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CONCURSO DE CAMPO FORMOSO

AGENTE DE ENDEMIAS

APOSTILA DE
CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

DE ACORDO COM O EDITAL 001/2012


SUMÁRIO

Políticas de Saúde no Brasil -----------------------------------------------------------------------------------------------------03

SUS – Sistema Único de Saúde ------------------------------------------------------------------------------------------------ 03

Meio Ambiente ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 06

Saneamento Básico ------------------------------------------------------------------------------------------------------------12

Poluição atmosférica e sonora ---------------------------------------------------------------------------------------------- 13

Lixo: Coleta, transporte e destinação -------------------------------------------------------------------------------------- 22

Vigilância Nutricional e Sanitária ------------------------------------------------------------------------------------------------ 22

Produção de Alimentos --------------------------------------------------------------------------------------------------------22

Armazenagem, conservação, distribuição e qualidade dos Alimentos --------------------------------------------23

Condições Nutricionais da população ------------------------------------------------------------------------------------- 23

Enfermidades causadas por alimentos ------------------------------------------------------------------------------------ 24

Condições Higiênico-Sanitária de unidades hospitalares de uso coletivo --------------------------------------------25

Saúde do Trabalhador -------------------------------------------------------------------------------------------------------------26

Equipamentos de segurança-------------------------------------------------------------------------------------------------26

Situações de Risco -------------------------------------------------------------------------------------------------------------27

Saúde Pública ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28

Notificação compulsória -------------------------------------------------------------------------------------------------------31

Imunização Ativa e Passiva --------------------------------------------------------------------------------------------------32

Visitação domiciliar -------------------------------------------------------------------------------------------------------------32

Inquéritos epidemiológicos ---------------------------------------------------------------------------------------------------32

Busca Ativa ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33

Controle de Zoonose -----------------------------------------------------------------------------------------------------------33

Referências --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33
Agente de Endemias – Campo Formoso, Bahia
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS

1 – POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: Evolução Histórica

A busca na melhoria a saúde aconteceu em diversos momentos na história do país e esse é o tema do
documentário “Políticas de saúde no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde” que mostra a evolução
da saúde desde a revolta da vacina até a atualidade mostrando como foi o surgimento do sistema único de
saúde (sus) e os ideais que levaram a sua implantação, pois ele representa uma conquista daqueles que
lutaram pela saúde do povo brasileiro por uma saúde onde há como ideal a universalidade, equidade e
integralidade.

O filme inicia com o surto de várias epidemias, criação de vacinas para lutar contra as diversas doenças
sendo instituída a lei de vacinação obrigatória contra a varíola. Era de grande interesse controlar as
doenças, pois prejudicavam a produção e a exportação do café, para se manter boas relações comerciais
com o exterior, além de manter a política de imigração. Em 1923 foi criando as Caixas de Aposentadoria e
Pensão, essas instituições eram mantidas pelas empresas que passaram a oferecer esses serviços aos
seus funcionários. A primeira delas foi a dos ferroviários. Elas tinham entre suas atribuições a assistência
médica ao funcionário e a família, aposentadorias e pensões. Quando Getúlio Vargas toma o poder é criado
o Ministério da Educação e Saúde e as caixas são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões
(IAPs), que, por causa do modelo sindicalista de Vargas, passam a ser dirigidos por entidades sindicais e
não mais por empresas como as antigas caixas. O primeiro IAP foi o dos marítmos.

Com início da ditadura militar no Brasil, uma das discussões sobre saúde pública brasileira se baseou na
unificação dos IAPs como forma de tornar o sistema mais amplo. Em 1960, ocorreu a unificação dos IAPs
em um regime único para todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o
que excluía trabalhadores rurais, empregados domésticos e funcionários públicos. Aconteceu em 1967
pelas mãos dos militares a unificação de IAPs e a conseqüente criação do Instituto Nacional de Previdência
Social (INPS). Surgiu então uma demanda muito maior que a oferta. A solução encontrada pelo governo foi
pagar a rede privada pelos serviços prestados à população. A estrutura foi se modificando tendo a criação
do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) em 1978, que ajudou nesse
trabalho nos repasses para iniciativa privada. Um pouco antes, em 1974, os militares já haviam criado o
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), que ajudou a remodelar e ampliar a rede privada de
hospitais, por meio de empréstimos com juros subsidiados.

A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS. Foi aberta em 17 de março de 1986
por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira conferência a ser aberta à
sociedade, também, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª Conferência
Nacional de Saúde resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um
convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, A Constituição de 1988 foi um marco na história da
saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado".

2 – SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Antes da criação do SUS, que completa 20 anos em 2008, a saúde não era considerada um direito social. O
modelo de saúde adotado até então dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por
serviços de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela previdência
social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito algum. Assim, o SUS foi criado
para oferecer atendimento igualitário e cuidar e promover a saúde de toda a população. O Sistema constitui
um projeto social único que se materializa por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à
saúde dos brasileiros.

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a
população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Anteriormente, a assistência médica
estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita
aos empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em
serviços filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais -
incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância

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Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa, como
a FIOCRUZ -Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.

A história do SUS

Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se resumia às
atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter
universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem
não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O
INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência
Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao
Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de
prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja,
aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior
parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por
procedimento.

O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início da década de 1970 como forma de
oposição técnica e política ao regime militar, sendo abraçado por outros setores da sociedade e pelo partido
de oposição da época — o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em meados da década de 70 ocorreu
uma crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS. Em 1979 o general João
Baptista Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de abertura política, e de fato a Comissão de
Saúde da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de 1979, o I Simpósio sobre
Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou
a conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da década de 1980 o INAMPS passaria por
sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.

A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em 17
de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a ser
aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª
CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre
o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção "Da
Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um marco na história
da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado". A implantação do
SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério
da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080,
de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de
dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja,
a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de
julho de 1993 pela Lei nº 8.689.

PRINCÍPIOS DO SUS

O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com
base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e
da eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos oudoutrinários, e os princípios
da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais, mas não está
claro qual seria a classificação do princípio da participação popular.

Universalidade

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"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que
o Estado tem a obrigação de proveratenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de
lei.
Integralidade
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os
coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas
em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
Equidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil
contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei
Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar
pela eqüidade do SUS.
Participação da comunidade
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os
usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro
anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em
todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamadaparidade: enquanto os usuários têm metade
das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto.
Descentralização político-administrativa
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com
comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na
prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou
seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos.
Hierarquização e regionalização
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido
diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário. Quanto mais
bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a sua
eficiência e eficácia. Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela
saúde de uma parte da população. Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso
mesmo sua área de abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor
complexidade.
Ser eficiente e eficaz, produzindo resultados com qualidades.

A Lei Orgânica da Saúde estabelece ainda os seguintes princípios:

 Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;


 Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
 Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário;
 Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação
programática;
 Integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio-ambiente e saneamento básico;

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 Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
 Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
 Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

Área de atuação do SUS

Segundo o artigo 200 da Constituição Federal, compete ao SUS:

 Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da


produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
 Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
 Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
 Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
 Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
 Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e
águas para consumo humano;
 Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos
psicoativos, tóxicos e radioativos;
 Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

FINANCIAMENTO

Um bom trabalho está sendo feito, principalmente pelas prefeituras, para levar assistência à saúde aos mais
distantes sertões, aos mais pobres recantos das periferias urbanas. Por outro lado, os técnicos em saúde
pública há muito detectaram o ponto fraco do sistema: o baixo orçamento nacional à saúde. Outro problema
é a heterogeneidade de gastos, prejudicando os Estados e os municípios, que têm orçamentos mais
generosos, pela migração de doentes de locais onde os orçamentos são mais restritos.

Assim, em 1993 foi apresentado uma Emenda Constitucional visando garantir financiamento maior e mais
estável para o SUS, semelhante foi ao que a educação já tem há alguns anos. Proposta semelhante foi
apresentada no legislativo de São Paulo (Pec 13/96).

3 – NOÇÕES DE MEIO AMBIENTE

O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas
ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. É o
conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas.

O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:

 Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, mesmo com uma
massiva intervençãohumana e de outras espécies do planeta, incluindo toda
a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera efenômenos naturais que podem
ocorrer em seus limites.
 Recursos naturais e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água,
e clima, assim como energia,radiação, descarga elétrica e magnetismo, que não são originados por
atividades humanas.

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Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se o
meio ambiente da seguinte forma: "O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos,
biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os
seres vivos e as atividades humanas."

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, define meio
ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica,
que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas".

Em Portugal, o meio ambiente é definido pela Lei de Bases do Ambiente (Lei nº 11/87) como "o conjunto
dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações, e dos factores económicos, sociais e culturais
com efeito directo ou indirecto, mediato ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida do
homem.".

COMPOSIÇÃO

As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas, a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e


a biosfera, correspondentes respetivamente às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como
parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma porção distinta da hidrosfera,
assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.
[4]
Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas ao planeta Terra. Há
quatro disciplinas principais nas ciêncais da Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas
disciplinas principais usam física, química, biologia, cronologia ematemática para criar um entendimento
qualitativo e quantitativo para as áreas principais ou esferas do "sistema da Terra".

ATIVIDADE GEOLÓGICA

A crosta da Terra, ou litosfera, é a superfície sólida externa do planeta e é química e mecanicamente


diferente do manto do interior. A crosta tem sido gerada largamente pelo processo de criação das rochas
ígneas, no qual o magma (rocha derretida) se resfria e se solidifica para formar rocha sólida. Abaixo da
litosfera se encontra o manto no qual é aquecido pela desintegração dos elementos radioativos. O processo
de convecção faz as placas da litosfera se moverem, mesmo lentamente. O processo resultante é
conhecido como tectonismo. Vulcões se formam primariamente pelo derretimento do material da crosta
da zona de subducção ou pela ascensão do manto nas dorsais oceânicas e pluma mantélica.

ÁGUA NA TERRA

Oceanos – Um oceano é um grande corpo de água salina e um componente da hidrosfera.


Aproximadamente 71% da superfície da Terra (uma área de 361 milhões de quilômetros quadrados) é
coberta pelo oceano, um contínuo corpo de água que é geralmente dividido em vários oceanos principais
emares menores. Mais da metade dessa área está numa profundidade maior que três mil metros.
A salinidade oceânica média é por volta de 35 partes por milhar (ppt) (3,5%), e praticamente toda a água do
mar tem uma salinidade de 30 a 38 ppt. Apesar de geralmente reconhecidos como vários oceanos
'separados', essas águas formam um corpo global interconectado de água salina por vezes chamado
de Oceano Global. Esse conceito de oceano global como um corpo contínuo de água com um intercâmbio
[10]
relativamente livre entre suas partes é de fundamental importância para a oceanografia. As principais
divisões oceânicas são definidas em parte pelos continentes, vários arquipélagos, e outros critérios: essas
divisões são (em ordem decrescente de tamanho) o Oceano Pacífico, o Oceano Atlântico, o Oceano Índico,
o Oceano Antártico e o Oceano Ártico.

Rios – Um rio é um curso de água natural, geralmente de água doce, fluindo em direção a
umoceano, lago, mar, ou outro rio. Em alguns poucos casos, o rio simplesmente flui para o solo ou seca
completamente antes de alcançar outro corpo de água. Rios pequenos podem ser conhecidos por vários
outros nomes, incluindo córrego, angra e ribeiro.

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Nos Estados Unidos um rio é classificado como tal se tiver mais de dezoito metros de largura. A água do rio
geralmente está em um canal, formado por um leito entre bancos. Em rios mais largos há também muitas
zonas sujeitas a inundações formadas pelas águas de enchente atingindo o canal. Essas zonas podem ser
bem largas em relação ao tamanho do canal do rio. Rios são parte do ciclo da água. A água do rio é
geralmente coletada daprecipitação através da bacia hidrográfica e por reabastecimento da água
subterrânea, nascentes e liberação da água armazenada nasgeleiras e coberturas de neve.

