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Ribeirão Preto / Janeiro 2009
Versão 1.1 1
SUMÁRIO
1. Introdução..................................................................................................................................... 4
2. Objetivo ........................................................................................................................................ 4
3. Dimensionamento do Projeto ....................................................................................................... 4
3.1 Protocolo de Projeto e Planta Topográfica............................................................................. 4
3.2 Definição do Emissor ............................................................................................................. 4
3.2.1 Teste de Bulbo................................................................................................................. 6
3.3 Lamina de Irrigação................................................................................................................ 7
3.4 Nomenclatura ......................................................................................................................... 7
3.5 Dimensionamento do Sistema de Irrigação............................................................................ 8
3.5.1 Cálculo de Vazão............................................................................................................. 8
3.5.2 Taxa de Aplicação de um emissor................................................................................... 9
3.5.3 Tempo por Operação ....................................................................................................... 9
3.5.4 Número de Operações ..................................................................................................... 9
3.6 Parâmetros de Projeto............................................................................................................. 9
3.7 Filtragem............................................................................................................................... 13
4. Levantamento de Material.......................................................................................................... 14
4.1 Emissores.............................................................................................................................. 14
4.1.1 Conectores ..................................................................................................................... 14
4.2 Tubos de PVC e Tubos de Aço Zincado .............................................................................. 16
4.2.1 Tubos de PVC................................................................................................................ 16
4.2.2 Tubos de Aço Zincado................................................................................................... 17
4.3 Filtragem/Acessórios............................................................................................................ 19
4.3.1 Filtragem........................................................................................................................ 19
4.3.2 Injeção de Fertilizantes.................................................................................................. 20
4.3.3 Injetor de Cloro............................................................................................................. 21
4.3.4 Válvula de Alívio ................................................................................................... 21
4.3.5 Cavaletes / Válvulas Setoriais / Válvulas de Ar / Válvulas Anti-vácuo................. 21
4.3.6 Válvula Borboleta.......................................................................................................... 24
4.3.7 Reguladores de Pressão ................................................................................................. 25
4.4 Pressurização .................................................................................................................. 26
4.4.1 Válvula de Bomba / Válvula de Retenção / Medidor de água ...................................... 26
4.4.2 Piloto Regulador/Sustentador........................................................................................ 28
4.4.3 Conjunto Motobomba.................................................................................................... 28
4.4.4 Quadro de Comando/Painel de Partida.......................................................................... 29
4.4.5 Conjunto Sucção..................................................................................................... 30
Para água de baixa qualidade a utilização de sucção flutuante é muito recomendada............... 31
4.5 Automação............................................................................................................................ 33
4.5.1 Controlador............................................................................................................. 33
4.5.2 Solenóides/ Microtubo / Galit / TED...................................................................... 33
4.6 Recalque ......................................................................................................................... 36
4.7 Detalhamento de Material para Envio a Campo – Folgas .............................................. 37
5. Aspectos Econômicos................................................................................................................. 38
5.1 Cálculo de Potência x Consumo de Energia......................................................................... 38
6. Critérios para Detalhamento das Conexões................................................................................ 40
6.1 Interligação Linha Principal x Cavaletes.............................................................................. 40
6.1 Interligação Cavaletes x Linha Ramal.................................................................................. 44
7. Padrões de Planta Hidráulica...................................................................................................... 49
8. Anexos........................................................................................................................................ 57
Versão 1.1 2
Anexo 1 - Protocolo de Projetos / Levantamento
Planialtimétrico........................................................................................................................... 57
Anexo 2 - Filtragem.................................................................................................................... 62
Anexo 3 – Desenhos dos Conectores ......................................................................................... 66
Anexo 4 – Esquemas de Montagem Fertirrigação ..................................................................... 69
Versão 1.1 3
1. Introdução
A elaboração de um projeto de irrigação abrange uma série de conceitos técnicos, desde
aspectos de cálculos hidráulicos simples até a seleção de equipamentos de forma correta dentro de
suas especificações, levando em conta particularides de cada projeto como por exemplo a
qualidade da água. O sucesso de um projeto obedecerá não somente a um cálculo hidráulico
correto, mas também à essa escolha de componentes e acessórios do sistema. Tentamos nesse
material separar os tópicos importantes, mas é na prática do dia-a-dia de um projetista que ele
perceberá a interdependência entre todos os fatores na elaboração de um projeto e/ou orçamento
de um sistema. Este não tem a pretensão de ser um guia, e sim informar o profissional do setor os
critérios e padrões de projeto da Netafim.
