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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Introdução à Farmacotécnica

Prof. Dra. Letícia Norma Carpentieri Rodrigues


TÓPICOS ABORDADOS

Evolução Histórica

Fontes de Informações sobre Medicamentos

Conceitos Fundamentais

Nomenclatura dos fármacos

Receita Médica

Vias de Administração de Medicamentos

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Medicina e Farmácia Ciência única
Século XIII Separação, Medicina x Farmácia
Século XVI Farmácia Galênica
Homenagem a Claudius Galenus - “médico-farmacêutico” romano

Farmácia Galênica Farmacotécnica

A FARMACOTÉCNICA estuda a transformação em medicamentos,


dos produtos naturais (animais, vegetais e minerais), ou de síntese,
tornando-os suscetíveis de serem administradas nos seres vivos com
fins profiláticos, curativos ou de diagnóstico.

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Farmacopéia
Do grego, pharmakon, droga, fármaco; poeio, faço

Livro oficial elaborado por uma comissão, a qual estabelece normas


farmacêuticas destinadas a assegurar - numa entidade político-geográfica
determinada - a uniformidade da natureza, qualidade, composição, e concentração
dos medicamentos aprovados ou tolerados, sendo essas normas obrigatórias,
estabelecidas por autoridades competentes e a elas devendo obedecer o
farmacêutico.

Cada nação têm sua própria farmacopéia, havendo, no entanto, exceções


constituídas por países que tornaram obrigatório o uso de farmacopéias
pertencentes a outras nações.

Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil, 1 ed. (1929)


Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil, 2 ed. (1959)
Farmacopéia Homeopática Brasileira, 3 ed. (1976)
Farmacopéia Brasileira, 4ª ed., Parte I – Generalidades e Métodos de Análise (1988)
Farmacopéia Brasileira, 4ª ed. Parte II – Monografias (1996, 2000, 2001, 2002, 2003, 2006)]
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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Farmacopéias
FARMACOPÉIA BRASILEIRA
São Paulo: Atheneu Editora, Parte I e II.

Parte I
Generalidades e Métodos de Análise (1988)

Parte II Monografias
Fascículo I (1996) – 108 monografias
Fascículo II (2000) – 81 monografias
Fascículo III (2001) – 82 monografias
Fascículo IV (2002) – 79 monografias
Fascículo V (2003) – 172 monografias
Fascículo VI (2006) – 88 monografias
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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

EUROPEAN PHARMACOPOEIA, 6th ed., 2008.

THE BRITISH PHARMACOPOEIA, 2009.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Farmacopéias

UNITED STATES PHARMACOPEIA (USP)


NATIONAL FORMULARY (NF)

USP 32 NF 27 (2009)

UNITED STATES PHARMACOPEIA DISPENSING INFORMATION (USP-DI)

Volume 1 - Drug Information for the Health Care Professional,


contém monografias farmacológicas contendo informações práticas
de importância clínica;

Volume 2 - Advice for the Patient, reforça em linguagem leiga estes


assuntos.

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Farmacopéias

THE INTERNATIONAL PHARMACOPOEIA, 4th Ed., 2006.

FARMACOPÉIA PORTUGUESA, 8 ed., 2005.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Dispensatórios Farmacopéias não-oficializadas.

THE EXTRA PHARMACOPEIA


MARTINDALE, W.

THE MERCK INDEX


Maryadele J. O'Neil. Merck & Co., Inc.

REMINGTON’S PHARMACEUTICAL SCIENCES


GENARO, A.R. Easton: Mack Publishing Company.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Livros Recomendados

PRISTA, L. N. ; ALVES, A. C. & MORGADO, R.


TECNOLOGIA FARMACÊUTICA.
Lisboa: Fundação Calouste Golbenkian,4ª ed. , v. 1-2-3, 2008.

LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG, J. L.


TEORIA E PRÁTICA NA INDUSTRIA FARMACÊUTICA.
Lisboa: Fundação Colouste Gulbenkian, 2001. 1517p.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

AULTON, Michael E.
DELINEAMENTO DE FORMAS FARMACÊUTICAS.
Porto Alegre: Artmed Editora, 2ª ed., 2005.

