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— Acionem a broc...
Mas antes de Forfeu terminar sua fala, ele foi jogado
para traz pelo impacto do machado de Baltazar, mas seus
soldados entenderam a ordem e iniciaram a perfuração.
Baltazar recuperou seu machado e correu na direção de
seu inimigo. Forfeu se levantou e ficou em posição de defesa,
erguendo suas laminas enquanto sua broca ultra eficiente
realizava a escavação na direção do centro do planeta.
Baltazar partiu para cima, mas Forfeu desviou de todos
os golpes de seu oponente, evitando ao máximo um conflito
com o Soberano como uma forma de ganhar tempo para a
broca terminar seu trabalho.
Com um movimento inesperado, Forfeu acertou um
golpe com suas duas laminas em Baltazar, que o arremessou
no meio exército defensor, derrubando diversos soldados.
O exército atacante continuava sua ofensiva, e a broca,
após poucos segundos, completou sua tarefa.
Com uma perfuração limpa e um caminho inteiro só
para ele, Forfeu pulou no buraco em direção ao centro do
planeta x-480, passando por qualquer magma e qualquer rocha
que alguma vez já esteve ali, chegando ao lugar onde
supostamente deveria ser o núcleo do planeta, mas no lugar
havia uma grande esfera encrustada de cristais e minérios de
todos os tipos, fazendo proteção a algo, algo importante.
Sua armadura o protege do calor e da pressão. Forfeu
fez uma abertura na esfera com suas laminas. Ele entrou na
estrutura e se deparou com seu prêmio, uma das Fragas estava
diante dele. Forfeu fica em estado de choque e excitação, pois
uma busca de anos finalmente chegaria ao fim.
Ele andou em direção à Fraga, estendendo sua mão
para alcança-la, e cada passo era uma vitória maior do que
qualquer outra. Quando ele finalmente ficou em posse da
Fraga, ela se manifestou, e de dentro dela saiu um espectro de
um homem velho (como se o tempo tivesse o castigado durante
mil anos e ele se recusou a partir) com 22 centímetros de altura
que se anunciou dizendo:
— Como ousa.... Espere.... Você não é Forfeu....
Então.... Quem é você?.... Você está em um conflito mental....
Deixe-me liberta-lo — disse o homenzinho.
E a Fraga com formato de cristal de cor amarelo
dourado o libertou de sua luta mental, retirando as atas de seus
olhos e o fazendo enxergar a verdade.
“Forfeu” desacordou e ficou no chão por 1 minuto, pois
a liberação de radiação feita pela Fraga foi muito intensa.
— Aí... meu cérebro.... — disse “Forfeu”.
— Bem-vindo de volta Allan, como foram suas férias?
Parece que você fez uma longa viajem para estar aqui de volta,
não é? — disse o homenzinho.
CAPITULO 2
Desorientado, Allan ficou de pé e se encostou em um
dos cristais da esfera.
— Calma aí, eu não deveria estar aqui, e o que eu to
usando? Como eu tiro isso? —disse Allan enquanto tentava
tirar seu capacete.
— Você é um felizardo meu rapaz, é sim! Mesmo sem
você querer, acha um dos artefatos mais cobiçados do universo
inteiro!
Quando Allan finalmente conseguiu retirar seu
capacete, ele se encontrou em uma estranha ocasião, pois ele
estava usando uma armadura ultra tecnológica de um inimigo
que ele jurou lutar contra, estava no centro de um planeta que
onde deveria ser o núcleo, no lugar está uma esfera de cristal e
um homenzinho velho estava flutuando bem na sua frente.
Allan olhou para o chão e viu o que ele acha ser uma
das Fragas.
— Isso.... Isso é uma...
— Sim! É sim!
“O homenzinho parece estar bem feliz com essa
situação” pensou Allan.
— Certo, como você disse eu estava de “férias”, e
certamente não deveria estar usando essa armadura.
— Naturalmente —disse o homenzinho
Allan se abaixou e agarrou a Fraga amarelada e
translúcida, ele não sabia explicar, mas a Fraga exalava uma
energia própria e fez ele sentir como se ninguém mais pudesse
enganá-lo.
— Que sensação estranha — disse Allan.
— Imagino que sim, eu nunca pude segurá-la, mas sei
tudo que há para saber sobre ela —disse o homenzinho.