2. Objetivo
Subsidiar os projetistas dos Canais Netafim tanto no dimensionamento do projeto e seus
cálculos hidráulicos, como na escolha dos componentes do sistema, considerando suas
especificações e os padrões utilizados pela Netafim Brasil.
3. Dimensionamento do Projeto
Versão 1.1 4
Máxima perda de carga em emissores não autocompensados
Uniformidade de Irrigação
Não Autocompensados
Autocompensados
Versão 1.1 5
As figuras ilustram a variação de vazão de 10% e de pressão de 20% dentro de um bloco
de irrigação para emissores não-autocompensados. Essa é a variação máxima aceitável, e ela é
função da chamada Equação do Emissor:
Q=K * HX onde:
Q= vazão em l/h
K= coeficiente de descarga (constante)
H= pressão em mca
X= expoente de descarga
Nos emissores auto-compensados X=0 portanto K=vazão do emissor.
Versão 1.1 6
Solo argiloso
Solo médio
Solo arenoso
3.4 Nomenclatura
Existem diversas nomenclaturas adotadas na literatura. Segue nas figuras abaixo a
nomenclatura para cada parte do projeto de irrigação que a Netafim Brasil vem adotando até o
momento.
Versão 1.1 7
3.5 Dimensionamento do Sistema de Irrigação
3.5.1 Cálculo de Vazão
Através da equação abaixo, é possível determinar qual será a vazão teórica necessária em
uma determinada área, de acordo com a lâmina a ser aplicada e o tempo de irrigação.
Ex.: Calcular a vazão necessária para uma área de 40ha, irrigando com lamina de 4,0mm/dia em
20 horas.
Resposta: Q (m3/h) = 40 x 4 x 10 => Q = 80 m3/h
20
Versão 1.1 8
3.5.2 Taxa de Aplicação de um emissor
Ex.: Calcular a taxa de aplicação de um gotejador de 1,6 l/h, onde o espaçamento entre linhas é de
7metros e o espaçamento entre gotejadores é de 0,60m.
Ex: Calcular o tempo por operação para um gotejador de 1,6 l/h, espaçamento entre linhas de 7
metros, espaçamento entre gotejadores de 0,60m e lamina de 4,0mm/dia
Assim, a área irrigada, será dividida em 2 subáreas que serão irrigadas em operações distintas de
10,5 horas, de acordo com os dados adotados acima.
Versão 1.1 9
Parâmetros Hidráulicos para Projeto
Pressão (mca)
Máxima pressão no tubo - 10%
Tubulação Principal * menos que a classe do tubo
Não utilizar tubo PN40 na
tub.principal
Evitar o golpe de aríete
Pressão de entrada não deve
Tubulação Ramal * exceder a pressão limite
da tubulação ramal ou da linha
lateral.
Versão 1.1 10
Gotejador 6 l/h PC (CNL)+ 4x gotejador 14+5+19 Incluindo a perda de carga no
flecha 35 * goltejador tipo Flecha
Gotejador 3 l/h PC (CNL) + 4x gotejador Incluindo a perda de carga no
flecha 35 14+2=16 goltejador tipo Flecha
Gotejador 3 l/h PCJ + 4x gotejador Incluindo a perda de carga no
flecha 35 8+2=10 goltejador tipo Flecha
Sitema de Gotejamento Famliar - Fundo do tanque: pelo menos a 1,5m
pressão de entrada 1 acima da área
Pressão de 1m após a filtragem e
válvulas.
Pressão Pressão Faixa
Microaspersores Máx. Mín. Ideal
Pressão máxima, depende da classe
Supernet 45 15+2 20-40 do tubo da linha lateral.
Gyronet 30 15 20
Coolnet 50 15 40
Spinnet 30 20 25
Vibro mist 50 25 30
Powernet 35 25 30
Vazões
Vazão
Máxima vazão em válvulas Vazão Máx. Média
As recomendações são gerais. A
Diâmetro (m^3/h) (m^3/h) perda de carga para a
3/4" 3,5 2,5 máxima vazão é de 3m.
