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começa a operar em Lisboa dentro de dias. As suas trotinetes elétricas (serão de 200 a 400)
prometem revolucionar a mobilidade na capital.
Depois do anúncio, que reportámos aqui, de que a Lime estava a recrutar em Lisboa, chega a certeza: a
startup de partilha de bicicletas e trotinetes elétricas (a Portugal só chegam as trotinetes) já está em
fase de testes por cá e começa a operar dentro de alguns dias.
O serviço de partilha de trotinetes elétricas chega cá com o apoio e supervisão do município de Lisboa,
que ajudou a definir não só algumas zonas chamadas “vermelhas”, onde não se pode deixar as
trotinetes e também os chamados hotspots onde as trotinetes estão todas as manhãs. A
Insider/Dinheiro Vivo não obteve a confirmação do executivo camarário, como já falou com
responsáveis da Lime pelo projeto em Portugal.
No total Lisboa vai ter entre 200 a 400 trotinetes, num serviço bastante diferente do que já se vê com as
bicicletas partilhadas da EMEL, Gira, já que estas têm estações físicas para levantar ou deixar os
veículos pela cidade.
Os juicers
O serviço de juicers de que falámos há duas semanas serve para recolher e carregar as baterias das
trotinetes elétricas. Qualquer um se pode inscrever e a ideia é que possa recolher trotinetes, as possa
carregar na sua própria casa e devolva depois pelas 7h da manhã num dos 90 hotspots que vão existir
em Lisboa. Embora elas estejam de manhã nesses hotspots, podem depois ser levadas para qualquer
zona do concelho de Lisboa (onde se pode fechar a viagem). A excepção é a zona do castelo e da baixa
pombalina, considerada zona “vermelha”, onde não se pode fechar reservas nem levantar trotinetes.
A Lime continua a pedir juicers (inscrições neste site). Além de pedir maiores de 18 anos, que tenham ou
mota ou carro (de preferência SUV ou carrinha), o anúncio português diz apenas que se pode ganhar até
150 euros diários. Mas a Lime não é clara como chegar lá nem o tipo de vínculo que é feito, embora
explique que o ‘juicer’ terá de recolher as baterias das Trotinetes, carregá-las na sua casa e ir entregá-las
a uma nova trotinete, num processo que também traz gastos.
Esta é uma das zonas vermelhas, no centro da cidade, onde não será possível fechar ou iniciar viagens.
A startup californiana fundada em janeiro de 2017 tem conseguido muitos milhões em financiamento,
inclusive da Uber e da Google, e tem tido um crescimento exponencial nos EUA e, agora, na Europa.
Começaram com bicicletas normais e elétricas, sem estações, mas mais recentemente têm uma parceria
com a Segway e têm as trotinetes ou scooters elétricas (na app surge a indicação de scooters).
Esta semana a Insider/Dinheiro Vivo também ficou a saber que o Business Operations da startup
portuguesa Uniplaces saiu da empresa para liderar as operações da Lime, que tem já um armazém em
Lisboa para armazenar as trotinetes.
Em breve publicaremos entrevista ao responsável para a Lime em Portugal, sobre a possível expansão a
outras cidades portuguesas (há negociações com Porto, Braga, Aveiro, entre outras). Quem quiser testar
o serviço, as trotinetes da Lime estarão este sábado, na Avenida da Liberdade, na festa de encerramento
da Semana Europeia da Mobilidade.