Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Construindo o sistema de
“Controle de Tráfego Aéreo” do cérebro:
Como as primeiras experiências moldam o
desenvolvimento das funções executivas
ESTUDO 11
DA UNIVERSIDADE HARVARD
Tradução para o português realizada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
A Questão
Apesar de tão essenciais, nós não nascemos tempo, monitorar erros, tomar decisões com
com as habilidades que nos permitem controlar base nas informações disponíveis, rever planos,
impulsos, fazer planos e manter o foco. Nascemos se necessário, e resistir à tentação de deixar a
com o potencial para desenvolver, ou não, essas frustração nos conduzir a ações precipitadas.
capacidades, dependendo de nossas experiências Adquirir os primeiros blocos de construção dessas
desde a primeira infância até a adolescência. habilidades é uma das tarefas mais importantes e
Nossos genes fornecem o projeto, mas os desafiadoras dos primeiros anos da infância, e a
primeiros ambientes em que as crianças vivem oportunidade de construir, no futuro, sobre essas
deixam uma marca duradoura nesses genes. Essa capacidades rudimentares é fundamental para o
marca influencia a forma como ou se esse potencial desenvolvimento saudável durante a infância e
genético será expresso nos circuitos cerebrais que adolescência. Assim como dependemos de nosso
sustentam as capacidades de funções executivas “sistema de controle de tráfego aéreo” pessoal bem
das quais as crianças dependerão durante toda a desenvolvido para fluir em nossos dias complexos
sua vida. Essas habilidades são desenvolvidas por
meio da prática e são reforçadas pelas experiências
através das quais elas são aplicadas e lapidadas. Ter função executiva no cérebro é como ter um
Fornecer o apoio do qual as crianças precisam sistema de controle de tráfego aéreo em um
para construir essas habilidades em casa, em
programas das creches e pré-escolas, e em outros aeroporto movimentado para gerenciar as chegadas
ambientes que elas vivenciam regularmente é
uma das responsabilidades mais importantes da e partidas de dezenas de aviões em várias pistas.
sociedade.
Ser capaz de focar, manter e trabalhar com sem congestionamentos, as crianças dependem de
informações na mente, filtrar distrações e suas habilidades em desenvolvimento de funções
mudar as “engrenagens” é como ter um sistema executivas para ajudá-las quando aprendem a ler
de controle de tráfego aéreo em um aeroporto e a escrever, para lembrar etapas ao realizarem
movimentado para gerenciar as chegadas e um problema de aritmética, para participar de
partidas de dezenas de aviões em várias pistas. No discussões de classe ou projetos em grupo e para
cérebro, esse mecanismo de controle de tráfego entrarem e manterem uma brincadeira com
aéreo é chamado “função executiva”. Isso se refere outras crianças.
a um grupo de habilidades que nos ajudam a focar O funcionamento executivo cada vez mais
em múltiplos fluxos de informação ao mesmo competente da infância e da adolescência permite
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
CONTROLE INIBITÓRIO é a habilidade que usamos para controlar e filtrar nossos pensamentos e
impulsos para resistir às tentações, distrações e hábitos e parar e pensar antes de agirmos. Possibilita
uma atenção seletiva, focada e mantida, priorização e ação. Essa capacidade impede-nos de agir como
criaturas completamente impulsivas que fazem qualquer coisa que venha à cabeça. É a habilidade a que
recorremos para afastar devaneios sobre o que preferíamos estar fazendo e possamos nos concentrar em
tarefas importantes. É a habilidade com a qual contamos para nos ajudar a “frear nossa língua” e dizer algo
agradável e controlar nossas emoções ao mesmo tempo, mesmo quando estamos com raiva, agitados ou
frustrados. As crianças dependem dessa habilidade para esperar até que sejam chamadas mesmo quando
sabem a resposta, para ser boas em jogos como “Seu mestre mandou” e “Estátua” , para conseguir parar de
gritar ou bater em uma criança que tenha, sem querer, esbarrado nelas e para ignorar as distrações e focar na
tarefa da escola.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND A PROGRAMS
QUESTÃO
que as crianças planejem e ajam de maneira que no ambiente escolar. De muitas maneiras,
os torne bons alunos, cidadãos e amigos em sala ir para a escola com uma base sólida dessas
de aula. Crianças que não têm oportunidade de habilidades de funções executivas fundamentais
usar e fortalecer essas habilidades e, portanto, é mais importante do que se a criança conhecer
não se tornam proficientes nelas – ou crianças letras e números.5, 6 Imagine uma sala de aula da
que não têm a capacidade para proficiência por primeira série em que algumas crianças não são
causa de deficiências ou, nessa questão, os adultos capazes de controlar seus impulsos, esperar sua
que as perdem em função de uma lesão cerebral vez, manter o foco em seu trabalho ou lembrar-
ou velhice – têm uma dificuldade muito grande se de instruções. Mesmo quando apenas duas
de lidar com as tarefas rotineiras do dia a dia. crianças têm habilidades de funções executivas
Estudar, manter amizades, manter-se em um não desenvolvidas, uma sala de aula inteira pode
emprego ou gerenciar uma crise representam tornar-se desorganizada e um tempo precioso
desafios ainda maiores. será desviado de atividades de aprendizagem
O processo de desenvolvimento é às vezes produtivas. Isso pode ter um impacto
retratado como aquele em que as crianças
conseguem gradualmente gerenciar sozinhas
cada vez mais aspectos de seus ambientes e de As habilidades de funções executivas são
sua vida. Nós não confiaríamos que uma criança componentes cruciais para o desenvolvimento
de dois anos de idade fosse parar de ir atrás
de uma bola só porque ela rolou para a rua; inicial das capacidades cognitivas e sociais.
ficaria pronta de manhã (escovaria seus dentes,
escolheria suas roupas e iria se vestir), sozinha; profundo sobre o clima geral da sala de aula e é
ou até mesmo limparia seu brinquedos sem frequentemente relatado pelos professores como
lembretes. Os adultos definem uma estrutura motivo de exasperação e explosão.7
(ou seja, estabelecendo rotinas, dando dicas, As evidências científicas sobre o
dividindo grandes tarefas em partes menores), desenvolvimento e as consequências do
que ajudam as crianças a usarem as habilidades funcionamento executivo nos primeiros anos de
de funções executivas que estão desenvolvendo vida transmitem três mensagens importantes.
no melhor de suas possibilidades. Chamamos Em primeiro lugar, as habilidades de funções
essas técnicas de “scaffolding” (construção de executivas são blocos de construção cruciais
andaimes). Assim como um andaime suporta para o desenvolvimento inicial das capacidades
trabalhadores enquanto um prédio está sendo cognitivas e sociais. Em segundo lugar, tanto as
erguido, os adultos podem usar essas atividades diferenças normativas na natureza e no ritmo
para dar suporte para o desenvolvimento das das trajetórias de desenvolvimento individuais
habilidades de funções executivas das crianças até quanto os impactos de adversidades significativas
que elas possam praticá-las e desempenhá-las por afetarão a forma pela qual o desenvolvimento
conta própria. E, assim como os trabalhadores do funcionamento executivo irá se apresentar
da construção removem os andaimes quando o em uma determinada criança. Em terceiro
próprio edifício pode suportá-los, com o tempo, lugar, as várias intervenções focadas no apoio
podemos reduzir as atividades de construção de ao desenvolvimento de habilidades específicas
andaimes e permitir que as crianças se organizem da função executiva têm demonstrado pelo
e comecem suas tarefas sem lembretes e instruções menos uma eficácia no curto prazo, com a prova
constantes. crescente de que elas podem também ter impactos
Os professores do ensino fundamental são sobre outros aspectos da aprendizagem.
