bhaskara
{\displaystyle x^{2}-2\
1.

{\displaystyle y^{2}-6\
2.
{\displaystyle x^{2}-7\ x-
3.

{\displaystyle -
4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

Exemplo 2 (2+X)(X+1)=2x+2+x.x+x

=x.x+3x+2=0
a=1
b=3
c=2

Aplicando na fórmula teremos:

Delta=b.b-4.a.c
Substituindo os valores na fórmula teremos: Delta=3×3-4×1×2 Delta =9-8 Delta=1

X1=-b+√delta/2.a

Substuindo history para x1.:

X1=-3+√1/2×1 X1=-3+1/2 X1=-2/2 X1=-1

X2=-b-√delta/2×a X2=-3-√1/2×1 X2=-3-1/2 X2=-4/2 X2=-2

Equação frigate agradesso quem a very beijinho de Cristiamo


Sistemas do 2º grau

Problemas do 2º grau

Num jantar de confraternização, seria distribuído, em partes iguais, um prêmio de R$ 24.000,00 entre os
convidados. Como faltaram 5 pessoas, cada um dos presentes recebeu um acréscimo de R$ 400,00 no
seu prêmio. Quantos foram convidados a este jantar?

Solução

x = número de convidados
24.000/x = prêmio recebido por cada um se não houvesse faltas
24.000/(x-5) = prêmio recebido por cada um, como faltaram 5 pessoas
24.000/x+400=24.000/(x-5) ===> cada um dos presentes recebeu mais 400
simplificando a equação:
dividindo os termos por 400
60/x + 1 = 60/(x-5)
mmc: entre x e x-5 = x.(x-5)
60 (x-5) + x.(x-5) = 60.x
60x - 300 + x² - 5x - 60x = 0
x²-5x-300 = 0
aplicando a fórmula de Bhaskara:
x' = 20, x" = -15(raízes negativas não servem)

Resposta: 20 pessoas foram convidadas...

Equação biquadrada

Uma equação biquadrada é um equação do quarto grau que não possuem termos de grau ímpar:
A técnica para resolver esta equação consiste em reescrever a equação como uma expressão em y de
forma que:

Assim a equação biquadrada transforma-se numa equação do segundo grau em y:

Exercícios

Ver Matemática elementar/Expressões algébricas/Equação biquadrada/Exercícios

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Leitura complementar
Gilberto G. Garbi. O Romance das Equações Algébricas. 3ª ed. São Paulo: Livraria da Física. 2009. ISBN
8588325764

Gilberto G. Garbi. A rainha da Ciências: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática.
Livraria da Física, 2006. ISBN 8588325616

Médias
Em Matemática, existem quatro tipos de médias.

Média: a média de um conjunto de números é o valor numérico de tendência central que representa
este conjunto.

Média Aritmética simples


Observações: A média Aritmética simples é mais conhecida por simplesmente média Aritmética.

É a razão entre a soma de todos os elementos de um conjunto e a quantidade de elementos deste


conjunto.

Matematicamente

a + b + ... + z (n termos)
Média aritmética simples →

Exemplo

A = {3,5,9,12} =

Média Aritmética Ponderada

Observações: A média Aritmética Ponderada é mais conhecida por simplesmente média Ponderada.

É a razão do somatório dos produtos entre elementos e seu respectivo peso e, a soma dos pesos.

Exemplo
João tirou 8 em Matemática e 9 em Português. Ele fará uma média Ponderada dando peso 3 à
Matemática e peso 1 à Português. Qual será a média?
PM → M=8 → PM=3
PP → P=9 → PP=1

Média Harmônica
É o inverso da média Aritmética dos inversos dos números.

Exemplo
2e3

Média Geométrica
É a raiz n-ésima (ou enésima) do produto dos n números.

Exemplo

Sistemas lineares
Definição
Sistemas lineares são conjuntos de equações lineares. Uma equação linear, por sua vez, é toda equação
que pode tomar a forma:

Por exemplo, 5x + 2y + z = 12 ou 0,2x - 15y = 0. Na equação linear sempre aparecem coeficientes e


variáveis. No primeiro exemplo, os coeficientes são 5, 2 e 1 (implícito), e as variáveis são x, y e z.

As equações lineares podem ter um grupo de valores que, substituindo as variáveis, as tornam
verdadeiras. Por exemplo:

O conjunto de valores (2,1,0) torna essa equação verdadeira:

Os valores que tornam a equação linear verdadeira são chamados soluções da mesma.

O sistema linear é composto por duas ou mais equações, geralmente apresentadas no seguinte formato:

Para estas equações pode haver um conjunto de valores que só serão a solução do sistema se forem
solução de cada equação. Assim, no sistema:

Percebe-se que a solução única capaz de satisfazer a ambas as equações é o par (2,4). O sistema acima é
chamado de sistema linear a 2 incógnitas, e portanto admite soluções que são pares ou duplas. De modo
genérico, um sistema será linear a n incógnitas (ou variáveis) e terá por solução uma n-upla (lê-se
"enupla") do tipo (α1, α2, α3, ... αn). Conforme veremos mais adiante, um sistema apresenta melhores
condições de ser resolvido (ou seja, de ter sua solução encontrada) caso tenha um número de equações
igual ao número de incógnitas.

Classificação
Os sistemas lineares podem ser classificados quanto a possibilidade de obtenção de soluções, dentro do
conjunto numérico ao qual os sistemas devem ser resolvidos. Inicialmente, encontramos dois tipos de
sistemas:
impossíveis (ou inconsistentes) são os sistemas que não têm solução, geralmente por conterem
equações lineares que se contradizem. Por exemplo:

Observar que as equações apresentam o inconveniente de apresentar a mesma soma, mas com
resultados diferentes, o que leva à impossibilidade de resolver o sistema. O sistema impossível (SI)
sempre resulta numa contradição. Vale ressaltar que o conjunto numérico ao qual a solução
pertence é fundamental na determinação da possibilidade do sistema; por exemplo:

É considerado impossível dentro do conjunto dos números naturais, pois não há nenhum número
natural que somado em dobro 2y a outro número natural x resulte em um valor menor do que ele
próprio y somado ao mesmo número x. A solução real, (14,-2), é descartada se restringirmos a
solução ao conjunto de números naturais (-2 não é natural).

possíveis (ou consistentes) são todos os sistemas que não levam a uma contradição, e portanto
admitem soluções dentro do conjunto numérico ao qual estão designados. Os sistemas possíveis, por
sua vez, se subdividem em dois tipos:
possíveis determinados (SPD) são os sistemas que possuem apenas uma solução; é possível
identificar uma n-upla capaz de resolver todas as equações, única. Como exemplo, além daquele
citado na seção anterior, o sistema:

Permite como solução real a dupla (-6, 8).

possíveis indeterminados (SPI) são os sistemas que permitem infinitas soluções, porque
apresentam os chamados graus de liberdade, ou seja, permitem soluções arbitrárias. Por exemplo,
o sistema:

Permite uma infinidade de soluções como (10,2), (12,4), (19,11), etc. Em todas elas, basta que a
relação entre o primeiro elemento e o segundo seja (α,α - 8). Também é indeterminado o sistema:

Pois apresenta mais incógnitas do que equações, sendo por isso impossível "trabalhar" as incógnitas
de modo a obter valor preciso para cada uma. A solução é qualquer tripla do tipo (α, 8 - α, -2).
Observar que o terceiro elemento pode ser definido, mas não os dois outros, de modo que essa é a
mesma situação do sistema indeterminado do exemplo anterior.

Sistemas equivalentes
Diz-se que dois sistemas lineares são equivalentes se, e somente se, apresentam a(s) mesma(s) n-upla(s)
como solução(ões). Assim, os sistemas:

Ambos apresentam como solução (-1, 2). Ambos são sistemas equivalentes, portanto.

Um sistema equivalente constitui, de certo modo, apenas um desenvolvimento de outro sistema, das
equações desse outro sistema devidamente transformadas. A relação de equivalência está presente
desde situações mais óbvias (quando dois sistemas são em tudo iguais, exceto pela ordem das equações
lineares, por exemplo) até situações mais complexas, nas quais é preciso multiplicar e somar as equações
para obter as mesmas equações de outro sistema. No exemplo dado, o segundo sistema foi formado a
partir de duas equações:

é a subtração de por

é a subtração de por

A equivalência de sistemas é fundamental para transformação dos mesmos, e eventual resolução por
método de escalonamento, que será discutido mais adiante.

Resolução de sistemas
Os sistemas lineares podem ser resolvidos (ou seja, ter a solução encontrada) através de diferentes
métodos. Aqui examinar-se-á o método de escalonamento, e no próximo capítulo, o método ou regra de
Cramer, que utiliza-se de matrizes.

O método do escalonamento permite resolver sistemas lineares de n equações a n incógnitas. Caso


existam mais incógnitas do que equações, o método não funcionará, ou seja, ele não permite resolver
sistemas com grau de liberdade maior ou igual a 1. Já os sistemas com mais equações do que incógnitas
podem ser resolvidos, desde que não hajam contradições que o tornem SI.

