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Conjuntos
Em Matemática, conjunto é uma coleção de objetos (chamados elementos). Os elementos podem
representar qualquer coisa — números, pessoas, letras, etc - até mesmo outros conjuntos. Um conjunto
pode conter outro(s) conjunto(s), inclusive. Incorretamente chamada de "Teoria dos Conjuntos" no ensino
médio. Essa teoria existe, mas não é tratada no ensino médio, sendo a Teoria mais conhecida, a
Axiomática de Zermello Frankel (ZFC, C relacionado ao Axioma da Escolha), tratada de forma elementar
no livro "Teoria Ingênua dos Conjuntos" de Paul Halmos, traduzida para o português pelo prof. Irineu
Bicudo.
Trata-se de um conceito primitivo. Um conjunto possui como única propriedade os elementos que
contém. Ou seja, dois conjuntos são iguais se eles tem os mesmos elementos.
Representação
O conjunto A e seus 4
elementos
Matematicamente o conjunto é representado por uma letra do alfabeto latino, maiúscula (A, B, C, ...). Já
os elementos do conjunto são representados por letras latinas minúsculas. E a representação completa
do conjunto envolve a colocação dos elementos entre chaves, da seguinte maneira:
A exceção é feita a conjuntos que contenham elementos que devem ser representados por letras
maiúsculas — por exemplo, pontos geométricos:
Especificando conjuntos
A maneira mais simples de representar algebricamente um conjunto é através de uma lista de seus
elementos entre chaves ({ }), conforme descrito nas seções anteriores:
Informalmente, usa-se o sinal ... quando a regra de formação do conjunto é óbvia a partir da enumeração
de alguns elementos. Por exemplo, os conjuntos abaixo, o primeiro com um número finito, e o segundo
com um número infinito de elementos:
Conjuntos que são elementos de outros conjuntos são representados com chaves dentro de chaves:
Porém há notações alternativas para representar os conjuntos, como a chamada notação de composição
do conjunto, que utiliza uma condição P para definir os elementos do conjunto:
P é uma função na variável x que tem o domínio igual ao conjunto A. A variável x pode estar limitada por
outro conjunto, indicando-se a relação de pertinência adequada. Por exemplo:
O conjunto A será formado, de acordo com o desenvolvimento da equação dada, por 2 e 4 (únicos
números inteiros que satisfazem a condição P, ou seja, que tornam verdadeira a equação). Logo,
.
Um cuidado deve ser tomado com a propriedade P(x), já que a formação de conjuntos através deste
método pode gerar resultados paradoxais.
Terminologia
Conjunto unitário
Conjunto vazio
Todo conjunto também possui como subconjunto o conjunto vazio representado por , , ou .[1]
Podemos mostrar isto supondo que se o conjunto vazio não está contido no conjunto em questão, então
o conjunto vazio deve possuir um elemento ao menos que não pertença a este conjunto. Como o
conjunto vazio não possui elementos, isto não é possível. Como todos os conjuntos vazios são iguais uns
aos outros, é permissível falar de um único conjunto sem elementos.
Subconjuntos
A é um subconjunto
de B
A = { 1,2,3 }
B = { 1,2,3,4,5,6 }
Dado um conjunto A, definimos o conjunto das partes de A, , como o conjunto que contém todos
os subconjuntos de A (incluindo o conjunto vazio e o próprio conjunto A).
Uma maneira prática de determinar é pensar em todos os subconjuntos com um elemento, depois
todos os subconjuntos com dois elementos, e assim por diante.
Exemplo:
Se A = { 1, 2, 3 }, então = { ∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3} }.
Observação:
...
P(A) é formado por somado às possíveis combinações dos elementos de A, com taxa variando de 1 a
n(A).
Assim, n(P(A)) = número de combinações n(A), com taxa variando de 1 a n(A) somado a 1 (responsável
por ).
n(P(A)) =
→ n(P(A)) =
Mas,
→ n(P(A))
Provando, portanto, que o número de elementos do conjunto de partes de A é dois elevado ao número
de elementos distintos de A.
Nota: O conjunto das partes é uma álgebra booleana sobre as operações de união e interseção.
Conjunto Universo
Em certos problemas da teoria dos conjuntos, é preciso que se defina um conjunto que contenha todos
os conjuntos considerados. Assim, todos os conjuntos trabalhados no problema seriam subconjuntos de
um conjunto maior, que é conhecido como conjunto universo, ou simplesmente universo.
Por exemplo: em um problema envolvendo conjuntos de números inteiros, o conjunto dos números
inteiros Z é o conjunto universo; em um problema envolvendo palavras (consideradas como conjuntos
de letras), o universo é o alfabeto.
Relações entre conjuntos
Relação de inclusão
Para relacionar um conjunto com outro conjunto(ou subconjunto) utilizamos a relação de inclusão.
Relação de pertinência
Exemplos:
Igualdade de conjuntos
Dois conjuntos A e B são ditos iguais se, e somente se, têm os mesmos elementos. Ou seja, todo
elemento de A é elemento de B e vice-versa. A simbologia usada é . Se um conjunto não é igual a
outro, utiliza-se o símbolo .
Simetria de conjuntos
Um conjunto A é dito simétrico se, para todo elemento a pertencente a ele, houver também um
elemento -a pertencente a esse conjunto. Os conjuntos numéricos Z, R, Q e C são simétricos.
Por exemplo:
Observar no último exemplo que os elementos repetidos (3,5) não aparecem na união.
A união de um conjunto , qualquer que seja, com o conjunto vazio é igual ao próprio conjunto ,
.
Também deve ser observado que a operação de união é comutativa, ou seja,
.
Intersecção
Intersecção de A e B (em
azul mais escuro)
A intersecção de dois conjuntos e , é o conjunto de elementos que pertencem aos dois conjuntos.
Ou então: Dados dois conjuntos e , pertencentes a um universo U, chama-se intersecção de A
com B ao conjunto cujos elementos pertencem tanto a quanto a . Matematicamente:
Por exemplo:
Observar no último exemplo que, dado os conjuntos não terem elementos iguais, a intersecção resulta
num conjunto vazio.
Diferença
Z = {...,-2,-1,0,1,2,...}
N = {1,2,3,4,5,...}
Complementar
Complementar de B em
relação a A (em azul mais
escuro)
Exemplo:
A = { 3,4,9,{10,12},{25,27} }
D = { {10,12} }
Cardinalidade
Exemplos:
Se um conjunto tem n elementos, onde n é um número natural (possivelmente 0), então diz-se que o
conjunto é um conjunto finito com uma cardinalidade de n ou número Número cardinal n.
Mesmo se o conjunto não possui um número finito de elementos, pode-se definir a cardinalidade, graças
ao trabalho desenvolvido pelo matemático Georg Cantor. Neste caso, a cardinalidade poderá ser
(aleph zero), .
Nos dois casos a cardinalidade de um conjunto é denotada por ou por . Se para dois
conjuntos A e B é possível fazer uma relação um-a-um (ou seja, uma bijeção) entre seus elementos, então
.
Em uma escola, existem duas atividades extra-escolares: Artesanato ou Bioterrorismo. 59 alunos fazem
Artesananto, 87 alunos fazem Bioterrorismo, e 31 alunos fazem ambos. Quantos alunos fazem alguma
atividade extra?
Em uma cidade, 5% da população foi exposta ao Antrax, 8% da população foi exposta a Peste
Bubônica, e 87% da população não foi exposta a Antrax nem Peste Bubônica. Quantas pessoas foram
expostas a Antrax e Peste Bubônica?
A resolução, nos dois casos, deve ser feita com o Diagrama de Venn, marcando-se em cada pedaço o
número (ou porcentagem) de elementos, começando-se sempre do mais interno para o mais externo. No
caso da porcentagem, deve-se levar em conta que o total do Universo é 100%.
Exercícios
Matemática elementar/Conjuntos/Exercícios
Par ordenado
Um par ordenado é uma coleção de dois objetos que tem uma ordem definida; existe o primeiro
elemento (ou primeira coordenada) e o segundo elemento (ou segunda coordenada). Diferentemente
do conjunto { a,b }, um par ordenado — simbolizado por (a,b) — precisa ser apresentado em uma
determinada ordem, e dois pares ordenados só são iguais quando os primeiros elementos são iguais e os
segundos elementos são iguais. Ou seja,
Porém, o par ordenado pode ser representado como um conjunto, tal que não existe ambiguidade
quanto à ordem. Esse conjunto é:
Observar que o formato do conjunto, que inclui um subconjunto contendo os dois elementos do par e
um conjunto contendo o primeiro elemento, elimina a possibilidade de ambiguidade quanto à ordem. A
notação (a,b) também é conhecida como intervalo aberto.
Produto cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A em B ao conjunto formado por todos
os pares ordenados cuja primeira coordenada seja pertencente a A, e a segunda coordenada seja
pertencente a B. O símbolo do produto cartesiano é . Matematicamente:
Quem desenvolveu o conceito de produto cartesiano foi o matemático Descartes, quando desenvolvia
a geometria analítica. Ele enunciou, por exemplo, que o produto cartesiano definido por dois
conjuntos de números reais R (imagine os eixos das abcissas e ordenadas num gráfico) é igual a um
plano.
Relações
1. Estas notações foram introduzidas pelo grupo Bourbaki, que inspirou-se na letra norueguesa Ø.
Ver também
Wikilivros
1. Teoria dos conjuntos - texto mais avançado
Wikipédia
1. Conjunto
2. Complementar
3. Diagrama de Venn
4. Diagrama de Euler
Ligações externas
Frações (http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/fracoes.htm)
Um número natural é um número inteiro não-negativo (0, 1, 2, ...). Em alguns contextos, o número
natural é definido como um número inteiro positivo, i.e., o zero não é considerado como um número
natural. O uso mais comum deles é a contagem ou a ordenação. As propriedades dos números naturais
como, por exemplo, divisibilidade e a distribuição dos números primos, são estudadas neste capítulo.
Outras propriedades que dizem respeito a contagens e combinações são estudadas pela análise
combinatória.
Os matemáticos usam para se referir ao conjunto de todos os números naturais. Este conjunto é
infinito e contável por definição.
= {0,1,2,3,4,5,6,7,...}
= {1,2,3,4,5,6,7,...}
Operações em
São duas as operações em naturais que sempre tem correspondente natural. São a adição e a
multiplicação de naturais. As outras operações básicas, a subtração e a divisão nem sempre tem
correspondente em naturais, embora possam ter em outros conjuntos.
Critérios de divisibilidade
Divisibilidade por 2
Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, isto é, quando é par. Por exemplo, 40, 42,
e 44 são números divisíveis por 2.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 3.
Exemplo:
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando os dois últimos algarismo forem 0 ou formarem um número
divisível por 4.
Exemplo:
Divisibilidade por 5
Exemplo:
2.654.820 → é divisível.
Divisibilidade por 6
Exemplo:
Divisibilidade por 7
Tome por exemplo o número 453. Separando-se o último algarismo ficamos com 45 e 3. Do primeiro
subtraímos o dobro do segundo, ou seja, Como 39 não é divisível por 7 o número 453
também não é.
Outro critério usa a soma e não a subtração. Um número de mais de três algarismos ABCD... é divisível
por 7 quando o número B(C+2A)D... for múltiplo de 7. Isso porque 98 = 100 - 2 é múltiplo de 7, então o
que esta operação faz é trocar 100 A por 2 A. Exemplos: 1645 -> 665 -> 65 + 12 -> 77 (múltiplo de 7);
3192 -> 192 + 60 -> 252 -> 56 (múltiplo de 7); 9876 -> 876 + 180 -> 1056 -> 76 (não é múltiplo de 7).
Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando os três últimos algarismo forem 0 ou formarem um número
múltiplo de 8.
Exemplo:
24512 → é divisível.
Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por 9.
Exemplo:
Divisibilidade por 10
Exemplo:
154.870 → é divisível
A divisibilidade por 11
Segue uma regra parecida com a da divisibilidade por 7. A título de exemplo considere o número 154.
Num contra-exemplo, usaremos o número 277. Pelo algoritmo teremos 27 e 7; 27 - 7 = 20, que não é
divisível por 11, e portanto 277 também não o é.
Dica: Números que seguem a forma "ABBA" são divisíveis por 11.
Por exemplo: para 1221, temos A = 1 e B = 2.
Uma regra prática para números grandes é somar os algarismos de posição par e os de posição ímpar. Se
as somas forem iguais ou os restos das divisões por 11 forem iguais, então o número é múltiplo de 11.
Ou seja, em um número da forma ABCDEFG, compara-se A+C+E+G com B+D+F
Exemplo: 783178 é divisível por 11, porque 7+3+7 = 8+1+8 = 17. Analogamente, 703175 também é,
porque o resto da divisão das duas somas por 11 são iguais, 7+3+7=17 tem resto 6 e 0+1+5=6
também tem resto 6.
4611686018427387901307445734561825860123058430092136939501844674407370955160 →
, portanto é divisível.
4611686018427387903307445734561825860223058430092136939511844674407370955161 →
, portanto não é divisível.
Divisibilidade por
Um número é divisível por quando seus últimos n algarismos forem 0 ou divisíveis por
Divisibilidade por
Um número é divisível por quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos for divisível por
Números primos
Número primo é um número natural maior que 1 e que tem exatamente dois divisores positivos
distintos: 1 e ele mesmo. Se um número natural é maior que 1 e não é primo, diz-se que ele é um
número composto. Por convenção, os números 0 e 1 não são primos nem compostos.
O Teorema Fundamental da Aritmética afirma que qualquer número inteiro positivo pode ser escrito
como o produto de vários números primos (chamados fatores primos). O processo que recebe como
argumento um número composto e devolve os seus fatores primos chama-se decomposição em fatores
primos (fatoração).
Exemplos:
Máximo Divisor Comum (MDC)
O máximo divisor comum (também conhecido por maior divisor em comum) entre dois números e
(vulgarmente abreviada como ) é o maior número inteiro encontrado, que seja divisor dos
outros dois. Por exemplo, A definição abrange qualquer número de termos.
Exemplo:
Seja o máximo divisor comum entre e e também e o resultado da divisão de ambos por
respectivamente.
Cálculo
Fatoração conjunta (ou algoritmo de Euclides, ou ainda Processo das divisões sucessivas)
Fatoração disjunta
Fatoração disjunta
Faz-se a fatoração de cada termo separadamente para, depois, multiplicar os fatores comuns de menor
expoente.
Exemplo
24 | 2
12 | 2
6 | 2
3 | 3
1 | 2³ • 3
40 | 2
20 | 2
10 | 2
5 | 5
1 | 2³ • 5
Com efeito,
MDC = 2³ = 8
Na Fatoração conjunta (ou algoritmo de Euclides, ou ainda Processo das divisões sucessivas) fatora-se
simultaneamente até dois números.
A | B | R1 | R2 | R...
R1 | R2 | R... | 0
onde,
A = um dos números
B = o outro número
= quociente da divisão
Exemplo
3 3
80 | 24 | 8 ← MDC (8)
8 | 0
O Mínimo Múltiplo Comum (também conhecido por menor múltiplo em comum) entre dois números
e (vulgarmente abreviada como ) é o menor número inteiro encontrado, que seja múltiplo
dos outros dois. Por exemplo,
Cálculo
Fatoração conjunta
Fatoração disjunta
Fatoração conjunta
Exemplo
24, 40 | 2
12, 20 | 2
6, 10 | 2 +
3, 5 | 3
1, 5 | 5
1, 1 | 120
Fatoração disjunta
Faz-se a fatoração de cada termo separadamente para, depois, manter-se a base em comum e o
expoente maior, multiplicado pelos fatores não comuns.
Exemplo
24 | 2
12 | 2
6 | 2 x
3 | 3
1 | 2³ • 3
40 | 2
20 | 2 x
10 | 2
5 | 5
1 | 2³ • 5
Com efeito,
23 • 3 • 5
8 • 3 • 5
120,
Relação de Bézout:
Algoritmo de Euclides: MDC(a, b)=MDC(a, b-a) MDC(a, b)=MDC(a, r), onde r é o resto da divisão de b por
a.
Ver também
Wikilivros
Exercícios:
Teoria de números
Wikipédia
Critérios de divisibilidade
Fatoração
Número natural
Número primo
Números inteiros
Definição
Os inteiros, ou números inteiros, consistem dos números naturais (0, 1, 2, ...) e dos números inteiros
negativos (-1, -2, -3, ...). O conjunto de todos os inteiros é normalmente chamado de Z (Mais
apropriadamente, um Z em blackboard bold, ), que vem de Zahlen (do alemão, "número").
Inteiros podem ser adicionados ou subtraídos, multiplicados e comparados. A principal razão para a
existência dos números negativos é que tornou possível resolver todas as equações da forma:a + x = b
para a incógnita x; nos números naturais apenas algumas destas equações eram solúveis.
= {...,-3,-2,-1,0,1,2,3,...}
= {...,-3,-2,-1,1,2,3,...}
Outros subconjuntos de
= {0,1,2,3,...}
Conjunto dos inteiros não-positivos:
= {...,-3,-2,-1,0}
= {1,2,3,...}
= {...,-3,-2,-1}
Notas:
Veja também
Wikilivros
Álgebra abstrata/Números inteiros - uma abordagem mais avançada
Wikipedia
Número inteiro
Números racionais
Números racionais e frações
Fração é um número que exprime uma ou mais partes iguais que divida uma unidade ou um inteiro.
Assim, por exemplo, se tivermos uma pizza inteira e a dividirmos em quatro partes iguais, cada parte
representará uma fração da pizza.
Na matemática, um número racional (ou, vulgarmente, fração) é uma razão entre dois inteiros,
geralmente escrita na forma onde é um número inteiro diferente de Zero.
Exemplos:
{\displ
aystyle
{\displaystyle
{\begin{matrix}{a \over
b}& &{ \ d}& &
Exemplo:
{\
+ =
Cada número racional pode ser escrito de diversas formas, como, por exemplo, 3/6 = 2/4 = 1/2. A forma
mais simples é quando a e b não possuem divisores em comum, e todo racional tem uma forma como
esta. A expansão decimal de um racional é finita ou periódica, propriedade que caracteriza os números
racionais.
