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Jogo rápido

Construtoras brasileiras vão buscar nos Estados Unidos conceitos e tecnologia para produção de casas em
série. Modelos possuem estrutura de aço, fechamento com painéis e tudo que a construção industrializada
pode oferecer.

Levando ao pé da letra o conceito de construção a seco, algumas construtoras do País estão incorporando às
residências unifamiliares sistemas de construção industrializados, que integram a maioria das etapas
construtivas, desde a estrutura, em perfis leves de aço galvanizado, até a cobertura.

A construtora Sequência, em parceria com a incorporadora Viabiliza, desenvolveu, em Cotia-SP, um


condomínio com 47 casas tipicamente norte-americanas, feitas com estrutura de aço galvanizado e vedação
em chapas de gesso acartonado, com diferentes revestimentos externo e interno. O know-how de
construção foi adquirido com 7 anos de pesquisas nos Estados Unidos e investimentos de 2 milhões de reais.
No início da implantação, o kit construtivo era todo importado e os construtores apenas montavam as casas
no Brasil. Após as primeiras experiências, iniciou-se o processo de nacionalização dos materiais empregados,
o que possibilitou uma redução considerável nos custos de montagem e nos prazos de entrega.

De acordo com o arquiteto Alexandre Mariutti, da Sequência, o prazo de entrega de cada casa não
ultrapassa 3 meses. “Isso só foi possível graças à produção nacional dos materiais empregados e ao próprio
sistema construtivo, baseado na construção modular em série”, explica Mariutti.

Produção em série
Todas as peças metálicas da estrutura obedecem a um projeto de modulação e os perfis já são fornecidos
pela fábrica nas dimensões pré-definidas pelo projeto. A modulação facilita a montagem e reduz o emprego
de mão-de-obra. “Em uma obra convencional, 40 % do investimento vai para o material e 60 % para a mão
de obra”, calcula o arquiteto. O conceito presente neste sistema requer que todos os elementos construtivos,
como paredes, janelas, armários, portas etc. obedeçam a uma linha de produção industrial e sejam apenas
instalados pelo operário.

Em Itatiba-SP, outra construtora, a ABS, também oferece o mesmo sistema construtivo na montagem de
casas. O processo de difusão do conceito até a implantação no Brasil seguiu uma linha idêntica à da parceria
Sequência/Viabiliza. No início, o kit completo também foi trazido dos Estados Unidos e, após algumas
implantações no Brasil, foram desenvolvidos produtos nacionais. O processo de nacionalização demandou
uma interpretação técnica dos elementos do sistema, determinando como ponto de partida a tradução das
normas técnicas norte-americanas.

“Uma fábrica nacional interessou-se em produzir os tipos de perfil usados na montagem das casas, com a
modulação e espessura necessárias a um perfil estrutural”, explica o engenheiro Levi Cabral Simões, da ABS.
As normas utilizadas na fabricação são provenientes do American Iron and Steel Institute-Aisi, o órgão
norte-americano normativo e regulador do setor. “A produção só foi possível com o trabalho de tradução das
normas, que foram adaptadas praticamente sem mudanças”, completa Levi.

De acordo com o consultor responsável pela tradução normativa, o engenheiro Hélcio Hernandes, da Steel
Frame do Brasil, os perfis são dimensionados para suportar, além das cargas permanentes, sobrecargas
fixas e cargas devidas ao vento, as cargas geradas por condições climáticas incomuns ao Brasil, como neve,
furacões e vendavais. “Os perfis são dimensionados para suportar cargas maiores que as necessárias aqui”,
ressalta Hélcio (ver tabela 1).

