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ESTUDO NO

EVANGELHO DE
MARCOS
EBD
I P FA
A COMPAIXÃO DO SERVO - 1.29-45
• Dois milagres revelam a compaixão do Salvador. Multidões
corriam a Ele, incluindo endemoninhados e leprosos.
Amorosamente ministrou a todos eles.

1. A cura da sogra de Pedro e muitas outras curas.(vv.29-34)


Os discípulos levando Jesus para casa após a reunião na sinagoga. O
visitante se transforma em hospedeiro, da mesma forma que o
passageiro no barco se torna o capitão (Lc 5.1-11).
Como resultado da cura, tanto ela de pronto passou a serví-los como
uma multidão de doentes e endemoninhados se aglomerou à porta, e
a todos Jesus curava.
A COMPAIXÃO DO SERVO - 1.29-45
Fatos dignos de observação:
1 - Os discípulos levaram seus problemas a Jesus. ―E logo lhe
falaram a respeito dela (1.30). ―E rogaram-lhe por ela‖ (Lc 4.38).
Nós devemos, semelhantemente, contar para Jesus aquilo que nos
aflige e levar nossas causas a Ele.
2 - As nossas causas impossíveis são possíveis para Jesus. A sogra
de Pedro estava acamada. A palavra ―acamada katakeimai pode ser
traduzida por - estar prostrada. A palavra grega para - febre é a
mesma palavra para fogo. Mateus diz que ela estava ardendo em
febre (Mt 8.14). Lucas, que era médico, usando um termo mais
técnico diz que ela estava com uma febre muito alta (Lc 4.38) .
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Fatos dignos de observação:
Na Palestina havia três tipos de febres: 1) A febre de Malta –
acompanhada de grande anemia e debilidade; 2) A febre tifóide –
era uma febre intermitente; 3) A febre malária.
Os discípulos estavam diante de uma causa impossível, mas
eles levaram-na a Jesus. Eles contaram para Jesus e confiaram
nele e o milagre aconteceu.
A notícia da expulsão do demônio na sinagoga e da cura da
sogra de Pedro correu e muitas pessoas renovaram as suas
esperanças de cura para os seus entes queridos. Marcos fala de
―todos os enfermos. Diz também que ―curou a muitos de
toda ―sorte de enfermidades. Para Jesus não há causa perdida.
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2. Discernindo prioridades.(vv.35-39)
Demanda do urgente sobre o prioritário.
Jesus dava grande importância à oração. Ele mesmo orou quando
foi batizado (Lc 3.21). Orou uma noite inteira antes de escolher os
doze apóstolos (Lc 6.12). Ele se retirava para orar quando a
multidão o procurava apenas atrás de milagres (Lc 5.15-17). Ele
orou antes de fazer uma importante pergunta aos discípulos (Lc
9.18) e também orou no Monte de Transfiguração, quando o Pai o
consolou antes de ir para a cruz (Lc 9.28). Ele orou antes de ensinar
seus discípulos a ―Oração do Senhor (Lc 11.1). Jesus orou no
túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42).
A COMPAIXÃO DO SERVO - 1.29-45
2. Discernindo prioridades.(vv.35-39)
Demanda do urgente sobre o prioritário.
Orou por Pedro, antes da negação (Lc 22.32). Orou durante a
instituição da Ceia do Senhor (Jo 14.16; 17.1-24). Orou no
Getsêmani (Mc 14.32-39), na cruz (Lc 23.34) e também após a
ressurreição (Lc 24.30). Hoje, Ele está orando por nós (Rm 8.34; Hb
7.25).
Multidões carentes versus compromisso com a proclamação.
1- a pregação ocupava lugar central no ministério de Cristo
(1.38). Jesus revelou que Ele veio ao mundo para pregar e
ensinar.
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2. Discernindo prioridades.(vv.35-39)
Jesus veio ao mundo para proclamar libertação aos cativos (Lc
4.18). Ele veio para pregar. A pregação estava no centro do seu
ministério.
2 - a pregação para Jesus era mais importante do que os
milagres (1.38).
3 - a pregação de Jesus era dirigida aos ouvidos e aos olhos
(1.39).
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3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
Outro milagre marcante registrado nesta passagem.
Enquanto Jesus percorria as cidades da Galiléia pregando o
evangelho, apareceu um homem leproso.
A palavra grega para lepra era usada para uma variedade de
doenças similares; algumas delas eram contagiosas,
degenerativas e mortais. A lepra descrita no texto em apreço era