Perda de carga para casos
1" 5 4 específicos deve ser calculada
de acordo com o tipo e tamanho,
1.5" 10 8 utilizando diagramas
2" 25 20 Valor KV para a válvula
Válv. Aquanet (angular) 2" 20 15 Valor KV para a válvula
Válv. Dorot Plást. 75-2 27,5
Válv. Dorot Plást. 75-3 40
Versão 1.1 11
Válv. Dorot PVC 96-90 68
Válv. Dorot PVC 96-110 105
Válv. Dorot PVC 96-160 180
Motobomba
Máximo Mínimo
Mínima perda de carga para projeto
IRRICAD - Parâmetros
Distâncias - Recomendações Gerais
Distâncias-Recomendações Gerais
Distâncias-Recomendações Gerais Metade da distância entre linhas
Distância da primeira linha à borda do Metade da distância entre
bloco laterais
Distância da primeira planta na linha à Metade da distância entre
borda do bloco plantas
Primeiro emissor na lateral da borda do Metade da distância entre
bloco emissores
Versão 1.1 12
DNL (tubulação com gotejadores
antigota) - Marrom 16 8
DNL - Vazão
Mínimo
(l/h) Máximo (l/h)
100 1000
3.7 Filtragem
A escolha do tipo de filtragem é função do tipo de água que abastecerá o sistema, por isso
é muito importante que se tenha a análise de água. Segue no Anexo 2 o procedimento para análise
de água.
Longo
No item 4.3 estão as especificações para escolha do modelo da filtragem de acordo com o
fabricante.
Versão 1.1 13
4. Levantamento de Material
4.1 Emissores
4.1.1 Conectores
Segue abaixo a forma de cálculo dos conectores do projeto:
Onde:
L = Quantidade total de tubos gotejadores.
A = Área.
Esp = Espaçamento entre linhas gotejadoras
Onde:
Ci = Quantidade de conector inicial
Cf = Quantidade de conector final
Clm = Comprimento médio das linhas gotejadoras
Onde:
PE = Quantidade de tubo de polietileno para o chicote
Segue abaixo tabela com quantidades de cada conector para 100ha de cana, laranja e café.
Essas são as quantidades levantadas no Detalhamento. Para exemplificar considerei como dado
inicial um comprimento médio de 100m das linhas gotejadoras.
No Anexo 03 seguem os desenhos dos conectores para o Dripnet 16150, 16250 e 16350.
Versão 1.1 14
Cod Descrição Quantidade Exemplo
17620-013480 Dripnet PC 16150 1,6 l/h 0,60m 900m CARTON 635 Área 100ha
32500-006700 Conector Inicial Dentado c/chula 17mm 7000 Cultura Cana
32000-006950 Anel p/ Ram/Tiran 17mm - PR 7000 Instalação Enterrado
32500-016720 Conector União Typhoon x Typhoon - Universal 7000 Espaçamento 1,8m
32500-017400 Anel p/ Conector Typhoon Universal - AZ 7000 N.Saídas 6600
32500-016740 Conector União Typhoon x Typhoon c/anel 1500
32500-016460 Conector Final c/ anel 16mm 7000
19950-004900 Tubo Cego PE 17012 - 400m 17
Cod Descrição Quantidade Exemplo
17640-004870 Dripnet PC 16250 1,0 l/h 0,65m - 800m Carton 715 Área 100ha
32500-006700 Conector Inicial Dentado c/chula 17mm 7000 Cultura Cana
32000-006950 Anel p/ Ram/Tiran 17mm – PR 7000 Instalação Enterrado
32500-016720 Conector União Typhoon x Typhoon - Universal 7000 Espaçamento 1,8m
32500-017600 Anel p/ Conector Ram Kal /Tiran 0,6 / Typhoon - BR 7000 N.Saídas 6600
32500-017600 Anel p/ Conector Ram Kal /Tiran 0,6 / Typhoon - BR 1600
32500-016720 Conector União Typhoon x Typhoon - Universal 1600
32500-017600 Anel p/ Conector Ram Kal /Tiran 0,6 / Typhoon - BR 1600
32500-017600 Anel p/ Conector Ram Kal /Tiran 0,6 / Typhoon - BR 7000
32500-016450 Conector Final Typhoon - Universal 7000
19950-004900 Tubo Cego PE 17012 - 400m 17
Versão 1.1 15
4.2 Tubos de PVC e Tubos de Aço Zincado
01500-117060 Tubo Irriga PVC 150 PB PN80 150,0 5,0 140,0 3,416
01500-116560 Tubo Irriga PVC 125 PB PN80 125,0 4,2 116,6 2,493