Definições
De modo simples, pode-se dizer que uma fração de um número, representada de modo genérico como
{
\di
designa este número dividido em partes iguais. Neste caso, corresponde ao numerador,
enquanto corresponde ao denominador.
representado por
={ / = com e }
Decimais
Decimais exatos
Decimais periódicos
= (a)
{\displ
= (b)
Os decimais periódicos são denominados dízimas periódicas. As dízimas periódicas podem ser simples
como no exemplo (a) ou compostas como no exemplo (b). A fração que originou a dízima periódica é
denominada de fração geratriz e a parte que repete na dízima é denominada período.
Dízima simples
A fração geratriz é obtida usando-se como numerador o período e como denominador um número
formado por tantos noves quantos forem os algarismos do período.
{\displaystyle
0 6666 \ \!\Rightarro
{\displaystyle
1 6666 \ \!=1\ \!+0 6\ \!\Rightarrow 1\ \!+
Dízima composta
A fração geratriz terá como numerador a parte não-periódica, seguida do período menos a parte não-
periódica, e denominador um número formado de tantos noves quanto são os algarismos do período,
seguido de tantos zeros quantos são os algarismos da parte não-periódica (ante-período).
{\
displ
=> + = + = =
Seja o número x = 2,333... (dízima). O período da dízima é o número 3 (um só dígito), assim, para colocar
o período da dízima antes da vírgula, fazemos 10*x = 23,333.... Agora, podemos eliminar a dízima
{
Outro exemplo mais complexo desta conversão, que ocorre quando a dízima se apresente mais à frente
da vírgula: x = 38,07821821821... (dízima). Após a virgula, temos os números "07"´(dois dígitos) que não
fazem parte do período e o período "821" (três dígitos).
100*x = 3807,821821821...
100.000*x = 3807821,821821821...
Eis os passos:
1. O período da dízima tem 3 dígitos, que é o número de algarismos nove (999 portanto);
2. Após a vírgula temos 2 dígitos que não fazem parte da dízima, que é o número de zeros (00 portanto);
4. O númerador da fração será a diferença do número formado pelos algarismos até o primeiro período
da dízima, no caso 3807821, pelo número formado pelos algarismos que antecedem o início da dízima,
no caso 3807. Temos então 3807821 - 3807.
Tipos de frações
irredutível: o numerador e o denominador são primos entre si, não permitindo simplificação. Ex.:
egípcia: fração que é a soma de frações unitárias, distintas entre si. Ex:
contínua termina, o seu resultado é um número racional, porém quando esta fração não termina, o
resultado pode ser racional ou irracional.
Operações
Multiplicação
Para multiplicar uma fração por um número inteiro, considera-se que este é uma fração cujo
denominador é igual a 1. Ex.:
É importante notar que, muitas vezes, a multiplicação dos numeradores e denominadores resulta em
frações redutíveis. Esta fração deve ser reduzida a uma fração irredutível:
Divisão
Como visto, a divisão é a operação inversa da multiplicação. É importante ter isso em mente para resolver
uma divisão entre frações:
Primeiramente inverte-se o divisor da segunda fração. Com isto, tem-se a inversão da operação, isto é,
passará a haver uma multiplicação:
Que se resolve como mostrado acima.
Adição
Caso os denominadores não sejam iguais é preciso, antes de efetuar a adição, encontrar o menor
múltiplo comum (MMC) entre os denominadores:
Encontrado o MMC, este será dividido por cada um dos denominadores, multiplicando-se o resultado
desta divisão pelo respectivo numerador. Como o MMC de 3 e 5 é 15, tem-se que:
{\displa
∴ ∴
{\disp
laystyle
{
\di
Subtração
{\displaystyle {\left({\frac
{1}{2}}\right)^{2}}={{1}^{2}
{\displaystyle
{\left({\frac {1}
Radiciação
Expoente fracionário
Da mesma forma que na divisão entre frações, a ocorrência de expoente fracionário causa a inversão da
operação:
{\displaystyle 8^{{2}
Simplificação de frações
Uma fração pode ser simplificada quando numerador e denominador não são primos entre si. Ex.:
{\
Para tanto basta dividi-los pelo máximo divisor comum (MDC) entre eles, obtendo-se uma fração que,
além de manter a proporção da original, é do tipo irredutível:
{\display
style {\frac
Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador. Isso é
obtido através do menor múltiplo comum, como foi visto na adição.
∴ ∴
< ∴ <
A comparação entre frações com denominadores diversos vale-se do fato de que há frações que são
equivalentes entre si, pois:
e
Uma fração do tipo imprópria pode ser convertida para mista e vice-versa.
Para tanto, basta dividir o numerador pelo denominador. O quociente será o numerador da fração mista
e o resto será o numerador. Como o quociente da divisão 7 ÷ 3 é igual a 2 e o resto é 1, tem-se que a
fração acima, escrita como fração mista, terá a seguinte notação:
Para fazer o caminho inverso, basta multiplicar o denominador pela parte inteira e somar o resultado ao
numerador, mantendo-se o denominador. Como o produto 3 × 2 é igual a 6 e a soma 6 + 1 é igual a 7,
obtém-se novamente a notação sob a forma de fração imprópria, como visto acima.
Ver também
Wikilivros
Matemática elementar/Conjuntos/Números racionais/Exercícios
Wikipédia
Fração
Números racionais
Números irracionais
O conjunto dos números irracionais é um subconjunto dos números reais. Distingue-se dos números
racionais, pois não pode ser representado por , sendo a e b números racionais. Todos os números reais
são infinitos e não são periódicos. Portanto, é usual os números irracionais serem representados por
símbolos. Veja, abaixo, algumas constantes que são números irracionais utilizadas na matemática:
√2 = 1,414213...
√3 = 1,732050...
√5 = 2,236067...
3
√2 = 1,259921...
√6 = √2.3 = 2,449489...
o quociente entre todos os expoentes (a, b, c, ...) dos números primos (x, y, z, ...) e o índice n forem
números inteiros. Exemplo:
O quociente entre os expoentes dos números primos e o índice é: 4÷2 = 2; 2÷2 = 1; -2÷2 = -1. Já que
todos são inteiros, a raiz de 5,76 é racional, e equivale a 2,4.
Operações em
Adição - Uma adição x + y, em que ao menos uma das variáveis é irracional, resultará em um
número irracional (exceto se x = -y). Exemplo:
π + 1 = 4,141592...
π + √2 = 4,555806...
√2 + √3 = 3,146264...
Subtração - Em uma subtração x - y, em que ao menos uma das variáveis é irracional, o resultado
será um número irracional (exceto se x = y). Exemplo:
π - 1 = 2,141592...
√10 - π = 0,020685...
√7 - √10 = -0,516526...
Multiplicação - Se em uma multiplicação um dos fatores for irracional, o produto será também
irracional (exceto se um dos fatores for zero, ou se ocorrer a repetição de uma mesma raiz n
vezes, em que n também é o índice). Exemplo:
√2 x √3 = √6
3
√2.3√2.3√2 = 2 (observe que o índice das raízes coincidiu com o número de vezes em que ela repetiu
na multiplicação, originando, portanto, um número racional).
Inconsistente o exemplo logo acima, porque multiplicar dois números irracionais, iguais ou distintos
entre si, resulta num número irracional.
Não é porque o número irracional está representado por (raiz enésima (a)), ele passa a ser racional.
Então, mesmo que eu eleve (raiz enésima (a)) à enésima potência, o resultado não será "a", e sim um
número que tende a "a". Se formos pensar sobre essa questão, veremos que, se tivermos b = (raiz
enésima (a)), com "b" pertencente ao conjunto dos números irracionais, e "a" e "n" pertencentes ao
conjunto dos números racionais, então a extração de (raiz enésima (a)) é impossível.
Divisão - Uma divisão que envolva um número irracional, resultará em outro número irracional
(exceto se o mesmo número irracional multiplique n vezes tanto no denominador quanto no
numerador, ou se o número zero estiver presente). Exemplo:
√6 ÷ √3 = √2
2√2 ÷ √2 = 2 (veja que o mesmo número irracional repetiu a mesma quantidade de vezes no divisor e
no dividendo).
Potenciação - Uma potenciação que envolva um número irracional sempre resultará num número
irracional (exceto se o expoente for zero, ou o quociente entre o expoente do radicando e o índice
for um número inteiro). Exemplo:
π2 = 9,869604...
(√3)4 = 9 (pelo fato de a razão entre o expoente do radicando e o índice ser um número inteiro, 4 ÷ 2
= 2, a potenciação não originou um número irracional).
Também é inconsistente o exemplo logo acima, pelo mesmo motivo de que falei em "Multiplicação".
Bem, se os intelectuais que lerem meus comentários duvidarem, então façam assim: extraiam a raiz
quadrada de dois, à mão, consoante o Método Exato de Extração de Raízes Quadradas, explanado em
Wikipedia, em "Raiz quadrada". Extraiam-na, indo a partir da primeira até, no mínimo, a quintitilionésima
casa decimal após a vírgula; depois, elevem cada resultado ao quadrado, também à mão. Se algum dos,
no mínimo, cinco milhões, der 2,000000000000000000000000..., eu retifico esse comentário. Caso não
der, eu estarei certo.
Números reais
Potenciação
Conceito
Em matemática, potências são valores que representam uma multiplicação sucessiva de um número, ou
seja, representam o mesmo número multiplicado algumas vezes por si mesmo. Uma potência é
composta por um número, chamado base, que é multiplicado sucessivamente por si mesmo; e por um
índice, chamado expoente, que diz o número de vezes que a base é multiplicada por si mesma. As
potências apresentam-se na forma onde n é o expoente e x é a base.
A potência por exemplo, indica que a base, o número 4, será multiplicada sucessivamente 3 vezes por
si mesma, ou seja Se o expoente é 1, então o resultado tem o valor da base (
), enquanto que com um expoente 0, devido a regras de operações feitas diretamente com potências, o
resultado é sempre igual a 1 ( = 1).
Propriedades da potenciação
Primeira propriedade
Segunda propriedade
Terceira propriedade
Ao elevar um produto ou um quociente a um expoente, elevamos cada um dos fatores a esse expoente
ou, no caso do quociente, elevamos o dividendo e também o divisor ao mesmo expoente.
É importante perceber que, mesmo com bases diferentes, podemos torná-las iguais para efetuar uma
operação. Exemplo:
Expoentes negativos
Observe que a fração foi invertida e o sinal negativo do expoente desapareceu. Exemplo:
Tópicos
1. Definição de Potência
2. Divisão
1. Com a mesma base
Exercícios
Radiciação
Propriedades da radiciação
Racionalização de denominadores
Exercícios
Intervalos reais
Intuitivamente, um intervalo real é um subconjunto dos números reais que não tem nenhum buraco. Ou
seja, se I é um intervalo, a e b são elementos deste intervalo com a < b, então todo número entre a e b
também pertence ao intervalo.
Os intervalos são classificados de acordo com seus extremos (o extremo superior e o extremo inferior).
Cada extremo pode ser ilimitados, limitado e aberto ou limitado e fechado.
Representa-se o intervalo através do seu limite inferior, seguido da vírgula (ou ponto-e-vírgula) e o limite
superior.
- ilimitado
- limitado e aberto
- limitado e fechado
- ilimitado
- limitado e aberto
- limitado e fechado
Por exemplo:
Exercícios
Veja também
Wikipédia
Número real
Exercícios
Sobre Radiciação
1.
2.
3.
4. Simplifique os radicais
1.
2.
3.
5. Racionalize as expressões abaixo:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
{\displ
aystyle
3.
4.
5.
1.
{\displaystyle
{\sqrt {13 {\sqrt
2.
{\displaystyl
e {\sqrt {9
3.
{\displaystyl
e {\sqrt {7+
4.
{\displa
{\displa {\displa
{\displaystyle
{\displaystyle b={\frac {4+
a={\frac {3+
10. Seja e . Determine a:b.
{\displaystyle {\frac
{2+{\sqrt {5}}}{2-{\sqrt
2.
{\displaystyle
3.
4.
Matemática elementar/Exponenciais/Exercícios
Números complexos
O conjunto dos números complexos é a extensão dos números reais. Esta extensão é toda construída a
partir de um elemento novo, a unidade imaginária . Tipicamente, números deste conjunto são
designados por z, mas é permitido utilizar qualquer signo para representá-los.
O número imaginário
A unidade imaginária i - que define os números complexos - tem o valor de √-1. Para esta, então,
podemos considerar todas as regras de radiciação. Observe o exemplo abaixo:
Desta forma, raízes negativas podem ser facilmente reduzidas a um número complexo. Esta característica
é muito utilizada para descobrir raízes de funções em que o discriminante é menor que zero. Por
exemplo, as raízes de f(x) = x2 + 9 são dadas por
A soma de um número imaginário por um número real origina o afixo do número complexo z. Desta
forma, em um número complexo z cujo afixo é dado por a + bi, teremos a como a parte real (denotada
por Re), e b a parte imaginária (denotada por Im). Desta forma, teremos:
{\displaystyl
Que resulta em z = 2 + i.
Soma e subtração
A parte real a1 soma-se à parte real a2, enquanto a parte imaginária b1 soma-se à parte imaginária
b2.
A subtração pode ser deduzida a partir da adição. Veja a diferença entre z1 e z2:
{\displaystyle
{\begin{cases}\operatorn
Multiplicação
A própria definição do conjunto dos números complexos reside na multiplicação. Assim, definimos o
conjunto dos números complexos como tendo a seguinte operação de multiplicação:
A parte real a1 é multiplicada pela parte real a2 e pela parte imaginária b2, somando-se, então, o
produto entre a parte imaginária b1 e a parte real a2, bem como o produto entre b1 e b2.
{\displaystyle z_{1}z_{2}=(a_{1}+b_{1}i)
{\displaystyle z_{1}z_{2}=-2+4i-i+2i^{2}=-2+3i+2i^{2}=-2+
Potenciação
Você deve ter notado a presença de expoente acima da unidade imaginária no exemplo anterior. A
potência pode e deve ser resolvida. Facilmente ela pode ser deduzida. Veja:
{\display
Divisão
A divisão de números complexos pode ser feita pelo método da chave. Entretanto, esta última muitas
vezes pode ser demorada até que se obtenha resto igual a zero. Geralmente, o método aplicado consiste
na multiplicação do denominador e numerador pelo conjugado do divisor. Exemplo:
Representação geométrica
Veja também
Uma abordagem mais avançada dos números complexos pode ser vista no livro Análise
complexa/Introdução.
Relações
Relações são, conforme visto no capítulo anterior, quaisquer subconjuntos do produto cartesiano A × B.
Em verdade, as relações podem envolver produtos cartesianos de vários conjuntos (X1 × X2 × ... × Xn), e a
relação específica que envolve o produto cartesiano de dois conjuntos é chamada relação binária.
Assim, uma relação binária é o conjunto de pares ordenados cujo primeiro elemento pertence a A e o
segundo elemento pertence a B, quaisquer que sejam os conjuntos A e B. Representa-se a relação binária
por . O conjunto A é chamado de domínio da relação, o conjunto B é chamado de
contradomínio da relação.
Especificando relações
Relação de A em B, definida
como a associação de
elementos de A ao seu dobro
em B.
A imagem à direita mostra uma maneira comum de se especificar relações: através de figuras mostrando
os dois conjuntos, com setas indicando os pares ordenados.
Onde C é uma condição qualquer que associe os elementos de A e B. Pode ser uma equação ou
inequação. Por exemplo:
A = { 1,2,3 }
B = { 1,2,3,4,5,6 }
C = { 1,2,4,8 }
D = { 0,1,2 }
R = { (1,2) }
Representação gráfica
Relações binárias, visto consistirem de pares ordenados, podem ser representadas em gráficos. Um
gráfico é nada mais do que uma curva (o nome se aplica mesmo a gráficos com apenas retas) que
representa visualmente a relação binária, para cada par ordenado em que ela se defina. O gráfico
formado assim é também chamado de sistema cartesiano ou gráfico cartesiano, por representar um
produto cartesiano.
Uma relação que tenha por coordenadas elementos pertencentes ao conjunto dos números reais é
representada, usualmente, num plano com duas retas: o eixo das abcissas e o eixo das ordenadas.
Estas retas recebem também os símbolos x e y, respectivamente.
No caso da relação ser definida por inequações, o gráfico correspondente vai representar áreas, e não
curvas. (Por razões práticas, no gráfico muitas vezes aparece colorida ou hachurada apenas uma parte,
logo abaixo ou acima de uma linha que define a inequação.)
Um gráfico pode estar "em branco" para relações definidas pelo conjunto vazio ({}).
No gráfico como apresentado o eixo das abcissas representa o domínio da relação, e o eixo das
ordenadas representa o contra-domínio da relação.
Função
Existe um tipo especial de relação que é chamado função: é a relação na qual, para todo elemento do
domínio, há correspondência de um (e somente um) elemento no contradomínio. A função normalmente
é simbolizada por f(x) (sendo x uma variável, ou seja, um valor que pode representar qualquer elemento
do conjunto domínio).
Relações de equivalência
Uma classe muito importante de relações são as de equivalência, que serão definidas a seguir. Seja R
uma relação entre os conjuntos A e B, ou seja, R ⊆ A×B. Denotaremos que um elemento a de A se
relaciona com o elemento b de B, segundo a relação R, por aRb. Se uma relação R definida com domínio
A e contradomínio A cumpre as seguintes propriedades: ∀a A aRa (propriedade reflexiva) ∀a,b A
aRb ⇔ bRa (propriedade simétrica) ∀a,b,c A aRb e bRc ⇒ aRc (propriedade transitiva) Ela é dita Relação
de Equivalência.
Teorema: Se a ē ⇒ ā=ē Demonstração: Tome x ā. Por definição xRa. Como a ē, por definição aRe.
Pela propriedade transitiva das relações de equivalência, xRe, logo x ē. Tome x ē. Por definição xRe.
Como a ē, por definição aRe, logo, eRa. Pela propriedade transitiva das relações de equivalência, xRa,
logo x ā. Deste modo, ā=ē.
Teorema: Se a∉ē, então ā∩ē=∅ Demonstração: Suponha, por absurdo que existe um x em ā∩ē. Da
definição de interseção de conjuntos e da definição de classes de equivalência, xRa e xRe. Logo aRx e
xRe. Daí aRe. Deste modo, a ē. Isto é um absurdo pela hipótese. Deste modo, nenhum x pode
pertencer a ā∩ē. Logo ā∩ē=∅.