perspicazes ao atentar para as habilidades de As funções executivas estão na base de uma
funções executivas. É, frequentemente, diante ampla gama de pequenas e grandes (bem como
do ambiente de grupo de uma sala de aula e complexas e simples) habilidades, competências
das exigências do trabalho escolar que atrasos e comportamentos da vida. A importância
ou déficits no desenvolvimento das habilidades vital dessas habilidades e de seus efeitos sobre a
de funções executivas esperadas para a idade aprendizagem deixa claro que os pais, cuidadores
são observados primeiramente. Os professores e formuladores de políticas precisam igualmente
identificam problemas de atenção, problemas estar cientes de que agora entendemos sobre
para administrar emoções, concluir tarefas, e o desenvolvimento de habilidades de funções
comunicar verbalmente desejos e necessidades, executivas, as experiências que fomentem o
como os principais determinantes para saber se surgimento saudável dessas habilidades e as
uma criança está pronta para ser bem-sucedida condições que parecem debilitá-las.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
O QUE A NEUROCIÊNCIA E A PESQUISA DE
DESENVOLVIMENTO TÊM A NOS DIZER
cognitivo e as habilidades de atenção constituem a base capacidade para a matemática e a leitura na pré-esco-
sobre a qual a capacidade das crianças para aprender a la. 30 Da mesma forma, crianças cujo comportamento
ler, escrever e fazer matemática pode ser construída. Na era bem ajustado e que demonstraram engajamento
prática, essas habilidades dão o suporte para o processo acadêmico no início do Head Start pontuavam mais
de aprendizagem (ou seja, o como) −, focar, lembrar, nos testes iniciais de leitura e habilidades de linguagem
planejar − que permite que as crianças dominem de no primeiro ano, em comparação com as crianças que
forma efetiva e eficiente o conteúdo da aprendizagem demonstraram funcionamento executivo menos desen-
(ou seja, o que) −, leitura, escrita, cálculo. volvido.31
Elas permitem que as crianças adquiram conheci-
mentos e participem da experiência escolar como alu- As habilidades de funções executivas das crian-
nos ativamente engajados e competentes. Descobriu-se ças promovem a relação entre o desempenho esco-
que crianças com memória de trabalho, habilidades ini- lar e o desenvolvimento social, emocional e moral.
bitórias e de atenção mais fortes também obtêm ganhos As habilidades de funções executivas são considera-
maiores em testes iniciais de matemática, linguagem e das um denominador comum para a aprendizagem
desenvolvimento da alfabetização durante os anos pré e interação social. As crianças que têm problemas de
-escolares do que seus pares com habilidades de fun- manter-se concentradas e resistir a respostas impulsi-
ções executivas mais fracas.22, 23,24,25 , 26,27,28,29 vas – duas habilidades nucleares de funções executivas
Adicionalmente, a memória de trabalho e controle centrais – não só têm problemas na escola, mas também
da atenção de crianças economicamente desfavorecidas enfrentam problemas para seguir instruções em geral e
no início da pré-escola prediziam não só a capacidade têm maior risco de apresentar comportamento agressi-
inicial para a matemática e a leitura, como também a vo e de confronto com adultos e outras crianças. 32,33,34
Idade
5
5
9
0
10
5
-7
-1
-3
-8
-2
-2
-4
-6
-6
-8
6-
9-
70
12
30
40
20
25
81
65
50
76
Uma série de testes que medem diferentes formas de habilidades de funções executivas
indica que elas começam a se desenvolver logo após o nascimento; as idades de 3
aos 5 anos fornecem uma janela de oportunidade para um incrível crescimento dessas
habilidades. O crescimento continua durante a adolescência e início da idade adulta;
a proficiência começa a diminuir posteriormente na vida.
Fonte: Weintraub et al. (no prelo).99
2
N.T.: Programa do governo federal norte-americano de inserção escolar e promoção do desenvolvimento social para famílias de baixa renda
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
As funções executivas como concluir tarefas, resolver namento executivo não tão bem desenvolvido e são
problemas, organizar informações e fazer (e rever, se menos aptas a orquestrar suas capacidades. As crianças
necessário) planos deliberados são importantes facili- com necessidades especiais, como aquelas associadas
tadores das interações e comportamentos interpessoais. ao autismo, por exemplo, ou deficiências de leitura,39
Na verdade, alguns pesquisadores levantaram a hipóte- podem ter uma dificuldade particular com as exigên-
se de que a complexidade das relações sociais humanas, cias do funcionamento executivo. O temperamento da
ao invés da necessidade de usar matemática avançada, criança também pode tornar essa orquestração mais
é o motivo pelo qual o córtex pré-frontal humano é tão desafiadora, como demonstrado por pessoas que nor-
grande e nossas habilidades de funções executivas se- malmente reagem mais rápida e intensamente (ou com
rem tão avançadas.20, 35 Acredita-se que o papel social raiva e frustração ou fúria) a suas experiências.9,40 Ou-
das crianças seja uma base importante de prática para tro exemplo da variabilidade acentuada no desenvolvi-
o desenvolvimento das habilidades de funções execu- mento das habilidades é a observação de que algumas
tivas. Isso ocorre, em parte, porque as crianças preci- crianças podem ser altamente aptas a focar sua atenção
sam testar sozinhas as habilidades cujos andaimes os e controlar distrações, mas têm capacidade de memória
adultos ajudaram a construir para elas. Por exemplo, de trabalho não tão desenvolvida. Entender essas dife-
elas têm de bolar um plano para brincar de casinha, co- renças individuais pode ajudar os adultos a descobri-
municar-se umas com as outras sobre as atribuições de rem o quanto de apoio e estrutura fornecer enquanto as
função e, então, lembrar-se de que a Susie vai ser a irmã crianças se desenvolvem e aprendem. Uma nova gera-
mais velha mandona, o Ralph será o cachorro e o Jackie ção de intervenções educacionais existe para atender a
será o bebê. Neste cenário, manter o controle do que esse desafio, pelo trabalho com salas de aula de crian-
cada ator fez e inserir uma parte nova na história, que ças que abrangem o amplo espectro das capacidades
faça sentido para todos, exige o exercício efetivo das de funções executivas. (Consulte “O que a pesquisa de
habilidades em desenvolvimento de funções executivas. avaliação tem a nos dizer”, a seguir).