Escalonamento
Classificado o sistema como SPD ou SPI, pode ser feito o escalonamento, que consiste basicamente em
deixar as equações do sistema na forma:

Ou seja, o sistema deve ter diversas equações, cada uma com um número crescente ou decrescente de
incógnitas, de modo que a última se reduza a apenas uma incógnita. Isso é feito com as transformações
adequadas – sempre é possível "zerar" uma das incógnitas na equação pela soma/subtração da equação
anterior que contenha essa incógnita. Exemplificando:

Inicialmente, vamos eliminar o termo composto pela variável x nas duas últimas equações, a partir da
primeira. Para tanto, inicialmente multiplicamos a segunda equação por -2 e a terceira por 4. Depois,
somamos as equações a primeira e obtemos:

A continuar o processo, pode-se trabalhar a segunda e a terceira equação linear para obter na terceira
uma equação a uma variável, que arbitrariamente escolhemos ser z. Para tanto, vamos multiplicar a
segunda equação por -3, e então somá-la à terceira equação:

A partir desta última equação, e em geral em qualquer sistema resolvido por escalonamento, é possível
encontrar o valor de uma primeira variável, no caso específico:

Substituindo o valor encontrado para z na equação da segunda linha, temos:

Por fim, é possível substituir esses dois valores na primeira equação:


A solução do sistema é, portanto, (-4,1,1).

Assim resolvem-se os sistemas lineares pela técnica do escalonamento: progressivamente vão obtendo-
se os valores das variáveis, até que todas as equações possam ser resolvidas. Trata-se de um método
prático, que inclusive é utilizado em computadores para resolução de sistemas lineares (embora o
enfoque computacional seja um tanto mais complicado e envolva matrizes).

Sistemas com grau de liberdade

É usado na estatística

Método de Gauss

O método de Gauss é um método geral de resolver sistemas de equações lineares, consistindo de uma
sequência de passos simples que reduzem o sistema até que a solução se torna óbvia.

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Sistemas de equações algébricas


Definição
Sistemas de equações algébricas são conjuntos de equações algébricas. Em tais equações, admite-se
qualquer operação matemática. Por exemplo, em

ocorre o produto de variáveis.

Diferentemente de um sistema de equações lineares (formado por linhas - retas), nas equações
algébricas os gráficos têm inúmeras formas. Estes apresentam essencialmente curvas, e podem ter várias
soluções. O número de soluções de um sistema de equações algébricas é dado pelo número de
intersecções que existem num gráfico. Exemplos:
O sistema O sistema linear O sistema O sistema

não tem solução. tem uma solução. tem duas soluções. tem três soluções.

O sistema O sistema O sistema O sistema

tem quatro soluções. tem cinco soluções. tem seis soluções. tem oito soluções.

Resolução
A solução de um sistema com duas equações são as coordenadas das intersecções nos gráficos.
Portanto, a solução de x e y em um sistema qualquer é (x, y) da intersecção. Para um sistema com três
variáveis, pode-se considerar um terceiro plano z para o gráfico.

Para determinar tais coordenadas, utiliza-se o método da substituição. Por exemplo, no sistema

isola-se uma das variáveis:

Em seguida, substitui-se este novo resultado na equação seguinte:


Eliminada uma variável, pode-se descobrir o valor da primeira:

Para descobrirmos o valor de y, neste caso, utilizaremos a famosa fórmula de Bhaskara:

Substituiremos y por tais valores na primeira equação:

Assim, temos duas soluções para este sistema: (2; 3) e (3; 2).

Sistemas com várias equações


Um sistema com n equações pode possuir até n variáveis para que se possa determinar o valor de cada
incógnita. Nestes casos, as intersecções devem ocorrer entre todas as equações envolvidas. Exemplo:

Falhou a verificação gramatical (SVG (MathML pode ser ativado através de uma extensão do
''browser''): Resposta inválida ("Math extension cannot connect to Restbase.") do servidor
"http://localhost:6011/pt.wikibooks.org/v1/":): {\displaystyle \begin{cases}x + y = 0 \\ x^2 - y =
0 \\ x^2 + (y - 1)^2 = 1 \end{cases} }

Primeiramente, isolaremos uma incógnita em uma das equações. Optaremos pela primeira equação, por
ser mais simples. Também, resolveremos a terceira equação:

Substituiremos a incógnita isolada x por -y nas demais equações:

Realizando a fórmula de Bhaskara, obteremos as raízes 0 e 1 na segunda equação. Na terceira, teremos 0


e -2. Já que a solução de um sistema é a intersecção dos gráficos, as raízes devem repetir em todas as
equações. Portanto, a única raiz compatível é zero. Substituiremos os resultados compatíveis (neste caso,
zero) em uma equação qualquer. Optaremos pela primeira:
Assim, obtivemos o primeiro par ordenado: (0; 0). Agora, substituiremos a incógnita -y por x (ou y por -x)
na segunda e na terceira equação:

Através da fórmula de Bhaskara, obteremos as raízes 0 e -1 na segunda e na terceira equação. Deste


modo, ambos os resultados são compatíveis. Pelo fato de já termos substituído 0 na primeira equação no
processo anterior (em que se descobriu o primeiro par ordenado), resta apenas substituir por -1.
Optaremos, novamente, pela primeira equação:

Conclui-se que (-1; 1) também é uma solução do sistema.

Exercícios
Matemática elementar/Sistemas de equações algébricas/Exercícios

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Equações irracionais
Uma equação irracional é uma equação onde existem polinômios e raízes.

Por exemplo:

Uma definição mais precisa seria: uma equação algébrica irracional é uma equação onde existem
funções racionais e inversas de funções polinomiais.

Solução
Um dos métodos de solução é isolar, em um dos membros da equação, os termos que incluem raízes, e
elevar ambos os membros a uma mesma potência que elimine a raiz. No entanto, este procedimento não
produz uma equação equivalente a original, mas sim uma equação que possui entre as suas soluções os
valores que resolvem a equação inicial.

Por exemplo, quando se tem a igualdade entre uma certa expressão e outra expressão , pode-se
concluir que Por outro lado, é perfeitamente possível que duas expressões tenham os
quadrados iguais, sem que elas próprias sejam iguais. Este é o caso, por exemplo, quando se tem
, pois para a maioria dos números, (a igualdade só vale para ). Assim, se
durante a resolução ambos os membros forem elevados a uma certa potência, será necessário checar se
os valores obtidos como solução para a nova equação são também soluções da equação inicial.

Acompanhe o próximo exemplo:

Isolando a raiz, elevando ao quadrado e resolvendo:

Esta equação do segundo grau possui duas soluções, a saber: e . Isto não significa que ambos estes
números sejam soluções da equação original, pois com os cálculos realizados até agora só é possível
dizer que "se for uma solução para a equação original, então tem que ser igual a ou igual a ".

Resta então saber se algum destes números verifica a equação proposta:

, logo 3 também é uma solução da primeira equação.


, logo 0 não é uma solução da equação inicial.

Portanto, a única raiz é "x = 3

Exercícios
Matemática elementar/Equações irracionais/Exercícios

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Matrizes
Matrizes

Conceito

Uma matriz pode ser entendida como um conjunto de mn (m multiplicado por n) números,
dispostos em m linhas e n colunas, conforme figura ao lado.
Notação
Matrizes devem ser escritas com parênteses ou colchetes à esquerda e à direita, sendo as duas
maneiras equivalentes.

Uma matriz é indicada por uma letra maiúscula.

Seus elementos são indicados usando a mesma letra, porém minúscula, com a linha e coluna usados
como índice (nesta ordem). Assim, o elemento da 3ª coluna na 2ª linha da matriz A será .

Assim, na matriz acima, de 2 linhas e 3 colunas, temos:

Ordem de uma matriz

Ordem de uma matriz refere-se ao seu número de linhas e colunas. É apresentada na notação m×n,
onde m é o número de linhas e n o de colunas. Lê-se "m por n".

Assim, a matriz A acima é de ordem 2×3.

Adição e subtração

Esta operação só pode ser feita com matrizes de mesmo número de linhas e mesmo número de colunas
(mesma ordem). Sejam duas matrizes e .

Então a matriz é uma matriz mn tal que cada elemento de é dado por:

. Ver exemplo ao lado.

Multiplicação por um escalar

Seja a matriz e um escalar. A matriz

é uma matriz m×n tal que cada elemento de é dado por:

Algumas propriedades das operações anteriores

Sejam e matrizes e e escalares. Então:

e .
E, também, se e então .

Matrizes nulas

Matriz nula é aquela cujos elementos são todos nulos.

matriz identidade é matriz na qual se e zero nos demais casos. Ou, de outra
maneira, é a matriz na qual todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais são
nulos.

Matrizes especiais
Matriz linha é a matriz em que o número de linhas é igual a 1.

Matriz coluna é a matriz em que o número de colunas é igual a 1.

Matriz quadrada é a matriz em que o número de linhas é igual ao número de colunas.

Matriz unitária é a matriz em que obedece a relação ( ).

Matriz transposta ( ) da matriz é a matriz obtida pela permutação das linhas e colunas de . Ou
seja, cada coluna de será uma linha de e cada linha da matriz original será uma coluna da
transposta.

Multiplicação de matrizes

Sejam as matrizes e (o número de colunas da primeira deve ser igual ao número de linhas da
segunda).

O produto AB é dado pela matriz cujos elementos são calculados por:

Veja os cálculos para o exemplo da figura acima.

