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05/09/2019

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


CAMPUS DE PARAGOMINAS

PRINCÍPIOS FÍSICOS DE SENSORIAMENTO REMOTO

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Efeitos Atmosféricos

EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Atmosfera Terrestre
 A atmosfera terrestre biologicamente é indispensável a
vida em virtude dos gases que contem e por ser filtro
protetor de radiações solares com alto poder de
penetração, como a radiação ultravioleta, os raios X, etc.
 A atmosfera e constituída por uma mistura gasosa, por
vapor de água e aerossóis.
 Para o sensoriamento remoto, o estudo da atmosfera
terrestre é fundamental, por constituir um meio natural que
interfere tanto na radiação incidente (irradiância) quanto
na parte da radiação que é refletida (radiância) pelos
alvos da superfície que, eventualmente, será coletada
pelos sistemas sensores.

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 A energia eletromagnética ao atravessar atmosfera terrestre


sofre interações com o meio podendo ser Absorvida,
Refletida e Espalhadas.
 Os gases presentes na atmosfera apresentam capacidade
de absorção muito variáveis em relação ao comprimento de
onda da energia solar incidente no sistema terra-atmosfera e
da energia emitida pela superfície terrestre.
 Os principais gases absorvedores da radiação
eletromagnética são vapor d’agua (H2O), oxigênio (O2), ozônio
(O3) e gás carbônico (CO2).

EFEITOS ATMOSFÉRICOS

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Cerca de 70% da energia solar que atinge a superfície da


terra está concentrada na faixa espectral compreendida
entre 0,3 e 0,7 μm, devido a atmosfera absorve muito pouco
nesta região do espectro eletromagnético.

 Também existem regiões no espectro eletromagnético para


os quais a atmosfera é opaca (absorve toda a energia
eletromagnética).

EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Existem regiões do espectro eletromagnético onde a


atmosfera quase não afeta a energia eletromagnética, isto
e, a atmosfera é transparente a energia eletromagnética
proveniente do Sol ou da superfície terrestre.

 Estas regiões são conhecidas como janelas


atmosféricas.

 São nestas regiões onde é realizado o sensoriamento


remoto dos objetos terrestres.

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Janelas Atmosféricas

EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 ESPALHAMENTO
 É um processo físico que resulta da obstrução das ondas
eletromagnéticas, por partículas existentes nas suas
trajetórias, ao penetrarem na atmosfera terrestre.
 CLASSIFICAÇÃO
 De acordo com os tamanhos das partículas, podem
ocorrer três tipos:
 Espalhamento molecular de Rayleigh;

 Espalhamento Mie, e;

 Espalhamento não-seletivo

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 ESPALHAMENTO MOLECULAR DE RAYLEIGH

 Ocorre quando o diâmetro efetivo da matéria é muitas


vezes menor que o comprimento de onda da radiação
eletromagnética incidente.

 É produzido, essencialmente, por moléculas de gases


constituintes da atmosfera.

 Maioria do espalhamento Rayleigh por moléculas de gás


ocorre na atmosfera de 2 a 8 km acima do solo.

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Porque o céu azul?

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

Coloração do céu

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Coloração do sol ao nascer


e ao se por.

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 ESPALHAMENTO MIE

 Ocorre nos 4,5 km inferiores da atmosfera onde podem


estar muitas partículas essencialmente esféricas com
diâmetros aproximadamente iguais ao tamanho do
comprimento de onda da energia incidente.

 Poeira, fumaça e vapor d’agua são as causas comuns


do espalhamento Mie que tende afetar os longos
comprimentos de onda.

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 ESPALHAMENTO NÃO SELETIVO

 Quando o tamanho das partículas na atmosfera deixa de ter


influência no espalhamento, ou seja, ele vai se tornando
independente do comprimento de onda a medida que
aumenta o tamanho das partículas.