Tabela 1 - Características básicas para construções com estruturas em aço


galvanizado de acordo com as normas norte-americanas
Atributos Limites
Largura da construção: 11 m (em projeção)
Dimensões construtivas Comprimento da construção: 18 m (em
projeção)
Os cálculos prevêem cargas de vento em
terrenos onde não existam edificações e
Exposição ao vento
vegetação no entorno e em terrenos de áreas
urbanas
Pisos: vigas de perfis de aço leve Peso próprio 0,48 kN/m²
Carga permanente 1,92 kN/m²

Balanços 610 mm
Paredes: Peso próprio 0,48 kN/m²
Altura máxima das paredes estruturais 3m
Telhado estrutural: tesouras de perfis de aço leve Peso
0,57 kN/m²
próprio
3,35 kN/m²
Carga permanente

Laje de forro: vigas de perfis de aço leve


0,24 kN/m²
Peso próprio

Carga permanente com cargas acidentais 0,96 kN/m²


Carga permanente sem cargas acidentais 0,48 kN/m²
Inclinação de telhado 3:12/ 12:12

Tabela 2 – Revestimentos de zinco nos aços galvanizados por imersão a quente

Massa mínima de revestimento (g/m²)

Ensaio individual
Médio Ensino triplo Espressura de
Norma Tipo (área de uma
(área de uma face) camada (µm)
face)

ASTM A-653 G60 (estrutural) 152 183 26

G90 244 275 38

Construção passo a passo


A metodologia construtiva de ambas as construtoras segue o mesmo processo. Cada unidade é apoiada em
um radier de concreto convencional, onde são feitas marcações para a colocação dos perfis estruturais que
por sua vez podem ser montados previamente isolados ou já compostos, com as chapas de gesso
acartonado, formando os painéis. O aço das estruturas possui tensão de escoamento mínima de 228 MPa e
apresenta revestimento com zinco, que garante proteção contra corrosão, presente no aço de especificação
G60. No caso de áreas expostas à orla marítima, utiliza-se o aço G90, que possui maior revestimento de
zinco (ver tabela 2). A espessura das chapas que compõem os perfis é de 0,95 mm, adotada na maioria dos
perfis, e de 1,25 mm, em perfis de reforço de portas e janelas e em situações especiais, como, por exemplo,
em relação a cargas concentradas.

A largura dos montantes e das guias estruturais varia entre 90, 140 e 200 mm, e o espaçamento entre os
perfis, de 40 a 60 cm, dependendo do pé-direito. A fixação dos painéis ao radier é feita com o uso de pinos
de 2 polegadas, com fixação à pólvora. As paredes internas são constituídas de painéis de chapas de gesso
acartonado, os quais recebem miolo de lã de vidro ou rocha. Dependendo da composição das chapas de
gesso com a lã mineral, o isolamento de sons aéreos pode chegar a 60 dB. As paredes contêm tubulações de
elétrica e de hidráulica (de PVC ou de polietileno reticulado – PEX), além de dutos de ar-condicionado e de
aspiração central, presentes também nas casas da Sequência. Caso as tubulações sejam de cobre, devem
ser empregados espaçadores plásticos, que isolam a tubulação do aço galvanizado, impedindo a corrosão
galvânica.

Leque de opções
Uma das soluções de fechamento das fachadas, considerada a mais adequada por ambas as construtoras, é
o uso de placas cimentícias com argila expandida ou placas de fibrocelulose prensada com cimento, com
espessuras de 10 a 12 mm que, de acordo com o engenheiro Levi, da ABS, permitem boa trabalhabilidade e
não se fragmentam no corte. As placas são aparafusadas nos perfis e as suas junções recebem um
impermeabilizante. Outro fechamento empregado nas casas é a argamassa armada. Esta consiste na
cobertura dos perfis metálicos com uma tela de aço galvanizado fixada com parafusos, que recebe um
impermeabilizante de celulose de alta densidade, onde aplica-se a argamassa manualmente ou por
jateamento, formando-se uma camada de 2 cm de espessura. Para Mariutti, da Sequência, esse processo
consome muito tempo e causa sujeira na obra, andando na contra-mão do conceito de rapidez e
industrialização pretendido pelo sistema.

