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Quando tratamos a questão do período regencial, alguns temas aparece de forma clássica na

historiografia. Dentre eles, algumas perguntas ficam:

Como foi possível manter a América Portuguesa Unida territorialmente falando?

Como explicar o papel de adesão das elites de diversas partes da ex-colônia a um único
Estado? porque não houve fragemntação ou subversão dessa ordem?

Qual o papel das elites e na construção desses estados?

Houve uma serie de tensão nesses quadros. Tensões entre a unidade e a fragmentação, ou
seja, os ricos que o Brasil corria de uma fragmentação territorial em razão de diferentes
interesses políticos que existiam naquele momento.

As tensões entre centralização e federação, ou seja, entre uma certa autonomia local e a
concentração de poderes na coroa que estava no Rio de Janeiro

Este território, alvo de vários séculos de domínio português, tinham formado regiões
distintas, não integradas entre si, com fracos vínculos e que eram marcadas por alguns
interesses peculiares: por vezes, alguns não queriam nem o domínio de Lisboa, nem do Rio de
Janeiro.

O que se tem debatido, leva em conta que através do parlamento, as elites regionais
conseguiram impor um mecanismo em uma espécie de dinâmica para o jogo político, que vai
acabar assimetralizando em uma forma de conter a sociedade na estrutura similar a que se
encontrava, criando uma imensa dificuldade de promover profundas transformações sociais.

Teriamos então, uma síntese em que as disputas em torno de um projeto federalista teria sido
derrotado pelo projeto unitário entre 1824-1840, onde a monarquia vence a republica, se
impõe como modelo.

A Unidade vence a fragmentação e a centralização vence a federação.

O auto do texto aponta, então, que o período regencial é então apontado como um período
conturbado na história nacional e a uma disputa entre os historiadores mais conservadores
que a tomam como um período anarquico, uma espécie de empecilho à formação e
preservação da nação, alegando questoes como os problemas no chamado espirito
democrático, na instabilidade das instituições, nas formas de descentralização política e no
radicalismo nos grupos de oposição - ultra liberais, exaltados.

De outro lado vamos ter uma interpretação mais positiva que advém dos liberais e que aponta
na regencia como um período singular como triunfo das liberdades e que foram expressadas
mas que acabam sendo abortadas em razão do regresso, da formação do partido do regresso
no final do período regencial.

Essa leitura historiografica sobre uma visão anomica para descrever o período vai persistir em
alguns historiadores Octavio Tarquino de Souza

-> Escreve em 1957 e aponta uma espécie de reprovação da atuação dos grupos exaltados e
suas propostas, e que ao ver dele, seria responsável pela instabilidade que ameaçou a ordem e
a própria monarquia
A leitura desse texto faz uma leitura acrrítica dos discursos dos moderados, ou seja, não se tem
o mesmo sopesamentohistorico para tentar construir essa leitura

-> Por outro lado o texto do Paulo Pereira de Castro - a experiência republicana. Tenta fazer
uma leitura mais equilibrada, propondo um entendimento sobre as disputas no período
regencial equalizando um pouco, moderados e conservadores

Com a formação da pós graduação nos anos 1970, teremos um avanço na produção dos
historiadores e uma verticalização no olhar sobre as fontes e teremos, então, alguns trabalhos
seminais para pensarmos esse período

-> Arnaldo Contier. Imprensa e ideologia em São Paulo - 1822-1842

Dentre esses debates historiograficos há um certo triunfo das teses que aponta para a
centralização política como a priincipal força matriz desse periodo

-> Parte dessa historiografia vai apontar para uma derrota do projeto federalista entre 1824 e
1840

-> Nesse sentido, José Murilo de Carvalho vai enxergar um caráter homogeneo na elite em
razão da sua formação, do seu treinamento, caracterizando elites provinciais comprometidas
com interesses locais, materiais, que ficavam isoladas nas suas provincias em detrimento de
um sistema centralista que neutralizavam as demandas locais

Segundo Murilo, o Brasil teria, ao ter se tornado independente, uma elite ideologicamente
homogena devido a sua formação jurídica em Portugal

Há, também, uma outra linha interpretativa bastante importante que é expressa pelo texto da
Professora Doutora, Mirian Dolhnikoff

Ela analisa essa tensãoo entre unidade e autonomia pensando na participação do


interior do Estado e como ela se dava via fortes vínculos com interesses da região de origem e
que, ao mesmo tempo, estavam comprometidos com uma espécie de relação com a política
nacional, ou seja, pautada em negociações desses interesses e pela manutenção da exclusão
social, ou seja, o pacto descentralizador politicamente, mas conservador socialmente

O parlamento central seria uma espécie de instrumento das elites regionais para elas
continuarem mantendo a sua hegemonia

Nesse sentido, para Mirian, o projeto federalista, tal como foi concebido por parte da
elite econômica, não morre nem em 1824 nem em 1840, trata-se de tentar entender da
adesão de cada província e razão de coo essa província vai tomar esse pacto como pacto válido

Para Mirian, o 2° reinado foi o responsável pela unidade territorial

Qual o papel da elite na construção do Estado Nacional e como isso se reflete ao longo
desse desenho institucional?

Exisitram diversos projetos da formação do Estado Nacional Brasileiro, ou seja

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