A criança que não consegue demonstrar competência
executiva suficiente, recebe ordens dos outros, ou é ti- Ambiente de relacionamentos de crianças pe-
rada da brincadeira, ou faz o jogo desandar. Crianças quenas desempenha um papel importante no de-
pequenas mal conseguem coordenar o jogo com outra senvolvimento das capacidades executivas. Am-
criança; no momento em que entram no primeiro grau, bientes que promovem o funcionamento executivo
elas normalmente conseguem jogar cooperativamen- caracterizam-se por relacionamentos adulto-criança
te com várias crianças ao mesmo tempo e conseguem (dentro e fora de casa) nos quais as crianças são orienta-
trabalhar em projetos que duram horas ou até mesmo das desde sua completa dependência do apoio dos adul-
dias. As crianças atrasadas no surgimento de suas capa- tos até que possam assumir gradualmente o papel “exe-
cidades de funções executivas em relação a seus pares cutivo” por si mesmas. Em tais ambientes nem se espera
de sua idade encontram-se em desvantagem, porque que as crianças tenham habilidades mais avançadas do
elas não conseguem lidar com a complexidade do jogo que as razoáveis para sua idade, nem são tratadas como
e, portanto, ficam frustradas, não jogam e podem fazer se não tivessem capacidades executivas. Ambientes de
com que outras crianças não queiram jogar com elas.36 promoção do crescimento proporcionam um “scaffol-
Assim, as habilidades que ajudam as crianças a domi- ding” (construção de andaimes) substancial para ajudar
nar muitas tarefas acadêmicas são as mesmas que as as crianças pequenas a praticar as habilidades em de-
ajudam a conviver com seus pares e serem vistas como senvolvimento antes de se esperar que elas construam
boas colegas de classe. tais andaimes por conta própria. Aprimorar o desenvol-
vimento do funcionamento executivo envolve cuidado
Grandes diferenças individuais no funciona- sensível e responsivo e ensino individualizado no con-
mento executivo na entrada na Educação Infantil texto de situações que exijam fazer escolhas, dar opor-
podem ter implicações importantes para a adapta- tunidades para que as crianças dirijam suas próprias
ção e o sucesso da criança dentro e fora da escola, atividades com a redução gradual da supervisão de
bem como em suas relações com outras crianças. um adulto, o apoio efetivo da regulação das primeiras
As crianças entram na escola com perfis distintos de emoções, a promoção de atenção conjunta assistida e a
pontos fortes e fracos em habilidades de funções exe- disponibilidade de adultos que não estejam sob pressão
cutivas.21, 37, 38 Como os professores e os pais sabem, as de maneira que não possam despender tempo com as
crianças pequenas diferem muito na forma como elas crianças para praticarem suas habilidades.34, 41,42,43,44,45
são capazes de focar sua atenção, controlar impulsos, As crianças que experimentam no dia a dia
seguir regras e instruções e adaptar-se a outras exigên- interações sociais que fornecem esses tipos de
cias de seus ambientes. Algumas crianças têm funcio- oportunidade estão mais aptas a resistir a distrações,
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
O QUE A NEUROCIÊNCIA E A PESQUISA DE
DESENVOLVIMENTO TÊM A NOS DIZER
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
Considerando essa evidência, não surpreende que crianças pequenas se beneficiem de experiências que
crianças com histórico de privação social nos primei- “constroem o andaime” do funcionamento executivo,
ros anos, por terem sido criadas em um orfanato, tam- os que apresentam problemas na autorregulação preci-
bém apresentam resultados mais insatisfatórios em sam particularmente de um suporte sensível dos adul-
testes neuropsicológicos de funções executivas do que tos. Quando crianças vivenciam sério trauma ou abuso,
crianças não institucionalizadas.63, 64, 76 Embora todas as uma atenção especial é sempre necessária.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
explícito em habilidades de funções executivas não pre- professor83 em comparação com crianças pré-escolares
cisam ser organizadas separadamente em relação àque- em salas de aula cujo foco foi o ensino da alfabetização
las que focam em instrução nas capacidades iniciais de sem atenção explícita sobre o funcionamento executi-
alfabetização e matemática. vo. Em segundo lugar, os pré-escolares que receberam
Na verdade, as complexas interações que ocorrem instrução que incluía um foco em habilidades das fun-
entre o funcionamento executivo, competência social e ções executivas (por exemplo, atenção e impulsividade)
habilidades acadêmicas em sala de aula dos pré-esco- mostraram melhorias significativas nessas capacidades
lares ressaltam o provável valor de intervenções mistas em comparação com seus pares que foram inscritos em
destinadas a reforçar a memória de trabalho, inibição e salas de aula de “prática usual”, o que os pesquisadores
controle de atenção com currículos focados nas habili- atribuem aos efeitos concomitantes sobre suas habilida-
dades de alfabetização e matemática.30 des iniciais em alfabetização e matemática.92 Crianças
que vivenciaram um currículo que inclui a combinação
Melhorias no funcionamento executivo aumen- de habilidades de funções executivas e um programa
tam o desempenho de crianças pequenas em ava- de leitura interativa também se saíram melhor do que
liações de desempenho acadêmico e habilidades os seus pares das “práticas usuais” em testes iniciais de
sociais. Em três ensaios clínicos aleatórios, as crianças habilidades de alfabetização,22 bem como sobre as me-
em salas de aula em que se enfatizou a melhoria das didas de compreensão emocional e social de problemas
habilidades das funções executivas por meio de uma sociais.48 Embora não possamos ser categóricos de que
série de estratégias apresentaram um melhor desempe- as melhorias demonstradas nas capacidades das crian-
nho em outros resultados de desenvolvimento. Primei- ças de dirigir sua atenção, controlar o comportamen-
ramente, as crianças encaminhadas às salas de aula de to impulsivo e manter o foco em suas tarefas escolares
Ferramentas da Mente mostraram reduções significati- contribuíram para os ganhos acadêmicos, as evidências
vas no problema de comportamento classificado pelo apoiam cada vez mais essa interpretação.22 , 30,48,92,95
O FATO DE QUE CRIANÇAS PEQUENAS TÊM as experiências de uma criança ajudam a estabelecer as
UM tempo difícil de autocontrole, planejamento, ig- bases para o desenvolvimento contínuo das habilidades
norar distrações e ajustar-se às novas exigências não é de funções executivas. Essas habilidades iniciais para
novidade para os adultos que cuidam delas. Não é do focar atenção, controlar impulsos e armazenar informa-
conhecimento geral, entretanto, que essas capacidades ções “on-line” na memória de trabalho parecem sofrer
não se desenvolvem automaticamente com a maturi- facilmente rupturas por experiências iniciais altamente
dade e com o tempo. Adicionalmente, é ainda menos adversas ou rupturas biológicas. As evidências também
conhecido que os circuitos do cérebro em desenvolvi- demonstram que intervenções precoces que visem me-
mento relacionados a esses tipos de habilidade seguem lhorar essas capacidades antes que uma criança entre
um cronograma extenso, que começa na primeira in- na escola podem ter impactos benéficos em uma ampla
fância e continua na adolescência e que constitui a base gama de resultados importantes.