Teorema: Se ā≠ē, então ā∩ē=∅ Demonstração: Se ā≠ē, então existe u ā tal que u∉ē ou u ē tal que
u∉ā. Suporemos, sem perda de generalidade, que existe u ā tal que u∉ē. Como já provamos ū=ā e
ū∩ē=∅. Logo ā∩ē=∅.
Definição: Uma partição de um conjunto X é um conjunto P tal que x P ⇒ x⊆X, além de x,y P⇒
x∩y=∅ e x X ⇒ ∃a P tal que x a.
Teorema: Seja P uma partição de A, a relação R dada por aRe ⇔ a ē é de equivalência. Demonstração: a
ā por definição, de modo que aRa para todo a em A. Se aRe, então a ē, logo ā=ē. Daí, como e ē
por definição, então e ā. Logo eRa Se aRe e eRu, então a ēee ū. Daí, sabemos que ā=ē=ū. Logo a
ū e, portanto, aRu. Deste modo, provamos as três condições da definição de relação de equivalência.
Disto sabemos que toda partição induz uma relação de equivalência e toda relação de equivalência induz
uma partição. Estes resultados são muito úteis em vários ramos da Matemática, como Geometria.
Funções
Uma função é uma relação especial, que é definida da seguinte maneira: sejam dois conjuntos A e B, tais
que para todo elemento x pertencente a A, haja uma correspondência de um elemento y pertencente a
B. Essa correspondência é a função: a associação, definida de algum modo, entre todos os elementos de
um conjunto e os elementos de outro conjunto.
A função que associa um elemento x a outro valor pode ser indicada por f(x). O aparecimento de x na
simbologia da função não ocorre por acaso, uma vez que o valor f(x) depende de x. Por isso mesmo, x é
chamada variável independente e f(x) (ou y) é chamada de variável dependente. Matematicamente a
função é definida:
, ou mais simplificadamente,
Um exemplo de função: dado o conjunto dos números naturais, uma função pode associar cada número
ao seu quadrado. Assim, essa função assumiria os valores: { 1,4,9,16,... }.
Uma função pode, na verdade, associar mais de um conjunto a outro; pode haver diversas variáveis
independentes. Por exemplo: uma função pode tomar dois valores inteiros e expressar sua soma:
No entanto, neste livro será dada mais atenção às funções de uma variável, apenas. São duas
características da função enquanto relação:
há correspondência unívoca entre um elemento e o valor associado a ele pela função: isso significa
que para cada valor assumido pela variável independente (x), há um único valor da variável
dependente (y) associado pela função. Consequentemente, se t = f(x) e w = f(x), então t = w.
a correspondência é total, ou seja, um valor assumido pela variável dependente estará associado para
todo valor possível de ser assumido pela variável independente.
A tabela a seguir mostra dois exemplos de relações que não são funções:
Nesse caso, um mesmo elemento (3) do Aqui a correspondência não é total: falta um
domínio X aparece associado a dois elementos valor associado a 1.
do contradomínio Y (c,d).
Duas funções f e g são ditas iguais (f = g) se e somente se para cada valor de x no domínio D, f(x) e g(x)
assumam o mesmo valor:
OBS.: uma função é uma relação, por isso não possui grau. Quem possui grau são os polinômios
associados a função. Dessa maneira é um equívoco pensar em "função de 1° ou 2° graus".
Introdução
Relações que estabeleçam dependência entre os elementos de dois conjuntos são denominadas
funções.
Existe um valor fixo que o vendedor ganha mesmo se não conseguir vender nada naquele mês e uma
comissão, que depende da quantidade de vendas que o vendedor realizou. Por exemplo:
Gráfico salário X vendas
Da tabela acima podemos construir uma relação entre as vendas e o salário do vendedor:
E com isso, construímos um gráfico que relaciona vendas a salário, onde verifica-se que:
Definição
Ao aplicar uma função em um dado conjunto , cada elemento deste deverá ter como
correspondente um elemento em um dado conjunto .
Ou seja:
Dados dois conjuntos e não vazios, dizemos que a relação f de em será função se, e somente
se,
(Para qualquer x pertencente a D existe um y pertencente a C tal que o par ordenado (x,y) pertence à
função f)
Obs: Para cada , deve haver apenas um
Representações
Abaixo você pode ver as três mais comumente utilizadas, sendo a primeira a predominante.
Há também as representações por sua fórmula algébrica em relação a sua imagem, como a seguir:
Condições de existência
1. Todo e qualquer elemento do domínio deve possuir uma única imagem no contra-Domínio.
2. Caso a equação algébrica da função contenha uma fração, seu denominador deve ser diferente a 0
(zero).
3. Caso a equação algébrica da função possua uma raíz de índice par, para que seu resultado pertença
aos Reais, o radicando deve ser maior ou igual a 0 (zero).
1. Caso essa mesma raíz esteja no denominador de uma fração, o radicando deve ser
estritamente maior que 0 (zero).
2. Caso o índice dessa raíz seja um número ímpar, a única restrição é que o radicando seja
diferente de 0 (zero).
Com isso, cada função deverá ter suas restrições particulares, mas sempre obedecendo as gerais acima.
Algumas regras não são aplicáveis a funções com contradomínio Complexo.
Nomenclaturas
Abaixo você confere o que significa cada nome utilizado ao se falar sobre funções:
São três conjuntos especiais associados à função. O domínio é o conjunto A do exemplo dado no início
deste capítulo: contém todos os elementos x para os quais a função deve ser definida. Já o conjunto B do
exemplo é o contradomínio: o conjunto que contém os elementos que podem ser relacionados a
elementos do domínio.
Também define-se o conjunto imagem como o conjunto de valores que efetivamente f(x) assume. O
conjunto imagem é, pois, sempre um subconjunto do contradomínio.
Por exemplo, suponha a função que associa um elemento do domínio D = { 1,2,3,4,5 } a uma vogal
ordenada no alfabeto.
O domínio, já especificado, é
O contradomínio é
A imagem é
Gráfico Cartesiano
Abscissa
Todo e qualquer elemento do domínio.
Ordenada
Todo e qualquer elemento do conjunto imagem.
Gráfico em Plano Cartesiano da função
Representação de todos os pontos que compõem uma função através de dois eixos perpendiculares.
Continuidade
Uma função é dita contínua sobre um intervalo dado, , se possui um valor definido para todos os
números contidos nesse intervalo. Por exemplo, a função:
Crescimento e decrescimento
Uma função é dita crescente, sobre um intervalo [A,B], se para cada valor de x + ε (ε sendo qualquer
valor positivo), .
Uma função é dita decrescente, sobre um intervalo [A,B], se para cada valor de x + ε (ε sendo qualquer
valor positivo), .
Paridade
A paridade de uma função é uma propriedade relacionada a simetria da mesma, e portanto só pode ser
definida para funções cujo domínio é simétrico (veja a definição de conjunto simétrico). Sendo um
elemento pertencente a um conjunto simétrico , uma função é dita:
par, se para todo , ; ou seja, o valor da função é definido apenas de acordo com o
módulo da variável independente;
Existem dois tipos especiais de funções a respeito das quais cabe fazer comentários aqui. Uma função é
dita polinomial do primeiro grau ou afim quando pode ser expressa na forma:
A função polinomial do primeiro grau sempre toma no gráfico a forma de pontos colineares. Se o
domínio da função for o conjunto R, tem-se uma reta.
Para o caso específico da constante ser igual a zero, a função é chamada função linear.
Função polinomial do segundo grau:
.
Graficamente, a função do segundo grau é sempre uma parábola, cuja concavidade depende unicamente
do sinal da constante a. Se a for negativo, a parábola tem o vértice voltado "para cima"; se a for positivo,
a parábola tem o vértice voltado "para baixo". (Considerando a representação usual do plano cartesiano.)
Composição de funções
Composição e inversão de funções
O conceito de uma função é uma generalização da noção comum de "fórmula matemática". Funções
descrevem relações matemáticas entre dois objetos, e . O objeto é chamado o argumento
da função , e o objeto , que depende de , é chamado imagem de pela .
Intuitivamente, uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento um único valor da
função . Isto pode ser feito especificando através de uma fórmula ou regra de associação, um
gráfico, ou uma simples tabela de correspondência...
1. Função polinomial
1. Função linear
2. Função quadrática
2. Função exponencial e Função logaritmica
3. Função trigonométrica
4. Função modular
5. Função afim
Tomemos dois conjuntos e . Digamos que o primeiro seja um conjunto de crianças e o segundo é de
mulheres adultas. Seja f a função que leva cada criança x do conjunto X na sua mãe y = f(x) do conjunto
Y.
Se houver ao menos uma criança no conjunto que não seja filha de uma mulher do conjunto ,
então esta relação não consiste em uma função.
Se houver ao menos uma criança no conjunto que seja filha de mais de uma mulher do conjunto ,
então esta relação também não consiste em uma função.
Se no conjunto X não houver nenhum par de irmãos, ou seja, as mulheres do conjunto Y tem apenas
um filho ou nenhum filho, então temos que para a e b crianças diferentes do conjunto X, as suas mães
f(a) e f(b) são diferentes. Neste caso, a função é injetora.
Se o conjunto Y for formado apenas de mães, ou seja, não há mulheres sem filho em Y, então qualquer
que seja a mãe m do conjunto Y existe alguma criança c tal que f(c) = m (ou seja, m é a mãe de c).
Neste caso, a função é sobrejetora.
Se não houver irmãos em X, e o conjunto Y for formado de mães, então existe uma correspondência
perfeita entre crianças e suas mães, ou seja, toda criança tem só uma mãe e toda mulher tem só um
filho. A função f é, ao mesmo tempo, injetora e sobrejetora, ou seja, é bijetora.
Função Injetora e não Função Sobrejetora e Função Bijetora
sobrejetora não injetora
Resumindo:
Função Injetora (ou função injetiva, ou uma injeção) é aquela na qual dois elementos diferentes
no domínio correspondem sempre a elementos diferentes no contra-domínio.
Função sobrejetora (ou função sobrejetiva ou uma sobrejeção) é aquela na qual o contra-
domínio é igual à imagem, ou seja, cada elemento do contradomínio é correspondido por ao
menos um do domínio.
Função bijetora (ou função bijetiva ou uma bijeção) é aquela na qual para cada elemento no
domínio corresponde a um único elemento no contradomínio, e cada elemento no contradomínio
corresponde a um único do domínio.
No restante do texto, serão estudadas funções numéricas, ou seja, funções entre conjuntos de números
reais.
Domínio finito
Quando o domínio da função é finito, a forma mais prática de verificar se a função é injetora, sobrejetora
ou bijetora é calcular diretamente f(x) para cada ponto do domínio, e verificar:
se existe algum y no contra-domínio que ficou de fora, ou seja, para o qual não existe x com f(x) = y,
então a função não é sobrejetora
Exemplo
Seja A = { -2, -1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 3, 4}, C = {0, 1, 4}, D = {0, 1, 2} e as funções:
Então:
e não é injetora, porque e(0) = e(1). e também não é sobrejetora, porque não existe x tal que e(x) = 0.
f não é sobrejetora, porque não existe x tal que f(x) = 2. Mas f é injetora: a única forma de f(x) ser igual
a f(y) é quando x = y, como pode ser visto listando os pares ordenados de f: {(0, 0), (1, 1), (2, 4)}.
g não é injetora, porque g(-1) = g(1). Mas g é sobrejetora, porque para todo elemento y de C existe um
elemento (pode haver mais de um) x de A com g(x) = y. Isto pode ser visto também listando os pares
de g: {(-2, 4), (-1, 1), (0, 0), (1, 1), (2, 4)}. Outra forma de ver que ela é sobrejetora é observar que a
imagem de g é o conjunto {0, 1, 4}, igual ao contra-domínio C.
h é injetora, porque se h(x) = h(y), então x + 2 = y + 2 logo x = y. h também é sobrejetora, porque para
todo elemento y de B existe um x de A com h(x) = y. De fato, isto pode ser visto enumerando-se os
pares de h, ou observando-se que a imagem de h é o conjunto B.
Casos particulares
{\displays
Alguns casos particulares para funções , em que A e B são conjuntos finitos de números
Deve-se notar que estas regras não são suficientes para resolver todos os casos, por exemplo a função
dada por f(x) = x2, em que A = {-1, 1} e B = {0, 1} não é nem injetora nem sobrejetora.
Se f é uma função do segundo grau, f(x) = a x2 + b x + c, com a ≠ 0, então f não é injetora nem
sobrejetora.
(x - 2)(x - 3).
Obviamente, pelo gráfico é fácil ver que esta função não é injetiva. Pela equação também é fácil, já que
f(1) = f(2) = f(3) = 0.
Esta função é sobrejetiva. Este fato e sugerido pelo gráfico, apesar deste mostrar apenas parte do
conjunto imagem.
Neste caso temos uma função , em que A e B podem ser toda a reta real, intervalos finitos ou
intervalos infinitos.
Ver também
Artigos na wikipedia:
Função injetiva
Função sobrejetiva
Função bijetiva
Função inversa
Dada uma função , uma pergunta natural é, dado um valor v do contradomínio, em que
condições a equação f(x) = v tem uma solução única x = u ?
Por exemplo, para funções do primeiro grau, de domínio e contra-domínios reais, f(x) = a x + b (em que
{\displays
tyle x=
Por outro lado, para funções reais do segundo grau f(x) = a x2 + b x + c (novamente, a ≠ 0), a equação f(x)
{\displaystyle \Delta
= v pode possuir duas, uma ou nenhuma raiz (dependendo do valor de ser,
respectivamente, positivo, zero ou negativo).
Como outro exemplo, a função f(x) = x2 + 1, quando o domínio é o conjunto dos números reais positivos
e o contra-domínio é o conjunto dos números reais maiores que um é tal que f(x) = v sempre admite
uma única solução. Isto porque, sendo v > 1, temos que x2 + 1 = v é equivalente a x2 = v - 1, ou seja, a
solução é a (única) raiz quadrada positiva do número positivo v - 1 dada por .
Conceito
Teoremas
Se f é uma função bijetora, então f tem uma inversa, e a função inversa é bijetora
A função inversa de uma função f é representada por f-1 - note-se que esta notação deve ser usada com
Ver também
Artigo na wikipedia:
Função inversa
Exponenciais
Definição de Potência
Em matemática, potências são valores que representam uma multiplicação sucessiva de um número, ou
seja, representam o mesmo número multiplicado algumas vezes por si mesmo. Uma potência é
composta por um número, chamado base, que é multiplicado sucessivamente por si mesmo; e por um
índice, chamado expoente, que diz o número de vezes que a base é multiplicada por si mesmo. As
potências apresentam-se na forma , onde n é o expoente e x é a base.
A potência , por exemplo, indica que a base, o número 4, será multiplicada sucessivamente 3 vezes por
si mesma, ou seja . Se o expoente é 1, então o resultado tem o valor da base (
), enquanto que com um expoente 0, devido a regras de operações feitas diretamente com potências, o
resultado é sempre igual a 1 ( = 1).
A regra para o expoente zero pode parecer estranha. Mas se não fosse assim, todas as propriedades de
potências ficariam mais complicadas. Além disto, quem olhar um gráfico de uma função exponencial vai
ver que não poderia ser de outra forma. Enfim, tudo induz para que aceitemos esta forma de definir as
potências com expoente 0.
Existem várias regras que visam facilitar a resolução de potências. É possível multiplicar e dividir qualquer
par de potências que possuam a mesma base, o mesmo expoente, ou os dois iguais.
Multiplicação
(1) - Este caso nos dá mais um motivo para tomarmos qualquer potência com expoente 0 como sendo
Observe que isto não é a prova que pois foi utilizada uma propriedade para subtrair os expoentes,
propriedade esta que, para ser provada, necessita que seja considerado , logo, não pode ser provada
utilizando a equação acima.
Equações do tipo
onde a é uma constante são resolvidas simplesmente igualando-se f(x) a g(x).
é preciso, primeiro, converter uma (ou ambas) bases para que as duas bases fiquem iguais.
Exemplo
Resolva:
{\displaystyle
{\displaystyl
Aplicando a propriedade :
{\displaystyl
{\displaysty
{\displayst
{\dis
Verificando:
{\displ
(ok)
As equações do tipo
Exemplo
Resolva a equação
De novo, como temos bases diferentes, é conveniente reescrever tudo para a mesma base. Como
, temos:
Ainda temos um problema! É preciso transformar em uma expressão onde esteja isolado. Para
isto, vamos usar a propriedade :
{\displaystyle 3^{(x-
{\displaystyle
{(3^{x})}^{2}+{\frac {8}
Resolvendo:
{\dis
{\displaystyle
y^{2}+{\frac {8}
{\displaystyle
{\displaystyle y={\frac
{-8\pm {\sqrt {8^{2}-4(3)(-3)}}}
{2(3)}}\ }
{\displaystyle y=
{\frac {-8\pm {\sqrt
{\displ
{\dis
playstyl
A primeira solução, y = -3, gera uma equação sem solução em x, porque é sempre um valor positivo
e não pode ser igual a -3.
{\displ
aystyle
Ou seja:
x = -1
(ok)
Exercícios
Ver Exercícios
81²+81²+81²=
Ver também
Exercícios
A seguir são sugeridos alguns exercícios sobre exponenciais.
{\display
2.
{\displaystyle
3.
4.
5.
6.
2. Simplifique as expressões abaixo:
1.
2.
3.
4.
2.
3.
4.
1.
2. ()
3. ()
4. ()
5. Se n é um número par, ()
6. Se n é um número ímpar, ()
7. ()
8. ()
{\displaystyl
9. ()
11. ()
12. ()
13. ()
14. ()
15. ()
16. ()
17. ()
18. ()
19. ()
6. Simplifique as expressões:
{\displaystyle {\frac
{{(-2)}^{3}.
1.
{\displaystyle
{\frac {6^{4}.
2.
{\displaystyle
{\frac {x^{-2}.y^{2}.
{( )}^{4}}{
3. Sendo x > 0 e y > 0,
Logaritmos
Uma família decidiu construir sua árvore genealógica. Enquanto desenhavam-na, notaram que a cada
geração superior, dobrava o número de ascendentes. Na última geração, havia um. Na penúltima, dois. Na
antepenúltima, quatro, e assim sucessivamente.