deste tipo: uma doença insidiosa, repulsiva, lenta, progressiva,
grave e incurável. Ela transformava o enfermo numa carcaça
repulsiva. O leproso era considerado um morto-vivo. A cura da
lepra era considerada como uma ressurreição. Só Deus podia
curar um leproso (2Rs 5.7).
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3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
Outro milagre marcante registrado nesta passagem.
• A lepra era um símbolo da ira de Deus contra o pecado. Os rabinos
consideravam a lepra um castigo de Deus. Ela foi infligida por Deus
para punir rebelião (Miriã), mentira (Geazi) e orgulho (Uzias).
Possui várias características:
• Em primeiro lugar, a lepra é mais profunda que a pele (Lv 13.3).
A lepra não era apenas uma doença dermatológica. Ela não ataca
meramente a pele, mas, também, o sangue, a carne e os ossos, até o
paciente começar a perder as extremidades do corpo.
Semelhantemente, o pecado não é algo superficial. Ele procede do
coração e contamina todo o corpo. O homem está em estado de
depravação total.
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3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
2 - a lepra separa -Além do sofrimento infligido por tal doença, a
pessoa deveria ficar isolada da comunidade. Assim é o pecado. Ele
separa o homem de Deus (Is 59.2), do próximo (ódio, mágoas e
ressentimentos) e de si mesmo (complexos, culpa e achatada auto-
estima).
3 - a lepra deixa marcas - A lepra degenera, deforma, deixa terríveis
marcas e cicatrizes. Quando a lepra atinge seu último estágio, o
doente começa a perder os dedos, o nariz, os lábios, as orelhas. A
lepra atinge os olhos, os ouvidos e os sentidos.
O pecado também deixa marcas no corpo (doenças), na alma (culpa,
medo), na família (divórcio, violência).
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3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
4 -a lepra contamina. A lepra é contagiosa, ela se espalha. O
leproso precisava ser isolado, do contrário ele transmitiria a
doença para outras pessoas.
O pecado também é contagioso. Um pouco de fermento leveda
toda a massa (1Co 5.6). Uma maçã podre num cesto apodrece as
outras. Davi nos ensina a não andarmos no conselho dos ímpios,
a não nos determos no caminho dos pecadores nem nos
assentarmos na roda dos escarnecedores (Sl 1.1).
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3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
5 - a lepra deixa a pessoa impura. A lepra era uma doença física e
social. Ela deixava o doente impuro. O leproso era banido do lar, da
cidade, do templo, da sinagoga, do culto.
O pecado também deixa o homem impuro. A nossa justiça aos olhos
de Deus não passa de trapos de imundícia (Is 64.6). Nós somos como
o imundo.
6 - a lepra mata. A lepra era uma doença que ia deformando e
destruindo as pessoas aos poucos.
O pecado mata. O salário do pecado é a morte (Rm 6.23). O pecado é
o pior de todos os males. Ele é pior que a lepra. A lepra só atinge
alguns, o pecado atingiu a todos; a lepra só destrói o corpo, o pecado
destrói o corpo e a alma; a lepra não pode separar o homem de Deus,
A COMPAIXÃO DO SERVO - 1.29-45
3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
Outro milagre marcante registrado nesta passagem.
• O leproso sabia que Jesus podia curá-lo, mas não estava certo se
Ele queria.
• Por razões já vistas não era conveniente naquele momento a
divulgação do ministério de Jesus. Assim o antes leproso foi
instado para que não divulgasse o ocorrido com ele mas
simplesmente cumprisse o que a Lei determinava. Ele não
obedeceu. Jesus disse àquele homem que ficasse quieto, mas ele
falou com todo mundo;
• Jesus nos manda falar com todo mundo acerca do evangelho, mas
muitas vezes ficamos quietos.
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3. A cura de um leproso.(vv.40-45)
Concluindo, podemos afirmar que Jesus curou o leproso física,
emocional, social e espiritualmente. Aquele homem recobrou
sua saúde e sua dignidade. Ele foi reintegrado à sua família, à
sinagoga e ao convívio social. Ele deixou de ser impuro e
tornou-se aceito.

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