Você está na página 1de 24

A origem do pensamento autoritário remonta à reflexão sobre o que de fato representa o Estado.

Trabalhando com o conceito de Estado moderno, ao analisarmos a formação das instituições


nacionais durante o período em que o Brasil se tornou independente, surge a tentativa de criar algo
tipicamente brasileiro.

Nesse contexto institucional, nosso ponto de partida é a fundação do Estado Nacional soberano,
marcada pela independência do Brasil em 1822. Não abordarei detalhes sobre as razões ou como
ocorreu a Independência. No entanto, é interessante compreender as ideias em disputa sobre a
concepção do Estado brasileiro naquele momento.

No século XIX, durante a independência, havia uma disputa pelo projeto Nacional. Desde os
movimentos de emancipação, competiam ideias que delineavam esse projeto. Desde o século XVI, a
influência do Iluminismo, sobretudo após a Revolução Francesa, ecoava fortemente no Brasil. O
Iluminismo francês era amplamente admirado e influenciava os intelectuais brasileiros, gerando uma
romantização exacerbada das ideias francesas, especialmente no que diz respeito à revolução e à
busca por modernidade.

Os partidários radicais iluministas da Independência desejavam um projeto nos moldes iluministas,


baseado na concepção de que os portugueses representavam um atraso e na romantização das
populações indígenas como seres livres, adotando a ideia do 'bom selvagem'. Havia uma tentativa de
associar a figura do nativo à pureza do brasileiro, visando abolir as diferenças sociais. Propunham um
império das leis, igualdade jurídica para todos, abolição da nobreza e a proclamação de uma
república, almejando um país mais moderno segundo essa perspectiva.

Contudo, essa concepção não valorizava genuinamente a cultura dos povos nativos, tratando-os de
forma puramente estética. Todo o arcabouço institucional e a visão de Brasil seriam moldados e
importados, seguindo um padrão estrangeiro. Os liberais estavam direcionando seus olhares para os
Estados Unidos, adotando ideias de federalismo. É importante ressaltar que os primeiros
movimentos iluministas no Brasil não tinham uma conotação nacional, mas sim tendências
separatistas nas províncias.

O contexto político pós-independência do Brasil trouxe consigo uma série de desafios e reflexões
sobre a construção da identidade nacional, permeada por diferentes visões e influências ideológicas.
Nesse sentido, destacaram-se debates sobre a estruturação do Estado, a definição de uma
constituição e as relações de poder dentro da sociedade. Essas discussões foram fundamentais para
a consolidação de um modelo de Estado e para a definição dos rumos políticos do país.

Entender o embate entre as diferentes correntes de pensamento à época é crucial para


compreendermos como se estabeleceram as bases do pensamento autoritário. Por um lado, havia
uma tendência mais conservadora, que buscava manter estruturas sociais vigentes, com maior
centralização de poder e uma resistência à mudança mais radical. Por outro lado, grupos mais
progressistas advogavam por transformações profundas na sociedade, buscando ampliar os direitos
individuais e promover uma maior participação popular no processo político.

Essa disputa de ideias e interesses culminou na formulação de um modelo político que, por vezes,
combinava elementos dessas correntes, mas que também gerou tensões e conflitos internos. A
tentativa de conciliar visões tão discrepantes sobre a estruturação do Estado e o papel do governo na
sociedade acabou por deixar um legado de contradições e fragilidades em nossa trajetória política.

Ao olharmos para o cenário pós-independência, percebemos a emergência de um Estado que ainda


buscava definir sua identidade e estabelecer os princípios que norteariam suas ações. A construção
dessa identidade nacional estava intimamente ligada aos embates entre as diferentes correntes de
pensamento e às decisões tomadas nesse contexto crucial para a história do Brasil.

A discussão sobre o federalismo era essencial no contexto brasileiro. Falava-se da existência de um


Estado Nacional não tão rígido, mas com partes fortes. No entanto, isso representava um desafio
para o Brasil, que possuía uma tradição monárquica. Desde o governo geral no século XVI, o Brasil
sempre foi gerido como uma entidade unificada, embora houvesse divisões administrativas e
mudanças nas delimitações dos estados e territórios das províncias. Ao longo da história, a evolução
dos estados brasileiros revela a arbitrariedade das suas linhas divisórias. Não temos uma cultura
histórica estadual ou provincial bem estabelecida, mas sim a cultura de um estado brasileiro, já que o
governo geral foi estabelecido como um estado dentro de outro estado comportando a coroa
portuguesa e o estado brasileiro.

Esse estado brasileiro, surgido no período colonial, sempre exerceu força na povoação dessas terras,
especialmente após o fracasso das capitanias hereditárias, quando tentou-se federalizar e dividir o
território em várias partes. O Brasil sempre teve uma tendência contrária ao federalismo, em
oposição aos liberais. Em contraponto a esses, existiam os centralistas, ou seja, os conservadores,
defensores de um modelo centralizado.

O modelo central, que foi vitorioso, foi representado por Dom Pedro de Alcântara, o Dom Pedro I,
figura central na revolução da Independência. Assim, o país se tornou independente de Portugal,
estabelecendo uma monarquia e um estado centralizado. Nesse período inicial, o monarca detinha
considerável poder, agregando a destituição de diversos outros poderes e exercendo influência
também no Executivo.

Além disso, as províncias não possuíam órgãos como as atuais câmaras estaduais, e a maioria dos
governadores, conhecidos como presidentes de província, eram praticamente extensões do Poder
central, deixando sua marca no território. Tradições do período colonial eram vistas como perigosas
nesse processo de modernização, principalmente o municipalismo observado nesse período, aliado
ao contexto rural. O pensamento autoritário de Oliveira Viana destacava que o brasileiro do campo
era menos altruista em relação ao próximo, o que é contestável, pois há autores que argumentam
sobre a hospitalidade do povo brasileiro e outros que discutem sobre a forma como ocultamos
nossos aspectos negativos por meio de uma boa educação.

segundo Oliveira Viana aborda os grandes latifúndios que personificaram a colonização no período
colonial brasileiro. Ele argumenta que essa dinâmica não criou canais de diálogo na sociedade, nem
estabeleceu independência mútua na sociedade. Além disso, contribuiu para a formação de um 'clã'
patriarcal no sertão, onde o homem se via como soberano e enfrentava dificuldades em lidar com
autoridades superiores.

Por exemplo, os paulistas eram frequentemente chamados de rebeldes pela coroa, enquanto os
senhores do nordeste brasileiro, ao longo do século XVII, já detinham um alto grau de soberania.
Essa concentração de poder nas regiões, liderada por homens que se viam como senhores e não se
submetiam a um estatuto burocrático, dificultou o estabelecimento de um estado moderno.

Um Estado Nacional, com monopólio sobre o território, uma burocracia eficiente, ciência sobre as
terras e produtividade, teria dificuldades em surgir diante de um modelo federalista fraco.
Provavelmente, de acordo com essa lógica de clã, os poderes provinciais seriam sobrepostos, ou até
mesmo, nas piores situações, tomados por esses clãs patriarcais. Isso resultaria em um poder central
majestático, maior do que eles, não para destruí-los, mas para adestrá-los, para que
compreendessem a dinâmica de um Estado Nacional.
O Estado Moderno, que entra em conflito com premissas tradicionais orgânicas, traz uma
complexidade funcional que se sobrepõe aos modelos tradicionais de organização. É um imperativo
da realidade para defesa e gerenciamento territorial diante da expansão de outros estados nacionais.
Durante a fundação nacional, houve avanços e retrocessos: o modelo central foi instituído no
primeiro reinado, seguido por retrocessos no período regencial, tentativas liberais de federalização,
revoltas internas e a retomada de um projeto de nação centralizada, culminando na estabilização do
Brasil.

É importante salientar que a guerra do Paraguai marcou a consolidação desse projeto nacional
centralizado. Instituições foram desenvolvidas, embora baseadas em literatura estrangeira, não
sendo uma mera importação, considerando a realidade brasileira. O parlamentarismo do império,
apesar da nomenclatura, divergia bastante do que conhecemos hoje, já que o Imperador estava
acima dos três poderes e influenciava o Poder Executivo conforme seus projetos para a nação.

Houve uma necessidade de consolidação institucional e interna no Brasil. O exército foi consolidado
durante guerras internas, unificando as polícias e revelando grandes líderes como Caxias.
Desenvolveu-se uma doutrina militar, e o Brasil começou a mostrar sua capacidade bélica em
conflitos como a Guerra do Prata, onde interveio, sofrendo uma grande derrota no Uruguai e
Argentina. Posteriormente, na Guerra do Paraguai, o Brasil consolidou sua posição como a maior
potência da América do Sul, alcançando hegemonia regional.

Esses eventos também marcaram um marco diplomático para o Brasil. Destacaram-se figuras como o
Visconde do Uruguai e o Marquês do Paraná, ambos renomados diplomatas. Até meados dos anos
1870, o Brasil atuou diplomaticamente, reconhecendo a independência do Paraguai, rompendo o
projeto de expansão argentina, mantendo relações amistosas com a Bolívia, assegurando a
independência do Uruguai e pacificando as relações com a Argentina, um antigo rival regional.

A geração responsável por essas realizações, conhecida como a geração Saquarema, em sua maioria
membros do partido conservador, influenciou amplamente as instituições e o pensamento político
nacional. Ao longo do tempo, essa conotação ideológica pesada foi se diluindo, tornando-se uma
doutrina de Estado. Figuras proeminentes desse período incluem Bernardo Pereira de Vasconcelos,
Visconde do Uruguai e Eusébio de Queiroz, conhecido por proibir o tráfico negreiro através da Lei
Eusébio de Queiroz.

No entanto, à medida que essa geração envelhecia, seu legado começou a se consolidar nas
instituições e no pensamento político. Por volta dos anos 1870, muitos membros já haviam falecido
ou estavam em idade avançada. Nesse período, o líder dos saquaremas era o Visconde de Itaboraí,
responsável por importantes modernizações no país, como a implementação do sistema de
iluminação a gás, apoio ao projeto industrial de Mauá, expansão das ferrovias, modernização da
Marinha e dos portos. O Brasil, internamente, estava construído e consolidado, apesar dos desafios
enfrentados durante a Guerra do Paraguai.

