Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Org.)
DIVERSIDADE SEXUAL
E DE GÊNERO
abordagens multidisciplinares
científica digital
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
www.editoracientifica.com.br - contato editoracientifica.com.br
1ª EDIÇÃO
científica digital
2023 - GUARUJÁ - SP
CONSELHO EDITORIAL Prof. Dr. Humberto Costa
Prof. Dr. Joachin Melo Azevedo Neto
Prof. Dr. Jónata Ferreira de Moura
Prof. Dr. André Cutrim Carvalho Prof. Dr. José Aderval Aragão
Prof. Dr. Antônio Marcos Mota Miranda Prof. Me. Julianno Pizzano Ayoub
Profª. Ma. Auristela Correa Castro Prof. Dr. Leonardo Augusto Couto Finelli
Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Cordeiro Prof. Dr. Luiz Gonzaga Lapa Junior
Prof. Dr. Carlos Alexandre Oelke Prof. Me. Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva
Profª. Dra. Caroline Nóbrega de Almeida Profª. Dra. Maria Cristina Zago
Profª. Dra. Clara Mockdece Neves Profª. Dra. Maria Otília Zangão
Profª. Dra. Claudia Maria Rinhel-Silva Prof. Dr. Mário Henrique Gomes
Profª. Dra. Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco Prof. Dr. Nelson J. Almeida
Prof. Dr. Cristiano Marins Prof. Dr. Octávio Barbosa Neto
Profª. Dra. Cristina Berger Fadel Prof. Dr. Pedro Afonso Cortez
Prof. Dr. Daniel Luciano Gevehr Prof. Dr. Reinaldo Pacheco dos Santos
Prof. Dr. Diogo da Silva Cardoso Prof. Dr. Rogério de Melo Grillo
Prof. Dr. Ernane Rosa Martins Profª. Dra. Rosenery Pimentel Nascimento
Prof. Dr. Everaldo dos Santos Mendes Prof. Dr. Rossano Sartori Dal Molin
Prof. Dr. Fabricio Gomes Gonçalves Prof. Me. Silvio Almeida Junior
Profª. Dra. Fernanda Rezende Profª. Dra. Thays Zigante Furlan Ribeiro
Prof. Dr. Flávio Aparecido de Almeida Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista
Profª. Dra. Francine Náthalie Ferraresi Queluz Prof. Dr. Willian Carboni Viana
Profª. Dra. Geuciane Felipe Guerim Fernandes Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
10.37885/231014677
RESUMO
1 O uso da sigla sintetiza o grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Travestis, Transgêneros e
Intersexuais, tendo a presença do + como representação das demais orientações sexuais e de gênero. Por
escolha investigativa tomei a orientação pela não utilização do uso da letra “Q” e “A”, que definem aqueles
que se identificam como Queer e Assexuais. Visto o fato do termo Queer que em tradução livre significaria
“bizarro” ou “estranho” derivar de um movimento de ressignificação e resistência dos grupos que fugiam ao
padrão cisheteronormativo dentro da realidade estadunidense, por isto, Guse, Esquincalha e Moura (2021),
compreendem que no aspecto brasileiro o conceito posto sobre as letras Q e A, poderia ser compreendido
pelo uso do “I+”, ou seja, os intersexuais que neste cenário representariam os sujeitos que naturalmente
desenvolvem traços da sexualidade feminina e masculina e que popularizou-se principalmente a partir do
Estado de São Paulo. Nesta pesquisa optamos pelo uso das siglas LGBTI+, tendo o “+” como compreensão dos
múltiplos grupos que ainda não se sentem representados na sigla.
2 Conceito obtido pela ideia de Walter Benjamin (1994) na obra escrita e lida por Moura e Nacarato (2017, p. 16).
3 Sobre o conceito de recordações-referências Abrahão (2011) utiliza em determinado ponto de seu trabalho a
concepção de Josso (2002) que acreditamos ser a melhor para compreendermos as recordações-referências
por ela trabalhada como parte constituinte das narrativas de formação, que em sua natureza produzem a
rememoração sobre nossas histórias de vida, é uma ação de repensar e ressignificar o que foi experienciado
e através deste processo analisar as motivações de nossas escolhas, as influências que nos são dirigidas e dos
cenários que nos fazem sujeitos singulares e plurais, colocamos o sujeito diante de si mesmo, e este si próprio
continuaria a se transformar a cada nova recordação-referência rememorada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. Memoriais de formação: a (re)significação das imagens-
lembranças/recordações-referências para a pedagoga em formação. Educação, v. 34, n. 2, 14 jul. 2011.
Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/8708. Acesso
em: 30 set. 2023.
BOURDIEU, Pierre. A dominação Masculina. Petrópolis: Editora Vozes, 1998. A dominação masculina/
Pierre Kühner. 11. ed. Rio de Janeiro. Tradução Maria Helena Bertrand Brasil, 2012.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 6. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da
Educação Superior 2021: notas estatísticas. Brasília: DF: Inep, 2022.
COULON, Alain. A condição de estudante: a entrada na vida universitária. Salvador: EDUFBA, 2008.
FERRAROTTI, Franco. História e histórias de vida. Trad. Carlos Eduardo Galvão, Maria da Conceição
Passegi. Natal, Rio Grande do Norte: EDUFRN, 2014.
MOURA, Jónata Ferreira de; NACARATO, Adair Mendes. A entrevista narrativa: dispositivo de produção
e análise de dados sobre trajetórias de professoras. Cadernos de Pesquisa, São Luís, v. 24, n. 1, p.
15-30. jan./abr. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18764/2178- 2229.v24n1p15-30. Acesso em:
29 Set. 2023.
MOURA, Jónata Ferreira de. Narrativas de vida de professores da educação infantil na constituição
da formação docente: as marcas e as ausências da matemática escolar. 2015. 177f. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Universidade São Francisco, Itatiba, 2015.
OLIVEIRA, Lívia Machado; SILVA JUNIOR, Jonas Alves da; MOURA, Jónata Ferreira de; SILVA, Matheus
Fortunato da. Presença notada, ausência sentida: concepções de docentes homens na educação infantil.
In: MOURA, Jónata Ferreira de. Educação, Gênero e Sexualidade: perspectiva crítica e decolonial no
espaço escolar e não-escolar. Guarujá: Editora Científica Digital, 2021, p. 46-64.
PINEAU, Gaston. As histórias de vida como artes formadoras da existência. In: SOUZA, Elizeu Clementino
de; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (Org.) Tempos, Narrativas e Ficções: a invenção de si.
Porto Alegre: EDPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2006, p. 42-59.
SCOTT, Joan. Gênero: Uma categoria útil para análise histórica. TRADUÇÃO: Christine Rufino Dabat
Maria Betânia Ávila. New York, Columbia University Press. 1989. Disponível em: https://edisciplinas.
usp.br/pluginfile.php/185058/mod_resource/content/2/G%C3%AAnero-Joan%20Scott.pdf Acesso
em: 26 de Set. 2023.
STRAIOTTO, Débora Silva; “... E eu pensei: o que estou fazendo aqui?!” homens egressos do curso
de pedagogia: estabelecimento e deslocamento na profissão. 2017. 146 f. Dissertação (Mestrado em
Educação) - Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2017.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA: CORPO, GÊNERO E
SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Maurício Almeida
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
10.37885/230814133
RESUMO
DESENVOLVIMENTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALTMANN, H. Educação física escolar: relações de gênero em jogo. São Paulo: Cortez, 2015.
BOSCATTO, J. D. et al. A educação física nos Institutos Federais: diagnóstico acerca dos referenciais
curriculares, conteúdos e abordagens metodológicas. Revista Prática Docente, v. 5, n. 3, p. 1627-1645,
2020.
BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos Cedes, v. 19, p.
69-88, 1999.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: Ministério da Educação, 1998.
DOS SANTOS, S. P. Jogos e brincadeiras na Educação Física: uma ferramenta pedagógica para
desmitificar a separação por sexo nas aulas contribuindo para o desenvolvimento do educando.
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física) – Centro Universitário AGES,
Paripiranga, 2021.
MARIANO, E. D. et al. They can get hurted: Struggles to combat gender prejudice in School Physical
Education. Research, Society and Development, v. 10, n.3, e4410312946, 2021.
OLIVEIRA, D. S. et al. Corpo e gênero nas práticas inclusivas de Ginástica Para Todos na Educação
Física Escolar. Educación Física y Ciencia, v. 23, n. 2, e180, 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Sexual health, human rights and the law. Geneva:
OMS, 2015.