ALLEN Jr., L. V.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C.


FARMACOTÉCNICA: FORMAS FARMACÊUTICAS & SISTEMA
DE LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS.
São Paulo: Premier Ed., 8ª ed., 2007.

ANSEL, H. C.; STOKLOZA, M.J.


CÁLCULOS FARMACÊUTICOS
Porto Alegre: Artmed Editora, 12ª ed., 2007.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Livros Recomendados

PHYSICIANS’ DESK REFERENCE (PDR)

Rowe, R. C.; Sheskey, P.J.; Quinn, M.E.


HANDBOOK OF PHARMACEUTICAL EXCIPIENTS.
American Pharmaceutical Association.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

LENNERNAS, H.
Oral Drug Absorption: Prediction and Assessment
Marcel Dekker Inc.

LEVIN, M.
Pharmaceutical Process Scale-Up
Marcel Dekker Inc.

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FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS

Bases de Dados
International Pharmaceutical Abstracts (IPA)
Chemical Abstracts (CA)
Medline

Science Direct
ISI Web of Knowledge (Web of Science)
SCOPUS Find of
http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp

Endereços Eletrônicos
ANVISA www.anvisa.com.br
FDA www.fda.gov/
Farmacopéia Brasileira http://www.farmacopeia.org.br/
World Health Organization http://www.who.int/em/
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Droga
Substância de origem vagetal, animal, mineral ou de síntese química
que pode servir como matéria-prima de uso farmacêutico, químico, etc.

Fármaco
Drogas dotadas de ação farmacológica ou, pelo menos, de interesse médico.

Medicamento
Toda preparação contendo um ou mais fármacos, destinada à cura,
tratamento e prevenção das doenças.

Remédio
Palavra de sentido amplo e geral, aplicada a todos os meio utilizados na
cura, tratamento e prevenção das doenças.
Deste modo, não só os medicamentos mas também agentes de natureza
física ou psíquica a que se recorre a terapêutica : hemodiálise, hemoterapia,
psicanálise, transfusão sangüínea, radioterapia, hidroterapia etc.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Veneno
Substâncias que introduzidas em um organismo de um indivíduo normal
médio, em pequena quantidade, sejam suscetíveis de provocar alterações de
saúde ou conduzir à morte.

Placebo
Qualquer efeito atribuível á um medicamento, mas não ás suas
propriedades farmacodinâmicas ou específicas.
Resulta de auto-sugestão, ação psicológica ou reflexo condicionado.
Pode ser efeito fisiológico, psicológico ou psicofisiológico.

Medicamento Inovador
Em geral, é aquele com marca, autorizado em primeiro lugar para
comercialização (normalmente como medicamento patenteado), com base em
documentação de eficácia, segurança e qualidade, reconhecidas pela autoridade
sanitária nacional.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Medicamento Genérico
“produto farmacêutico intercambiável"

Um produto farmacêutico que pretende ser intercambiável com o produto inovador,


geralmente produzido após a expiração da proteção patentária ou outros direitos
de exclusividade, independente de autorização da companhia farmacêutica
inovadora.

Denominação Genérica
Denominação Comum Brasileira (DCB)
Denominação Comum Internacional (DCI)
Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999
http://www.anvs.gov.br/medicamentos/medicamentos/legis/lei.htm
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Medicamento de Referência
Corresponde a um produto comercializado, com o qual outros produtos
pretendem ser intercambiáveis na prática clínica.
Geralmente corresponde ao produto farmacêutico inovador ou, na sua
ausência, ao líder de vendas no mercado, para o qual se comprovam a eficácia, a
segurança e a qualidade.