 Gotas d’agua e grandes partículas de poeira podem causar


este tipo de espalhamento.

 Este tipo de espalhamento e causado por nevoeiro e/ou


nuvens.

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

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EFEITOS ATMOSFÉRICOS

 Somente 50% da radiação


que deixa o sol chega a
terra.

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL
DOS ALVOS

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INTERAÇÃO REM E ALVO


 O fluxo de energia eletromagnética ao atingir um objeto
(energia incidente) sofre interações com o material que o
compõe, sendo parcialmente refletido, absorvido e transmitido
pelo objeto.

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INTERAÇÃO REM E ALVO

 A capacidade de um objeto absorver, refletir e transmitir a


radiação eletromagnética e denominada, respectivamente,
de absortância, refletância e transmitância.

 O comportamento espectral de um objeto pode ser


definido como sendo o conjunto dos valores sucessivos da
refletância do objeto ao longo do espectro
eletromagnético, também conhecido como a assinatura
espectral do objeto.

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INTERAÇÃO REM E ALVO

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INTERAÇÃO REM E ALVO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 O processo físico que envolve a resposta espectral da


vegetação apresenta-se bastante complexo, e está em função
de fatores de diferentes naturezas.
 Tais fatores podem ser divididos em dois grandes grupos:
 Fatores endógenos e;

 Fatores exógenos da vegetação.

 Fatores Endógenos: relacionam-se aos aspectos


morfológicos, anatômicos e estruturais das folhas;
 Fatores Exógenos: estão ligados aos aspectos quantitativos e
qualitativos da REM incidente sobre a vegetação.

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 FATORES ENDOGENOS
 O estudos de vegetação que envolvendo técnicas de
Sensoriamento Remoto fundamenta-se na compreensão da
aparência de uma determinada cobertura vegetal, levando
em consideração alguns de seus elementos constituintes,
tais como: folhas, galhos, frutos, flores, etc.
 Em estudos de SR, as folhas representam o principal
elemento de análise.
 O comportamento espectral de uma folha está em
função de sua composição, morfologia e estrutura
interna.

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA
VEGETAÇÃO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 REGIÃO DO VISÍVEL
 Na região que vai de 0,4 μm a 0,7 μm, a refletância é
relativamente baixa decorrente da forte absorção da
radiação pelos pigmentos do grupo da clorofila.
 A absorção da energia incidente por esses pigmentos
relacionada ao processo de fotossíntese, ocorre nas bandas
centradas aproximadamente em 0,45 μm (azul) e 0,65 μm
(vermelho), em oposição a um pico de reflectância em torno
de 0,55 μm (verde).
 Por essa razão, a vegetação sadia para o olho humano
aparece em tons de verde.

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 Os pigmentos verdes denominados clorofilas "a" e "b", são os


pigmentos mais importantes no processo fotossintético. No
processo de interação da radiação eletromagnética com a
vegetação, o máximo de atividade fotossintética ocorre no
mesmo comprimento de onda que a de máxima absorção por
clorofila.
 Os pigmentos foliares de importância secundária naquele
processo compreendem os carotenóides (carotenos e
xantofilas) e as antocianinas, nas cores amarela e vermelha,
respectivamente. Tais pigmentos quando aparecem em
concentrações mais significativas imprimem tons amarelados
nas folhas (clorose), como observado para o caso de doenças
ou deficiência mineral.

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 REGIÃO DO INFRAVERMELHO PRÓXIMO


 Para a faixa compreendida entre 0,7 μm a 1,3 μm há um
aumento significativo da reflectância, estando relacionada
a estrutura interna celular da folha. No mesófilo foliar
ocorrem múltiplas reflexões e refrações da radiação
eletromagnética associadas a descontinuidade entre os
índices de refração (IR) dos espaços celulares preenchidos
com ar (IR=1,00) e das paredes celulares hidratadas
(IR=1,42).