RIBEIRO, S. R. Atividades Rítmicas e Expressivas: a dança na educação física. Curitiba: InterSaberes, 2019.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
10.37885/230914331
RESUMO
1 Esse texto será escrito na primeira pessoa do singular, a partir de uma ideia de escrita (auto)transformadora
(PASSEGGI, 2021), que em dados momentos dialoga com autores/as, tornando-se “nós”, e em outros
momentos um “eu” (coletivo/singular).
2 Conforme Spivak (2010), as pessoas consideradas subalternas são aquelas que estão as margens da sociedade,
e que são tidas como inferiores diante das classes hegemônicas de dominação.
3 Existem diversas formas de se escrever e referir a essa sigla, entretanto optamos por essa ao entender que a
mesma supri nossas necessidades de diálogo e pesquisa a partir de nossos aportes teóricos.
4 Considero utilizar esse termo, por entender que majoritariamente as produções mais valorizadas e citadas
dentro das Universidades são escritas por homens, brancos e heterossexuais.
IDENTIFICAÇÃO LGBTIA+
AUTOR/A
REGIÃO
TÍTULO
TIPO
ANO
Rompendo a mordaça: repre-
sentações de professores e pro-
Joyce Alves da Silva5 2010 Tese Sul Mulher Trans
fessoras do ensino médio sobre
homossexualidade
Travestis na escola: assujei-
Luma Nogueira
tamento e resistência à ordem 2012 Tese Nordeste Travesti
De Andrade
normativa
Experiência e constituição de
sujeitos docentes: relações de Roney Polato
2014 Tese Sudeste Homem Gay
gênero, sexualidades e formação De Castro
em pedagogia
Por inflexões decoloniais de
corpos e identidades de Gê-
Viviane Vergueiro
nero inconformes: uma análise 2015 Dissertação Nordeste Mulher Trans
Simakawa
autoetnográfica da Cisgenerida-
de como normatividade
O diabo em forma de gente:
(r)existências de gays afemina- Megg Rayara
2017 Tese Sudeste Travesti
dos, viados e bichas pretas na Gomes De Oliveira
educação
Infâncias queer nos entre-
-lugares de um currículo: a João Paulo De
2018 Dissertação Sudeste Homem Gay
invenção de Modos de vida Lorena Silva
transviados
“Por que eu sou é homem?”:
Kauan Santos
O entre-lugar de bichas pretas 2019 Dissertação Nordeste Bicha Preta6
Almeida
na escola
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.
5 Joyce é uma mulher trans que realizou sua transição entre os anos de 2022/2023, sendo assim a sua pesquisa
de doutorado apresenta ainda seu nome morto (nome dado ao nascer, mas ao qual não se identifica atualmen-
te), e como forma de valorização nessa pesquisa, já iremos referenciar com seu nome novo.
6 Utilizar o termo bicha preta, e não homem gay é uma forma de especificar homens homossexuais que são consi-
derados mais femininos e possuem características e trejeitos mais estigmatizados socialmente por conta disso.
(ALMEIDA, 2019)
7 Esse é um termo cunhado pelo autor, para saber mais sobre o mesmo, acessar sua tese de doutorado referen-
ciada ao final desse trabalho.
8 Entendida não apenas como uma forma de expressar homossexualidade, mas como várias e distintas cada qual
atravessada pelas suas interseccionalidades (CASTRO, 2014).
9 A heteronormatividade refere-se ao padrão normativo que controla os gêneros e sexualidades a partir da ideia
de que a heterossexualidade é única e natural (MISKOLCI, 2017).
10 Esse é um termo cunhado pelo autor, para saber mais sobre o mesmo, acessar sua tese de doutorado referen-
ciada ao final desse trabalho.
11 A cisnormatividade refere-se as normas sociais que impõe os gêneros cis como privilegiados e únicos dentro da
sociedade, de forma a nomeá-los como principais e os demais como incorretos e monstruosos (VERGUEIRO,
2015).
12 Segundo Quijano (2010), a colonialidade é uma forma de poder angular que se utiliza de classificações étnicas
raciais para dominação e controle social, por meio de hierarquizações que possibilitam uma reprodução de
conceitos, planos e dimensões e diversas esferas desses padrões a partir da ideia branca.
13 Esse é um termo cunhado pelo autor, para saber mais sobre o mesmo, acessar sua dissertação de mestrado,
referenciada ao final desse trabalho.
CONSIDERAÇÕES (IN)CONCLUSIVAS
Devo admitir que não foi nada fácil a produção deste trabalho, seja por
todas as dificuldades de encontrar e selecionar as obras, quanto o processo de
escolha e de valorização das que aqui foram escolhidas. Mas ao mesmo tempo
ANDRADE, Luma Nogueira de. Travestis na escola: assujeitamento e resistência à ordem normativa.
2012. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/7600. Acesso em: 06 abri. 2022.
SILVA, Joyce Alves da. Rompendo a mordaça: representações de professores e professoras do ensino
médio sobre homossexualidade. 2010. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/
tde-27012011-144716/pt-br.php. Acesso em: 06 abri. 2022.
OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. O diabo em forma de gente: (r) existências de gays afeminados,
viados e bichas pretas na educação. 2017. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em
Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.
br/handle/1884/47605. Acesso em: 06 abri. 2022.
SILVA, João Paulo de Lorena. Infâncias queer nos entre-lugares de um currículo: a invenção de modos
de vida transviados. 2018. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufmg.
br/bitstream/1843/BUOS-B5THZ5/1/disserta__o_de_mestrado_joao_paulo_de_lorena_silva.pdf.
Acesso em: 06 abri. 2022.
REFERÊNCIAS GERAIS
ARROYO, Miguel. Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis: Vozes, 2014
BENTO, Berenice. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista Estudos Feministas
[online]. 2011, v. 19, n. 2. pp. 549-559. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200016.
Acesso em: 06 abri. 2022.
FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas” estado da arte”. Educação &
sociedade, v. 23, n. 79, p. 257-272, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v23n79/10857.
pdf. Acesso em: 06 abri. 2022.
FRANCO, Maria Amélia Rosário Santoro. Práticas pedagógicas de ensinar-aprender: por entre
resistências e resignações. Educação e Pesquisa [online]. 2015, v. 41, n. 3, pp. 601-614. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1517-9702201507140384. Acesso em: 13 dez. 2021.
LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Rev. Estud. Fem.
[online]. 2001, vol.9, n.2, pp.541-553.
PARAÍSO, Marlucy Alves. Um currículo entre formas e forças. Revista Educação. Porto Alegre, v. 38,
n. 1, p. 49-58, jan.-abr. 2015.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SOUSA SANTOS, Boaventura de;
MENESES, Maria Paula. (Orgs.) Epistemologias do Sul. São Paulo:Cortez, p. 72 – 117, 2010.
ROMANOWSKI, Joana Paulin; ENS, Romilda Teodora. As pesquisas denominadas do tipo “estado da
arte” em educação. Revista diálogo educacional, v. 6, n. 19, p. 37-50, 2006. Disponível em: https://
periodicos.pucpr.br/dialogoeducacional/article/download/24176/22872. Acesso em: 06 abri. 2022.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida;
Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Tradução Cristina Antunes e João Geraldi. 1
ed. 5 reimp. Belo Horizonte, Autêntica, 2021.
LESBOFOBIA, HOMOFOBIA,
TRANSFOBIA, RACISMO E ASSÉDIO:
REVISÃO SISTEMÁTICA QUALITATIVA DE
LITERATURA
10.37885/230814148
RESUMO
MÉTODOS
Para a seleção dos estudos nas bases de dados foram adotados critérios
de inclusão e exclusão, que delimitaram apenas os artigos que investigaram os
conteúdos sobre lesbofobia, homofobia, transfobia, racismo e assédio. Como
critério de inclusão foram analisados inicialmente o título, resumo e palavras-
-chave, ressaltando que todos os artigos foram analisados, sem temporalizar.
Como critério de exclusão, eliminamos aqueles que não abordavam claramente
os temas da pesquisa.
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
AMARAL, M. J. O negro e a luta por reconhecimento: as cotas raciais na Universidade. Dissertação
(Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande, FURG, Programa de Pós-Graduação em Educação,
Rio Grande do sul, RS, 2019.