comum sobre a qual a aprendizagem e as habilidades
sociais iniciais são construídas. Com base nesse novo Contrariamente à crença popular, crianças pe-
entendimento, os seguintes equívocos comuns sobre o quenas que não permanecem na tarefa, perdem o
desenvolvimento das habilidades de funções executivas controle de suas emoções ou distraem-se facilmen-
podem ser deixados de lado. te não são “crianças más” que estão sendo intencio-
nalmente não cooperativas e agressivas. As crianças
Ao contrário da crença popular, aprender a con- com habilidades de funções executivas comprometidas
trolar impulsos, prestar atenção e reter informações ou atrasadas podem apresentar comportamentos mui-
ativamente em nossa memória não acontece auto- to desafiadores dos quais são frequentemente culpadas.
maticamente conforme as crianças amadurecem, e Na maioria dos casos, entretanto, é o desenvolvimen-
as crianças pequenas que tiverem problemas com to atrasado do córtex pré-frontal que é o “culpado.” Os
essas habilidades não necessariamente irão supe- esforços para ajudar as crianças afetadas a desenvolver
rá-las. A evidência é clara que, aos 12 meses de idade, melhores habilidades de funções executivas e ajustes
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
CORREÇÃO DE EQUÍVOCOS POPULARES SOBRE A CIÊNCIA
nas demandas colocadas sobre elas, para evitar sobre- tando e vendo, conforme necessário. Os neurocientistas
carregar suas capacidades são muito mais úteis do que a também estão começando a relatar aspectos específicos
punição pelo comportamento difícil. do funcionamento executivo, principalmente habili-
Particularmente quando as experiências ou am- dades de atenção, as etapas específicas envolvidas na
bientes adversos provocam uma resposta de estresse aprendizagem da leitura e do trabalho com números.9
tóxico96, pode ser muito difícil, mesmo para as crianças É importante ressaltar que esta pesquisa está em seu
mais competentes, evocarem quaisquer habilidades de início, e ainda há muito a ser aprendido.
funções executivas que elas possuem. Nessas circuns- Não somente precisamos entender os fatores efeti-
tâncias, o fornecimento de um ambiente seguro e pre-
visível propicia a sensação de segurança necessária para
que uma mudança bem-sucedida de comportamento As políticas de educação infantil que
aconteça.
Ao contrário da teoria que orienta alguns progra-
enfatizam somente a alfabetização estão
mas iniciais de educação que focam exclusivamente perdendo uma oportunidade importante de
no ensino de letras e números, esforços explícitos
para promover o funcionamento executivo têm influ- aumentar sua eficácia, incluindo a atenção
ências positivas para incutir as habilidades de al-
fabetização e numéricas. As primeiras evidências de
ao desenvolvimento das habilidades do
ensaios clínicos aleatórios de intervenções destinadas a funcionamento executivo.
promover o conjunto de habilidades de funções execu-
tivas (memória de trabalho, atenção, controle inibitório vos responsáveis pelos impactos crescentes na prepara-
etc.) indicam benefícios nas habilidades iniciais de alfa- ção para a escola a partir de intervenções destinadas a
betização e matemática em comparação com crianças focar nas habilidades de funções executivas, mas tam-
que vivenciam aulas com atividades “regulares”.48, 92 Na bém precisamos examinar se os programas efetivos de
verdade, também há evidências de que as habilidades educação infantil que focam diretamente habilidades
de funções executivas em desenvolvimento contribuem sociais, numéricas e de linguagem também têm impac-
para a alfabetização inicial e de matemática durante os tos positivos sobre o funcionamento executivo. Dessa
anos da Educação Infantil28, 30. Isso não surpreende na forma, a natureza altamente inter-relacionada dessas
medida em que a aquisição de habilidades acadêmicas capacidades torna difícil rotular qualquer intervenção
tradicionais depende da capacidade de a criança seguir única como focada explicitamente (ou não) nos domí-
e lembrar-se de regras da sala de aula, controlar emo- nios críticos do funcionamento executivo.
ções, focar atenção, manter-se quieta e aprender escu-
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
de uma forma que melhore a “construção dos andaimes” A falta de serviços que intervenham diretamente
e prática das habilidades de funções executivas. nas fontes de estresse tóxico durante os primeiros
anos de vida indica uma desconexão entre as polí-
A expulsão das crianças de programas de Educa- ticas e a vulnerabilidade conhecida de muitos as-
ção Infantil97, 98 por causa de comportamento incon- pectos do desenvolvimento do cérebro (incluindo
trolável ilustra a necessidade de uma maior dispo- habilidades de funções executivas) com relação aos
nibilidade de expertise e recursos para melhorar as efeitos da adversidade precoce e a necessidade de
habilidades de funções executivas de crianças pe- políticas preventivas para reduzir a perda dessas
quenas vulneráveis. A pesquisa mostra que crianças oportunidades. É amplamente conhecido que as fontes
que têm problemas em manter-se focadas e controlar de base biológica de vulnerabilidade (por exemplo, pre-
comportamento impulsivo e reativo – duas habilidades maturidade e outras complicações médicas no nasci-
de funções executivas – têm maior risco de vivenciar mento) e rupturas na arquitetura do cérebro relaciona-
problemas de comportamento. Evidências de professo- das com dificuldades nas condições iniciais de criação
res de Educação Infantil que classificam autocontrole e (por exemplo, abuso infantil e negligência), colocam as
manutenção da atenção como os pontos mais críticos crianças em um enorme risco de desenvolvimento de
para a preparação para a escola do que o conhecimento problemas que variam de desordens de apego a defi-
de conteúdo6 destacam ainda a importância do suporte ciências de aprendizagem. Evidências crescentes tam-
ao desenvolvimento precoce das habilidades de funções bém mostram que essas condições adversas, bem como
executivas como pré-requisito fundamental para uma baixo nível socioeconômico, colocam as crianças em
transição bem-sucedida para a escola. Na medida em desvantagem no que diz respeito ao desenvolvimento
que a combinação de sérios problemas de autorregula- da memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e ini-
ção em crianças pequenas e estresse excessivo vivencia- bição comportamental. Esta conexão entre o estresse
do por educadores da primeira infância levam a uma tóxico e funcionamento executivo sugere novas e im-
maior probabilidade de expulsão de programas pré-es- portantes oportunidades para intervenções focadas
colares, ressalta-se a necessidade de maior atenção às nessas habilidades para melhorar a probabilidade de
intervenções inovadoras que promovam um comporta- sucesso escolar e na vida adulta das crianças que en-
mento mais adaptativo. frentam adversidade.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
IMPLICAÇÕES PARA POLÍTICAS E PROGRAMAS
Cuidadores e profissionais da educação inicial, tivo em crianças pequenas mantinham uma promessa
bem como professores de Educação Infantil e do considerável de incorporação nas intervenções focadas
ensino fundamental, seriam mais bem equipados pelos pais, como visita domiciliar, educação dos pais e
para compreender e enfrentar os desafios compor- programas de apoio à família. A tradução de estratégias
tamentais e de aprendizagem em suas salas de aula de gestão eficazes para uso nesses programas deve ser
se tivessem treinamento profissional (e ferramentas
fáceis de usar) no desenvolvimento das habilidades Acrescentar avaliações das habilidades
de funções executivas. Programas de treinamento de
professores, incluindo programas em escolas de edu- de funções executivas no repertório de
cação, atualmente dedicam pouco ou nenhum tempo
para instrução sobre o desenvolvimento das habilida- ferramentas de avaliação usadas em
des de funções executivas. No entanto, os professores de programas para a primeira infância não
crianças pequenas frequentemente são os primeiros a
reconhecer problemas graves no controle dos impulsos, só forneceria dados importantes para o
foco de atenção, manter-se organizado e seguir as ins-
truções que exigem memória de trabalho bem desen- planejamento de programas, mas também
volvida. As consequências de rotular esses problemas incentivaria a atenção para este domínio
como “mau comportamento” pode ser grave, levando,
em alguns casos, a expulsão ou uso inadequado de me- crítico do desenvolvimento de habilidades.
