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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE GUANAMBI – CESG

FACULDADE GUANAMBI – FG
I SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR: “O semiárido em evolução: uma
perspectiva do Ensino Superior”
07, 08 e 09 de maio de 2015 Guanambi – Bahia - Brasil

DEPRESSÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES; ÂMBITO ESCOLAR E QUALIDADE DE


VIDA.
Andreia Mara Fernandes1;Genivania santos1, Francielle Bastos1, Jose Junior Abreu2, Laís
Chagas1, Tayane Silva1 Ana Paula Benevides ¹

1
Graduando (a) do curso de Biomedicina. Faculdade Guanambi – FG/CESG.E-mail:
biomedicinafg2013.2@gmail.com
2
Graduando (a) do curso de Psicologia. Faculdade Guanambi – FG/CESG. E-mail: psic2012fg@yahoo.com

RESUMO: Introdução - A depressão e uma doença psiquiátrica capaz de causar inúmeros


sintomas psicológico e físico têm sido registradas desde a antiguidade, e a descrição do que hoje se
conhece como distúrbios do humor podem ser encontrados em muitos documentos antigos.
Hoje um dos maiores problemas da saúde pública é a depressão alguns dados apontam ela como
uma das doenças mais prejudiciais, que atingi a todos os níveis sociais. Segundo a Organização
Mundial de Saúde a depressão é a quarta colocada no sentido do prejuízo ao indivíduo.
A depressão é diferente da tristeza, é um estado mais profundo e continuo de melancolia. Seu
impacto na vida da pessoa limita a qualidade de vida da criança, no seu rendimento escolar
causando uma de qualidade do aluno, e esse fator deve ser relevante ao tentar diagnosticar esse
transtorno em crianças e adolescentes. Com essa desordem o indivíduo perde a crença em si mesmo
e na sua auto eficácia, tendendo a decair sem seu desempenho acadêmico elevado assim seu grau de
depressão. A depressão infantil apresenta algumas peculiaridades que estão relacionadas à fase do
desenvolvimento. Na criança a depressão pode se manifestar (além dos mesmos critérios utilizados
para adolescentes e adultos) através de problemas somáticos e alterações de comportamento.
(Cruvinel, Boruchovitch & Santos, 2008).
Existem muitas divergências entre os pesquisadores em relação aos dados de prevalência da
depressão infantil e adolescentes, pois a muitas onde os estudos são realizados e das populações
observadas. Devido a isso a uma grande discrepância dos diagnósticos uma vez que a depressão
pode ser confundida com alguns casos atípicos, como fobia escolar e hiperatividade.
A depressão infantil é uma condição pouco favorecedora para o seu desenvolvimento. Em crianças
e adolescentes, a depressão tem sido integrada a comprometimentos no funcionamento cognitivo,
familiar, psicossocial e emocional. Interessante seria que a questão fosse investigada de maneira
que a criança escolhesse a melhor alternativa que relatasse seus sentimentos considerando a
presente situação. Indica-se que sejam feitos novos estudos a respeito dos sintomas depressivos
associados a internação, por meio de pesquisas com população maior e mais representativa, bem
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como a utilização de meios que contribuam para avaliação aos sentimentos relacionados aos
procedimentos de adoecimento e internação.
A algum tempo atrás a depressão infantil não era reconhecida entre os profissionais da saudade,
pouco se sabe e se estudava a cerca desse assunto, os sintomas nas crianças eram plenamente
ignorados, trazendo um grande prejuízo para os dias de hoje, porque conhecer esse transtorno é de
extrema importância para o seu diagnóstico, já que muitos cometem o erro de um diagnóstico
descomedido.
O preparo por parte dos profissionais é um ponto importante para o tratamento da depressão, pois
nem sempre a crianças expressa que sente de forma verbal, deve se estar atento as formas não
verbais, porque elas vêm carregadas de significado, por exemplo na sua relação com o outro ou até
mesmo num simples desenho. Na vida acadêmica das crianças e adolescentes a depressão tem se
tornado um assunto muito discutindo tendo em vista que afeta diretamente em seu rendimento
acadêmico, por isso é importante analisar o ritmo em que a criança anda produzindo na escola,
observar se houve uma queda na sua atuação, pois além de um profissional bem preparado o seu
rendimento acadêmico torna-se essencial no diagnóstico da depressão.
As crianças e os adolescentes estão menos preparadas que os adultos para lidar com os conflitos
existências que as acometem, elas podem enfrentar os mesmos problemas que os adultos e têm
acesso às mesmas informações que eles, segundo Milani (2010) elas também podem vivenciar
intensos conflitos em decorrência de perdas, separações, frustrações, problemas familiares, o que
pode desencadear esse sofrimento psíquico. As crianças depressivas podem sofrer de quatro classes
principais de dificuldade, que estão relacionados ao pensamento, as emoções, processos
psicológicos e comportamento.
Segundo Assis et al. (2003) citado por Karla Carolina et al. (2010, p.450) “A
adolescência demonstra ser um período vulnerável à instalação da
sintomatologia depressiva, já que é marcada por mudança e transição que
afeta os aspectos físicos, sexuais, cognitivos e emocionais, caracterizando-se
como a fase da reorganização emocional (Assis, Avanci, Silva, Malaquias,
Santos, & Oliveira, 2003). Eles vivenciam situações novas, situações tais
que é difícil lidar, por virem carregadas de sentimentos de confusão, e humor
extremamente alterado, rebeldia e além disso, O adolescente não se
considera uma criança e nem um adulto, por esse aspecto ele passa por uma
desordem de sua personalidade.
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As mudanças que a puberdade causa no corpo geralmente traz uma baixa autoestima, essas crianças
e que estão entrando na adolescência não desenvolveram maturidade cognitiva o suficiente para
processar as mudanças que ocorre, fazendo da escola e da família um papel importante para ajudá-
lo a lidar com toda essa alteração, inclusive a alto imagem depreciativa que ele tem de si mesmo,
por conta disso crianças de sobre peso apresentam casos maiores de depressão.