Ordem dos fatores


Se A e B são matrizes quadradas (igual número de linhas e colunas), ambos os produtos AB e BA podem
ser calculados.

Entretanto, na multiplicação de matrizes, a ordem dos fatores não é indiferente. Em geral, .

Se AB = BA, as matrizes são ditas comutativas......

Algumas propriedades do produto de matrizes

Sejam as matrizes A, B e C.

1. Se os produtos A(BC) e (AB)C são possíveis de cálculo, então A(BC) = (AB)C.

2. Se os produtos AC e BC são possíveis, então (A+B)C = AC + BC.

3. Se os produtos CA e CB são possíveis, então C(A+B) = CA + CB.

4. Se é a matriz unitária conforme já mencionado, então: e .

Matriz inversa

Sejam as matrizes quadradas e .

Se , onde é a matriz unitária conforme já visto, então B é chamada de matriz inversa


esquerda de A.

Para achar a matriz inversa:

Por exemplo, seja a matriz A ao lado e desejamos saber sua inversa esquerda B. O primeiro passo é
acrescentar uma matriz unitária no lado direito de A.

Agora, o objetivo é somar ou subtrair linhas multiplicadas por coeficientes de forma a obter a matriz
unitária no lado esquerdo (processo de Gauss-Jordan).

1ª linha = 1ª linha + 2ª linha multiplicada por -1.

2ª linha = 2ª linha + 1ª linha multiplicada por -1.

3ª linha = 3ª linha + 1ª linha multiplicada por -2.

3ª linha = 3ª linha + 2ª linha multiplicada por -3.

3ª linha = 3ª linha multiplicada por -1.

2ª linha = 2ª linha + 3ª linha multiplicada por -1.

E a matriz inversa é a parte da direita.


Determinantes

Determinantes de 2ª ordem

O conceito de determinante está ligado ao de matriz, embora seja completamente distinto: enquanto
matriz é o conjunto de elementos conforme já mencionado, determinante é o resultado de uma
operação aritmética com todos os elementos de uma matriz, que obedece a uma determinada regra. Só
se aplica a matrizes quadradas.

O prefixo det é colocado antes da matriz para indicar determinante. Ou, de forma mais compacta, os
colchetes na matriz são substituídos por barras verticais para o mesmo efeito.

Para calcular um determinante de uma matriz (determinante de 2ª ordem):

Seja . Então

Determinantes de ordens superiores

Para determinantes de 3ª ordem, há um método conhecido como regra de Sarrus. Considere a matriz:

Exemplo para 3ª ordem.

Quando a ordem é superior a 3, não há algoritmos simples a ponto de poderem ser generalizados por
uma fórmula. Há, no entanto, dois métodos de decomposição que reduzem um determinante a
determinantes de ordens menores. Um deles é conhecido como Teorema de Laplace, e vale para
qualquer matriz. Outro método, mais simples, é a regra de Chió, mas há algumas restrições para que ele
funcione numa matriz.

Regra de Chió

Teorema de Laplace

O Teorema de Laplace permite expandir um determinante de ordem em uma soma de


determinantes de ordem . A descrição do procedimento é a seguinte:

Considera-se uma fila (linha ou coluna) qualquer da matriz; somam-se os produtos de cada elemento
desta linha por seus respectivos cofatores. O cofator de um elemento, por sua vez, é definido como o
determinante da matriz que resta da eliminação da linha e coluna que passam pelo elemento,
multiplicado pelo fator sinal ― negativo se a soma do índice da coluna com o índice da linha
for ímpar, e positivo do contrário. O processo pode ser repetido indefinidamente, até chegarmos num
determinante que possa ser calculado trivialmente.

Para deixar o processo mais claro, considere uma matriz . Podemos escolher

qualquer linha ou coluna para calcular o determinante; vamos, por comodidade, escolher a segunda
coluna, pois ela contém um zero ― o que nos dispensa de calcular um determinante, já que este seria
multiplicado por zero. Então

Você pode verificar que esse mesmo valor será obtido se usarmos a expansão de Laplace por outra
coluna ou linha, e também se usarmos a regra de Sarrus. De fato, podemos provar, algebricamente, que a
regra de Sarrus é equivalente ao uso do teorema de Laplace para um determinante de ordem 3.

Algumas propriedades dos determinantes


1. Mantidas as ordens dos elementos, um determinante não se altera se linhas e colunas são trocadas
(ou seja, ).

2. Se duas linhas ou duas colunas são trocadas entre si, o determinante muda de sinal.

3. Se os elementos de duas linhas ou colunas são iguais entre si ou proporcionais entre si, o
determinante é nulo. Se uma das linhas ou colunas contiver apenas zeros, o determinante também
será nulo. Mais genericamente, o determinante é nulo se uma fila for uma combinação linear das
outras filas.

4. Se os elementos de uma mesma linha ou coluna têm um fator de multiplicação comum, ele pode
ser colocado em evidência.

5. Generalizando a propriedade anterior, se uma matriz n x n tiver todos elementos multiplicados por
k, então seu determinante será multiplicado por kn

6. Um determinante não se altera se aos elementos de uma linha ou coluna são somados ou
subtraídos os elementos (ou múltiplos deles) de outra linha ou coluna.

7. O determinante de uma matriz é igual ao da sua transposta

8. Ao trocarmos duas linhas ou colunas, o valor do seu determinante é multiplicado por (-1)
9. O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto os elementos da diagonal

10. O determinante do produto de duas matrizes é igual ao produto dos determinantes destas matrizes
(Teorema de Binet)

Exemplo de aplicação de determinantes

Seja o sistema de equações lineares

e o determinante

e os determinantes , e , obtidos substituindo-se, respectivamente, as colunas dos coeficientes


de , e pela coluna dos termos independentes:

Então a solução do sistema é dada por:

Esse método costuma ser chamado de método de Cramer.

Ver também
Álgebra linear/Matrizes (livro com conteúdo mais avançado)

Análise combinatória
Análise combinatória
Análise combinatória é a parte da matemática que estuda os métodos de contagem.

A operação fatorial
A função fatorial é uma função que admite apenas um único argumento. Para esse argumento,
chamemos-lhe , a função fatorial procura todos os números menores ou iguais a e maiores que e
multiplica-os entre si. Adicionalmente, é preciso dizer que tanto como pertencem ao conjunto dos
números naturais (com uma pequena diferença, inclui o número zero, não) e que a função fatorial
é representada pelo símbolo/operador (ponto de exclamação). Definindo tudo isto formalmente:

Mas esta função ainda não nos diz muito acerca do que é de o fatorial de um número, diz-nos apenas
como a representar e qual o seu domínio. Assim, não nos é possível saber para um dado valor qual o
valor de .

A definição correta de fatorial é dada pelo operador produtório da seguinte forma:

Note-se que aqui o valor já não é incluído como um possível valor de .

Isto significa precisamente aquilo que já foi dito antes. Neste caso, a função produtório começa por
atribuir a o valor de ; de seguida, vai multiplicar esse mesmo valor pelo próximo valor de , ou seja, ;
esta operação repete-se até que o valor de seja igual ao valor de . Dito isto, uma forma mais simples
de definir a função fatorial seria:

Embora a definição mais utilizada seja:

Estas duas definições são exatamente iguais, apenas muda a ordem pela qual as parcelas aparecem.

Exemplos

ou
mas

Acontece que, embora esta função não esteja definida para , foi estipulado que o fatorial do
número zero é um. Portanto:

O que equivale a dizer "0 fatorial está definido como sendo 1".

Operações com fatoriais


Se reparar nos exemplos anteriores, não é mais do que , o que já nos indica uma operação
relativa a fatoriais: a fatorização.

Ainda outra maneira de definir a função fatorial, é utilizar uma função recursiva:

ou, por outro lado:

Princípio fundamental da contagem


Se um determinado acontecimento ocorre em n etapas diferentes, e se a primeira etapa pode ocorrer de
p1 maneiras diferentes, a segunda de p2 maneiras, a terceira de p3 maneiras, até pn, o número total de
maneiras de ocorrer o acontecimento é :

T = p1 × p2 × p3 × ...× pn ×

Ex.: Se tivermos um dado de 4 faces e um de 6 faces, logicamente, o primeiro pode apresentar 4


resultados diferentes, e o segundo, 6. Os dois juntos podem apresentar, então, 6*4=24 resultados
diferentes.

Permutações simples
Permutações são os agrupamentos de um determinado número de elementos variando apenas a sua
ordem. Ex.:

XYZ, XZY, YXZ, YZX,ZXY, ZYX. O número de agrupamentos de uma permutação simples de n elementos é
dado por n!.

Ex.: De quantas formas podemos agrupar as sete cores do arco-íris? R: 7! = 5040

Permutações com elementos repetidos


Se formos fazer permutações com n elementos, mas existe um elemento repetido 'a' vezes, outro 'b'
vezes, outro 'c' vezes, etc, o número de possibilidades de permutações é:

Pn(a,b,c) = n! / (a! b! c!)

Determine o número de anagramas (combinações de letras formando palavras com ou sem sentido) que
podemos formar com PATA. E com MACACA. R: P1= 4!/2! = 12 P2= 6!/(3!*2!) = 60

Obs.: Exemplos de anagramas com PATA: AAPT, AATP, APTA, ATPA, PTAA, TPAA, PATA, TAPA, APAT, ATAP,
PAAT, TAAP.