dicamentos e, em outros, a uma sala de aula altamente
conturbada. Em outras palavras, muitas crianças pe- de alta prioridade.
quenas que precisam de assistência não a estão obten- Acrescentar avaliações das habilidades de fun-
do. Professores equipados com ferramentas de conhe- ções executivas no repertório de ferramentas de
cimento e currículo para apoiar o desenvolvimento das avaliação usadas em programas para a primeira in-
habilidades de funções executivas estariam em uma po- fância não só forneceria dados importantes para o
sição melhor para calibrar suas expectativas para as ca- planejamento de programas, mas também incenti-
pacidades em desenvolvimento das crianças pequenas varia a atenção para este domínio crítico do desen-
e mais bem preparados para enfrentar estes desafios em volvimento de habilidades. Os formuladores de po-
sala de aula de forma adequada. Eles também estariam líticas e profissionais mensuram o que eles valorizam.
em melhor posição para exigir uma consulta especiali- A crescente disponibilidade de ferramentas válidas e
zada de saúde mental, quando necessário.52 práticas para avaliar o funcionamento executivo ini-
cial agora torna viável para os avaliadores do programa
Os pais se beneficiariam de maior acesso a ferra- medirem os impactos sobre essas habilidades funda-
mentas e abordagens que proporcionariam conheci- mentais. Como a atenção ao funcionamento executivo
mento e maneiras úteis de apoiar o desenvolvimen- aumenta no cenário da primeira infância, este domínio
to inicial das habilidades de funções executivas. As crítico do desenvolvimento receberá atenção mais pro-
lições aprendidas com as intervenções que se revelaram eminente no debate público sobre a melhor forma de
bem-sucedidas na promoção do funcionamento execu- promover as competências em desenvolvimento das
Referências bibliográficas
1. Diamond, A., & Taylor, C. (1996). Development of an as- 3. Rothbart, M.K., Posner, M.I., & Kieras, J. (2006). Temper-
pect of executive control: Development of the abilities to ament, attention and the development of self-regulation.
remember what I said and to “Do as I say, not as I do.” In K. McCartney & D. Phillips (Eds.), The Blackwell hand-
Developmental Psychobiology, 29(4), 315-334. book of early child development (pp. 328-357). Malden,
2. Greenberg, M.T., Riggs, N. R. & Blair, C. (2007). e role MA: Blackwell Press.
of preventive interventions in enhancing neurocognitive 4. Goldberg, E. (2001). The executive brain: Frontal lobes and
functioning and promoting competence in adolescence. the civilized mind. New York: Oxford University Press.
In D. Romer & E. F. Walker (Eds.), Adolescent psycho- 5. Lewitt, E. M. & Baker, L. S. (1995). School readiness. The
pathology and the developing brain: Integrating brain Future of Children, 5(2), 128-139.
and prevention science (pp. 441-461). New York: Oxford
University Press.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
6. Rimm-Kaufman, S. E., Pianta, R. C., & Cox, M. J. (2000). 22. Bierman, K.L., Nix, R.L., Greenberg, M.T., Blair, C. &
Teachers’ judgments of problems in the transition to Domitrovich, C.E. (2008). Executive functions and school
kindergarten. Early Childhood Research Quarterly, 15(2), readiness intervention: Impact, moderation, and media-
147-166. tion in the Head Start REDI program. Development and
7. Brouwers, A., & Tomic, W. (2000). A longitudinal study of Psychopathology, 20(3), 821-843.
teacher burnout and perceived self-e cacy in classroom 23. Blair, C., & Razza, R.P. (2007). Relating e ortful control,
management. Teaching and Teacher Education, 16(2), 239- executive function, and false belief understanding to
253. emerging math and literacy ability in kindergarten. Child
8. Diamond, A. (2002). Normal development of prefron- Development, 78(2), 647-663.
tal cortex from birth to young adulthood: Cognitive 24. Espey, K., McDiarmid, M., Kwik, M., Stalets, M., Hamby,
functions, anatomy, and biochemistry. In D.T. Stuss & R.T. A., & Senn, T. (2004). e contribution of executive func-
Knight (Eds.), Principles of frontal lobe function (pp. 466- tions to emergent mathematic skills in preschool children.
503). New York: Oxford University Press. Developmental Neuropsychology, 26(1), 465-486.
9. Posner, M.I. & Rothbart, M.K. (2006). Educating the 25. Fuchs, L.S., Compton, D.S., Fuchs, D., Paulsen, K., Bry-
human brain (1st Ed.). Washington, DC: American ant, J.D. & Hamlett, C.L. (2005). e prevention, identi-
Psychological Association. cation, and cognitive determinants of math di culty.
10. Rueda, M.R., Posner, M.I., & Rothbart, M.K. (2005). e Journal of Educational Psychology, 97(3), 493-513.
development of executive attention: Contributions to the 26. Gathercole, S.E., Ti any, C., Briscoe, J., orn, A. & the
emergence of self-regulation. Developmental Neuropsy- ALSPAC Team. (2005). Developmental consequences of
chology, 28(2), 573-594. poor phonological short-term memory function in child-
11. Zelazo, P.D. (2004). e development of conscious control hood: A longitudinal study. Journal of Child Psychology
in childhood. Trends in Cognitive Sciences, 8(1), 12-17. and Psychiatry, 46(6), 598-611.
12. Zelazo, P.D. Carlson, S.M., & Kesek, A. (2008). e 27. Howse, R.B., Calkins, S.D., Anastopoulos, A.D., Keane,
development of executive function in childhood. In C.A. S.P., & Shelton, T.L. (2003). Regulatory contributors to
Nelson & M. Luciana (Eds.), Handbook of developmental children’s kindergarten achievement. Early Education and
cognitive neuroscience (2nd Ed.). (pp. 553-574). Cambridge, Development, 14(1)101-119.
