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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Instituto de Geociências

Pirocloro (Nb) Diamante Turmalina


Classificação geoquímica dos elementos

Raio iônico (RI) e carga:


fatores que determinam a
ordem preferencial de
Elementos
fracionamento de metais
incompatíveis
entre mineral – fundido –
fase fluida

Elementos com grande raio


iônico
e/ou alta carga:
INCOMPATÍVEIS

MRFE = Mantle Rock HFSE = High- LILE = Large-ion


Forming Elements field strength lithophile
Cristalização magmática e concentração de metais

Elementos incompatíveis:
tendem a ser tornar mais
enriquecidos no fundido
residual:

(1) elementos de grande raio


iônico ( )

(2) elementos de grande força


de campo ( )
1500°C olivina Zircão Dunito
Apatita Cr, Ti,
Cromita V,Fe (ox)
(FeCr2O4) Plagioclásio Peridotito
Ca (anortita) Ni,Cu, EGP
1300°C Ortopiroxênio (Pt,Pd,Ir,
Magnetita Rh,Os,Ru)
1100°C ilmenita Gabro
Clinopiroxênio

900°C hornblenda
Diorito W-Mo-
Monzonito Sn-Cu-
800°C Biotita + K-feldspato + Na (albita) Granito Zn-Pb-
Mn-Ag-
Au

600°C Quartzo
Muscovita
H2O+CO2,B,F,Cl,PO42-, Sn-U-W
500 – 300°C Fluido metais Pegmatitos Be-Nb-
magmático Ta-Li-ETR
raro (magmas evoluem para o mínimo granítico que
pode cristalizar rapidamente ao atingir a temperatura do eutético antes da evolução e
separação de um “melt” altamente fracionado).

Geração de magmas residuais peralcalinos ou peraluminosos ricos em voláteis (F, B, Li


e P) que podem diminuir a temperatura do eutético, impedindo a rápida cristalização.

Magmas peralcalinos: gerados a partir de cristalização fracionada extrema de basaltos


alcalinos gerados a partir de baixas taxas de fusão do manto. Remoção de Al devido à
cristalização de plag, hb e Kfs resulta no caráter peralcalino.

Magmas peraluminosos: gerados a partir da fusão de rochas metassedimentares ricas


em B, F, P.
Pegmatitos:
ambientes tectônicos

2007

Groves & Bierlein (2007)


• Metais raros (Ta, Sn, W, Mo, Nb, Cs, Li, Be, Y, ETR);

• Gemas: berilo, turmalina, espodumênio, topázio,


espessartita

• Minerais industriais (feldspato, quartzo, mica,


aluminossilicatos de lítio, caolinita)
Pegmatitos: aspectos
texturais e zoneamento
• Pegmatitos geralmente ocorrem
como diques, sills, lentes no
interior ou próximo às margens
de intrusões graníticas
• Rocha constituída por
mineralogia similar à do granito;
• Textura grossa (>2,5 cm a
metros), mas variável
• Minerais exóticos e incomuns
(concentração de elementos
traço litófilos incompatíveis no
fundido silicático);
• Hábito esquelético e texturas de
intercrescimento gráfico
• Crescimento unidirecional dos
cristais London & Kontak (2012)
Pegmatitos: aspectos texturais e
zoneamento

Condições de
cristalização a
temperaturas
inferiores que a do
liquidus granítico;

Supersaturação da
fase fundida com
alta viscosidade em
componentes
formadores de
Textura gráfica quartzo e feldspato

Fenn (1986)

London & Kontak (2012)


Fracionamentro de elementos traço
incompatíveis em um fundido
silicático:
(A) a concentração de elementos traço no fundido é
controlada pelo fracionamento desses elementos
entre os minerais neo-formados e o fundido.

(B) a concentração de elementos traço no fundido é


modificada pela cristalização fracionada.