Após o fechamento da fachada, a etapa seguinte, chamada home wrap, consiste na cobertura de toda a área
externa das casas com uma manta impermeabilizante de polietileno de alta densidade para garantir a
estanqueidade das paredes. De acordo com Mariutti, a umidade é o grande problema gerado pela não-
impermeabilização da fachada, cuja conseqüência é o aparecimento de marcações nas paredes. Com a
manta colocada, inicia-se a aplicação do acabamento externo, que também pode ser de siding vinílico ou
cimentício, ou ainda tijolo à vista. Os sidings são fixados com parafusos e possuem vários tamanhos, cores e
texturas. De preferência, devem ser usados sidings de cores claras, em função do conforto térmico e da
durabilidade do PVC.

Plantas versáteis
O projeto estrutural das casas pode prever diferentes distribuições espaciais internas, inclusive a montagem
de edificações de até três pavimentos. Nesse caso, escadas metálicas podem ser incorporadas ao sistema
mediante lajes estruturadas por vigas de perfis metálicos, onde são apoiadas placas cimentícias ou de
madeira, que podem receber carpete, revestimento cerâmico, piso de madeira ou outro tipo de revestimento
de piso.

O revestimento das paredes internas pode variar de acordo com a determinação do arquiteto ou
proprietário. Os acabamentos podem ser com tinta acrílica lisa ou texturizada, papel de parede, peças de
granito ou mármore, e azulejo nas áreas molhadas. A impermeabilização do piso-parede das áreas molhadas
pode ser resolvida com a aplicação de manta asfáltica de 3 a 5 mm ou manta auto-adesiva que possui uma
tela na face superior, onde é espalhada a cola para o assentamento do piso cerâmico. As chapas de gesso
usadas nessa área são resistentes à umidade e podem receber tinta antimofo.

Em ambos os projetos das construtoras, as portas importadas são completas, com batente, dobradiças e
fechaduras. Nas unidades do condomínio da Sequência, os vãos das portas recebem guarnições reguláveis,
para possibilitar ajustes frente a irregularidades de paredes. As guarnições das janelas podem ser feitas com
os perfis metálicos dobrados também e as esquadrias são de PVC.

A cobertura das casas é estruturada em tesouras metálicas que recebem placas de cimento com
fibrocelulose, onde apóiam-se as telhas, que podem ser das mais variadas, como telha de barro, metálica,
ou ainda a telha asfáltica do tipo shingle.

As casas oferecidas pela construtora Sequência, no condomínio Jardim das Paineiras, possuem a opção de
serem entregues com todos os eletrodomésticos, como fogão, lava-roupas, microondas, geladeira, e
totalmente mobiliadas, através das parcerias com a Kitchens, Brastemp e uma loja de decorações. Já a
construtora ABS oferece seis modelos de casas, que podem ser entregues sem acabamento, com
acabamento, ou sem montagem, com o kit de materiais para ser montado.

Uso diversificado
Outro projeto de residências em aço está sendo desenvolvido pela construtora Vifran, em Campinas. Trata-
se do condomínio Classic Village, com 4 casas que apresentam diferentes projetos arquitetônicos, voltadas
para uma espécie de largo central. Todos os elementos estruturais e a maioria dos acabamentos são
importados dos Estados Unidos e o material empregado na estrutura é o aço-carbono (nos Estados Unidos
chamado red iron, por causa da coloração vermelha do primer), com normas também regidas pelo Aisi (ver
quadro 1).

De acordo com o engenheiro Salvador, responsável pela implantação, o projeto ganha muito mais espaço no
empreendimento. “O arquiteto terá que trabalhar junto, o que será uma quebra de paradigma, por denotar
estudos e projetos”, diz Salvador. “A estrutura metálica tem precisão milimétrica. Você pode sair
encomendando cozinha, armário, piso, que as medidas serão as mesmas, evitando-se os ajustes”, completa.