— Como isso é possível? Digo, como você flutua? —
perguntou Allan.
—Na verdade eu não estou aqui, a Fraga está se
comunicando com você através de mim, eu sou uma pessoa
comum que a vários anos atrás encontrou essa Fraga, a
primeira pessoa a encontrar uma Fraga na verdade.
— Mas como você explica estar flutuando? Isso burla
totalmente as leis naturais.
— De fato sim, mas as Fragas brincam com as leis
“naturais”. Para elas, não há leis. Elas transitam entre o
universo comum e outro lugar desconhecido por mim, tem
vezes que ela se ausenta da minha presença, não fisicamente,
mas mentalmente —disse o homenzinho.
— Você está dizendo que as Fragas possuem algo que
se assemelha a consciência?
Uma explosão forte atrapalhou a conversa dos dois.
Allan buscou uma maneira de sair daquela esfera, mas
nenhuma de suas tentativas foram bem-sucedidas.
— Pode me ajudar? — perguntou Allan.
— Infelizmente não, a Fraga me usa apenas para
comunicação, eu sou apenas uma projeção na sua cabeça feita
por ela —respondeu o homenzinho.
Allan olhou para baixo, notou as lâminas de Forfeu em
seus braços e ficou tomado de raiva.
— Elas estão presas no meu osso, eu consigo sentir o
metal gelado passando pelo meu músculo —disse Allan.
— Use isso a seu favor, não deixe quem quer que fez
isso, feliz por ter te usado, você merece saber quem fez isso
contigo e eu vou te ajudar a encontrar, afinal, eu não consigo
fugir da Fraga e ela está com você —disse o homenzinho.
Allan fincou as lâminas na extensa parede de rochas e
se impulsionou para cima, ele sentiu como se sempre tivesse
usado elas, como se as lâminas tivessem o acompanhado a vida
toda.
Allan colocou o capacete e continuou a subir.
Ele chegou na superfície e viu o exército inimigo quase
ganhando a batalha.
Quando Allan, ao se deparar com aquela situação
percebeu uma coisa, ele poderia controlar o exército de seu
inimigo, e é isso que ele fez.
— Todas as tropas, recuar! Recuem! Agora! —disse
Allan — Naves, levantar voo! Soldados, voltem! Voltem!
Vão! Vão! Vão! Agora é comigo! Deixem eles comigo! —
completou ele.
Allan ficou parado observando o cenário que aquela
batalha tinha deixado. Aquele lugar montanhoso, rochoso,
arenoso e cavernoso estava mais sujo e destruído desde a sua
última visita.
O exército defensor já havia recuado e ficado em
formação de sentido.
Allan viu Baltazar ajudando Neeka a se levantar e
sentiu seu dia melhorar 100% a cada segundo que observava
seu amigo de longa data, ele correu na direção deles, mas
Baltazar ainda não sabia que por baixo da armadura se
encontrava seu amigo.
Baltazar arremessa seu machado dando voltas no ar na
direção de Allan, mas desta vez, Allan pega o machado em
movimento. “Uma manobra muito difícil para quem não está
familiarizado com ele” pensou Baltazar.
Ao ver “Forfeu” agarrar seu machado no ar, Baltazar
congela e fica observando, pois agora, estava desarmado e com
medo.
Allan se aproxima de Baltazar com o machado na mão,
mas andando lentamente e com cautela, para não assustar seu
amigo.
— Calma, calma, eu vou tirar meu capacete agora.
Disse Allan enquanto se aproxima de Baltazar e Neeka.
Allan retira o capacete e o coloca pendurado na cintura.
— Allan?! Disse Baltazar
— Não.... Não é possível! Eu não acredito! Fizemos
um funeral! Nós colocamos uma estátua para você! Você não
é Allan Jordan! Me recuso a acreditar! Disse Baltazar tomado
de raiva.
— Eu posso esclarecer tudo. Disse Allan.
— Eu acho bom esclarecer direitinho, não sou de me
enganar! Benhur disse que não achou seu corpo naquele dia!
Disse Baltazar.
— Vamos sair desta zona que eu vou esclareço tudo.
Disse Allan.
— Nem eu sei direito o que está acontecendo, eu
acordei lá no centro do planeta dentro da armadura do Forfeu,
eu só quero ajuda. Disse Allan.