Uma nova geração surgiu, educada num ambiente político menos hostil, imersa em literaturas
americanas - norte-americanas, inglesas e francesas. Ela começou a resgatar um ideal utópico
semelhante ao da primeira geração, enquanto os conservadores não conseguiram se renovar na
mesma proporção, declinando geracionalmente. Isso destaca uma crise nas bases do regime, com
muitas questões sendo contestadas após o término da guerra do Paraguai.

Nesse período, ressurge a contestação do modelo central em prol do federalismo, buscando mais
liberdades políticas. No entanto, essa visão federalista era idealizada, pois enquanto nos Estados
Unidos já existiam essas liberdades, essa geração, não tendo vivenciado as crises, acreditava que
poderia ser o momento ideal. Essa intelectualidade forte, baseada em literatura estrangeira, carecia
de conhecimento sobre as realidades nacionais.

A sociedade brasileira, comparada aos livros europeus, era percebida como atrasada, alimentando
uma visão iluminista de que o Brasil era uma monarquia e escravocrata, enquanto a maioria dos
países europeus não possuía escravidão. Além disso, o Iluminismo revoltava-se contra Deus,
advogando pela secularização da sociedade. Os protestantes, como na Inglaterra e nos Estados
Unidos, partilhavam dessa visão e viam o Brasil como um estado católico, um sinal de retrocesso.

No limiar do século XIX, com a expansão urbana e industrialização em outros países, o Brasil,
predominantemente rural, era considerado atrasado. A segunda Revolução Industrial, marcada pela
expansão dos maquinários e descobertas científicas, impulsionou a industrialização em vários
setores da economia, não se limitando apenas ao têxtil. Avanços em química e biologia
possibilitaram o surgimento da indústria farmacêutica, gerando medicamentos e lógicas similares aos
atuais, como os comprimidos.

Assim, havia uma perspectiva de grande avanço para a humanidade. O início do século XIX era um
mundo que os avós não conseguiam compreender, pois o impacto da Segunda Revolução Industrial,
ao final do século XIX, foi imenso para a humanidade. Esse período, até a Primeira Guerra Mundial,
foi chamado de 'Belle Époque', expressão francesa que significa um momento belo para se estar vivo,
uma visão muito otimista do futuro.

Nessa época, acreditava-se, por exemplo, que os humanos não morreriam mais de causas naturais,
como doenças, pois seria possível tratá-las infinitamente com medicamentos. Havia uma ideia de
futuro ligado à ciência, uma grande romantização. Esse período também foi marcado por mudanças
geopolíticas significativas, como a consolidação da unificação alemã, gerando o nascimento de uma
Alemanha poderosa e industrializada.

Apesar de não ser tão gigantesca quanto os Estados Unidos, em comparação, a Alemanha era um
país europeu bastante relevante, já nascendo com uma industrialização avançada e conseguindo
inserir-se diplomaticamente na dinâmica das partilhas e alianças. A Alemanha, cercada pelo grande
jogo do império Russo, do império inglês e rivalizando com a França em suas fronteiras, nasceu em
um contexto de conflitos e logo se tornou uma das potências da época, chamando a atenção do
mundo por seus feitos enquanto um país emergente na Europa.

Os Estados Unidos, apesar dos traumas enfrentados no século XIX, como a Guerra Civil, vivenciaram
um grande período de ascensão. A Doutrina do Destino Manifesto impulsionou a conquista e
povoação de terras, a compra e expansão do território, além de contribuir para a industrialização. A
Segunda Revolução Industrial foi fundamental para os EUA e, a partir do desenvolvimento
econômico do país, moldou suas posições geopolíticas, tanto nas Américas quanto no mundo. Esses
aspectos tiveram grande impacto no Brasil, pois definiram traços que influenciaram o país.

Algumas características fundamentais desse período no cenário internacional incluem o processo de


expansão do capitalismo mundial. A Revolução Industrial, especialmente a segunda, permitiu uma
ampliação dos mercados. Os países industriais buscavam mercados consumidores além de suas
fronteiras, já que a produção em massa demandava uma absorção maior de seus produtos. Isso
gerou uma disputa industrial e comercial, justificando muitos dos problemas geopolíticos do período.

O neocolonialismo, caracterizado pela partilha da África, Ásia e Oceania, foi resultado dessa busca
por mercados e matérias-primas para alimentar as indústrias. Essa lógica de globalização do
capitalismo expandiu-se pelo mundo, definindo o poder dos exércitos que estavam submetidos à
lógica industrial. Um exército forte tornou-se essencial para a garantia da expansão da indústria e,
consequentemente, do sucesso da nação.

O neocolonialismo foi uma decorrência desse modelo de capitalismo industrial, acompanhado pelo
desenvolvimento de tecnologias militares. Isso incluiu não apenas avanços médicos, mas também a
modernização dos exércitos. Esses exércitos, apesar de parecerem distintos dos modernos, foram um
elo entre os antigos e os atuais, como visto na guerra franco-prussiana e na Primeira Guerra Mundial.

Essa dinâmica de expansão do capitalismo e as competições entre os centros industriais levaram a


um acirramento das disputas, resultando em alianças militares. Esse contexto foi o ponto de partida
para as condições que desencadearam a Primeira Guerra Mundial, um conflito que, a partir de um
país específico, envolveu alianças inteiras.

As alianças militares foram surgindo para proteger interesses estratégicos, tornando o mundo mais
bélico. A Alemanha, além de nascer como uma potência industrial, mostrou-se também como um
player na diplomacia e comprovou suas capacidades militares, especialmente contra os franceses.
Além disso, houve avanços significativos em termos de modernização do exército, incluindo avanços
tecnológicos na área química para desenvolvimento de armas químicas e biológicas. Esses avanços
não tiveram apenas implicações militares, afetaram a sociedade em geral, colocando a ciência no
centro da vida em sociedade.

Nas Américas, duas políticas se destacam. Uma delas, ainda no século XIX, é a Doutrina Monroe, que
defendia 'A América para os americanos', voltada principalmente para os americanos anglo-saxões,
enquanto os latinos americanos estavam à margem dela. A Doutrina Monroe serviu para inserir
gradualmente os Estados Unidos como uma potência global e fixar seu status como potência
regional. Isso enfraqueceu as potências europeias na região e colocou os países americanos sob a
tutela dos Estados Unidos. Aproveitando-se das fragilidades das novas nações, os EUA garantiram sua
influência, visando a promoção de seus interesses estratégicos e comerciais. Um exemplo disso é a
manipulação nas independências espanholas, fragmentando e debilitando essas nações. Essa zona
de influência também serviu para atender aos interesses comerciais e estratégicos dos Estados
Unidos. Há um excelente livro chamado 'A Ilusão Americana' que detalha essas questões, mostrando
as artimanhas e calotes dos Estados Unidos, especialmente na implementação da Doutrina Monroe e
no imperialismo, contra as nações mais fracas que os cercavam. O México, por exemplo, perdeu
metade de seu território durante a expansão americana.

A Doutrina do Porrete ou Big Stick dos Estados Unidos demonstrou uma clara inclinação para
dominar inicialmente a América Central e, posteriormente, exercer influência sobre toda a América,
evitando também o crescimento de outras potências em seu território. Nesse contexto, afastou não
apenas as influências europeias que poderiam ter colônias na região, mas também monitorava os
países em desenvolvimento. No século XIX, o Brasil enquanto Império representava um grande
obstáculo para os Estados Unidos, pois já era uma potência regional na América do Sul. No entanto, a
Proclamação da República facilitou a expansão norte-americana devido à fragilização e instabilidade
política resultante deste período de transição.

O Brasil enfrentava desafios tanto internos quanto externos. As disputas políticas internas, as
mudanças no pensamento intelectual e as questões globais, particularmente a industrialização,
desempenhavam papéis cruciais. A industrialização foi o fator central que determinou o avanço dos
exércitos, a competição entre países, o desenvolvimento interno e a mudança no estilo de vida,
destacando a sua importância durante a Segunda Revolução Industrial.
No cenário mundial, a Proclamação da República representou uma tentativa de modernização
superficial do Brasil. As primeiras ações republicanas buscavam modificar a face do país,
promovendo mudanças na estrutura social, na transição de uma nação agrária para uma mais
industrializada e urbanizada. Houve debates intensos, tanto no período imperial quanto republicano,
sobre como alcançar a industrialização. O país estava em um ponto de equilíbrio entre exportações e
importações, ao contrário das nações industrializadas, que agregavam mais valor a seus produtos.
Isso colocava o Brasil no eixo das potências centrais.

A industrialização do Brasil gerava debates entre os protecionistas e os defensores do câmbio livre.


Enquanto os protecionistas, liderados por figuras como Floriano Peixoto, advogavam por um governo
mais forte, com um regime mais ditatorial e protecionismo estatal para desenvolver rapidamente as
indústrias, os adeptos do câmbio livre acreditavam em um modelo mais aberto à influência externa,
permitindo multinacionais para desenvolver e adquirir conhecimento para a indústria nacional.

Eles tinham essa mentalidade de proteger os produtos brasileiros da concorrência internacional. Na


Primeira República, temos casos interessantes, como a questão de Delmiro Golveia, que teve uma
indústria têxtil de linhas no Brasil e conseguiu competir internacionalmente, mesmo sem a proteção
do Estado. No entanto, enfrentou o lobby inglês, não apenas comercial, mas de uma indústria inglesa
dominante na América Latina, como a Matin Cotton, se não me engano, o nome do monopólio inglês
na região. Esse monopólio tentava quebrar Delmiro Golveia, comprando autoridades políticas. Isso
evidencia que o poder político no capitalismo industrial não reside apenas na suposta 'mão invisível'
do mercado, onde o melhor vence. Neste período, observamos uma luta dos Estados em prol de seus
monopólios. Assim, essa ideia de 'mão invisível' no mercado nunca existiu, mesmo no auge do
capitalismo, sempre foi uma fusão entre Estado e capital. Por isso, a política do câmbio livre era
rejeitada pelos protecionistas, pois na prática ninguém a praticava, exceto os países que tinham
superioridade científica e tecnológica para competir de forma desigual.