BOTELHO, L. L. R.; CUNHA, C. C. A.; ·MACEDO, M. O método da revisão integrativa nos estudos
organizacionais. Gestão e Sociedade. Belo Horizonte, v.5, n. 11, p. 121-136, 2011.
GLUZ, N. Discriminação positiva. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.; VIEIRA, L. M F. Dicionário:
trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2010. CDROOM.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4.ed. Tradução de:
Márcia Bandeira de Mello Leite Nunes. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. p. 13.
GOMES, J. B. O debate constitucional sobre as ações afirmativas. In.: SANTOS, R. E.; LOBATO, F.
(Orgs.). Ações afirmativas: políticas públicas contra as desigualdades raciais. Rio de Janeiro: DP&A,
2003, p. 15-57.
MAGNONI, A; SOUZA, E C. “cores e flores para tita”: diálogos sobre transgeneridade, transfobia e
trans-ativismo. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto) biográfica, v. 1, n. 3, p. 627-640, 2016.
MEDEIROS, C A. Na lei e na raça – legislação e relações raciais, Brasil - Estados Unidos. Rio de
Janeiro: DP&A, 2004.
MORSBACH, M. O negro na vida americano. Tradução de Laura Lúcia da Costa Braga. Rio de Janeiro:
Gráfica Record editora, 1969.
PIOVESAN, F. Ações afirmativas sob a perspectiva dos direitos humanos. In.: SANTOS, S. A. (Org.).
Ações afirmativas e Combate ao Racismo nas Américas. Brasília: Ministério da educação, Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005, p.33-43. (Coleção Educação para todos).
RIBEIRO, N. Educação popular e discurso político nos movimentos sociais: relações de influência
entre lideranças e liderados. http://www.saberaberto.uneb.br/. 2022.
SILVA, Z. P. “Sapatão não é bagunça”: estudo das organizações lésbicas da Bahia. 2017.
10.37885/230914546
RESUMO
1 Para Lerner (1986, p.68-69), a partir de vestígios arqueológicos como esculturas e pinturas rupestres se inferiu
que as experiências dos primeiros grupos humanos estavam fortemente ligadas ao papel da progenitora.
Desse modo, a razão para a existência da representação feminina tida como “Deusa-Mãe” pode estar vinculada
à escolha da mulher como representação do divino, visto a associação ao princípio gerador da vida e o
encadeamento psíquico ocorrido entre mães e filhos.
2 Segundo a lenda, às amazonas eram filhas de Ares, o deus da guerra, com a ninfa Harmonia. Elas eram
guerreiras da Capadócia. Elas não aceitavam homens vivendo entre elas, os recebendo uma vez ao ano para
procriação. De acordo com a mitologia ás amazonas são representadas como mulheres fortes, sedutoras e
hábeis na arte da guerra.
3 Segundo os estudos de Stellman (2007) acreditava-se que homens e mulheres tinham órgãos genitais iguais,
sendo que nas mulheres se localizavam no interior do corpo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CARNEIRO, Maria Elizabeth Ribeiro Carneiro. Feminismo-feminismos. In: COLLING, Ana Maria;
TEDESCHI, Losandro Antonio. Dicionário Crítico de Gênero. 2. ed. Dourados, MS:. UFGD, 2019. p.
244-248.
BONENFANT, Maude. Le jeu comme producteur culturel: distinction entre la notion et la fonction de
jeu. Érudit. Montreal.Vol. 2. Number 1. p. 51-69, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.7202/045212ar.
Acesso em: 01 de set. de 2023.
BONWELL, Charles C.; EISON, James A. Active Learning: creating excitement in the classroom.
Washington: The George Washington University, 1991.
DUARTE, Constância Lima. Feminismo e Literatura no Brasil. Estud. Av., vol. 17, n. 49. São Paulo, 2003.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 2 – uso dos prazeres. 13. ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2022.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 175 p.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2007.
LERNER, Gerda. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. São
Paulo: Cultrix, 1986.
MILES, Rosalind. A história do mundo pela mulher. Trad. Bárbara Heliondora – Rio de Janeiro: LTC-
Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda: Casa-Maria Editorial, 1989.
RIBEIRO, Ana Paula. O estado da arte em gênero – mulher - em educação no Estado de São Paulo.
Monografia (Curso de Pedagogia). Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, 2015.p 10-15.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque
(Org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2019. p. 49-81.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Tradução: Christine Rufino Dabat Maria
Betânia Ávila. Texto original: Joan Scott – Gender: a useful category of historical analyses. Gender and
the politics of history. New York, Columbia University Press. 1989.
SOIHET, R. História das mulheres e história de gênero: um depoimento. Cadernos Pagu, Campinas, n.
11, p. 77-87, jul./dez. 1998. Disponível em:<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/
article/view/8634464>.Acesso em: 3 set. 2023.
THEVET, André. As Singularidades da França Antártica, a que os outros chamam de América. São
Paulo: Cia Editora Nacional, 1944.
NARRATIVAS DE DOCENTES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL SOBRE AS
RELAÇÕES DE GÊNEROS E
SEXUALIDADES
10.37885/230914530
RESUMO
DE ONDE PARTIMOS
1 Localizada na Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense, com população, em 2022, de 273.110 habitantes
e área territorial de 1.369, 039 km2 (IBGE), Imperatriz é a segunda maior cidade do Estado do Maranhão.
Estende-se pela margem direita do rio Tocantins e é atravessada pela Rodovia Belém-Brasília, situando-se na
divisa com o estado do Tocantins. Atualmente conta com 129 escolas da rede municipal.
Sem ter essa formação específica, o/a docente corre o risco de cair
no senso comum e relativizar aspectos referentes às sexualidades
e os gêneros que deveriam ser tratados com aparatos teóricos e
metodológicos próprios para tal abordagem. Por isso a importância
de uma formação docente de qualidade, para que possibilite ao/a
discente uma educação afetivo-sexual, não através de discursos
“moralistas” ou de cunho totalmente “liberal”, mas sim devendo
ter a clareza de que seu papel na escola é de catalisador/a e nao
de substituto da família. (Silva; Moura, 2022, p. 167)
O CAMINHO METODOLÓGICO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Cultura. Agência Nacional de Cinema. Instrução Normativa nº125/2015/ Brasília,
DF: Ministério da Cultura, 22 dez. 2015. Disponível BRASIL. em: https://www.gov.br/ancine/pt-br/
acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes- normativas. Acesso em: 15 de mar 2022.
BRASIL. Lei n. 13.257, de 08 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira
infância. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 153, n. 46, p. 1-4, 09 de março de 2016.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2016/lei/l13257.htm. Acesso
em: 01 de fevereiro de 2022.
CAMARGO, Ana Maria Faccioli de; RIBEIRO, Cláudia. Sexualidade(s) e infância(s): a sexualidade
como um tema transversal. São Paulo: Moderna; Campinas, SP: Editora da Universidade de Campinas,
1999. 144 p.
FELIPE, Jane; GUIZZO, Bianca Salazar. “Minha mãe me vestiu de Batman, mas eu sou a mulher gato”.
In: SEFFNER, F.; FELIPE J. (orgs.). Educação, gênero e sexualidade: (im)pertinências. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2022.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1: a vontade de saber. 13 ed. Tradução: Maria Thereza da
Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2022. 175 p. Título original:
Histoire de la Sexualité I: La Volonté de savoir.
LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da Sexualidade. In: LOURO, G. L. (org.). O corpo educado:
pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2022. p.07-34.
LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. 3 rev. amp.
Belo Horizonte: Autêntica, 2018. 90 p.
MOURA, Jónata Ferreira de. Narrativa de vida de professores da educação infantil na constituição
da formação docente: as marcas e ausências da matemática escolar. 2015. Dissertação (Mestrado
em Educação) – Universidade São Francisco. Itatiba, 2015. 177 p.
SILVA, Sirlene Mota Pinheiro de; MOURA, Jónata Ferreira de. Gêneros e sexualidades no currículo do
curso de pedagogia da Universidade Federal do Maranhão: discussões preliminares. In: MOURA, J. F.
de; SILVA, S. M. P. da. Gêneros e sexualidades: desafios na educação. Jundiaí SP: Paco, 2022. 216 p.
SOUSA, Ana Lúcia. Sexualidade humana e preconceito: do silêncio ao controle das condutas sexuais.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2010. 131 p.