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 A alta reflectância observada nessa faixa é muito


importante para que a folha mantenha o equilíbrio no
balanço de energia e não se superaqueça, evitando assim,
a destruição da clorofila.
 Através de medidas espectrais realizadas nas faces inferior
(dorsal) e superior (ventral) de folhas de várias espécies
cultivadas, foi verificado que as superfícies foliares
inferiores tinham valores de reflectância maiores do que os
obtidos para as superfícies superiores. Tais observações
deram indícios que o parênquima lacunoso contribui mais
para o espalhamento que o paliçádico.

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 REGIÃO DO INFRAVERMELHO MÉDIO


 O decréscimo dos valores de reflectância para a região que vai
de 1,3 μm a 2,5 μm é devido principalmente ao conteúdo de
água presente na folha. Nessa faixa encontram-se as bandas de
absorção de água, marcadas em 1,4 μm, 1,9 μm e 2,7 μm,
sendo a última a mais intensa e referida como a banda de
absorção de água vibracional fundamental.

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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DA VEGETAÇÃO

 Com relação ao conteúdo de água celular, foi observado


em condições controladas, que folhas hidratadas quando
comparadas com as desidratadas, de uma maneira geral,
refletem menos e absorvem mais radiação na faixa de 0,5
μm a 2,5 μm.
 A taxa de energia incidente absorvida na faixa do
infravermelho médio pela vegetação é função da soma
total da água presente no mesófilo, a qual está
relacionada à percentagem de umidade contida na folha e
à espessura da mesma.

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA
VEGETAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA
VEGETAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA
VEGETAÇÃO

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FATORES ENVOLVIDOS NA
INTERCEPTACAO, ABSORCAO
E REFLEXAO DA LUZ SOLAR
PELAS FOLHAS

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INTERCEPTACAO, ABSORCAO E REFLEXAO DA


LUZ SOLAR PELAS FOLHAS

 Segundo Bernardes (1987), os fatores que estão


diretamente envolvidos na interceptação e na absorção da
radiação fotossinteticamente ativa podem ser classificados
em morfológicos e fisiológicos.
 Os fatores morfológicos relacionam-se com a organização
espacial dos elementos envolvidos na captação da luz,
principalmente, as folhas.

 Já os fatores fisiológicos compreendem aqueles de caráter


funcional.

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FATORES MORFOLOGICOS

 Os mais importantes estão relacionados a organização


espacial das folhas, são eles:
 Densidade de cobertura vegetal, e;
 Ângulo de inserção foliar.

 Densidade de cobertura vegetal


 O melhor parâmetro que tem sido usado para estimar a
cobertura vegetal é o índice de área foliar (IAF), que é
dado pela área foliar existente do elemento em relação a
área do terreno.

 IAF = (área foliar)/(área do solo)

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FATORES MORFOLOGICOS

Índice de Área foliar


Ponto de Saturação
Espalhamento múltiplo
(Infravermelho Próximo)

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Variações na refletância nas porções do visível e infravermelho


próximo frente ao aumento da biomassa (IAF) de dosséis de
Paspalum notatum, em parcelas experimentais, em campo.

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FATORES MORFOLOGICOS

 Ângulo de Inserção Foliar

 Regula o grau de penetração da radiação no interior da


copa da planta. De acordo com o ângulo de inserção da
folha no caule, as plantas são classificadas em:
 Erictófilas (ângulo paralelo ao caule);

 Planófilas (ângulo +/- 90° em relação ao caule), e;

 Intermediarias (apresenta tanto padrão erectófila quanto


planófila).

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Ação do ângulo foliar sobre a distribuição da


radiação solar no perfil do dossel

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FATORES FISIOLOGICOS

 Dentre os fatores fisiológicos podemos destacar:


 Idade da planta
 Déficit hídrico
 Tipo e espessura das folhas
 IDADE DA PLANTA
 A capacidade das folhas de realizar fotossíntese aumenta
desde a emergência da plântula até sua maturação.
 A fotossíntese, por sua vez, está intimamente relacionada
a quantidade de radiação absorvida na região espectral
do azul e do vermelho. Este fato é manifestado por uma
maior refletância na região do visível (folhas
senescentes).
 Deslocamento de nutrientes.