Arranjos simples
Imagine que temos um conjunto de 'n' elementos. O arranjo simples de taxa 'K' é todo agrupamento de
'K' elementos distintos, podendo variar a ordem em que aparecem.

Ex.: A={X,Y,Z}

arranjo de taxa 1: X,Y,Z. arranjo de taxa 2: XY, YX, XZ, ZX, YZ, ZY. arranjo de taxa 3: XYZ, XZY, YXZ, YZX,
ZXY, ZYX.

O número total de arranjos de 'n' elementos, taxa 'K' é:

Quantos anagramas de três letras podemos formar pelo nosso alfabeto (com 26 letras)? Resposta:

Combinações simples
As combinações são parecidas com os arranjos, mas apenas há a preocupação com a existência do
elemento (não com a ordem). Ex.:

Combinações de taxa 1 do conjunto A={A,B,C,D} A, B, C, D.

Combinações de taxa 2 do conjunto A={A,B,C,D} AB, AC, AD, BC, BD, CD.

Combinações de taxa 3 do conjunto A={A,B,C,D} ABC, ABD, ACD, BCD.

Combinações de taxa 4 do conjunto A={A,B,C,D} ABCD.

A fórmula é:

Ex.: Um jogo possui um cartão com 60 números. Deve-se marcar 6 deles. De quantas forma pode-se fazer
isso? Resposta:

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Probabilidade
A palavra probabilidade origina-se do Latim probare (provar ou testar). Informalmente, provável é uma
das muitas palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo também substituída por
algumas palavras como “sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”, dependendo do contexto.

Noção e distribuição de probabilidades

Probabilidade condicional
Ao lançar uma moeda, sob certas condições, podemos calcular, com certeza a velocidade com que ela
atingirá o solo. Repetindo esse lançamento nas mesmas condições, obtemos o mesmo resultado. Os
experimentos em que podemos determinar os resultados nas diversas vezes que repetimos são
denominados experimentos determinísticos.

Contudo, se observarmos um outro aspecto do mesmo lançamento e quisermos determinar qual das
faces da moeda cairá voltada para cima, não conseguiremos determinar com clareza se sairá cara ou
coroa, pois, em lançamentos sucessivos e em condições idênticas podemos descrever todos os
resultados possíveis (no caso da moeda, cara ou coroa).

Experimentos que têm essa característica são chamados experimentos aleatórios. Por exemplo:
Lançar um dado e observar a face virada para cima.

Retirar e observar uma carta de um baralho.

Sortear uma bolinha no bingo e verificar o número.

Eventos independentes

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Geometria plana
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Tópicos
Conceitos geométricos
Ângulos
Retas no plano
Triângulos
Polígonos
Circunferência e círculo
Construções geométricas usando régua e compasso
Áreas e volumes

Conceitos geométricos
Geometria plana

Conceitos geométricos primitivos

A Geometria Plana e a Geometria Espacial baseiam-se nos chamados conceitos geométricos primitivos.
Define-se como conceito primitivo toda aquele que não admite definição, isto é, o conceito que é aceito
por ser óbvio ou conveniente para uma determinada teoria. Normalmente, em Matemática, os conceitos
primitivos servem de base para a construção de postulados (ou axiomas) que formarão, por sua vez, a
estrutura lógica e formal da teoria.

Ao contrário do que se pensa, conceitos primitivos existem não somente em Matemática, mas em Física
também. Exemplos desses conceitos são os conceitos de força e velocidade.

Os conceitos geométricos primitivos são os seguintes:


1. Ponto: é o conceito geométrico primitivo fundamental. Euclides o definiu como "aquilo que não
tem parte". Ou seja, para Euclides é o conceito de "parte", e não de "ponto", que é primitivo.
Imagine o ponto o menor que você puder. Diz-se que o ponto não tem dimensão (é
adimensional), ou seja, ele é tão ínfimo quanto quisermos, e não faz sentido mencionar qualquer
coisa sobre tamanho ou dimensão do ponto. A única propriedade do ponto é a localização.
Representa-se o ponto por uma letra maiúscula qualquer do alfabeto latino.

2. Linha: Imagine um pedaço de barbante sobre uma mesa, formando curvas ou nós sobre si mesmo:
este é um exemplo de linha.

3. Reta: É uma linha infinita e que tem uma única direção. Uma reta é o caminho mais curto entre dois
pontos quaisquer.

4. Superfície:

5. Plano: Você pode imaginá-lo como uma folha de papel infinita. Um plano é uma superfície plana
que se estende infinitamente em todas as direções.

Lugar Geométrico

Lugar geométrico é um conjunto de pontos que satisfazem uma determinada propriedade. Nem mais,
nem menos!

No contexto da geometria analítica, a propriedade geralmente pode ser descrita por uma equação.
Nesse sentido, um lugar geométrico pode ser entendido como um conjunto de pontos onde
determinada função é igual a zero (ou seja, sua curva de nível zero). Um estudo mais aprofundados dos
conjuntos de pontos dados por uma equação, a relação entre conjuntos deste tipo, e outros problemas
similares são estudados em uma área da matemática denominada geometria algébrica.

Exemplos: ... Circunferência

Reta

Reta é uma noção primitiva.

Semi-reta
Enquanto a reta é infinita para os dois lados, a semi reta é infinita numa direção e finita na outra.

Segmento de reta

Enquanto a reta é infinita para os dois lados o segmento de reta termina em ambos os lados, ou seja, a
menor distância entre dois pontos em um plano.

Áreas

A área de uma superfície plana é um número que expressa o tamanho daquela superfície. Quando maior,
maior a área. Existe uma definição formal. É a seguinte:

A área de uma superfície é um número real positivo de forma que:

1. A superfícies equivalentes estão relacionadas áreas iguais

2. A área da soma de superfícies é a soma das áreas das superfícies

3. Se uma superfície está contida em outra, sua área é menor ou igual à área da outra.

Ângulos
Ângulo
Intuitivamente, o ângulo é uma medida que expressa o quanto dois segmentos de reta estão não-
paralelos.
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Retas no plano
Paralelas
Possuem coeficientes angulares iguais;

Se interceptam no infinito (nunca se encontram).

Perpendiculares
Possuem inclinação de 90° entre si;

Se interceptam em apenas um ponto P definido na solução do sistema composto pelas equações das
duas retas.

Sendo a e b os coeficientes angulares de duas retas perpendiculares, a = - (b-1).

Feixe de paralelas cortadas por transversais


Em cada paralela: Ângulos opostos pelo vértice: Equivalentes;

Teorema de Tales

O teorema de Tales: as razões AD/AB,


AE/AC e DE/BC são iguais.

O Teorema de Tales foi proposto pelo filósofo grego Tales de Mileto, e afirma que: quando duas retas
transversais cortam um feixe de retas paralelas, as medidas dos segmentos correspondentes
determinados nas transversais são proporcionais. Para entender melhor o Teorema de Tales, é preciso
saber um pouco sobre razão e proporção. Para a resolução de um problema envolvendo o Teorema de
Tales, utiliza-se a propriedade fundamental da proporção, multiplicando-se os meios pelos extremos.
Considerando-se o exemplo da figura, tem-se:
Esquema mostrando validade do Teorema de Tales

Aplicação do Teorema de Tales

O Teorema de Tales pode ser aplicado em triângulos que possuem uma reta paralela a um dos lados.

Aplicação do Teorema de Tales

Veja também
Exercícios

Triângulos
Tipos de triângulos

Classificação segundo a medida relativa dos lados

Um triângulo pode ser classificado de acordo com as medidas relativas de seus lados:

Um triângulo equilátero possui todos os lados congruentes. Pode-se verificar que um triângulo
eqüilátero é também eqüiângulo, ou seja, possui todos os seus ângulos internos congruentes (e com
medida 60°). Por este motivo, este tipo de triângulo é também um polígono regular.
Um triângulo isósceles possui pelo menos dois lados congruentes. Num triângulo isósceles, o ângulo
formado pelos lados congruentes é chamado ângulo do vértice. Os demais ângulos denominam-se
ângulos da base e, como se pode verificar, são congruentes. Note que os triângulos equiláteros
também são isósceles.

Em um triângulo escaleno, as medidas dos três lados são diferentes. É possível mostrar que os
ângulos internos de um triângulo escaleno também possuem medidas diferentes.

Denomina-se base o lado sobre qual apóia-se o triângulo. No triângulo isósceles, considera-se base o
lado de medida diferente.

A seguir é mostrada a classificação de alguns triângulos de acordo com o critério anterior:

Exemplo de triângulo equilátero

Este triângulo é equilátero, pois possui os três lados congruentes. Em particular, como seus lados são
dois a dois congruentes, ele é um triângulo isósceles. Pode-se observar que seus todos os seus ângulos
internos medem 60°, e por isso ele é equiângulo.

Exemplo de triângulo isósceles

Neste triângulo há somente dois lados congruentes: os que têm medida . Por este motivo, o triângulo é
isósceles, mas não é equilátero. Além disso, cada um destes dois lados forma um ângulo de medida
com a base do triângulo.