VIANNA, Cláudia; FINCO, Daniela. Meninas e meninos na Educação Infantil: uma questão de gênero
e poder. Cadernos Pagu, (33), 265–283. 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/
index.php/cadpagu/article/view/8644928. Acesso em: 04 de fev. 2023.
10.37885/231014664
RESUMO
1 A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) destina-se a prevenir lesão contra preceitos
fundamentais da Constituição (nos termos do art. 102, § 1º, da Constituição da República, e da Lei n. 9.882/99).
In: MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 13 ed. São Paulo:
Saraiva, 2018, p. 688-689.
2 Disponível em: https://www.who.int/es/news-room/detail/28-09-2017-worldwide-an-estimated-25-million-
-unsafe-abortions-occur-each-year. Acesso em: 18 abr. 2020.
3 A subnotificação identificada pelos pesquisadores diz respeito aos dados existentes, considerando o banco
de dados oficiais nela trabalhado. Em outras palavras, essa subnotificação significa uma estimativa da zona
de penumbra que os pesquisadores conseguiram visualizar cruzando banco de dados oficiais. Não se trata,
portanto, de uma magnitude absoluta, mas relativa à dimensão visível do problema. Ressaltamos isso não
porque estejamos diante de um valor pouco relevante, ao contrário. É um valor elevado, ainda que circunscrito
somente à esfera do visível. Ocorre que, em países em que a legislação é punitiva em matéria de abortamento,
a subnotificação extrapola sobremaneira a esfera do visível. Com isso, gostaríamos de chamar a atenção para o
fato de que ela é ainda consideravelmente superior ao que pôde ser projetado pelos pesquisadores em questão:
a zona de penumbra visível é meramente uma parcela da zona de penumbra total, uma vez que, temendo ser
criminalizadas, punidas e rechaçadas socialmente, muitas mulheres recorrem ao abortamento clandestino,
suportam escondidas as complicações decorrentes de uma intervenção pouco ou nada segura e falecem
sozinhas ou com atestados de morte alterados (se pensamos em clínicas de aborto, por exemplo).
4 Isso ocorreu quando da discussão sobre a anencefalia fetal (ADPF 54) e o processo durou, em total, cerca de 8
anos.
5 Consta, entretanto, que apesar de ter sido debatida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), não chegou
a avançar. Está parada desde então à espera de um novo relator. Disponível em: https://www.jota.info/joti-
nhas/aborto-no-brasil-a-legislacao-sobre-interrupcao-de-gravidez-e-os-dados-oficiais-17052022. Acesso em:
6 dec. 2022.
6 Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/120152. Acesso em: 14 set.
2020.
DESENVOLVIMENTO
8 O Abort Action (tradução livre: Lei do Aborto) de 1967 é uma lei do Parlamento do Reino Unido que legaliza o
aborto sob certas condições e que regula a provisão paga por impostos de tais práticas médicas por meio do
Serviço Nacional de Saúde.
10 Expressão latina que significa, literalmente, “lembre-se da morte”. Sua mensagem representa algo assim como
“lembre-se que você é mortal” ou “lembre-se que você vai morrer”.
11 Vemos, em Federici (2017), que práticas como o aborto e a sodomia (realização de sexo anal) chegaram a ser
vistas pela Igreja, anteriormente, com certa indulgência, na medida em que vez permitiam fazer frente à proli-
feração descontrolada da massa de miseráveis. Distinto era o tratamento dado quando se tratava de mulheres
que lançavam mão de tais práticas com tal de esconder um “crime de fornicação”.
A punição à magia, antes do século XV, foi aplicada àqueles que faziam
uso de tais práticas para infligir dano às pessoas e às coisas. A partir de então,
quando o crime de maleficium foi suplantado pelo crime de bruxaria, não era mais
uma transgressão específica aquilo que se castigava, mas práticas anteriormente
aceitas de grupos de indivíduos que, agora, tinham que se tornar abomináveis
aos olhos da população. Não houve um rechaço social espontâneo à bruxaria,
isto é, ela não se tratava de um crime socialmente reconhecido cuja punibilidade
foi requerida de baixo para cima. Ela foi imposta de cima para baixo, e toda uma
campanha de horror e criminalização foi institucionalmente mobilizada, como
verificado no trecho acima. A obscuridade da acusação, a impossibilidade de
comprová-la, a punibilidade inclusive na ausência de qualquer dano comprovado
a pessoas e coisas, o fato de que a mera suspeita fosse suficiente para levar uma
13 Foram frequentes os julgamentos por supostos acontecimentos ocorridos várias décadas antes.
Conta Federici (2017) que no século XV, entre 1435 e 1487, vinte e oito
tratados sobre bruxaria foram escritos, culminando no tristemente célebre Mal-
leus Maleficarum (“O martírio das bruxas”) – o mais completo e cruel manual de
caça às bruxas –, apoiado na bula papal Summis Desiderantes de Inocêncio VIII,
que afirma a bruxaria como a nova ameaça da Igreja e a associa, por primeira
vez, com a contracepção e o aborto. Nos séculos seguintes (XVI e XVII) é que
vai aparecer a relação entre a bruxa e o diabo como uma das novidades intro-
duzidas pelos julgamentos. Sobre esse aspecto, a autora relata que as bruxas
foram acusadas de adoradoras do demônio sob o argumento de que vendiam
seu corpo e sua alma em troca de poderes mágicos, por meio dos quais teriam
assassinado inúmeras crianças a fim de sugar seu sangue e fabricar poções com
sua carne, além de causar a morte de vizinhos, provocar tempestades, destruir
gados e cultivos, e praticar, enfim, uma infinidade de outras abominações. Vemos
que a procriação é colocada no centro da disputa. Apesar de não se tratar do
único alvo da contrarrevolução capitalista, sendo inerente ao corpo da fêmea
humana, será necessariamente pelo corpo da mulher que o biopoder precisará
transcorrer em primeira instância para mobilizar o processo de acumulação
primitiva do capital.
Nos míticos encontros noturnos – ou sabá das bruxas – ocorreriam
supostamente os conjuros, a cópula das mulheres com o diabo, orgias, sacri-
fício de humanos e animais e conjurações de natureza satânica. Sobre isso, a
autora defende que, nos horrores evocados pelas autoridades a respeito destes
encontros e na obsessão dos juízes por punir as “conspirações demoníacas”, o
que se escuta é o eco das reuniões secretas que camponeses e pessoas vindas
de todas as partes realizavam à noite, em bosques e colinas desertas, para
tramar em segredo suas revoltas. Isso porque a caça às bruxas se desenvolveu
em um terreno de guerras rurais e urbanas contra a privatização das terras e a
Uma guerra de classes levada a cabo por outros meios: esse é o balanço
de Federici (2017) acerca do que representou a caça às bruxas. Segundo a autora,
calcinando corpos femininos, as classes dominantes cindiram, reprimiram e dis-
ciplinaram eficazmente o proletariado como um todo. Os séculos de propaganda
e terror conseguiram romper a solidariedade de classe e minar o seu próprio
poder coletivo. Isso sucedeu entre homens e mulheres, mas também entre as
Quanto aos crimes diabólicos das bruxas, eles não nos parecem
mais que a luta de classes desenvolvida na escala do vilarejo: o
“mau-olhado”, a maldição do mendigo a quem se negou a esmola, a
inadimplência no pagamento do aluguel, a demanda por assistência
pública […]. (FEDERICI, 2017, p. 310).
Muitas mulheres acusadas e processadas por bruxaria eram velhas
e pobres, e dependiam com frequência da caridade pública para
sobreviver. A bruxaria — segundo dizem — é a arma daqueles que
não têm poder. Mas as mulheres mais velhas eram também mais
propensas que qualquer outra pessoa a resistir à destruição das
relações comunais causada pela difusão das relações capitalistas.
Elas encarnavam o saber e a memória da comunidade. A caça
às bruxas inverteu a imagem da mulher velha: tradicionalmente
considerada sábia, ela se tornou um símbolo de esterilidade e de
hostilidade à vida. (FEDERICI, 2017, p. 348).
[Sobre as várias rebeliões camponesas ocorrida com anterioridade
à caça às bruxas em consequência da difusão do capitalismo rural],
podemos imaginar que o feroz trabalho de repressão […] e as
centenas e centenas de camponeses crucificados, decapitados e
queimados vivos, sedimentaram ódios insaciáveis e planos secretos
de vingança, sobretudo entre as mulheres mais velhas, que haviam
testemunhado e recordavam esses acontecimentos e que, por
isso, eram mais inclinadas a tornar pública, de diversas maneiras,
sua hostilidade contra as elites locais. (FEDERICI, 2017, p. 316).