No limiar do século XIX para o XX, alguns países já haviam percebido essa questão. A política de
câmbio livre consistia em não subsidiar a indústria nacional, ou pelo menos, fazer aportes discretos e
atrair multinacionais para operar a industrialização do país. O argumento era que seria mais
econômico e orgânico, sem um surto industrial artificial. Contudo, o problema era a falta de interesse
dos países estrangeiros, principalmente em instalar indústrias vitais para a industrialização real do
país. Eram indústrias esporádicas e específicas, visando apenas maximizar os lucros das terras
estrangeiras e repatriar para seus países de origem. Isso foi duramente criticado.

Essa política de câmbio livre era defendida por aqueles que dependiam da dinâmica internacional de
comércio, principalmente a burguesia ligada aos poderes econômicos estrangeiros. Essa burguesia
mais liberal da Primeira República era muito associada aos interesses econômicos externos.

O Império Russo, o Império Inglês e o Império Francês eram potências estabelecidas, mas o que se
destacava eram as novas cartas do baralho geopolítico. O centralismo alemão, o Império Alemão,
surgiu como um estado altamente centralizado. A monarquia alemã tinha liberdades municipais, mas
todas as políticas macro, principalmente as políticas de industrialização, modernização e militares,
estavam centradas na figura do Kaiser e em seu secretariado de ministros. Havia uma visão de que
um estado forte era necessário nesse momento para uma modernização rápida, o que era
considerado essencial para representação política, científica, acadêmica e cultural. A necessidade de
ordem nesse modelo complexo de estados modernos era crucial. A sensação era de que a dispersão
dos poderes levaria à anarquia e abriria espaço para influências estrangeiras ou até mesmo para o
egoísmo interno que poderia prejudicar o interesse comum. Por isso, os defensores do modelo
centralista acreditavam em uma maior eficiência nesse sentido para alcançar os objetivos
estratégicos nacionais.

Por outro lado, havia a ascensão do federalismo americano. Os Estados Unidos exerciam pressão
direta sobre o Brasil, sendo a grande potência não europeia naquela época. No século XIX, estavam
em plena expansão, saindo de suas 13 colônias para se tornar um continente bioceânico. Eles se
mostravam economicamente poderosos e eram vistos como defensores das Américas, adotando a
doutrina moral. O Brasil estava muito influenciado por esse americanismo, principalmente após a
proclamação da República, adotando seu nome e seu modelo de governança. Portanto, havia uma
incógnita: o Brasil deveria seguir o modelo central alemão monárquico ou o modelo federalista
americano republicano.

No entanto, ainda não se chegou a nenhum desses pontos. Enquanto essas discussões sobre o
melhor modelo de inserção na dinâmica mundial aconteciam, havia a verificação prática de como o
Brasil estava nessa dinâmica. Isso estava diretamente relacionado ao café, que colocava o Brasil
como um exportador de commodities. O café foi determinante não apenas no Império, mas também
na República Velha, definindo quais grupos poderosos ganhariam ascensão interna e ditariam a
inserção do Brasil nessa dinâmica internacional. Isso influenciou a forma como o país lidaria com sua
industrialização, já que os países industriais tinham uma vantagem significativa sobre os não
industriais. No contexto brasileiro, isso significava a periferização do país.

A periferização influenciou a forma como a industrialização foi tocada no país. A transição


republicana exigia que o Brasil abandonasse os aspectos que o mantinham atrasado, mas a maioria
das elites optava por manter o status quo, pois eram oriundas de famílias cafeicultoras. Elas
financiavam seus estudos e garantiam seu status por meio do café. Isso gerava uma certa hipocrisia
entre as elites intelectuais republicanas, que criticavam o Brasil como um país agrário, mas não
queriam abrir mão dos benefícios advindos do café. Assim, começava a se consolidar uma oligarquia
interna que lucrava com o café e, ao mesmo tempo, mantinha o país desindustrializado, alinhada aos
interesses internacionais.

Então a elite Econômica que se que era uma parcela forte do Poder no império e se torna uma
literalmente os reis do Brasil com a ascensão da República eles dominam a política nacional eles não
vão ter interesse de industrializar o Brasil rápido porque eles estão numa posição muito confortável
Quanto vamos dizer assim e e quase que como um pedágio para

O colonialismo eles garantiam o atraso do Brasil e Em contrapartida o mercado externo é quem


comprava o café e bancava as suas ljos cidades para eles eram interessantes a manutenção desse
pacto do Brasil sempre dependente dos produtos industriais e sempre vendedor dos seus produtos
particulares que era o café então Aqui nós temos a adoção de um modelo de industrialização eles
não podiam dizer isso claramente porque que que eles falavam no império não calma lá

Brasil é um país Agrário Rural como é atrasado mas agora Cri um poder Calma lá vamos lá eles
precisavam de um uma desculpa vamos dizer assim e aí o que venceu naquela ideia de como nós
vamos industrializar o país seria utilizar o lucro do café para subsidiar indústria mas lenta e
paulatinamente então Vamos aos pouquinhos tanto é que você vai ver que a gente tem alguns polos
industriais muito específicos na República Velha São

Paulo capital Talvez seja o mais famoso com muito aporte inglês aqui muitas empresas inglesas
alemãs pouquíssimas indústrias nacionais Inclusive essa lógica de industrialização utilizando café ela
é muito questionável porque a gente basicamente estava chamando o o aqueles que já queriam
dominar o Brasil para sentar na cadeira da sala ali fala não vem para cá não só contente Não
desenvolver o Brasil de fato e prepará-lo para essa conjuntura

Global a gente chamou os nossos algozes para dentro de casa basicamente foi isso que aconteceu
aqui como nós estamos falando da dinâmica do Brasil na geopolítica e a gente acabou fazendo uma
análise do do escopo interno eu acho que outra questão importante a gente voltar pros eventos em
ordem cronológica aqui dentro que é a gente tentando a a república surgindo como modelo de
modernização do país pode estar ficando um pouco batido a repeti

Isso toda hora mas é que esse aqui é o ponto fulcral aqui do desse processo que é o Brasil se
aproximando do mundo civilizado como ele não tinha graças a a essa dinâmica do café modos de se
urbanizar muito rápido de adentrar na na na lógica Mundial como um país Industrial a gente não
tinha interesse nem capacidade de entrar dessa forma Então se tinha um sinais sinais de que o Brasil
estava se aproximando desse mundo civilizado a proclamação da república já

É né uma lógica de modernidade mas junto com ela veio o fim do Estado confessional afinal a gente
está na era da tecnologia das ciências a segunda revolução industrial mudou o mundo e o homem
poderia basicamente alcançar a vida eterna através da ciência A ciência é o novo Deus então nós não
precisamos mais dos Padres Nós não precisamos mais da igreja e isso estava de acordo desde os
positivistas até os liberais e aí tem essa charge aí que eu acho ela

Extremamente tosca porque resgata aquela ideia de que o índio é o brasileiro literalmente o
brasileiro o bom selvagem e a e e os padres acorrentam eles através do terço tá vendo agora a gente
vai livrar ele da escravidão da Fé essa essa aqui é meio intan cável de fato Mas além do fim do Estado
confessional como sinônimo de modernidade nós temos a democracia Afinal você poder votar é
sinônimo de participação política o engraçado desse

Ponto de que a república seria a soberania popular e tudo mais é que em números absolutos a
porcentagem da população que votava nas eleições republicanas era menor do que as que votavam
nas eleições do império é tipo uma modernidade que fica bonito nas tirinhas nas charges mas na
prática n perono e junto disso também nós temos a urbanização a gente tem a modernização dos
centros de fato o o império por si só tinha feito avanços

Industriais mas ele não pensou na questão paisagística Vamos colocar urbanística o que os
republicanos fizeram em especial no Rio de Janeiro que é tema até de aula que a gente pode fazer
também que causou muitos reflexos sociais é essa urbanização era a necessidade de parecer que
você estava na Bela epoque o Rio de Janeiro precisava deixar a sua feição que lembrasse o período
imperial a gente não pode ter memórias daquele período

Obscuro Então vamos refazer o Rio de Janeiro Então você tem os projetos de a alargamento das
estradas a reformas de Palácios construção de palacetes e tudo isso lógico teve uma contrapartida
por exemplo os não se tiam favelas no império Porque se tiam os cortiços então o pobre o
marginalizado ele não tava apartado do centro Urbano mas nesse período como sinônimo de
modernidade a gente tem a ciência não foi a ciência que permitiu a quebra com a religião

Pois então a ciência ela tinha um recorte não muito amistoso com populações negras com
populações caboclas mestiças e muito menos com pobre então se é para deixar a cidade mais
higiênica mais limpinha mais clean mais bonita é vamos derrubar esses curtio que tá enfei a cidade e
joga esses pobres em qualquer lugar não é problema meu o meu objetivo é modernizar e levar o
Brasil pro mundo civilizado O que fazer com essa gente boa sorte então
É é é graças a essas Reformas e lógico junto de outros elementos como a guerra de Canudos e afins e
Começam a surgir também as periferias e as condições sociais do Brasil deing olam de maneira
excepcional e aqui existem também outras características que a gente até comentou sobre a
dinâmica do Brasil no Café existe outras características interessantes de como a república ela foi algo
muito meramente visual um paliativo nada mudou de fato mas

Tirou-se as qualidades que existiam no Brasil quanto império e aprofundou os seus erros porque
percebam como o apego era meramente a retórica e a a ideais mas não houve uma preocupação
com a efetivação na realidade desses ideais porque a república ela viria como um estado impessoal
ou seja se se quebraria a lógica de que o estado é de uma família é do Imperador é do monarca
agora o estado ele é impessoal ele não tem Face ele é apenas uma burocracia

Técnica Eleita pela maioria e junto disso também vinha o império das leis ou seja igualdade jurídica
as leis estariam acima dos personalism das influências familiares e afins então seria um estado
totalmente técnico totalmente Laico totalmente Imparcial só que o problema é que tudo isso foi
muito contestado mesmo no período de instauração do regime porque a gente começa a analisar
que as pessoas não são impessoais que as pessoas não

