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Boletim Imposto de Renda nº 04 - Fevereiro/2015 - 2ª Quinzena

Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das
alterações legais.

TRIBUTOS FEDERAIS

RETENÇÕES DAS ENTIDADES PÚBLICAS FEDERAIS - PARTE II


IN RFB nº 1.234/2012 - Casos Específicos

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO
2.1. Base de cálculo
2.2. Códigos e alíquotas
2.3. Retenção na fonte
2.4. Documento
2.5. Comprovação
2.6. Valor repassado
3. SEGUROS
4. TELEFONE
5. PUBLICIDADE E PROPAGANDA
5.1. Documentação
5.2. Retenção na fonte
6. CONSÓRCIOS
6.1. Documentação
6.2. Empresas nacionais e estrangeiras
7. REFEIÇÃO-CONVÊNIO, VALE-TRANSPORTE E VALE-COMBUSTÍVEL
8. COMBUSTÍVEIS E DEMAIS DERIVADOS DO PETRÓLEO
9. PRODUTOS FARMACÊUTICOS, PERFUMARIA, TOUCADOR E HIGIENE PESSOAL
10. BENS IMÓVEIS
11. LOCAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
12. PRESTADOR SEDIADO NO EXTERIOR
13. COMPROVANTE ANUAL DE RETENÇÃO

1. INTRODUÇÃO

De modo geral os serviços e bens fornecidos a órgãos públicos federais deverão sofrer a retenção na fonte do Imposto
de Renda e das Contribuições Sociais (PIS, COFINS e CSLL) previsto pela Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de
janeiro de 2012.

Existe casos específicos em que as condições de retenções sofrem algumas diferenciações, são esses casos
específicos que serão tratados aqui neste trabalho. Esta matéria é continuação do Boletim Imposto de Renda nº 13/2015
- RETENÇÕES DAS ENTIDADES PÚBLICAS FEDERAIS - Normas da IN RFB n º 1.234/2012.

2. AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO

O pagamento efetuado a agências de viagens em relação à passagens aéreas e rodoviárias, despesas de hospedagem,
aluguel de veículos e serviços afins, sofrerá a retenção sobre o total a pagar a cada empresa prestadora do serviço e
quando for o caso, do operador aeroportuário, sobre o valor referente a tarifa de embarque e da agência de viagem ,
sobre os valores cobrados a título de comissão pela intermediação da comercialização do bilhete de passagem ou pela
prestação do serviço de agenciamento de viagens na venda de passagens aos órgãos e entidades públicas. Artigo 12 da
IN RFB Nº 1.234/2012

2.1. Base de cálculo

Em relação às aquisições de passagens aéreas e rodoviárias a base de cálculo será o valor bruto das passagens
utilizadas, constantes nos bilhetes emitidos pelas agências de viagens, nominal ao servidor e não poderá ser diferente do
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valor da venda no balcão pelas empresas de transporte aéreo ou rodoviário, para o mesmo trecho ou período, não sendo
permitida as agências efetuarem acréscimos ou deduções.

2.2. Códigos e alíquotas

O código da Receita que deverá ser utilizado para recolhimento será e as suas respectivas alíquotas serão: § 11 do
artigo 12 da IN RFB Nº 1.234/2012

a) 6175: Passagens aéreas, rodoviárias e demais serviços de transporte de passageiros, inclusive, tarifa de embarque,
sendo a alíquota total de 7,05%, ou seja, 2,4% de IRPJ, 1% de CSLL, 3% de COFINS e 0,65% de PIS.

b) 8850: Transporte internacional de passageiros efetuado por empresas nacionais, sendo a alíquota total de 3,4%, ou
seja, 2,4% de IRPJ e 1% de CSLL.

2.3. Retenção na fonte

A retenção efetuada é considerada uma antecipação do devido e poderá ser deduzida ou compensada em relação ao
mesmo impostos e as mesmas contribuições pelo contribuinte que sofreu a retenção , seguindo as regras gerais
dispostas no artigo 9º da IN RFB Nº 1.234/2012.