Córrego – Um córrego é um corpo de água fluindo com uma corrente, confinado entre um berço e bancos.
Em alguns países ou comunidades, um córrego pode ser definido por seu tamanho. Nos Estados
Unidos um córrego é classificado como um curso de água com menos que dezoito metros de largura.
Córregos são importantes corredores que conectam habitats fragmentados e assim conservam
a biodiversidade. O estudo de córregos e caminhos de água em geral é conhecido como hidrologia de
superfície. Os córregos incluem angras, os afluentes que não alcançam um oceano e não se conectam com
um outro córrego ou rio, e os ribeiros que são pequenos córregos geralmente originários de uma
nascente ou escoam para o mar.

Lagos – O lago (do latin lacus) é um acidente geográfico, um corpo de água que está localizado no fundo
de uma depressão. O corpo de água é considerado um lago quando está cercado por terra, não faz parte de
um oceano, é mais largo e mais profundo que uma lagoa e é alimentado por um rio.

Lagos naturais da Terra são geralmente encontrados em áreas montanhosas, riftes, e áreas
com glaciação em andamento ou recente. Outros lagos são encontrados embacias endorreicas ou ao longo
do curso de rios maduros. Em algumas partes do mundo, há muitos lagos por causa do caótico padrão de
drenagem deixado pela última Era do Gelo. Todos os lagos são temporários em relação a escalas
geológicas de tempo, pois eles são lentamente preenchidos com sedimentos ou são liberados da bacia que
os contém.

Lagoa – Uma lagoa é um corpo de água estagnada, natural ou criada pelo homem, que é geralmente
menor que um lago. Uma grande variedade de corpos de água feitos pelo homem podem ser classificados
como lagoas, incluindo jardins de água criados para ornamentação estética, lagoas de pesca criadas para
reprodução comercial de peixes, e lagoas solares criadas para armazenar energia térmica. Lagoas e lagos
podem se diferenciar de córregos pela velocidade da corrente. Enquanto a corrente de córregos são
facilmente observadas, lagos e lagoas possuem microcorrentes guiadas termicamente e correntes
moderadas criadas pelo vento.

ATMOSFERA, CLIMA E TEMPO

A atmosfera da Terra serve como um fator principal para sustentar o ecossistema planetário. A fina camada
de gases que envolve a Terra é mantida no lugar pela gravidade do planeta. O ar seco consiste em 78%
de nitrogênio, 21% oxigênio, 1% árgon e outros gases inertes como o dióxido de carbono. Os gases
restantes são geralmente referenciados como "trace gases", entre os quais se encontram os gases do efeito
estufa como o vapor d'água, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozônio. O ar filtrado inclui
pequenas quantidades de muitos outros compostos químicos. O ar também contém uma quantidade
variável de vapor d'água e suspensões de gotas de água e cristais de gelo vistos como nuvens. Muitas
substâncias naturais podem estar presentes em quantidades mínimas em amostras de ar não filtrado,
incluindopoeira, pólen e esporos, maresia, cinzas vulcânicas e meteoroide. Vários poluentes industriais
também podem estar presentes, como cloro(elementar ou em compostos), compostos de flúor, mercúrio na
forma elementar, e compostos de enxofre como o dióxido de enxofre [SO²].

A camada de ozônio da atmosfera terrestre possui um importante papel em reduzir a quantidade de


radiação ultravioleta (UV) que atinge a superfície. Como o DNA é facilmente danificado pela luz UV, isso
serve como proteção para a vida na superfície. A atmosfera também retém calor durante a noite, assim
reduzindo os extremos de temperatura durante o dia.

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CAMADAS DA TERRA

Principais camadas
A atmosfera terrestre pode ser dividida em cinco camadas principais. Essas camadas são determinadas
principalmente pelo aumento ou redução da temperatura de acordo com a altura. Da mais alta a mais baixa,
essas camadas são: Exosfera, Termosfera, Mesosfera, Estratosfera, Troposfera,

Outras camadas: Ozonosfera, Ionosfera, Homosfera e heterosfera, Camada limite atmosférica

EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global está sendo estudado por um grande consórcio global de cientistas, que estão cada
vez mais preocupados com os seus efeitos potenciais a longo prazo em nosso ambiente natural e no
planeta. De especial preocupação é como a mudança climática e o aquecimento global causados por
fatores antropogênicos, como a liberação de gases do efeito estufa, mais notavelmente o dióxido de
carbono, podem interagir e ter efeitos adversos sobre o planeta, seu ambiente natural e a existência
humana. Esforços têm sido focados na mitigação dos efeitos dos gases de estufa, que estão causando
mudanças climáticas, e no desenvolvimento de estratégias de adaptação para o aquecimento global, para
ajudar homens, espécies de animais e plantas, ecossistemas, regiões e nações a se adequarem aos efeitos
deste fenômeno. Alguns exemplos de colaboração recente em relação a mudança climática e aquecimento
global incluem:

 O tratado e convenção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima sobre
Mudança Climática, para estabilizar as concentrações de gases estufa na atmosfera em um nível que
[13]
iria prevenir uma perigosa interferência antropogênica no sistema climático.

 O Protocolo de Quioto, que é o acordo internacional com o objetivo de reduzir os gases de estufa, em
[14]
um esforço de prevenir mudanças climáticas antropogênicas.

 A Iniciativa Climática Ocidental, para identificar, avaliar, e implementar meios coletivos e cooperativos
[15]
para reduzir os gases de estufa, se focando em um sistema de mercado de captação-e-troca.
Um desafio significante é identificar as dinâmicas do ambiente natural em contraste com as mudanças
ambientais que não fazem parte das variações naturais. Uma solução comum é adaptar uma visão estática
que negligencia a existência de variações naturais. Metodologicamente, essa visão pode ser defendida
quando olhamos processos que mudam lentamente e séries de curto prazo, apesar do problema aparecer
quando processos rápidos se tornam essenciais no objeto de estudo.

CLIMA

O clima incorpora as estatísticas de temperatura, umidade, pressão atmosférica, vento, chuva, contagem de
partículas atmosféricas e muitos outros elementos meteorológicos em uma dada região por um longo
período de tempo. O clima pode se opor ao tempo, na medida em que esse é a condição atual dos mesmos
elementos em períodos de no máximo duas semanas.

O clima de um local é afetado pela sua latitude, terreno, altitude, cobertura de gelo ou neve, assim como
corpos de água próximos e suas correntezas. O clima pode ser classificado de acordo com o valor média e
típico de diferentes variáveis, as mais comuns sendo temperatura e precipitação. O método mais usado de
classificação foi desenvolvido originalmente por Wladimir Köppen. O sistema Thornthwaite, em uso desde
1948, incorpora evapotranspiração em adição à informação sobre temperatura e precipitação e é usado
para estudar no estudo da diversidade de espécies animais e os impactos potenciais das mudanças

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climáticas. Os sistemas de classificação de Bergeron e o Spatial Synoptic Classification se focam na origem


de massas de ar definindo o clima em certas áreas.

TEMPO

Tempo é o conjunto de fenômenos ocorrendo em uma dada atmosfera em um certo tempo. A maioria dos
fenômenos de tempo ocorrem na troposfera, logo abaixo da estratosfera. O tempo se refere, geralmente, a
temperatura e atividade de precipitação no dia-a-dia, enquanto oclima é um tempo para as condição
atmosférica média em um longo período de tempo. Quando usado sem qualificação, "tempo" é entendido
como o tempo da Terra.

O tempo ocorre pela diferença de densidade (temperatura e mistura) entre um local e outro. Essa diferença
pode ocorrer por causa do ângulo do sol em um local específico, que varia de acordo com a latitude dos
trópicos. O forte contraste de temperaturas entre o ar polar e tropical dá origem a correntes de ar. Sistemas
de temperatura em altitudes medianas, como ciclones extratropicais, são causados pela instabilidade no
fluxo das correntes de ar. Como o eixo da Terra é inclinado relativo ao seu plano de órbita, a luz solar incide
em diferentes ângulos em diferentes épocas do ano. Na superfície da terra, a temperatura normalmente
varia de ±40 °C anualmente. Ao passar de milhares de anos, mudanças na órbita da Terra afetou a
quantidade e distribuição de energia solar recebida pela Terra e influenciou o clima a longo prazo.

A temperatura da superfície difere, por sua vez, por causa de diferença de pressão. Altas altitudes são mais
frias que as mais baixas por causa da diferença na compressão do calor. A previsão do tempo é uma
aplicação da ciência e tecnologia para predizer o estado da atmosfera da Terra em uma determinada hora e
lugar. A atmosfera da Terra é um sistema caótico, então pequenas mudanças em uma parte do sistema
podem causar grandes efeitos no sistema como um todo. Os homens tem tentado controlar o clima ao longo
da história, e há evidências que atividades humanas como agricultura e indústria tenham inadvertidamente
modificado os padrões climáticos.

VIDA

As evidências sugerem que a vida na Terra tenha existido a 3.7 bilhões de anos. Todas as formas de vida
compartilham mecanismos moleculares fundamentais, e baseando-se nessas observações, teorias sobre a
origem da vida tem tentado encontrar um mecanismo explicando a formação do organismo de célula única
primordial de onde toda a vida se originou. Há muitas hipóteses diferentes sobre o caminho que pode ter
levado uma simples molécula orgânica, passando por vida pré-celular, até protocelular e metabolismo.

Na biologia, a ciência dos organismos vivos, "vida" é a condição que distingue organismos ativos da matéria
inorgânica, incluindo a capacidade de crescimento, atividade funcional e a mudança contínua precedendo a
morte. Um diverso conjunto de organismos vivos (formas de vida) pode ser encontrado na biosfera da Terra,
e as propriedades comuns a esses organismos -plantas, animais, fungos, protistas, archaea e bactéria - são
formas celulares baseadas em carbono e água com uma complexa organização e
informações genéticas hereditárias. Organismos vivos passam por metabolismo, mantém homeostase,
possuem a capacidade decrescimento, responder a estímulo, reprodução e, através da seleção natural,
se adaptar ao seu ambiente em sucessivas gerações. Organismos de vida mais complexa podem se
comunicar através de vários meios.

ECOSSISTEMA

Um ecossistema é uma unidade natural consistindo de todas as plantas, animais e micro-organismos


(fatores bióticos) em uma área funcionando em conjunto com todos os fatores físicos não-vivos (abióticos)
do ambiente.

Um conceito central do ecossistema é a ideia de que os organismos vivos estão


continuamente empenhados em um conjunto altamente interrelacionado de relacionamentos com cada um
dos outros elementos constituindo o ambiente no qual eles existem.Eugene Odum, um dos fundadores da

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ciência da ecologia, afirmou: "Any unit that includes all of the organisms (ie: the "community") in a given area
interacting with the physical environment so that a flow of energy leads to clearly defined trophic structure,
biotic diversity, and material cycles (ie: exchange of materials between living and nonliving parts) within the
system is an ecosystem."

O conceito humano de ecossistema é baseado na desconstrução da dicotomia homem / natureza, e na


promessa emergente que todas as espécies são ecologicamente integradas com as outras, assim como os
constituintes abióticos de seu biótipo.

Um maior número ou variedade de espécies ou diversidade biológica de um ecossistema pode contribuir


para uma maior resiliência do ecossistema, porque há mais espécies presentes no local para responder a
mudanças e assim "absorver" ou reduzir seus efeitos. Isso reduz o efeito antes da estrutura do ecossistema
mudar para um estado diferente. Esse não é sempre o caso e não há nenhuma prova da relação entre a
diversidade de espécies em um ecossistema e sua habilidade para prover um benefício a nível de
sustentabilidade. Florestas tropicais úmidas produzem muito pouco benefício e são extremamente
vulneráveis a mudança, enquanto florestas temperadas rapidamente crescem de volta para seu estado
[carece de
anterior de desenvolvimento dentro de um lifetiome após cair ou a floresta pegar fogo.
fontes]
Algumas pradarias tem sido exploradas sustentavelmente por milhares de anos (Mongólia, turfa
[carece de fontes]
européia, e mooreland communities).