MA: e MIT Press. 28. McClelland, M.M., Cameron, C.E., Connor, C.M., Farris,
13. Diamond, A. (1988). Abilities and neural mechanisms C.L., Jewkes, A.M., & Morrison, F.J. (2007). Links between
underlying AB performance. Child Development, 59(2), behavioral regulation and preschoolers’ literacy, vocabu-
523-527. lary, and math skills. Developmental Psychology, 43(4),
14. Goldman-Rakic, P.S. (1987). Circuitry of primate prefron- 947-959.
tal cortex and regulation of behavior by representational 29. Sektnan, M., McClelland, M.M., Acock, A., & Morrison, F.
memory. In F. Plum (Ed.), Handbooks of physiology: A (In Press). Relations between early family risk, children’s
spectrum of physiological knowledge and concepts: Section behavioral regulation, and academic achievement. Early
1: Nervous system: Vol. V, 2 parts: Higher functions of the Childhood Research Quarterly.
brain (pp. 373-417). Bethesda, MD: American Physiologi- 30. Welsh, J.A., Nix, R.L., Blair, C., Bierman, K.L. & Nelson,
cal Society. K.E. (2010). e development of cognitive skills and gains
15. Rothbart, M.K. & Posner, M.I. (2005). Genes and experi- in academic school readiness for children from low-in-
ence in the development of executive attention and e ort- come families. Journal of Educational Psychology, 102(1),
ful control. In L.A. Jensen & R.W. Larson (Eds.), New ho- 43-53.
rizons in developmental theory and research (pp. 101-108). 31. Bulotsky-Shearer, R.J., Fantuzzo, J.W., Dominguez, X. &
San Francisco: Jossey-Bass. McDermott, P.A. (2009, April). Unique contribution of
16. Bush, B., Luu, P., & Posner, M.I. (2000). Cognitive and social-emotional classroom behavior to school readiness for
emotional in uences in anterior cingulate cortex. Trends low-income urban preschool children. Paper presented at
in Cognitive Sciences, 4(6), 215-222. the biennial meetings of the Society for Research in Child
17. Drevets, W. C., & Raichle, M. E. (1998). Reciprocal sup- up- Development, Denver, Colo.
pression of regional cerebral blood ow during emotional 32. Eisenberg, N., Fabes, R.A., Nyman, M., Bernzweig, J., &
versus higher cognitive processes: Implications for inter- Pinuelas, A. (1994). e relations of emotionality and
actions between emotion and cognition. Cognition and regulation to children’s anger-related reactions. Child
Emotion, 12(3), 353-385. Development, 65(1), 109-128.
18. Kuhl, J., & Kazén, M. (1999). Volitional facilitation of dif- 33. Hill, A.L. Degnan, K.A. Calkins, S.D. & Keane, S.P. (2006).
cult intentions: Joint activation of intention memory and Pro les of externalizing behavior problems for boys and
positive a ect removes Stroop interference. Journal of Ex- girls across preschool: e roles of emotion regulation
perimental Psychology: General, 128(3), 382-399. and inattention. Developmental Psychology, 42(5), 913-
19. Blair, C., Zelazo, P.D. & Greenberg, M.T. (2005). e 928.
measurement of executive function in early childhood. 34. Kochanska, G., Murray, K., & Coy, K. C. (1997). Inhibi-
Developmental Neuropsychology, 28(2), 561-571. tory control as a contributor to conscience in childhood:
20. Barkley, R.A. (2001). e executive functions and self- From toddler to early school age. Child Development,
regulation: An evolutionary neuropsychological perspec- 68(2), 263-277.
tive. Neuropsychology Review, 11(1), 1-29. 35. Dunbar, R.I.M, & Shultz, S. (2007). Evolution in the social
21. Blair, C. (2002). School readiness: Integrating cognition brain. Science, 317(5843), 1344-1347.
and emotion in a neurobiological conceptualization of 36. Diamantopoulou, S., Rydell, A.M., orell, L.B., & Bohlin,
children’s functioning at school entry. American Psycholo- G. (2007). Impact of executive functioning and symptoms
gist, 57(2), 111-127. of attention de cit hyperactivity disorder on children’s
peer relations and school performance. Developmental
Neuropsychology, 32(1), 521-542.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
REFERÊNCIAS
37. Fantuzzo, J., Bulotsky-Shearer, R., McDermott, P.A., Mc- 52. National Scienti c Council on the Developing Child.
Wayne, C., Frye, D., & Perlman, S. (2007). Investigation of (2008). Mental health problems in early childhood can
dimensions of social-emotional classroom behavior and impair learning and behavior for life: Working paper no.
school readiness for low-income urban preschool chil- 6. http://www.developingchild.net
dren. School Psychology Review, 36(1), 44-62. 53. Pollak, S.D., Cicchetti, D., and Klorman, R. (1998). Stress,
38. Raver, C.C., Garner, P., & Smith-Donald R. (2007). e memory, and emotion: Developmental considerations
roles of emotion regulation and emotion knowledge from the study of child maltreatment. Development and
for children’s academic readiness: Are the links causal? Psychopathology, 10(4), 811-828.
In R.C. Pianta, M.J. Cox, & K.L. Snow (Eds.), School 54. Sanchez, M.M., Ladd, C.O. & Plotsky, P.M. (2001). Early
readiness and the transition to kindergarten in the era of adverse experience as a developmental risk factor for later
accountability (pp. 121-147). Baltimore, MD: Paul H. psychopathology: Evidence from rodent and primate
Brookes Publishing Co. models. Development and Psychopathology, 3(3), 419-49.
39. Swanson, H.L., & Jerman, O. (2007). e in uence of 55. Liston, C., McEwen, B.S. & Casey, B.J. (2009). Psychoso-
working memory on reading growth in subgroups of cial stress reversibly disrupts prefrontal processing and at-
children with reading disabilities. Journal of Experimental tentional control. Proceedings of the National Academy of
Child Psychology, 96(4), 249-283. Sciences, 106(3), 912-917.
40. Rothbart, M. K., & Rueda, M. R. (2005). e development 56. Liston, C., Miller, M.M., Goldwater, D.S., Radley, J.J., Ro-
of e ortful control. In U. Mayr, E. Awh, & S. Keele (Eds.), cher, A.B., Hof, P.R., Morrison, J.H., & McEwen, B. (2006).
Developing individuality in the human brain: A tribute to Stress-induced alterations in prefrontal cortical dendritic
Michael I. Posner (pp. 167-188). Washington, DC: Ameri- morphology predict selective impairments in percep-
can Psychological Association. tual attentional set-shi ing. The Journal of Neuroscience,
41. Blair, C. & Diamond, A. (2008). Biological processes in 26(30), 7870-7874.
prevention and intervention: e promotion of self-reg- 57. Kishiyama, M.M., Boyce, W.T., Jimenez, A.M, Perry, L.M.,
ulation as a means of preventing school failure. Develop- & Knight, R.T. (2009). Socioeconomic disparities a ect
ment and Psychopathology, 20(3), 899-911. prefrontal function in children. Journal of Cognitive Neu-
42. Goldsmith, D. F., & Rogo , B. (1997). Mothers’ and tod- roscience, 21(6), 1106-1115.
dlers’ coordinated joint focus of attention: Variations with 58. Li-Grining, C.P. (2007). E ortful control among low-
maternal dysphoric symptoms. Developmental Psychology, income preschoolers in three cities: Stability, change, and
33(1), 113–119. individual di erences. Developmental Psychology, 43(1),
43. Kochanska, G., Murray, K., Jacques, T.Y., & Vandegeest, K. 208-221.
(1996). Inhibitory control of young children and its role in 59. Noble, K.G., McCandliss, B.D. & Farah, M.J. (2007).
emerging internalization. Child Development, 67(2), 490- Socioeconomic gradients predict individual di erences
507. in neurocognitive abilities. Developmental Science, 10(4),
44. Kochanska, G., & Knaack, A. (2003). E ortful control as a 464-480.
personality characteristic of young children: Antecedents, 60. Noble, K.G., Norman, M.F. & Farah, M.J. (2005). Neuro-
correlates, and consequences. Journal of Personality, 71(6), cognitive correlates of socioeconomic status in kindergar-
1087-1112. ten children. Developmental Science, 8(1), 74-87.
