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parecia, iria ser fácil de cruzá-las, muito mais fácil do que aquela montanha
há seis anos. Pelos seus cálculos achava que chegaria lá em cinco dias, se não
trazia um frescor depois de um dia seco e quente, mas também fazia com
que os piores seres saíssem para a caça. Nessa região ao que parecia,
Mesmo depois de todos esses anos, ele ainda se sentia apreensivo com
relação aos animais. Eram tantos tipos, cada qual com seu próprio jeito de
atacar, de rastrear, uns mais inteligentes que outros, podiam ser tão
com a floresta que se estendia ao seu redor. Passou quatros dias montando
esse animal, que parecia amigável, conseguiu fazer um bom caminho nas
costas dele, mas no quinto dia com o bicho, descobriu que ele só estava
esperando sua guarda baixar pra matá-lo enquanto dormia. Na quinta noite,
Essa noite seria fria, mas não reclamaria. Procurou uma clareira no
meio da vegetação rasteira para poder dormir sem ter medo de deitar em
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abriu e dentro havia uma esponja preta já puída, com vinte minúsculos
verde neon. Dois, pensou. Mais seis anos, no máximo oito se economizasse.
Pegou uma das cápsulas, guardou a maleta na mochila e puxou uma pequena
exceto pelo fato que emanava uma fraca luminosidade. Oriun, a base de uma
vida com alguns confortos, o metal mais precioso, mesmo esses dois já bem
um raio de 12 metros, numa luz branca e quente. Ouviu barulhos por todos
os lados da clareira. Riu com isso. Assustei metade desses animais, mas a
pelo sol e por sua bússola, guardada com o maior cuidado, e só olhava as
falaram. Pelo leste, disseram, e eu os seguiu. Duas mil pessoas foram junto
redor. Essa poderia ter sido uma noite tranquila. Mas não seria.
adaga do tornozelo. Mais passos. Na esquerda. Não. Direita. Dois. Eram dois
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- Sa...uhhnnrr!!!! – tentou falar para espantar qualquer animal que
Escutou. Vozes. Sorriu como há muito tempo não sorria. Sete anos desde a
última vez que escutara uma voz humana, ao menos parecia humana. Estavam
No bolso, sim, estava no bolso de sua camisa, sobre o peito direito, sempre o
como a noite. Vestido em roupas estranhas que lhes cobriam quase todo o
corpo e tão negras como quem as vestia. Não carregavam armas ou então
experiência.
Não havia jeito, tinha que abaixar as adagas, se atacasse criaria uma
inimizade que poderia até lhe custar toda a missão, se ela ainda existisse.
passasse pelo seu corpo vindo do seu lado direito. Virou automaticamente
para o homem da direita. Ele estava com a mão esquerda erguida em sua
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homem fios de cor dourada se trançavam em uma complexa simetria,
com essa trama, amarrados nesses fios em intervalos contínuos havia pedras
Vários, contou uns dez, mas havia mais, com toda certeza. Um sorriso
dançou em seu rosto por um breve momento, antes de ser trocado por uma
com os pulmões. Não conseguia falar ou piscar, apenas pensar e isso era o
pior. Porque seu raciocínio não compreendia o que estava acontecendo, por
destruindo-a por completo e junto com ela o Oriun. Não, pensou. O Oriun
podia ter grande potencial energético, mas era frágil. Tudo escureceu,
percebeu que estava sendo amarrado e quase desmaiando por falta de ar, só
depois de estar firmemente preso é que sua respiração voltou, mas sua
consciência se foi depois que sentiu uma pressão na sua nuca. Nos últimos
Aline...