2.4. Documento

A agência de viagem deverá apresentar ao órgão público o documento de cobrança contendo as seguintes
características: § 1º, artigo 12 da IN RFB Nº 1.234/2012

a) apresentará fatura e nota fiscal em seu nome somente em relação ao valor cobrado pela intermediação da
comercialização do bilhete de passagem ou pela prestação do serviço de agenciamento de viagens na venda de
passagens aos órgãos e entidades públicas, os quais se sujeitam à retenção de que trata o artigo 3° da IN RFB Nº
1.234/2012.

b) apresentará à contratante as faturas de sua emissão, separadas por prestador do serviço, das quais deverão constar:

I) o nome e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa prestadora do serviço e
o número e valor da nota fiscal, no caso de despesas de hospedagem, aluguel de veículos e prestação de serviços afins;

II) o nome e o número de inscrição no CNPJ da empresa prestadora do serviço e o número e valor do bilhete de
passagem aérea ou rodoviária emitido pela empresa transportadora, excluídos a tarifa de embarque, o pedágio e o
seguro, no caso de venda de passagens;

III) o número de inscrição no CNPJ do operador aeroportuário e, em destaque, o valor da tarifa de embarque; e

IV) o nome do usuário do serviço, que deverá ser identificado nas situações previstas nos itens "I" e "II".

O número do CNPJ da empresa prestadora de serviço ou do operador aeroportuário poderá ser efetuada em documento
distinto do documento de cobrança e no caso de diversos bilhetes de uma mesma empresa o número do CNPJ poderá
constar apenas na linha correspondente ao primeiro bilhete emitido. §§ 2º e 3º do artigo 12 da IN RFB Nº 1.234/2012.

2.5. Comprovação

O órgão ou entidade que efetuar a retenção deverá por ocasião do pagamento, fornecer a agência de viagem
comprovante da retenção efetuada, podendo ser uma cópia da DARF ou outro documento que comprove a retenção
efetuada em nome dos prestadores de serviços. § 5º do artigo 12 da IN RBF Nº 1.234/2012

2.6. Valor repassado

O valor que deverá ser repassado aos operadores aeroportuários será o valor referente à tarifa de embarque liquido, ou
seja, depois de deduzido as retenções efetuadas em nome deste, acompanhado do comprovante devido, conforme
listado no item 2.4. § 7º do artigo 12 da IN RFB Nº 1.234/2012

3. SEGUROS

Em relação aos pagamentos de seguros a retenção incidirá sobre o valor do prêmio pago à seguradora, ainda que por
intermédio de uma seguradora, não sendo permitida a dedução referente à corretagem.

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O direito a dedução do imposto retido pertence a companhia seguradora em nome da qual será emitido o comprovante
de retenção. Artigo 13 da IN RFB Nº 1.234/2012

4. TELEFONE

A retenção em relação as contas de telefone, será pelo valor total pago devendo o valor retido ser deduzido pela
companhia emissora da fatura. Artigo 14 da IN RFB Nº 1.234/2012

No caso de aluguel de linhas telefônicas, a retenção deverá ser efetuada sobre o valor pago relativo á aquisição do
direito ou aluguel das linhas telefônicas.

5. PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Em relação aos pagamentos referentes a serviços de propaganda e publicidade a retenção será efetuada em relação às
agências de propaganda e publicidade e a cada uma das demais prestadoras de serviço sobre o valor das respectivas
notas fiscais. Artigo 16 da IN RFB Nº 1.234/2012

5.1. Documentação

A agência de publicidade deverá apresentar ao órgão ou à entidade o documento de cobrança juntamente com os
seguintes documentos: §§ 1º e 2º, artigo 16 da IN RFB Nº 1.234/2012a) o nome e o número de inscrição no CNPJ de
cada empresa emitente de nota fiscal, listada no documento de cobrança; b) o número da respectiva nota fiscal e o seu
valor.

Quando houver mais de uma nota fiscal emitida pela mesma pessoa jurídica, essas informações poderão ser indicadas
apenas na linha correspondente à primeira nota fiscal listada.