45. Lengua, L.J., Honorado, E. & Bush, N.R. (2007). Contex- 61. Mezzacappa, E. (2004). Alerting, orienting, and execu-
tual risk and parenting as predictors of e ortful control tive attention: Developmental properties and sociodemo-
and social competence in preschool children. Journal of graphic correlates in an epidemiological sample of young,
Applied Developmental Psychology, 28(1), 40-55. urban children. Child Development, 75(5), 1373-1386.
46. Bodrova, E., & Leong, D. J. (2007). Play and early literacy: 62. Sanchez, M.M., & Pollak, S.D. (2009). Socio-emotional
A vygotskian approach. In K. A. Roskos, & J. F. Christie development following early abuse and neglect: Challeng-
(Eds.), Play and literacy in early childhood: Research from es and insights from translational research. In M. de Haan
multiple perspectives (2nd ed.). (pp. 185-200). Mahwah, & M.R. Gunnar (Eds.), Handbook of developmental social
NJ: Lawrence Erlbaum Associates. neuroscience. (pp. 497- 520) New York: Guilford Press.
47. Bodrova, E. & Leong, D. (2005). Promoting student self- 63. Bos, K., Fox, N., Zeanah, C.H., & Nelson, C.A. (2009). Ef-
regulation in learning. Education Digest, 71(2), 54-57. fects of early psychosocial deprivation on the development
48. Bierman, K.L., Domitrovich, C.E., Nix, R.L., Gest, S.D. of memory and executive function. Frontiers in Behavioral
Welsh, J.A., Greenberg, M.T., Blair, C., Nelson, K.E, & Neuroscience, 3(16). doi: 10.3389/neuro.08.016.2009
Gill, S. (2008). Promoting academic and social-emotional 64. Colvert, E., Rutter, M. Kreppner, J., Beckett, C., Castle,
school readiness: e Head Start REDI Program. Child J., Groothues, C. et al. (2008). Do theory of mind and
Development, 79(6), 1802-1817. executive function de cits underlie the adverse outcomes
49. Maughan, A. & Cicchetti, D. (2002). Impact of child mal- associated with profound early deprivation?: Findings
treatment and interadult violence on children’s emotion from the English and Romanian Adoptees study. Journal
regulation abilities and socioemotional adjustment. Child of Abnormal Child Psychology, 36(7), 1057-1068.
Development, 73(5), 1525-42. 65. Gunnar, M.R. (2000). Early adversity and the develop-
50. O’Connor, T.G., Rutter, M., Beckett, C., Keaveney, L., ment of stress reactivity and regulation. In C.A. Nelson
Kreppner, J.M. (2000). e e ects of global severe priva- (Ed.), The effects of early adversity on neurobehavioral de-
tion on cognitive competence: Extension and longitudinal velopment: The Minnesota Symposia on Child Psychology:
follow-up. Child Development, 71(2), 376-90. Volume 31 (pp. 163-200). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum
51. National Scienti c Council on the Developing Child. Associates.
(2005). Excessive stress disrupts the architecture of the 66. Curtis, W.J., Lindeke, L.L, Georgie , M.K., & Nelson, C.A.
developing brain: Working paper no. 3. http://www.devel- (2002). Neurobehavioral functioning in neonatal inten-
opingchild.net sive care unit graduates in late childhood and early ado-
lescence. Brain, 125, 1646-1659.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON EARLY CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
67. Feldman, R. (2009). e development of regulatory func- 82. Stevens, C., Fanning, J. Coch, D. Sanders, L., & Neville, H.
tions from birth to 5 years: Insights from premature (2008). Neural mechanisms of selective auditory attention
infants. Child Development, 80(2), 544-561. are enhanced by computerized training: Electrophysi-
68. Luciana, M., Lindeke, L., Georgie , M., Mills, M., & Nel- ological evidence from language-impaired and typically
son, C. (1999). Neurobehavioral evidence for working- developing children. Brain Research, 1205, 55-69.
memory de cits in school-aged children with histories of 83. Barnett, W. S., Jung, K., Yarosz, D. J., omas, J., Horn-
prematurity. Developmental Medicine and Child Neurol- beck, A., Stechuk, R., Burns, M. S. (2008). Educational ef-
ogy, 41(8), 521-533. fects of the Tools of the Mind Curriculum: A randomized
69. Jacobson, S.W., & Jacobson, J.L. (2000). Teratogenic insult trial. Early Childhood Research Quarterly, 23(3), 299-313.
and neurobehavioral function in infancy and childhood. 84. Diamond, A., Barnett, W. S., omas, J., & Munro, S.
In C. A. Nelson (Ed.), The effects of early adversity on neu- (2007). Preschool program improves cognitive control.
robehavioral development (pp. 61-113). Mahwah, NJ: Law- Science, 318(5855), 1387-8.
rence Erlbaum Associates. 85. Raver, C.C., Jones, S.M., Li-Grining, C.P., Metzger, M.,
70. Olson, H.C., Streissguth, A.P., Sampson, P.O., Barr, H.M., Champion, K.M., & Sardin, L. (2008). Improving pre-
Bookstein, F.L., and eide, K. (1997). Association of pre- school classroom processes: Preliminary ndings from
natal alcohol exposure with behavioral and learning prob- a randomized trial implemented in Head Start settings.
lems in early adolescence. Journal of the American Acad- Early Childhood Research Quarterly, 23(1), 10-26.
emy of Child and Adolescent Psychiatry, 36(9), 1187-94. 86. Raver, C. C., Jones, S. M., Li-Grining, C. P., Zhai, F.,
71. Dodge, K.A., Pettit, G.S., Bates, J.E., & Valente, E. (1995). Metzger, M. W., & Solomon, B. (2009). Targeting chil-
Social information-processing patterns partially mediate dren’s behavior problems in preschool classrooms: A clus-
the e ect of early physical abuse on later conduct prob- ter-randomized controlled trial. Journal of Consulting and
lems. Journal of Abnormal Psychology, 104(4), 632-643. Clinical Psychology, 77(2), 302-316.
72. Pollak, S.D. and Tolley-Schell, S.A.(2003). Selective atten- 87. Webster-Stratton, C., Jamila Reid, M., & Stoolmiller.
tion to facial emotion in physically abused children. Jour- M. (2008). Preventing conduct problems and improv-
nal of Abnormal Psychology, 112(3), 323-338. ing school readiness: Evaluation of the Incredible Years
73. Lewis, E. E., Dozier, M., Ackerman, J., & Sepulveda- Teacher and Child Training Programs in high-risk
Kozakowski, S. (2007). e e ect of placement instabil- schools. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 49(5),
ity on adopted children‘s inhibitory control abilities and 471-488.
oppositional behavior. Developmental Psychology, 43(6), 88. Domitrovich, C.E., Cortes, R., & Greenberg, M.T. (2007).