01500-115560 Tubo Irriga PVC 100 PB PN80 101,6 3,6 94,4 1,747
01500-114560 Tubo Irriga PVC 75 PB PN80 75,4 2,5 70,4 0,920
01500-113560 Tubo Irriga PVC 50 PB PN80 50,5 1,9 46,7 0,479
01500-117050 Tubo Irriga PVC 150 PB PN60 150,0 4,0 142,0 3,052
01500-116550 Tubo Irriga PVC 125 PB PN60 125,0 3,4 118,2 2,146
01500-115550 Tubo Irriga PVC 100 PB PN60 101,6 2,8 96,0 1,468
01500-114550 Tubo Irriga PVC 75 PB PN60 75,4 2,0 71,4 0,818
01500-117040 Tubo Irriga PVC 150 PB PN40 150,0 3,0 144,0 2,195
01500-116540 Tubo Irriga PVC 125 PB PN40 125,0 2,5 120,0 1,540
01500-115540 Tubo Irriga PVC 100 PB PN40 101,6 2,0 97,6 1,009
01500-114540 Tubo Irriga PVC 75 PB PN40 75,5 1,5 72,5 0,623
01500-113540 Tubo Irriga PVC 50 PB PN40 50,6 1,2 48,2 0,309
01500-112540 Tubo Irriga PVC 35 PB PN40 38,1 1,2 35,7 0,232
Fonte: Tigre/Amanco/Corrplastik
Nas pressões acima de 125mca, podem ser utilizados tubos de PRFV ou RPVC.
Versão 1.1 16
4.2.2 Tubos de Aço Zincado
Sempre utilizado em condições de pressão acima de 125mca, em recalques ou
pressurizações. Utilizado também dependendo das condições do solo.
Segue na tabela abaixo especificações para tubos de aço zincado
Versão 1.1 17
20" 521 3,00 515 9,57
4,75 511,5 15,16
6,30 508,4 20,10
3,00 566 8,72
22" 572 4,75 562,5 13,81
6,30 559,4 18,31
3,00 616 8,02
24" 622 4,75 512,5 12,70
6,30 609,4 16,84
Fonte: Alvenius
Para as tubulações adutoras são utilizados tubos AZ com acoplamento K10 que suporta
pressão média e alta, e tração mecânica. Não utilizamos acoplamentos K20.
Fonte: Cielt
Versão 1.1 18
4.3 Filtragem/Acessórios
4.3.1 Filtragem
Seguem abaixo vazões máximas indicadas por modelo de filtro de Tela segundo o
fabricante.
Versão 1.1 19
A seleção do modelo do sistema de filtragem é feita de acordo com a vazão do projeto.
Segue abaixo as vazões máximas recomendadas pelo fabricante para os filtros de discos 120
mesh.
Segue abaixo as vazões de trabalho recomendadas para filtros de areia. Essas vazões foram
obtidas de acordo com as vazões médias indicadas pelo fabricante.
Venturi
A aplicação de fertilizantes pode ser feita através de um injetor tipo Venturi que succiona
o fertilizantes jogando-o no sistema. Para a utilização do Venturi é necessário um conjunto
motobomba para gerar um fluxo de movimento e pressão adicional para permitir a sucção do
líquido.
Normalmente são utilizados motobombas Schneider BC22R 11/4 5CV para injetores tipo
Venturi de 2”. Segue no Anexo 4 esquema sugerido de montagem.
Versão 1.1 20
Injeção Direta
Uma outra opção é a utilização de um conjunto motobomba para a injeção direta de
fertilizante, eliminando o uso do Venturi, porém ressalta-se que a bomba de injeção direta é
própria para este fim sendo revestida de um material anti-corrosivo. Normalmente são utilizados
motobombas Dancor Série BHD ou a linha CRI da Grundfos. Segue no Anexo 04 os esquemas de
montagem sugeridos.
Netajet/Fertikit
São as opções que permitem maior precisão em injeção de fertilizantes. Consultar catálogo
técnico sobre sua utilização.
Para a aplicação de cloro utiliza-se o Injetor Venturi ¾”, normalmente instalado junto à
sucção do sistema. Segue no Anexo 04 o esquema sugerido de montagem.
Versão 1.1 21
Acessórios de entrada dos cavaletes em função do relevo
Ventosa
Ventosa Ventosa Anti-vácuo
Anti-vácuo
Anti-vácuo
Ventosa
Versão 1.1 22
Utiliza-se anti-vácuo de ½”na saída dos cavaletes de ramais ascendentes e anti-vácuo de
1” ou 2”nas finais de ramais ascendentes:
Para tubulações ramais longas acima de 300m, utilizamos uma antivácuo no meio
da ramal.