Segundo Ribeiro, Santos, Nascimento & Coutinho (2007, apud


BORDIGNON et al,2011) O estudo apresentado mostrou uma
correlação negativa entre os índices de depressão e autoconceito, dado
semelhante ao encontrado em pesquisa realizada em João Pessoa com
adolescente, Tais resultados são compreensíveis tendo em vista que a
sintomatologia depressiva inclui a percepção da realidade e a visão de
si, de forma negativa.

A insatisfação com o corpo, o alto de sobrepeso, desencadeiam necessidade de se desenvolver


políticas públicas com intuito de prevenir o excesso de peso e a criação de programas para
desenvolver uma reeducação da alimentação. Essas estratégias iriam ajudar tanto crianças com alto
peso, quantos crianças com peso normal que precisam manter.
É importante ressaltar que no caso da adolescência a depressão nem sempre se associa a casos de
tristeza, ou um humor entristecido, mas principalmente com uma alta irritabilidade e instabilidade,
susceptíveis a explosões de raiva. “Outras características próprias dessa fase são os prejuízos no
desempenho escolar, o isolamento social, as alterações no relacionamento familiar, a baixa
autoestima e o aumento de ideias e tentativas de suicídio”. (Karla Carolina S. Ribeiro et al. 2010, p
451).
Ainda é pouco investigada como a criança depressiva lida com as dificuldades do cotidiano, com as
diferentes e emoções e quais estratégias que elas usam para regular as suas emoções. A maneira
como a criança administra suas emoções, pode influenciar no aumento ou na diminuição do risco de
depressão. Ao investigar a regulação emocional em crianças com e sem sintomas depressivos, levou
a hipótese de que as que possuem esses sintomas não consegue regular as suas emoções, sentem
mais tristeza e raiva, as crianças sem essas patologias parecem ser mais eficientes na identificação
da emoção. A dificuldade de as crianças com sintomas depressivos perceberem a tristeza, o medo e
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a alegria pode ser mais bem explicada pelo processo de autor regulação afetiva (CRUVINEL;
BORUCHOVITCH, 2011)
A esse respeito, em pesquisa desenvolvida no contexto paraibano por Ribeiro, Nascimento e
Coutinho (2010), os resultados corroboraram estudos anteriores ao demonstrarem que, na
adolescência, diversos fatores contribuem para o aparecimento dessa patologia. Os tais em crianças
e adultos são os mesmos, no DSM IV usa-se os mesmos critérios para avaliar a criança, um
adolescente ou um adulto, porem a falta de informação da família e da escola em si dificulta
literalmente esse diagnostico pois é difícil a aceitação quando se descobre casos de depressão nos
jovens. Como a maior parte do dia as crianças e os adolescentes se encontram na escola torna-se
necessário essa atenção dos profissionais em perceber se ela apresenta desinteresse escolar, ou um
grande sentimento de culpa ou até mesmo um sentimento de utilidade, nessa idade esse sentimento
depreciativo de si própria traz consigo pensamentos de morte. “Assim como na depressão do adulto,
a depressão infantil vem acompanhada de uma série de prejuízos nas diferentes áreas da vida da
criança, que certamente acarretam consequências negativas para o seu desenvolvimento. ”
(Cruvinel, M. & Boruchovitch, E. 2009, p. 88).