(C) saturação da concentração de elementos traço no


fundido resulta em cristalização de um mineral no ▪ Voláteis se particionam para a fase fluida
qual o elemento traço é o constituinte essencial (e.g. ▪ Elementos incompatíveis não voláteis se
Be no berilo) concentram no magma residual
Cristalização do magma granítico resulta na cristalização de minerais anidros e a concentração de
elementos incompatíveis, incluindo H2O e outros voláteis, aumenta no magma residual

Magma torna-se saturado na fase fluida resultando na exsolução de um fluido aquoso (boiling ou vapor-
saturation)

Densidade da fase fluida é menor que a do magma, por isso o fluido tende a ascender para a zona de
carapaça da câmera magmática

Saturação na fase fluida por diminuição da pressão


Saturação na fase fluida por cristalização progressiva (em maiores profundidades,
após estágios avançados de cristalização)

PEGMATITOS: para a formação de depósitos minerais é importante que a separação da fase


fluida ocorra tardiamente (“second boling”), após cristalização fracioanda bastante avançada.
O Puzzle dos Pegmatitos Pegmatitos Abissais: cortam rochas
metamórficas de alto grau

• Pegmatitos formam diques injetados principalmente em


rochas frias, em níveis crustais rasos (condições rúpteis);

• Cristalização inicia-se a ~450 oC, ou seja, 200-250 oC


abaixo da temperatura do liquidus granítico;

• Viscosidade do magma nessas condições seria muito alta,


semelhante à do piche asfáltico a 25 oC ;

• Elementos voláteis (B, F, P ) são considerados essenciais


para a cristalização de cristais muito grossos a partir do
magma residual altamente viscoso; London & Kontak (2012)
O Puzzle dos Pegmatitos
Cameron et al. (1949) – Cristalização Incompatível
fracionada da borda para o centro dos
corpos e concentração de elementos
litófilos incompatíveis (Li, Be, Ta, etc) e
voláteis (B, P, F) na fração remanescente do
magma;

Jahns & Burnham (1969) – Magma seria a


fonte dos constituintes, mas as texturas
seriam decorrentes da redisribuição dos
elementos pela fase fluida;

London (2009); London & Morgan (2012) – Supersaturação


Combinação dos conceitos anteriores, Voláteis (B, F, P)
propõe a formação de uma zona de
enriquecimento em voláteis (F, B, P) no
front de cristalização e uma maior
concentração de elementos incompatíveis CZR
em pequena área
Pegmatitos Marcam a transição do estágio
magmático para o hidrotermal-
magmático

Não zonados turmalina


berilo
verde - 12-14% BeO
 Quartzo + feldspato  mica
gemas azul - 10% BeO

Importância Econômica K-feldspato


> U, Th, Sn

An12
Zonados pertita
An10
microclineo plagioclásio
Minerais fonte de Li, Rb, Cs, An8
Be, Ga, Sc, Y, ETR, Sm, Nb, Núcleo An2
Ta, U, Th, Zr, Hf (metais
(quartzo)
raros)
Nb>Ta
Gemas: topázio, água- Intermediária Ta>Nb
marinha, turmalina, berilo
columbita-
Minerais industriais: feldspato, tantalita
quartzo e mica Borda
Guilbert & Park, 1986
Abissal: 4-9 kbar
PROFUNDO

(injetado em gnaisses
migmatíticos) 4 classes, 10 sub-
Muscovita: 5-8 kbar (sem classes
associação óbvia com
granitos)

ETR: 2-4 kbar (ocorre


proximal a intrusões
graníticas)

Miarolítico: importante
para gemas; 1-2 kbar
Cerny & Ercit (2005)
RASO

(associado a plutons
graníticos sub-vulcânicos)
Sn-Ta
LCT – Lítio-Césio-Tântalo
(associado a magmas graníticos
do tipo S) Nb-Ta

NYF – Nióbio-Ítrio-Fluor
Ta
(associado a granitos do tipo A e
rochas peralcalinas, ambientes
anorogênicos, fusão parcial de
rochas anidras ricas em
piroxênio) Linnen et al. (2012)
Elementos que Li [espodumênio – LiAl(Si2O6); lepidolita;
apresentam ambligonita – LiAlFPO4; petalita –
comportamento Li(AlSi4O10]
geoquímico
semelhante (Zr-Hf; Nb- Rb, Cs, Be [berilo – Be3Al2(Si6O18)], ETR, U,
Ta) são fortemente Th, Zr e Hf
fracionados entre
diferentes corpos de Ta [tantalita – (Fe,Mn)Ta2O6],
pegmatito e em um
corpo individual, Nb [columbita – (Fe,Mn)Nb2O6],
resultando na W [scheelita – CaWO4; wolframita –
formação de minerais (Fe,Mn)WO4 – ferberita – FeWO4],
exóticos; Mo (molibdenita – MoS2),
U (uraninita – UO2)
Enriquecimento em
Quartzo, feldspato e micas são utilizados como
sistema fechado minerais industriais.