Seguiam o império das leis a federalização do país contou também com umas características muito
engraçadas eu já até fiz um vídeo sobre isso naquele que eu falei sobre como acabar com a ditadura
do Judiciário foi clickbait mas ali eu trouxe as fundamentações da República a qual eles adotaram o
federalismo e tentaram manter a unidade nacional lastreada no Poder Executivo forte ou seja ele tá
dividindo o poder com os estados mas no que tanja o poder

Da União o presidente tem que poder governar dentro da do seu escopo delimitado isso aí seria um
exemplo de união Nacional dentro das suas prerrogativas ele seria teria poder pleno a Justiça não foi
federalizada com a república Justiça continua unificada e por fim o Exército o exército também é
Unificado como força que resguarda essa unidade mas o que acontece como o federalismo deu
Ampla Liberdade econômica e até trouxe a competição

Entre os Estados os países os países os estados superavitários conseguiam concentrar muito poder
de forma que isso não era distribuído pel pro resto do país e a foi perdendo força gradualmente
começando pelo presidente Afinal o presidente ele não seria eleito pela união como o poder
econômico e na na prática político estavam nos estados mais ricos o que você vai ter É nesse livre
comércio de estados os que estão mais avançados dominando de fato o

Conjunto da ó da Ópera que seria a união os estados mais fortes conseguiriam avassalar os demais
sob o seu poder que é o caso do que a gente chama de centralismo Paulista o federalismo fomentou
um centralismo Paulista porque os paulistas alicerçados no Café conseguiram se agigantar e capturar
a república para si de tal forma que não só eles monopolismo a cadeira da República basicamente né
tem os mineiros ali às vezes os gaúchos dão um Pitaco

Mas na prática foram os paulistas que dominaram a República Velha junto com isso você tem lógico a
política dos governadores o cabresto essa democracia o sufrágio muito questionável mas o impacto
disso é que com o o o poderio econômico do de São Paulo a sua polícia era mais forte que o próprio
exército o exército era sucateado o exército que era para ser a fonte de União caso Em algum
momento houvesse uma conjuntura a qual São Paulo não tivesse sei lá se

Sentisse impelido a ter que sair ele poderia porque ele teria efetivamente ente a sua força
policialesca que era só para cuidar da ordem era mais forte que o exército Nacional do país e outros
estados chegaram esboçar compra de materiais e coisas assim que você fala Hum será que isso aí é
para prender bandido mesmo é tá com cara de que é para fazer guerra né então você percebe como
isso foi corroendo a figura do Presidente da República já não

Representava o país representava os estados mais fortes o a as o exército se enfraqueceu muito


devido à forma como era o pacto né da Federação e a justiça ela ficou omissa ela não conseguiu ser
impessoal ela foi sendo capturada pelas oligarquias também no fim a república foi tudo menos
impessoal e o que menos tinha era o império das leis diante dessa desse contraste do que se queria
e do que se constatou devido à natureza das oligarquias políticas Ou seja a

Teoria ficou aqui muito bonita pro discurso mas ela foi totalmente corrompida pelas oligarquias que
proclamaram o regime foi o fracasso retumbante que resultou na análise do Brasil Real aquilo que
acontece na prática a o pragmatismo em alguns casos também pode ser dito sobre o Brasil profundo
tudo mais mas aqui em termos políticos esse Brasil Real se referia a essa realidade prática e se tinha
um Brasil Legal Brasil das leis e não se

Efetivava a lei era uma coisa mas como os cupinchas Quem mandavam era os coronéis as os grandes
Barões do Café basicamente a lei era o que eles queriam era esse distanciamento brutal do Brasil
Real do Brasil legal tudo isso conformou pro desgaste Republicano e o fracasso já perceptivo ainda no
período Republicano ainda nos seus primeiros anos ali nos primeiros governos civis já se observava o
fracasso em contraste do que ela havia prometido então a gente pode ver duas

Características os problemas institucionais republicanos e a dependência do café e como o café


definia a posição que o Brasil tinha internacionalmente e que acabava impossibilitando a sua as suas
mudanças internas também sobre as características macro não só falando só sobre a República mas
sobre todo esse período de definição do Brasil no cenário internacional desde ali da década de 70 do
século XIX até as primeiras décadas

Do século XX a gente consegue observar algumas características que podem mostrar ctur ou
solavancos o primeiro deles é o até coloquei aqui né o solavancos do café e a crise do regime Liberal
Lembrando que o Império no seu final já tinha muitas ideias liberais bem afloradas mais do que na
sua Fundação a gente vai ter o predomínio das oligarquias baseado na economia e por sua vez o
primeiro solavanco que o café

Encontrou foi o fim da escravidão afinal ele teve que se repensar como que ele ia substituir essa mão
deobra lógico Abolição foi um processo gradual e deu mais do que tempo desses caras pensarem
como eles iam trocar isso aí e a o que fo o encontrado foi a a chegada de imigrantes pro Brasil em
especial os italianos né lógo teve alemães japoneses mas os mais aptos ao trabalho principalmente e
substituição do trabalho escravo africano foi o italiano

E os italianos também viriam a compor o efetivo dos proletários industriais a gente então assim não
foi uma crise definitiva Mas marcou um solavanco no modelo junto com isso também a gente tem a
e quase que em decorrência da abolição da escravatura o aprofundamento da questão social no
Brasil coloquei ali até um Chap o chapeuzinho de um Tenente para representar um tenentismo Por
quê o tenentismo ele surge como uma indignação

Interna a forma como a política era tocada e particularmente as questões de como o exército era
gerido mas começou-se a a a a a a expandir o seu escopo que vai desembocar na coluna preste de
analisar como o Brasil não tinha uma indústria de defesa como o Brasil não tinha um processo
Industrial sério como o exército estava bagunçado como a vida no campo não tinha regulação
alguma coisas absurdas aconteciam como a vida do proletário médio no nos centros
Urbanos também era terrível sem qualquer tipo de regula a questão social da da do abandono da da
população negra da chegada de imigrantes da palpação da Vida na cidade com a industrialização sem
condições a anarquia interna da fragilidade do exército das Forças Armadas como a situação tinham
inúmeros problemas estruturais no Brasil isso resultou em na conformação de diversos pensadores
pensando em como resolver esses problemas Agora não só de ordem

Geopolítica Mas de fato os problemas internos foram muito agravados como resolver isso e como
sistematizar a apresentação de uma ideologia em resposta a todos esses atrasos Ou seja você tinha
que arrumar o exército você tinha que arrumar a a vida no campo você tinha que arrumar a a a vida
do proletário você tinha que arrumar a política Industrial você tinha que arrumar o arranjo
institucional você tinha cara tinha que fazer uma reforma

Geral República velha foi um fracasso basicamente em todos os aspectos que você olha para ela
Apesar desses fracassos muita coisa mudou você pode dizer que foi para bem para mal e algumas
mudanças são só mudanças como por exemplo a criação dos centros urbanos de fato começou-se a
uma industrialização São Paulo por exemplo já tinha uma cara de um né de uma de uma capital do
século XX de fato tinha indústrias tinha um efetivo proletário

Tinha ali a sua burguesia tinha tudo isso então a gente vai ver o surgimento de uma classe média né
que não tava nem pal periz mas também não acendia poder político e isso todos esses problemas e
essa nova realidade de um Brasil Novo que tava se desenhando meio que vamos dizer assim
anarquico meio que jogando o dado e vendo que que acontecia isso criou gestou um pensamento de
que tudo isso é desordem e a forma de arrumar tudo isso ordenar todos esses fatores e

Corrigi-los posteriormente ser e a busca pela ordem Então você vai ver um apego de uma geração
que vamos dizer assim é pós geração 70 que vai ser a geração que quer a ordem que não aguenta
mais viver na completa anarquia e aqui nós conseguimos traçar as raízes do pensamento autoritário
em primeiro lugar a gente tem uma classe média Urbana letrada justamente essa parcela que eu
falei para você que eles não são proletários não estão vivendo dentro de

Uma f fábrica não tão vivendo numa lavour não tão acendendo não são né a burguesia do café Eles
não estão lá instituídos não são parlamentares não são nada eles são uma classe média que presta
serviços técnicos ao aparato de estado é um profissional liberal ele toca a vida dele de uma forma
Onde ele fica no meio ele não é nem paliz e nem Elite ele tem uma percepção de que ele tem a
técnica ele consegue ver os dois mundos do Brasil mas ele não consegue

Participar do modelo ele vê que a República é extremamente elitista mas ao mesmo tempo quando
começam a surgir movimentos anarquistas comunistas não é aquilo que ele quer também não é a
completa anarquia A Rebelião das massas que negariam por exemplo o direito natural à propriedade
que eram contra a religiosidade essa classe média Ela traz características da Elite de erudição de
estudo acadêmico mas ele preserva a cultura nacional a fé católica um uma

Moral mais rígida então eles vem que o modelo de ascensão dessa classe média tá personificado no
Estado Nacional eles podem ser uma burocracia técnica mas A grande questão é tirar esse Estado
Nacional das mãos da burguesia e não deixar cair também na mão das massas é essa classe do meio
que seria a defensora da nacional e Capaz montar capaz de montar um aparato técnico para Que ela
possa ordenar essa nação ordem e bem

Representar a todos guardando os seus os seus direitos mais fundamentais e concilios ou seja uma
liberdade para o bem conciliada com os interesses de estado do país ou seja fazer as reformas que
tinham que ser feitas e só poderiam ser emplacadas com um regime que prezasse pela ordem e pela
técnica então é uma classe que percebe ela não se se você for assim muito polarizado você fala não
técnica positivismo você vai falar assim não religiosidade Bas de

Católico não mas pera aí você tá falando de direito à propriedade não pera a per pera aí eles são
liberais você percebe que essa classe média ela não tá em nenhum desses polos ela não é positivista
mas tem apelo pela ciência pela técnica ela não é ultram Montana católica mas ela defende a fé e
entende como um valor importante ela é contra burguesia mas ela não é comunista revolucionária
ela defende a propriedade mas ela não é uma oligarquia Liberal Tá

Vendo como ela tá numa zona muito Nebulosa e é por isso que geralmente pensamento autoritário é
muito mal compreendido Porque quem tem essa mentalidade de querer já enquadrar o pensamento
em alguma caixa vai fazer isso de maneira abrupta e provavelmente por falta de conhecimento do
que que é o escopo do autoritarismo mais características aqui o principal a principal missão dessa
dessa classe média Urbana letrada seria a continuação

