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Capítulo 2 – Apoio 1

A COLONIZAÇÃO DO BRASIL

Objetivo Objetivo
Principal: Secundário:
Caracterizar o Introduzir as
período pré- noções básicas
colonial, sobre o antigo
particularmente sistema
no que se refere colonial.
às razões de sua
existência e de
seu
encerramento.

Prof. Kadú Costa Pinto


PERÍODO PRÉ-COLONIAL
QUAL O MOTIVO PARA A NÃO OCUPAÇÃO
IMEDIATA DAS TERRAS?
1°) O predomínio da comercialização de mercadorias
sobre sua produção.
2°) O fato de o comércio ser mais lucrativo do que a
produção.

“Colonizar o Brasil significava deixar de aplicar


capital no comércio para aplicá-lo na produção”

“Portugal se apropriou da terra, mas não ocupou a terra”


PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)
Características Básicas:
* Não ocorreu processo efetivo de colonização do
território.
* Certo Descaso Português em Relação às Novas
Terras.
Motivos Para o Descaso Lusitano no Pré-Colonial
1°) Atenções Voltadas Para o Comércio de Especiarias
Com o Oriente;
2°) Inexistência de Produtos Para Pronto-Comércio;
3°) Aparente Inexistência de Metais Amoedáveis
(Ouro e Prata);
4°) Para se Obter Lucros Seria Preciso Gastar
Primeiramente.
Primeiras Expedições
Tipologia: Expedições de Reconhecimento e Expedições de
Policiamento.
- Primeira Expedição: 1501 – Gaspar de Lemos = Objetivo:
Reconhecimento Geográfico.
- Segunda Expedição: 1503 – Gonçalo Coelho = Objetivo:
Reconhecimento Geográfico.
- Terceira Expedição: 1516 – Cristóvão Jacques = Objetivo:
Policiamento do Litoral.
- Quarta Expedição: 1526 – Cristóvão Jacques = Objetivo:
Policiamento do Litoral.
Pressões Estrangeiras Pela Terra
* Franceses e Ingleses não Aceitavam o Tratado de Tordesilhas.
* Franceses e Ingleses Faziam Visitas ao Território Brasileiro
contrabandeando Pau-Brasil.
* A França Efetivou Ataques Durante Todo o Período Pré-Colonial
e Início do Colonial.
* A Inglaterra Determinou o Possidetis Utilities.
Principais Ações Lusitanas no Pré-Colonial:
1°) Extração de Pau-Brasil:
- Já era conhecido dos Portugueses (Ásia)
- Utilizado Para Tingir Roupas;
- Tipo de Extração Itinerante;
- Extração com perfil de Estanco;
- Atendia ao Possidetis Utilities Inglês (Para Além do Lucro);
- Relação de Trabalho: ESCAMBO (Bom relacionamento
entre Brancos e Índios);
- Atendia ao Descaso no Sentido de Não criar a
Necessidade de Ocupação do Território (Os Próprios
Nativos Forneciam);
- Mão-De-Obra Indígena;
- Construção de Feitorias;
- Pequena Rentabilidade e não gerou ocupação do território.
2°) Expedições e Entradas (Detalhamento):
- Expedições Exploradoras
- Expedições de Reconhecimento do Território e
Policiamento

- Entradas:
* Expedições Litorâneas Oficiais e Financiadas pela
Coroa

* Entradas Mais Importantes:


+ Américo Vespúcio (1503-1504) – Região de Cabo Frio
+ Martim Afonso de Sousa (1531) – Região do Rio de
Janeiro

Resultado: Busca de Metais no Litoral Foi Infrutífera


Incentivos Para a Colonização
* Declínio do Comércio de Especiarias com o Oriente;
* Medo de Perder Suas Possessões Coloniais Para
Outros Países;
* Descoberta de Ouro e Prata na América Espanhola
Despertando a Cobiça Portuguesa;
* Características Lusitanas de Grandes Gastos na
Corte.

Obs.: Mas era Preciso Determinar alguma


Lucratividade. Era Preciso Cobrir os gastos iniciais
de ocupação.

Solução: Cana-de-Açúcar
O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
- Quinta Expedição: 1530 – Martim Afonso de Sousa =
Extensão: Do Litoral Nordeste Até o Rio da Prata -
Objetivo: Iniciar a Colonização.

Rei no Momento: D. João III

Principais Ações de Martim Afonso:


- Fundou a Vila de São Vicente;
- Plantou Cana-de-Açúcar;
- Construiu o Primeiro Engenho (Engenho de São Jorge
dos Erasmos) em Santos
EXPEDIÇÃO DE MARTIM AFONSO DE SOUSA
IMPORTANTE:
1) Colonizar e Ocupar não são sinônimos:
- Colonizar: É umas das formas de ocupar um
território criando, a partir do zero, um sistema
produtivo.
2) Com a colonização do Brasil iniciou-se uma nova
etapa do mercantilismo: Investir em mercadorias na
colônias para abastecer a Metrópole (PACTO
COLONIAL).
3) O Brasil foi a primeira colônia portuguesa no sentido
exato da palavra. Em outras localidades anteriormente
conquistadas já havia um sistema produtivo quando os
lusitanos chegaram.
“O sistema de colonização que a política econômica
mercantilista visa a desenvolver tem em mira os mesmos fins
mais gerais do mercantilismo e a eles se subordina. [...] Mas
a medula do sistema, seu elemento definidor, reside no
monopólio do comércio colonial. Em torno da preservação
desse privilégio, assumido inteiramente pelo Estado, ou
reservado à classe mercantil da metrópole, é que gira toda a
política do Sistema Colonial. [...]
O monopólio do comércio das colônias pela metrópole
define o Sistema Colonial porque é através dele que as
colônias preenchem a sua função histórica [...] É, realmente,
reservando a si com exclusividade a aquisição de produtos
coloniais, a burguesia mercantil metropolitana pode forçar a
baixa dos seus preços até ao mínimo além do qual se
tornaria antieconômica a produção; a revenda, na metrópole
ou [em qualquer outro lugar], a preço de mercado, cria uma
margem de lucros de monopólio apropriada pelos
mercadores intermediários:
[...]. Igualmente, adquirindo a preço de mercado, na
própria metrópole ou o comércio europeu, os produtos
de consumo colonial (produtos manufaturados
sobretudo) e revendendo-os na colônia, a preços
monopolistas, o grupo privilegiado se apropria mais
uma vez de lucros extraordinários. Num e noutro
sentido uma parte significativa da [...] renda [...] gerada
pela produção da colônia é transferida pelo sistema de
colonização para a metrópole [...].
NOVAES, Fernando Antônio Novaes.
O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial.
In: MOTA, Carlos Guilherme.
Brasil em perspectiva. São Paulo: Difel, 1969.

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