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Aprender

Ecocapitalismo: o que é
e como funciona?
1 de agosto de 2023

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Freepik

Ecocapitalismo é um modo sustentável de


produção capitalista associada à preservação
do meio ambiente. Essa prática busca explorar
os recursos naturais de modo responsável, para
que se possa preservá-los também.

Neste texto, vamos de dar mais detalhes dessa


concepção do capitalismo, além de mostrar a
diferença com o ecossocialismo.

O que é o
ecocapitalismo?
O ecocapitalismo, também conhecido como
capitalismo verde ou economia verde, é uma
concepção do capitalismo em que se somam os
princípios do ecologismo aos da economia de
mercado.

Uma característica marcante do ecocapitalismo


é a presença do Estado como vigilante do
mercado, tributando, por exemplo, empresas
poluidoras e regulando o limite de emissão de
gases poluentes, como o gás carbônico, o
famoso CO2.

Este termo se tornou popular nos anos 90 e foi


propagado por meio do PNUMA (Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente), baseado
em uma economia de livre mercado em que os
recursos naturais são considerados capital.

Por fim, esta visão do capitalismo defende a


tese de que é possível o crescimento
econômico andar junto com a conservação do
meio ambiente sem reduzir as taxas de
benefício.

Quais são as principais


propostas do
ecocapitalismo?
As principais propostas do ecocapitalismo
foram apresentadas ao mundo, com mais
clareza, em 2011. Isso só foi possível com a
publicação do “Manifesto para o Capitalismo
Sustentável”.

Este documento chegou até a população


mundial pelas mãos do ex-vice-presidente dos
EUA, Al Gore, e do diretor da Generation
Investment Management (uma instituição
ecocapitalista), David Blood.

A seguir, vamos te apresentar as três principais


propostas do ecocapitalismo.

Ecoeficiência
A ecoeficiencia nada mais é do que uma
estratégia que busca produzir mais com menos.

Os defensores dessa concepção afirmam que,


quanto maior a eficiência energética e a
tecnologia empregada, menor será a emissão
de gases estufa no curto prazo.

O intuito desse propósito, portanto, é aumentar


a rentabilidade, mantendo-se um crescimento
econômico sustentável. Consequentemente,
novos consumidores, cada vez mais exigentes,
serão atraídos.

Integrar meio ambiente e


mercado
O hoje tão falado mercado do crédito de
carbono é um ótimo exemplo dessa integração.
Segundo o protocolo de Quioto, uma tonelada
de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um
crédito de carbono.

Desse modo, este crédito pode ser negociado


no mercado internacional. A redução da
emissão de outros gases poluentes também
podem ser convertida em créditos de carbono.

Governança favorável
Esse termo refere-se ao estabelecimento de
normas consistentes e firmes de
regulamentação e limitação de gastos em áreas
que esgotem as reservas naturais. Ou seja, criar
uma conjuntura e ambiente favoráveis para a
entrega dos resultados esperados, mas com
sustentabilidade.

Quais são as principais


críticas ao
ecocapitalismo?
O que não falta são críticas ao ecocapitalismo.
Sem dúvida, a mais conhecida é que essa
prática não passa de uma “fachada” para
conquistar clientes preocupados com a
preservação ambiental, mas continuar
explorando os recursos naturais.

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Sustentável x progresso
Uma das principais críticas é que o
desenvolvimento sustentável não é compatível
com as atuais ideias de progresso e
crescimento econômico. Para os críticos, o
ecocapitalismo não leva em consideração a
interculturalidade, a democracia ou os limites do
crescimento e os limites ecológicos.

Aumento da desigualdade
Outra crítica comum é que as inúmeras
tentativas de se implantar uma economia verde
têm falhado. Essa falha se materializa no
aumento das desigualdades entre países
desenvolvidos e os em desenvolvimento.

Por esse motivo, os contrários chamam o


ecocapitalismo de uma falácia, pois o
capitalismo, inclusive em países ricos, se
apropria da crise climática atual, porém não
ataca a real origem dos problemas ambientais
da atualidade.

Greenwashing
Então, já ouviu esse termo antes? Essa palavra
em inglês pode ser traduzida como “lavagem
verde”, ou seja, uma maquiagem utilizada hoje
por muitas marcas e empresas.

Essas companhias publicizam o movimento. Ou


seja, passam uma imagem de preocupada com
o meio ambiente e a preservação da natureza,
quando, na realidade, não apresentam e não
cumprem medidas reais que colaboram com a
minimização ou solução dos impactos
ambientais.

Quais países praticam o


ecocapitalismo?
Mesmo com todas as críticas, alguns países se
dizem ecocapitalistas. São eles:

Reino Unido
O Reino Unido segue a cartilha do
ecocapitalismo, propagando campanhas
ecológicas. Além disso, a nação expandiu a sua
participação na reciclagem de resíduos de 12
para 39% no período de nove anos.

Estados Unidos
A maior economia do mundo é também o
segundo país que mais consome energia, por
isso ele tem papel primordial no ecocapitalismo.
Ademais, os Estados Unidos produzem e
importam combustíveis fósseis, como carvão e
gás natural, sendo o maior nessa área.

Dinamarca
A Dinamarca é conhecida mundialmente por
sua ecoeficiência. O país europeu tem como
objetivo tornar os prédios de todo o país mais
eficientes até o ano de 2030, transformando
resíduos em energia e, assim, abastecer as
residências e empresas dinamarquezas.

China
De acordo com a COP27, a China é o país mais
poluidor do mundo com mais de 10 milhões de
toneladas de dióxido de carbono por ano.
Paralelamente, a potencia asiática é a que mais
consome carvão, energia e a segunda maior
consumidora de petróleo.

Mesmo assim, o país adere ao ecocapitalismo


e, desde 2017, é líder em investimentos
sustentáveis, com um montante de US$ 400
bilhões investidos.

Ecocapitalismo X
ecossocialismo
Já que o capitalismo e o socialismo se rivalizam
desde o início, não seria diferente com o
acréscimo do “eco” no nome, não é mesmo? A
diferença é que, no ecossocialismo, espera-se a
ruptura como modo de produção capitalista.

O ecossocialismo sustenta que a expansão do


sistema capitalista é a causa da exclusão social,
da pobreza e, claro, da degradação ambiental.
Por essa razão, os ecossocialistas opõem-se ao
capitalismo, sobretudo ao capitalismo pouco
regulado.

Dessa forma, defendem que o Estado interfira


para proporcionar o que eles chamam de
justiça laboral, o que diminuiria desigualdades
e, de quebra, protegeria o meio ambiente.

Então, gostou deste conteúdo? Aproveite e


confira esta matéria sobre as vantagens e
desvantagens e como funcionam os títulos
verdes.

Fontes: Mais retorno, Archdaily, Mega curioso,


Unisinos, e Teoria e debate.

Cesar Fontenele" Por Cesar


style="width: 75px;"> Fontenele

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