Da construção do Estado Nacional o Brasil ele teve essa aquela construção da geração da
Independência até a geração 70 ali até a guerra do Paraguai foi construíd as instituições a doutrina
do exército a diplomacia políticas industriais depois a gente sofreu um solavanco devido a essa
mentalidade muito Liberal muito M muito mente aberta querendo mudar tudo e acabou mudando
tudo pro pior mas mesmo na completa anarquia algumas vozes ainda existiam no

Período Republicano por exemplo a gente vai ter o Barão do Rio Branco conseguindo manter a a a
diplomacia de de do Visconde de Uruguai ainda com muita altivez a gente vai ter governos mais
centrados por exemplo como Arthur Bernardes a gente vai ter magistrados Alberto Torres um dos
Pens um dos grandes dispensadores autoritários do Brasil também foi Ministro do Supremo por
exemplo então eles viam que tinha uma tradição que perpassava a história e

Eles queriam ser continuadores dessa obra de edificação do Estado Nacional eles perceberam que
não era negar tudo que foi feito mas é ver o que há de melhor em cada uma das épocas e dar
continuidade a essa construção literalmente cada geração colocar um tijolinho nessa casa que é a
nação e é por isso que o pensamento autoritário ele vai ter na sua base a lógica de intérprete do
Brasil para você poder reconhecer as grandezas do passado não

Só do Brasil independente Mas eles vão até no período colonial eles vão partir por essa essa lógica
quase que antropológica sociológica de começar com a análise do que foi o Brasil para a partir do do
reconhecimento dessa natureza brasileira poder fazer a manutenção dela e a continuar atuando com
base nesse princípio de ação pragmática que personifica a brasilidade você percebe que para você
fazer uma análise sobre o

Que foi o Brasil para tomar uma ideia do que fazer no presente idealizar o futuro isso foi feito através
das Ciências Sociais literalmente ter a técnica científica em suas análises e isso foi fundamental para
afastar o pensamento dessa classe média letrada para fazer essa missão de construção de Estado
Nacional apartada das lógicas de interesses de classe afinal ela não pertencia nem à burguesia Nem
às massas palpadas então ela permitia isso

Permitia ela se colocar numa posição e se apresentar como esse intérprete do Brasil mostrando a
história sem o comprometimento de ter que defender os interesses ai dos oprimidos qu os
opressores e nem os interesses da não nós a civilização porque nós queremos seguir os europeus
percebe como ela rompe com as duas doutrinas e ela se coloca como a voz do Brasil ela a partir da
Ciência da técnica olha para o nosso passado e fala olha quanto brasileiros
Como representantes da nação desvinculados do cosmopolitismo oligárquico Liberal e da loucura da
do do pensamento revolucionário apresentando-nos como os construtores do Brasil e os maiores
conhecedores os intérpretes desse Brasil por isso temos a técnica para continuar o edificando essa
essa foi a tônica a tônica do discurso autoritário na sua formulação Como eu disse nós temos a
utilização das Ciências Sociais para contrapor tanto o

O Marxismo quanto o liberalismo Quando eu digo Marxismo acrescente aí todas as ideias


revolucionárias anarquismo socialismo comunismo tudo que que pipocavam todas as a as correntes
elitistas no sentido de burguesia de fato de ter um recorte social a qual desprezava a unidade
Nacional e só havia seus interesses particulares personificados no no mercado Isso permitiu a essa
classe média eh realizar suas críticas sobre os os defeitos das

Elites e também formular respostas congruentes aos trabalhadores ou seja rejeitar as respostas
desesperadas e aí o autoritarismo se apresenta como um regime de coalizão ele não Visa negar a
elite e o trabalhador ele fala não não não vamos rejeitar os seus aspectos extremos Mas vamos
compor um governo de todos Nacional Todo mundo vai ter um espaço eu posso garantir pra elite ela
não vai dirigir não vai pilotar o iat o nosso navio aqui mas eu garanto um

Assento VIP na na na nossa viagem ao pobre você não precisa ficar no galpão pode vir aqui pro pr pra
área comum todo mundo dignificado e aparando a paliza e a Extrema elitização Vamos tentar nivelar
as coisas pra gente ter uma nação que consiga dialogar minimamente entre as partes Qual é a
análise Central seria fundamental nacionalizar a burguesia ou seja tirar esse escopo cosmopolita de
querer ficar copiando todas as modas

Querer ser norte-americano querer ser francês queria ser inglês cortar isso e dar a mentalidade
Nacional Olha você é brasileiro você precisa desenvolver o nosso país com um modelo adaptado à
nossa população você é um Industrial você tem que ser um industrial brasileiro e preparado para
competir com os ingleses com as alemães com o diabo que seja não é para você ficar se avassala
aprender com eles vamos desenvolver um pensamento

Nacional nacionalizar a burguesia Afinal as revoluções burguesas que pariam os estados nacionais
não tem como a gente modernizar o país sem essa burguesia Mas o problema da brasileira é que ela
era como eu disse uma elite que só cobrava pedágio ela abria a mão de seu papel histórico de
desenvolver o país para poder render fazer grana com a venda do país eles queriam reformar isso o
seja nacionalizar a burguesia e as massas elas deviam ser

Tuteladas porque essa é a questão Tutelar as massas para se elevarem ao centro a partir das Visões
de brasis dos intérpretes isso é as massas precisam também ter um espírito brasileiro ela precisa
rejeitar essas seduções a qual o comunismo o anarquismo personificavam Com base no seu etos ou
seja na sua sua espiritualidade na sua cultura no no seu ser brasileiro que é muito preponderante à
sua identidade de classe e a partir de um Estado Nacional que dê essa cidadania

Que aí a gente pode usar o termo civilize essas massas que estavam à margem do regime elas vão se
sentir integrantes e cidadã e a partir daí é necessário um estado de promoção social a qual vai parir a
legislação trabalhista a dignidade essas populações para que elas possam ser de fato autônomas e
não caiam nesses discursos corrosivos aos seus próprios interesses Ou seja é a nacionalização da
burguesia e a dignificação da das massas seja

Trabalhadora sejam de minorias marginalizadas enfim era necessário você dar um o status Nacional
pras duas seguindo o autoritarismo como regime de coalizão com o objetivo de nacionalizar a
burguesia e Tutelar as massas que é o ponto que eu acabei de apresentar aqui além disso tem as
teses sobre a identidade brasileira para licar o projeto político autoritário o autoritarismo ele não
surge como ideologia a priori percebe se você for

Pegar todos os intérpretes autoritários eles vão apresentar o Brasil e depois as suas soluções Oliveira
Viana ciano Ricardo Azevedo Amaral Gilberto Freire Em alguns momentos se apresentam como um
um um interlocutor e como que eu posso dizer esses intérpretes de brasí ele chega com uma os
livros são sempre o Brasil colonial a formação social do Brasil a formação étnica do Brasil e Vai
contando como as coisas se originaram lá no

Período colonial mostra como certas características se conformaram o patriarcalismo a lógica do


Sertões Ah enfim os mais diversos recortes históricos e mostram como isso impacta a nossa vida hoje
como são características que ainda estão presentes nos dias de hoje e a partir dessa análise dessas
características onde não são qualificadas como boas ou ruins simplesmente como características
imutáveis vão estar presente no povo

Brasileiro A ideia é a gente não deve pegar um regime pronto que torne essas características boas ou
ruins a gente precisa desenhar um regime que torne essas características saudáveis que responda ao
regime potico de forma Sadia que é o oposto do que a República Velha fez ela chegou num num povo
patriarcalista que já que montava caudilhos em em situação Regional e colocou um regime impessoal
um regime fraco federalizado o

Que que aconteceu a natureza do povo brasileiro nessa no seu nesse seu eh eh eh patriarcalismo
tratou de tomar ess essas instituições E aí vem o patrimonialismo eles começaram a utilizar como
bem pessoal foi o que os paulistas fizeram na república velha né capturaram o Estado Nacional e
dirigiram ele sobre seus interesses só que a questão é que muita muito sociólogo hoje apenas bate
no patriarcalismo no no no patrimonialismo Mas será que ao

Invés dis só bater nossas características não seria mais inteligente desenhar um regime que
comporte essas características de forma saudável foi esse o pensamento dos autoritários em vez de
gente ficar querendo mudar uma característica que tá é inata nós lá desde o do período de fundação
da Nação qual a chance fela da gente mudar isso norm gente adestrar esse comportamento e
desenhar instituições que façam aflorar coisas

Positivas dele Essa é a lógica dessas teses as teses vão fundamentar a forma não a forma que vai
fundamentar os comportamentos então é primeiro entenda-se o que é Brasil o que é brasileiro quais
são essas características pra gente poder delimitar o regime ideal agora nós vamos para as
características gerais do pensamento autoritário ali a gente entendeu as mentalidades aqui o que a
gente precisa fazer o primeiro ponto é

Um estado Centralizado como modelo de superação da letargia e da desordem aqui remonta a um


apanhado de situações nacionais que chegaram a essa conclusão e é interessante que cada frase
remonta a um momento por exemplo o estado Central foi uma conclusão que se chegou lá na
independência do Brasil justamente vendo o estado Central como uma forma de não permitir que o
país se esfacelar e a única forma de superação daquelas características coloniais que sobre uma

Lógica moderna seriam corrosivas ao país e refaço novamente o adendo não significa que
características que Foram boas no período colonial sejam essencialmente boas ou essencialmente
ruins mas certas características em um ambiente diferente Podem trazer resultados diferentes é o
caso daquele municipalismo daquela lógica da casa grande desse patriarcalismo que muito bom no
período colonial foi fundamental para o projeto de e de civilização do
Brasil nascer mas quando interpelado pela pelo pelo Espírito do tempo ele não sobreviveu ele se
mostrou uma um uma abertura para possíveis caudilhos felizmente o Brasil nunca degringolou num
caldis smo forte de fato pelo contrário ele conseguiu Superar Essa essas animosidades regionais
então o Estado o estado Central nasce essa necessidade para eh eh conseguir superar esse essa
característica mas não apagá-la mas adestrá-la outra questão é