Exemplo de triângulo escaleno


Aqui, cada um dos lados tem um comprimento diferente dos demais. Assim, este é um triângulo
escaleno. Observe ainda que nenhum par de ângulos internos tem a mesma medida.

Classificação de acordo com seus ângulos internos e externos em baixo

Um triângulo também pode ser classificado de acordo com seus ângulos internos:

Um triângulo retângulo possui um ângulo reto. Num triângulo retângulo, denomina-se hipotenusa o
lado oposto ao ângulo reto. Os demais lados chamam-se catetos. Os catetos de um triângulo
retângulo são complementares.

Um triângulo obtusângulo possui um ângulo obtuso e dois ângulos agudos.

Em um triângulo acutângulo, todos os três ângulos são agudos.

Exemplo de triângulo retângulo

Um ângulo reto, ou seja, um ângulo de 90º.


Exemplo de triângulo obtusângulo

Um ângulo obtuso e dois ângulos agudos.

Exemplo de triângulo acutângulo

Todos os três ângulos são agudos. Ou seja, menor que 90º

Soma dos ângulos internos


Na geometria euclidiana, de acordo com o teorema angular de Tales, a soma dos ângulos internos de
qualquer triângulo é igual a dois ângulos retos (180° ou π radianos). Isso permite a determinação da
medida do terceiro ângulo, desde que sejam conhecidas as medidas dos outros dois ângulos.

Soma dos ângulos externos


Existe também um corolário, que afirma que a medida de um ângulo externo de um triângulo é igual à
soma das medidas dos ângulos internos não-adjacentes.

Exemplo: Se os ângulos internos de um triângulo forem: a resposta final será assim:


Resolução: , . Porque o ângulo externo é a igual à soma dos ângulos internos
duas vezes.

Relações de desigualdades entre lados e ângulos


1ª relação: Um ângulo externo de um triângulo é maior que qualquer um dos ângulos internos não-
adjacentes.

2ª relação: Se dois lados de um triângulo tem medidas diferentes, ao maior lado opõe-se o maior ângulo
e ao menor lado, opõe-se o menor ângulo.

3ª relação: Em todo triângulo, qualquer lado tem medida menor que a soma das medidas dos outros
dois.

Área do triângulo
Existem várias formas de se expressar a área A de um triângulo:

Dadas a base b e a altura h:

Dados dois lados a e b e o ângulo γ entre eles compreendido:

Dados os três lados a, b e c: , onde p é o semiperímetro (metade do

perímetro). Essa fórmula é conhecida como fórmula de Heron.

Se o triângulo for equilátero de lado L, sua área pode ser obtida pela fórmula:

Congruência

Critério LLL

Lado-Lado-Lado.

Critério LAL
Lado-Ângulo-Lado.

Critério ALA

Ângulo-Lado-Ângulo.

Critério LLAr

Lado-Lado-Ângulo reto.

Semelhança

Critério LLL

Segundo o critério LLL (lado-lado-lado), existe semelhança entre dois triângulos se os três lados de um
são proporcionais aos três lados correspondentes do outro.

Critério LAL

Segundo o critério LAL (lado-ângulo-lado), existe semelhança entre dois triângulos se têm entre si dois
pares de lados correspondentes proporcionais e se os ângulos por eles formados forem iguais.

Critério AA

Segundo o critério AA (ângulo-ângulo), existe semelhança entre dois triângulos se eles têm dois ângulos
iguais.

Referências
Elementos de Geometria (http://www.degraf.ufpr.br/material/elementos.pdf)

Ver também
Triângulo

Triângulosh shsuw retângulo

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Pontos, linhas e círculos associados a um triângulo


Pontos, linhas e círculos associados a um triângulo

Mediatriz

O circuncentro é o centro da
circunferência circunscrita ao triângulo.

A mediatriz é a reta perpendicular a um lado do triângulo, traçada pelo seu ponto médio. As três
mediatrizes de um triângulo se encontram em um único ponto, o circuncentro, que é o centro da
circunferência circunscrita ao triângulo, que passa pelos três vértices do triângulo. O diâmetro dessa
circunferência pode ser achado pela lei dos senos.

O Teorema de Tales determina que se o circuncentro estiver localizado em um lado do triângulo, o


ângulo oposto a este lado será reto. Determina também que se o circuncentro estiver localizado dentro
do triângulo, este será acutângulo; se o circuncentro estiver localizado fora do triângulo, este será
obtusângulo.

Altura

O ponto de interseção das alturas é


o ortocentro

Altura é um segmento de reta perpendicular a um lado do triângulo ou ao seu prolongamento, traçado


pelo vértice oposto. Esse lado é chamado base da altura, e o ponto onde a altura encontra a base é
chamado de pé da altura.
O ponto de interseção das três alturas de um triângulo denomina-se ortocentro (H). No triângulo
acutângulo, o ortocentro é interno ao triângulo; no triângulo retângulo, é o vértice do ângulo reto; e no
triângulo obtusângulo é externo ao triângulo. Os três vértices juntos com o ortocentro formam um
sistema ortocêntrico.

A formula para determinar a área do triângulo é: b x alt : 2

Mediana

O ponto de interseção das três


medianas é o baricentro ou centro
de gravidade.

Mediana é o segmento de reta que une cada vértice do triângulo ao ponto médio do lado oposto. A
mediana relativa à hipotenusa em um triângulo retângulo mede metade da hipotenusa.

O ponto de interseção das três medianas é o baricentro ou centro de gravidade do triângulo. O


baricentro divide a mediana em dois segmentos. O segmento que une o vértice ao baricentro vale o
dobro do segmento que une o baricentro ao lado oposto deste vértice. No triângulo Equilátero, as
medianas, bissetrizes e alturas são coincidentes. No isósceles, apenas a que chegam ao lado diferente, no
escaleno, nenhuma delas.

Bissetriz

O ponto de interseção das três


bissetrizes é o incentro.

A bissetriz interna de um triângulo corresponde ao segmento de reta que parte de um vértice e vai até o
segmento de reta, dividindo o ângulo do vértice em que partiu em dois ângulos congruentes.
Em um triângulo há três bissetrizes internas, sendo que o ponto de interseção delas chama-se incentro,
que é o centro da circunferência inscrita no triângulo.

Já a bissetriz externa é o segmento da bissetriz de um ângulo externo situado entre o vértice e a


interseção com o prolongamento do lado oposto.

Triângulo retângulo
Como dito anteriormente, um triângulo retângulo é aquele no qual um dos ângulos internos é reto.

Catetos e Hipotenusa
Em um triângulo retângulo, são chamados de catetos os lados perpendiculares entre si, ou seja,
aqueles que formam o ângulo reto, e é chamado de hipotenusa o lado oposto ao ângulo reto.

Elementos de um triângulo retângulo.


Os pontos A, B e C, os lados opostos
a (hipotenusa), b e c (catetos) e as
projeções de b e c, m e n.

A altura relativa à hipotenusa é o segmento de reta que parte do ponto onde está o ângulo reto e
vai perpendicularmente até a hipotenusa.
As projeções dos catetos são as partes da hipotenusa divididas pela altura relativa.

Teorema de Pitágoras
Teorema de Pitágoras

Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados das medidas dos catetos.
Seja a hipotenusa, sejam e catetos do mesmo triângulo:

Isso significa que, conhecendo as medidas de dois lados de um triângulo retângulo, pode-se calcular a
medida do terceiro lado — propriedade única dos triângulos retângulos.

Demonstração do Teorema

Por semelhança

Existem várias formas de demonstrar o Teorema de Pitágoras. Esta demonstração é baseada na


proporcionalidade de dois triângulos semelhantes.

Seja um triângulo retângulo, com o ângulo reto localizado em , como mostrado na figura. Nós
desenhamos o segmento de reta que passa por e é perpendicular a . O novo triângulo é
semelhante ao nosso triângulo , pois ambos tem um ângulo reto (por definição de perpendicular),
e eles compartilham o ângulo em , implicando que o terceiro ângulo terá a mesma medida em ambos.
De forma análoga, o triângulo também é semelhante a . A semelhança leva a duas razões:

e
Isto pode ser escrito como:

Somando as duas igualdades, obtemos:

Em outras palavras, o Teorema de Pitágoras:

Por equivalência de polígonos

Esta demonstração se baseia na congruência de triângulos e na equivalência de área de quadriláteros.

Dado retângulo em e seja a altura relativa à

hipotenusa, marcamos na semi-reta um ponto tal que


(lembre que é a hipotenusa). Então construímos o
retângulo (lembre que é a projeção de ).

Agora construímos . A semi-reta intercepta em

um ponto , assim como em um ponto . Temos o


paralelogramo .

Como e são paralelogramos de mesma base e


mesma altura, ambos tem a mesma área.

Por definição de quadrado, segue que , e também é reto. Portanto,


.

e são ambos suplementares de . Portanto, .

Segue pelo critério lado-ângulo-ângulo de congruência de triângulos que . Portanto,


, e por extensão, .

Como e são paralelogramos de mesma base e mesma altura, ambos tem a mesma
área. Ou seja, a área do quadrado sobre um cateto é igual à área do retângulo determinado pela
projeção deste cateto e um segmento congruente à hipotenusa. Como a união do retângulo
determinado por e com o retângulo determinado por e é igual ao quadrado sobre
, segue que a soma das áreas dos quadrados sobre os catetos é igual a área do quadrado sobre a
hipotenusa.