A estrutura é composta de pilares, tesouras e vigas estruturais, que permitem vãos de até 12 m.
Diferentemente das paredes estruturais formadas pelos sistemas expostos anteriormente, as peças
metálicas funcionam de maneira semelhante às estruturas de concreto convencionais reticuladas. De acordo
com o engenheiro José Henrique de Castro, as estruturas possuem proteção contra corrosão à base de
diferentes classes de primers e tintas de acabamento. Do ponto de vista da segurança contra o fogo, a
propagação de chamas nos revestimentos é baixa, pois os materiais são incombustíveis. A resistência ao
fogo varia em função do número de chapas de gesso empregadas, em cada face da parede, protegendo os
perfis de aço (normalmente é de 30 minutos, para paredes simples, ou de 60 minutos para paredes com
duas chapas de gesso acartonado em cada face, ou paredes duplas).

Peças montadas
O perfil de aço-carbono possui espessura de 2,6 mm, e a estrutura pilar-viga-tesoura é montada no chão e
içada por um guindaste para sua fixação a um radier de concreto com 10 cm de espessura. A fixação ao
concreto é feita mediante a aplicação de uma ampola química em furos pré-determinados na fundação, que
tem a função de fixar o parafuso de aço empregado no pilar metálico, para consolidar a junção aço-concreto.
Os elementos estruturais, numerados e furados, são travados por meio da estrutura secundária de
cobertura, feita com perfis de aço galvanizado. As paredes divisórias internas são estruturadas com perfis
galvanizados leves, importados, de 10 cm de largura e 0,6 mm de espessura, que foram espaçados a cada
30 cm, recebendo chapas de gesso acartonado do tipo standard, como vedação nas áreas secas, e chapas
resistentes à umidade nas áreas molháveis. As paredes de fechamento externo possuem perfis galvanizados
de 20 cm de largura com miolo em lã de vidro, onde são afixados os painéis OSB-Oriented Standard Board,
que consistem em placas de fibras de madeira prensada com uma resina impermeabilizante e anticupim.
“Esses painéis permitem cortes sem fragmentação e os parafusos podem ser embutidos”, ressalta Salvador.

Após a colocação das placas OSB, todas as paredes externas recebem um feltro asfáltico, onde aplicam-se
os acabamentos das fachadas. Esses acabamentos podem variar de acordo com o projeto, e podem ser de
tijolo à vista, siding vinílico, ou argamassa armada com pintura lisa ou texturizada.

Esta estrutura também permite a montagem de edificações de até 3 andares. As lajes são compostas por
uma estrutura de aço-carbono e perfis galvanizados em L, com 20 cm de altura. Sobre os perfis são
colocados painéis compensados que se unem por um sistema macho-fêmea e recebem os revestimentos de
piso, que podem variar entre peças cerâmicas aplicadas sobre uma camada de regularização de cimento, um
carpete de madeira de alta resistência aplicado sobre uma chapa prensada de fibra de papelão, ou um
carpete aplicado sobre uma manta amortecedora. O piso dos boxes do banheiro recebem uma chapa
cimentícia. As instalações elétricas e hidráulicas são todas embutidas nas paredes assim como os ramais de
distribuição do ar-condicionado central, presente em todas as casas.

Produção mista
As portas, esquadrias de alumínio e escadas metálicas são importadas, mas a construtora pretende
nacionalizar esses itens. A Vifran garante o fornecimento das peças necessárias para a reposição ou a
ampliação da residência. O sistema de cobertura das casas apresenta uma estrutura mista de tesouras em
aço-carbono e terças galvanizadas recoberta pelas placas de OSB, parafusadas nas terças. Sobre as placas
são fixadas telhas asfálticas do tipo shingle. No início das importações, a Vifran trouxe especialistas dos
Estados Unidos para treinar seus funcionários por cerca de 7 meses, além de vários equipamentos para a
montagem das casas, como parafusadeiras de 18 volts, furadeiras para paredes de gesso acartonado,
recortadores para embutir caixinhas e pernas mecânicas que elevam o funcionário à altura do forro e evitam
a utilização dos andaimes.