1415–1427. Improving young children’s social and emotional compe-
74. Korkman, M., Kirk, U., & Kemp, S.L. (1998). NEPSY: A tence: A randomized trial of the preschool PATHS cur-
developmental neuropsychological assessment. San Anto- riculum. Journal of Primary Prevention, 28(2), 67-91.
nio, TX: e Psychological Corporation. 89. Domitrovich, C. E., Greenberg, M. T., Kusche, C., & Cor-
75. Pears, K., Bruce, J., Fisher, P., & Kim, H. (2010). Indis- tes, R. (1999). Manual for the Preschool PATHS Curricu-
criminate friendliness in maltreated foster children. Child lum. South Deer eld, MA: Channing-Bete Company.
Maltreatment, 15(1), 64-75. 90. Bodrova, E., & Leong, D.J. (1996). Tools of the mind: The
76. Pollak, S.D., Nelson, C.A., Schlaak, M.F., Roeber, B.J., vygotskian approach to early childhood education. Engle-
Wewerka, S.S., Wiik, K.L., Frenn, K.A., Loman, M.M., wood Cli s, NJ: Prentice Hall.
Gunnar, M.R. (2010). Neurodevelopmental e ects of early 91. National Scienti c Council on the Developing Child.
deprivation in postinstitutionalized children. Child Devel- (2008). Focus and planning skills can be improved before
opment, 81(1), 224-236. a child enters school. http://www.developingchild.net
77. Klingberg, T., Fernell, E., Olesen, P.J., Johnson, M., Gus- 92. Raver, C. C., Jones, S.M., Li-Grining, C., Zhai, F., Bub, K,
tafsson, P., Dahlström, K., Gillberg, C.,G., Forssberg, H., & Pressler, E. (In Press). CSRP’s impact on low-income
& Westerberg, H. (2005). Computerized training of work- preschoolers’ pre-academic skills: Self-regulation as a me-
ing memory in children with ADHD: A randomized, con- diating mechanism. Child Development.
trolled trial. Journal of the American Academy of Child and 93. Riggs, N. R., Greenberg, M. T., Kusché, C. A., & Pentz,
Adolescent Psychiatry, 44(2), 177-186. M. A. (2006). e mediational role of neurocognition in
78. Klingberg, T., Forssberg, H., & Westerberg, H. (2002). the behavioral outcomes of a social-emotional preven-
Training of working memory in children with ADHD. tion program in elementary school students: E ects of the
Journal of Clinical and Experimental Neuropsychology, PATHS curriculum. Prevention Science, 7(1), 91-102.
24(6), 781-791. 94. Domitrovich, C.E., Gest, S.D., Gill, S., Bierman, K.L.,
79. Olesen, P.J., Westerberg, H., & Klingberg, T. (2004). In- Welsh, J.A., & Jones, D. (2009). Fostering high-quality
creased prefrontal and parietal activity a er training of teaching with an enriched curriculum and professional
working memory. Nature Neuroscience, 7(1), 75-79. development support: e Head Start REDI program.
80. Rabiner, D.L., Murray, D.W., Skinner, A.T. & Malone, P.S. American Educational Research Journal, 46(2), 567-597.
(2010). A randomized trial of two promising computer- 95. Duncan, G.J., Dowsett, C.J., Claessens, A, Magnuson, K.,
based interventions for students with attention di cul- Huston, A.C., Klebanov, P., Pagani, L.S.., Feinstein, L., En-
ties. Journal of Abnormal Child Psychology, 38(1), 131-142. gel, M., Brooks-Gunn, J., Sexton, H., Duckworth, K., &
81. Rueda, M.R., Rothbart, M.K., McCandliss, B.D., Sacco- Japel, C. (2007). School readiness and later achievement.
manno, L., & Posner, M.I. (2005). Training, maturation Developmental Psychology, 43(6), 1428-1446.
and genetic in uences on the development of executive 96. Shonko , J.P. Boyce, W.T., McEwen, B.S. (2009). Neuro-
attention. Proceedings of the National Academy of Sciences science, molecular biology and the childhood roots of
of the United States of America, 102(41), 14931-14936. health disparities: Building a new framework for health
promotion and disease prevention. JAMA, 301(21), 2252-
2259.
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
REFERÊNCIAS
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08
WORKING PAPER SERIES
COLEÇÃO DE ESTUDOS DO CENTER ON THE DEVELOPING CHILD, DA UNIVERSIDADE DE HARVARD
Working Paper #1
Ainda não traduzidos para o português
Young Children Develop in an Environment of Relationships (2004)
Estudo nº1
Young Children Develop in an Environment of Relationships (2004)
Working Paper #2
Children’s Emotional Development is Built into the Architecture of their Brains (2004)
Estudo nº2
Children’s Emotional Development is Built into the Architecture of their Brains (2004)
Working Paper #3
Excessive
Estudo nº3Stress Disrupts the Architecture of the Developing Brain (2005)
Excessive Stress Disrupts the Architecture of the Developing Brain (2005)
Working Paper #4
Estudo
Early nº4 to Toxic Substances Damages Brain Architecture (2006)
Exposure
Early Exposure to Toxic Substances Damages Brain Architecture (2006)
Working Paper #5
Estudo nº5
The Timing and Quality of Early Experiences Combine to Shape Brain Architecture (2007)
The Timing and Quality of Early Experiences Combine to Shape Brain Architecture (2007)
Working Paper #6
Estudo nº6
Mental Health
Mental Health Problems in Early
Problems Childhood
in Early Can Impair
Childhood Learning
Can Impair and Behavior
Learning for Life (2008)
and Behavior for Life (2008)
Estudo nº7
Working Paper #7
WorkforceDevelopment,
Workforce Development, Welfare
Welfare Reform,
Reform, and Well-Being
and Child Child Well-Being
(2008) (2008)
Estudo nº8
Working Paper #8
Maternal Depression Can Undermine the Development of Young Children (2009)
Maternal Depression Can Undermine the Development of Young Children (2009)
Estudo nº9
Working Paper
Persistent Fear#9and Anxiety Can Affect Young Children’s Learning and Development (2010)
Persistent Fear and Anxiety Can Affect Young Children’s Learning and Development (2010)
Estudo nº10
Early Experiences
Working Paper #10 Can Alter Gene Expression and Affect Long-Term Development (2010)
Early Experiences Can Alter Gene Expression and Affect Long-Term Development (2010)
http://developingchild.harvard.edu/library/reports_and_working_papers/
DA UNIVERSIDADE HARVARD
NATIONAL SCIENTIFIC COUNCIL ON THE DEVELOPING CHILD
NATIONAL FORUM ON CHILDHOOD POLICY AND PROGRAMS
GabrielaGuilherme
Jéssica Massotti - Silva
massottigabriela@gmail.com
- jessica_guilherme4@hotmail.com
- IP: 187.39.20.254
- CPF: 043.758.603-08