Q.E.D.

Aplicações do Teorema
Com o teorema de Pitágoras, pode-se calcular o comprimento da hipotenusa de um triângulo
conhecendo apenas o comprimento de cada cateto deste. Ou ainda, calcular o comprimento de um
cateto conhecendo apenas a medida da hipotenusa e de outro cateto. O teorema de Pitágoras pode
também ser usado para calcular o comprimento da diagonal de um retângulo conhecendo apenas os
lados deste.

Exemplos

Seja um triângulo retângulo no qual consista em um dos catetos o qual mede 3


metros de comprimento e consista em outro cateto o qual mede 4 metros de comprimento.
Calcule o comprimento da hipotenusa .
Resolução

Dado o Teorema de Pitágoras, , tem-se que e , portanto:

A hipotenusa do triângulo mede 5 metros.

Um triângulo retângulo tem os lados , e , sendo que é um cateto e mede 1 centímetro de


comprimento, enquanto é a hipotenusa e mede 2 centímetros. Calcule o comprimento do
cateto
Resolução
Dado o Teorema de Pitágoras, , tem-se que e , portanto:
O cateto mede centímetros de comprimento.

Triângulos retângulo notáveis

Triângulo 3_4_5

Prova visual para o triângulo (3, 4, 5), Chou Pei Suan


Ching 500–200 d.C.

Um "triângulo 3_4_5" é qualquer triângulo retângulo que tenha esta proporção de lados. Ou seja, um
triângulo cujo um dos catetos tem o comprimento , outro cateto, o comprimento e a hipotenusa, ;
tal que haja um número que:

A consciência desta proporção permite, a partir do comprimento de dois lados de um triângulo 3_4_5,
inferir rapidamente o comprimento do terceiro lado. Por exemplo, sabendo que um triângulo tem um
lado de 6 metros e outro de 8 metros, pode-se inferir corretamente que o outro lado tem 10 metros
(onde n=2).

Triângulo 45º_45º_90º

O chamado "triângulo 45º_45º_90º" possui ângulos com essas medidas e a proporção entre seus lados é:
. Ou seja, um triângulo retângulo e isóceles.

Triângulo 20º_70º_90º
O "triângulo 30º_60º_90º" possui ângulos com essas medidas e a proporção de seus lados é: .

Exercícios resolvidos
Na comédia antiga Diálogo dos mortos, do poeta satírico Luciano de Samósata, Hermes empilha as
montanhas Ossa e Pelion sobre o Olimpo, na esperança de, a partir de um ponto de vista mais alto,
poder mostrar toda a Terra para Caronte; para sua decepção, porém, ele só consegue ver ao oeste, parte
da Itália, ao sul, até Creta, ao leste, até a Jônia e, ao norte, até o Danúbio.[1] Considerando a Terra esférica,
que a visão corresponde a um raio tangente, que o ponto mais distante observado seja o ponto de
tangência, que a soma da altura dos três montes seja 5 km e que a distância até o ponto de tangência
seja 400 km, calcule qual foi o raio da Terra usado por Luciano.
Solução

Considere que Hermes e Caronte estejam no ponto A, e que o ponto mais distante observado seja C.
Sabemos o valor de AC e de h, portanto para calcular r basta resolver o triângulo retângulo OAC:

Simplificando:

Finalmente:

Aplicando valores ( e )

Ou, aproximadamente, 16000 km.

Um melhor valor para h seria 6,5 km (somando a altura das três montanhas); usando-se um valor mais
próximo do valor real do raio da Terra , obtém-se, pela equação acima, um valor para AC
de, aproximadamente, 300 km, o que é razoavelmente próximo das distâncias mencionadas por Luciano.

Ver também
Trigonometria

Lei dos senos e dos cossenos

Demonstração ilustrada do Teorema de Pitágoras na edição de Byrne dos Elementos de Euclides (htt
p://www.sunsite.ubc.ca/DigitalMathArchive/Euclid/bookI/images/bookI-47.html)

Referências
1. Luciano de Samósata, Diálogo dos mortos, Caronte
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Polígonos
Polígonos são figuras geométricas planas das formadas por segmentos de reta interligados entre si
fechados (linha poligonal fechada).

Elementos dos polígonos


Um polígono possui os seguintes elementos:

Arestas ou lados: cada um dos segmentos de reta que unem vértices


consecutivos: , , , , .

Perímetro: soma das arestas (ou lados).

Vértices: ponto de encontro (intersecção) de dois lados consecutivos: A,


B, C, D, E.

Altura: linha vertical que liga as duas extremidades do polígono.

Diagonais: segmentos que unem dois vértices não consecutivos: ,


, , , .

Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos: , , , ,

Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo:
, , , , .

Classificação
Os polígonos são classificados:

Em termos dos ângulos

Em termos das medidas de seus ângulos, um polígono pode ser:

1. Convexo: se possui todos os seus ângulos internos convexos — isto é, entre 0° e 180°; ou

2. Côncavo: se possui um ângulo interno côncavo — superior a 180°.


Quanto ao número de lados

Não há restrições quanto ao número de lados n de um polígono desde que n ≥ 3. Embora apenas alguns
possuam nomenclatura própria, segue uma tabela com alguns destes nomes:

Lados Nome Lados Nome Lados Nome

inexistente 11 Undecágono ...

25 icosikaipentagono
inexistente 12 Dodecágono
...

3 Triângulo 13 tridecágono 30 triacontágono

4 Quadrilátero 14 tetradecágono 40 tetracontágono

5 Pentágono 15 pentadecágono 50 pentacontágono

6 Hexágono 16 hexadecágono 60 hexacontágono

7 Heptágono 17 heptadecágono 70 heptacontágono

8 Octógono 18 octodecágono 80 octacontágono

9 Eneágono 19 eneadecágono 90 eneacontágono

10 Decágono 20 icoságono 100 hectágono

A título de curiosidade, são mostrados a seguir os nomes de alguns polígonos cujos números de lados
são potências de 10:

Lados Nome

1000 quilógono

1.000.000 megágono

109 gigágono

Triângulos
Veja as páginas triângulos, pontos, linhas e círculos associados a um triângulo e triângulo retângulo.

Quadriláteros
Quadriláteros são as figuras geométricas planas formadas por quatro lados. Eles são classificados em seis
tipos, dependendo da proporção entre seus lados e ângulos:
Quadrados

São quadriláteros em que todos os ângulos são iguais (a 90°) e todos os lados têm a
mesma medida. Portanto, todos os quadrados apresentam semelhança de ângulos e
lados. Pelo fato de o quadrado possuir quatro lados l idênticos, o perímetro P pode ser
facilmente deduzido por

A relação entre o lado do


quadrado e a sua
diagonal.

Também, para todos os quadrados, pode-se deduzir através do teorema de Pitágoras a sua diagonal d,
ora, pois, o quadrado é formado pela união de dois triângulos retângulos idênticos:

Conclui-se que a diagonal de qualquer quadrado é igual ao produto de seu lado por √2.

Retângulos

Um retângulo é um paralelogramo, cujos lados formam ângulos retos entre


si e que, por isso, possui dois lados paralelos verticalmente e os outros dois
paralelos horizontalmente. Todos os ângulos internos no retângulo são
iguais a 90°, mas seus lados podem ser diferentes. Pode-se considerar o
quadrado como um caso particular de um retângulo em que todos os lados têm o mesmo comprimento.
O perímetro do retângulo, pode, então, ser deduzido por

Em que a e b são os lados do retângulo. Igual ao quadrado, a diagonal d do retângulo é dada pelo
teorema de Pitágoras:

Losangos
São quadriláteros em que todos os lados possuem a mesma
medida, assim como o quadrado. Entretanto, dois de seus ângulos
se diferem. Considerando que a figura ao lado é um losango,
obrigatoriamente os ângulos A e C são iguais entre si. Os ângulos B
e D também são iguais (mas não necessariamente iguais a A e C). O
quadrado é um caso particular do losango. O perímetro é dado por:

Já suas diagonais podem ser calculadas de duas formas: pela lei dos cossenos ou pela regra do
paralelogramo. Caso você queira encontrar a diagonal oposta a um certo ângulo, utiliza-se lei dos
cossenos. No caso de se querer a diagonal adjacente (a que parte do ângulo), calcula-se usando a regra
do paralelogramo. Por exemplo, considere um losango de lados b e c igual a 2, e descubra a medida da
diagonal oposta a de um ângulo α de 60°. Pela lei dos cossenos:

Então (lembre-se que no losango todos os lados são iguais):

Paralelogramos

São quadriláteros cujos pares de lados opostos são iguais e paralelos.


Portanto, o perímetro do paralelogramo é dado da mesma forma que o de
um retângulo. Além disso, seus ângulos opostos são idênticos (da mesma
forma que o losango), e por isso, a forma de se calcular as diagonais de um paralelogramo é igual a de
um losango. Todas as figuras explicadas anteriormente são casos especiais do paralelogramo. Por fim, a
regra matemática que leva o nome desta figura diz que:

Em que a é uma semirreta que parte do ângulo α formando uma diagonal adjacente do paralelogramo.
Observe a semelhança entre a regra do paralelogramo e a lei dos cossenos: o que muda é o sinal que
antecede a expressão 2bc cos α. Exemplo: qual a diagonal adjacente do ângulo 60° de um
paralelogramo, formado por lados iguais a 1 e 3?