DISCUSSÃO
14 Segundo Kimberlé Crenshaw (2002), o conceito de interseccionalidade permite uma melhor apreensão e
compreensão das desigualdades e discriminações quando elas operam juntas no nível de um mesmo sujeito.
Com o foco de análise nas sobreposições, a interseccionalidade mostra as diferenças existentes na diferença, as
exclusões manifestadas dentro da exclusão.
15 Sobre o pensamento decolonial, ressaltamos que, dentro da heterogeneidade de correntes teóricas que o
compõem, existem também aquelas que identificam e defendem uma síntese possível e fecunda entre os
elementos não-eurocêntricos da colonialidade e do marxismo, a partir da qual o sujeito subalterno em sua
especificidade assume condição protagônica nas teorias sociais. Isso é viável na medida da articulação entre
o marxismo clássico, componentes do essencialismo latino-americanista, com a luta pela superação da colo-
nialidade, do imperialismo e das novas formas de acumulação e reprodução do capital expressadas no nível do
poder, do saber e do ser. (AGUIAR, 2018).
16 A autora parte do conceito de “necropolítica” presente em MBEMBE, Achille. Necropolítica: seguido de sobre el
governo privado indirecto. Santa Cruz de Tenerife: Melusina, 2011.
17 Termo extraído pela autora de MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Portugal: Antígona, 2014.
18 https://www.eldiario.es/politica/pp-franco-dictador-silencio-exhumacion_1_1299001.html.
19 https://elpais.com/sociedad/2013/12/20/actualidad/1387544028_883233.html.
20 https://outraspalavras.net/outrasmidias/paulo-guedes-o-banqueiro-e-seus-tentaculos/; https://www.
btgpactualdigital.com/quem-somos.
21 https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/11/10/pgr-damares-alves.htm.
22 https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2020-11-30/demarcacao-indigenas-denunciam-reuniao-de-fazen-
deiros-com-ministerio-de-damares.html.
23 https://www.eldiario.es/euskadi/euskadi/cuerpo-mujer-ultima-frontera-capitalismo_1_4879508.html.
24 https://www.handmaidsbrasil.com/2020/06/margaret-atwood-compara-governo-de-bolsonaro-com-gilead.
html.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Jórissa Danilla. Por um marxismo decolonial: contribuições para a reflexão sociológica
contemporânea. Revista Observatorio Latinoamericano y Caribeño, n. 2, p. 59-78, 2018. Disponível
em: https://publicaciones.sociales.uba.ar/index.php/observatoriolatinoamericano/article/view/2784.
Acesso em: 29 jul. 2020.
ANIS – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. Aborto: por que precisamos descriminalizar?
Argumentos apresentados ao Supremo Tribunal Federal na audiência pública da ADPF 442 (agosto
de 2018). Brasília: LetrasLivres, 2019. Disponível em: https://anis.org.br/wp-content/uploads/pdf/
RELATORIO-ABORTO-PT.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.
CAMBRA-BADII, Irene; MASTANDREA, Paula e PARAGIS, María Paula. El mandato del nacimiento.
Cuestiones bioéticas y biopolíticas en la serie El cuento de la criada. Rev Med Cine, v. 14, n. 3, p. 181-
191, 2018.
CARDOSO, Bruno Baptista; VIEIRA, Fernanda Morena dos Santos Barbeiro e SARACENI, Valéria.
Aborto no Brasil: o que dizem os dados oficiais? Cadernos de Saúde Pública, v. 36, n. 1, p. 1-13, 2020.
DOI: 10.1590/01002-311X00188718.
CARVALHO, Salo de. Antimanual de Criminologia. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Juris/Instituto
Transdisciplinar de Ciências Criminais, 2ª edição, 2008.
DINIZ, Débora e CARINO, Giselle. Aborto, um sentimento de alívio. El País Brasil, São Paulo, 17 jan.
2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ortugu/2020-01-17/aborto-um-sentimento-de-alivio.
html#?sma=newsletter_brasil20200118. Acesso em: 17 abr. 2020.
DINIZ, Débora; MEDEIROS, Marcelo e MADEIRO, Alberto. Pesquisa Nacional de Aborto 2016. Ciência
& Saúde Coletiva, v. 22, n. 2, p. 653-660, 2017. DOI: 10.1590/1413-81232017222.23812016.
DONOHUE, John e LEVITT, Steven. The Impact of Legalized Abortion on Crime. Quartely Journal of
Economics, v. 116, n. 2, p. 379-420, 2001. DOI: 10.1162/00335530151144050.
DWORKIN, Ronald. Domínio da vida: aborto, eutanásia e liberdades individuais. Tradução: Jefferson
Luiz Camargo. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução: Coletivo
Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.
HARTUNG, Gabriel. Ensaios em Demografia e Criminalidade. 2009. 101 p. Tese (Doutorado em Economia).
Escola de Pós-Graduação em Economia, EPGE, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2009.
IPAS. [Vai pensando aí]. 2008. material audiovisual. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=GG__qzp4Yhk&feature=youtu.be. Acesso em: 21 abr. 2020.
LÊNIN, Vladimir Ilitch. O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo. Campinas: Navegando Publicações,
2011, E-book. [UNICAMP, Facul. de Educação; José Claudinei Lombardi (Org.); Apresentação: Plínio de
Arruda Sampaio Junior]. Disponível em: https://www.marxists.org/ortuguês/lenin/1916/imperialismo/
imperialismo.pdf. Acesso em: 29 jul. 2020.
LUGONES, María. Colonialidad y Género. Tabula Rasa, n. 9, p. 73-101, 2008. Disponível em: https://
www.revistatabularasa.org/numero-9/05lugones.pdf. Acesso em: 4 mai. 2020.
MARKS, Lara. Historia de la píldora anticonceptiva. Ciencias, n. 48, p. 32-39, 1997. Disponível em:
revistas.unam.mx. Acesso em: 5 mai. 2020.
MARX, Karl. O Capital. Livro I. Coleção Marx & Engels. Tradução: Rubens Enderle. 2. ed. São Paulo:
Boitempo, 2011.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Tradução: Luciano Cavini Martorano, Nélio
Schneider e Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2007.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral: Uma Polêmica. Tradução: Paulo Cesar de Souza. 11.
reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
VILLAMÉA, Luiza; TARANTINO, Mônica. Lobby antiaborto se espalha pelos parlamentos estaduais
brasileiros. El País Brasil, São Paulo, 17 jan. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/
brasil/2020-01-17/lobby-antiaborto-se-espalha-pelos-parlamentos-estaduais-brasileiros.html. Acesso
em: 19 abr. 2020.
10.37885/230814083
RESUMO
1 LGBTQIA+ é o termo mais recente referido por Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queers, Intersexos e
Assexuais. O “+” refere-se às demais identidades vinculadas na diversidade de gênero e sexualidade. Este termo
visa trazer maior visibilidade para as demais categorias de identificação, para além das demarcações das siglas
centradas no LGBT.
2 O termo Pub é popularmente conhecido por configurar um estabelecimento de influência britânica onde há
venda de bebidas alcoólicas dispostas em diversos espaços temáticos que podem oferecer pistas de dança,
bares, karaokês, restaurantes e lanchonetes. Além de possuir áreas recreativas altamente decoradas e planeja-
das, inclui uma estética influenciada na cultura europeia. Nesta pesquisa, embora o Pub inclua diversos espaços
de entretenimento e o bar, geralmente, está centralizado na venda e consumo de bebidas alcoólicas, utilizo as
definições de Pub e bar como equivalentes.
3 Endocultura: Endo = dentro; Cultura = hábitos, costumes, conhecimento de determinado grupo. É um itinerário
de aprendizagem que o indivíduo tem sobre sua cultura; a assimilação destes símbolos culturais em sua identi-
dade.
