Você está na página 1de 2

Texto Dissertativo

O trabalho realizado para avaliação da disciplina de Sociologia tem como


principal objetivo discutir os temas de crime e desvio, explorando as principais
teorias sociológicas sobre esses assuntos. Será abordada a perspectiva da
sociologia em relação ao crime e ao desvio, bem como suas teorias
associadas.

O crime e o desvio podem ser compreendidos por meio do conceito de norma.


Normas sociais são regras que variam de acordo com cada sociedade,
podendo se manifestar como normas morais, regulamentos institucionais ou
leis. Um exemplo de norma social é o uso de uniforme dentro da escola, o qual
visa padronizar o comportamento dos indivíduos. Durante nosso processo de
socialização, aprendemos essas normas por meio das instituições das quais
fazemos parte. Quando um indivíduo não se adequa a uma norma, geralmente
uma instituição aplica uma ação punitiva, também conhecida como sanção.

Assim, podemos definir comportamentos que não estão de acordo com um


conjunto específico de normas como desvios. Por exemplo, não usar uniforme
escolar seria um exemplo de desvio. O crime, por sua vez, é uma forma de
desvio que viola as leis estabelecidas.

Um dos desafios centrais na definição de desvio e crime é a influência do poder


social. O que é considerado desvio pode variar de um grupo social para outro,
ou de uma instituição para outra, visto que as regras são determinadas por
quem detém o poder. As escolas, por exemplo, exercem poder ao estabelecer
quais roupas são adequadas para o ambiente escolar, muitas vezes excluindo
shorts e saias. O poder é responsável por definir tanto as regras morais quanto
as leis.

Na análise do crime e do desvio, encontramos explicações que incluem


abordagens biológicas, psicológicas e teorias sociológicas. A perspectiva
biológica busca identificar traços anatômicos que poderiam distinguir
criminosos, como a forma do cérebro, testa e maxilares. A abordagem
psicológica explora as características psicológicas em sanatórios e asilos, onde
pessoas com personalidades consideradas anormais podem ter
comportamentos desviantes e cometer crimes. Uma das contribuições
significativas dessa abordagem é a identificação do estado de psicopatia, no
qual os indivíduos agem de forma impulsiva e raramente experimentam culpa.

Entretanto, essa teoria abrange apenas uma parte dos crimes, envolvendo
pessoas com problemas psicológicos. Muitas vezes, pessoas com sanidade
mental também cometem crimes.

Para Émile Durkheim, o crime e o desvio resultam de problemas estruturais e


da falta de regulação moral na sociedade. O desvio e o crime são vistos como
produtos de uma anomia, decorrentes da inadequação dos indivíduos em
relação às normas morais e sociais. Nem todo desvio é negativo, já que
comportamentos desviantes podem contribuir para o reforço ou a alteração das
normas sociais.

Merton apresenta uma visão do desvio como resposta natural dos indivíduos às
situações em que se encontram. Ele identifica cinco reações possíveis:
conformistas, que aceitam os valores e se adequam; inovadores, que aceitam
os valores, mas usam meios ilegítimos para atingir objetivos; ritualistas, que
seguem as normas sem compreender o propósito por trás delas; retirados, que
abandonam a competição e rejeitam os valores dominantes; e rebeldes, que
rejeitam tanto os valores existentes quanto os meios normativos, buscando
substituí-los ativamente por outros.

É evidente que o tema do crime e do desvio está presente em nossa


sociedade, assim como as teorias elaboradas pelos sociólogos. Devemos
considerar o crime e o desvio como fenômenos sociais, influenciados pela
sociedade como um todo, em vez de os enxergarmos como comportamentos
isolados de indivíduos. A sociedade exerce uma influência significativa sobre o
comportamento em relação ao crime, desvio e outros temas que serão
abordados no contexto sociológico.

Todo o contexto deste trabalho foi baseado no PDF Anthony Giddens


Sociologia.

Você também pode gostar