Além desse condomínio, a construtora, por meio da Classic Steel Frames Homes, oferece 10 modelos de
casas para montagem, com opções que podem conter ar-condicionado central, cozinha mobiliada com
eletrodomésticos, armários embutidos, lustres e revestimento de carpete de madeira.

Quadro 1 - Características da estrutura


Velocidade do vento 128 km/h
Superior a 4 (protegido contra o mais alto
Zona sísmica
nível de abalos sísmicos)
Carga no telhado 160 kg/m²
Carga para o 2o piso 220 kg/m²

Difusão de Aço
Casa do Futuro
Além desses empreendimentos, feitos em São Paulo, outras empresas estão desenvolvendo construções com
sistemas industrializados. Em estilo clássico italiano, a montagem da Casa do Futuro, situada no bairro do
Morumbi, é resultado de uma parceria entre as principais indústrias do setor, com construção a cargo da
Epson e o projeto arquitetônico de Vicente Parmigiani. A casa possui estrutura em perfis de aço galvanizado
leve, paredes divisórias de gesso acartonado e um sistema de tubulação flexível para água quente e fria, nos
mesmos moldes do sistema construtivo das construtoras Sequência e ABS. A obra está aberta a visitações
para divulgação.

Usicasa

Em Minas Gerais, a indústria Usiminas e a construtora Pórtico estão desenvolvendo um projeto de habitações
populares, chamado Usicasa, que está sendo incorporado por prefeituras do interior do Estado. O projeto
prevê a construção de casas com colunas, vigas, tesouras e ripamento de cobertura em aço USI-SAC-41,
protegido contra corrosão, entregue com uma demão de primer à base de óxido de ferro para facilitar a
pintura de acabamento.

O peso total da estrutura, por módulo, é de 58 kg, e é fornecida aparafusada e pronta para montagem, com
manual do processo construtivo, projetos de fundação e arquitetônico, instalações elétrica e hidráulica e
detalhamento de alvenarias. O módulo padrão possui 6 m x 6 m e, de acordo com Flávio Gibram, diretor de
planejamento da Pórtico, é montado em menos de três horas, utilizando duas pessoas. Para o fechamento
da estrutura podem ser utilizadas alvenarias convencionais de blocos cerâmicos ou de concreto, tijolo,
concreto celular, além de placas e painéis industrializados. “ Não se trata de uma adaptação de modelos
estrangeiros, portanto a estrutura já foi dimensionada e calculada de acordo com as normas brasileiras
vigentes”, explica Gibram. A estrutura pode receber diferentes tipos de cobertura, como telhas francesas e
cimento amianto, com ou sem forro, além dos revestimentos internos, que podem ser definidos pelo
proprietário. Os sistemas hidráulico e elétrico dependem do tipo de parede a ser adotada. Atualmente
existem unidades prontas nas cidades mineiras de Monte Carmelo, Divinópolis, Caeté, Curvelo e Lagoa
Santa. O custo da estrutura do modelo padrão fica em torno de R$ 1.070,00 para lotes acima de 20
unidades.

CSN

A Companhia Siderúrgica Nacional lançou um sistema modular de construção que


utiliza chapas de aço galvanizado, dobradas a frio na forma de perfis estruturais.
Painéis modulares em aço são utilizados na montagem das paredes, enquanto perfis
em “U” simples são usados na composição e ligação entre os módulos. Na estrutura da
cobertura são utilizados perfis estruturais tipo “U” enrijecidos e perfis cartola, que
oferecem mais segurança e leveza à estrutura, de acordo com a CSN. O aço possui
revestimento de zinco para proteção contra corrosão e está em conformidade com as
normas técnicas da ABNT e o desempenho térmicoacústico foi avaliado em testes
realizados pelo IPT, estando em análise a obtenção da Referência Técnica.