{\displa
No entanto, há a impossibilidade de resolver o cálculo. Para isto, algumas calculadoras possuem a tecla
log2:
{\displaysty
Definição de logaritmo
{\dis
{\disp
Observação: quando o valor da base não está explicita, considera-se 10 para a base:
{\displaystyle
Na resolução de equações envolvendo logaritmos é de grande ajuda em certas situações usar princípios
de equações exponenciais. Nestes casos, convertemos o logaritmo para uma potência. Por exemplo:
{\displayst
O logaritmo pode também ser entendido como uma função. Por exemplo, se temos uma função x,
operamos com os princípios da álgebra, e isto ocorre também com os logaritmos. Exemplo:
{\displaystyl
Na álgebra, para podermos operar termos é necessário que a parte literal de cada monômio seja igual.
Com os logaritmos isto ocorre de forma similiar:
{\displaystyle 3\log
Para podermos operar logaritmos de forma análoga à álgebra, é fundamental que a base e o
logaritmando sejam iguais. Veja outro exemplo:
{\displays
{\displaystyle \log
Além de aparecer em parcelas de uma soma ou em fatores, como visto nos dois últimos exemplos, o
logaritmo pode aparecer em qualquer outra função! Pode estar no quociente de uma divisão, no
expoente de uma potência, no radicando de uma raíz, ou até mesmo no logaritmando de um outro
logaritmo. Em alguns casos, é muito comum recorrermos a alguma substituição para podermos visualizar
melhor a equação. Por exemplo:
Exemplo de substituição em função composta
:
Substituiremos log5 7 por y, apenas para facilitar o cálculo:
Retornaremos o valor de y:
Comparando a igualdade, percebemos que x/2 é igual a 7 (note que a base e o logaritmando são
iguais!):
Isolando a incógnita:
Função logaritmica
f (x) -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Note que os resultados obtidos seguem um progressão geométrica, e portanto, o gráfico será
representado por uma curva. Pode-se observar, ainda, nesse exemplo, que quanto menor for f (x), mais
próximo de zero será x, mas não há valor para x que faça y ser nulo. Neste caso, o intervalo do domínio
da função é (0, +∞).
Chamamos de raíz da função os valores de x em que f(x) = 0. Isto é, os pontos em que a curva
intersepta o eixo das abscissas. No exemplo anterior, isto ocorre quando x = 1.
Vejamos o caso abaixo, de f(x) = (-2)x
x -3 -2 -1 0 1 2 3
Veja que os valores de f (x) possuem alternância de sinal, o que faz haver descontinuidade. Desta forma,
uma função do tipo loga b = c em que a < 0 não apresentaria um gráfico, e portanto, não existe. Esta é
uma regra: a base não pode ser negativa!
Consequentemente, o logaritmando jamais será negativo, pois potências negativas existem somente se a
base é negativa e o expoente é ímpar.
Estudo de casos
Temos que logx x = y é o mesmo que xy = x. Pensemos, qual expoente que elevado a uma base
qualquer produz uma potência igual a base? O único expoente que satisfaz esta condição é 1, portanto
logx x = 1.
Sabemos que logx 1/x = y é igual a xy = 1/x. O único expoente que elevado a uma base qualquer que
produz uma potência inversa a base é -1. Logo, logx 1/x = -1.
Logaritmando igual a 1:
Já que logx 1 = y é o mesmo que xy = 1, devemos pensar quais expoentes deixam qualquer base real
positiva igual a 1. O único expoente é o zero, assim, logx 1 = 0.
Existem várias regras que visam facilitar a resolução de logaritmos. Para as demonstrações a seguir,
consideraremos logca = x, e logcb = y. Assim, cx = a, e cy = b.
Soma
Demonstração:
O produto de um logaritmo por uma constante (ou qualquer função real) é o logaritmo do
logaritmando elevado a esta constante:
{\displaystyle
Demonstração:
A partir de:
Subtração
Demostração:
Assim, temos uma soma de logaritmos, sendo que um deles está multiplicado por uma constante (-1).
Aplicaremos, então, a propriedade do produto por uma constante:
Portanto:
Mudança de base
Um logaritmo A qualquer é igual a uma fração de dois logaritmos de mesma base, na qual o
logaritmando do denominador é igual ao logaritmando de A, e o logaritmando do numerador é
igual a base de A:
(II)
Demonstração:
Para chegar ao resultado da expressão, tomamos o seguinte valor inicial:
Sabemos cx em (I):
{\displays
tyle \log
Se não for possíver realizar o cálculo com a base 2, utilizemos a propriedade da mudança de base:
Outras propriedades
As quatro propriedades descritas anteriormente (soma, subtração, multiplicação e mudança de base) são
fundamentais para o cálculo de logaritmos. Existem outras propriedades que podem ser deduzidas
através das operações, que auxiliam em problemas que envolvem logaritmos. São elas:
Inversão do logaritmando
Demonstração:
Que resulta em
Bases com expoentes
Demonstração:
Temos um caso de logaritmos em que a base é igual ao logaritmando (logb b), que é igual a 1:
(I)
Reescrevendo:
Observe que em (I), podemos ter um final diferente para esta propriedade, ao multiplicarmos a
equação por c:
Exemplo de aplicação
Esta propriedade pode ser aplicada para facilitar a soma ou subtração de logaritmos de bases diferentes.
Exemplo:
A propriedade da soma não pode ser utilizada pois as bases dos logaritmos são diferentes. Então
colocaremos um expoente na base de modo que estas, posteriormente, fiquem iguais:
Demonstração:
Ocorreu o caso de um logaritmo no qual a base é igual ao logaritmando (logxx), que é igual a 1:
Podemos simplificar uma divisão de logaritmos através da propriedade da mudança de base, na qual é
necessário que os logaritmos tenham a mesma base:
Demonstração:
Cologaritmos
Exercícios
Trigonometria
Trigonometria
Tabela de
Trigonometria,
1728
Cyclopaedia
Trigonometria (do grego trigonon = três ângulos e metro = medida) é uma parte da Matemática que
estuda as relações entre triângulos, ângulos e funções circulares como o seno e cosseno.
4. Funções trigonométricas
Ver também
Exercícios de trigonometria
Arcos e ângulos
Circunferência
Arco de circunferência
{\dis
Quando teremos dois arcos: o arco nulo (um ponto) e o arco de uma volta (uma circunferência).
{\displaystyle
A medida de um arco é, por definição, a medida do ângulo central correspondente. Medir significa
comparar com uma unidade padrão previamente adotada. Contudo, para evitar possíveis divergências na
escolha da unidade para medir um mesmo arco, as unidades de medida restringem-se a três principais: o
{\
O grau
{\
displ
Submúltiplos do grau
{\
{\displaystyl
e 1^{\prime
O minuto ou seja,
O segundo ou seja, e
O radiano
Um radiano é um arco de circunferência cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que contém
o arco a ser medido. É a unidade do Sistema Internacional (SI).
{\
comprimento do arco pelo raio ou seja, calcular quantos radianos mede o arco Portanto, como
consequência da definição de radiano, podemos estabelecer a seguinte relação:
{\disp
laystyle
{\
O comprimento de uma circunferência de raio é Logo, a medida do arco de uma volta completa,
{\displaystyle {\frac {2\pi r}
{r}}=2\pi rad\approx
em radianos, é Para converter unidades, podemos usar as
{\displaysty {\displaystyle
Ver artigo na wikipedia Grado O grado foi introduzido junto com o Sistema métrico, durante a Revolução
francesa mas, ao contrário do sucesso das outras medidas, não pegou. Atualmente, ele é apenas utilizado
nos trabalhos topográficos e geodésicos feitos na França.
É a medida de um arco cujo comprimento equivale a da circunferência que contém o arco a ser
O ciclo trigonométrico
{\disp
Se então tomamos
{\dis
{\
Assim, a circunferência sobre a qual foi fixado o ponto como orientação é chamada ciclo
trigonométrico ou circunferência trigonométrica.
{\d
O sistema de eixos perpendiculares divide o ciclo trigonométrico em quatro partes, cada uma das
quais é chamada quadrante.
Ângulos côngruos
{\dis
algum ou seja, se e têm a mesma imagem no ciclo trigonométrico. Para indicar que e
{\dis
Por exemplo, a expressão geral dos arcos que têm imagem no ponto dar-se-á por
{\displaystyle
Analogamente, temos:
{
{\displaystyle
{\displaystyle
{\frac {\pi }
Para ou
{
{\displaystyle
{\displaystyle \pi
Para ou
{
Para ou
Para ou ou
Para ou ou
Para ou ou ou ou
Considerando a figura acima, a expressão geral dos arcos que têm imagem em ou é:
em graus:
em radianos:
Expressão geral dos arcos que têm imagem em
em graus:
em radianos:
em graus:
{\displaystyle \pm
em radianos:
A primeira determinação positiva de um ângulo é o menor ângulo côngruo que seja positivo.
Por exemplo, os ângulos (em graus) -15o, 315o, 2115o, -2505o são congruentes, sendo sua primeira
determinação positiva o ângulo 315o.
{\d {\d
ispla ispla
{\dis
playstyl
1. dividir o ângulo pelo valor do círculo trigonométrico (360o ou , conforme o problema seja
apresentado em graus ou radianos)
2. se este número não for inteiro, arredondar o valor para o valor inteiro imediatamente inferior
3. tomar o número inteiro com sinal contrário (ou seja, se o passo anterior obteve n, obter agora -n)
4. somar ao ângulo inicial este valor inteiro do passo acima multiplicado pelo círculo trigonométrico
(360o ou , conforme o problema seja apresentado em graus ou radianos)
Exemplos:
2. Se o ângulo inicial é
1. Dividir por -> 4
{\displa
{\d
ispla
3. Se o ângulo inicial é
{\
dis
{\d
ispla
Ângulos correspondentes
Em graus:
Em radianos:
Exercícios
Exercícios
No círculo unitário mostrado abaixo, um raio unitário foi traçado da origem ao ponto (x,y) sobre o
círculo.
Definição de seno e cosseno
A linha perpendicular ao eixo-x que passa pelo ponto (x,y) intercepta o eixo-x no ponto com abscissa x.
Analogamente, a linha perpendicular ao eixo-y intercepta este eixo no ponto de ordenada y. O ângulo
entre o eixo-x e o raio é α.
Estas três funções trigonométricas pode ser usadas para ângulos medidos em graus, radianos ou
qualquer outra medida angular, desde que fique claro qual é a unidade usada.
Funções trigonométricas
Definições
Funções trigonométricas são funções angulares, importantes no estudo dos triângulos e na modelagem
de fenômenos periódicos. Podem ser definidas como razões de dois lados de um triângulo retângulo,
contendo o ângulo ou, de forma mais geral, como razões de coordenadas de pontos no círculo unitário
ou, de forma ainda mais geral, como séries infinitas ou como soluções para certas equações diferenciais.
Existem seis funções trigonométricas básicas, cada uma com a sua abreviatura notacional padrão.
coseno ( ).
tangente ( ).
As últimas quatro funções são definidas nos termos das primeiras duas. Por outras palavras, as quatro
equações em baixo são definições e não identidades demonstradas.
tangente
secante
cosecante
cotangente
As inversas destas funções são geralmente designadas de arco-função, isto é, arcsin, arccos, etc., ou
adicionando o expoente -1 ao nome, como em sen-1, cos-1, etc. O resultado da função inversa é o ângulo
que corresponde ao parâmetro da função. Por exemplo, arcsen(1) = 90°.
Na tabela abaixo, temos o seno, cosseno e tangente dos principais ângulos em decimais:
0° 5° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40° 45° 50° 55° 60° 65° 70° 75° 80° 85° 90°
Seno 0 0,08 0,17 0,25 0,34 0,42 0,5 0,57 0,64 0,7 0,76 0,81 0,86 0,9 0,93 0,96 0,98 0,99 1
Cosseno 1 0,99 0,98 0,96 0,93 0,9 0,86 0,81 0,76 0,7 0,64 0,57 0,5 0,42 0,34 0,25 0,17 0,08 0
Tangente 0 0,08 0,17 0,26 0,36 0,46 0,57 0,7 0,83 1 1,19 1,42 1,73 2,14 2,74 3,73 5,67 11,43 -
Veja que os valores crescentes de sen x são os mesmos para cos x, entretanto são decrescentes. Além
disso, a maioria dos senos, cossenos e tangentes dos ângulos são números irracionais. São, portanto,
com infinitas casas decimais não periódicas. Todavia, pode-se obter o valor exato das funções
trigonométricas em uma forma algébrica. Você pode conferir a forma algébrica de alguns ângulos
clicando aqui (em inglês) (https://en.wikipedia.org/wiki/Exact_trigonometric_constants)
Ângulos notáveis
Os ângulos notáveis (0°, 30°, 45°, 60° e 90°) são ângulos que se pode facilmente obter a forma algébrica
por meio de triângulos retângulos. Consideremos um triângulo retângulo que corresponde à metade de
um triângulo equilátero de lado 1 uc. Tem, portanto, sua hipotenusa
c igual a 1, seu lado a igual a 0,5 uc e seu lado b igual a altura do
triângulo equilátero, 0,5 √3 uc. Assim:
E assim é possível obter as demais funções trigonométricas para 30° e 60°. Para 45°, considera-se um
triângulo retângulo igual à metade de um quadrado de lado 1 uc. Tem, então, hipotenusa de medida √2
uc - a diagonal do quadrado - e os catetos de medida 1 uc - os lados do quadrado:
De forma mais simples, os valores do seno dos cinco ângulos notáveis são o quociente entre x e 2, em
que x é a raiz de cada um dos cinco termos a1, a2, a3, a4 e a5 de uma progressão aritmética em que a1 = 0
e a razão é igual a +1. O cosseno destes ângulos é a ordem decrescente da progressão:
PA
Seno =
Cosseno
=
A tangente é obtida pela dividindo-se o seno do respectivo ângulo pelo seu cosseno, pois:
Que resulta:
A tangente de 90° não é definida, pois é impossível que o ângulo entre a hipotenusa e os catetos seja
90°.
Círculo trigonométrico
Considerando um círculo de 1 uc de raio, este tem sua circunferência igual a 2π uc. Portanto, um setor de
um grau deste círculo corresponde a:
Colocando os ângulos notáveis neste círculo obtêm-se os valores (x; y) em que x é o cosseno do ângulo e
y o seno:
Observa-se em tais valores que à medida em que os ângulos avançam de quadrante os valores de seno e
cosseno tem seu sinal alternado. É perfeitamente notável que tais funções seguem, então, uma
periodicidade infinita, e seus valores repetiram a cada volta do círculo. Deste mesmo círculo, pode-se
obter as demais funções trigonométricas, que não são mais que relações do triângulo retângulo entre a
origem, a coordenada e ponto (x; 0):
Gráficos
Podemos colocar as funções trigonométricas em um plano cartesiano, em que o eixo das abcissas
equivale ao ângulo em radianos e o eixo das ordenadas ao contradomínio da função.
Seno
Observe que a função seno é uma função ímpar, pois sen (-x) = -sen x, qualquer que seja x pertencente
aos números reais. Note que esta função é composta por infinitos intervalos 2π. Dizemos, então, que o
período da função sen (x) é 2π. Quanto ao contradomínio, ele pertence ao intervalo [-1; 1]. A distância
entre o centro e o limite da função é a amplitude. Neste caso, a amplitude da função é igual a 1. O
gráfico da função seno forma uma senoide. Pode-se determinar o seno de qualquer ângulo através das
seguintes equações:
Para as quais:
Os únicos números z e w que satisfaçam 500 - 90 (4z + w) = x onde x pertence ao intervalo ]0; 90] é
z = 1 e w = 1. Veja:
Já que w = 1, então o seno de 500° é igual ao cosseno de 50°, que temos na primeira tabela desta
página. Portanto, o seno de 500° é 0,64.
Cosseno
Esta é uma função par, pois cos (-x) = cos x, qualquer que seja x pertencente ao conjunto dos números
reais. Igual à função seno, a função cosseno tem período igual a 2π e amplitude igual a 1. O gráfico da
função cosseno forma uma cossenoide. De forma similar à função seno, podemos transformar qualquer
ângulo real para 0° < x ≤ 90° e assim obter seu cosseno:
Para as quais:
Onde y é um ângulo qualquer e z um número inteiro.
Exemplo - Qual o maior ângulo negativo no qual seu cosseno é igual ao seno de 30°?
Para que o ângulo y tenha seu cosseno igual ao seno de 30°, w deve ser igual a 3:
Tangente
A função tangente é uma função ímpar pois é o quociente de uma função ímpar e uma função par. É,
pois, tan (-x) = - tan x {x ∈ R}. O período desta função é igual a π, e sua amplitude estende-se ao infinito.
O gráfico da função tangente forma uma tangentoide. Para determinar a tangente de um ângulo
qualquer, temos, para 0° ≤ x < 90°:
O primeiro passo é determinar a qual conjunto pertence -200°. Veja que este encaixa-se
perfeitamente em 180z + 90 ≤ y < 180 (z + 1) quando z = -2:
Então,
E assim:
Logo, a tangente de -200° não é igual à tangente de 20°, mas sim à tangente de 20° negativa.
Características
Dados a + b sen (cx - dπ) ou a + b cos (cx - dπ), que são as equações da senoide e da cossenoide,
respectivamente, determina-se:
a + b e a - b - os limites (0; a+b) e (0; a-b) da função trigonométrica, equivalente ao conjunto imagem
Im = [a+b; a-b];
2π ÷ c - o período da função;
A partir destes valores tem-se a amplitude (A), dada pela média aritmética da distância entre as
ordenadas dos limites:
Propriedades
Diretamente da figura que define seno e cosseno (ao lado), temos, pelo triângulo retângulo no primeiro
quadrante, que:
A geometria do triângulo retângulo prova esta relação no caso de ou seja, para ângulos
no primeiro quadrante. Nos casos temos que um deles (seno ou cosseno) vale 1, e
o outro vale 0, logo a soma dos seus quadrados é 1.