Linnens et al. (2012)


Magmas graníticos
residuais fortemente
fracionados, ricos em
SiO2, Al2O3, K2O,
Na2O, água e voláteis,
elementos litófilos e
metais raros;

Controles
importantes: fonte
do magma
peraluminoso ou
peralcalino e
ambiente tectônico
Fracionamento extremo
pode resultar em
enriquecimento extremo
em elementos
incompatíveis (Be-Ta-Nb-
Li-Cs) e voláteis (H-C-Cl-F-
B-P)

Trueman & Cerny (1982)


Pegmatitos miarolíticos (GEMAS)
Topázio, berilo, turmalina,
espodumênio, espessartita;

Cavidades miarolíticas encontradas no


interior dos corpos pegmatíticos ou na
zona de contato entre pegmatitos e
rochas ultramáficas (esmeralda e
alexandrita);

Colocação muito rasa (1 a 2 km);

Últimos estágios colisionais durante


orogênese;

Importantes depósitos: Brasil (Província


Pegmatítica Oriental, MG; Província
Borborema, Madagascar, Rússia, EUA)
Distribuição dos depósitos de Gemas

De

Província
Borborema

Província
Pegmatítica
Oriental
Província Pegmatítica Oriental
Província Borborema

London & Kontak (2012)


Gemas em pegmatitos

London & Kontak (2012)


Simmons et al. (2012)

Simmons et al. (2012)


Simmons et al. (2012)
Magmatismo alcalino
•Nefelina sienitos, carbonatitos, lamproítos, kimberlitos
•Importantes depósitos de Fe, Cu, P, Zr, Nb, ETR, U, Th e
diamantes

Vulcão de carbonatito de Oldoinyo Lengai (9.442 Derrame recente de carbonatito (marrom escuro) sobre
pés), norte da Tanzania, Rift da África Oriental derrames anteriores (branco) no vulcão Oldoinyo
Lengai.
http://www.umr.edu/~rhagni/OLphotos.html
Metassomatismo do Manto
Resultado da desidratação da crosta
Magmas alcalinos: derivados do manto por baixas taxas de fusão oceânica durante o processo de
parcial a partir de granada lherzolitos em condições de alta Ptotal e subducção, que libera fluidos que
PCO2. migram ascendentemente interagindo
com o manto ou ascensão de plumas
mantélicas
Olivina nefelitinos podem ser espacialmente associados a vulcanismo
basáltico; Peridotito metassomatisado
apresenta maiores concentrações
Nefelinito e carbonatitos podem ser resultado de imiscibilidade a de metais raros e de base em
partir de um magma silicático rico em álcalis e com fase carbonática relação ao manto inalterado.
inicial que exsolve duas fases: uma fase líquida silicática e outra Metassomatismo causa redistribuição
carbonática; de elementos no manto e a fusão
parcial possibilita transferência de
Manto para originar magma com tais características pode ter sofrido material do manto para a crosta.
metassomatismo, que teria contribuído para seu enriquecimento em Herança pode ser crítica para a
voláteis e outros elementos incompatíveis. formação do depósito mineral.
Magmatismo
Alcalino e
Carbonatítico
Ambiente Cratônico

Simandl & Paradis (2018)


Groves & Bierlein (2007) - GEODYNAMIC SETTINGS OF MINERAL DEPOSITS
Journal of the Geological Society, London, Vol. 164, 2007, pp. 19–30.
• Sistemas de pluma

Brod (2012)
Monazita e bastnaesita em Concentrado de bastnaesita
fraturas em carbonatito com 60-65% REO

Alumínio
Nefelina
Feldspato
Rochas ornamentais
Níquel (laterítico) Gemas (sodalita)
Vermiculita Urânio
Barita Tório
Fluorita Zircônio
Cal Nióbio
Nefelina
Cobre
Molibdênio
Zircônio
Urânio Diamante
Tório
Ferro Cristal de pirocloro em Concentrado de pirocloro
Brod (2012) carbonatito
Carbonatitos
Rochas ígneas com >50% de carbonatos (calcita + dolomita + variedades de Fe-
carbonato  diopsídio  piroxênio Na  anfibólios  flogopita  apatita 
olivina) na composição modal

Podem formar um halo de alteração nas rochas encaixantes – anfibólio Na,


wollastonita, nefelina, pertita, augita, biotita marrom, flogopita e albita -
fenitização

Rochas intrusivas comumente associadas a complexos de rochas alcalinas.