O início das socializações do que viria a ser o movimento LGBT teve início
em bares. Em Stonewall Inn, nos Estados Unidos, em 1969 houve uma rebelião
de gays, lésbicas, travestis e drag queens motivados por reivindicações e pro-
testos contra ações arbitrariamente violentas e abordagens intimidatórias da
polícia civil nos bares gays de Nova York. A rebelião que ocorreu durante seis
dias foi considerada o marco do movimento LGBT contemporâneo em busca
de direitos sociais e civis. Aqui no Brasil, na década de 1970, inicialmente surgiu
4 O termo referido por Padilha (2015) simboliza “um conjunto específico de aplicativos que operam como redes
sociais digitais georreferenciadas. São tecnologias que operam em dispositivos que suportam o sistema de
posicionamento global (GPS).” (PADILHA, p. 73).
5 Conforme Regina Facchini (2009), “a sigla HSH – homens que fazem sexo com homens – foi introduzida no
Brasil nos anos 1990, no contexto das políticas de prevenção às DST/aids. O objetivo de seu uso é fazer refe-
rência direta às práticas sexuais, contornando o problema representado pela não-coincidência entre práticas e
identidades, que faz com que categorias como gays ou homossexuais não sejam adequadas para definir todos
os sujeitos que poderiam ser alvo dos programas de prevenção. A utilização dessa sigla vem sendo questionada
por ativistas, que criticam o uso de uma categoria que não remete a identidades e invisibiliza o sujeito político do
movimento que demanda tais políticas” (FACCHINI, 2009, p. 64).
[IN]CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre. Campo de Poder, Campo Intelectual. ISBN: En trámite. ©Pierre Bourdieu 1966,
1969, 1971, 1980. © 2002 Editorial Montressor.
________________. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São
Paulo: UNESP, 2004. 86 p.
BRAZ, Camilo A. À meia-luz: uma etnografia imprópria em clubes de sexo masculinos, 2010. Tese
(doutorado) - Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP.
BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do ‘’sexo’’. In: LOURO, Guacira Lopes. (Org.).
O corpo educado – Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. p. 110-126.
MATOS, Fernando Ribeiro. Trilhas do sexo [manuscrito]: discursos, corpos e sexualidade na cultura
da mídia / Fernando Ribeiro Matos. – 2012. xv, 129 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal
de Goiás, Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, 2012.
PADILHA, F. Isto não é um manual de instruções: notas sobre a construção e consumo de perfis em
três redes geosociais voltadas ao público gay, NORUS – v3, n.3, jan-jun 2015.
QUINALHA, R. H. Contra a moral e os bons costumes: a política sexual da ditadura brasileira (1964-
1988). Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais do Instituto
de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em
Ciências. Universidade de São Paulo, São Paulo. 2017.
Eugénia Mendes
Ana Azevedo
André Novo
10.37885/230713750
RESUMO
DESENVOLVIMENTO
Quadro 3. Recomendações sobre a atividade sexual no paciente com doença cardíaca isquémica.
Recomendação Nível de evidência
Angina estável e doença cardíaca isquÉmica estável
É razoável que os pacientes com doença cardiovascular que
desejam iniciar ou retomar a atividade sexual sejam avaliados IIa C
com histórico médico completo e exame físico
A atividade sexual é razoável para pacientes com angina leve
IIa B
ou sem angina
O teste ergométrico é razoável para pacientes sem risco car-
diovascular baixo ou risco cardiovascular desconhecido, a fim
IIa C
de avaliar a capacidade de exercício e o desenvolvimento de
sintomas, isquemia ou arritmia
3 Beijo (Ki), Toque (T), Sexo Oral (O), Masturbação (M) e Relação Sexual, Vaginal ou Anal (I)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Chen X, Zhang Q, Tan X. Cardiovascular effects of sexual activity. Indian J Med Res. 2009
Dec;130(6):681–8.
2. Stein RA. Cardiovascular response to sexual activity. Am J Cardiol. 2000 Jul;86(2):27–9. Available
from: https://doi.org/10.1016/S0002-9149(00)00888-2
4. Hellerstein HK. Sexual Activity and the Postcoronary Patient. Arch Intern Med. 1970 Jun;125(6):987.
Available from: https://doi.org/10.1001/archinte.1970.00310060065006
5. Littler WA, Honour AJ, Sleight P. Direct arterial pressure, heart rate and electrocardiogram during
human coitus. J Reprod Fert. 1974;40(2):321–331. Available from: https://doi.org/10.1530/jrf.0.0400321
6. Bohlen JG, Held JP, Sanderson MO, Patterson RP. Heart rate, rate-pressure product, and oxygen
uptake during four sexual activities. Arch Intern Med. 1984 Sep;144(9):1745–8.
7. Frappier J, Toupin I, Levy JJ, Aubertin-Leheudre M, Karelis AD. Energy Expenditure during Sexual
Activity in Young Healthy Couples. Earnest CP, editor. PLoS One. 2013 Oct 24;8(10):e79342. Available
from: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0079342
8. Nemec ED, Mansfield L, Kennedy JW. Heart rate and blood pressure responses during sexual
activity in normal males. Am Heart J. 1976 Sep;92(3):274–7. Available from: https://doi.org/10.1016/
S0002-8703(76)80106-8
9. Stein R, Sardinha A, Araújo CGS. Sexual Activity and Heart Patients: A Contemporary Perspective.
Can J Cardiol. 2016 Apr;32(4):410–20. Available from: https://doi.org/10.1016/j.cjca.2015.10.010
10. Fisher AD, Bandini E, Corona G, Monami M, Cameron Smith M, Melani C, et al. Stable extramarital
affairs are breaking the heart. Int J Androl. 2012 Feb;35(1):11–7. Available from: https://doi.org/10.1111/
j.1365-2605.2011.01176.x
11. Fisher AD, Bandini E, Rastrelli G, Corona G, Monami M, Mannucci E, et al. Sexual and Cardiovascular
Correlates of Male Unfaithfulness. J Sex Med. 2012 Jun;9(6):1508–18. Available from: https://doi.
org/10.1111/j.1743-6109.2012.02722.x
12. Steinke EE, Mosack V, Hill TJ. The Influence of Comorbidities, Risk Factors, and Medications on
Sexual Activity in Individuals Aged 40 to 59 Years With and Without Cardiac Conditions: US National
Health and Nutrition Examination Survey, 2011 to 2012. J Cardiovasc Nurs. 2018;33(2):118–25. Available
from: https://doi.org/10.1097/JCN.0000000000000433
13. Mornar Jelavić M. Sexual Activity in Patients with Cardiac Diseases. Acta Clin Croat. 2018;57(1):141–8.
Available from: https://doi.org/10.20471/acc.2018.57.01.18
14. Nascimento E, Maia A, Pereira V, Soares-Filho G, Nardi A, Silva A. Sexual dysfunction and
cardiovascular diseases: a systematic review of prevalence. Clinics. 2013 Nov;68(11):1462–8. Available
from: https://doi.org/10.6061/clinics/2013(11)13
15. Lindau ST, Abramsohn E, Bueno H, D’Onofrio G, Lichtman JH, Lorenze NP, et al. Sexual Activity
and Function in the Year After an Acute Myocardial Infarction Among Younger Women and Men in
the United States and Spain. JAMA Cardiol. 2016;1(7):754–64. Available from: https://doi.org/10.1001/
jamacardio.2016.2362
16. Barlow DH. Causes of sexual dysfunction: The role of anxiety and cognitive interference. J Consult
Clin Psychol. 1986;54(2):140–8. Available from: https://doi.org/10.1037/0022-006X.54.2.140
17. Barlow DH, Sakheim DK, Beck JG. Anxiety increases sexual arousal. J Abnorm Psychol. 1983;92(1):49–
54. Available from: https://doi.org/10.1037/0021-843X.92.1.49
20. Rundblad L, Zwisler AD, Johansen PP, Holmberg T, Schneekloth N, Giraldi A. Perceived Sexual
Difficulties and Sexual Counseling in Men and Women Across Heart Diagnoses: A Nationwide
Cross-Sectional Study. J Sex Med. 2017 Jun;14(6):785–96. Available from: https://doi.org/10.1016/j.
jsxm.2017.04.673
21. Levine GN, Steinke EE, Bakaeen FG, Bozkurt B, Cheitlin MD, Conti JB, et al. Sexual activity and
cardiovascular disease: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2012
Feb 28;125(8):1058–72. Available from: https://doi.org/10.1161/CIR.0b013e3182447787
22. Nehra A, Jackson G, Miner M, Billups KL, Burnett AL, Buvat J, et al. The Princeton III Consensus
recommendations for the management of erectile dysfunction and cardiovascular disease. Mayo Clin
Proc. 2012 Aug;87(8):766–78. Available from: https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2012.06.015
23. Lange RA, Levine GN. Sexual activity and ischemic heart disease. Curr Cardiol Rep. 2014 Feb;16(2):445.
Available from: https://doi.org/10.1007/s11886-013-0445-4
24. Mehta LS, Beckie TM, DeVon HA, Grines CL, Krumholz HM, Johnson MN, et al. Acute Myocardial
Infarction in Women : A Scientific Statement from the American Heart Association. Vol. 133,
Circulation. Lippincott Williams and Wilkins; 2016. p. 916–47. Available from: https://doi.org/10.1161/
CIR.0000000000000351
25. Honigberg MC, Scott NS. Pregnancy-Associated Myocardial Infarction. Vol. 20, Current Treatment
Options in Cardiovascular Medicine. Springer Healthcare; 2018. Available from: https://doi.org/10.1007/
s11936-018-0655-6
26. Byrne M, Doherty S, Murphy AW, McGee HM, Jaarsma T. Communicating about sexual concerns
within cardiac health services: Do service providers and service users agree? Patient Educ Couns.