O termo ecossistema pode também ser usado para ambientes criados pelo homem, como ecossistemas
humanos e ecossistemas influenciados pelo homem, e pode descrever qualquer situação na qual há uma
relação entre os organismos vivos e seu ambiente. Atualmente, existem poucas áreas na superfície da terra
livres de contato humano, apesar de algumas áreas genuinamente wildernesscontinuem a existir sem
qualquer forma de intervenção humana.

BIOMAS

Bioma é, terminologicamente, similar ao conceito de ecossistemas, e são áreas na Terra climática e


geograficamente definidas com condições climáticas ecologicamente similares, como
uma comunidades de plantas, animais e organismos do solo, geralmente referidos como ecossistemas.
Biomas são definidos na base de fatores como estrutura das plantas (como árvores, arbustos e grama), tipo
de folha (como broadleaf e needleleaf), e clima. Ao contrário das ecozonas, biomas não são definidos pela
genética, taxonomia, ou similaridades históricas. biomas são normalmente identificados com padrões
particulares de sucessão ecológica e vegetação clímax.

CICLOS BIOQUÍMICOS

Um ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento químico essencial
à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e reciclado por componentes bióticos(seres vivos)
e abióticos (ar, água, solo) da biosfera e, às vezes, pode se acumular durante um longo período de tempo
em um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos químicos e compostos
químicos são transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta.
[27]
Os mais importantes são os ciclos da água, oxigênio, carbono, nitrogênio e fósforo.

 O ciclo do nitrogênio é a transformação dos compostos contendo nitrogênio na natureza.


 O ciclo da água, é o contínuo movimento da água na, sobre e abaixo da superfície da Terra. A água
pode mudar de estado entre líquido, vapor e gelo em suas várias etapas.
 O ciclo do carbono é o ciclo biogeoquímico no qual o carbono é passado entre
a biosfera, pedosfera, geosfera, hidrosfera e a atmosfera.
 O ciclo do oxigênio é o movimento do oxigênio dentro e entre os três maiores reservatórios: a
atmosfera, a biosfera e a litosfera. O principal fator do ciclo do oxigênio é a fotossíntese, que é
responsável pela composição atmosférica e pela vida na Terra.

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 O ciclo do fósforo é o movimento do fósforo pela litosfera, hidrosfera e biosfera. A atmosfera não possui
um papel significativo no movimento do fósforo porque o fósforo e componentes fosfóricos são
normalmente sólidos nos níveis mais comuns de temperatura e pressão na Terra.

DESAFIOS
O ambientalismo é um largo movimento político, social, e filosófico que advoca várias ações e políticas com
interesse de proteger a natureza que resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da
natureza nesse ambiente.

Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem:

 Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero;



[28]
Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis ;
 Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energia
renovável;
 Conservação e uso sustentável dos escarsos recursos naturais como água, terra e ar;
 Proteção de ecossistemas representativos ou únicos;
 Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção;
 O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteção; e, mais geralmente,
a proteção da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra
dependem.
Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam desafios e riscos especiais para o
ambiente natural. Grandes represas e centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o
ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores megaprojetos estão sendo
construídos, em nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

3.1 – SANEAMENTO BÁSICO


Saneamento básico é a atividade relacionada com o abastecimento de água potável, o manejo de água
pluvial, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o controle de
pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando a saúde das comunidades. Trata-se de uma
especialidade estudada nos cursos superiores de Engenharia Sanitária, de Engenharia Ambiental,
de Saúde Coletiva de Tecnólogo em Saneamento e de Tecnólogo em gestão ambiental.

Trata-se de serviços que podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime de concessão, por
empresas privadas, sendo esses serviços considerados essenciais, tendo em vista a necessidade imperiosa
desse por parte da população, além da importância para a saúde de toda a sociedade e para o meio
ambiente. A falta de saneamento básico aliada a fatores sócio-econômico-cultural são determinantes para o
surgimento de infecções por enteroparasitoses, tendo as crianças o grupo que apresenta maior
susceptibilidade às doenças infecto-contagiosas. Nos países mais pobres ou em regiões mais carentes as
doenças decorrentes da falta de saneamento ( viróticas, bacterianas e outras parasitoses) tendem a ocorrer
[1]
de forma endêmica e no Brasil figuram entre os principais problemas de saúde pública e ambiental .

O saneamento básico é geralmente uma atividade econômica monopolista em todos os países do mundo, já
que seu monopólio é um poder típico do Estado, sendo que este pode delegar à empresas o direito de
explorar estes serviços através das chamadas concessões de serviços públicos. Tendo em vista a
dificuldade física e prática em se assentar duas ou três redes de água e/ou esgotos de empresas diferentes
no equipamento urbano, geralmente, apenas uma empresa, seja pública ou privada, realiza e explora
economicamente esse serviço.

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O setor de saneamento básico também se caracteriza por necessidade de um elevado investimento em


obras e constantes melhoramentos, sendo que os resultados destes investimentos, na forma de receitas
e lucros, são de longa maturação. Por este motivo e outros, a concessão dos serviços de saneamento a
empresas privadas deve ser muito bem fiscalizada pelo Estado, uma vez que o objetivo de uma companhia
privada é sempre o lucro máximo o que pode inviabilizar um bom serviço em certos casos de comunidades
carentes.

Saneamento básico é um conjunto de procedimentos adotados numa determinada região que visa
proporcionar uma situação higiênica saudável para os habitantes.

Entre os procedimentos do saneamento básico, podemos citar: tratamento de água, canalização e


tratamento de esgotos, limpeza pública de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resíduos orgânicos (em
aterros sanitários regularizados) e materiais (através da reciclagem).

Com estas medidas de saneamento básico, é possível garantir melhores condições de saúde para as
pessoas, evitando a contaminação e proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, garante-se a preservação
do meio ambiente.

Devido sua grande atuação em todo o Brasil o Engenheiro Francisco Saturnino de Brito foi escolhido como
o Patrono do Saneamento no país.

3.2 – A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E SONORA

Pode-se considerar poluição atmosférica qualquer contaminação do ar oriunda de desperdícios


gasosos, líquidos, sólidos ou outros produtos que podem pôr em risco a saúde humana, animal ou vegetal.
A atmosfera tem uma certa capacidade depuradora que garante a eliminação, em condições naturais, dos
materiais nela descarregados pelos seres vivos. O desequilíbrio deste sistema natural, levado a cabo pelo
Homem, conduz à acumulação na atmosfera de substâncias nocivas à vida.
A actividade industrial e a circulação rodoviária, são os principais promotores de poluição atmosférica.
As indústrias termoeléctricas, refinarias e fábricas de cimento libertam grandes quantidades de gases
(óxidos de enxofre e de carbono) e poeiras que saturam o ar. No caso das indústrias químicas, de curtumes
e de fertilizantes são particularmente notórios os gases de cheiro nauseabundo. Os veículos motorizados,
por seu lado, libertam para a atmosfera uma infinidade de gases e outras substâncias químicas como o
monóxido (CO) e dióxido de carbono (CO2), gás sulfuroso, hidrocarbonetos gasosos, etc., para além dos
fumos.
A formação destes gases e poeiras tem várias origens. O CO 2 surge através da combustão de
materiais de origem orgânica, como os derivados de petróleo, carvão ou madeira, na presença de
quantidades suficientes de oxigénio. É também produzido na respiração do homem, animais, plantas e
microorganismos. O CO forma-se na combustão incompleta. As maiores fontes de CO são os veículos
motorizados, quando trabalham em marcha lenta, e os fornos e fornalhas, quando não estão devidamente
regulados. Paralelamente à poluição da atmosfera com óxidos de carbono crescem também as emissões
ácidas, ou seja, emissão de gases capazes de formar ácidos e que possuem eles próprios características
ácidas. São característicos destas emissões os gases: dióxido de enxofre (SO2), formados no aquecimento
de minérios do grupo dos sulfuretos e na fabricação de fertilizantes, celulose e ácido sulfúrico; fluoreto de
hidrogénio (HF), libertado nas fundições de metais pesados e alumínio, indústrias de vidro, esmaltes,
porcelanas e fertilizantes; e cloreto de hidrogénio (HCl), que se forma nas indústrias de fertilizantes,

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esmaltação de porcelanas, electroquímica e na combustão de materiais contendo cloro, como o cloreto de


polivinila (PVC).
Dentro do grupo de partículas que constituem as “poeiras” destacam-se as partículas de origem não
metálica, como as que são libertadas nas fábricas termoeléctricas alimentadas a carvão, siderurgias,
indústrias de cimento e alguns ramos da indústria química e, as partículas de origem metálica. O chumbo
(Pb) é, dos tóxicos metálicos, o que mais afecta o Homem. Grandes quantidades de chumbo são libertadas
por fundições de chumbo e por alguns ramos da indústria química (por exemplo, fabricação de plastificantes
para a indústria de plásticos). A maior propagação de chumbo tem por responsáveis os veículos
motorizados movidos a gasolina, isto porque a gasolina contém tetraetilchumbo como antidetonante, que
pode permanecer na atmosfera por um razoável período de tempo. O chumbo finamente dividido e
espalhado nas estradas, é transportado pelas águas da chuva tendo como grave consequência, a contínua
contaminação de campos hortícolas e outras culturas situadas junto às estradas.
O aumento da poluição atmosférica, tem vindo a acentuar o "Efeito de Estufa" com o consequente e
indesejável aumento da temperatura na troposfera (camada atmosférica mais superficial). Do aumento de
temperatura resultarão modificações ao nível do regime das precipitações e no ciclo natural da água, bem
como a fusão do gelo dos grandes glaciares, o que provocará profundas alterações na fauna e na flora e a
subida do nível dos oceanos. Este aumento do nível do mar provocará a migração de dezenas de milhões
de pessoas, a redução das áreas de cultivo e a salinização das fontes de água doce. A eminência de uma
mudança drástica como a alteração da temperatura global do planeta trás consigo perigos que deviam estar
a preocupar muito os diversos governos. Estes deveriam diminuir as taxas de emissão de gases de Efeito
de Estufa (CO2, Metano, Óxido de Azoto e os CFCs) para a atmosfera, pelo menos ao nível das actividades
industriais e nos automóveis particulares, encarando o problema com a seriedade que este merece.
Um outro problema grave, resultante da poluição do ar, é a destruição progressiva da camada de
ozono. Essa destruição é provocada por produtos químicos libertados pela actividade humana,
especialmente os que contêm cloro e, em particular, os chamados clorofluocarbonetos (CFC), gases
constituídos por cloro, flúor e carbono, muito utilizados em frigoríficos, aparelhos de ar condicionado,
indústria electrónica, artigos de limpeza, etc. Os CFCs podem subir até à estratosfera sem se modificar,
mas, ali chegando, a radiação ultravioleta quebra as suas moléculas e liberta os átomos de cloro que
reagem com o ozono, destruindo-o. O enfraquecimento da camada de ozono, facilita a passagem das
radiações ultravioletas, que passam a atingir a superfície do Globo em maior quantidade, provocando
anomalias nos seres vivos, como o cancro de pele, deformações, atrofia, etc.
Reduzir a poluição é, apesar de tudo, uma das principais preocupações da maioria dos países na
actualidade. É evidente que não se podem fechar as fábricas e mandar parar os automóveis e os aviões.
Por isso, a diminuição da poluição tem de passar por um conjunto muito vasto de medidas como por
exemplo: 1. instalação nas fábricas de dispositivos (catalizadores) que retenham os fumos e os gases,
podendo estes ser até reutilizados como fontes energéticas. Esta medida tem já um carácter obrigatório em
vários países industrializados, relativamente a muitas indústrias; 2. utilização de tecnologias alternativas, ou
seja, de tecnologias diferentes, que reduzam o consumo de energia, tornem a indústria menos poluidora e
valorizem os resíduos; 3. aplicação de catalisadores em todos os automóveis novos, de modo a diminuir o

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máximo de emissão de fumos e gases e a redução da quantidade de chumbo e enxofre nos combustíveis;
4. obrigatoriedade de inspecções periódicas a todos os tipos de veículos automóveis no que respeita aos
níveis de poluição atmosférica e sonora, como já acontece em muitos países; 5. substituição de alguns
produtos químicos industriais perigosos como, por exemplo, os que têm levado à destruição da camada de
ozono. É óbvio que tais medidas não se esgotam por aqui e todas elas contribuiriam para uma atmosfera
mais “limpa”, mas a sua aplicação tem custos elevados, incomportáveis para muitas empresas. No entanto,
as novas fábricas poderão adoptar, logo na fase inicial de instalação, essas tecnologias alternativas como
acontece com os automóveis, em que só os que saem agora das fábricas vêm equipados com sistemas
antipoluição (catalisadores) e adaptados ao consumo de gasolina sem chumbo.
A poluição atmosférica provoca problemas sérios de saúde na população humana a nível do aparelho
respiratório, nomeadamente, bronquite, asma e cancro do pulmão. Também as plantas e os animais são
gravemente afectados pela poluição do ar. Os gases tóxicos perturbam o normal desenvolvimento da
vegetação, provocando a queda das folhas e diminuindo, assim, a fotossíntese, a respiração e a
transpiração, o que tem como consequência um crescimento mais lento das plantas e uma menor
resistência às intempéries, às doenças e aos parasitas. A saúde dos animais é igualmente bastante
afectada não só pelo contacto directo com o ar poluído como pela ingestão de vegetais “envenenados”.
“... se todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, têm
também o dever de o defender” (DL nº 239/97).