Lista “A” de Medicamentos de Referência (ANVISA 28/7/2009)

→ Fármacos isolados

Lista “B” de Medicamentos de Referência (ANVISA 28/7/2009)

→ Fármacos em associação

http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/referencia/index.htm

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


Lista A

Lista B

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Medicamento Similar
É aquele que contém os mesmos fármacos, as mesmas concentrações, as
mesmas formas farmacêuticas, a mesma via de administração, a mesma indicação
terapêutica, e a mesma posologia que o medicamento de referência, entretanto,
não têm equivalência terapêutica comprovada com o medicamento de referência

RESOLUÇÃO nº 133, 29 de Maio de 2003.

Estabelece os critérios para o registro de Medicamento Similar.

→ Biodisponibilidade Relativa

Mercado Brasileiro de Medicamentos

Referência
18.000 apresentaçoes Genéricos
Similares ~ 70%

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Leticia Norma Carpentieri Rodrigues
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Dose
Quantidade de medicamento - em peso ou volume - que é necessário
administrar, por determinada via, com o fim de proporcionar um determinado
efeito terapêutico.
Fatores que influenciam …
Potência do fármaco
Via de administração
Fatores ralacionados ao paciente
Peso
Estado da doença
Tolerância

→ Nao sao específicas para o paciente*


Dose com base na idade do paciente
Dose com base no peso do paciente
Dose com base na superficie corporal

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A DOSE com base na idade do paciente ...

Idade (em anos)


Regra de Young x Dose para adulto = Dose para criança
Idade + 12

Regra de Cowling

Idade do próximo aniversário (em anos)


x Dose para adulto = Dose para criança
24

Regra de Fried para bebês

Idade (em meses) x Dose para adulto


= Dose para criança
150

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues LABAUNE, J.P., 1993.


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A DOSE com base no peso ... * indivíduos de 70 kg

Peso (em libras) x Dose para adulto


Regra de Clark = Dose para criança
150

A DOSE com base na superfície corporal ...

Altura (cm) x Peso (cm)


Regra de Du Bois BSA (m2) =
3.600
onde BSA é a área de superfície corporal.

Ajustes de doses podem ser feitos com base na BSA do paciente e usando um
valor médio para adultos de 1,73 m2.

BSA (m2)
x Dose adulta usual = Dose aproximada
2
1,73 m

* BSA (Body Surface Area) → namograma


Leticia Norma Carpentieri Rodrigues LABAUNE, J.P., 1993.
Leticia Norma Carpentieri Rodrigues LABAUNE, J.P., 1993.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Índice Terapêutico

IT

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues LABAUNE, J.P., 1993.


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Limiar Tóxico

Quantidade a qual não deve ser ultrapassada sem o que poderiam surgir
os efeitos tóxicos. Excedida a dose máxima medicamentosa, atinge-se a dose
tóxica, que poderá ou não ser letal.

Limiar Terapêutico

A menor quantidade precisa para se conseguir um dado efeito terapêutico.

Dose Eficaz (DE50)

Quantidade de medicamento que ensaiada em animais de experiência se


mostra eficaz em 50% de um lote experimental.

Dose Letal (DL50)

Quantidade de fármaco capaz de matar 50% de animais de um lote experimental.

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
O medicamento é tanto mais seguro quanto maior for o seu índice terapêutico.

DL50
IT = Medicamento Seguro … IT > 10
DE50

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues LABAUNE, J.P., 1993.


CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues LABAUNE, J.P., 1993.


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Posologia Frequência de administração das doses medicamentosas.
Parâmetros farmacocinéticos → tempo de meia-vida (t1/2)

Intervalo entre 2 doses ~ t1/2

* t1/2 → tempo necessário para que a concentraçao plasmática de um fármaco seja reduzida a metade.

LABAUNE, J.P., 1993.

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Dispensão
Conjunto de aparatos que acompanham um medicamento com o fim de
facilitar sua administração ou melhorar sua apresentação como forma
farmacêutica : boletim técnico (bula), colher-medida, aplicador, luvas, rótulo,
caixa, etc.

Dispensação
Ato de dar, ceder, doar e/ou vender.

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Fórmula Farmacêutica
É o exposto das substâncias que compõem um medicamento, com suas
respectivas doses.