A criança necessita estar em um ambiente propicio para ela, uma família acolhedora que lhe traga
uma qualidade de vida, um meio social favorável para se torne quase nulas as chances de se ter um
transtorno depressivo, nesse mesmo caminha a psicologia positiva tras a tona a questão do lazer,
associada a isso se uni a educação física fazendo mais uma vez a escola o centro importante para o
jovem, com um meio que vá protege-lo.
Destacamos na discussão sobre os impactos sociais das experiências com o lazer, destacando que
grande parte da satisfação adquirida vem dos relacionamentos dos quais ele é dinamizador. Segundo
Souza, Silveira e Rocha:
No presente texto, disserta-se sobre dois fenômenos bastante caros ao
movimento da Psicologia Positiva: o lazer e a amizade. Pretende-se focalizar
a infância como um contexto privilegiado de desenvolvimento da amizade e
também de oportunidades de lazer para a criança. Acima de tudo, será dado
destaque à relação entre esses dois temas e sua contribuição para a saúde, a
educação e o desenvolvimento infantil. Palavras-chave: infância; lazer.
(2013).

Essa área nova do lazer pode contribuir muito para os estudos relacionados a depressão visando o
desenvolvimento da criança no lazer, e no ensino, pois a tradicional subárea do desenvolvimento
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social infantil, desencadeiam características protetoras, promotora e preventiva de saúde e de


desenvolvimento do lazer e da amizade.

. Material e Métodos O objetivo é ressaltar o importante papel da escola no diagnóstico da


depressão, pois esta traz consigo muitos danos as crianças e adolescentes, justamente no seu período
acadêmico prejudicando drasticamente seu desenvolvimento e destacar a necessidade de se entender
que esse sofrimento psíquico é biopsicossocial, pois muitas erram ao imagina-la apenas na esfera da
doença mental sem nenhuma interferência do seu biológico ou do meio em que o indivíduo se
encontra. Quanto as pesquisas dos temas foram feitas seleções de artigos que se enquadravam nos
periódicos QUALIS de A1 a B3 e no interesse geral do grupo e que se enquadravam no tema
escolhido, tais artigos foram encontrados nas bases de dados Pepsic, Scielo e Psicologia e
sociedade, no período de 2009 a 2015. Considerações finais – Tendo em vista que a depressão
em crianças e adolescentes é uma área ainda muito recente, já que ainda na década de 60 não se
aceitava que os jovens poderiam ter essa patologia pela falta de maturidade cognitiva, faz- se
necessário torna esse assunto mais discutido nos dias atuais, pois a falta de informação da escola e
dos pais prejudica no diagnóstico e num futuro tratamento, a má manutenção da família ou do
âmbito escolar, a falta de preparo dos profissionais que convivem com a criança e a escassez de
pesquisas voltadas a essa área infantil torna esse transtorno um enigma para a sociedade, mesmo
sabendo que aos poucos vai se tendo um avanço, devido ao atraso em se aceitar essa patologia nos
jovens a depressão continua a trazer grandes prejuízos aos jovens. E aí que a escola tem um papel
importante de suprir as necessidades que esse indivíduo tem de acolhimento, amor e carinho, já que
provavelmente existe um déficit em casa com relação a essas necessidades básicas, ela perde a
crença de si mesma, da sua capacidade tendendo a apresenta um rendimento acadêmico menor do
que ela presentava, com isso o sintoma depressivo aumenta. É sempre bom ressaltar que um
ambiente bom, propicio acolhedor diminui muito as chances da criança desenvolver a depressão
infantil, De forma privilegiada o lazer e a amizade ocupam tempo e espaços na vida da criança, eles
promovem desenvolvimento social cognitivo e emocional, proporcionam melhoria na saúde e
prevenção de doenças.