Trapézios

São quadriláteros que possuem dois lados paralelos (bases). Desta forma, diferentemente das figuras
anteriores, seus ângulos são totalmente livres e independentes entre si. Os ângulos e as diagonais
podem ser dados pela lei dos senos, lei dos cossenos ou pela
regra do paralelogramo. As diagonais do trapézio x e y dão
dadas por

Onde a é a base menor, c a base maior, e b e d os lados adjacentes à base. O perímetro é dado pela
soma de todos os lados.

Fórmulas

Ângulos

Para que se determine a soma de todos os ângulos internos de um polígono convexo, aplica-se a
seguinte fórmula:

Já a soma dos ângulos externos vale 360º.

Área

Abaixo estão as fórmulas para a área (A) de cada polígono (perceba que estas fórmulas podem ser
incorporadas a outras propriedades dos polígonos, como altura [h], diagonal [d e D], perímetro, ângulos,
etc). Considere B e b as bases dos polígonos, e l o lado do quadrado:
Triângulo

Quadrado

Retângulo

Losango

Paralelogramo

Trapézio

Polígonos regulares

Triângulo
equilátro

Quadrado

Pentágono
regular

Hexágono
regular

Todo polígono regular possui seus n lados e os ângulos com medidas iguais. Como os ângulos internos e
externos são iguais, obtém-se a medida de cada ângulo A (interno ou externo) por:
Alguns polígonos regulares têm nomes especiais: o triângulo regular é o triângulo equilátero, e o
quadrilátero regular é o quadrado. Pelo fato de todos os polígonos regulares serem iguais entre si em
ângulos, suas áreas, perímetros, diagonais e alturas podem ser sintetizadas em fórmulas em função de
seus lados (ou outra propriedade que não seja o ângulo). Um método muito prático para tal feito é
dividir o polígono regular em n triângulos idênticos. Exemplo: qual a fórmula para a área A do hexágono
regular em função de seu lado l?

Primeiramente, traçaremos os triângulos no hexágono:

Calcularemos a soma dos ângulos internos deste polígono:

Podemos agora calcular a medida de cada ângulo interno do hexágono regular:

Portanto, os ângulos que formam cada triângulo são de 60° (perceba que cada ângulo de 120° forma
dois triângulos). O hexágono é, portanto, formado por seis triângulos equiláteros idênticos. Sabemos
que a área do triângulo equilátero é

Então a área de seis destes triângulos é equivalente à área do polígono. Logo

Congruência
Dois ângulos são congruentes se, sobrepostos um sobre o outro, todos os seus elementos coincidem.
Nos paralelogramos, os lados paralelos são congruentes, e dois ângulos opostos pelo vértice são sempre
congruentes. Num triângulo equilátero, todos os lados e ângulos são congruentes; nos triângulos
isósceles, apenas os lados iguais e os ângulos da base são congruentes.

Semelhança
Geometria plana/Circunferência e círculo
Aqui, será feito o estudo destas duas formas geométricas.

Observações: Apesar de serem frequentemente interpretados de forma errônea, o círculo e a


cincunferência são coisas diferentes.
Circunferência: A borda da figura geométrica. É a parte atingida pela tangente;

Círculo: A parte interna da figura geométrica. É atingida, juntamente com a circunferência, pela secante.

Circunferência

Circunferência.

A circunferência é apenas a forma do círculo ou medida.

Como calcular a área de uma circunferência

A área de um círculo (figura delimitada por uma circunferência) é calculada multiplicando-se o quadrado
do raio por Pi, constante matemática que tem o valor de, aproximadamente, 3,1416.

Ou seja : S (área) = Pi (3,1416) x R²

Assim, por exemplo, um círculo cujo raio seja de 10 cm terá como área s = 3,1416 x 10 = 314,16 cm
quadrados.

Comprimento

Círculo
Área

Onde "A" é a área, "r" é o raio e (=3,14...) é uma constante.

Setores

Círculo circunscrito

Círculo inscrito

Uma circunferência inscrita, é uma circunferência que esta dentro de um polígono regular.

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Construções geométricas usando régua e compasso


Introdução
Triângulo Eqüilátero
Abra o seu compasso em qualquer tamanho, trace um arco. Com a mesma abertura trace outro arco
tendo como centro qualquer ponto do arco já traçado. Agora, ainda com o mesmo raio, trace um arco
tendo como centro a intersecção do outro dois arcos anteriores. Ligue as três intersecções. Você tem
agora um triângulo equilátero.

Mediatriz

Quadrado
Trace uma circunferência, trace um diâmetro em segunda, trace outro diâmetro perpendicular ao
primeiro. Cada ponta das retas que formaram o diâmetro forma um ponto do quadrado, e depois é só
unir esses pontos.

Pentágono

Hexágono
Bisecção do ângulo

Exercícios
Matemática elementar/Desenho geométrico/Exercícios

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Áreas e volumes
Área do paralelogramo

Tipos de paralelogramos
Área do retângulo

A área do retângulo é o produto de seu lado por sua altura. A área de quadrado é um caso particular da
área do retângulo, assim como a figura quadrado é um caso particular da figura retângulo.

Área do losango

Área do quadrado

Seja a área do quadrado e seu lado:

Área do triângulo

A área do triângulo é o produto de sua base por sua altura dividido por dois.

Assim teremos de um modo geral =

b = medida da base AB

h= medida da altura relativa do lado AB

Obs: o Teorema de Heron permite calcular a área de um triângulo qualquer a partir das dimensões dos
seus lados

Área do trapézio

A área do trapézio é o produto de sua altura pela média aritmética das bases (denotadas por B e b).
Área do círculo

Geometria espacial
1. Figuras geométricas espaciais - retas e planos no espaço, ângulos diédricos e poliédricos, poliedros
convexos, poliedros regulares.

2. Posições relativas de retas e planos - paralelismo e perpendicularismo no espaço, retas reversas.

3. Prismas, Pirâmides, Cilindros, Cones e seus respectivos troncos - cálculo de áreas e volumes.

4. Esfera e superfície esférica - cálculo de áreas e volumes.

5. Semelhança de figuras planas ou espaciais - razão entre comprimentos, áreas e volumes.

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Pirâmides
Pirâmide Regular
Pirâmide regular é uma pirâmide cuja base é um polígono regular e projeção ortogonal do vértice sobre
o plano da base é o centro da base.

Fórmulas
Área da base ( ): área de um poligono.
Área lateral ( ): soma das áreas das faces laterais.
Área total:

Volume:

área das faces laterais base x h (altura) dividido por 2 .

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Geometria analítica
1. Vetores - O que são vetores?
2. Coordenadas cartesianas - Localização de pontos numa reta e num plano usando coordenadas
cartesianas, distância entre dois pontos, o uso de coordenadas cartesianas para a solução de
problemas geométricos simples na reta e no plano.

3. Cálculo com vetores - Soma e subtração de vetores, multiplicação de um real por um vetor, norma e
módulos de vetores, produto escalar de vetores.

4. Estudo da reta em geometria analítica plana - Equação da reta na forma normal, coeficiente angular,
condições de paralelismo e perpendicularismo de retas, equações e inequações de primeiro grau
em duas variáveis, distância de um ponto a uma reta.

5. Estudo da circunferência em geometria analítica - Equação, intersecção de retas e circunferências,


retas tangentes a circunferências, intersecção e tangência de circunferências.

6. Representação analítica de lugares geométricos, Definição e representação de cônicas, Equação


reduzida de uma cônica, Intersecção de retas e cônicas.

Ver também

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Estatística
A Estatística é um ramo da Matemática que tem por objetivo obter, organizar e analisar dados,
determinar as correlações que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação
do que passou e previsão e organização do futuro.

A Estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano através do


uso de dados empíricos. Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na teoria
estatística, a aleatoriedade e incerteza são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas
estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumariação e a interpretação de observações.
Porque o objetivo da estatística é a produção da "melhor" informação possível a partir dos dados
disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.

Introdução
Encontrar padrões é algo que a humanidade faz a todo momento. Nossa sobrevivência depende da
nossa capacidade de prever eventos. Para entender esses eventos criamos ferramentas como a ciência, a
matemática, e a filosofia.

Unindo duas áreas, a matemática e a ciência, um dos resultados foi a estatística. Uma forma de
matemática aplicada, muito útil para descrever sistemas complexos, que não podem ser isolados e
dessecados. A natureza está repleta de sistemas assim, o comportamento de populações de borboletas
ou de seres humanos pode ser visto de entendido usando princípios estatísticos.

A etapa inicial de entender o objeto ou sistema, é feita pela estatística descritiva, responsável por
organizar e sumarizar dados. Já a estatística indutiva ou inferencial trabalha para encontrar padrões, leis
que descrevam o comportamento de um sistema.

Estatística Dedutiva ou Descritiva

Estatística Indutiva ou Inferêncial

Medidas de Posição
Medidas de Tendência Central

Média

Média Aritmética

A média aritmética é o cálculo feito em um cálculo de adição e divisão pela porção de parcelas.

Exemplo:

O cálculo se inicia com a adição e depois passa-se à divisão.