A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no
ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias
(siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e
sistemas de aquecimento doméstico.

O ar poluído penetra nos pulmões, ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do


aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar. Esses efeitos são
reforçados ainda pelo consumo de cigarros.

Outra importante conseqüência da poluição atmosférica é o surgimento e a expansão de um buraco na


camada de ozônio, que se localiza na atmosfera - camada atmosférica situada entre 20 e 80 Km de
altitude.

O ozônio é um gás que filtra os raios ultravioleta do Sol. Se esses raios chegassem à superfície terrestre
com mais intensidade provocariam queimaduras na pele, que poderiam até causar câncer, e destruiriam as
folhas das árvores. O gás CFC - clorofluorcarbono -, contido em sprays de desodorantes ou inseticidas,
parece ser o grande responsável pela destruição da camada de ozônio. Por sorte, esses danos foram
causados na parte da atmosfera situada acima da Antártida. Nos últimos anos esse buraco na camada de
ozônio tem se expandido constantemente.

Os Problemas Ambientais dos grandes centros

De modo geral, os problemas ecológicos são mais intensos nas grandes cidade que nas pequenas ou no
meio rural. Além da poluição atmosférica, as metrópoles apresentam outros problemas graves:

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→ Acúmulo de lixo e de esgotos. Boa parte dos detritos pode ser recuperada para a produção de gás
(biogás) ou adubos, mas isso dificilmente acontece. Normalmente, esgotos e resíduos de indústrias são
despejados nos rios. Com freqüência esses rios “morrem” (isto é, ficam sem peixe) e tornam-se imundos e
malcheirosos. Em algumas cidades, amontoa-se o lixo em terrenos baldios, o que provoca a multiplicação
de ratos e insetos.

→ Congestionamentos freqüentes, especialmente nas áreas em que os automóveis particulares são muito
mais importantes que os transportes coletivos muitos moradores da periferia das grandes cidades dos
países do Sul, em sua maioria de baixa renda, gastam três ou quatro horas por dia só no caminho para o
trabalho.

→ Poluição sonora, provocada pelo excesso de barulho (dos veículos automotivos, fábricas, obras nas ruas,
grande movimento de pessoas e propaganda comercial ruidosa). Isso pode ocasionar neuroses na
população, além de uma progressiva diminuição da capacidade auditiva.

→ Carência de áreas verdes (parques, reservas florestais, áreas de lazer e recreação, etc.). Em decorrência
de falta de áreas verdes agrava-se a poluição atmosférica, já que as plantas através da fotossíntese,
contribuem para a renovação do oxigênio no ar. Além disso tal carência limita as oportunidades de lazer da
população, o que faz com que muitas pessoas acabem passando seu tempo livre na frente da televisão, ou
assistindo a jogos praticados por esportistas profissionais (ao invés de eles mesmos praticarem esportes).

→ Poluição visual, ocasionada pelo grande número de cartazes publicitários, pelos edifícios que escondem
a paisagem natural, etc.

Na realidade, é nos grandes centros urbanos que o espaço construído pelo homem, a segunda natureza,
alcança seu grau máximo. Quase tudo aí é artificial; e, quando é algo natural, sempre acaba apresentando
variações, modificações provocadas pela ação humana. O próprio clima das metrópoles - o chamado clima
urbano - constitui um exemplo disso. Nas grandes aglomerações urbanas normalmente faz mais calor e
chove um pouco mais que nas áreas rurais vizinhas; além disso, nessas áreas são também mais comuns as
enchentes após algumas chuvas. As elevações nos índices térmicos do ar são fáceis de entender: o
asfaltamento das ruas e avenidas, as imensas massas de concreto, a carência de áreas verdes, a presença
de grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera (que provoca o efeito estufa), o grande consumo de
energia devido à queima de gasolina, óleo diesel querosene, carvão, etc., nas fábricas, residências e
veículos são responsáveis pelo aumento de temperatura do ar. Já o aumento dos índices de pluviosidade
se deve principalmente à grande quantidade de micropartículas (poeira, fuligem) no ar, que desempenham
um papel de núcleos higroscópicos que facilitam a condensação do vapor de água da atmosfera. E as
enchentes decorrem da dificuldade da água das chuvas de se infiltrar no subsolo, pois há muito asfalto e
obras, o que compacta o solo e aumenta sua impermeabilização.

Todos esses fatores que provocam um aumento das médias térmicas nas metrópoles somados aos edifícios
que barram ou dificultam a penetração dos ventos e à canalização das águas - fato que diminui o
resfriamento provocado pela evaporação - conduzem à formação de uma ilha de calor nos grandes centros
urbanos. De fato, uma grande cidade funciona quase como uma “ilha” térmica em relação às suas
vizinhanças, onde as temperaturas são normalmente menores. Essa “ilha de calor” atinge o seu pico, o seu
grau máximo, no centro da cidade.

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A grande concentração de poluentes na atmosfera provoca também uma diminuição da irradiação solar que
chega até a superfície. Esse fato, juntamente com a fraca intensidade dos ventos em certos períodos, dá
origem às inversões térmicas.

O fenômeno da inversão térmica - comum, por exemplo, em São Paulo, sobretudo no inverno - consiste no
seguinte: o ar situado próximo à superfície, que em condições normais é mais quente que o ar situado bem
acima da superfície, torna-se mais frio que o das camadas atmosféricas elevadas. Como o ar frio é mais
pesado que o ar quente, ele impede que o ar quente, localizado acima dele, desça. Assim, não se formam
correntes de ar ascendentes na atmosfera. Os resíduos poluidores vão então se concentrando próximo da
superfície, agravando os efeitos da poluição, tal como irritação nos olhos, nariz e garganta dos moradores
desse local. As inversões térmicas são também provocadas pela penetração de uma frente fria, que sempre
vem por baixo da frente quente. A frente pode ficar algum tempo estagnada no local, num equilíbrio
momentâneo que pode durar horas ou até dias.

Poluição Sonora

Existe, na natureza, um equilíbrio biológico entre todos os seres vivos. Nesse sistema em equilíbrio os
organismos produzem substâncias que são úteis para outros organismos e assim sucessivamente. A
poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos) produzidos por microorganismos,
ou lançados pelo homem na natureza, forem superior à capacidade de absorção do meio ambiente,
provocando alterações na sobrevivência das espécies. A poluição pode ser entendida, ainda, como
qualquer alteração do equilíbrio ecológico existente.

A poluição é essencialmente produzida pelo homem e está diretamente relacionada com os processos de
industrialização e a conseqüente urbanização da humanidade. Estes são os dois fatores contemporâneos
que podem explicar claramente os atuais índices de poluição. Os agentes poluentes são os mais variáveis
possíveis e são capazes de alterar a água, o solo, o ar, etc.

Poluição é, portanto, uma agressão à natureza, ao meio ambiente em que o homem vive. Os efeitos da
poluição são hoje tão amplos que já existem inúmeras organizações de defesa do meio ambiente.

Poluição Sonora é qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente, causada por som puro ou
conjugação de sons, admissíveis ou não, que direta ou indiretamente seja nociva à saúde, segurança e ao
bem. O som é a parte fundamental das atividades dos seres vivos e dos elementos da natureza.

Cada um tem um significado específico, conforme as espécies de seres vivos que os emitem, ou que
conseguem percebê-los. Os seres humanos, além dos sons que produzem para se comunicar e se
relacionar, como as palmas, voz, assobios e passos, também produzem outros tipos de sons, decorrentes
de sua ação de transformação dos elementos naturais. Somente depois que o homem se tornou gregário e
desenvolveu suas qualidades criadoras, é que o ruído se transformou de aliado, nos primórdios da
Civilização, em inimigo, nos últimos tempos.

O tempo foi passando, centenas e centenas de anos, até que no afã do prosseguir melhorando as
condições de vida do Ser Humano, a indústria, em desenvolvimento constante, trouxe consigo o ruído
intensivo e nocivo, intoxicando-nos aos poucos, lesando-nos lenta, constante e irreversivelmente.

Há cerca de 2500 anos a humanidade conhece os efeitos prejudiciais do ruído à saúde. Existem textos
relatando a surdez dos moradores que viviam próximos às cataratas do Rio Nilo, no antigo Egito. O

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desenvolvimento da indústria e o surgimento dos grandes centros urbanos acabaram com o silêncio de boa
parte do planeta.

O primeiro decreto que se conhece para a proteção humana contra o ruído no Brasil é de 6 de maio de
1824, no qual se proibia o "ruído permanente e abusivo da chiadeira dos carros dentro da cidade",
estabelecendo multas que iam de 8 mil réis a 10 dias de cadeia, que se transformavam em 50 açoites,
quando o infrator era escravo.

A poluição sonora difere bastante da poluição do ar e da água quanto aos seguintes aspectos:

a) O ruído é produzido em toda parte e, portanto, não é fácil controlá-lo na fonte como ocorre na poluição do
ar e da água;

b) Embora o ruído produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo que outras modalidades de
poluição, diferencia-se por não deixar resíduo no ambiente tão logo seja interrompido;

c) Diferindo da poluição do ar e da água, o ruído é apenas percebido nas proximidades da fonte;

d) Não há interesse maior pelo ruído, nem motivação para combatê-lo; o povo é mais capaz de reclamar e
exigir ação política acerca da poluição do ar e da água do que a respeito do ruído;

e) O ruído, ao que parece, não tem mais efeitos genéricos, como acontece com certas formas de poluição
do ar e da água, a exemplo da poluição radioativa. Entretanto, o incômodo, a frustração, a agressão ao
aparelho auditivo e o cansaço geral causados pela poluição sonora podem afetar as futuras gerações.

Fontes de ruído

O som é um fenômeno físico ondulatório periódico, resultante de variações da pressão num meio elástico
que se sucedem com regularidade. O som pode ser representado por uma série de compressões e
rarefações do meio em que se propaga, a partir da fonte sonora. Não há deslocamento permanente de
moléculas, ou seja, não há transferência de matéria, apenas de energia.

Uma boa analogia é a de uma rolha flutuando em um tanque de água. As ondas da superfície da água se
propagam e a rolha apenas desce, sem ser levada pelas ondas.

Ruído é "qualquer sensação sonora indesejável". Há quem vá além, que considera o ruído como "um som
indesejável que invade nosso ambiente, ameaçando nossa saúde, produtividade, conforto e bem-estar". A
ação perturbadora do som depende:

· De suas características, como intensidade e duração;

· Da sensibilidade auditiva, variável de pessoa para pessoa;

· Da necessidade de concentração, como estudar;

· Da fonte causadora, que pode ser atrativa, como uma discoteca.

Ruído nas Ruas

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O trânsito é o grande causador do ruído na vida das grandes cidades. As características dos veículos
barulhentos são o escapamento furado ou enferrujado, as alterações no silencioso ou no cano de descarga,
as alterações no motor e os maus hábitos ao dirigir - acelerações e freadas bruscas e o uso excessivo de
buzina.