É no título mesmo a gente vê a letargia letargia do quê da industrialização o modelo do do livre


cambismo a lógica Liberal a gente precisa se livrar da lógica preponderante das oligarquias rurais
atenção não estou falando de acabar com Agro de que o país é ruim porque tem Agro não é isso que
eu estou falando sei que tem muita gente que tem essa lógica Mas a questão é que o Agro é uma
parte do do produto nacional ele não pode ser

O rei ele não pode ser o centro da administração pública ele tem que ser um um membro uma parte
o problema é que na República Velha eles eram literalmente os presidentes da república tudo girava
em torno dos seus interesses dos do café isso catapulta a letargia da industrialização justamente
porque eles estavam interessado em de fato industrializar o país seria Superar Essa dinâmica que
remonta até uma espécie de pacto colonial se você analisar na na

Prática e terceiro acabar com a desordem a República Velha principalmente se personificou por
aquele Abismo do Brasil legal com o Brasil Real uma completa anarquia Então seria fundamental AC
ter um regime que estabele restabelecesse a ordem para que a sociedade tivesse alguma harmonia
para poder operar qual que são o os meios para conseguir estabelecer esse estado Central que
superasse a letargia e a Adesão ordem primeiro ponto ilustrados formados nos

Centros urbanos lembra que a gente falou que os principais pensadores do pensamento autoritário
se personificam para uma classe média está aí eles seria uma peça fundamental por teressa técnica
para participar dos aparatos da da da estrutura do poder Porque até então na era da desordem na
República Velha eles tinham condições de se formar viver sua vida mas eles estavam longe do poder
porque o poder era uma exclusividade da da oligarquia só quem tinha um poder

Econômico podia exercer de fato funções enquanto quem tinha técnica por não pertencer a essa
Elite estava apartado dele então a primeira coisa seria ter essa Elite de ilustrados essa Elite de
formados que seriam os técnicos do regime segundo ponto a gente tem a tese do Estado Central
como meio de repressão das oligarquias locais para então ser possível implantar um direcionamento
visando a nação e não as oligarquias novamente quem é que na prática

Controlava a República Velha e explica a sua desordem e letargia é porque sem um um chefe na casa
todo mundo se digladiavam mesmo a queda da república velha foi muito isso foi o
descontentamento de outros estados eh Paraíba o Rio Grande Grande do Sul até Minas entrou na
brincadeira que queria acabar com as oligarquias que dominavam basicamente pela sua capacidade
eu sou mais Cico então eu que vou mandar a ideia era vamos reprimir essas

Oligarquias locais o localismo é o grande é o grande fulcro é o grande câncer da nacionalidade tem
que redimi-la eles são bons agora se alvoroçou e comprometeu a unidade e os interesses nacionais
devem ser reprimidos então a tese Central era Vamos retomar o estado Central A gente reprime
essas oligarquias igual o império fez lá no período regencial dá de volta aprisiona eles nos no seu
lugar devido de fato ó

Na sua província respeitando e prestando vassalagem ao Estado Nacional você não vai comprometer
a nação Tera pelos seus interesses particulares reduza-se a sua ignorância na prática na prática era
isso que eles estavam dizendo nas Entrelinhas e a partir do Estado Central aquele aparato técnico
aqueles ilustrados poderiam ser os intérpretes do Brasil na na administração eles poderiam integrar
segundo mérito não segundo ai nasci de um pai

Fazendeiro de fato ajudar a consolidação do país Eles teriam voz no nesse regime aí nós temos a
outra característica organizar a sociedade e as instituições políticas com base nas tradições nacionais
isso aqui eu acho importante porque não é meramente eh olha eu sou um acadêmico eu sou um
intérprete do Brasil e por isso eu quero simplesmente ter o poder não é o positivismo de Ah eu sei a
ciência eu devo

Governar não é essa lógica mas é a comprovação real e a harmonia entre a técnica e a realidade
brasileira porque se você adotar só o a característica cientificista só a característica técnica você vai
cair naquele mesmo paradigma do Brasil real e do Brasil legal na letra da Lei vai tá lá a ciência umaria
e tudo mais enquanto no Brasil Real ninguém vai est respeitando isso a lógica do brasileiro não é
essa e

Não é a gravatinha a borboleta esses intérpretes do Brasil deveriam ter noção de O que é muito clara
de O que é o povo brasileiro Quais são as características do povo brasileiro como eles reagem As
instituições Para justamente desenhar essas instituições com base nessas tradições nacionais o povo
brasileiro é patriarcalista então a gente não pode querer fazer um regime impessoal a gente tem que
pensar numa forma de transformar a pessoalidade do poder em al algo

Positivo que é o que a gente vai chegar lá então o primeiro ponto é não é o positivismo não é o
tecnicismo absoluto pelo contrário é pegando a tradição Popular as características sociológicas
sociológicas e antropológicas do povo e com um método científico desenhar algo adequado a essas
características nós temos Então o a resolução da questão social aqui a gente entra a defesa da
propriedade privada e a promoção de política

Trabalhistas como o objetivo Central era estar no vácuo do basicamente do né dos liberais e dos
anarquistas e comunistas era necessário então assegurar que eu defender o trabalhador eu atacar a
sua falta de caridade explorando um trabalhador não implica que eu eu eu relativize o seu direito de
propriedade o seu direito de propriedade é um direito natural e Inviolável é seu agora isso não
significa que eu tenho que tolerar você quase que Neo escravizando

Uma pessoa essa pessoa aqui ainda mais se um país católico tá lá pagai o salário justo isso aí cara
você negligenciar o justo salário é é é atestado de passe livre pro inferno então vamos regular essas
questões a questão social era muito ligado à questão do Trabalhador como mediar a relação trabalho
Operário e patrão na equação autoritária o estado seria ser regulador ele seria a partir de da
incrementação dos valores brasileiros

Nas suas instituições E aí entenda-se entre o elemento católico a matriz católica brasileira seria
amparada e lógico toda a legislação trabalhista teve uma forte influência do tomismo em ascensão
na época né que tentou o acabou se esboçando até um corporativismo que era a lógica de buscar
harmonia no no tecido social resolução da questão social era fundamental justamente para um
desap poderar a a a a os liberais e se os liberais continuassem no poder os

Trabalhadores naquela situação terrível provavelmente uma hora ou outra eles aderiram em massa
às ideias revolucionárias e aí o remédio para corrigir o liberalismo poderia ser até pior do que ele que
seria o comunismo uma uma ditadura proletária que seria tão injusta quanto a tirania do capital
privado então a solução seria a solução do meio a conciliação mais características gerais do
pensamento autoritário nós temos o protecionismo
Econômico e a rejeição do cosmopolitismo isso aqui a gente já comentou protecionismo não tem
muito segredo não tem como você se industrializar e se colocar na dinâmica internacional como
centro ao invés de ser um um um mero peão na lógica como o capitalismo estava se conformando na
segunda revolução industrial se não fosse através de protecionismo nenhuma potência no mundo
surgiu através de livre mercado isso aqui tem um monte de vídeo aqui no canal

Isso aqui é básico do básico é você buscar as tecnologias para você conseguir as suas montar as suas
indústrias né E aí tem caminhos diferentes muita é válido o pensamento de você trazer uma
multinacional para você poder fazer engenharia reversa e começar a a a a produzir e copiando a
tecnologia estrangeira o Japão fez muito isso né o fato é que de qualquer forma a partir do momento
que você inicia as suas indústrias é assim essencial que

Você sobretaxa ou sequer Deixe os produtos estrangeiros entrarem você precisa criar um bolsão de
sustentação da sua indústria dentro do seu território para que você possa a partir dali juntar capital
para começar a transformar a sua nacional em uma multinacional e aí você entra na predação do
capitalismo internacional o protecionismo era fundamental para a industrialização do país e por sua
vez não seria possível alcançar a

Civilização né alcançar o mundo moderno se não fosse por vias industriais então Perceba como o
protecionismo é Pedra Angular nesse projeto político de desenhar um Brasil Novo alicerçado nas
suas tradições Então seria uma conciliação das características sociais do Brasil com o avanço material
do Brasil e para isso se tinha a rejeição do cosmopolitismo isso é rejeição das ideias que viam de Fora
principalmente no contexto Liberal a gente tem vários

Problemas do cosmopolitismo primeiramente é aquele transplante de cabeça que eu falei os caras


pega pegavam ideias que foram formuladas em ambientes políticos muito específicos tipo modelo
francês que foi desenhado paraa sociedade francesa modelo norte-americano que foi desenhado
para os norte-americanos de acordo com a experiência histórica deles aí trazia isso pro Brasil
obviamente isso não iria funcionar fazer o dever de casa seria

Copiá-lo naquilo que eles fizeram de fato que era desenhar instituições para a sua sociedade então a
rejeição do cosmopolitismo está nessa rejeição justamente dessa como é que eu posso dizer dessa
importação de ideias de maneira malucada que obviamente desembocava naquele paradigma do
Brasil real e do Brasil legal porque a sociedade brasileira sendo diferente da sociedade original da
que aquela ideia foi gestada resultava em resultado

Diferentes Além disso também você tem a rejeição também material econômico porque os as
potências imperiais e as potências centrais elas vendiam um discurso que ela mesmo não praticava
ou praticava em uma condicionante diferente então é o caso do liberalismo o livre mercado bom
todo país forte cresce no protecionismo Mas uma vez forte Ela vai nos países fracos e fala não o livre
mercado que é o que deixa você rico Abra aí as portas para minhas indústrias mil

Vezes maiores que a sua entrar e destruir vocês então você tinha essa rejeição Mas também você
tinha o aspecto científico também né ah Gilbert Freire é muito forte nesse caso que a é o
cientificismo a lógica as ideias desenhadas que tinham fins políticos por exemplo o racismo científico
mesmo Darwinismo Social não tem verificação científica mas serviu a um propósito político né o
homem branco civilizado tem o dever o fardo do homem branco de

Invadir outras terras dominá-las pilhas para ajudar o cara que tava lá né se desenvolver logicamente
então assim era necessário uma ampla rejeição de tudo que era de fora porque tudo desembocava
em um fim político o liberalismo desembocava no fracasso institucional e também na abertura dos
mercados e a falência da Nação a abertura científica se não fosse feita com muito cuidado
desembocava numa inferioridade da raça brasileira então tudo isso era muito