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IDADE DA PLANTA

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FATORES FISIOLOGICOS

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FATORES FISIOLOGICOS

 DEFICIT HIDRICO
 Quando a planta e submetida a
um déficit de água, ocorre no seu
interior uma serie de reações
bioquímicas tentando contornar
esta situação. Uma das primeiras
conseqüências do déficit hídrico é
o fechamento dos estômatos, que
em decorrência deste
mecanismo, a planta perde
menos água, diminuindo, porém,
a taxa fotossintética devido a
menor absorção do CO2 do meio.

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FATORES FISIOLOGICOS

 DEFICIT HÍDRICO/ CONTEÚDO DE AGUA NA FOLHA


 Pesquisadores atribuem o efeito secundário do conteúdo
de água nas folhas as variações na concentração de
clorofila e ao desarranjo nas estruturas internas destas.
 Pesquisas apontam que folhas hidratadas quando
comparadas com as desidratadas, de uma maneira geral,
refletem menos e absorvem mais radiação na faixa de 0,5
μm a 2,5 μm.
 O decréscimo dos valores de reflectância pode ser notado
na região do infravermelho médio que vai de 1,3 μm a 2,5
μm é devido principalmente ao conteúdo de água
presente na folha.

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FATORES FISIOLOGICOS

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FATORES FISIOLOGICOS

 ESPESSURA DAS FOLHAS


O tamanho e a espessura de uma folha jovem podem ser
influenciados pela duração e pelo comprimento de onda da luz;
porém, as diferenças na intensidade de luz é que são
responsáveis pela variação no tamanho da folha. Dependendo
da espécie, quanto maior a intensidade de luz, menor e menos
espessa será a folha.

Fonte: http://www.wellesley.edu/Biology/Courses/108/108.html

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FATORES FISIOLOGICOS
 Características de plantas ombrófilas
 Folhas planófilas;
 Folhas largas;
 Folhas com espessura mais fina.

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA
VEGETAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DO
SOLO

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DO SOLO


Modo Geral

• A refletância média do solo aumenta progressivamente com o


aumento do comprimento de onda no espectro
eletromagnético.

• Influência de parâmetros.

Parâmetros do comportamento
espectral dos solos
• Granulometria;
• Umidade;
• Matéria orgânica;
• Óxidos de ferro.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

UMIDADE

O aumento de umidade no solo


geralmente diminui a reflectância do
solo em todos os comprimentos de
onda;

Resultando no aspecto mais escuros


em relação aos secos.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

UMIDADE

Em muitos casos a reflectância


observada em solos úmidos corresponde
à metade do valor que teria se
estivessem secos.

As curvas de reflectância de solos


úmidos definem bandas proeminentes de
absorção de água centradas em 1,45 μm
e 1,95 μm.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

 Salienta-se que a curva espectral não muda de formato


quando se umedece o solo, sendo entretanto observado uma
redução dos valores de reflectância, além de que, as bandas
de absorção de água tornam-se mais incisivas.

 A diminuição dos valores de reflectância é maior quando se


umedece solos com alta concentração matéria orgânica do
que em relação aos solos com baixo percentual deste elemento.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

GRANULOMETRIA

O tamanho e a forma das partículas,


bem como, agregados do solo podem
influir na reflectância do solo de várias
maneiras.

Verificou-se que à medida em que se


diminui o tamanho das partículas há
um aumento na reflectância em todos os
comprimentos de onda entre 0,4 μm e 1,0
μm.
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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

GRANULOMÉTRIA

Em geral é observado que solos com


características superficiais mais
arenosas apresentam reflectância mais
alta.