Nas principais ruas da cidade de São Paulo, os níveis de ruído atingem de 88 a 104 decibéis. Isto explica
por que os motoristas profissionais são o principal alvo de surdez adquirida. Nas áreas residenciais, os
níveis de ruído variam de 60 a 63 decibéis - acima dos 55 decibéis estabelecidos como limite pela Lei
Municipal de Silêncio.

Ruído nas Habitações

Condicionadores de ar, batedeiras, liquidificadores, enceradeiras, aspiradores, máquinas de lavar,


geladeiras, aparelhos de som e de massagem, televisores, secadores de cabelo e tantos outros
eletrodomésticos que podem estar presentes numa mesma residência, funcionando simultaneamente e
somando seus indesejáveis decibéis.

Ruído nas Indústrias

É dos mais importantes o papel da indústria na poluição sonora. Depois da Primeira Grande Guerra, foi que
se verificou o aumento das doenças profissionais, notadamente a surdez, além do aparecimento de outras
moléstias, devidas ao desenvolvimento espantoso trazido pelo surto industrial.

Em alguns países europeus, como a Suécia e a Alemanha, onde os dados estatísticos retratam fielmente a
realidade, é impressionante o número de operários que, nas indústrias, devido ao ruído, vêm sofrendo
perda de audição.

Visando a proteção dos trabalhadores das fábricas, em 1977 os Estados Unidos estabeleciam o ruído
máximo de 90 dB para a duração diária de 8 horas. Verificou-se com a adoção desse limite, um quinto dos
operários ficava sujeito a deficiências auditivas. Por isso a Holanda e outros países baixaram o limite para
80 dB.

Ruído dos Aviões

A partida e a chegada de aviões a jato são acompanhadas de ruídos de grande intensidade que perturbam
sobremaneira os moradores das imediações.

Efeitos na audição do homem

A capacidade auditiva de um indivíduo pode limitar-se a 60%. Todavia, por ser ele ainda capaz de ouvir a
própria voz e certos barulhos rotineiros, não se preocupa com a surdez. A perda total de audição pode
acontecer se a pessoa fica sujeita diariamente, durante 8 horas seguidas, a sons com intensidade superior
a 85 dB, como os registradores em discotecas fábricas de armamentos e aeroportos.

O ruído de 140 dB pode destruir totalmente o tímpano, provocando o que se denomina "estouro do
tímpano".

Quando o nível de ruído atinge 100 dB pode causar o "trauma auditivo" e a conseqüente surdez. Ao nível de
120 dB, além de lesar o nervo auditivo, provocam, no mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e
aumento do nervosismo.

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Limites de intensidade

* Ruído com intensidade de até 55 dB não causa nenhum problema.

* Ruídos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar malefícios à saúde.

* Ruídos de 76 dB a 85 dB pode afetar a saúde, e acima dos 85 dB a saúde será afetada, a depender do
tempo da exposição. Uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após
2 anos, problemas auditivos.

Surdez Profissional

Sua ocorrência depende de características ligadas ao homem (hospedeiro), ao meio e ao agente (barulho).
Para que ocorram casos de surdez profissional, é necessário que haja uma exposição considerável ao
ruído, isto é, a exposição a níveis elevados durante um longo período, sendo dois fatores interligados.

As perdas auditivas causadas pelo barulho excessivo podem ser divididas em três tipos:

* Trauma Acústico - Embora esta denominação seja polêmica, adota-se o conceito de trauma acústico como
sendo a perda auditiva de instalação repentina, causada pela perfuração do tímpano, acompanhada ou não
da desarticulação dos ossículos do ouvido médio, ocorrida geralmente após a exposição a barulhos de
impacto, de grande intensidade (tiro, explosão, etc.), com grandes deslocamentos de ar.

* Surdez temporária - Também conhecida como mudança temporária do limiar de audição, ocorre após uma
exposição a um barulho intenso, por um curto período de tempo.

* Surdez permanente - A exposição repetida dia após dia, a um barulho excessivo, pode levar o indivíduo a
uma surdez permanente.

* Obs.: É importante lembrar que um fator de grande importância, em qualquer tipo de perda de audição, é a
suscetibilidade individual. Indivíduos que se encontram num mesmo local ruidoso podem se comportar de
maneira diferente. Alguns são extremamente sensíveis ao ruído e outros parecem não ser atingidos pelo
mesmo. Deve ser considerado que há perda natural de audição com a idade. (presbiacusia)

Efeitos na saúde

a) Reações generalizadas ao stress

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o início do estresse auditivo se da sob exposições
dá 55 dB.

b) Reações físicas

Os ruídos aumentam a pressão sangüínea, o ritmo cardíaco e as contrações musculares. São capazes de
interromper a digestão, as contrações do estômago, o fluxo da saliva e dos sucos gástricos. Provocam
maior produção de adrenalina e outros hormônios, aumentando, no sangue, o fluxo de ácidos graxos e
glicose. No que se refere ao ruído intenso e prolongado ao qual o indivíduo habitualmente se expõe,
resultam mudanças fisiológicas mais duradouras, até mesmo permanentes, incluindo desordens
cardiovasculares, de ouvido-nariz-garganta e, em menor grau, alterações sensíveis na secreção de
hormônios, nas funções gástricas, físicas e cerebrais.

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Agente de Endemias – Campo Formoso, Bahia

Em casos de estresse crônico (permanente) nos trabalhadores, tem sido constatado efeitos psicológicos,
distúrbios neurovegetativos, náuseas, cefaléias, irritabilidade, instabilidade emocional, redução da libido,
ansiedade, nervosismo, hipertensão, perda de apetite, sonolência, insônia, aumento de prevalência da
úlcera, distúrbios vitais, consumo de tranqüilizantes, perturbações labirínticas, fadiga, redução de
produtividade, aumentos dos números de acidentes, de consultas médicas e do absenteísmo.

c) Alterações mentais e emocionais

As reações na esfera psíquica dependem das características do agente, do meio, e das condições
emocionais do hospedeiro, no momento da exposição. As reações podem manifestar-se através de
irritabilidade, ansiedade, excitabilidade, desconforto, medo, tensão e insônia.

Efeitos sobre o rendimento no trabalho

Tem sido observado que em certos tipos de atividades, como as de longa duração e que requerem contínua
e muita atenção, um nível acima de 90 dB afeta desfavoravelmente a produtividade, bem como a qualidade
do produto

Calcula-se que um indivíduo normal precisa gastar aproximadamente 20% de energia extra para realizar
uma tarefa, sob efeito de um ruído perturbador intenso.

Efeitos sobre a comunicação

Um dos efeitos do barulho facilmente notado é sua influência sobre a comunicação oral.

O barulho intenso provoca o mascaramento da voz. Este tipo de interferência atrapalha a execução ou o
entendimento de ordens verbais, a emissão de avisos de alerta ou perigo e pode ser causa indireta de
acidentes.

Para acontecer que um operário não entenda bem as instruções essenciais para o funcionamento
adequado de certo equipamento e, em conseqüência sofra um acidente. Pode também ocorrer o caso de
impossibilidade de avisar uma pessoa prestes a se acidentar. Em locais com muito ruído há, muitas vezes o
problema de interferência com os sinais de alarme, o que pode ocasionar sérios acidentes.

Efeitos dos ruídos em plantas e animais

Segundo os zoólogos, as maiores dificuldades de adaptação dos animais ao cativeiro decorrem


principalmente do barulho artificial das grandes cidades.

Por outro lado, comprova-se que nos locais de muito ruído é mais acentuada a presença de ratos e baratas,
agentes potenciais de transmissão de doenças.

As vibrações sonoras produzidas por motores de avião provocam a mudança de postura das aves e
diminuição de sua produtividade.

Pesquisadores dos EUA, estudando os efeitos do ruído sobre as plantas, fizeram uma experiência com as
do gênero Coleus, possuidoras de grandes folhas coloridas e flores azuis. Doze dessas plantas, submetidas
continuamente ao ruído de 100 dB, após seis dias apresentaram a redução de 47% em seu crescimento por
causa, segundo os cientistas, da estridência persistente, que as fez perder grande quantidade de água
através das folhas.

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3.3 – LIXO: COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO

O lixo é coletado ou pelas prefeituras ou por uma companhia particular e levado a um depósito, juntamente
com o lixo de outras residências da área. Lá pode haver uma certa seleção - sobras de metal, por exemplo,
são separadas e reaproveitadas. O resto do lixo é enterrado em aterros apropriados.

O lixo é coletado ou pelas prefeituras ou por uma companhia particular e levado a um depósito, juntamente
com o lixo de outras residências da área. Lá pode haver uma certa seleção - sobras de metal, por exemplo,
são separadas e reaproveitadas. O resto do lixo é enterrado em aterros apropriados. A grande São Paulo
descarta 59% de seu lixo por esse processo e para os lixões seguem 23%. Além dos aterros sanitários
existem outros processos na destinação do lixo, como, por exemplo, as usinas de compostagem, os
incineradores e a reciclagem.

4. – VIGILÂNCIA NUTRICIONAL E DE ALIMENTOS

"A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde,
possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de
vida e cidadania. No plano individual e em escala coletiva, esses atributos estão consignados na
Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada há 50 anos, os quais foram posteriormente
reafirmados no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966) e incorporados à
legislação nacional em 1992."

Os riscos nutricionais, de diferentes categorias e magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde
a concepção até a senectude, assumindo diversas configurações epidemiológicas em função do processo
saúde/doença de cada população.

Para o monitoramento da situação alimentar e nutricional, é utilizado o Sistema de Vigilância Alimentar e


Nutricional (SISVAN). Este sistema no Estado da Bahia está sendo ampliado e aperfeiçoado, de modo a
agilizar os seus procedimentos e a estender sua cobertura a todos os municípios. Após essa reformulação a
atuação do SISVAN compreenderá a descrição contínua e a predição de tendências das condições de
alimentação e nutrição da população, bem como de seus fatores determinantes.

No monitoramento da situação alimentar e nutricional, o SISVAN no Estado da Bahia deverá concentrar sua
atenção na gestante e no crescimento e desenvolvimento das crianças, servindo de eixo para todo trabalho
empreendido na rede de serviços, de forma especial na atenção básica de saúde, inclusive considerando o
compromisso de sua universalização.

Até o segundo semestre de 2000, o SISVAN encontrava-se implantado em 412 municípios, em relação ao
acompanhamento nutricional, com dados obtidos através do cartão da criança e cartão da gestante, com
uma cobertura de 99,3%. Destes, 347 (84,2%) encaminharam informações antropométricas de Crianças de
0 a 59 meses e 268 (65,0%) de Gestantes.

4.1 – Produção de alimentos

É o setor responsável pela produção de alguns dos alimentos consumidos pelos animais do Zôo Brasília,
dos quais alguns não podem ser encontrados no comércio ou seriam muito caros para serem adquiridos.

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Produção Vegetal: Além de suprir as necessidades nutricionais dos herbívoros e onívoros mantidos em
exposição, dispomos também de uma horta para o cultivo de plantas medicinais (exposta ao público
visitante, localizada próxima da administração) de uso pela medicina veterinária.

Produção Animal; São os alimentos vivos de origem animal criados no Biotério do Zoológico pela aplicação
das técnicas de manejo e produção de animais, dentre eles os camundongos, coelhos, cobaias, preas,
codornas, moluscos (escargot), insetos (tenébrios), peixes, etc., sempre visando suprir a dieta com proteína
animal viva.

4.2 – Armazenagem, conservação, distribuição e qualidade dos alimentos

Há vários empecilhos que podem impedir a armazenagem e a conservação dos alimentos.