Palavras – chave: Depressão infantil. Escola. Depressão em adolescente. Lazer


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Referencial teórico

“A partir de 1975, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA (NIMH) reconheceu a depressão
infantil como uma patologia e, com o passar das décadas, maior foi o número de pesquisas a este
respeito (Bahls, 2002).”
“Segundo Calderaro e Carvalho (2005), citado por (Laura Poll et al. 2013, p. 96) a dificuldade no
diagnóstico reside nas comorbidades as quais, por vezes, mascaram os sintomas e interferem no
diagnóstico da depressão infantil.”
De acordo com Méndez (2005 apud por Álvares, A. 2013. p 155) :
Um dos achados mais consistentes em estudos realizados com a
população infantil é que o predomínio da depressão infantil aumenta
com a idade e que essa prevalência de depressão na infância
centraliza-se em torno de 2% e durante a adolescência vai aumentando
progressivamente até atingir números próximos aos da vida adulta.

“A depressão infantil se origina na interação de fatores ambientais, físicos e sociais, e também de


fatores pessoais, biológicos e psicológicos, sendo considerado um problema complexo. (Álvares, A.
M., Lobato, G. R. 2013, p 155)
Um dos achados mais consistentes em estudos realizados com a
população infantil é que o predomínio da depressão infantil aumenta
com a idade e que essa prevalência de depressão na infância
centraliza-se em torno de 2% e durante a adolescência vai aumentando
progressivamente até atingir números próximos aos da vida adulta,
segundo por Méndez et al.(apud 2005 apud Álvares, A. M., Lobato, G.
R. 2013, p 157)”.
De acordo com Cruvinel:

A depressão infantil apresenta algumas peculiaridades que estão


relacionadas à fase do desenvolvimento. Na criança a depressão pode
se manifestar (além dos mesmos critérios utilizados para adolescentes
e adultos) através de problemas somáticos e alterações de
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comportamento. Cruvinel (2008, apud LEONETTI MARISA M. S,


LOURDES VANESSA NUNES EBELING, 2011. p 1890

“O sistema educacional é um aliado importante para a solidificação de ações que promovam a saúde
e a quebra de paradigmas, principalmente os relacionados a preconceitos e tabus.” (SILVEIRA.R;
SILVIA.N; LIMA.C; 2010, 461)”
“No senso comum, a adolescência é concebida como uma fase intermediária para a idade adulta.
Além disso, ela está associada à violência, ao uso de drogas, à instabilidade emocional, entre outros
problemas” (SANTOS; ACIOLI NETO; SOUZA, 2011).

“No discurso da família, verificou-se que os pais das crianças depressivas não tinham idéia e
percepção claras sobre a depressão infantil.” (Cruvinel, M. & Boruchovitch, E.2009, 90).

“É importante uma detecção precoce de sintomas depressivos em crianças e adolescentes, pois com
essa verificação, pode-se evitar que se desenvolvam quadros graves, com prejuízos no convívio
social e também nos ambientes escolar e familiar” (Wathier,Dell’Aglio, & Bandeira, 2008).

“A avaliação da qualidade de vida na infância, ainda em fase de aperfeiçoamento, vai requerer uma
abordagem que envolva a percepção da criança sobre seus estados e experiências, a percepção dos
principais cuidadores (seus pais), podendo-se inquirir também seus educadores, e a percepção dos
profissionais de saúde que dela tratam”. (SOUZA. ET AL,2013)

O lazer, no entanto, apresenta grande potencial de proporcionar saúde


integral ou plena. Muitas atividades de lazer escolhidas pelas pessoas
levam à saúde física. Algumas dessas atividades são coletivas, o que
muitas vezes conduz ao desenvolvimento de laços afetivos entre os
envolvidos, a exemplo de um time esportivo. (SOUZA. ET AL,2013)

Segundo SOUZA, ( 2013) Os sintomas depressivos tendem a se manifestar de formas diferentes em


crianças e adultos, sendo os sintomas infantis não reconhecidos, até então, como indicativos de
depressão. Até meados da década de 70, poucos estudos haviam sido realizados sobre a depressão
em crianças e adolescentes.
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Entende-se a avaliação dos sintomas depressivos em crianças e


adolescentes, em especial os estudos com o CDI - um instrumento
amplamente utilizado em pesquisas e que não se encontra disponível nas
editoras de testes psicológicos, como um tema relevante para os profissionais
que trabalham com essa população. Investigações sobre depressão infantil
também são de suma importância, se consideradas as dificuldades na
identificação e na avaliação desses sintomas com vistas à sua diferenciação
de outros quadros clínicos comuns na infância e na adolescência. Entende-se
a avaliação dos sintomas depressivos. (GOMES, et AL,2013)