Analogamente:
Se x está no terceiro quadrante, então está no primeiro quadrante, e:
: portanto:
Finalmente:
: portanto:
{\displaystyle \cos ^{2}x+\mathrm {sen} \,^{2}x=\cos ^{2}(-
Ou seja, a relação
{\displaystyle
Lembrando que:
{\displaystyle {\displaystyle
{\displaystyle {\displaystyle {\mbo {tan}} {\mbo {cotan}}
{\mbox{sec}}x= {\mbox{cosec}}x=
temos que:
{\displ
{\displaystyle \cos
Dividindo por
{\displaystyle
Dividindo por
Exercícios
Adição de arcos
Cosseno da soma
{\displaystyle
Ao igualarmos as duas expressões, temos a fórmula:
Seno da soma
{\displays
Tangente da soma
Então:
expressão para
Simplificando, temos:
{\displaystyle \cot
\left(a+b\right)={\frac
{\displaystyle
\cot {\frac
Exemplos
Calcule:
{\disp
Resolução
{\displaystyle \cos 75^{\circ }=\cos \left(30^{\circ }+45^{\circ
{\displaystyle ={\frac {\sqrt {3}}{2}}\cdot
{\frac {\sqrt {2}}{2}}-{\frac {1}{2}}\cdot
Subtração de arcos
Cosseno da diferença
Então:
Seno da diferença
Logo,
Tangente da diferença
Simplificando, temos:
{\displaystyle \tan
\left(a-b\right)={\frac
{\displaystyle a-b\neq
{\frac {\pi }{2}}+k\pi k\in
Cotangente da diferença
Mais uma vez, usaremos a igualdade e, desta vez, a fórmula da cotangente da soma:
Exemplos
Calcule:
Resolução
Dados e calcule
Resolução
Multiplicação de arcos
Cosseno
Logo, utilizando a Identidade relacional básica, podemos obter duas fórmulas finais:
ou
{\displaystyle \cos
{\displaystyle
Seno
Então, temos:
Logo:
Logo:
{\dis
{\displaystyle \tan
3a={\frac {3\cdot \tan
{\displaystyle \tan
Expressões para são obtidas por processos semelhantes.
Exemplo
{\display
style \cot
Se e calcule
Resolução
cossecante é positivo.
{\displaystyle \csc x={\sqrt {1+\cot ^{2}x}}={\sqrt {1+
{\frac {25}{9}}}}={\sqrt {\frac {34}{9}}}={\frac {\sqrt {34}}
{\displaystyle
\mathrm {sen}
De onde vem
Bissecção de arcos
Cosseno
Vamos utilizar as duas fórmulas que encontramos para a fim de que, dado o cosseno de uma arco
{\displaystyl {\dis
e \cos {\frac pla st l
{\displ
{\displaystyle \cos
A partir de
{\displaystyle \cos
2\cdot \cos ^{2}{\frac
{\displaystyle
\Rightarrow \cos
A partir de temos:
Seno
Tangente
{\displ
Exemplos
{\display
style
Resolução
Logo, temos:
Se determine
Resolução
Exercícios
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Fazendo:
Temos:
{\displays
tyle a=
Substituindo a e b, em (I):
(II)
Substituindo a e b, em (II):
Dedução - soma e diferença dos cossenos
(III)
Substituindo a e b, em (III):
E por fim:
(IV)
Substituindo a e b, em (IV):
Exercícios
Exercícios
Referências
1. Prostaférese (http://ecalculo.if.usp.br/funcoes/logaritmica/historia/prostaferese.htm)
Identidades trigonométricas básicas
Conceito
Uma identidade trigonométrica é uma equação envolvendo funções trigonométricas e que é verdadeira
para todos os valores das variáveis envolvidas. Estas identidades são úteis sempre que expressões
envolvendo funções trigonométricas tem que ser simplificadas. Geralmente é possível aproveitar as
características cíclicas das funções para modificar o seu comportamento, transformando uma ou mais
funções trigonométricas em outras operadas de forma que apresentem o mesmo resultado da função
original.
Uma vez que no ciclo trigonométrico com ângulo podemos encontrar as coordenadas fazendo
e podemos verificar que estas coordenadas e a distância entre a origem
e o ponto formam um triângulo retângulo. Sendo esta distância unitária, temos:
Portanto:
Equações trigonométricas são equações nas quais a variável a ser determinada aparece após a aplicação
de funções trigonométricas.
Uma das grandes diferenças entre equações trigonométricas e as demais equações é a natureza
periódica destas funções.
possuem uma solução única, ou uma quantidade finita (e pequena) de soluções, uma equação do tipo:
{\display
admite infinitas soluções - por ser tan uma função periódica de período para cada solução x = a,
{\display
sen(x) = n
A equação só tem soluções quando está no intervalo [-1; 1]. Se está neste intervalo, então
é preciso primeiro determinar um ângulo tal que:
Neste caso, as soluções são dois conjuntos infinitos (que devem ser unidos):
Quando n = 1, 0 ou -1, estas soluções tem uma forma mais simples, que podem ser vistas na tabela ao
lado.
Exemplo
Resolva:
Primeiro, deve-se determinar um valor para {\displaystyle
{\begin{matrix}x=\a
lpha +2k\pi \\x=\pi
ou
{\dis
Resolvendo estas equações em x chega-se à resposta final: {\disp
ou
Outro exemplo
Resolva:
Substituindo
Sabemos que é um ângulo cujo seno vale 1/2. Portanto, y deve valer:
ou
Substituindo o valor de
ou
Ou seja:
ou
Esta solução está correta, mas, normalmente, deseja-se expressar os ângulos na forma
em que
Para isso, como k é um número inteiro qualquer, ele pode ser substituído por qualquer outra expressão
que também indica um número inteiro qualquer. Ou seja, podemos substituir k por k + 10, k + 42, k -
1000, etc.
No caso, como queremos tornar a parte sem k em um número entre 0 e 2 π, temos que substituir k por
k+1, obtendo:
ou
Finalmente:
ou
Equações com restrição no domínio
Determinação do domínio
Exercícios
Em qualquer triângulo, o quadrado de um dos lados é igual à soma dos quadrados dos outros dois
lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo cosseno do ângulo formado entre eles. A saber:
Demonstração
{\displaystyle
Considerando a figura, podemos observar três triângulos:
{\displays
Para
{\displaystyl
{\dis
Para
Substituindo e em
Aplicação
A Lei dos Cossenos permite calcular o comprimento de um lado de qualquer triângulo conhecendo o
comprimento dos demais lados e a medida do ângulo oposto a esse. Ela também permite calcular todos
os ângulos de um triângulo, desde que se saiba o comprimento de todos os lados.
Exemplos
Prove por Lei dos Cossenos que o triângulo eqüilátero também é eqüiângulo
Resolução
{\displaysty
O seno de um ângulo de um triângulo qualquer é proporcional à medida do lado oposto a esse ângulo.
A saber:
Demonstração
Demonstração
Para demonstrar a Lei das tangentes, podemos partir da Lei dos senos:
Resolução de triângulos
Uma das aplicações mais comuns da trigonometria é a resolução de triângulos.
Os casos mais comuns são representados por uma tríade de letras, usando-se L (para lado) e A para
ângulo. Assim, LLL significa resolver um triângulo no qual são dados três lados, LAA significa resolver um
triângulo no qual é dado um lado, um ângulo adjacente e um ângulo oposto. Nem todos casos são
solúveis: AAA pode ter nenhuma (se a soma dos ângulos não for de 180o) ou infinitas soluções; LLA pode
ter nenhuma, uma ou duas soluções.
LLL
Usa-se a lei dos cossenos para se determinar dois ângulos; o terceiro ângulo sai naturalmente da soma
dos ângulos ser 180o.
LAL
Usa-se a lei dos cossenos para se determinar o lado oposto ao ângulo. Um outro ângulo pode ser
determinado pela lei dos senos ou dos cossenos.
ALA
Determina-se o terceiro ângulo pelos dois ângulos. Os outros lados saem pela lei dos senos.
LAA
Determina-se o terceiro ângulo pelos dois ângulos. Os outros lados saem pela lei dos senos.
LLA
Dois métodos podem ser usados, mas ambos podem não ter solução:
Resolve-se o terceiro lado pela lei dos cossenos - neste caso, a equação é uma equação do segundo
grau, que pode ter nenhuma, uma ou duas raízes.
Resolve-se o outro ângulo (que não é o ângulo formado pelos lados) pela lei dos senos - neste caso, a
equação também pode ter nenhuma, uma ou duas soluções.
Progressões
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Sequências ou progressões são funções do tipo , onde A é o conjunto dos números naturais
ou um subconjunto dos números naturais consecutivos com mais de dois elementos, e B é um conjunto
numérico. Sendo funções, nas sequências existe uma regra geral que permite determinar cada elemento
de B a partir do elemento A, por exemplo:
(2,4,6,8,10) é uma sequência dos números pares de 2 até 10, que pode ser expressa pela função
. Também percebe-se que a função pode relacionar o elemento anterior (an)
com o posterior (an+1) da seguinte maneira: , sendo r uma razão fixa, a razão de
progressão.
Os dois tipos de sequências matemáticas mais comuns são a progressão aritmética, que contém números
tais que o anterior somado a uma razão fixa resulta no posterior, e progressões geométricas, que contém
números tais que o anterior multiplicado pela razão fixa resulta no posterior.
Exemplos:
(1,5,9,13,...) é uma progressão aritmética infinita (o que se indica pela reticiências ...) de razão igual a 4;
(1,3,9,27,81) é uma progressão geométrica finita de razão igual a 3.
1. Progressão aritmética
2. Progressão geométrica
Sequências numéricas
O problema pode ser resolvido assim: Chame de x o primeiro dos 3 números na PA e de r a razão da
mesma. Então os termos são os seguintes: x, x+r, x+2r Como a soma deve ser igual a 15, os números x e r
precisam satisfazer a equação: x + x+r + x+2r = 15 ou seja, 3x + 3r = 15 que se reescreve como x + r = 5
Logo, r = 5-x.
Por outro lado, se o produto de tais números é 105, deve ocorrer: x*(x+r)*(x+2r)=105 ou seja, x*(x+5-x)*
(x+2(5-x))=105 que pode ser reescrito como 50x-5x^2=105
As raízes dessa equação do segundo grau são 3 e 7 e se obtem rapidamente pela fórmula de Bhaskara.
temos que considerar cada um dos casos: x=3 nessa situação, como r=5-x=5-3=2, os termos da PA são 3,
5e7
2) O perímetro de um triangulo retangulo mede 24 cm.Calcule as medidas dos lados sabendo que eles
estão em P.A.
Sabendo que os lados estão em PA, podemos chamá-los de x, x+r e x+2r, e supor que esta é uma PA
crescente, como no problema anterior. Mas se o perímetro é 24, ou seja a soma dos lados tem esse valor,
então: 3x+3r=24
ou seja x+r=8
donde r=8-x
Mas em todo triângulo retângulo vale o Teorema de Pitágoras, e a hipotenusa é sempre o maior lado,
então: (x+2r)^2=(x+r)^2+(x)^2
ou seja, (16-x)^2=8^2+x^2
A operação inversa se chama fatoração algébrica, que consiste em expressar um polinômio como o
produto de polinômios (usualmente binômios) mais simples.
A fatoração, por outro lado, é fundamental na simplificação de expressões que envolvem a divisão de
polinômios, e também é importante na resolução de equações polinomiais.
Produtos notáveis
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Cubo da diferença de dois termos
Exemplos:
Exercícios
Ver Matemática elementar/Expressões algébricas/Produtos notáveis/Exercícios.
Fatoração algébrica
{\displays
Outros exemplos:
Observe o polinômio . Este polinômio não possui um fator comum para ser aplicado
em todo o mesmo, a solução é fazer pequenos grupos de polinômios a partir do polinômio principal,
veja:
, logo podemos fatorar os pequenos grupos formados do
polinômio principal:
{\displaystyle ab-b^{2}+2a-2b=b(a-
, obtemos a fatoração de , nota-se que
os termos entre parênteses são iguais, permitindo uma nova aplicação do fator comum em evidência:
. A forma fatorada de .
Outro exemplo:
Considere o polinômio , que é uma diferença de dois quadrados, para fatorar o mesmo
devemos obter a raiz quadrada do primeiro termo menos a raiz quadrada do segundo termo
, logo temos , devemos, agora, multiplicar o polinômio resultante
das raízes dos termos iniciais pelo seu oposto: , logo a fatoração da diferença de dois
quadrados é igual à raiz quadrada do primeiro termo menos a raiz quadrada do segundo termo vezes o
oposto: , ou simplesmente
.
Outros exemplos:
ou
Outros exemplos:
Fatoração completa
A fatoração completa implica a união de todos os métodos de fatoração de polinômios para tornar um
polinômio fatorado ao máximo, ou seja, que não pode ser mais fatorado. Considere o polinômio
, que é a diferença de dois quadrados, fatorando-o temos: , note que o
primeiro termo da fatoração [ ] é uma diferença de dois quadrados, devemos fatora-lo:
, assim, temos a fatoração completa
do polinômio .
Outros exemplos:
{\displaystyle a^{2}+2ab+b^{2}-c^{2}=(a+b)^{2}-c^{2}=(a+b-c)
{\displaystyle
{\displaystyle
Artifício utilizado: Adicionamos e subtraímos o termo , não alterando, assim, o valor da expressão e
possibilitando a obtenção de trinômio quadrado perfeito para a realização da expressão.
Outro exemplo:
Artifício utilizado: soma-se e subtrai-se , obtendo-se logo em seguida uma soma de cubos:
Um passo intermediário que pode ser usado como artifício é a expressao da soma de dois quadrados:
Polinômios irredutíveis
Alguns polinômios não podem ser fatorados, estes são chamados de polinômios irredutíveis, mas o
estudo destes polinômios deve ficar para um livro mais avançado.
Exercícios
Ver Matemática elementar/Polinômios/Exercícios.
Problemas resolvidos
Caso 1
Uma indústria produz apenas dois tipos de camisas: o primeiro com preço de R$45,00 a unidade e o
segundo com o preço de R$67,00 a unidade. Se chamarmos de x a quantidade vendida do primeiro tipo
e de y a quantidade vendida do segundo tipo.
Caso 2
O segundo caso de fatoração é: agrupamento, onde há 4 ou mais termos. Temos como exemplo:
Caso 3
Caso 4
Caso 5
Soma e produto
Caso 6
Exercícios
Ver Matemática elementar/Polinômios/Exercícios
Fração algébrica
Simplificação
15x²-15xy²=15x(x-y²)
Operações
Adição
Subtração
Multiplicação
Divisão
Referências
Wikipédia
Polinômios
Definição
Polinômios em uma variável são séries de monômios (ou termos) em uma variável, que por sua vez são
expressões matemáticas na forma (que, no caso de n = 0, torna-se a constante a). Cada monômio é
caracterizado por:
{\display
Grau
Define-se o grau de um polinômio como igual ao expoente mais alto entre as variáveis de seus
monômios não-nulos. Por exemplo, no polinômio o grau é 3, correspondente ao
expoente mais alto entre as variáveis nos monômios ( ).
Valor numérico
Exemplo
2x + 1 VN = ? Para x=5
VN = 2.5 + 1 = 11,
Raízes
Raiz ou zero é um valor tal que, atribuído à variável da função polinomial, faz com que a função resulte
em 0, ou seja, se a é dito raiz do polinômio P(x), então
Exemplos de raízes:
Um polinômio de grau n terá n raízes, sempre. Algumas vezes uma mesma raiz se repete, sendo por isso
chamada raiz dupla, tripla, quádrupla, etc. Por exemplo:
tem raiz dupla r igual a 2, uma vez que pode ser fatorado em
Num gráfico representativo da função polinomial, as raízes sempre ocorrem nos pontos em que a curva
cruza o eixo das abcissas.
Obtenção de raízes
Identidade de polinômios
Dois polinômios são ditos idênticos se tiverem o mesmo grau e os monômios correspondentes idênticos,
por exemplo:
Como o desenvolvimento de B(x) resultou num polinômio de termos correspondentes idênticos a A(x),
então os polinômios são idênticos ou equivalentes; indica-se:
Polinômio nulo
Igualdade de polinômios
Operações
Adição
Ainda temos:
Os polinômios:
Processo:
Para fazer a soma dos polinômios de uma só variável, identificamos os monômios de mesmo expoente e
somamos os fatores dos mesmos, o resultado da soma dos fatores é multiplicado pela parte variável do
monômio, repete-se o processo para todos os monômios até que não haja mais fatores.
Para fazer a soma dos polinômios de várias variáveis, identificamos os monômios com variáveis iguais de
mesmo expoente e somamos os fatores dos mesmos, o resultado da soma dos fatores é multiplicado
pela parte variável do monômio, repete-se o processo para todos os monômios até que não haja mais
fatores.
Subtração
O sinal de negativo (-)antes dos parêntese exige a troca de todos os sinais que estejam dentro dele.
(3x²-2x+5)-(5x-3)=
=3x²-2x+5-5x+3=
=3x²-7x+8
Multiplicação
(15x² - 10x + 2) = A
(3x - 2) = B
donde,
A • B (ou B • A)
A
•B
---
x
donde,
(15x² - 10x + 2)
• (3x - 2)
-----------------
- 30x² + 20x - 4
45x³ - 30x² + 6x +
---------------------
45x³ - 60x² + 26x -4
Divisão
Método de Descartes
Método do Resto
Método de D'Alembert
Método de Briot-Ruffini
Teoremas
Teorema do resto
Exemplo de resolução 1
Têm-se a seguinte divisão:
1º passo: Determina-se x
Exemplo de resolução 2
O resto da divisão do polinômio pelo polinômio de primeiro grau é
Teorema de D'Alembert
Aplicações práticas
Equações polinomiais
Definição
Todo polinômio de uma variável com coeficientes complexos e de grau tem alguma raiz
complexa. Em outras palavras, a equação polinomial tem soluções, não necessariamente
distintas.
Apesar do nome pomposo, um estudo mais aprofundado da Álgebra contemporânea mostra que este
resultado não é assim "tão fundamental". No entanto, no contexto das equações polinomiais, é ele quem
traz a garantia de que existem soluções para esse tipo de equação.