Venda de alimentos Os agricultores podem vender uma grande parte ou todos os alimentos que produzem
imediatamente porque:
 Eles podem precisar de dinheiro urgentemente – por exemplo, para pagar taxas escolares,
impostos, empréstimos, um casamento.
 Eles não têm boas áreas de armazenagem e sabem que perderão muitos alimentos se os
armazenarem.
Após a colheita, no entanto, os preços dos alimentos geralmente são baixos porque muitos agricultores
vendem ao mesmo tempo. Mais tarde durante o ano, os preços geralmente sobem.
Pragas ou bolor Muitos alimentos podem ser perdidos ou estragados durante a armazenagem devido ao
bolor, insetos, ratos e camundongos porque:
 Os métodos de armazenagem são ruins.
 Os alimentos não são bem secos antes de serem armazenados.
Falta de equipamentos ou de conhecimentos Muitos alimentos podem ser perdidos, porque as famílias
não têm o equipamento certo para conservar alimentos, ou porque elas não sabem quais os melhores
métodos para conservá-los – especialmente os cultivos mais novos, para os quais não há uma tradição de
conservação em suas culturas.
Como fazer melhorias
Há várias maneiras de ajudar as pessoas. Por exemplo:
 Mostrar às famílias como lidar com os alimentos colhidos e melhorar as áreas e os métodos de
armazenagem de alimentos. É especialmente importante assegurar-se de que as pessoas sequem
os cereais, raízes e legumes adequadamente e que elas usem produtos químicos de maneira
segura.
 Desenvolvendo, melhorando ou incentivando métodos simples de conservação de alimentos – tais
como secar vegetais ou coalhar leite ou mingau de aveia.
 Demonstrando melhores métodos para a conservação de peixes e desenvolvendo melhores
transportes e instalações para a armazenagem de peixes.
Informações adaptadas da publicação Nutrition for Developing Countries, de autoria de Felicity Savage King
e Ann Burgess (veja Recursos).

4.3 – Condições Nutricionais da População

Um dos problemas que a população brasileira enfrenta é a má qualidade nutricional, principalmente se


tratando das crianças.

Os altos índices de mortalidade infantil, é consequência dos baixos índices de nutrição. Isso reflete na parte
da educação da criança, pois crianças desnutridas passam por muitas dificuldades na hora da
aprendizagem. Este problema reflete também no desenvolvimento da criança.

Com todos esses problemas, o Brasil criou alguns projetos de programas nutricionais para famílias de baixa
renda.

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Foram feitas duas pesquisas no Brasil para saber quais as condições nutricionais da população. Essas
pesquisas foram feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de geografia e Estatística).

As duas pesquisas mostram que os níveis de desnutrição reduziram mais de 33%.

As crianças do nordeste com menos de 5 anos apresentam um nível de desnutrição de aproximadamente


45%, já o sudeste apresenta aproximadamente 20%.

Esses projetos criados pelo Brasil ajudaram muito a diminuir a taxa de desnutrição no país. É muito
importante ressaltar que a educação alimentar das famílias é caracterizada como pobre, sendo assim muita
quantidade e pouco nutriente necessário para uma alimentação saudável.

4.4 – Enfermidades causadas por alimentos.

O que é? Doenças transmitidas por alimentos são causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas
contaminadas com patógenos, em quantidades que afetam a saúde do consumidor. Além destes
patógenos, estas doenças também podem ser causadas por produtos químicos venenosos e outras
substâncias nocivas.

Qual o microrganismo envolvido? No Brasil, a maioria das doenças transmitidas por alimentos são
causadas pela Salmonella, Escherichia coli patogênica e Clostridium perfringens, pelas toxinas
do Staphylococcus aureus eBacillus cereus.

Quais os sintomas? Os sintomas mais comuns para as doenças transmitidas por alimentos são falta de
apetite, náuseas, vômitos, diarréia, dores abdominais e febre (dependendo do agente etiológico). Podem
ocorrer também afecções extra-intestinais em diferentes órgãos e sistemas como no fígado (Hepatite A),
terminações nervosas periféricas (Botulismo), má formação congênita (Toxoplasmose) dentre outros.

Como se transmite? As pessoas adoecem após ingerir água ou alimentos contaminados.

Como tratar? As doenças que causam diarréia e vômitos podem levar à desidratação, caso o paciente
perca mais fluidos corporais e sais minerais (eletrólitos) do que a quantidade ingerida. A reposição destes
fluidos e eletrólitos é extremamente importante para evitar a desidratação. Quando a diarréia é aguda, deve-
se ingerir sal de reidratação oral, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, ou outras
soluções de reidratação oral. As bebidas esportivas não compensam corretamente as perdas de fluidos e
eletrólitos e não devem ser utilizadas para tratamento de doença diarréica.

Como se prevenir? As recomendações que seguem são de aplicação geral, tanto para os alimentos
comprados de vendedores de rua em postos fixos ou ambulantes, como também para os hotéis ou
restaurantes bem conceituados:

• Lave as mãos regularmente:


- antes, durante e após a preparação dos alimentos;
- ao manusear objetos sujos;
- depois de tocar em animais;
- depois de ir ao banheiro ou após a troca de fraldas;
- antes da amamentação;
- entre outras situações.
• Assegure-se que o alimento servido esteja bem cozido e quente (aproximadamente 60ºC);
• Selecione alimentos frescos com boa aparência, e antes do consumo os mesmos devem ser lavados e
desinfetados;
• Não coma alimentos crus, com exceção das frutas e verduras que podem ser descascadas, cujas cascas
estejam íntegras;
• Para desinfecção, os alimentos crus como frutas, legumes e verduras devem ser mergulhados durante 30
minutos em uma solução preparada com 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de
água tratada;
• Lave e desinfete todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
• Alimentos prontos que serão consumidos posteriormente devem ser armazenados sob refrigeração
(abaixo de 5°C) e aquecidos no momento do consumo (centro do produto 72°C);
• Não coma alimentos que tenham estado em temperatura ambiente por mais de quatro horas, isso
representa um dos maiores riscos de ter uma DTA;

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• Reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los;
• Compre alimentos seguros verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas
(aparência, consistência, odor). Não compre alimentos sem etiqueta que identifique o produtor;
• Os pescados e mariscos de certas espécies, e em alguns países em particular, podem estar contaminados
com toxinas que permanecem ativas, apesar de uma boa cocção. Solicite orientação aos moradores do
lugar;
• Consumir leite pasteurizado, esterilizado (UHT) ou fervido. Não beba leite nem seus derivados crus;
• Sorvetes de procedência duvidosa são de risco. Evite-os!
• Evite preparações culinárias que contém ovos crus (Ex. gemada, ovo frito mole, maionese caseira);
• Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (saladas, carnes, dentre outros);
• Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos;
• Evitar comidas vendidas por ambulantes;
• Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;
• Não tomar banho/nadar em rios, lagos, piscinas com água contaminada; evitar praias poluídas
• Beber água e/ou gelo apenas de procedência conhecida;
• Quando estiver em dúvida quanto à potabilidade da água de beber, ferva ou trate a água com produtos
específicos que podem ser obtidos em farmácias;
• A água também pode ser tratada com hipoclorito de sódio a 2,5%. Coloque 2 gotasem 1 litro de água e
aguarde por 30 minutos antes de consumir.
• Cuidado para não comprar soluções comerciais com hipoclorito de sódio 2,5% que também tenham
alvejantes na composição.

5 – CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE E DE USO COLETIVO

Consideram-se estabelecimentos de assistência à saúde ou estabelecimentos prestadores de serviços de


saúde, empresas e/ou instituições públicas ou privadas, que tenham por finalidade a promoção, proteção,
recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo ou prevenção da doença, tais como: hospitais, clínicas e
consultórios de qualquer natureza, ambulatórios, laboratórios, bancos de sangue, de órgãos, de leite e
congêneres, acupuntura, veículos para transporte e pronto atendimento de pacientes e postos de saúde,
dentre outros.

Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde devem ter responsável técnico, de acordo com a
legislação sanitária, ainda que mantenham serviços conveniados, terceirizados ou profissionais autônomos.

A Secretaria de Saúde pode estabelecer, complementarmente as normas federais, através de normas


técnicas específicas, os padrões de programação físico-funcional e padrões de dimensionamento e
quantificação dos ambientes dos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, somente podem ser instalados e funcionar desde
que possuam todas as dependências necessárias ao seu funcionamento e que tenham, após inspeções,
cumpridas todas as exigências da legislação vigente.

A Qualidade na prestação de serviços ofertados à população, bem como a segurança ao profissional,


paciente e público, nos serviços de radioterapia e medicina nuclear, será medida através da atualização
tecnológica e tempo de uso dos equipamentos, além da infra-estrutura apresentada.

A Secretaria de Saúde pode estabelecer, complementarmente as normas federais, através de normas


técnicas específicas, os padrões de programação físico-funcional e padrões de dimensionamento e
quantificação dos ambientes dos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, somente podem ser instalados e funcionar desde
que possuam todas as dependências necessárias ao seu funcionamento e que tenham, após inspeções,
cumpridas todas as exigências da legislação vigente.

A Qualidade na prestação de serviços ofertados à população, bem como a segurança ao profissional,


paciente e público, nos serviços de radioterapia e medicina nuclear, será medida através da atualização
tecnológica e tempo de uso dos equipamentos, além da infra-estrutura apresentada.

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6 – SAÚDE DO TRABALHADOR

Em vigor desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde visa à redução
dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção,
reabilitação e vigilância na área de saúde.

Suas diretrizes, descritas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005, compreendem a atenção integral à
saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador,
o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na
gestão dessas ações.

A Renast, regulamentada pela Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de 2009, é uma das estratégias
para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores. Ela é composta por Centros Estaduais e
Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) - ao todo, até novembro de 2009, 178 unidades
espalhadas por todo o País - e por uma rede de 1.000 serviços sentinela de média e alta complexidade
capaz de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).
Os Cerest recebem recursos financeiros do Fundo Nacional da Saúde, de R$ 30 mil para serviços regionais
e R$ 40 mil para as unidades estaduais, para realizar ações de promoção, prevenção, vigilância, assistência
e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e
do tipo de inserção no mercado de trabalho.

Além disso, em esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de ação integrada
com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a Política Nacional sobre Saúde e
Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem:
I - Ampliação das ações, visando a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção
e proteção da saúde;
II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do
trabalhador;
III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação;
IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador;
V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à
capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política;
VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador.

6.1 – Equipamentos de segurança


Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são insumos necessários à segurança do trabalhador durante a
aplicação de inseticidas. A indicação do tipo de EPI leva em consideração os riscos inerentes a cada uma
das atividades desenvolvidas.
As especifcações técnicas completas dos diversos EPI, são apresentadas a seguir

1. Máscara semi-facial
Indicada durante a preparação da calda e durante as aplicações de inseticidas residuais. Deve também ser
utilizada durante o manuseio de caixas de temephós e a colocação do produto em frasco. Não é necessário
o uso do equipamento durante a aplicação do larvicida.

2. Máscara facial completa


Indicada para uso durante a preparação da calda e nas aplicações de inseticidas espaciais (UBV e
termonebulizações).

3. Luva nitrílica
Esse tipo de luva deve ser utilizado durante qualquer atividade que envolva o manuseio de inseticidas
(preparação de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicação residual/espacial). Não é necessário o
uso de luvas durante a aplicação de larvicidas.

4. Capacete de aba larga


Esse tipo de capacete deve ser utilizado durante qualquer atividade que envolva o manuseio de inseticidas
(preparação de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicação residual/espacial). Esse equipamento
poderá ser substituído pela touca árabe, que fornece uma proteção maior.

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5. Protetor auricular
O protetor auricular é indicado para uso durante o manuseio de equipamentos motorizados, no momento de
regulagens ou na aplicação de produtos.

6. Óculos de Segurança
Esse equipamento deve ser utilizado durante o manuseio de
inseticidas, durante a preparação de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicação de inseticidas
(residual/espacial).

7. Avental impermeável
O avental impermeável deve ser utilizado apenas durante a preparação de caldas e o abastecimento de
equipamentos.

8. Calças de brim
Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva ações de controle vetorial. Devem ser fornecidas
em quantidade sufciente para permitir que o trabalhador use sempre uma peça
limpa diariamente.

9. Camisas de brim
Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva ações de controle vetorial. Devem ser fornecidas
em quantidade sufciente para permitir que o trabalhador use sempre uma peça limpa diariamente.