Versão 1.1 23
Para tubulações ramais onde há várias ramificações, também é necessário a
utilização de anti-vácuo no meio dos ramais, como segue no esquema a seguir:
Anti-vácuo
160m 160m
160m
Segue abaixo tabela com especificações para uso de antivácuos nos cavaletes.
Versão 1.1 24
Também é utilizada na entrada e saída de filtros em paralelo ou barriletes secundários de
filtragem (filtros de segurança).
Quando existem vários filtros em uma adutora, também é necessário o uso de válvulas
Versão 1.1 25
Utilizados em projetos com desníveis acentuados, em locais onde numa mesma válvula
partem vários ramais com pressões requeridas diferentes. Também é muito comum a utilização
para projetos com emissores não autocompensados. Podem substituir os pilotos para a regulagem
de pressão.
Segue abaixo tabela prática dos reguladores de pressão da Netafim e suas vazões máximas
indicadas de trabalho.
4.4 Pressurização
4.4.1 Válvula de Bomba / Válvula de Retenção / Medidor de água
Versão 1.1 26
G
A – Curva com escorva
C
B – Válvula hidráulica metálica PR-PS /
Registro Gaveta (manual)
C – Válvula de retenção
D – Válvula de alívio (PS)
E – Válvula de ar
F- Redução concêntrica
G – Manômetro H
H – Lança Pig
A – Filtragem
B – Válvula ventosa
C – Válvula de alívio
D – Medidor de água
E – Válvula de retenção uniflap
F – Válvula hidráulica PR (se for o caso)
G – Válvula hidráulica PS (se for o caso)
H – Injetor de produtos químicos
I – Manômetros
Versão 1.1 27
Lembrando que até 320m3/h pode também ser utilizado medidor, retenção e manifold de 8”.
Versão 1.1 28
a. motor elétrico sempre com fator de serviço 1.15 de 4 tensões; salvo solicitação especifica.
b. motor até 50cv utilizar bomba em alta rotação e acoplamento monobloco; salvo caso
específico.
Motor acima de 50cv utilizar bomba em baixa rotação e acoplamento Vic-Flex (com lonas).
c. bombas devem ser fornecidas preferencialmente com flanges na sucção e recalque, salvo
modelos específicos.
d. para definir o motor elétrico a ser acoplado utilizar conforme abaixo:
Potencia consumida até 10cv.................. fator 1,20 para definir motor elétrico (potencia
nominal).
Potencia consumida de 11 a 30cv.............. fator 1,15 para definir motor elétrico (potencia
nominal).
Potencia consumida de 31 a 50cv.............. fator 1,12 para definir motor elétrico (potencia
nominal).
Potencia consumida acima de 50cv..............fator 1,10 para definir motor elétrico.
É bom lembrar que o consumo efetivo de energia é preservado, pois este é em função da
potencia consumida no eixo e não da potencia nominal do motor.
Para motores diesel ou gasolina o fator adotado é de 1,30.
Segue abaixo tabela prática para seleção do modelo do quadro de comando em função da
potência do conjunto motobomba.
Segue abaixo tabela de compatibilidade de tensão na rede com tensão do motor de acordo
com cada modelo de quadro de comando:
Versão 1.1 29
220 / 440 V NÃO LIGA
220V – 120 / 220 V SOFT START/ PD
MONOFÁSICO
220 / 440 V PD / S. PARALELA (RARO)
440V – 220 / 440 V SOFT START/ PD
MONOFÁSICO
Onde:
PD = Partida Direta
= Estrela - Triangulo
Deve ser sempre selecionado de modo a se obter uma velocidade na sucção menor que
1,5m/s. Sempre deve ser calculado o NPSH diponível e comparar com o NPSH requerido da
bomba.
Versão 1.1 30
Quanto à posição (critério: fixa ou flutuante):
Sucção Fixa:
Sucção Flutuante:
Versão 1.1 31
Segue abaixo tabela com vazões máximas de sucção por diâmetro de tubulação em Aço
zincado e PVC importado. O maior diâmetro de PVC utilizado é de 225mm.