Multiplicidade de uma raiz
Relações de Girard
Fatoração
Existem várias formas de se fatorar um polinômio, ou seja, escrevê-lo como um produto de expressões
mais simples:
e outros
Exemplo
ax + ay + az = a (x + y + z)
Por agrupamento
Exemplo
ax + by + bx + ay =
ax + ay + bx + by =
a (x + y) + b (x + y) =
(x + y) • (a + b)
Fatorar a expressão
Primeiro verificamos se é um Trinômio do quadrado perfeito:
Multiplicam-se os resultados
5 • m = 5m
Note que 10m é o valor do meio na expressão, isso prova que ela é um Trinômio do quadrado perfeito.
x² - 8x + 15
x1 = 3
x2 = 5
1 (x - 3) • (x - 5)
(x - 3) • (x - 5)
Exercícios
Matemática elementar/Polinômios/Exercícios
Exercícios
A seguir são sugeridos alguns exercícios sobre fatoração de polinômios.
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Enviar
Para fatorar os polinômios indicados nos próximos exercícios, é necessário conhecer a solução da
equação do segundo grau:
4
5
Enviar
Respostas
O leitor pode conferir as respostas dos exercícios anteriores digitando-as nos campos indicados e
clicando em "Enviar". As respostas fornecidas utilizam o asterisco * para representar a multiplicação, ou
então a simples justaposição das expressões. Devido a uma limitação do sistema utilizado na produção
do questionário acima, pode acontecer que ele acuse incorretamente um erro quando sua resposta
diferir da que foi indicada apenas por causa da ordem um termo da resposta. Em caso de dúvida,
também pode conferir as respostas utilizando um dos diversos softwares de álgebra computacional
existentes (se quiser uma uma lista de aplicativos deste tipo, pode consultar esta página da Wikipédia
inglesa).
Também é possível obter a resposta utilizando ferramentas gratuitas disponíveis na internet, como o
Wolfram Aplha. Basta usar o mesmo comando factor seguido do polinômio que deseja fatorar, e a
resposta é calculada em seguida. Veja as respostas para alguns dos exercícios acima, calculadas pelo
Wolfram Alpha:
(http://www.wolframalpha.com/input/?i=factor+2x%2B2y)
(http://www.wolframalpha.com/input/?i=factor+(3*a*x^2+-+18*a*x+%2B+27*
a);)
Equações algébricas
Definição
Uma equação é uma igualdade de expressões matemáticas, que pode ser utilizada no estudo das
funções, nomeadamente das suas raízes. Pelo menos uma da expressão contém uma ou várias incógnitas
(variáveis), cujo valor é denominado de solução ou soluções da equação.
Cada uma das expressões pode ser considerada como função matemática (p.e. f(x) e g(x)), e partilhar as
suas propriedades, em que cada operação efetuada sobre uma das expressões, terá que ser replicada na
outra
Raiz
Se as equações forem polinomiais, i.e., compostas por polinômios, o grau n da equação é o mesmo que
o maior expoente encontrado de ambos polinômios, e a sua solução admite no máximo n raízes. A raiz
de uma equação é o valor com o qual a incógnita anula a equação.
Multiplicidade de raízes
Exemplo
Um exemplo de como completar quadrado:
Perceba que
,
é só isso, o método de completar quadrados é simplesmente você transformar os números em um
quadrado da soma.
Casos particulares
Sistemas do 1º grau
Problemas do 1º grau
A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada um deles, sabendo-se que
André é 4 anos mais novo do que Carlos.
Solução: Primeiro passamos o problema para a linguagem matemática. Vamos tomar a letra c para a
idade de Carlos e a letra a para a idade de André, logo . Assim:
Aqui mostraremos como se pode deduzir a famosa fórmula para a resolução de equações do segundo
grau, também conhecida como fórmula de Bhaskara.
Evolução
, donde
a multiplica os termos:
{\displ
aqui tornou-se .
então,
x = x1 x = x2
Exercícios
1. Determine o conjunto solução, nos reais, das equações seguintes, usando a fórmula de Bhaskara
{\displaystyle x^{2}-2\
1.
{\displaystyle y^{2}-6\
2.
{\displaystyle x^{2}-7\ x-
3.
{\displaystyle -
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
Exemplo 2 (2+X)(X+1)=2x+2+x.x+x
=x.x+3x+2=0
a=1
b=3
c=2
Delta=b.b-4.a.c
Substituindo os valores na fórmula teremos: Delta=3×3-4×1×2 Delta =9-8 Delta=1
X1=-b+√delta/2.a
Problemas do 2º grau
Num jantar de confraternização, seria distribuído, em partes iguais, um prêmio de R$ 24.000,00 entre os
convidados. Como faltaram 5 pessoas, cada um dos presentes recebeu um acréscimo de R$ 400,00 no
seu prêmio. Quantos foram convidados a este jantar?
Solução
x = número de convidados
24.000/x = prêmio recebido por cada um se não houvesse faltas
24.000/(x-5) = prêmio recebido por cada um, como faltaram 5 pessoas
24.000/x+400=24.000/(x-5) ===> cada um dos presentes recebeu mais 400
simplificando a equação:
dividindo os termos por 400
60/x + 1 = 60/(x-5)
mmc: entre x e x-5 = x.(x-5)
60 (x-5) + x.(x-5) = 60.x
60x - 300 + x² - 5x - 60x = 0
x²-5x-300 = 0
aplicando a fórmula de Bhaskara:
x' = 20, x" = -15(raízes negativas não servem)
Equação biquadrada
Uma equação biquadrada é um equação do quarto grau que não possuem termos de grau ímpar:
A técnica para resolver esta equação consiste em reescrever a equação como uma expressão em y de
forma que:
Exercícios
Leitura complementar
Gilberto G. Garbi. O Romance das Equações Algébricas. 3ª ed. São Paulo: Livraria da Física. 2009. ISBN
8588325764
Gilberto G. Garbi. A rainha da Ciências: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática.
Livraria da Física, 2006. ISBN 8588325616
Médias
Em Matemática, existem quatro tipos de médias.
Média: a média de um conjunto de números é o valor numérico de tendência central que representa
este conjunto.
Matematicamente
a + b + ... + z (n termos)
Média aritmética simples →
Exemplo
A = {3,5,9,12} =
Observações: A média Aritmética Ponderada é mais conhecida por simplesmente média Ponderada.
É a razão do somatório dos produtos entre elementos e seu respectivo peso e, a soma dos pesos.
Exemplo
João tirou 8 em Matemática e 9 em Português. Ele fará uma média Ponderada dando peso 3 à
Matemática e peso 1 à Português. Qual será a média?
PM → M=8 → PM=3
PP → P=9 → PP=1
Média Harmônica
É o inverso da média Aritmética dos inversos dos números.
Exemplo
2e3
Média Geométrica
É a raiz n-ésima (ou enésima) do produto dos n números.
Exemplo
Sistemas lineares
Definição
Sistemas lineares são conjuntos de equações lineares. Uma equação linear, por sua vez, é toda equação
que pode tomar a forma:
As equações lineares podem ter um grupo de valores que, substituindo as variáveis, as tornam
verdadeiras. Por exemplo:
Os valores que tornam a equação linear verdadeira são chamados soluções da mesma.
O sistema linear é composto por duas ou mais equações, geralmente apresentadas no seguinte formato:
Para estas equações pode haver um conjunto de valores que só serão a solução do sistema se forem
solução de cada equação. Assim, no sistema:
Percebe-se que a solução única capaz de satisfazer a ambas as equações é o par (2,4). O sistema acima é
chamado de sistema linear a 2 incógnitas, e portanto admite soluções que são pares ou duplas. De modo
genérico, um sistema será linear a n incógnitas (ou variáveis) e terá por solução uma n-upla (lê-se
"enupla") do tipo (α1, α2, α3, ... αn). Conforme veremos mais adiante, um sistema apresenta melhores
condições de ser resolvido (ou seja, de ter sua solução encontrada) caso tenha um número de equações
igual ao número de incógnitas.
Classificação
Os sistemas lineares podem ser classificados quanto a possibilidade de obtenção de soluções, dentro do
conjunto numérico ao qual os sistemas devem ser resolvidos. Inicialmente, encontramos dois tipos de
sistemas:
impossíveis (ou inconsistentes) são os sistemas que não têm solução, geralmente por conterem
equações lineares que se contradizem. Por exemplo:
Observar que as equações apresentam o inconveniente de apresentar a mesma soma, mas com
resultados diferentes, o que leva à impossibilidade de resolver o sistema. O sistema impossível (SI)
sempre resulta numa contradição. Vale ressaltar que o conjunto numérico ao qual a solução
pertence é fundamental na determinação da possibilidade do sistema; por exemplo:
É considerado impossível dentro do conjunto dos números naturais, pois não há nenhum número
natural que somado em dobro 2y a outro número natural x resulte em um valor menor do que ele
próprio y somado ao mesmo número x. A solução real, (14,-2), é descartada se restringirmos a
solução ao conjunto de números naturais (-2 não é natural).
possíveis (ou consistentes) são todos os sistemas que não levam a uma contradição, e portanto
admitem soluções dentro do conjunto numérico ao qual estão designados. Os sistemas possíveis, por
sua vez, se subdividem em dois tipos:
possíveis determinados (SPD) são os sistemas que possuem apenas uma solução; é possível
identificar uma n-upla capaz de resolver todas as equações, única. Como exemplo, além daquele
citado na seção anterior, o sistema:
possíveis indeterminados (SPI) são os sistemas que permitem infinitas soluções, porque
apresentam os chamados graus de liberdade, ou seja, permitem soluções arbitrárias. Por exemplo,
o sistema:
Permite uma infinidade de soluções como (10,2), (12,4), (19,11), etc. Em todas elas, basta que a
relação entre o primeiro elemento e o segundo seja (α,α - 8). Também é indeterminado o sistema:
Pois apresenta mais incógnitas do que equações, sendo por isso impossível "trabalhar" as incógnitas
de modo a obter valor preciso para cada uma. A solução é qualquer tripla do tipo (α, 8 - α, -2).
Observar que o terceiro elemento pode ser definido, mas não os dois outros, de modo que essa é a
mesma situação do sistema indeterminado do exemplo anterior.
Sistemas equivalentes
Diz-se que dois sistemas lineares são equivalentes se, e somente se, apresentam a(s) mesma(s) n-upla(s)
como solução(ões). Assim, os sistemas:
Ambos apresentam como solução (-1, 2). Ambos são sistemas equivalentes, portanto.
Um sistema equivalente constitui, de certo modo, apenas um desenvolvimento de outro sistema, das
equações desse outro sistema devidamente transformadas. A relação de equivalência está presente
desde situações mais óbvias (quando dois sistemas são em tudo iguais, exceto pela ordem das equações
lineares, por exemplo) até situações mais complexas, nas quais é preciso multiplicar e somar as equações
para obter as mesmas equações de outro sistema. No exemplo dado, o segundo sistema foi formado a
partir de duas equações:
é a subtração de por
é a subtração de por
A equivalência de sistemas é fundamental para transformação dos mesmos, e eventual resolução por
método de escalonamento, que será discutido mais adiante.
Resolução de sistemas
Os sistemas lineares podem ser resolvidos (ou seja, ter a solução encontrada) através de diferentes
métodos. Aqui examinar-se-á o método de escalonamento, e no próximo capítulo, o método ou regra de
Cramer, que utiliza-se de matrizes.
Escalonamento
Classificado o sistema como SPD ou SPI, pode ser feito o escalonamento, que consiste basicamente em
deixar as equações do sistema na forma:
Ou seja, o sistema deve ter diversas equações, cada uma com um número crescente ou decrescente de
incógnitas, de modo que a última se reduza a apenas uma incógnita. Isso é feito com as transformações
adequadas – sempre é possível "zerar" uma das incógnitas na equação pela soma/subtração da equação
anterior que contenha essa incógnita. Exemplificando:
Inicialmente, vamos eliminar o termo composto pela variável x nas duas últimas equações, a partir da
primeira. Para tanto, inicialmente multiplicamos a segunda equação por -2 e a terceira por 4. Depois,
somamos as equações a primeira e obtemos:
A continuar o processo, pode-se trabalhar a segunda e a terceira equação linear para obter na terceira
uma equação a uma variável, que arbitrariamente escolhemos ser z. Para tanto, vamos multiplicar a
segunda equação por -3, e então somá-la à terceira equação:
A partir desta última equação, e em geral em qualquer sistema resolvido por escalonamento, é possível
encontrar o valor de uma primeira variável, no caso específico:
Assim resolvem-se os sistemas lineares pela técnica do escalonamento: progressivamente vão obtendo-
se os valores das variáveis, até que todas as equações possam ser resolvidas. Trata-se de um método
prático, que inclusive é utilizado em computadores para resolução de sistemas lineares (embora o
enfoque computacional seja um tanto mais complicado e envolva matrizes).
É usado na estatística
Método de Gauss
O método de Gauss é um método geral de resolver sistemas de equações lineares, consistindo de uma
sequência de passos simples que reduzem o sistema até que a solução se torna óbvia.
Diferentemente de um sistema de equações lineares (formado por linhas - retas), nas equações
algébricas os gráficos têm inúmeras formas. Estes apresentam essencialmente curvas, e podem ter várias
soluções. O número de soluções de um sistema de equações algébricas é dado pelo número de
intersecções que existem num gráfico. Exemplos:
O sistema O sistema linear O sistema O sistema
não tem solução. tem uma solução. tem duas soluções. tem três soluções.
tem quatro soluções. tem cinco soluções. tem seis soluções. tem oito soluções.
Resolução
A solução de um sistema com duas equações são as coordenadas das intersecções nos gráficos.
Portanto, a solução de x e y em um sistema qualquer é (x, y) da intersecção. Para um sistema com três
variáveis, pode-se considerar um terceiro plano z para o gráfico.
Para determinar tais coordenadas, utiliza-se o método da substituição. Por exemplo, no sistema
Assim, temos duas soluções para este sistema: (2; 3) e (3; 2).
Falhou a verificação gramatical (SVG (MathML pode ser ativado através de uma extensão do
''browser''): Resposta inválida ("Math extension cannot connect to Restbase.") do servidor
"http://localhost:6011/pt.wikibooks.org/v1/":): {\displaystyle \begin{cases}x + y = 0 \\ x^2 - y =
0 \\ x^2 + (y - 1)^2 = 1 \end{cases} }
Primeiramente, isolaremos uma incógnita em uma das equações. Optaremos pela primeira equação, por
ser mais simples. Também, resolveremos a terceira equação:
Exercícios
Matemática elementar/Sistemas de equações algébricas/Exercícios
Equações irracionais
Uma equação irracional é uma equação onde existem polinômios e raízes.
Por exemplo:
Uma definição mais precisa seria: uma equação algébrica irracional é uma equação onde existem
funções racionais e inversas de funções polinomiais.
Solução
Um dos métodos de solução é isolar, em um dos membros da equação, os termos que incluem raízes, e
elevar ambos os membros a uma mesma potência que elimine a raiz. No entanto, este procedimento não
produz uma equação equivalente a original, mas sim uma equação que possui entre as suas soluções os
valores que resolvem a equação inicial.
Por exemplo, quando se tem a igualdade entre uma certa expressão e outra expressão , pode-se
concluir que Por outro lado, é perfeitamente possível que duas expressões tenham os
quadrados iguais, sem que elas próprias sejam iguais. Este é o caso, por exemplo, quando se tem
, pois para a maioria dos números, (a igualdade só vale para ). Assim, se
durante a resolução ambos os membros forem elevados a uma certa potência, será necessário checar se
os valores obtidos como solução para a nova equação são também soluções da equação inicial.
Esta equação do segundo grau possui duas soluções, a saber: e . Isto não significa que ambos estes
números sejam soluções da equação original, pois com os cálculos realizados até agora só é possível
dizer que "se for uma solução para a equação original, então tem que ser igual a ou igual a ".
Exercícios
Matemática elementar/Equações irracionais/Exercícios
Matrizes
Matrizes
Conceito
Uma matriz pode ser entendida como um conjunto de mn (m multiplicado por n) números,
dispostos em m linhas e n colunas, conforme figura ao lado.
Notação
Matrizes devem ser escritas com parênteses ou colchetes à esquerda e à direita, sendo as duas
maneiras equivalentes.
Seus elementos são indicados usando a mesma letra, porém minúscula, com a linha e coluna usados
como índice (nesta ordem). Assim, o elemento da 3ª coluna na 2ª linha da matriz A será .
Ordem de uma matriz refere-se ao seu número de linhas e colunas. É apresentada na notação m×n,
onde m é o número de linhas e n o de colunas. Lê-se "m por n".
Adição e subtração
Esta operação só pode ser feita com matrizes de mesmo número de linhas e mesmo número de colunas
(mesma ordem). Sejam duas matrizes e .
Então a matriz é uma matriz mn tal que cada elemento de é dado por:
e .
E, também, se e então .
Matrizes nulas
matriz identidade é matriz na qual se e zero nos demais casos. Ou, de outra
maneira, é a matriz na qual todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais são
nulos.
Matrizes especiais
Matriz linha é a matriz em que o número de linhas é igual a 1.
Matriz transposta ( ) da matriz é a matriz obtida pela permutação das linhas e colunas de . Ou
seja, cada coluna de será uma linha de e cada linha da matriz original será uma coluna da
transposta.
Multiplicação de matrizes
Sejam as matrizes e (o número de colunas da primeira deve ser igual ao número de linhas da
segunda).
Sejam as matrizes A, B e C.
Matriz inversa
Por exemplo, seja a matriz A ao lado e desejamos saber sua inversa esquerda B. O primeiro passo é
acrescentar uma matriz unitária no lado direito de A.
Agora, o objetivo é somar ou subtrair linhas multiplicadas por coeficientes de forma a obter a matriz
unitária no lado esquerdo (processo de Gauss-Jordan).
Determinantes de 2ª ordem
O conceito de determinante está ligado ao de matriz, embora seja completamente distinto: enquanto
matriz é o conjunto de elementos conforme já mencionado, determinante é o resultado de uma
operação aritmética com todos os elementos de uma matriz, que obedece a uma determinada regra. Só
se aplica a matrizes quadradas.
O prefixo det é colocado antes da matriz para indicar determinante. Ou, de forma mais compacta, os
colchetes na matriz são substituídos por barras verticais para o mesmo efeito.