Fórmula Oficinal
Apresentam-se oficializadas nas monografias da Farmacopéia Brasileira.
Fórmulas fixas com denominações imutáveis. Exemplo: Tinturas, extratos, etc.

Fórmula Magistral (extemporânea ou pré-composta)


Preparadas pelo farmacêutico segundo indicações expressas em uma receita
médica, obedecendo as exigências clínicas do paciente

Especialidade Farmacêutica (composta)


Apresentam ação terapêutica comprovada, encontram-se registradas no
Sistema Nacional de Fiscalização de Medicina e Farmácia e designam-se por
um nome convencional (comercial).

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Constituintes da Fórmula Farmacêutica
Substância Ativa Principal Responsável pela atividade terapêutica principal.

Coadjuvante Terapêutico
Substância ativa que auxilia a substância ativa principal no desempenho
da sua ação terapêutica. Ambas apresentam a mesma atividade farmacológica,
entretanto a segunda em menor potência farmacológica.

Coadjuvante Técnico
São todos as substâncias adicionadas à uma preparação com a finalidade
de melhorar a sua estabilidade (antioxidantes, conservantes, etc.) ou sua
aceitação (corretivos de cor, sabor e aroma) como forma farmacêutica.

Veículo/Excipiente
Parte da fórmula que irá dissolver, suspender, emulsionar os
componentes da fórmula para maior homogeneidade.

Veículo = líquidos Excipiente = sólidos

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Abreviaturas Comuns em Farmacotécnica

Substância ativa SA

Coadjuvante Terapêutico CTP

Coadjuvante Técnico CT

Quantidade suficiente qs

Quantidade suficiente para ... qsp

Faça segundo a arte F.S.A

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

DUOFILM® (Stiefel) Atividade


Ácido salicilico ………………………………………….…… 16,5 0 Queratolítico (SA)
Ácido lático ………………………………………………..… 14,52 Cáustico (SA)
Colódio Elástico ………………………………………….… 100,0 Veículo
Técnica: F.S.A

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

KEFLEX® cápsulas 500 mg (Lilly) Atividade


Cefalexina monoidratada …………………………………. 500,00 mg Antimicrobiano (SA)
Gelatina …….…………………………………………………… 0,30 mg Aglutinante (CTC)
Dióxido de titânio ………………………………………….... 0,12 mg Opacificante (CTC)
Corante amarelo FD&C ……………………………………. 0,10 mg Corante (CTC)
Estearato de magnésio …………………………………….. 0,15 mg Lubrificante (CTC)
Celulose microcristalina ……………………………………. 90,13 mg Excipiente
Técnica: F.S.A

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Forma Farmacêutica
Forma na qual o medicamento se apresenta para dispensação.

Comprimido

Granulados

Injetável

Cápsula Drágeas Comprimido Revestido


Leticia Norma Carpentieri Rodrigues
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Classificação das Formas Farmacêuticas

Formas Farmacêuticas Líquidas Não Estéreis

Dispersões Moleculares Soluções


Errinos/Soluções Nasais

Dispersões Heterogêneas Suspensões/Aerossóis


Emulsões

Formas Farmacêuticas Semi-Sólidas (ou Plásticas)

Pomadas
Pomadas Propriamente ditas
Cremes
Pastas Dérmicas
Pomadas Geléias (Géis Orgânicos e Inorgânicos)
Ceratos
Glicerados

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Formas Farmacêuticas Sólidas
Formas Farmacêuticas Sólidas de Administração Direta Pós
Formas Farmacêuticas Sólidas Complementares aos Pós
Granulados
Péletes
Comprimidos
Cápsulas

Outras Formas Farmacêuticas Sólidas Supositórios/Óvulos

Formas Farmacêuticas Líquidas Estéreis


Injetáveis
Colírios

Formas Farmacêuticas de Liberação Modificada


F. F. Sólidas de Liberação Modificada
Carreadores Coloidais para Liberação de Fármacos
Sistemas Transdérmicos

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Nomenclatura dos Fármacos
Droga♥* Pesquisas
Sigla ou Código de Designação
(nome químico)
Comprovação de Atividade
Farmacológica

Fármaco
(nome genérico)

Farmacopéia

Nome Oficial

Indústria/Comercialização

Nome Comercial
♥ NDA (New Drug Application)
* IND (Investigational New Drug)

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


Nomenclatura dos Fármacos
A Substâncias Ativas podem ser reconhecidas pelo ....