A montagem das edificações obedece ao seguinte esquema construtivo: a fundação é


composta por uma viga baldrame, recebendo a laje do piso uma manta asfáltica para
impermeabilização. Os painéis de aço estrutural já vêm com os vãos das portas e
janelas, que são levantados sobre um sóculo existente na laje, a partir de um canto
externo. Os módulos são fixados entre si por meio de parafusos e em seguida são
chumbados no piso com parafusos e buchas de expansão. Concluída a montagem da
estrutura, inicia-se a colocação da estrutura do telhado, com perfis de aço. As redes
hidráulica e elétrica são embutidas nas paredes, vedadas internamente com chapas de
gesso acartonado e fixadas com parafusos auto-atarraxantes. As juntas são tratadas
com fitas e massas impermeabilizantes. Nas áreas molháveis são utilizadas chapas de
gesso do tipo resistentes à umidade, que têm absorção de água limitada em 5%. As
paredes externas podem receber revestimento em chapas de fibrocimento ou sidings
vinílicos. A cobertura permite o emprego de diversos tipos de telha, desde telha
cerâmica, metálica até de fibrocimento.

A CSN divulga que o sistema possibilita a montagem de uma casa de 50 m² entre 15 e


30 dias, assim como a adaptação a qualquer tipo de projeto de arquitetura, tamanho
da construção ou aplicação.

Reportagem Simone Sayegh

Ficha técnica das residências em aço estrutural galvanizado leve


fundação: radier de concreto; sistema estrutural: pilares e vigas de perfis de aço; laje de 2o piso: vigamento
de perfis de aço com chapas cimentícias; estrutura de cobertura: tesouras de aço com chapas lisas de
fibrocimento; paredes divisórias internas: perfis de aço e chapas de gesso acartonado; proteção
termoacústica: recheio de lã de vidro nas paredes e na cobertura das residências, com impermeabilizante de
polietileno de alta densidade; instalações hidráulicas e elétricas: embutidas nas paredes divisórias; tubos
hidráulicos de PVC ou polietileno reticulado (PEX); revestimentos de piso e parede internos: peças
cerâmicas, piso de madeira, carpete, mármore, granito, dependendo da determinação do arquiteto ou
proprietário; fechamento externo: placas cimentícias ou argamassa armada; acabamento externo: sidings
vinílicos ou cimentícios, pintura lisa ou texturizada, ou tijolo à vista; revestimento de cobertura: telhas de
barro, metálicas ou asfálticas do tipo shingle
Ficha técnica das residências com estrutura principal em aço-carbono
fundação: radier de concreto; sistema estrutural principal: sistema de vigas, pilares e tesouras em perfis de
aço carbono com chapas de 2,6 mm de espessura; laje de 2o piso: sistema misto de perfis de aço
galvanizado com vigas estruturais de aço-carbono, que recebem chapas de compensado em sistema macho-
fêmea de encaixe; estrutura de cobertura: tesouras de aço-carbono em composição com perfis de aço
galvanizado; paredes divisórias internas: perfis de aço galvanizado revestidos com chapas de gesso
acartonado; proteção termoacústica: recheio de lã de vidro nas paredes e na cobertura das residências, com
um feltro asfáltico; instalações hidráulicas e elétricas: embutidas nas paredes divisórias; tubos hidráulicos de
PVC ou polietileno reticulado (PEX); revestimentos internos de piso e paredes: peças cerâmicas, piso de
madeira, carpete, mármore, granito, dependendo da determinação do arquiteto ou proprietário; fechamento
externo: chapas de fibras de madeira prensada; acabamento externo: sidings vinílicos ou cimentícios,
pintura lisa ou texturizada, ou tijolo à vista; revestimento de cobertura: telhas de barro, metálicas ou
asfálticas do tipo shingle

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