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depressão pós parto

o estado depressivo da mãe pode repercutir negativamente nas primeiras interações com
o bebê e, consequentemente, no desenvolvimento da criança. Como mostram essas
investigações, as interações que se estabelecem entre bebês e mães deprimidas
caracterizam-se por um menor nível de atividade e sincronia do que aquelas
estabelecidas na ausência dos sintomas da depressão materna. Mães deprimidas tendem
a ser menos responsivas ao interagirem com seus bebês que, por sua vez, tendem a
apresentar mais afeto negativo e menos afeto positivo do que bebês de mães não-
deprimidas.

SCHWENGBER, Daniela Delias de Sousa; PICCININI, Cesar Augusto. O impacto da


depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estud. psicol. (Natal), Natal , v. 8, n.
3, p. 403-411, Dec. 2003 .

o amor materno não é puro instinto, mas é um sentimento construído paulatinamente, na


vivência diária da maternagem e por isso está sujeito a imperfeições, oscilações e
modificações, o que trouxe para as mães, de forma geral, grande alívio. AZEVEDO,
Kátia Rosa; ARRAIS, Alessandra da Rocha. O mito da mãe exclusiva e seu impacto na
depressão pós-parto. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 19, n. 2, p. 269-
276, 2006 .

dificulta o estabelecimento de vínculo afetivo favorável entre mãe e filho, podendo


interferir na qualidade dos laços emocionais futuros. Há evidências de associação entre
a DPP e prejuízo no desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança.
SCHMIDT, Eluisa Bordin; PICCOLOTO, Neri Maurício; MULLER, Marisa Campio.
Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. Psico-
USF (Impr.), Itatiba , v. 10, n. 1, p. 61-68, June 2005 .

quanto mais a mãe se sente amparada afetiva e materialmente pelo ambiente social,
mais ela é capaz de organizar a atividade da criança e prover regras e estímulos de
acordo com a necessidade individual e da faixa etária.

o apoio social percebido pela mãe, além de apresentar correlação positiva com a
estruturação materna e com a responsividade do bebê, funciona como fator protetor para
sintomas depressivos.

FONSECA, Vera Regina J. R. M.; SILVA, Gabriela Andrade da; OTTA, Emma.
Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro , v. 26, n. 4, p. 738-746, Apr. 2010 .

suporte social, de acordo com Antunes & Fontaine10, refere-se ao suporte emocional ou
prático dado pela família e/ou amigos na forma de afeto, companhia, assistência e
informação, ou seja, tudo o que faz o indivíduo sentir-se amado, estimado, cuidado,
valorizado e seguro. Antunes C, Fontaine AM. Percepção de apoio social na
adolescência: análise fatorial confirmatória da escala Social Support Appraisals.
Paideia. 2005;15(32):355-66.
relação entre a percepção de falta de suporte social durante a gravidez e a ocorrência de
depressão no período pós-parto. KONRADT, Caroline Elizabeth et al . Depressão pós-
parto e percepção de suporte social durante a gestação.

Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre , v. 33, n. 2, p. 76-79, 2011

conflitos entre responsáveis e filhos


Desavenças, atritos, discordâncias, incompatibilidades pequenas, ou grandes
hostilidades entre os responsáveis e seus filhos adolescentes transformavam-se em
demandas dirigidas ao órgão, em uma tentativa de “pedir ajuda para repreender
os filhos”, como também observou Asth (2010, p. 74).

**dificuldade encontrada por pais e mães em lidar, de forma autônoma, com questões
relacionadas à educação desses filhos. Muitos se queixavam da perda de autoridade
sobre os adolescentes, que já não obedeciam às suas solicitações, ou mesmo
determinações

recorrer aos castigos físicos como estratégia disciplinar.

alegavam sofrer cobranças exacerbadas e se sentiam cerceados em sua liberdade

a relação parento-filial era percebida por um viés adversarial, com pais e filhos
ocupando posições antagônicas**

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