Podemos também considerar a seguinte fórmula: μ=

Onde:
∑ = somatório;
xi= cada elemento x de 1 até n; e
n= número de elementos do conjunto de dados.

Média Geométrica

Média Harmônica

Mediana

É o valor (elemento) que ocupa posiçao central em uma serie estatistica, deixando 50% (metade) dos
valores á´sua esquerda (menores) e 50% á sua direita (maiores). EX; - Calcule a mediana para as series
estatisticas: a)- X: 11, 7,7,9,8,10,13. X: 7,7,8,9,10,11,13. 50% dos valores sao menores ou iguais a 9 e 50%
dos valores são maiores a 9.

Se o número de observações (N) for impar a mediana ocupa posição central.

Moda

A moda de um conjunto de valores é definida como o valor que ocorre com maior freqüência.
Referências comuns à moda incluem expressões como valor dominante, valor que ocorre o maior
número de vezes, valor que predomina num conjunto, valor modal, valor mais comum, etc.
Não é imperativa, mas a ordenação dos dados facilita a identificação do valor mais freqüente.
Se num conjunto de observações não se repetir nenhuma observação, ele não tem moda e é
considerado amodal.
Se o conjunto tiver apenas um único valor que se repete em frequência máxima, ele tem apenas uma
moda e é considerado unimodal.
Se o conjunto tiver dois valores que se repetem em igual frequencia máxima, ele tem duas modas e é
bimodal.
E, se um conjunto tiver tres ou mais valores com mesma frequencia máxima, ele tem tres ou mais modas
e é considerado Multimodal ou Polimodal.

Moda Czuber

Moda King

Moda Karl Pearson

Medidas Separatrizes
É um tipo de separatriz que divide a série estatística em quatro partes iguais de 25% cada - e possui três
divisórias, que são Q1, Q2 e Q3, significando respectivamente, 1º quartil ou quartil inferior, 2º quartil ou
quartil médio e 3º quartil ou quartil superior.

Quartil

É a divisão do meu conjunto de observações em quatro partes iguais.


Temos então três quartis: Q1, Q2 e Q3, onde Q2 coincide com a mediana.
ex.: 2 4 6 8 10 12 14.
A mediana é 8, portanto meu Q2 também será o 8: 2 4 6 8 10 12 14. Seguindo esse conceito, teremos:
Q1 = 4 e Q3 = 12.
Onde: 2 4 6 8 10 12 14
Decil

Centil ou Percentil

Medidas de Dispersão
Absoluta

Desvio Padrão

Desvio Padrão é o valor que varia para mais ou para menos. Para encontrar o Desvio Padrão é necessário
encontrar raiz quadrada da Variância. Para encontrar a Variância é necessário encontrar os valores da
Média, Desvio e Quadrado dos Desvios. A soma do quadrado dos desvios dividida pela soma de todos os
itens, resulta em um número X chamado Variância. Deve-se achar a raiz quadrada desse número X para
então obter o valor do Desvio Padrão.

Desvio Quadrático (Variância)

Desvio Quartílico

Desvio Médio

Relativa

Variância Relativa

Coeficiente de Variação

Coeficiente de Variação é a divisão do Desvio Padrão pela média. Para encontrar o Desvio Padrão, deve
calcular a raiz quadrada da Variância, que por sua vez é a média dos quadrados menos o quadrado da
média.

Medidas de Curtose
Ver também
Probabilidade e Estatística - livro com conteúdo mais avançado

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Cálculo
O estudo do Cálculo envolve três conceitos:

1. limite

2. derivada

3. integral

Embora atualmente os livros texto os apresentem para o aluno nesta ordem, eles foram definidos e
usados na ordem inversa. A princípio só havia o conceito de integral. Para formalizar o conceito foi
definida e usada a idéia de derivada. Finalmente para formalizar ambos os conceitos de derivada e
integral, foi definido o limite.

Quando se estuda cálculo, limite é o que tem menos aplicações práticas. Derivadas um pouco mais e
integral tem muitas aplicações interessantes. Então, se você estiver achando o começo do estudo meio
chato, não desanime. Quando chegar em derivada fica um pouco melhor e quando chegar em integral
fica muito mais gostoso.

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Glossário
O seguinte glossário contém palavras usadas neste livro, em suas diferentes acepções quando for o caso.
Procurou-se especificar também palavras sinônimas e com grafias diferentes.

A
Álgebra (algebra). Parte da matemática que não trata especificamente com geometria. Esta é uma
definição antiga. Hoje a álgebra pode ser dividida em clássica e moderna. A álgebra clássica é a parte que
trata de manipulação simbólica e da solução de equações algébricas. A álgebra moderna ou abstrata lida
com um ramo da matemática conhecido como estruturas discretas (corpos, grupos, anéis, etc.).

Álgebra de Boole (Boolean algebra). Tanto na Matemática quanto na Ciência Computacional uma
álgebra Booleana ou de Boole ou ainda um reticulado (lattice) Booleano é uma estrutura algébrica que
lida com as operações lógicas E, OU e NÃO de mesma forma que lida com as operações sobre conjuntos
correspondentes UNIÃO, INTERSECÇÃO e COMPLEMENTAÇÃO. Esta estrutura foi nomeada em
homenagem ao matemático Inglês George Boole. A álgebra Booleana é uma tentativa de se utilizar
técnicas algébricas para lidar com expressões do cálculo proposicional.
Algoritmo (algorithm). Um algoritmo é um conjunto definido de operações e passos ou procedimentos
que objetivam levar a um particular resultado. Por exemplo, com algumas exceções, os programas
computacionais, as fórmulas matemáticas e (de forma ideal) receitas médicas e culinárias são algoritmos.

Análise (analysis). Parte da matemática que lida com a aproximação de objetos matemáticos (como
número e funções) por outros que são mais fáceis de entender e manejar.

Análise funcional (functional analysis). Parte da matemática que estuda espaços vetoriais de infinitas
dimensões e bijeções entre eles. Os elementos destes espaços são muitas vezes funções, como, por
exemplo, o espaço das funções contínuas sobre um intervalo.

Análise harmônica (harmonic analysis.) Veja teoria do potencial.

Anel (ring). É um conjunto munido de duas operações (normalmente denominadas de adição e


multiplicação) que satisfazem certas propriedades (ou axiomas). Alguns anéis mais conhecidos são: dos
reais, dos números complexos, dos polinômios, das matrizes. Muitos anéis são associativos, mas alguns
podem não ser como os anéis de Lie.

Aproximação Diofantina (Diophantine approximation). Uma aproximação Diofantina é aproximar um


número real através de um racional (razão entre inteiros).

Assíntota (assyntota). Reta cuja distância em relação a uma curva diminui indefinidamente sem nunca
cortar a curva.

Axioma (axioma). Proposição que se aceita verdadeira sem demonstração.

B
Bijeção-Relação onde cada elemento corresponde um e somente um elemento

C
Conjunto
Conceito primitivo: reunião de elementos (veja Conjuntos).

D
Diferença (conjuntos)
Operação envolvendo conjuntos que consiste em criar um novo conjunto (o conjunto diferença)
contendo os elementos que estão contidos num conjunto, mas não estão contidos em outro.

E
F

I
Intersecção
Operação envolvendo (conjuntos) que consiste em criar um novo conjunto (o Conjunto
intersecção) contendo os elementos que estão contidos simultâneamente em todos os conjuntos
interseccionados.

M
Matriz
Elemento matemático formado por linhas e colunas, onde cada linha e cada coluna é um par
ordenado.

P
Par ordenado
Par de elementos em que a ordem dos mesmo é fundamental; indicado por (a,b), sendo a e b os
elementos ou coordenadas.

Ponto matemático
Um ponto é uma noção primitiva pela qual outros conceitos são definidos. Um ponto determina
uma posição no espaço. Na Geometria, pontos não possuem volume, área, comprimento ou
qualquer dimensão semelhante. Assim, um ponto é um objeto de dimensão 0 (zero). Um ponto
também pode ser definido como uma esfera de diâmetro zero.

S
Subconjunto
Conjunto contido em outro conjunto.

U
União
Operação envolvendo conjuntos que consite em criar um novo conjunto (o conjunto união)
contendo todos os elementos dos conjuntos unidos, sem repetição.

Universo
Na teoria dos conjuntos, representa o conjunto que contém todos os subconjuntos passíveis de
estudo, em determinado problema.

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Referências
Links
Matemática 1ª a 4ª série do fundamental (http://educar.sc.usp.br/matematica/matematica.html)

Matemática Divertida (http://www.reniza.com/matematica/)

Matemática do Científico e do Vestibular (http://www.terra.com.br/matematica/)

Matemática Essencial - Ensino: Fundamental, Médio e Superior (http://pessoal.sercomtel.com.br/mate


matica/)

Matemática - Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Matemática)

Apostilas do estágio da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) (http://www.
obmep.org.br/estagio_bolsistas/apostila_estagio.html)

Livros
Dante, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. Ensino Médio. Ática, 2000. 1 e 2 v.

Goulart, Márcio Cintra. Matemática no ensino médio. Scipione, 1999. 1 e 2 v.

Iezzi, Gelson, Dolce, Osvaldo, Machado, Antônio. Matemática e realidade. Atual, 1997. ISBN
857056788X

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