2013 Sep;92(3):398–403. Available from: https://doi.org/10.1016/j.pec.2013.03.010
27. Hoekstra T, Lesman-Leegte I, Couperus MF, Sanderman R, Jaarsma T. What keeps nurses from
the sexual counseling of patients with heart failure? Hear Lung. 2012 Sep;41(5):492–9. Available from:
https://doi.org/10.1016/j.hrtlng.2012.04.009
Danni Conegatti
10.37885/230814158
ABSTRACT
This paper investigates human rights education in Brazilian schools and the
escalation of the ‘gender ideology’ discourse, its strategies and effects. It discusses
the context in which this discourse became possible, mainly the ineffectiveness
of the proposed political and legal actions intended to ensure human rights are
part of the school curricula, which has led to the rise of the ‘gender ideology’
movement. Foucauldian discourse analysis is used to study the ‘gender ideo-
logy’ movement’s premisses and to put together a ‘gender ideology’ discourse
as part of a bigger agenda, identified here as Genesis ideology discourse. This
analysis reveals the ‘gender ideology’ discourse sustains the Genesis ideology by
creating moral panic towards the teaching of human rights and by superficially
claiming objectivity and plurality of views as teaching principles, a demand their
own discourse seems to strongly contradict.
In the last eight years the field of education in Brazil has been a locus of
fervent political contentions. While nothing new has emerged, certain preexisting
quandaries have undergone a marked escalation. One of them is the prolifera-
tion of the beliefs and the term ‘gender ideology’1, which is used by the ‘gender
ideology’ movement to criticize gender and sexuality studies, social movements
and any contemporaneous manifestation that proffers a more advanced pers-
pective on the concept of human rights2. Within educational institutions, this
mobilization has discovered a platform to combat any gender and sexuality
comprehensive methodology that offers a broader sense of these subjects
beyond the Christian and exclusively biological-centric way of thinking. To do
so, some religious leaders and right-wing politicians have been investing in
raise conspiracy theories by warning that, when researchers, professors and
teachers investigate or debate gender and sexuality through a socio-cultural
and linguistic perspective, they are not teaching scientific knowledge, but rather
creating a ‘gender ideology’. As a result, students are supposedly persuaded to
believe in things that go against the ‘natural’ order.
This investigation aligns itself with Martins Teixeira (2019) who, through
a brief but consistent article, approached some of the political, economic and
social conditions in Brazil that led to the escalation of the ‘gender ideology’ move-
ment and its social effects; with Lionço et al. (2018) who explored the so-called
scientific works produced by the ‘gender ideology’ supporters, exposing their
lack of commitment to ethical and scientific postulates; and finally, with Frigotto
(2017) who investigated some of the strategies of the School Without Political
Parties (Escola Sem Partido) movement.
Based on this phenomenon, this paper is an investigation of some of the
strategies adopted by the ‘gender ideology’ movement in search of its discourse
and the beliefs that sustain it. In this regard, it will be addressed the gaps present
1 The use of this terminology with quotation marks is defended by Junqueira (2018) to indicate that this is in fact
an expression not accepted by the gender and sexuality studies.
2 In Brazil subjects like gender and sexuality are considered part of the education for human rights, both by
academia and by most of the legal documents cited here.
Education for human rights: from guidelines to (the absence of) teacher
training
In the year 2014, Brazilian unions and social movements along with
the federal government started to work on the PNE (National Plan for Educa-
tion). In the same year, a bill named School Without Political Parties (Escola Sem
Partido), conceived as part of the ‘gender ideology’ movement, was proposed
by a lawyer called Miguel Nagib in the Federal Congress, which even though
being rejected - or maybe because of it - gave rise to similar bills at the state and
municipal levels. Given the bill’s name, one might infer that it would intend to
assure the absence of political parties inside schools, in another words, assure
their freedom from political influences. However, this bill, among other things,
aimed to restrain the teaching of human rights by claiming that social move-
ments along with Brazil’s MEC (Ministry of Education) were trying to force the
inclusion of these subjects in the PNE. Despite its failure to pass at the federal
3 This Program selects and then distributes textbooks to be used in all Brazilian’s public schools.
The creation of the ‘gender ideology’ movement and the School Without
Political Parties bill has led to the forging of a curious alliance. Along with Catholics
and Pentecostal parties and churches, secular entrepreneurs have also invested
in the movement, the latter particularly interested in fighting what they have been
calling ‘Marxist indoctrination’ in school curricula. Miskolci (2018) explains that
this alliance between religious and non religious parties was based on the first
version of the School Without Political Parties movement, which mainly sought
to prohibit the teaching of Marxist theories in school.
The bill has not yet become law, mostly because its propositions pre-
sent numerous violations to Brazil’s Constitution. Despite that, it succeeded in
strengthening a social movement focused on promoting the idea that educa-
tion for human rights is actually a conspiracy movement trying to indoctrinate
children into ‘changing their natural ways’, with plans to eradicate the nuclear
heterosexual Brazilian Christian family. As Martins Teixeira (2019) presented in
his paper, rich churches in Brazil, which also control part of media, along with
political parties and a number of leaders and influencers have been working to
disseminate this idea. Consequently, scientific researchers who study gender
and sexuality suddenly are being referred to as ‘gender ideologists’ and their
theories ‘gender ideology’ i.e. an ideological way of persuading society and
foremost its children. This campaign has been so intense in Brazil that in 2017,
4 At 49 seconds of a Youtube video entitled: ‘tudo sobre a ideologia de gênero e a BNCC – Prof. Felipe Nery’,
available from: https://www.youtube.com/watch?v=EjlOGUz5vyA Acess on 18 Mar 2020
5 In the original: ‘Todas as crianças devem experimentar todas as formas de sexualidade possíveis’.
From ‘gender ideology’ to Genesis ideology: the true colors of the movement
6 In the original: ‘É mais importante um candidato defender os valores da família do que ter boas propostas para a
economia’.
7 The complete interview is available at https://globoplay.globo.com/v/6980200/ . The lies about the existence of
a ‘gay kit’ begin at 20’50’’ of the video.
[an] ‘ideology’ [in which] God created the woman and commanded
the couple: ‘Be fruitful and multiply and fill the earth and subdue
it’. (Genesis 1.28)… Therefore, God created mankind in His own
image, in the image of God He created them: man and woman he
made them (Genesis 1.27) (Maranhão F, 2018, p.115-116).
CONCLUSION
Disclosure statement
REFERENCES
BRASIL. 2015. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano Nacional
de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base. – Brasília, DF: Inep,. 404 p.
BUTLER, Judith (2002) Cuerpos que importan / Sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”.
Buenos Aires, Paidós.
CARRANÇA, Thais. Jovens ‘sem religião’ superam católicos e evangélicos em SP e Rio. BBC News Brasil
(website), 02/05/2022. Available at: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61329257#:~:text=As%20
primeiras%20pesquisas%20Datafolha%20de,a%2025%25%20em%20âmbito%20nacional.>
CORRÊA, Sônia. 2017. “Algumas palavras sobre Ideologia de gênero: rastros perdidos e pontos cegos”.