“A criança, ao longo do seu desenvolvimento cognitivo, sofre profundas modificações em


determinadas áreas cerebrais, de modo que a presença de eventos estressantes vivenciados
precocemente são fatores de grande influência para um desenvolvimento cerebral inadequado.”
(NETO, et AL, 2011)
Dentre essas patologias psiquiátricas que acometem crianças, merece atenção especial a depressão
infantil, devido às potenciais implicações danosas que essa entidade gera no desenvolvimento
humano. (NETO et al,2011).

A depressão em fase tenra da vida pode trazer sérios prejuízos ão desenvolvimento.


Há alguns anos, a depressão infantil não era reconhecida pelos profissionais de
saúde. Seus sintomas eram ignorados, o conhecimento e as pesquisas sobre o
assunto eram escassos e, como consequência, muitas crianças sofreram e não
tiveram a oportunidade de serem ajudadas. (FERNANDES et al,2010).

De acordo com (CRUVINEL, 2009)

No que se refere à depressão, sabe-se que a presença de sintomatologia depressiva


em crianças e adolescentes tem sido frequentemente associada a uma série de
comprometimentos nas diferentes áreas que, certamente, acarretam em
consequências. Os prejuízos recaem, especialmente, no funcionamento cognitivo,
familiar, psicossocial e emocional.
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Segundo (NETO et al,2011),Esse transtorno de humor tem sido caracterizado por sintomas como
irritabilidade, reclamações somáticas, reclusão do convívio social e humor diminuído, o que levou a
reconhecê-lo como uma doença distinta daquela que ocorre no adulto.

De acordo com (SILVA et al, 2011) As alterações psicocognitivas possuem


tendência de provocar evitação do trabalho escolar, levando a criança ao
baixo rendimento acadêmico. Assim, objetiva- se descrever as formas de
relações causais existentes entre depressão na infância e o desenvolvimento
dessas crianças.

Conforme destacam Álvares e Lobato (2013) as crianças que experimentam depressão


frequentemente apresentam como sintomas um humor deprimido ou triste, porém algumas
apresentam mais irritabilidade do que a tristeza, e com isso, a identificação da depressão infantil
torna-se desafiadora.
Carvalho e Ramires (2013, p.48) ensina

Em crianças pré-escolares, com idade entre 6 e 7 anos, a sintomatologia mais


comum relacionada à depressão é representada por sintomas físicos, como fadiga,
tontura, dores de cabeça e abdominais. As queixas de sintomas físicos são
seguidas por ansiedade, especialmente ansiedade de separação, fobias, agitação
psicomotora ou hiperatividade, irritabilidade, diminuição do apetite com falha em
alcançar o peso adequado e alterações do sono.

Historicamente, a depressão era diagnosticada apenas em adultos. Acreditava-se que crianças e


adolescentes, por estarem em pleno desenvolvimento, tinham o processo de maturação psicológica e
cognitiva como fator de proteção contra a depressão, tornando esta ocorrência rara ou até
inexistente para alguns estudiosos. (GOMES et al., 2013)
Para Fernandes e Milani (2010) apud MILLER (2003) as crianças depressivas podem sofrer de
quatro classes principais de dificuldades, que estão relacionadas ao pensamento, às emoções, ao
comportamento e aos processos psicológicos.
A criança, ao longo do seu desenvolvimento cognitivo, sofre profundas modificações em
determinadas áreas cerebrais, de modo que a presença de eventos estressantes vivenciados
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precocemente são fatores de grande influência para um desenvolvimento cerebral inadequado.


(NETO et al., 2011).
Ainda que o grupo populacional de adolescentes possa ser
considerado saudável, quando comparado a outros grupos, até 20%
dessa população é suscetível às condições negativas à saúde, o que
suscita uma preocupação por parte de agências especializadas em
saúde pública, como a World Health Organization (2012).

“As pessoas deprimidas, em geral, relatam sentir-se cansadas e apresentam falta de interesse e
dificuldade para realizar várias atividades, o que pode gerar baixa taxa de respostas” (campos
2011).

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