5.2. Retenção na fonte

O imposto e as contribuições retidas poderão ser deduzidos pela empresa emitente das notas fiscais, de acordo com o
disposto no artigo 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012, na proporção de suas receitas, devendo o comprovante
anual de retenção ser fornecido em nome de cada empresa beneficiária.

6. CONSÓRCIOS

O consórcio constituído para o fornecimento de bens e serviços sofrerá a retenção do imposto de renda e das
contribuições sobre os pagamentos recebidos tendo por base o valor constante da respectiva nota fiscal de cada
empresa participante. Artigo 17 da IN RFB Nº 1.234/2012.

6.1. Documentação

A empresa líder deverá apresentar a unidade pagadora junto com os documentos de cobrança, as notas fiscais
referentes aos bens e serviços fornecidos de cada empresa participante do consórcio. § 1º, artigo 17 da IN RFB Nº
1.234/2012

6.2. Empresas nacionais e estrangeiras

Em relação aos pagamentos efetuados para consórcios formados entre empresas nacionais e estrangeiras as regras
aplicadas serão as seguintes: § 2º, artigo 17 da IN RFB Nº 1.234/2012

a) empresas nacionais: A retenção será efetuada de acordo com as alíquotas constante no Anexo I da Instrução
Normativa RFB nº 1.234/2012.

b) empresas estrangeiras: As retenções seguirão as normas estabelecidas para as pessoas jurídicas domiciliadas no
exterior, conforme trataremos mais adiante.

7. REFEIÇÃO-CONVÊNIO, VALE-TRANSPORTE E VALE-COMBUSTÍVEL

Os pagamentos efetuados as intermediárias referentes a aquisição de vale refeição ou alimentação, vale transporte e
vale combustível, sofrerão a retenção dos impostos e contribuições sobre o valor da corretagem ou da comissão
recebidos pela pessoa jurídica intermediária constante na nota fiscal, caso não haja comissão ou corretagem na nota
fiscal deverá constar a informação na nota fiscal : “valor da corretagem ou comissão: zero". §§ 1º e 2º, artigo 18 da IN
RFB Nº 1.234/2012.

8. COMBUSTÍVEIS E DEMAIS DERIVADOS DO PETRÓLEO


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Haverá retenção dos Impostos e contribuições nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal
direta, autarquias e fundações federais relativos aos pagamentos efetuados na aquisição de gasolina, gasolina de
aviação, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação diretamente de refinarias de petróleo,
demais produtores e de importadores. Artigos 19, 20 e 21 da IN RFB Nº 1.234/2012.

As retenções ocorrerão nos seguintes códigos e alíquotas:

a) 9060, na alíquota total de 4,89% (0,24% de IR; 1% de CSLL; 3% de COFINS e 0,65% de PIS) para os seguintes
produtos: Gasolina, inclusive de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), combustíveis derivados de
petróleo ou de gás natural, querosene de aviação (QAV), e demais produtos derivados de petróleo, adquiridos de
refinarias de petróleo, de demais produtores, de importadores, de distribuidor ou varejista; Álcool etílico hidratado,
inclusive para fins carburantes, adquirido diretamente de produtor, importador ou distribuidor; Biodiesel adquirido de
produtor ou importador.

b) 8739, na alíquota total de 1,24% (0,24% de IR e 1% de CSLL) ficando dispensada a retenção da Contribuição para o
PIS e da COFINS para os seguintes produtos: Gasolina, exceto gasolina de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de
petróleo (GLP), derivados de petróleo ou de gás natural e querosene de aviação adquiridos de distribuidores e
comerciantes varejistas; Álcool etílico hidratado nacional, inclusive para fins carburantes adquirido de comerciante
varejista; Biodiesel adquirido de distribuidores e comerciantes varejistas; Biodiesel adquirido de produtor detentor regular
do selo "Combustível Social", fabricado a partir de mamona ou fruto, caroço ou amêndoa de palma produzidos nas
regiões norte e nordeste e no semiárido, por agricultor familiar enquadrado no Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf).