Seja . Então
Para determinantes de 3ª ordem, há um método conhecido como regra de Sarrus. Considere a matriz:
Quando a ordem é superior a 3, não há algoritmos simples a ponto de poderem ser generalizados por
uma fórmula. Há, no entanto, dois métodos de decomposição que reduzem um determinante a
determinantes de ordens menores. Um deles é conhecido como Teorema de Laplace, e vale para
qualquer matriz. Outro método, mais simples, é a regra de Chió, mas há algumas restrições para que ele
funcione numa matriz.
Regra de Chió
Teorema de Laplace
Considera-se uma fila (linha ou coluna) qualquer da matriz; somam-se os produtos de cada elemento
desta linha por seus respectivos cofatores. O cofator de um elemento, por sua vez, é definido como o
determinante da matriz que resta da eliminação da linha e coluna que passam pelo elemento,
multiplicado pelo fator sinal ― negativo se a soma do índice da coluna com o índice da linha
for ímpar, e positivo do contrário. O processo pode ser repetido indefinidamente, até chegarmos num
determinante que possa ser calculado trivialmente.
Para deixar o processo mais claro, considere uma matriz . Podemos escolher
qualquer linha ou coluna para calcular o determinante; vamos, por comodidade, escolher a segunda
coluna, pois ela contém um zero ― o que nos dispensa de calcular um determinante, já que este seria
multiplicado por zero. Então
Você pode verificar que esse mesmo valor será obtido se usarmos a expansão de Laplace por outra
coluna ou linha, e também se usarmos a regra de Sarrus. De fato, podemos provar, algebricamente, que a
regra de Sarrus é equivalente ao uso do teorema de Laplace para um determinante de ordem 3.
2. Se duas linhas ou duas colunas são trocadas entre si, o determinante muda de sinal.
3. Se os elementos de duas linhas ou colunas são iguais entre si ou proporcionais entre si, o
determinante é nulo. Se uma das linhas ou colunas contiver apenas zeros, o determinante também
será nulo. Mais genericamente, o determinante é nulo se uma fila for uma combinação linear das
outras filas.
4. Se os elementos de uma mesma linha ou coluna têm um fator de multiplicação comum, ele pode
ser colocado em evidência.
5. Generalizando a propriedade anterior, se uma matriz n x n tiver todos elementos multiplicados por
k, então seu determinante será multiplicado por kn
6. Um determinante não se altera se aos elementos de uma linha ou coluna são somados ou
subtraídos os elementos (ou múltiplos deles) de outra linha ou coluna.
8. Ao trocarmos duas linhas ou colunas, o valor do seu determinante é multiplicado por (-1)
9. O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto os elementos da diagonal
10. O determinante do produto de duas matrizes é igual ao produto dos determinantes destas matrizes
(Teorema de Binet)
e o determinante
Ver também
Álgebra linear/Matrizes (livro com conteúdo mais avançado)
Análise combinatória
Análise combinatória
Análise combinatória é a parte da matemática que estuda os métodos de contagem.
A operação fatorial
A função fatorial é uma função que admite apenas um único argumento. Para esse argumento,
chamemos-lhe , a função fatorial procura todos os números menores ou iguais a e maiores que e
multiplica-os entre si. Adicionalmente, é preciso dizer que tanto como pertencem ao conjunto dos
números naturais (com uma pequena diferença, inclui o número zero, não) e que a função fatorial
é representada pelo símbolo/operador (ponto de exclamação). Definindo tudo isto formalmente:
Mas esta função ainda não nos diz muito acerca do que é de o fatorial de um número, diz-nos apenas
como a representar e qual o seu domínio. Assim, não nos é possível saber para um dado valor qual o
valor de .
Isto significa precisamente aquilo que já foi dito antes. Neste caso, a função produtório começa por
atribuir a o valor de ; de seguida, vai multiplicar esse mesmo valor pelo próximo valor de , ou seja, ;
esta operação repete-se até que o valor de seja igual ao valor de . Dito isto, uma forma mais simples
de definir a função fatorial seria:
Estas duas definições são exatamente iguais, apenas muda a ordem pela qual as parcelas aparecem.
Exemplos
ou
mas
Acontece que, embora esta função não esteja definida para , foi estipulado que o fatorial do
número zero é um. Portanto:
O que equivale a dizer "0 fatorial está definido como sendo 1".
Ainda outra maneira de definir a função fatorial, é utilizar uma função recursiva:
T = p1 × p2 × p3 × ...× pn ×
Permutações simples
Permutações são os agrupamentos de um determinado número de elementos variando apenas a sua
ordem. Ex.:
XYZ, XZY, YXZ, YZX,ZXY, ZYX. O número de agrupamentos de uma permutação simples de n elementos é
dado por n!.
Determine o número de anagramas (combinações de letras formando palavras com ou sem sentido) que
podemos formar com PATA. E com MACACA. R: P1= 4!/2! = 12 P2= 6!/(3!*2!) = 60
Obs.: Exemplos de anagramas com PATA: AAPT, AATP, APTA, ATPA, PTAA, TPAA, PATA, TAPA, APAT, ATAP,
PAAT, TAAP.
Arranjos simples
Imagine que temos um conjunto de 'n' elementos. O arranjo simples de taxa 'K' é todo agrupamento de
'K' elementos distintos, podendo variar a ordem em que aparecem.
Ex.: A={X,Y,Z}
arranjo de taxa 1: X,Y,Z. arranjo de taxa 2: XY, YX, XZ, ZX, YZ, ZY. arranjo de taxa 3: XYZ, XZY, YXZ, YZX,
ZXY, ZYX.
Quantos anagramas de três letras podemos formar pelo nosso alfabeto (com 26 letras)? Resposta:
Combinações simples
As combinações são parecidas com os arranjos, mas apenas há a preocupação com a existência do
elemento (não com a ordem). Ex.:
Combinações de taxa 2 do conjunto A={A,B,C,D} AB, AC, AD, BC, BD, CD.
A fórmula é:
Ex.: Um jogo possui um cartão com 60 números. Deve-se marcar 6 deles. De quantas forma pode-se fazer
isso? Resposta:
Probabilidade
A palavra probabilidade origina-se do Latim probare (provar ou testar). Informalmente, provável é uma
das muitas palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo também substituída por
algumas palavras como “sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”, dependendo do contexto.
Probabilidade condicional
Ao lançar uma moeda, sob certas condições, podemos calcular, com certeza a velocidade com que ela
atingirá o solo. Repetindo esse lançamento nas mesmas condições, obtemos o mesmo resultado. Os
experimentos em que podemos determinar os resultados nas diversas vezes que repetimos são
denominados experimentos determinísticos.
Contudo, se observarmos um outro aspecto do mesmo lançamento e quisermos determinar qual das
faces da moeda cairá voltada para cima, não conseguiremos determinar com clareza se sairá cara ou
coroa, pois, em lançamentos sucessivos e em condições idênticas podemos descrever todos os
resultados possíveis (no caso da moeda, cara ou coroa).
Experimentos que têm essa característica são chamados experimentos aleatórios. Por exemplo:
Lançar um dado e observar a face virada para cima.
Eventos independentes
Geometria plana
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Tópicos
Conceitos geométricos
Ângulos
Retas no plano
Triângulos
Polígonos
Circunferência e círculo
Construções geométricas usando régua e compasso
Áreas e volumes
Conceitos geométricos
Geometria plana
A Geometria Plana e a Geometria Espacial baseiam-se nos chamados conceitos geométricos primitivos.
Define-se como conceito primitivo toda aquele que não admite definição, isto é, o conceito que é aceito
por ser óbvio ou conveniente para uma determinada teoria. Normalmente, em Matemática, os conceitos
primitivos servem de base para a construção de postulados (ou axiomas) que formarão, por sua vez, a
estrutura lógica e formal da teoria.
Ao contrário do que se pensa, conceitos primitivos existem não somente em Matemática, mas em Física
também. Exemplos desses conceitos são os conceitos de força e velocidade.
2. Linha: Imagine um pedaço de barbante sobre uma mesa, formando curvas ou nós sobre si mesmo:
este é um exemplo de linha.
3. Reta: É uma linha infinita e que tem uma única direção. Uma reta é o caminho mais curto entre dois
pontos quaisquer.
4. Superfície:
5. Plano: Você pode imaginá-lo como uma folha de papel infinita. Um plano é uma superfície plana
que se estende infinitamente em todas as direções.
Lugar Geométrico
Lugar geométrico é um conjunto de pontos que satisfazem uma determinada propriedade. Nem mais,
nem menos!
No contexto da geometria analítica, a propriedade geralmente pode ser descrita por uma equação.
Nesse sentido, um lugar geométrico pode ser entendido como um conjunto de pontos onde
determinada função é igual a zero (ou seja, sua curva de nível zero). Um estudo mais aprofundados dos
conjuntos de pontos dados por uma equação, a relação entre conjuntos deste tipo, e outros problemas
similares são estudados em uma área da matemática denominada geometria algébrica.
Reta
Semi-reta
Enquanto a reta é infinita para os dois lados, a semi reta é infinita numa direção e finita na outra.
Segmento de reta
Enquanto a reta é infinita para os dois lados o segmento de reta termina em ambos os lados, ou seja, a
menor distância entre dois pontos em um plano.
Áreas
A área de uma superfície plana é um número que expressa o tamanho daquela superfície. Quando maior,
maior a área. Existe uma definição formal. É a seguinte:
3. Se uma superfície está contida em outra, sua área é menor ou igual à área da outra.
Ângulos
Ângulo
Intuitivamente, o ângulo é uma medida que expressa o quanto dois segmentos de reta estão não-
paralelos.
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Retas no plano
Paralelas
Possuem coeficientes angulares iguais;
Perpendiculares
Possuem inclinação de 90° entre si;
Se interceptam em apenas um ponto P definido na solução do sistema composto pelas equações das
duas retas.
Teorema de Tales
O Teorema de Tales foi proposto pelo filósofo grego Tales de Mileto, e afirma que: quando duas retas
transversais cortam um feixe de retas paralelas, as medidas dos segmentos correspondentes
determinados nas transversais são proporcionais. Para entender melhor o Teorema de Tales, é preciso
saber um pouco sobre razão e proporção. Para a resolução de um problema envolvendo o Teorema de
Tales, utiliza-se a propriedade fundamental da proporção, multiplicando-se os meios pelos extremos.
Considerando-se o exemplo da figura, tem-se:
Esquema mostrando validade do Teorema de Tales
O Teorema de Tales pode ser aplicado em triângulos que possuem uma reta paralela a um dos lados.
Veja também
Exercícios
Triângulos
Tipos de triângulos
Um triângulo pode ser classificado de acordo com as medidas relativas de seus lados:
Um triângulo equilátero possui todos os lados congruentes. Pode-se verificar que um triângulo
eqüilátero é também eqüiângulo, ou seja, possui todos os seus ângulos internos congruentes (e com
medida 60°). Por este motivo, este tipo de triângulo é também um polígono regular.
Um triângulo isósceles possui pelo menos dois lados congruentes. Num triângulo isósceles, o ângulo
formado pelos lados congruentes é chamado ângulo do vértice. Os demais ângulos denominam-se
ângulos da base e, como se pode verificar, são congruentes. Note que os triângulos equiláteros
também são isósceles.
Em um triângulo escaleno, as medidas dos três lados são diferentes. É possível mostrar que os
ângulos internos de um triângulo escaleno também possuem medidas diferentes.
Denomina-se base o lado sobre qual apóia-se o triângulo. No triângulo isósceles, considera-se base o
lado de medida diferente.
Este triângulo é equilátero, pois possui os três lados congruentes. Em particular, como seus lados são
dois a dois congruentes, ele é um triângulo isósceles. Pode-se observar que seus todos os seus ângulos
internos medem 60°, e por isso ele é equiângulo.
Neste triângulo há somente dois lados congruentes: os que têm medida . Por este motivo, o triângulo é
isósceles, mas não é equilátero. Além disso, cada um destes dois lados forma um ângulo de medida
com a base do triângulo.
Um triângulo também pode ser classificado de acordo com seus ângulos internos:
Um triângulo retângulo possui um ângulo reto. Num triângulo retângulo, denomina-se hipotenusa o
lado oposto ao ângulo reto. Os demais lados chamam-se catetos. Os catetos de um triângulo
retângulo são complementares.
2ª relação: Se dois lados de um triângulo tem medidas diferentes, ao maior lado opõe-se o maior ângulo
e ao menor lado, opõe-se o menor ângulo.
3ª relação: Em todo triângulo, qualquer lado tem medida menor que a soma das medidas dos outros
dois.
Área do triângulo
Existem várias formas de se expressar a área A de um triângulo:
Se o triângulo for equilátero de lado L, sua área pode ser obtida pela fórmula:
Congruência
Critério LLL
Lado-Lado-Lado.
Critério LAL
Lado-Ângulo-Lado.
Critério ALA
Ângulo-Lado-Ângulo.
Critério LLAr
Lado-Lado-Ângulo reto.
Semelhança
Critério LLL
Segundo o critério LLL (lado-lado-lado), existe semelhança entre dois triângulos se os três lados de um
são proporcionais aos três lados correspondentes do outro.
Critério LAL
Segundo o critério LAL (lado-ângulo-lado), existe semelhança entre dois triângulos se têm entre si dois
pares de lados correspondentes proporcionais e se os ângulos por eles formados forem iguais.
Critério AA
Segundo o critério AA (ângulo-ângulo), existe semelhança entre dois triângulos se eles têm dois ângulos
iguais.
Referências
Elementos de Geometria (http://www.degraf.ufpr.br/material/elementos.pdf)
Ver também
Triângulo
Mediatriz
O circuncentro é o centro da
circunferência circunscrita ao triângulo.
A mediatriz é a reta perpendicular a um lado do triângulo, traçada pelo seu ponto médio. As três
mediatrizes de um triângulo se encontram em um único ponto, o circuncentro, que é o centro da
circunferência circunscrita ao triângulo, que passa pelos três vértices do triângulo. O diâmetro dessa
circunferência pode ser achado pela lei dos senos.
Altura
Mediana
Mediana é o segmento de reta que une cada vértice do triângulo ao ponto médio do lado oposto. A
mediana relativa à hipotenusa em um triângulo retângulo mede metade da hipotenusa.
Bissetriz
A bissetriz interna de um triângulo corresponde ao segmento de reta que parte de um vértice e vai até o
segmento de reta, dividindo o ângulo do vértice em que partiu em dois ângulos congruentes.
Em um triângulo há três bissetrizes internas, sendo que o ponto de interseção delas chama-se incentro,
que é o centro da circunferência inscrita no triângulo.
Triângulo retângulo
Como dito anteriormente, um triângulo retângulo é aquele no qual um dos ângulos internos é reto.
Catetos e Hipotenusa
Em um triângulo retângulo, são chamados de catetos os lados perpendiculares entre si, ou seja,
aqueles que formam o ângulo reto, e é chamado de hipotenusa o lado oposto ao ângulo reto.
A altura relativa à hipotenusa é o segmento de reta que parte do ponto onde está o ângulo reto e
vai perpendicularmente até a hipotenusa.
As projeções dos catetos são as partes da hipotenusa divididas pela altura relativa.
Teorema de Pitágoras
Teorema de Pitágoras
Isso significa que, conhecendo as medidas de dois lados de um triângulo retângulo, pode-se calcular a
medida do terceiro lado — propriedade única dos triângulos retângulos.
Demonstração do Teorema
Por semelhança
Seja um triângulo retângulo, com o ângulo reto localizado em , como mostrado na figura. Nós
desenhamos o segmento de reta que passa por e é perpendicular a . O novo triângulo é
semelhante ao nosso triângulo , pois ambos tem um ângulo reto (por definição de perpendicular),
e eles compartilham o ângulo em , implicando que o terceiro ângulo terá a mesma medida em ambos.
De forma análoga, o triângulo também é semelhante a . A semelhança leva a duas razões:
e
Isto pode ser escrito como:
Como e são paralelogramos de mesma base e mesma altura, ambos tem a mesma
área. Ou seja, a área do quadrado sobre um cateto é igual à área do retângulo determinado pela
projeção deste cateto e um segmento congruente à hipotenusa. Como a união do retângulo
determinado por e com o retângulo determinado por e é igual ao quadrado sobre
, segue que a soma das áreas dos quadrados sobre os catetos é igual a área do quadrado sobre a
hipotenusa.
Q.E.D.
Aplicações do Teorema
Com o teorema de Pitágoras, pode-se calcular o comprimento da hipotenusa de um triângulo
conhecendo apenas o comprimento de cada cateto deste. Ou ainda, calcular o comprimento de um
cateto conhecendo apenas a medida da hipotenusa e de outro cateto. O teorema de Pitágoras pode
também ser usado para calcular o comprimento da diagonal de um retângulo conhecendo apenas os
lados deste.
Exemplos
Triângulo 3_4_5
Um "triângulo 3_4_5" é qualquer triângulo retângulo que tenha esta proporção de lados. Ou seja, um
triângulo cujo um dos catetos tem o comprimento , outro cateto, o comprimento e a hipotenusa, ;
tal que haja um número que:
A consciência desta proporção permite, a partir do comprimento de dois lados de um triângulo 3_4_5,
inferir rapidamente o comprimento do terceiro lado. Por exemplo, sabendo que um triângulo tem um
lado de 6 metros e outro de 8 metros, pode-se inferir corretamente que o outro lado tem 10 metros
(onde n=2).
Triângulo 45º_45º_90º
O chamado "triângulo 45º_45º_90º" possui ângulos com essas medidas e a proporção entre seus lados é:
. Ou seja, um triângulo retângulo e isóceles.
Triângulo 20º_70º_90º
O "triângulo 30º_60º_90º" possui ângulos com essas medidas e a proporção de seus lados é: .
Exercícios resolvidos
Na comédia antiga Diálogo dos mortos, do poeta satírico Luciano de Samósata, Hermes empilha as
montanhas Ossa e Pelion sobre o Olimpo, na esperança de, a partir de um ponto de vista mais alto,
poder mostrar toda a Terra para Caronte; para sua decepção, porém, ele só consegue ver ao oeste, parte
da Itália, ao sul, até Creta, ao leste, até a Jônia e, ao norte, até o Danúbio.[1] Considerando a Terra esférica,
que a visão corresponde a um raio tangente, que o ponto mais distante observado seja o ponto de
tangência, que a soma da altura dos três montes seja 5 km e que a distância até o ponto de tangência
seja 400 km, calcule qual foi o raio da Terra usado por Luciano.