10. Calçados de segurança


Devem ser utilizados em qualquer atividade que envolva ações de controle vetorial. Devem ser fornecidas
duas trocas anuais, o sufciente para permitir que o trabalhador use sempre uma peça
limpa diariamente.

6.2 – Situações de Risco

A situação epidemiológica das doenças transmissíveis tem apresentado mudanças significativas,


observadas através dos padrões de morbimortalidade em todo o mundo. Este grupo de doenças continua a
oferecer desafios aos programas de prevenção, com a introdução de novas doenças, a exemplo da AIDS,
ou de agentes que sofrem modificações genéticas e se disseminam rapidamente através das populações de
países e continentes, a exemplo da atual pandemia produzida pelo vírus da Influenza A(H1N1). Doenças
“antigas”, como a Cólera e a Dengue, ressurgiram e endemias importantes, como a Tuberculose e as
meningites persistem, fazendo com que esse grupo de doenças continuem representando um importante
problema de saúde pública, inclusive em países desenvolvidos. Esse cenário reflete as transformações
sociais ocorridas a partir da década de setenta, caracterizadas pela urbanização acelerada, migração,
alterações ambientais e facilidades de comunicação entre continentes, países e regiões, entre outros
fatores que contribuíram para o delineamento do atual perfil epidemiológico das doenças transmissíveis em
todo o mundo.

No Brasil, os diversos estudos sobre a situação de saúde da população apontam para a ocorrência, no final
do século XX, de declínio nas taxas de mortalidade devido às Doenças Infecciosas e Parasitárias/DIP e, em
especial, às Doenças Transmissíveis, para as quais se dispõe de medidas de prevenção e controle. Por
outro lado, embora a tendência verificada para a morbidade por esse grupo de causas seja igualmente
decrescente, este declínio não apresenta a mesma intensidade observada na mortalidade. Por exemplo, a
mortalidade por DIP, em 1930, era responsável por 45,7% de todos os óbitos do país. Em 1980, esse
percentual era de 9,3% e, no ano de 2006, já se encontrava em 4,9%, enquanto sua taxa de mortalidade
cujo valor era de 59,3/100 000 em 1990, reduziu para 48,8/100 000 habitantes em 2006. Por sua vez, as
internações por esse grupo de doenças, entre 1980 e 1990, contribuíam com cerca de 10% do total de
internações no país e, no período de 2000 a 2007, ainda se mantinham em torno de 8,4%. Nas regiões
Norte (13,6%) e Nordeste (11,9%), os valores são ainda mais elevados.

É consenso que a situação das Doenças Transmissíveis no Brasil, no período compreendido entre o início
dos anos de 1980 até o presente momento, corresponde a um quadro complexo que pode ser resumido em
três grandes tendências: doenças transmissíveis com tendência declinante; doenças transmissíveis com
quadro de persistência e doenças transmissíveis emergentes e reemergentes.

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7 – SAÚDE PÚBLICA

Medicina conceitua a doença , reduzindo-a ao plano fenomênico e individualizado da causalidade


etiológica. Essa recorre aos métodos empírico-analíticos (estrutural-funcionalistas), popperiano ou
fenomenológico, e admite possibilidades de melhoras pontuais e graduais capazes de ser descritas
(enquanto patologia) e/ ou quantificadas (avaliação da eficácia terapêutica).

A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas
distintas formas de organização social e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a
aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde,
atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de
doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. Não deve ser
confundida com o conceito mais amplo de saúde coletiva.

Evolução do conceito

Uma das mais citadas definições de Saúde Pública foi apresentada por Edward Amory (1877–1957), nos
EUA, 1920 . Assim, foi realizada.

"A arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência física e mental
mediante o esforço organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do meio, o controle
das infecções, a educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a organização de
serviços médicos e de [enfermagem] para o diagnóstico precoce e pronto tratamento das doenças e o
desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida
adequado à manutenção da saúde".

A persistência do uso dessa definição é reforçada pela ampla difusão da definição de saúde
da Organização Mundial de Saúde - organização internacional que propôs a realização das Conferências
Mundiais de Saúde com integração de todos os países na persistente busca do completo bem-estar físico,
psíquico e social.

O estudo da Saúde Pública no Brasil necessariamente passa por uma série de nomes e instituições
como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, o Instituto Manguinhos ou Vital Brazil, o Instituto Butantã, Adolfo
Lutz e o instituto que leva o seu nome. Instituições que se mantêm até hoje como ilhas de competência do
poder público na construção de um sistema de saúde de natureza pública e equitativo, no Brasil, o SUS -
Sistema Único de Saúde, capaz de dar conta das ações de saúde tanto no âmbito da atenção primária e da
promoção da saúde como nas ações curativas e necessárias à reabilitação (níveis secundário e terciário da
atenção em saúde).

Saúde Coletiva
O objeto de investigação e práticas da Saúde Coletiva compreende as seguintes dimensões:
1. O estado de saúde da população ou condições de saúde de grupos populacionais específicos e
tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, sócio-econômico e cultural;
2. Os serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis de complexidade (do posto de
saúde ao hospital especializado), abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, a formulação e
implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos, programas e tecnologias utilizada
na atenção à saúde;
3. O saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas, antropológicas e
epistemológicas sobre a produção de conhecimentos nesse campo e sobre as relações entre o saber
"científico" e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições, crenças e cultura
de modo geral.

Uma sucessão de conceitos e práticas


Segundo Paim, 2005, "A Saúde Coletiva, latino-americana foi composta a partir da crítica à Medicina
Preventiva, à Medicina Comunitária, à Medicina da Família, desenvolveu-se a partir da Medicina Social
do Século XIX e pela saúde pública institucionalizada nos serviços de saúde e academia. Envolve um
conjunto de práticas técnicas, ideológicas, políticas e econômicas desenvolvidas no âmbito acadêmico, nas
organizações de saúde e em instituições de pesquisa vinculadas a diferentes correntes de pensamento
resultantes de projetos de reforma em saúde."

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Ainda de acordo com esse Professor do Instituto de Saúde Coletiva da UFBa - Universidade Federal da
Bahia, ao longo da história da medicina cosmopolita, o campo social da saúde tem sido atravessado por um
conjunto de movimentos ideológicos tais como: Polícia Médica; Higiene; Saúde Pública; Medicina Social;
Medicina Preventiva; Saúde Comunitária; Saúde Coletiva; Medicina Familiar entre outros. Tais movimentos
constituem-se como lutas teórico-paradigmáticas, políticas e ideológicas com repercussões enquanto
campo do saber e de práticas.

Medicina Social
"Identificam-se três etapas para consolidação da medicina social, inclusive como disciplina do curso de
formação médica: a Polícia Médica, especialmente desenvolvida na Alemanha no início do século XVIII a
fim de prover o Estado sobre os índices de saúde da população alemã, a Medicina das Cidades ou
Medicina Urbana, que tem como objetivo controlar os fatores nocivos à saúde da população urbana que
estavam associados às grandes epidemias, evidenciada na França, e, por fim, a Medicina da Força de
Trabalho, consolidada no sanitarismo inglês, que objetiva manter a sua força trabalhadora plenamente
apta." (Foucault, Microfísica do Poder).

Observe-se porém que as preocupações com o isolamento de doentes e assistência aos pobres confunde-
se com os princípios da caridade e assistencialismo pregado pelos cristãos emuçulmanos, a exemplo das
discussões sobre a remuneração dos serviços médicos associada à prática de Cosme e Damião (na Síria
de hoje, por volta do ano 300), a assistência médica prestada aos escravos e soldados romanos ou ao
nascimento das Santas Casas de Misericórdia em Portugal (1000) e hospitais religiosos.

História da saúde pública no Brasil

No início, "não havia nada" considerando-se o que poderia ter sido feito. A saúde no Brasil praticamente
inexistiu nos tempos de colônia. O modelo exploratório nem pensava nessas coisas. Opajé, com
suas ervas e cantos, a medicina dos jesuítas e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as
únicas formas de assistência à saúde. Para se ter uma ideia, em 1789, havia no Rio de Janeiro apenas
quatro médicos.

Além das enfermarias de cuidados dos jesuítas a únicas instituições que podemos destacar no vazio
assistencial desse período é a criação das Santas Casas de Misericórdia. É controversa a data de criação
da primeira Santa Casa no Brasil, para alguns autores teria sido a do porto de Santos fundada por Brás
Cubas (1507-1592) em 1543 para outros teria sido a da Bahia ou de Olinda.
Entre as descrições das patologias e medicamentos utilizados no Brasil Colônia destaca-se as contribuições
do médico naturalista Guilherme Piso (1611-1678), que participou, como médico, de uma expedição nos
anos 1637 - 1644 para o Brasil, com patrocínio do conde Maurício de Nassau (1604-1679) que administrou
a conquista holandesa do nordeste do país entre 1637 e 1644. Observe-se a continuidade da catalogação
de espécies de uso medicinal, já iniciada pelos jesuítas e outros viajantes, comparando o uso das espécies
nativas às já conhecidas na farmacopeia europeia.
Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação das duas
primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de
Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas medidas governamentais até
a República.
Foi no primeiro governo de Rodrigues Alves (1902-1906) que houve a primeira medida sanitarista no país.
O Rio de Janeiro não tinha nenhum saneamento básico e, assim, várias doenças graves
como varíola, malária, febre amarela e até a peste bubônica espalhavam-se facilmente. O presidente então
nomeou o médico Oswaldo Cruz para dar um jeito no problema. Numa ação policialesca, o sanitarista
convocou 1.500 pessoas para ações que invadiam as casas, queimavam roupas e colchões. Sem nenhum
tipo de ação educativa, a população foi ficando cada vez mais indignada. E o auge do conflito foi a
instituição de uma vacinação anti-varíola. A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina. Oswaldo
Cruz acabou afastado.

Da "revolta da vacina" ao Ministério da Saúde


[3]
A forma como foi feita a campanha da vacina revoltou do mais simples ao mais intelectualizado. Veja-
[4]
se o que Rui Barbosa disse sobre a imposição à vacina: "Não tem nome, na categoria dos crimes do
poder, a temeridade, a violência, a tirania a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente,
obstinadamente, a me envenenar, com a introdução no meu sangue de um vírus sobre cuja influência
existem os mais bem fundados receios de que seja condutor da moléstia ou da morte."

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Agente de Endemias – Campo Formoso, Bahia
Apesar do fim conflituoso, o sanitarista conseguiu resolver parte dos problemas e colher muitas informações
que ajudaram seu sucessor, Carlos Chagas, a estruturar uma campanha rotineira de ação e educação
sanitária.
Pouco foi feito em relação à saúde depois desse período, apenas com a chegada dos imigrantes europeus,
que formaram a primeira massa de operários do Brasil, começou-se a discutir, obviamente com fortes
formas de pressão como greves e manifestações, um modelo de assistência médica para a população
pobre. Assim, em 1923, surge a lei Elói Chaves, criando as Caixas de Aposentadoria e Pensão. Essas
instituições eram mantidas pelas empresas que passaram a oferecer esses serviços aos seus funcionários.
A União não participava das caixas. A primeira delas foi a dos ferroviários. Elas tinham entre suas
atribuições, além da assistência médica ao funcionário e a família, concessão de preços especiais para
os medicamentos, aposentadorias epensões para os herdeiros. Detalhe: essas caixas só valiam para os
funcionários urbanos.

Esse modelo começa a mudar a partir da Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas tomou o poder. É
criado o Ministério da Educação e Saúde e as caixas são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e
Pensões (IAPs), que, por causa do modelo sindicalista de Vargas, passam a ser dirigidos por entidades
sindicais e não mais por empresas como as antigas caixas. Suas atribuições são muito semelhantes às das
caixas, prevendo assistência médica. O primeiro IAP foi o dos marítimos. A União continuou se eximindo do
financiamento do modelo, que era gerido pela contribuição sindical, instituída no período getulista.