Perigoso em diversos em diversos âmbitos isso aqui são só uns exemplos tem diversas outras outros
pontos que a gente pode colocar aqui do debate acadêmico do debate econômico e afins que
importando ideias de Fora eram extremamente perigosas ao Brasil mas um aspecto aliança entre as
instituições de estado e as classes do meio o que que na prática a gente tá tá apontando aqui que
esse estado novo a ser erigido não poderia ser da mesma forma

Que foi o estado velho a República Velha o que que foi a República Velha a burguesia Oligárquica
Rural ela se juntou e tomou o poder para ela ela não divu não dividiu poder com ninguém ela
conseguiu enfraquecer a as a as parcelas do exército que tiveram e eh participação na Proclamação
mas foram escante adas no decorrer da República Velha ela conseguiu ter uma hegemonia ali porque
ela tinha dinheiro para isso ela comprou o país na prática ela fez um

Arranjo institucional que permitiu que o seu poder econômico desse uma margem hegemônica para
sua dominação esse estado novo a substituí-la não seria hegemonia de uma classe pelo contrário
seria a aliança uma coalizão nacional ou seja uma aliança nacional para a consolidação de um estado
para todos nesse sentido então elas esse estado novo só iria surgir da aliança entre Forças Armadas a
pequena burguesia e a burguesia industrial que estaria fazendo

Frente à oligarquia do café né também trazer oligarquias marginais para essa aliança a classe média
que seria esses ilustrados e pessoas apartadas do regime e uma participação política mais efetiva
para ela esses grupos eles deveriam se aliar pela falta de poder que eles próprios tinham e com
como eles estavam isolados e só a partir da unificação desses desses grupos sociais e instituições
seria possível fazer frente ao domínio Liberal porque se cada um

Tentasse sozinho fazer uma revolução eles seriam derrubados só que todos eles juntos os liberais
não teriam como fazer frente a tantos setores da sociedade a pequena burguesia teria interesse em
substituir essa nova o exército teria interesse em ter uma maior parcela do Poder a classe média
teria o interesse de integrar os postos Chaves do Estado justamente para consolidá-lo a burguesia
industrial era essencial para o desenvolvimento Nacional então ela

Também teria um local então perceba que a substituição do de um domínio elitista fechado para um
domínio de uma elite mais Ampla no sentido de ela ser multifacetada e deixando claro o
pensamento autoritário ele não é muito romântico tá ele não tem muito essa coisa de ai noss o povo
e não sei o que Porque aqui nós estamos falando de uma aliança heterogênea mas não significa que
a gente tá aqui pregando aqueles Delírios utópicos de que ai o povo vai

Se unir não sei o quê que isso aí é só retórica paraou de dormir você sabe que isso não existe hum o
poder é sempre de elites a questão é qual qual vai ser o teor dessas elites elas vão ser nacionais elas
vão ser justas se for uma elite justa é uma aristocracia se for uma elite decadente é uma oligarquia
Esse é o princípio mais uma das características é então para termos uma aristocracia a formação de
uma elite patriótica ilustrada que dirigirá o

Aparato técnico Isto é um dos pontos fundamentais é que esse elitismo dos ilustrados surge como
classe essencial para o funcionamento do estado ou seja as características que ele tem são
fundamentadas pela análise desses intelectuais ou seja o estado Ele está ancorado na sociologia e
organizado de modo congruente a sua história é o que eu repeti algumas vezes já aqui as suas
características vão ser definidas pelas características do povo desenhadas para
O povo os intérpretes do Brasil então eles são como bússolas desse modelo eles são os nordes eles
eles que têm o tato de analisar essas características estruturais para poder definir como o estado vai
ser então eles são a peça mais fundamental desse estado porque é graças ao ao a ao a revisão que
ele faz que ele vai delimitar como as demais alas que vão compor o poder devem se orientar em que
Campo elas devem e se colocar qual que vão ser o papel de cada

Uma delas e como elas devem se relacionar com a população em si Aí vem uma parte fundamental
que é o que aparta bastante o autoritarismo de alg alguma analogia forçada com Positivismo e é o
líder Cesário o cesarismo como característica fundamental o César que dirige a nação com
autoridade e ordena a sociedade o cesarismo é uma característica do patriarcalismo Lembra que eu
falei que o patriarcalismo essa lógica do Sertão ela desemboca em uma

Dinâmica de clã e o clã ele é regionalista e ele pode desembocar numa lógica caudilhescas ou seja el
vão se acastelar ali e tentar se levantar contra os demais ao invés de cooperar com os demais clãs
que seria a dinâmica do da subsidiariedade Positiva como a gente evitar que o patriarcalismo
desemboque em caudilhismo como fazer que ele mantenha-se na boa ordem do princípio de
hereditariedade ele é necessário ele tem

Que ser submetido a uma l patriarcal superior o patriarcalismo ele é hierarquia e o Brasil ele tem
essa característica até hoje a busca pela figura paterna pelo Líder pelo César aí que tá a questão o
César governa O César é a figura é a cara da Nação muita gente vai falar ah é o populista Pode ser
que seja o Brasil é um país que ele é regido de forma autoritária é instintiva a gente busca se
conhecer no chefe na liderança a gente procura ter a voz a

Voz ativa a que ordena e traz harmonia e a ordem a nação lembra que a gente tá falando bastante de
ordem ele que que o pensamento autoritário busca a ordem para poder alcançar o desenvolvimento
pois bem o César seria a cara da Nação mas o César ele seria uma figura ruim se ele tivesse que fazer
tudo tipo até no no nas minúcias E aí que surge ou melhor que a gente resgata a figura do aparato
técnico da elite patriótica dos intérpretes do Brasil da classe média

Técnica enquanto O César é a cara que fica estampada e e a autoridade da Nação o líder é
justamente aquele aparato técnico que toca a administração do dia a dia que toca os projetos
nacionais sobre a nucia do César então percebe como uma mistura do que há de positivo na lógica
tecnicista mas não nega as características irracionais da antropologia as características que a eu não
gosto disso acho que isso é errado é assim que o

Povo é seja estoico é assim que nós somos precisamos de um César e o César para fazer bem a nação
ele precisa estar bem assessorado ele precisa dos seus ministros Aí você olha isso e fala cara isso aí
não era o que era o segundo reinado o Imperador acima de todos os poderes que delegava os seus
ministros o seu projeto nacional e quando ele achava que não estava executando bem o serviço ele
tirava e punha outro no lugar e fazer essa rotação ou seja os técnicos

São dispensáveis e substituíveis mas o César não exatamente se você parar para pensar a raiz do
pensamento autoritário Real foi a geração Saquarema a geração do partido conservador mas diante
das perspectivas do mundo Industrial técnico o pensamento autoritário ele foi essa atualização
daquela doutrina Saquarema e perceba que o cesarismo não implica em destruição do regionalismo
mas implica em ordenação do regionalismo o poder Regional ainda

Existe as autoridades regionais ainda existe o patriarcalismo local ainda existe só que ele não pode
da sua posição se tornar um tirano então a gente resguarda as características Mas ordena elas de
uma maneira positiva é por isso que o Cesar é fundamental pro Brasil aparado da Elite patriótica da
Elite técnica isso aqui é a grande jogada do pensamento autoritário que é através de um
pragmatismo sem medo de

Ter que falar eu não sei se eu tô sendo muito democrático não sei ele fala como é o Brasil e como a
gente tem que se organizar sem tabus sem ficar querendo adjetivar as noss antropológicas ou dizer
que a gente tenha que se tenha que mudar de jeito x ou Y estruturalmente não ele fala que a gente
tem que só que ordenar essas características e dando continuidade à lógica de intérpretes do Brasil
tem algumas características que

Ele o o autoritarismo foi ganhando graças a esses seus interpretes o a gente tem aqui debilidades do
Brasil e resolução autoritária ou seja análise daquilo que o Brasil tem como um problema que deve
ser contornado que deve ser solucionado um doss interpretes nós temos Cassiano Ricardo ele com a
sua ide a sua ideia de autoridade e Brasil menino a lógica de Cassiano Ricardo tem vídeos aqui no
canal que eu já fiz só sobre o pensamento dele tem palestras

Minhas lá no no canal da legião chieta sobre e o pensamento de ciano Ricardo e a ideia é o Brasil é
muito jovem Brasil é muito novo e por essa razão os nossos poder Eles são muito anárquicos mas
eles têm fundamentação na tradição então a única forma de ordenar esse poder seria através da
autoridade o cesarismo surge aí ou seja o estado ele tem que ser o estado Centralizado ele tem que
ser sinônimo deor de autoridade sendo as massas sendo elas a representação de um

Brasil jovem de um Brasil menino que não é que ela é ruim que ela é burra que ela é ignorante mas é
que ela necessita de paternidade ela necessita de direcionamento e a única instituição que pode
conferir esses atributos a a esse Brasil menino seria o estado nenhuma outra instituição tem essa
autoridade e esse poder de direcionamento e aqui tá a muitos atribuem essa lógica do Brasil menino
ao livro que é uma fábula é várias fábulas na real né que é Martin

Sererê o livro O do cian para quem quiser ler outro intérprete do Brasil é Alberto Torres e Alberto
Torres ele traz a a ideia Central sobre a organização Nacional os modelos adequados ao Brasil e as
características brasileiras Ele é tido como um dos primeiros pensadores autoritários porque ele
antevém essa geração de 2030 ele vive ali na transição do império pra República ele chegou a ser
Ministro do Supremo Tribunal Federal e ele em tempo real

Antes da República se desgastar até o seu nível extremo ele já estava apontando ali os males do do
federalismo males do tipo de organização política como a forma como estava disposta a República
Velha instituía vamos assim características negativas das nossas características antropológicas
aflorava negativamente essas características então ele dizia que a solução desse problema Nacional
seria reformar As instituições de forma a dar uma

Conotação pos ia a ter um aproveitamento dessas características ao invés de considerá-las ela por si
nocivas Então o que determina o triunfo de uma nação é a sua organização do estado e não
necessariamente ela ser essencialmente boa ruim ah pronto joguei o dado tirei um pronto Minha
nação é ruim eu não posso fazer nada não é a forma como você organiza o seu estado e organiza a
sociedade que garante que fundamenta ela o seu êxito ou fracasso se uma nação