In: Colóquio Gênero Ameaça(n)do. Análises e Resistências, 30 e 31 oct., Rio de Janeiro Available at:
<https://youtu.be/VWBj6GX2Umo>
CRUZ, Fernanda. 2015. Quase 60% das faculdades incluem sexualidade e gênero na formação
de professores. Agência EBC Brasil. Available at: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/
noticia/2015-11/quase-60-das-faculdades-incluem-sexualidade-e-genero-na-formacao-de>
FRIGOTTO, Gaudêncio. 2017. Escola “Sem” Partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade
brasileira. Rio de janeiro: UERJ; LPP.
FOUCAULT, Michel. 1989. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal.
FOUCAULT, Michel. 2005. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 7 ed.
GIELOW, Igor. Datafolha: 56% dizem que política e valores religiosos devem andar juntos. Folha
de São Paulo (website), 02/09/2022. Available at: <https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/
datafolha-56-dizem-que-politica-e-valores-religiosos-devem-andar-juntos.shtml>
GUIZZO, Bianca Salazar, and Felipe, Jane. 2013. “Gênero e Sexualidade em Políticas Contemporâneas:
Entrelaces com a Educação”. Roteiro, Joçaba, v. 41 n. 2, pp. 475-490, may/august.
LIONÇO, Tatiana, Alves, Ana, MATTIELLO, Felipe, and FREIRE, Amanda. 2018. “Ideologia de
gênero: estratégia argumentativa que forja cientificidade para o fundamentalismo religioso”. Revista
de Psicologia Política, v. 18, n. 43, São Paulo, sept/dec.
MACHADO, Maria. 2018. “O discurso cristão sobre a ‘ideologia de gênero’”. Revista Estudos
Feministas, 26(2), e47463. Epub June 11. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2018v26n247463
MARANHÃO F., Eduardo Meinberg de Albuquerque. “Matando uma leoa por dia”: ideologia de
gênero e de gênesis na “cura” de travestis. Revista Eletrônica Correlatio v. 17, n. 2 - Dezembro de 2018.
Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/COR/article/view/9298>
MARTINS TEIXEIRA, A. B. 2019. “A growing threat to human rights? Gender and political ideologies
in Brazil”. Gender and Education, 1–7. doi:10.1080/09540253.2019.1654743
MIGUEL, Luis Felipe. 2016. “Da ‘doutrinação marxista’ à ‘ideologia de gênero’ – Escola sem Partido e
as leis da mordaça no parlamento brasileiro”. Direito & Práxis vol.7, no15, Rio de Janeiro, pp.590-621.
MISKOLCI, Richard. 2018. “Exorcizando um fantasma: os interesses por trás do combate à ‘ideologia
de gênero’”. In: Cadernos Pagu (53). ISSN: 1809-4449. Available at: <http://www.scielo.br/scielo.
php?pid=S0104-83332018000200402&script=sci_abstract&tlng=pt>
RIZZA, Juliana Lapa; RIBEIRO, Paula Regina Costa. GÊNERO E SEXUALIDADE EM DISCUSSÃO NO
ÂMBITO DOS CURRÍCULOS DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: possibilidades de resistência.
Seminário Internacional Fazendo Gênero 12 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2021, ISSN 2179-510X.
Available at: <https://www.en.fg2021.eventos.dype.com.br/resources/anais/8/fg2020/1612212078_
ARQUIVO_80b1dbeaaaf1ba84ad9f493b960fe11b.pdf >
SALGADO, Daniel. 2018. Livro Citado Por Bolsonaro no Jornal Nacional não Foi Distribuído em Escola.
Available at: <https://oglobo.globo.com/brasil/livro-citado-por-bolsonaro-no-jornal-nacional-nao-foi-
distribuido-em-escola-23021610>
SILVA, Aida, and TAVARES, Celma. 2013. “Educação em Direitos Humanos no Brasil: contexto, processo
de desenvolvimento, conquistas e limites”. In: Educação, v. 36, n. 1, p. 50-58, jan./april.
REMISSIVO 71, 72, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 83, 85, 86, 87, 89,
91, 92, 93, 96, 97, 102, 103, 119, 120, 137, 141, 142,
144, 154, 155, 160, 162, 163, 178, 179, 180, 207, 213,
214, 215
A
Gênero: 8, 9, 10, 11, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22,
Aborto: 76, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106,
23, 24, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 33, 34, 37, 42, 43, 45,
107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 115, 116, 117, 118, 126,
46, 47, 48, 53, 56, 57, 61, 62, 63, 65, 66, 67, 68, 69,
135, 143, 145, 150, 151, 152, 153, 154, 155
71, 72, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 83, 85, 86, 87, 89,
Aprendizagem: 18, 31, 32, 67, 68, 81, 82, 83, 84, 91, 92, 93, 96, 97, 102, 103, 119, 120, 137, 141, 142,
85, 86, 94, 160 144, 154, 155, 160, 162, 163, 178, 179, 180, 207, 213,
Assédio Moral: 56 214, 215
Gêneros: 11, 15, 16, 31, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 43,
C 44, 45, 46, 47, 48, 50, 52, 61, 76, 84, 88, 89, 90, 91,
Comportamentos Homoeróticos: 158 92, 93, 94, 95, 97
Corpo Feminino: 99, 105, 120, 134, 142, 147, 148, H
149
Homocultura: 158, 175, 177
Cristianização: 99, 142, 146, 149
Homossexualidades: 46, 158
Currículo: 26, 29, 36, 42, 45, 49, 50, 51, 53, 54,
83, 90, 97 Human Rights Education: 199, 204, 210, 212
Curso de Pedagogia: 8, 9, 10, 11, 13, 17, 18, 19, I
21, 22, 86, 97
Ingresso: 8, 9, 10, 11, 13, 16, 17, 18, 19, 20, 63, 104,
D 165, 166
Desafios: 18, 26, 67, 83, 84, 85, 89, 92, 95, 97, M
179, 181
Masculinidades: 50, 61, 142, 157, 158, 160, 161,
E 164, 165, 168, 169, 170, 178, 179
Educação: 11, 13, 14, 16, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24, Método Biográfico: 9, 10, 11, 12, 13
25, 26, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 38, 40, 41, Misoginia: 56, 62, 129
42, 43, 45, 46, 48, 49, 50, 51, 53, 54, 57, 58, 64, 65,
66, 67, 68, 69, 72, 74, 75, 76, 81, 83, 84, 85, 86, 87, P
88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 114, 118, 155, Patriarcado e Capitalismo: 99
213, 214
Práticas Pedagógicas: 36, 38, 46, 51, 53, 89,
Educação Física: 23, 24, 25, 26, 27, 29, 30, 31, 91, 95
32, 33, 34
Preconceito: 19, 21, 32, 56, 65, 83, 97, 100, 164,
Educação Infantil: 22, 88, 89, 90, 91, 93, 94, 95, 175, 177, 178, 179
96, 97
Ensino Médio: 18, 20, 24, 25, 30, 32, 42, 43, 53 R
Estado da Arte: 35, 36, 38, 39, 40, 41, 46, 52, Racismo Estrutural: 56
53, 54, 86 Reabilitação Cardíaca: 182, 192, 193, 194, 195
F Relações Homoafetivas: 126, 158, 178
Fundamentalism: 199 S
G Sexualidade: 10, 11, 15, 17, 18, 22, 23, 24, 26, 27,
28, 29, 30, 32, 33, 34, 43, 44, 45, 50, 54, 61, 63, 70,
Gamificação: 66, 67, 68, 69, 81, 83, 84, 85, 86 86, 89, 90, 91, 92, 93, 96, 97, 126, 134, 138, 140, 141,
Gender Ideology: 198, 199, 200, 201, 202, 205, 160, 162, 163, 164, 166, 171, 173, 174, 175, 176, 177,
206, 207, 208, 209, 210, 211, 212, 213 178, 179, 181, 182, 194, 207, 213, 214, 215
Sexualidade: 10, 11, 15, 17, 18, 22, 23, 24, 26, 27,
ÍNDICE REMISSIVO
28, 29, 30, 32, 33, 34, 43, 44, 45, 50, 54, 61, 63, 70,
86, 89, 90, 91, 92, 93, 96, 97, 126, 134, 138, 140, 141,
160, 162, 163, 164, 166, 171, 173, 174, 175, 176, 177,
178, 179, 181, 182, 194, 207, 213, 214, 215
Sexualidades: 35, 36, 37, 38, 39, 40, 42, 44, 45,
46, 50, 52, 53, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 163
científica digital
www.editoracientifica.com.br | contato@editoracientifica.com.br