Solução
Considere que Hermes e Caronte estejam no ponto A, e que o ponto mais distante observado seja C.
Sabemos o valor de AC e de h, portanto para calcular r basta resolver o triângulo retângulo OAC:
Simplificando:
Finalmente:
Aplicando valores ( e )
Um melhor valor para h seria 6,5 km (somando a altura das três montanhas); usando-se um valor mais
próximo do valor real do raio da Terra , obtém-se, pela equação acima, um valor para AC
de, aproximadamente, 300 km, o que é razoavelmente próximo das distâncias mencionadas por Luciano.
Ver também
Trigonometria
Demonstração ilustrada do Teorema de Pitágoras na edição de Byrne dos Elementos de Euclides (htt
p://www.sunsite.ubc.ca/DigitalMathArchive/Euclid/bookI/images/bookI-47.html)
Referências
1. Luciano de Samósata, Diálogo dos mortos, Caronte
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Polígonos
Polígonos são figuras geométricas planas das formadas por segmentos de reta interligados entre si
fechados (linha poligonal fechada).
Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo:
, , , , .
Classificação
Os polígonos são classificados:
1. Convexo: se possui todos os seus ângulos internos convexos — isto é, entre 0° e 180°; ou
Não há restrições quanto ao número de lados n de um polígono desde que n ≥ 3. Embora apenas alguns
possuam nomenclatura própria, segue uma tabela com alguns destes nomes:
25 icosikaipentagono
inexistente 12 Dodecágono
...
A título de curiosidade, são mostrados a seguir os nomes de alguns polígonos cujos números de lados
são potências de 10:
Lados Nome
1000 quilógono
1.000.000 megágono
109 gigágono
Triângulos
Veja as páginas triângulos, pontos, linhas e círculos associados a um triângulo e triângulo retângulo.
Quadriláteros
Quadriláteros são as figuras geométricas planas formadas por quatro lados. Eles são classificados em seis
tipos, dependendo da proporção entre seus lados e ângulos:
Quadrados
São quadriláteros em que todos os ângulos são iguais (a 90°) e todos os lados têm a
mesma medida. Portanto, todos os quadrados apresentam semelhança de ângulos e
lados. Pelo fato de o quadrado possuir quatro lados l idênticos, o perímetro P pode ser
facilmente deduzido por
Também, para todos os quadrados, pode-se deduzir através do teorema de Pitágoras a sua diagonal d,
ora, pois, o quadrado é formado pela união de dois triângulos retângulos idênticos:
Conclui-se que a diagonal de qualquer quadrado é igual ao produto de seu lado por √2.
Retângulos
Em que a e b são os lados do retângulo. Igual ao quadrado, a diagonal d do retângulo é dada pelo
teorema de Pitágoras:
Losangos
São quadriláteros em que todos os lados possuem a mesma
medida, assim como o quadrado. Entretanto, dois de seus ângulos
se diferem. Considerando que a figura ao lado é um losango,
obrigatoriamente os ângulos A e C são iguais entre si. Os ângulos B
e D também são iguais (mas não necessariamente iguais a A e C). O
quadrado é um caso particular do losango. O perímetro é dado por:
Já suas diagonais podem ser calculadas de duas formas: pela lei dos cossenos ou pela regra do
paralelogramo. Caso você queira encontrar a diagonal oposta a um certo ângulo, utiliza-se lei dos
cossenos. No caso de se querer a diagonal adjacente (a que parte do ângulo), calcula-se usando a regra
do paralelogramo. Por exemplo, considere um losango de lados b e c igual a 2, e descubra a medida da
diagonal oposta a de um ângulo α de 60°. Pela lei dos cossenos:
Paralelogramos
Em que a é uma semirreta que parte do ângulo α formando uma diagonal adjacente do paralelogramo.
Observe a semelhança entre a regra do paralelogramo e a lei dos cossenos: o que muda é o sinal que
antecede a expressão 2bc cos α. Exemplo: qual a diagonal adjacente do ângulo 60° de um
paralelogramo, formado por lados iguais a 1 e 3?
Trapézios
São quadriláteros que possuem dois lados paralelos (bases). Desta forma, diferentemente das figuras
anteriores, seus ângulos são totalmente livres e independentes entre si. Os ângulos e as diagonais
podem ser dados pela lei dos senos, lei dos cossenos ou pela
regra do paralelogramo. As diagonais do trapézio x e y dão
dadas por
Onde a é a base menor, c a base maior, e b e d os lados adjacentes à base. O perímetro é dado pela
soma de todos os lados.
Fórmulas
Ângulos
Para que se determine a soma de todos os ângulos internos de um polígono convexo, aplica-se a
seguinte fórmula:
Área
Abaixo estão as fórmulas para a área (A) de cada polígono (perceba que estas fórmulas podem ser
incorporadas a outras propriedades dos polígonos, como altura [h], diagonal [d e D], perímetro, ângulos,
etc). Considere B e b as bases dos polígonos, e l o lado do quadrado:
Triângulo
Quadrado
Retângulo
Losango
Paralelogramo
Trapézio
Polígonos regulares
Triângulo
equilátro
Quadrado
Pentágono
regular
Hexágono
regular
Todo polígono regular possui seus n lados e os ângulos com medidas iguais. Como os ângulos internos e
externos são iguais, obtém-se a medida de cada ângulo A (interno ou externo) por:
Alguns polígonos regulares têm nomes especiais: o triângulo regular é o triângulo equilátero, e o
quadrilátero regular é o quadrado. Pelo fato de todos os polígonos regulares serem iguais entre si em
ângulos, suas áreas, perímetros, diagonais e alturas podem ser sintetizadas em fórmulas em função de
seus lados (ou outra propriedade que não seja o ângulo). Um método muito prático para tal feito é
dividir o polígono regular em n triângulos idênticos. Exemplo: qual a fórmula para a área A do hexágono
regular em função de seu lado l?
Portanto, os ângulos que formam cada triângulo são de 60° (perceba que cada ângulo de 120° forma
dois triângulos). O hexágono é, portanto, formado por seis triângulos equiláteros idênticos. Sabemos
que a área do triângulo equilátero é
Congruência
Dois ângulos são congruentes se, sobrepostos um sobre o outro, todos os seus elementos coincidem.
Nos paralelogramos, os lados paralelos são congruentes, e dois ângulos opostos pelo vértice são sempre
congruentes. Num triângulo equilátero, todos os lados e ângulos são congruentes; nos triângulos
isósceles, apenas os lados iguais e os ângulos da base são congruentes.
Semelhança
Geometria plana/Circunferência e círculo
Aqui, será feito o estudo destas duas formas geométricas.
Círculo: A parte interna da figura geométrica. É atingida, juntamente com a circunferência, pela secante.
Circunferência
Circunferência.
A área de um círculo (figura delimitada por uma circunferência) é calculada multiplicando-se o quadrado
do raio por Pi, constante matemática que tem o valor de, aproximadamente, 3,1416.
Assim, por exemplo, um círculo cujo raio seja de 10 cm terá como área s = 3,1416 x 10 = 314,16 cm
quadrados.
Comprimento
Círculo
Área
Setores
Círculo circunscrito
Círculo inscrito
Uma circunferência inscrita, é uma circunferência que esta dentro de um polígono regular.
Mediatriz
Quadrado
Trace uma circunferência, trace um diâmetro em segunda, trace outro diâmetro perpendicular ao
primeiro. Cada ponta das retas que formaram o diâmetro forma um ponto do quadrado, e depois é só
unir esses pontos.
Pentágono
Hexágono
Bisecção do ângulo
Exercícios
Matemática elementar/Desenho geométrico/Exercícios
Áreas e volumes
Área do paralelogramo
Tipos de paralelogramos
Área do retângulo
A área do retângulo é o produto de seu lado por sua altura. A área de quadrado é um caso particular da
área do retângulo, assim como a figura quadrado é um caso particular da figura retângulo.
Área do losango
Área do quadrado
Área do triângulo
A área do triângulo é o produto de sua base por sua altura dividido por dois.
b = medida da base AB
Obs: o Teorema de Heron permite calcular a área de um triângulo qualquer a partir das dimensões dos
seus lados
Área do trapézio
A área do trapézio é o produto de sua altura pela média aritmética das bases (denotadas por B e b).
Área do círculo
Geometria espacial
1. Figuras geométricas espaciais - retas e planos no espaço, ângulos diédricos e poliédricos, poliedros
convexos, poliedros regulares.
3. Prismas, Pirâmides, Cilindros, Cones e seus respectivos troncos - cálculo de áreas e volumes.
Pirâmides
Pirâmide Regular
Pirâmide regular é uma pirâmide cuja base é um polígono regular e projeção ortogonal do vértice sobre
o plano da base é o centro da base.
Fórmulas
Área da base ( ): área de um poligono.
Área lateral ( ): soma das áreas das faces laterais.
Área total:
Volume:
Geometria analítica
1. Vetores - O que são vetores?
2. Coordenadas cartesianas - Localização de pontos numa reta e num plano usando coordenadas
cartesianas, distância entre dois pontos, o uso de coordenadas cartesianas para a solução de
problemas geométricos simples na reta e no plano.
3. Cálculo com vetores - Soma e subtração de vetores, multiplicação de um real por um vetor, norma e
módulos de vetores, produto escalar de vetores.
4. Estudo da reta em geometria analítica plana - Equação da reta na forma normal, coeficiente angular,
condições de paralelismo e perpendicularismo de retas, equações e inequações de primeiro grau
em duas variáveis, distância de um ponto a uma reta.
Ver também
Estatística
A Estatística é um ramo da Matemática que tem por objetivo obter, organizar e analisar dados,
determinar as correlações que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação
do que passou e previsão e organização do futuro.
Introdução
Encontrar padrões é algo que a humanidade faz a todo momento. Nossa sobrevivência depende da
nossa capacidade de prever eventos. Para entender esses eventos criamos ferramentas como a ciência, a
matemática, e a filosofia.
Unindo duas áreas, a matemática e a ciência, um dos resultados foi a estatística. Uma forma de
matemática aplicada, muito útil para descrever sistemas complexos, que não podem ser isolados e
dessecados. A natureza está repleta de sistemas assim, o comportamento de populações de borboletas
ou de seres humanos pode ser visto de entendido usando princípios estatísticos.
A etapa inicial de entender o objeto ou sistema, é feita pela estatística descritiva, responsável por
organizar e sumarizar dados. Já a estatística indutiva ou inferencial trabalha para encontrar padrões, leis
que descrevam o comportamento de um sistema.
Medidas de Posição
Medidas de Tendência Central
Média
Média Aritmética
A média aritmética é o cálculo feito em um cálculo de adição e divisão pela porção de parcelas.
Exemplo:
Onde:
∑ = somatório;
xi= cada elemento x de 1 até n; e
n= número de elementos do conjunto de dados.
Média Geométrica
Média Harmônica
Mediana
É o valor (elemento) que ocupa posiçao central em uma serie estatistica, deixando 50% (metade) dos
valores á´sua esquerda (menores) e 50% á sua direita (maiores). EX; - Calcule a mediana para as series
estatisticas: a)- X: 11, 7,7,9,8,10,13. X: 7,7,8,9,10,11,13. 50% dos valores sao menores ou iguais a 9 e 50%
dos valores são maiores a 9.
Moda
A moda de um conjunto de valores é definida como o valor que ocorre com maior freqüência.
Referências comuns à moda incluem expressões como valor dominante, valor que ocorre o maior
número de vezes, valor que predomina num conjunto, valor modal, valor mais comum, etc.
Não é imperativa, mas a ordenação dos dados facilita a identificação do valor mais freqüente.
Se num conjunto de observações não se repetir nenhuma observação, ele não tem moda e é
considerado amodal.
Se o conjunto tiver apenas um único valor que se repete em frequência máxima, ele tem apenas uma
moda e é considerado unimodal.
Se o conjunto tiver dois valores que se repetem em igual frequencia máxima, ele tem duas modas e é
bimodal.
E, se um conjunto tiver tres ou mais valores com mesma frequencia máxima, ele tem tres ou mais modas
e é considerado Multimodal ou Polimodal.
Moda Czuber
Moda King
Medidas Separatrizes
É um tipo de separatriz que divide a série estatística em quatro partes iguais de 25% cada - e possui três
divisórias, que são Q1, Q2 e Q3, significando respectivamente, 1º quartil ou quartil inferior, 2º quartil ou
quartil médio e 3º quartil ou quartil superior.
Quartil
Centil ou Percentil
Medidas de Dispersão
Absoluta
Desvio Padrão
Desvio Padrão é o valor que varia para mais ou para menos. Para encontrar o Desvio Padrão é necessário
encontrar raiz quadrada da Variância. Para encontrar a Variância é necessário encontrar os valores da
Média, Desvio e Quadrado dos Desvios. A soma do quadrado dos desvios dividida pela soma de todos os
itens, resulta em um número X chamado Variância. Deve-se achar a raiz quadrada desse número X para
então obter o valor do Desvio Padrão.
Desvio Quartílico
Desvio Médio
Relativa
Variância Relativa
Coeficiente de Variação
Coeficiente de Variação é a divisão do Desvio Padrão pela média. Para encontrar o Desvio Padrão, deve
calcular a raiz quadrada da Variância, que por sua vez é a média dos quadrados menos o quadrado da
média.
Medidas de Curtose
Ver também
Probabilidade e Estatística - livro com conteúdo mais avançado
1. limite
2. derivada
3. integral
Embora atualmente os livros texto os apresentem para o aluno nesta ordem, eles foram definidos e
usados na ordem inversa. A princípio só havia o conceito de integral. Para formalizar o conceito foi
definida e usada a idéia de derivada. Finalmente para formalizar ambos os conceitos de derivada e
integral, foi definido o limite.
Quando se estuda cálculo, limite é o que tem menos aplicações práticas. Derivadas um pouco mais e
integral tem muitas aplicações interessantes. Então, se você estiver achando o começo do estudo meio
chato, não desanime. Quando chegar em derivada fica um pouco melhor e quando chegar em integral
fica muito mais gostoso.
Glossário
O seguinte glossário contém palavras usadas neste livro, em suas diferentes acepções quando for o caso.
Procurou-se especificar também palavras sinônimas e com grafias diferentes.
A
Álgebra (algebra). Parte da matemática que não trata especificamente com geometria. Esta é uma
definição antiga. Hoje a álgebra pode ser dividida em clássica e moderna. A álgebra clássica é a parte que
trata de manipulação simbólica e da solução de equações algébricas. A álgebra moderna ou abstrata lida
com um ramo da matemática conhecido como estruturas discretas (corpos, grupos, anéis, etc.).
Álgebra de Boole (Boolean algebra). Tanto na Matemática quanto na Ciência Computacional uma
álgebra Booleana ou de Boole ou ainda um reticulado (lattice) Booleano é uma estrutura algébrica que
lida com as operações lógicas E, OU e NÃO de mesma forma que lida com as operações sobre conjuntos
correspondentes UNIÃO, INTERSECÇÃO e COMPLEMENTAÇÃO. Esta estrutura foi nomeada em
homenagem ao matemático Inglês George Boole. A álgebra Booleana é uma tentativa de se utilizar
técnicas algébricas para lidar com expressões do cálculo proposicional.
Algoritmo (algorithm). Um algoritmo é um conjunto definido de operações e passos ou procedimentos
que objetivam levar a um particular resultado. Por exemplo, com algumas exceções, os programas
computacionais, as fórmulas matemáticas e (de forma ideal) receitas médicas e culinárias são algoritmos.
Análise (analysis). Parte da matemática que lida com a aproximação de objetos matemáticos (como
número e funções) por outros que são mais fáceis de entender e manejar.
Análise funcional (functional analysis). Parte da matemática que estuda espaços vetoriais de infinitas
dimensões e bijeções entre eles. Os elementos destes espaços são muitas vezes funções, como, por
exemplo, o espaço das funções contínuas sobre um intervalo.
Assíntota (assyntota). Reta cuja distância em relação a uma curva diminui indefinidamente sem nunca
cortar a curva.
B
Bijeção-Relação onde cada elemento corresponde um e somente um elemento
C
Conjunto
Conceito primitivo: reunião de elementos (veja Conjuntos).
D
Diferença (conjuntos)
Operação envolvendo conjuntos que consiste em criar um novo conjunto (o conjunto diferença)
contendo os elementos que estão contidos num conjunto, mas não estão contidos em outro.
E
F
I
Intersecção
Operação envolvendo (conjuntos) que consiste em criar um novo conjunto (o Conjunto
intersecção) contendo os elementos que estão contidos simultâneamente em todos os conjuntos
interseccionados.
M
Matriz
Elemento matemático formado por linhas e colunas, onde cada linha e cada coluna é um par
ordenado.
P
Par ordenado
Par de elementos em que a ordem dos mesmo é fundamental; indicado por (a,b), sendo a e b os
elementos ou coordenadas.
Ponto matemático
Um ponto é uma noção primitiva pela qual outros conceitos são definidos. Um ponto determina
uma posição no espaço. Na Geometria, pontos não possuem volume, área, comprimento ou
qualquer dimensão semelhante. Assim, um ponto é um objeto de dimensão 0 (zero). Um ponto
também pode ser definido como uma esfera de diâmetro zero.
S
Subconjunto
Conjunto contido em outro conjunto.
U
União
Operação envolvendo conjuntos que consite em criar um novo conjunto (o conjunto união)
contendo todos os elementos dos conjuntos unidos, sem repetição.
Universo
Na teoria dos conjuntos, representa o conjunto que contém todos os subconjuntos passíveis de
estudo, em determinado problema.
Referências
Links
Matemática 1ª a 4ª série do fundamental (http://educar.sc.usp.br/matematica/matematica.html)
Apostilas do estágio da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) (http://www.
obmep.org.br/estagio_bolsistas/apostila_estagio.html)
Livros
Dante, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. Ensino Médio. Ática, 2000. 1 e 2 v.
Iezzi, Gelson, Dolce, Osvaldo, Machado, Antônio. Matemática e realidade. Atual, 1997. ISBN
857056788X