PVC Importado
Vazão Máx (m3/h) Dn (mm) Dint (mm) V (m/s)
20 75 70,6 1,4
28 90 81,4 1,5
45 110 101,6 1,5
95 160 147,6 1,5
183 225 207,8 1,5
Tubo AZ
Vazão Máx (m3/h) Dn (mm) Dint (mm) V (m/s)
8 2" 44 1,5
13 2 1/2" 56 1,5
21 3 70,7 1,5
30 3 1/2" 83,7 1,5
40 4 96,7 1,5
70 5 127 1,5
88 6 142,5 1,5
164 8 193,7 1,5
270 10 248,4 1,5
408 12 305,4 1,5
553 14 355,4 1,5
723 16 406,4 1,5
916 18 457,4 1,5
1132 20 508,4 1,5
1371 22 559,4 1,5
A velocidade de aproximação nos poços de sucção deve situar-se por volta de 0,10m/s
para evitar arraste de material.
b. Submergência mínima deve ser acima de 1,5xD, porém não inferior a 0,5metros.
c. A distancia entre a face inferior do crivo e o fundo do poço de sucção deve ficar entre
0,5xD a 1,5xD, porém não inferior a 0,20m
Versão 1.1 32
4.5 Automação
4.5.1 Controlador
A escolha do controlador se faz em função do nível de controle que se quer obter do
sistema. De acordo com as solicitações do cliente selecionar o equipamento consultando sempre
os catálogos dos controladores.
Nas tabelas abaixo segue um resumo com as principais características dos controladores
utilizados hoje pela Netafim.
Versão 1.1 33
A figura abaixo mostra uma solenóide acionando dois galits no campo. Dessa forma
concluímos que uma solenóide abre várias válvulas no campo. No entanto ao contrário da figura
padronizou-se a instalação de um microtubo individual para cada válvula. Dessa forma
aumentamos nosso controle do sistema e tornamos possível futuras alterações.
Versão 1.1 34
A figura abaixo mostra a situação em que a válvula está mais baixa que régua de solenóides.
A figura abaixo mostra a situação em que a válvula está mais alta que a régua de
solenóide. Nesta situação se faz necessário o uso do TED (Dispositivo Equalizador topográfico)
para impedir que toda a água do microtubo drene.
Resumo
Solenóide 01 por operação ou 01 por válvula
Galit 01 por válvula*
Microtubo 01 por válvula
TED 01 TED para mais que uma válvula de mesma operação desde que
estejam na mesma cota, caso contrário 1 por válvula.
Distância Máxima da 800m
solenóide até a válvula
Desnível máximo da 20m
solenóides até a válvula
Mola 01 mola por galit quando a válvula está mais baixo que a régua de
solenóides.
Versão 1.1 35
* Toda vez que o limite de distância ou desnível exceder os padrões deve ser previsto mais um
galit por cada válvula sob essa situação. Em casos extremos consultar responsável pela automação
da Netafim.
4.6 Recalque
Um orçamento completo de um sistema de recalque deve conter:
Conjunto Motobomba
Quadro de Comando
Válvula de Bomba
Piloto
Válvula de Retenção
Válvulas de Ar*
Válvula de Alívio
Cabo bi-isolado**/ Tubo Comado 8mm / Rádio
Tubulação de recalque
Chave Bóia
Tubulação de Sucção + Conexões
Versão 1.1 36
4.7 Detalhamento de Material para Envio a Campo
Descrição Envio
Tubos Gotejadores + 3%
Tubos de Polietileno + 3%
Microaspersores + 1%
Conectores Iniciais e Finais + 5%
Conectores União + 5%
Tubo PE p/ chicote + 5%
Tubo PVC Soldável Comprimento Total (m) + 3%(>100ha) ou 5%(até 100ha)
6,0
Tubo PVC DEFOFO Comprimento Total (m) + 3%(>100ha) ou 5%(até 100ha)
5,8
Luva PVC soldável 01 a cada 25 barras
Luva PVC DEFOFO 01 a cada 50 barras
Curvas para saída de cavaletes 02 curvas no diâmetro da linha ramal/secundária por
saída
Outras conexões 01 a mais que o necessário para cada conexão
Curvas na 02 a mais na saída
Pressurização/Bomba
Curvas na Filtragem 02 a mais na entrada e 02 a mais para a saída
Tubo Comando PE8mm + 10%
Cabo Bi-isolado + 10%
Pressão na Motobomba Até 100mca – 10% / Acima de 100 mca – 7%
Vazão Máxima do Projeto + 5%
Arco Regulador Cromado 12" 1 por projeto
Serra 4 para cada Arco
Serrote 1 a cada 100.000 tubos PVC DEFoFo
Lima Bastarda 12” 1 por projeto
Pano 1 fardo a cada 120 tubos (exceto 35mm)
Lixa Ferro Gr 100 1 a cada 15 tubos PVC
Fita Veda Rosca 18 x 50 1 a cada final de ramal com antivacuo e a cada peça de
cavalete com rosca
Fita Isolante - 19mm 1 por projeto
Lima Grosa Gab Reg 12" 1 a cada 100.000 tubos PVC DEFoFo
Broca Con. Inic. PVC x 1 a cada 2500 conectores inicial (ou seja, uma a cada
16mm 2500 furos)
Solda Plastica 850gr (adesivo) 07 gr. para cada tubo de 35 mm;
(Nacional) 10gr. para cada tubo de 50mm;
15gr. para cada tubo de 75mm;
20gr. para cada tubo de 100mm;
30gr. para cada tubo de 125mm;
50gr. para cada tubo de 150mm.