NOME QUÍMICO Descreve a estrutura química (escrito com letras minúsculas)

CAS Número de registro no banco de dados do Chemical Abstracts Service

Nome oficial ou nome genérico Nome pelo qual o fármaco é conhecido como
substância isolada; escolhido por órgãos oficiais (inicial minúscula)

NOME REGISTRADO, PATENTEADO, NOME COMERCIAL OU NOME PRÓPRIO


Nome individual escolhido pelo fabricante (iniciais maiúsculas)

“Segundo a Lei 9.789/1999 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os


fármacos devem ser prescritos por seu nome oficial ou por seu nome genérico.”

Nome Químico CAS Nome Genérico Nome Comercial


9-0-[2-metoxietoxi)metil]oxima
80214-83-1 roxitromicina Rulid
da eritromicina
3-[2-(dimetilamino)etil]-N-metil- Imigran
103628-46-2 sumatriptana
1H-indol-5-metanssulfonila Sumax

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


Nomenclatura dos Fármacos
CHEMICAL AMERICAN SOCIETY

www.cas.org
Leticia Norma Carpentieri Rodrigues
Receita Médica
Data
A lei brasileira federal exige que as prescrições sejam datadas e
prescritas apenas em períodos pré-determinados pela lei, a partir da
data.
Nome, endereço e idade do paciente
Uso Interno/Uso Externo
Fórmula Farmacêutica
Fármacos/Concentrações e Aditivos Inertes
Instruções para o farmacêutico
Instruções Para o Paciente – Posologia
Informações sobre repetições
Assinatura, número de registro em órgão oficial

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


Receita Médica

Carlos Roberto da Silveira, 31 anos.


Rua Saint Martin, 1431 – ap. 52 São Paulo - SP

Uso Interno

Ampicilina suspensão oral 250 mg/5 mL


Tomar 5 mL 6/6 horas por 8 dias.

Dr. ______________, CRM ______

SP, ___/___/2009.

Qual o tipo de fórmula da prescrição acima ?

R. Especialidade Farmacêutica
Leticia Norma Carpentieri Rodrigues
Receita Médica

João Roberto Molina, 17 anos.


Rua Euclides da Cunha, 1269 – ap. 21 São Paulo - SP

Uso Interno
AAS ........................................... 300 mg
Acetominofeno ........................ 300 mg
Amobarbital.............................. 50 mg

Mande 40 cápsulas.

Dr. ______________, CRM ______

SP, ___/___/2009

Qual o tipo de fórmula da prescrição acima ?

R. Fórmula Magistral
Leticia Norma Carpentieri Rodrigues
Receita Médica

João Roberto Molina, 17 anos.


Rua Tucuna, 1245 – ap. 22 São Paulo - SP

Uso Externo

Xarope de Bálsamo de Tolú ................. 100 mL (Farm. Bras.)

Tomar 1 colher chá 8/8 horas.

Dr. ______________, CRM ______

SP, ___/___/2009

Qual o tipo de fórmula da prescrição acima ?

R. Fórmula Oficinal
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
INTRAVENOSA
Veias do antebraço
Biodisponibilidade imediata ABSORÇÃO
Possibilidade de efeito imediato
Vantagens
Muito útil para situações emergenciais
Permite controle da dosagem
Necessária para administração de proteínas de alto PM e peptídeos
Adequada para SPGV e substâncias irritantes (diluídas)

Limitações e Precauções
Risco aumentado de efeitos adversos
Injetáveis - injetadas lentamente
Não adequado a soluções oleosas e substâncias insolúveis

Após a administraçao IV a substância ativa atravessa o pulmao antes de


alcançar a circulaçao geral → a biodisponibilidade pode nao ser total.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
INTRAMUSCULAR
Músculo esquelético do glúteo, braço
Absorção rápida (soluções aquosas)
Absorção lenta e sustentada (soluções oleosas e suspensões)

Vantagens
Adequado para volumes moderados ( ≤ 5 mL)
Veículos oleosos e algumas substâncias irritantes

Limitações e Precauções
Substâncias Irritantes - dor e necrose

Tal como a via IV, nas vias IM e subcutânea a substância ativa


atravessa o pulmao antes de alcançar a circulaçao geral → a
biodisponibilidade pode nao ser total.