9. PRODUTOS FARMACÊUTICOS, PERFUMARIA, TOUCADOR E HIGIENE PESSOAL

As pessoas jurídicas que procedem à industrialização, à importação, à distribuição e à venda a varejo de produtos
farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal será devida a retenção do IR, da CSLL, da Contribuição
para o PIS e da COFINS, mediante os seguintes códigos e alíquotas: Artigo 22 da IN RFB Nº 1.234/2012.

a) 8767, na alíquota total de 2,2% (1,2% de IR e 1% de CSLL), não ficando sujeitos à retenção do PIS e COFINS os
seguintes produtos:

I) Produtos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, exceto no código 3003.90.56, na posição 30.04,
exceto no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2, e
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10 e 3006.60.00, e dos produtos de perfumaria, de toucador,
ou de higiene pessoal classificados nas posições 33.03 a 33.07, e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e 96.03.21.00,
todos da Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos pagamentos efetuados a comerciantes
varejistas.

II) Produtos classificados na posição 30.03, exceto no código 3003.90.56; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3,
3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2; nos códigos 3001.20.90, 3001.90.10, 3001.90.90, 3002.90.20, 3002.90.92,
3002.90.99, 3005.10.10 e 3006.60.00; e na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46, da Tipi. nos pagamentos
efetuados às pessoas jurídicas beneficiárias de regime especial de utilização de crédito presumido da contribuição para o
PIS e da COFINS, previsto no artigo 3º da Lei nº 10.147/2000, que procedam à industrialização e à importação dos
produtos tributados na forma do inciso I do artigo 1º da Lei nº 10.147/2000.

10. BENS IMÓVEIS

Para os pagamentos efetuados na aquisição de bens imóveis serão observadas as regras a seguir: Artigo 23 da IN RFB
Nº 1.234/2012

a) quando a venda for efetuada por uma pessoa jurídica que tem como atividade de compra e venda de imóveis
adquiridos de entidades abertas de previdência complementar com fins lucrativos cabe a retenção do IRPJ, CSLL, PIS e
COFINS.

b) se o imóvel pertencer ao imobilizado da empresa vendedora, caberá a retenção do IR e da CSLL.

c) se o imóvel for adquirido de entidades abertas de previdência complementar sem fins lucrativos, caberá a retenção da
CSLL, da COFINS e do PIS.

11. LOCAÇÃO DE BENS IMÓVEIS

Será feita a retenção de IR e das contribuições sobre o valor total pago à pessoa jurídica quando referir-se a alugueis de
imóveis. §§ 1º e 2º, artigo 34 da IN RFB Nº 1.234/2012

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Considerando que os pagamentos sejam efetuados por intermédio de administradora de imóveis esta deverá fornecer à
unidade pagadora o nome e CNPJ da pessoa jurídica beneficiária .

Em se tratando de pagamentos efetuados à entidade aberta de previdência complementar sem fins lucrativos não haverá
a retenção do IR, mas cabendo a retenção da CSLL, COFINS e PIS nos códigos: 6228, 6243 e 6230 respectivamente.

12. PRESTADOR SEDIADO NO EXTERIOR

Nos casos de pagamento à pessoas jurídicas sediadas no exterior a retenção ocorrerá na data que corresponder ao
pagamento, crédito, entrega ou remessa para o exterior e as alíquotas serão as vigentes à época em que ocorrer o fato
gerador. §§ 1º, 2º e 3º do artigo 35 da IN RFB Nº 1.234/2012

Nos casos em que o pagamento ao beneficiário ocorrer por intermédio de uma agência de publicidade a obrigatoriedade
da retenção do IR será da própria agência.

13. COMPROVANTE ANUAL DE RETENÇÃO

O órgão ou entidade que efetuar a retenção deverá fornecer à pessoa jurídica beneficiária do pagamento comprovante
anual de retenção, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente, podendo ser disponibilizado em meio eletrônico,
conforme modelo constante do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012, informando, relativamente a cada
mês em que houver sido efetuado o pagamento, os códigos de retenção, os valores pagos e os valores retidos. Artigo 37
da IN RFB N º 1.234/2012

ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDA


Autor: Marineusa Andreico Rodrigues

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


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artigo 184 do Código Penal.

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