( somar as gramas e dividir por 850gr.para encontrar a
quantidade de latas)
Versão 1.1 37
Solucao Limpadora 1000 cc Multiplicar por 1,2 a quantidade de Solda Plastica
Pasta Lubrificante 2400gr - 30 gr. para cada tubo de 118 mm;
lata 35gr. para cada tubo de 170mm;
45gr. para cada tubo de 222mm;
60gr. para cada tubo de 274mm;
80gr. para cada tubo de 326mm;
90gr. para cada tubo de 378mm;
100gr. para cada tubo de 429mm;
110gr. para cada tubo de 532mm.
(somar as quantidades em gramas e dividir por 2400gr.
para encontrar a quantidade de latas)
Primer - Sol. Limpad. valvula (cavalete) de 2" ou 3" = 0,65 lata;
(import) válvulas de 4" = 0,7 lata;
vávulas de 6" = 1,3 latas
Weld-on - Solda Plast. a mesma quantidade de Primer
(impor)
Para projetos de cana-de-açúcar são necessários mais conectores união devido a possíveis cortes
que ocorrem durante o processo de plantio. Assim são necessários em média de 5 a 10 conectores
por linha lateral do projeto.
5. Aspectos Econômicos
Versão 1.1 38
Exemplo: Opção 01: Conjunto Motobomba 40cv
Versão 1.1 39
* Para que a pressão necessária seja mais baixa é
necessário que se perca menos energia nas tubulações, por isso nessa opção teriam que ser usados
tubos com diâmetro maior, logo tubos mais caros.
* * V = 13.09CV * 736W * T * N * C
1000
Onde:
V = Custo com pagamento de energia referente aos 13.09CV durante o ano em Reais
T = Tempo diário do sistema de irrigação em horas
N = Número de dias irrigados
C = Valor em Reais de 1 kW.h na região da fazenda.
Através de uma análise rápida podemos ter uma idéia do tempo que o valor economizado
nos gastos com energia supera o investimento inicial mais caro.
Versão 1.1 40
Exemplo1:
Exemplo2:
Versão 1.1 41
Exemplo 3:
Exemplo 4:
Versão 1.1 42
Exemplo 5:
Exemplo 6:
Versão 1.1 43
6.1 Interligação Cavaletes x Linha Ramal
Versão 1.1 44
Exemplo1:
Exemplo2:
Versão 1.1 45
Exemplo3:
Versão 1.1 46
Montando um cavalete:
Cavalete 90mm
75mm
100mm
170mm
Versão 1.1 47
Final de Ramal:
Não são recomendados o uso de cap com rosca (opção 3 ou 6), pois não é possível fecha-
lo com o sistema em funcionamento. Ou seja, isto implica que dificilmente o operador fará a
limpeza da linha ramal.
Versão 1.1 48
7. Padrões de Planta Hidráulica
A padronização dos layouts facilita orçamento, checagem, detalhamento, montagem e
manutenção. Os layouts de planta hidráulica devem seguir os padrões conforme descreveremos
adiante.
Versão 1.1 49
Dados dos blocos:
Informação no cavalete:
Versão 1.1 50
Informação no cavalete: Pontos de tomada de pressão
Pressão Antes da
Válvula
Pressão Após a
Válvula
Exemplo:
Versão 1.1 51
Legendas: Resumo técnico do projeto
Versão 1.1 52
Legendas: Esquema de operações
Legendas: Cabeçalho
Versão 1.1 53
Exemplo de uma planta geral:
Versão 1.1 54
Memorial de Cálculo: incluir os cálculos de perda de carga da tubulação principal em anexo.