Podem ocorrer como derrames e rochas piroclásticas.

Pipes (3-4 km de diâmetro), diques, sills, plugs

Complexos carbonatíticos são intrusivos em áreas cratônicas precambrianas


ou em riftes

Idade: do Pré-cambriano ao recente; mais abundantes a partir do Mesozóico

Forsterite-phlogopite-calcite carbonatite from Kovdor (Russia)


Morfologia dos Complexos
Carbonatíticos

Simandl & Paradis (2018)


1) Fundidos carbonáticos ricos em Ca e
Mg formados a partir da baixa taxa de
fusão do manto peridotítico rico em
carbonato abaixo de 70 km (resíduo
de cristalização fracionada de
magmas silicáticos);

2) Fundidos carbonáticos ricos em Ca,


Mg e Na formados a partir da
imiscibilidade e segregação dos magmas
alcalinos ricos em CO2 (imiscibilidade de
líquidos);

3) Fundido carbonático formado a partir


da fusão de eclogitos ricos em Ca na
crosta oceânica subductada. Simandl & Paradis (2018)
Carbonatitos: metassomatismo e fenitização

Fenitização:
Metassomatismo
alcalino nas rochas
encaixantes do
carbonatito
(Aumento de Fe,
Na, K, Ca e Al e
decréscimo de Si)

Aegirina, anfibólio sódico, feldspato alcalino e sulfetos nas


rochas metassomatisadas a partir da sua interação com
fluidos exsolvidos do carbonatito Simandl & Paradis (2018)
Depósitos minerais associados a Carbonatitos

Simandl & Paradis (2018)


Phalaborwa Carbonatite Complex
- Hospedam grande número de grandes depósitos minerais;

- Cada novo corpo de carbonatito descoberto tem uma chance Nb, Ta, REE,
de 7% de hospedar um depósito mineral gigante (Laznicka, fosfatos :
1999). carbonatitos
contêm a
- Os principais depósitos de ETR, Nb, Y, P2O5 e Zr são maioria das
hospedados por carbonatitos, que também são importantes reservas e
fontes de Cu, Fe e Sc. contribui com
parcela
significativa
da produção
mundial
Potencial econômico de carbonatitos
Simandl & Paradis (2018)

Depósitos, prospectos e
ocorrências mundiais

744 ocorrências

31 substâncias

Controles?

Brod (2012)
Depósitos associados a rochas alcalinas:
Carbonatitos

Nb, Ta, REE, fosfatos e Cu: carbonatitos contêm a maioria


das reservas e contribui com parcela significativa da
produção mundial

Mineralogia de minério:
pirocloro (Na3,Ca)2(Nb,Ti)(O,F)7 + apatita
[Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3] + anatásio + columbita-tantalita
[(Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6] ± zircão ± magnetita  minério
disseminado, veios ou de substituição.
Pirocloro Ilmenita
(Na3,Ca)2(Nb,Ti)(O,F)7 (Fe,Mg,Mn)TiO3

Mineralogia de minério:
pirocloro
(Na3,Ca)2(Nb,Ti)(O,F)7 +
apatita
[Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3] +
anatásio + columbita-
tantalita
[(Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6] ±
zircão ± magnetita 
minério disseminado,
Brod (2012) veios ou de substituição.
Controles Metalogenéticos: Imiscibilidade de
líquidos
• Carbonatitos como resíduo de cristalização fracionada de magmas
silicáticos – Menor potencial para mineralização

• Carbonatitos formados por imiscibilidade de líquidos – Maior


potencial para mineralização

Magma silicático imiscível


(Si, Al, Ti, Zr, Hf, Nb, Ta, Th)
Magma silicático rico
em CO2
Magma carbonatítico imiscível
(Na, K, Ca, Mg, Fe, P, CO2, ± ETR)

Brod (2012)
Líquidos carbonatíticos imiscíveis: sequestram elementos incompatíveis (P, Nb, Zr e ETR) do
magma silicático coexistente ou dos sólidos;

A concentração de elementos incompatíveis permite a cristalização de minerais de


elementos raros e deposição de cumulados a partir do magma carbonatítico;

A cristalização de calcita na formação dos calciocarbonatitos aumenta a concentração de Fe, Mg, P, F,


Na, ETR e Nb no magma carbonatítico residual, permitindo a cristalização de pirocloro, apatita e
magnetita em magmas magnesiocarbonatíticos. A solubilidade do pirocloro no líquido carbonatítico é
controlada por espécies dissolvidas (F, OH e P2O5).