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
SUBCUTÂNEA (ou Hipodérmica)
Antebraço, braço, coxa e nádega
Absorção rápida (soluções aquosas)
Absorção lenta e sustentada (preparações de depósito)

Vantagens
Alguns tipos de suspensões
Implantação de péletes

Limitações e Precauções
Não adequada para SPGV (< 2 mL)
Substâncias Irritantes - dor e necrose

INTRADÉRMICA
Braço e costa
Vantagens
Testes diagnósticos (Tuberculina e reações de Hipersensibilidade)
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
ORAL

Via de administração mais amplamente utilizada


Absorção rápida

Vantagens
Conveniente e econômica

Limitações e Precauções
Biodisponibilidade potencialmente errática e incompleta para :
Fármacos pouco solúveis
Fármacos instáveis ou extensamente metabolizados pelo fígado e estômago

Possível irritação gástrico ou intestinal

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
RETAL
Absorção rápida (soluções aquosas)
Vantagens
Ação local ou sistêmica
Pacientes com dificuldade de ingestão por vômitos inconsciências ou idade
Fármacos destruídos ou inativados pelo TGI
Limitações e Precauções
Biodisponibilidade potencialmente errática e incompleta

Após a administraçao retal, uma parte da substância atinge a veia


cava, evitando o figado, mas passando ao nível pulmonar; uma
outra parte transita pelo fígado onde pode sofrer o efeito da
primeira passagem hepática, tal como a adminsitraçao oral.

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PULMONAR
Absorção quase instantânea de fármaco voláteis ou gasosos ou aerossóis

Vantagens
Aplicação do fármaco no local de ação
Efeito sistêmico
Evita o efeito da metabolização pré sistêmica (1ª passagem hepática)

Limitações e Precauções
Difícil regular a dose
Irritação das mucosas

SUBLINGUAL
Absorção rápida para fármacos muito lipossolúveis

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PELE
Absorção proporcional à área de aplicação e a lipossolubilidade do fármaco

Vantagens
Aplicação do fármaco no local de ação
Fármaco pode ser absorvido

Limitações e Precauções
Poucos fármacos penetram rapidamente na pele intacta

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OLHOS (Mucosa Ocular)
efeito local depende, geralmente, da absorção pela córnea
Vantagens
Aplicação do fármaco no local de ação

Limitações e Precauções
Fármacos podem passar para a circulação provocando efeito sistêmico
Fármacos são drenados rapidamente pela lágrima

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues


BIBLIOGRAFIA
BENET, L. Z. Princípios utilizados na redação da receita médica e instruções a
serem seguidas pelo paciente. In: BRUNTOM, L.A.; LAZO, J.S.; PARKER, K.L.
GOODMAN & GILMAN as bases farmacológicas da terapêutica. 11.ed. Rio de
Janeiro: Mc Graw Hill, 2006. p.1262-1265.

LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H.A.; KANIG, J.L. Teoria e prática na indústria


farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 2v., 1517p.

LAUBAME, J.P.N. Farmacocinética. Andrei Editora, 1993.

PRISTA, L.N.; ALVES, A.C.; MORGADO, R.M.R. Técnica Farmacêutica e Farmácia


Galênica. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. v.1. 1134p.

THE MERCK INDEX. An Encyclopedia of Chemicals, drugs and Biologicals. 14.ed.


New Jersey, Whitehouse Station: Merck & CO., 2006.

Leticia Norma Carpentieri Rodrigues

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