Perfil de Adutora:
- Dimensionar a adutora e seus acessórios
- Localização da válvula de retenção, de ar e de dreno
- Facilita a checagem e montagem
Versão 1.1 55
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Versão 1.1 56
8. Anexos
Protocolo de Projeto
Versão 1.1 57
Versão 1.1 58
Versão 1.1 59
Levantamento Planialtimétrico
− Dados que devem constar nas plantas planialtimétricas para elaboração de projeto de irrigação
localizada:
No caso de áreas menores que 100 ha, as plantas planialtimétricas devem ser feitas
preferencialmente em escala 1:2000 e para áreas maiores que 100 ha, utilizar escala de 1:5000.
Versão 1.1 60
Exemplo:
Versão 1.1 61
Anexo 2 - Filtragem
Parâmetros a analisar:
- Condutividade elétrica (EC)
- pH
- Cálcio (Ca)
- Bicarbonato (HCO3)
- Carbonato (CO3)
- Ferro Solúvel
- Ferro total
- Manganês (Mn)
- Magnésio (Mg)
- Sódio (Na)
- Potássio (K)
- Cloro (Cl)
- Sulfato (SO4)
- Fosfato (PO4)
- Nitogênio - Amoniacal (N-NH4)
- Nitogênio – Nitrato (N-NO3)
- Boro (B)
- Sólidos suspensos totais (TSS) base volume
- Total de sólidos dissolvidos (TDS)
- Matéria orgânica (MO)
Versão 1.1 62
Procedimentos para Avaliação da Qualidade da Água em Projetos de Irrigação
Localizada
META:
-Especialmente desenvolvido para as condições locais no Brasil
-Ajuda a definir a qualidade nas diferentes épocas do ano
-Oferece informação relevante para a definição dos Sistemas de:
a)Pre-Tratamento
b)Tratamento
c)Filtragem Principal
d)Filtragem Secundaria
e)Manutenção Preventiva
AVALIAÇÕES:
Versão 1.1 63
-Local de coleta:
-As amostras deve refletir onde será instalada a casa de bomba e ser fiel a profundidade do tipo
de sucção que será adotado, flutuante ou não.
-Importante:
-Planta Topográfica da região e do Projeto futuro
-Fotos dos Pontos de Captação, no dia da Coleta
-Requisitos do Cliente
-Possível área para implantação de piscinas de decantação e/ou pré-tratamento
-Levantar informações com o cliente sobre variação da qualidade de água durante o ano
-Pegar com o cliente análise da água caso já exista
PROCEDIMENTOS:
Versão 1.1 64
Tabela de escolha de Filtros:
Importante: Esta tabela é apenas indicativa, como primeira aproximação, para escolha da filtragem e não deve
ser utilizada como única fonte de decisão, pois outros fatores (tais como e não limitados a estes: carbonatos,
bactérias, etc.) podem influenciar na escolha.
Abreviaturas:
SM = sólidos minerais, não dissolvidos.
SO = sólidos orgânicos.
O grau de filtragem, independente do tipo de filtro, deve ser sempre compatível com o
emissor a ser utilizado, devendo-se utilizar filtros que não permitam a passagem de partículas
maiores que 1/6 da secção mínima de passagem da água do emissor ou conforme
especificação do fabricante do emissor.
Importante: Os níveis acima devem ser obtidos da análise de água e esta deve ser feita em
amostra coletada na época crítica.
APRESENTAÇÃO AO CLIENTE:
Versão 1.1 65
Anexo 3 – Desenhos dos Conectores
Dripnet 16150
Versão 1.1 66
Dripnet 16250
Versão 1.1 67
Dripnet 16350/Uniram 16009
Versão 1.1 68
Anexo 4 – Esquemas Simplificados de Montagem Fertirrigação
Esquema de Montagem sugerido Venturi + Motobomba
5cv
Versão 1.1 69
Esquema de Montagem sugerido Injeção Direta – MB Grundfos
Versão 1.1 70
Esquema de Montagem sugerido Injeção Direta – MB Dancor
Versão 1.1 71
Esquema de Montagem sugerido Venturi ¾” para injeção de cloro
Versão 1.1 72