Quanto ao ministério, ele tomou medidas sanitaristas como a criação de órgãos de combate a endemias e
normativos para ações sanitaristas. Vinculando saúde e educação, o ministério acabou priorizando o último
item e a saúde continuou com investimentos irrisórios.

Dos anos 40 a 1964, início da ditadura militar no Brasil, uma das discussões sobre saúde pública brasileira
se baseou na unificação dos IAPs como forma de tornar o sistema mais abrangente. É de 1960 a Lei
Orgânica da Previdência Social, que unificava os IAPs em um regime único para todos os trabalhadores
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que excluía trabalhadores rurais, empregados
domésticos e funcionários públicos. É a primeira vez que, além da contribuição dos trabalhadores e das
empresas, definia-se efetivamente uma contribuição do Erário Público. Mas tais medidas foram ficando no
papel.

A efetivação dessas propostas só aconteceu em 1967, pelas mãos dos militares, com a unificação de IAPs
e a consequente criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Surgiu então uma demanda
muito maior que a oferta. A solução encontrada pelo governo foi pagar a rede privada pelos serviços
prestados à população. Mais complexa, a estrutura foi se modificando e acabou por criar o Instituto Nacional
de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) em 1978, que ajudou nesse trabalho de
intermediação dos repasses para iniciativa privada.

Em 1972, surge a primeira entidade de representação dos sanitaristas brasileiros, a Associação Paulista de
Saúde Pública.

Um pouco depois, em 1974, os militares já haviam criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento


Social (FAS), que ajudou a remodelar e ampliar a rede privada de hospitais, por meio de empréstimos
com juros subsidiados. Toda essa política acabou proporcionando um verdadeiro boom na rede privada.
De 1969 a 1984, o número de leitos privados cresceu cerca de 500%. De 74.543 em 1969 para 348.255 em
1984. Como pode-se ver, o modelo criado pelo regime militar era pautado pelo pensamento da medicina
curativa. Poucas medidas de prevenção e sanitaristasforam tomadas. A mais importante foi a criação da
Superintendência de Campanhas da Saúde Pública (Sucam).

Durante a transição democrática, finalmente a saúde pública passa a ter um fiscalização da sociedade.
Em 1981, ainda sob a égide dos militares, é criado o Conselho Consultivo de Administração da Saúde
Previdenciária (CONASP). Com o fim do regime militar, surgem outros órgãos que incluem a participação da
sociedade civil como o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho
Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

Se, de um lado, a sociedade civil começou a ser mais ouvida, do outro, o sistema privado de saúde, que
havia se beneficiado da política anterior, teve que arranjar outras alternativas. É nesse período que se cria e
se fortalece o subsistema de atenção médico-suplementar. Em outras palavras, começa a era
dos convênios médicos. Surgem cinco modalidades diferentes de assistência médica suplementar: medicina
de grupo, cooperativas médicas, autogestão, seguro-saúde e plano de administração.

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Agente de Endemias – Campo Formoso, Bahia

A classe média, principal alvo desses grupos, adere rapidamente, respondendo contra as falhas da saúde
pública. O crescimento dos planos é vertiginoso. Em 1989, já contabilizam mais de 31 mil brasileiros, ou
22% da população, faturando US$ 2,4 bilhões.
Ao lado dessas mudanças, os constituintes da transição democrática começaram a criar um novo sistema
de saúde, que mudou os parâmetros da saúde pública no Brasil, o SUS.
No campo, fora dos hospitais
O trabalhador rural ficou por séculos excluído de qualquer auxílio sistemático à saúde. Somente em 1963 foi
criado o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), que começa a prever aposentadoria e
assistência médica. Tal negligência é historicamente explicada. Na criação das caixas de assistência, a elite
cafeicultora e canavieira pressionou para que a novidade fosse limitada aos centros urbanos. Além disso, a
mobilização social no interior sempre sofreu revezes com a falta de articulação. Com a criação do SUS, eles
foram finalmente incluídos como cidadãos no sistema de saúde. Mas, como você poderá ver na página
sobre os problemas regionais do sistema, os trabalhadores rurais ainda recebem tratamento à margem dos
centros urbanos pois um dos grandes desafios do atual sistema (SUS) é a extensão territorial do país que
resulta em áreas desassistidas (baixa cobertura) apesar dos esforços para regionalização e atendimento à
populações com características específicas (quilombolas e indígenas). O modelo de atenção dos médicos
de pés descalços desenvolvido na populosa China continental é uma importante referência.

7.1 – Notificações Compulsórias

Notificação é a comunicação de ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade


sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção
pertinentes.

A notificação pode ser feita por qualquer indivíduo, ainda que seja uma obrigação médica e que mais
freqüentemente seja feita por profissional de saúde não médico.

Toda informação que chegue a Unidade de Saúde, qualquer que seja a fonte (colegas de escola, trabalho,
vizinhos, associação de moradores, imprensa, familiares etc) será valorizada e investigada para adoção de
medidas de intervenção pertinentes.

A notificação de uma situação anormal sempre deve ser feita, mesmo não sendo de doença ou agravo de
notificação compulsória, pois muitas vezes permite identificar novos agravos (doenças emergentes ou
reemergentes) e divulgar orientações importantes aos profissionais médicos, não médicos e a população.
Um exemplo foi a hipertermia em idosos ocorrida no verão de 1998.

As informações de toda a cidade são consolidadas na Gerência de Vigilância Epidemiológica, que tem por
obrigação disponibiliza-las para os profissionais de saúde e toda população.

Em alguns casos, como na vigilância das paralisias flácidas e do sarampo, é necessário notificar a não
ocorrência da doença - Notificação Negativa.

Todas as ações preventivas e de controle são norteadas pelas notificações feitas. O conhecimento do perfil
de morbidade, as estatísticas de saúde de uma cidade vão se tornando confiáveis na medida que o Sistema
de Vigilância Epidemiológica se torna conhecido e prestigiado por todo seguimento do setor saúde, seja ele
público ou privado.

A notificação deve ser feita quando da suspeita da doença. NÃO É NECESSÁRIO AGUARDAR A
CONFIRMAÇÃO PARA NOTIFICAR.

As doenças e agravos de notificação de 24 horas, devem ser feitos por telefone porque estas exigem
execução de ações de controle rápidas (ex: vacinação de bloqueio no sarampo ou quimioprofilaxia na
meningite).

Os agravos de notificação semanal devem ser enviados ao Centro de Saúde mais próximo (vide endereços
anexo), a notificação dos agravos de notificação de 24h deve ser feita por telefone. O instrumento utilizado
é a ficha de notificação de agravos do SINAN.

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Agente de Endemias – Campo Formoso, Bahia
Lista das Doenças de Notificação
Notificação 24horas
Acidente de trabalho, cólera, dengue com manifestações hemorrágicas, neurológicas ou choque,
difteria, doença meningocócica e outras meningites, febre amarela, febre tifoide, peste, poliomielite e
todas as paralisias agudas e flácidas em menores de 15 anos, raiva humana, rubéola e síndrome da
rubéola congênita, sarampo,toxicoinfecções alimentares, intoxicações por agrotóxicos e outras intoxicações
exógenas, óbito materno decorrente de gestação, período perinatal e puerpério.
Notificação Semanal
Clamidia, coqueluche, dengue, dermatoses ocupacionais, doença de chagas, doenças hiperbáricas,
diarréias agudas em menores de 5 anos, esquistossomose mansônica, febres purpuricas ou hemorrágicas
de qualquer etiologia, filariose, gonoccias, hanseníase, hepatites infecciosas e tóxicas, herpes genital,
leishimanioses tegumentar e visceral, leptospirose, linfogranuloma venéreo, malária, oncocercose,
papilomavirus humana, parotidite epidêmica, pneumoconioses, sífilis( congênita, primária, secundária e
terciária ), sida/AIDS, surdez de origem ocupacional e neonatal, tétano acidental e neonatal, tuberculose
pulmonar e extrapulmonar,

Conforme os dados obtidos do SIM, ao comparar as tabelas, abaixo, referentes aos anos de 2002 e 2003,
pôde-se observar que as doenças mais notificadas foram, respectivamente, tuberculose, chagas e
meningite. Nota-se uma maior notificação do sexo masculino, e uma pequena diminuição das notificações
do sexo feminino no ano de 2003. Portanto, pode-se afirmar que houve um aumento do total de casos
notificados de um ano para o outro.

7.2 – IMUNIZAÇÃO ATIVA X PASSIVA

A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune da criança, ao entrar em contato com uma
substância estranha ao organismo, responde produzindo HU anticorpos UH e células imunes (linfócitos T).
Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de se
adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a HU vacinação UH.

A imunização passiva é obtida pela transferência à criança de anticorpos produzidos por um animal ou
outro homem. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que, contudo, é temporária,
durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o tipo mais comum de
imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para o feto através da
placenta. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de gestação, de modo a conferir
uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida. A imunidade passiva artificial pode ser
adquirida sob três formas principais: a HU imunoglobulina humana combinada UH, a HU imunoglobulina
humana hiperimuneUH e o HUsoro heterólogoUH. A transfusão de sangue é uma outra forma de se adquirir
imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos sanguíneos (i.e. sangue total, plasma,
concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, etc) contêm anticorpos.

7.3. Visitação domiciliar

O Serviço de Vigilância Epidemiológica, durante todo o ano trabalha através de visitas domiciliares e
inspeções em terrenos baldios cuidando para eliminação de focos de dengue, coleta de larvas em
recipientes acumuladores de água e tratamento com larvicida em depósitos sem condições de
eliminação.Nossos agentes de endemias desenvolvem diariamente um trabalho educativo, mobilizando a
população para que, em suas próprias residências eliminem as condições favoráveis ao desenvolvimento
do mosquito!Chagas: A epidemiologia também tem realizado um trabalho minucioso referente ao controle
da doença de chagas; várias localidades do município recebem a visita do agente, que reconhece
geograficamente toda zona rural do município assim desenvolvendo um trabalho de pesquisa, para a
identificação, captura e borrifação quando encontrado o barbeiro.

7.4 – Inquéritos epidemiológicos

Conceito de Epidemiologia – é a ciência da saúde coletiva que estuda a relação de causa-efeito, ou causa-
doença. Para este fim existem diversos tipos de estudos epidemiológicos de uma população, cada estudo é
indicado para um tipo de hipótese levantada pelo pesquisador. As hipóteses podem ser, entre outras,
relação entre exposição ao fator de risco e a doença, ou doença sobre óbitos, ou também a eficácia de
determinado medicamento para uma determinada doença.

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Conceito sobre Inquérito epidemiológico – É o Levantamento epidemiológico feito por meio de coleta
ocasional de dados, quase sempre por amostragem, e que fornece dados sobre a prevalência de casos
clínicos ou portadores, em uma determinada comunidade.

7.5 – Busca Ativa

A Busca Ativa consiste na localização imediata do recém-nascido com suspeita das doenças Fenilcetonúria,
Hipotireoidismo Congênito, Doença Falciforme e Aminoacidopatias. O objetivo é trazer esta criança em
tempo hábil para a confirmação diagnóstica, introdução do tratamento dos casos confirmados, possibilitando
a prevenção das possíveis complicações.

Este serviço é realizado pela equipe do Serviço Social que utiliza procedimentos específicos para cada
doença e de acordo com a procedência do recém-nascido.

7.6 – Controle De Zoonoses

Trabalha na prevenção, controle e diagnóstico das zoonoses urbanas como: Dengue, Raiva, Leishmaniose
e Leptospirose. Está subdividida em divisões como:

1- controle de roedores;
2- controle da profilaxia da raiva;
3- controle de vetores;
4- laboratórios

Ações de proteção animal como vacinação e castração de cães e gatos.


Promove também ações de educação em saúde como a da posse responsável de animais.

REFERÊNCIAS

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de infecção hospitalar. Brasília:
Anvisa; 2009.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fórum de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa; 2009.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Brasília:
Anvisa; 1997.

MINISTÉRIO DA SAÚDE – Manual de Vigilância Epidemiológica – Brasília: 2008

MINISTÉRIO DA SAÚDE – Manual do Agente Comunitário – Brasília: 2008

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