A saturação em dolomita resulta em aumento na concentração de FeCO3 e Na2CO3. Concentrações de


ETR tornam-se mais elevadas (ETR é associado a carbonatitos dolomíticos ou ferrocarbonatito e
coexiste com natrocarbonatito).
Depósitos associados a rochas alcalinas:
Carbonatitos
Exemplos

Palabora (apatita, África do Bayan Obo (ETR, China)


Sul)
Fen (Fe, Noruega)
Mountain Pass (ETR, USA)
Palabora (Cu, vermiculita, apatita,
África do Sul)
Amba Dongar (fluorita, Índia)

Fluidos liberados durante a cristalização


Araxá, Catalão e de magmas carbonatíticos são salinos e
Tapira (Nb, P, ETR, Ti, ricos em elementos incompatíveis,
Brasil) representando grande potencial para a
Cargill e Martinson deposição de veios hidrotermais com
Lake (P, Canadá) ETR nas margens dos complexos
carbonatíticos.
Depósitos minerais associados a
carbonatitos

Níquel (laterítico)
Vermiculita
Barita
Fluorita
Cal
Nefelina
Cobre
Molibdênio
Zircônio
Urânio
Tório
Ferro Simandl & Paradis (2018)
Controles Metalogenéticos
Imiscibilidade de líquidos
Nióbio – Araxá Depósitos de Nb
associado a
0 1 km
foscoritos e
Silexito
nelsonitos
Calcita carbonatito
Dolomita carbonatito e
foscorito (flogopitito subordinado)
Dolomita carbonatito,
Nelsonito: rocha
foscorito e flogopitito constituída por
Flogopitito (dolomita carbonatito magnetita-
E foscorito subordinados)
ilmenita-apatita
Xistos fenitizados

Quartzito fenitizado

Foscorito: rocha
constituída por
olivina-magnetita-
Brod (2012) apatita-flogopita
47
Ribeiro et al (2012)
48
Ribeiro et al (2012)
49
Ribeiro et al. (2012) Ribeiro et al (2012)
Kimberlitos: Rochas com K2O entre 1-3%, Kimberlitos seriam gerados
por fusão parcial de
hidratadas (com mica e olivina) e granada peridotito
carbonatadas apesar de formadas em contendo flogopita ou
grandes profundidades no manto anfibólio potássico
(richterita) e fase
carbonática.
Ocorrem em pipes de brechas, diques ou Enriquecimento em K, Rb,
sills, e comumente extrudem em erupções H2O e CO2 indica
altamente explosivas metassomatismo do
manto.

Transportam xenólitos de granada


lherzolitos e eclogitos
Ambiente
Intracratônico

Quilhas litosféricas
Espessas;
Extensos lineamentos;
Zonas de fraqueza

Groves & Bierlein (2007) - GEODYNAMIC SETTINGS OF MINERAL DEPOSITS


Journal of the Geological Society, London, Vol. 164, 2007, pp. 19–30.
Depósitos de diamantes associados a Kimberlitos
Diques e sills hipoabissais e diatremas (rápida degaseificação - perda de CO2
- próximo à superfície e formação de brechas - diatremas)

Pipe kimberlítico

Kimberlite pipe through limestone


http://www.secretdiamondstocks.com/

Cratera, diatrema, rochas


vulcânicas/subvulcânicas, rochas
piroclásticas, sills, diques
Rocha ígnea intrusiva ou extrusiva
ultrabásica, rica em K e voláteis,
formada a partir da fusão do manto
Depósitos de diamantes associados a Kimberlitos

olivina  flogopita, diopsídio  calcita  apatita  magnetita  cromita 


granada (piropo)  diamante e outros minerais de alta P e T

xenólitos de peridotito, granada lherzolito, eclogito e harzburgito + diamante

Kimberlito Kimberlito (fotomicrografia) Xenólito de peridotito (Arizona)


https://www.weinrichmineralsinc.com/products/kimberlite-1506544.php
Quais são os gatilhos para o magmatismo
kimberlítico?