Em solos de textura média a fina há a


formação de agregados estáveis em
água, o que cria uma superfície diferente
daquela formada por grãos simples dos
solos arenosos.
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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

PARTÍCULAS DE SOLO
Tipo Diâm.(mm)
 Argila (até 0,005)
 Silte (0,005 a 0,05)
 Areia (0,05 a 4,8)

Curvas de refletância obtidas in sito para solo siltoso seco e solo arenoso seco. A refletância
geralmente aumenta com o aumento dos comprimentos de onda ao longo do visível, do
infravermelho próximo e do infravermelho médio

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

MATÉRIA ORGÂNICA

Este parâmetro é relevante no comportamento espectral dos


solos quando considerados o seu conteúdo e composição.

A medida que o conteúdo de matéria orgânica aumenta, a


reflectância do solo diminui no intervalo de 0,4 μm e 2,5 μm.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

MATERIA ORGÂNICA

O aumento do teor de matéria orgânica promove


principalmente uma redução da reflectância na região do
visível.

Constituintes orgânicos: ácidos húmico e fúlvico, incluindo


resíduos de plantas em decomposição, influenciam a
reflectância do solo em diferentes graus.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

ÓXIDOS DE FERRO

Este parâmetro é muito importante para solos


tropicais altamente intemperizados.

O conteúdo de óxidos de ferro livre no solo


influência o comportamento espectral do solo tanto
na região do visível quanto no infravermelho.

A presença de compostos de ferro origina as


bandas de absorção em 0,7 μm; 0,9 μm e 1,0 μm.

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

 Em geral, estes óxidos absorvem bastante a energia


eletromagnética da região do infravermelho próximo (com
o máximo de absorção em torno de 900nm).

 Os óxidos de ferro, dependendo do tipo e da quantidade


relativa, influenciam na cor dos solos, isto é, dão aos solos
a cor correspondente ao óxido.

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Teor de Oxido de Ferro no Solo

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Parâmetros do comportamento espectral dos


solos

Por exemplo, solos que contêm quantidades apreciáveis de ilmenita


(Fe2O3H2O) apresentam coloração amarelo-clara, porque é a cor
manifestada pela ilmenita.

Solos ricos em hematita (Fe2O3) são de coloração vermelha, por


causa da cor da hematita

 Hematita (Solo Avermelhado)  Ilmenita (Solo Amarelado)

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DO SOLO

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

A água apresenta-se na natureza sob diferentes estados


físicos, que influenciam de modo fundamental o seu
comportamento espectral.

Em geral, o comportamento espectral da água apresenta maior


reflectância na faixa espectral do visível (0,4 a 0,6 μm),
decrescendo gradualmente na direção do infravermelho.

A medida que acrescentamos sedimentos na água, há um


aumento progressivo da reflectância e o pico se desloca na
direção dos maiores comprimentos de onda.

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

 Estados físicos da água

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

 As melhores regiões de comprimento de onda para


discriminar terra de água pura são o IVP e o IVM
(comprimentos de onda entre 740 e 2500 nm).

 Nas regiões do IVP e médio, os corpos d’agua aparecem


muito escuro, por ocorrer absorção praticamente de todo o
fluxo radiante incidente.

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

 Interação REM e a Superfície da Água


 Etapas simultâneas
 Espalhamento
 Absorção

 Substâncias absorvedoras de radiação na água são:


 A própria água;

 A biota fotossintétizadora (fitoplâncton, e algas) e a;

 A matéria orgânica dissolvida;

 As espécies de fitoplâncton se comporta nas faixas do azul e


do verde.
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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

 Substâncias absorvedoras.

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

 Substâncias espalhadoras:
A própria água;
 Partículas em suspensão

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CARACTERÍSTICAS ESPECTRAIS DA ÁGUA

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Quadro geral: Curvas espectrais dos alvos

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Obrigado!

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