1) Fusão parcial do manto inferior ou da


zona de transição
2) Fusão parcial em resposta à subducção
profunda;
3) Fusão parcial no limite litosfera-
astenosfera;
4) Fusão parcial da astenosfera superior
favorecida por plumas e hot spots
•Diamante: polimorfo estável do carbono em
condições muito reduzidas a profundidades de
> 100 km e T > 900 oC

• Magmas kimberlíticos tipicamente intrudem


rochas antigas (> 2500 Ma; as vezes 1500 Ma),
mas são mais novos (Mesozóico e Cenozóico).
Episódios de colocação de magmas kimberlíticos
mais antigos (devoniano, 500 Ma e 1000 Ma) são
raros.

• Diamantes são xenocristais mais antigos que


os magmas kimberlíticos que os trazem à
superfície (1500 a 3000 Ma), indicando que
residiram no manto longos períodos de tempo
▪ Diamantes não se cristalizam no magma kimberlítico

▪ Diamantes são provenientes de zonas de litosfera sub-cratônica espessada (ao


menos 200 km) localizadas abaixo de escudos arqueanos e proterozóicos;

▪ Diamantes são gerados principalmente na Zona de Transição entre o manto


inferior e superior.

▪ São derivados de peridotitos e eclogitos no manto onde a P, T e ƒO2 permitem a


sua estabilidade

▪ Quilhas litosféricas espessas compreendem peridotito empobrecido (a partir do


qual magma mantélico foi extraído), assim como eclogito, mais novo e fértil.

▪ Na ascensão, o magma kimberlítico transporta fragmentos do manto e crosta

▪ Magma kimberlítico transporta diamantes (xenocristais) para a superfície ao


passar por porções do manto rico nesse mineral
Diamantes & Kimberlitos
Janela de formação do diamante

Manto reduzido

Fonte de carbono
> Conteúdo de água

Profundidade > 150 km


Pressão > 40 kbar; T> 950 oC
Diamantes & Kimberlitos
- Quilhas litosféricas

- Plumas mantélicas e
metassomatimo do manto

- Fluidos com C-H-O


interagem com peridotitos
e eclogitos no manto
(interação de magmas ricos
com carbonatos com fluidos
reduzidos ou de metano com
fluidos oxidados)

- Diamante: formado a partir


de magma ou mineral
Fluidos carbônicos ascendentes
metassomático?

Maior conteúdo de H2O e C


▪ Granada piropo rica em Cr
▪ Mg-Ilmenita
▪ Cr-Diopsídio
▪ Cr-espinélio
▪ Olivina

▪ Granada de eclogito, lherzolito e


harzburgito
▪ Granada piropo rica em Cr
▪ Mg-Ilmenita
▪ Cr-Diopsídio
▪ Cr-espinélio
▪ Olivina

▪ Granada de eclogito, lherzolito e harzburgito


Diamantes & Kimberlitos
Manto superior é empobrecido em
carbono (100 ppm) em relação ao
manto inferior (1000 a 3700 ppm). Plumas transferem magma e voláteis do manto
inferior ao superior e precipitam diamante em níveis
mais elevados na Zona de Transição, reduzida, ou nas
Fonte principal de carbono:
quilhas abaixo da espessa litosfera cratônica.
astenosfera
Transferência de massa em regiões mantélicas é
Manto superior é mais reduzido que conhecida como metassomatismo.
o inferior, que contém mais água.
Diamante do tipo P (peridotítico): fluidos carbônicos
Diamantes são formados no manto oxidados dissolvidos em plumas mantélicas
inferior, mas só podem ser ascendentes interagem com o manto superior
preservados no manto superior. reduzido e precipitam diamante.
Principais produtores:
1. Bostswana; 2. Russia; 3. África do Sul ; 4. Angola; 5. Zaire; 6. Namíbia; 7. Austrália
MINAS DE DIAMANTE
The largest diamond mine in
Botswana, Orapa Diamond Mine,
Botswana / (S21 30/E25 40)

http://www.ersdac.or.jp/ASTERimage/ASTERimage_library_E.html

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