Está fracassando é porque ela está com um modelo de estado que não corresponde às suas vocações
E aí a gente tem também o everardo beckhauser que muito influenciado também por Alberto Torres
ele traz esse escopo de análise só que dessa vez mais sistemática sobre qual as forças que fortalecem
ou enfraquecem um estado ele vai apontar justamente as forças que unificam e as forças que
dispersam o que ele vai chamar de forças centrífugas que
Dissolvem o estado e as forças centrípetas as forças que unificam o Estado o everardo beckhauser ele
não é tanto o intérprete no sentido de ficar falando da antropologia da sociologia do Brasil ele é mais
técnico ele introduziu o estudo da geopolítica no Brasil ele é o primeiro teórico da geopolítica do
Brasil ele teve o primeiro curso de geopolítica em nível universitário da nossa história ele foi bastante
brab sendo objetivo aqui com vocês e ele ele

Apresenta Olha isso aqui é um manual você quer que o estado brasileiro dê certo tô até com o livro
dele aqui ó deixa eu pegar aqui para vocês aqui para vocês verem aqui ó vamos aqui ó vocês querem
que o Brasil dê certo vocês querem ter um aproveitamento do território vocês querem fazer a
máquina pública funcionar Tá aqui ó se você não quiser que o Brasil se disperte se com flagre se
dissolva bom tá aqui as forças as políticas que unificam e interligam o

País tanto reformas na infraestrutura quanto reformas na no modelo de administração política


diversas características que favorecem a força centripeta que unifica as vias de comunicação o estado
autoritário o estado Centralizado enfim ele ele apresenta uma série de características que são na
prática vão refletir ou nas na forças na na centrifugação Ou seja no espalhamento na dissolução ou
vão fortalecer a unidade e a busca do bom

Governante obviamente é a unidade pro desenvolvimento Nacional nós temos o estado central
cesarista e aqui a gente tem o Azevedo Amaral O Azevedo Amaral quem traz pro debate brasileiro
essa lógica do cesarismo da necessidade de um estado para superar os ciscos essas oligarquias
regionais que eram quem basicamente dividiam o país e acirra as animosidades e o cesarismo seria a
forma de dar uma conotação positiva a esse aparato técnico que

Poderia ser encarado como Alienígena se você tivesse um estado simplesmente Centralizado que
atentasse contra o povo sem justificativa isso obviamente seria rechaçado agora se esse Estado está
imbuído de uma identidade a qual as pessoas possam se reconhecer nele e tem uma Face uma Face
patriarcal que é instintiva de Identificação do brasileiro aí essa o que seria legítimo ilegítimo se torna
legítimo devido essas características que ordenam esse poder

Não existe nenhum poder que é essencialmente bom ou mal é a a percepção do poder que é o que
delimita sua legitimidade na prática a atribuição de valores que ele detém não existe essa coisa de
liberdade só para o bem ou liberdade para o mal você ordena segundo a moral a sua liberdade
correto o mesmo vale para matéria de estado o cesarismo o Estado Centralizado é bom não porque
empiricamente ele é Centralizado como ele também també não pode ser mau só

Porque ele é ele é Centralizado os os fundamentos desse poder e o grau de identificação da sua
população com ele é que vai definir a sua legitimidade então cuidado aí com muitas retóricas que
tentam criar um imperativo categórico para a organização Nacional também que é o que o Azevedo
Amaral refuta e traz a experiência histórica do Brasil para legitimar a sua ideia de cesarismo dentro
disso nós temos o populismo também uma característica fundamental do

Estado cesarista e eu acho que poupa comentários que essa conexão da representação que o povo
vê no seu Líder o o Vargas no estado novo ele conseguiu capturar isso muito bem Tanto é que o o o o
azeved Amaral Ele é tido como um dos teóricos do estado novo né E aí tinha sempre essa conexão do
líder com o povo de ver a legitimidade ali na né o populismo E aí é do crio pessoal de achar isso bom
ou ruim aqui gente tem uma escola Liberal aqui no Brasil que

Sistematicamente fica batendo martela ai o populismo é ruim populismo é ruim populismo é ruim
por Sim ela literalmente não justifica ela começa a atribuir características que poem ser de qualquer
regime H estritamente populismo quando isso não é real outra característica o corporativismo outra
tese central do pensamento autoritário é análise da Democracia Liberal como uma mentira eleitoral
e uma falsa da representação

Primeiramente na república velha já tinha aquele problema do voto em si né o cabresto não era nada
eh eh sigiloso não era nada transparente já era muito questionável a operan da Democracia Liberal
Mas mesmo nos melhores cenários Essa é a melhor forma de você participar você exercer sua
cidadania você vai uma vez a cada dois anos vota lá uma vez para município outra vez para Estadual
união e é isso é Esse é o seu é a sua participação política você escolheu um

Cara se ele mentiu para você é boa sorte na próxima vola direito na próxima isso é cidadania como
que isso colabora com a construção da Nação como você se sente participante disso não tem sentido
e aí que vem a ideia de você não só resolucionar a questão social aquela questão dos trabalho dos
trabalhadores e e e e patrões como também da representação política que se seria a sindicalização
de Sindicatos Operários e

Patronais e a representação mediante a corporação de ofício ou do sindicato Depende de


corporativismo para corporativismo o Estado Novo adotou um outros movimentos tinham outros
modelos de representação corporativa o integralismo tinha um jeito patrão Vista tinha outro o
azeved amal Apresentou um o corporativismo Ele é bem aberto e eu não vou entrar em muitos
detalhes dele aqui porque eu vou fazer uma aula Igual essa aqui só sobre corporativismo porque

Ele é um tema bem complexo mas fazendo uma simplificação grosseira só para você ter uma ideia do
que seja É a lógica de dentro da a corporação de ofício ela é instituída por sindicatos Operários e
sindicatos patronais dentro de cada sindicato tem eleições internas para representação do de um de
um representante né ou seja vai ser eleito um representante daquele sindicato que vai integrar a
corporação de ofício e as decisões de políticas vão ser tomadas a

Partir das da das corporações de ofício e Lógico os sindicatos são recortados dentro do seu escopo
profissional ou seja o sindicato de áreas setores específicos da da economia não vai ser um sindicato
geral todo mundo tá no sindicato todo mundo vota igual Então o que vai acontecer que as decisões
Gerais vão ser tomadas dentro de um um Parlamento corporativo isso é cada sindicato elege dentro
do da sua área sindical um representante que vai pra

Corporação de ofício isso tanto nos sindicatos patronais quanto Operários na corporação de ofício
você tem a mistura dos representantes Operários e e patronais a partir da composição de uma
corporação de ofício tem uma nova eleição entre aqueles eleitos para eleger um representante da
corporação de ofício ao Parlamento local Regional e e vai repetindo esse processo a cada escala de
poder então basicamente os representantes políticos vão ser

Trabalhadores isso é ou patrões né vão estar vão estar ligados diretamente ao dia a dia e a
representação política fica muito claramente delimitada a quem trabalha e normalmente ao pai de
família porque é justamente o Operário né o proletário é aquele que trabalha pela PR Então essa é a
solução pra questão social porque não só põe em pés de igualdade proporcional patrões e Operários
como também resguarda a representação política aqueles que

Constroem a nação preservando o núcleo familiar e a dignificação do trabalho não você Você já
pensou nisso vai ouvinte você tá na rua e você vê o cara lá instalando o motor da moto você fala
nossa meu voto vale o mesmo que o dele né sabe esse problema ele estaria resolvido a
representação seria mediante essas qualificações que não são inacessíveis isso é muito diferente de
um voto censitário Ah você só pode votar se tiver tantos tantos
Eh tantos quilômetros de terra aí tantos metros quadrados de terra ué muita gente não pode ter
Terra aí seria uma exclusão de pessoas que t a capacidade de exercer sua cidadania só porque elas
não têm Terra agora o trabalho O trabalho é indispensável para todos então se você trabalha mesmo
que você não seja uma pessoa rica nem nada do gênero você tem direito a representação e a sua voz
como colaborador da Nação e fomentador do núcleo familiar que é a base da Nação

Também a sua voz tem que ser ouvida Você merece a representação porque você é a nação na
microescala Essa é a lógica da representação via o corporativismo e quem vai participar desse
aparato técnico São justamente os eleitos dessas corporações de ofício que repetindo esse processo
que eu passei de vocês de composição dos sindicatos que compõe a corporação de ofício que põe as
cortes é justamente a replicação desse modelo a nível nacional que vai estar em torno do

César do do líder do Chefe Nacional o que garante a representação imediata de pessoas técnicas e
trabalhadores pessoas que conhece a realidade do Brasil em torno do César não não criando um
regime destoante o que também quebra a lógica do Brasil Real do Brasil legal os dois estariam
Unidos justamente pela forma de representa política bom chegamos enfim ao último tópico
Conclusão o autoritarismo fazendo um grande apanhado aqui para vocês nós temos Como peça

Fundamental a visão de Brasil os intérpretes de Brasil Então o que a gente pode observar Justamente
a forma como a o estado o estado autoritário ele foi inicialmente desenhado pensado como ele
surgiu e observando como ele quer compor As instituições públicas nós percebemos que sem
antropólogos e sociólogos brasileiros nós perdemos a visão a percepção de Brasil e de identidade e é
justamente essa autovisão de si de o que somos que é na prática O

Que é o fator fundamental que define a forma real de funcionamento das instituições políticas
brasileiras é esse poder é esse problema que a gente tava falando do Brasil real e Brasil legal que
quando você tem você destoa a visão do que você é consequentemente dá um Você tem uma
discrepância do que você queria como resultado se você não sabe o que você é você não consegue
prever como o regime vai se comportar porque a sua visão de si mesmo está deturpada é como

Você sei lá se olhar no espelho e se achar um bodybuilder se você for pra academia achando que é
um bodybuilder colocar 300 kg na rosca e tentar levantar mesmo que você se veja como bodybuilder
você não vai levantar os 300 kg na rosca tá entendendo é a mesma coisa se você se o Brasil se olha
no espelho e se acha francês e e coloca um regime francês bom você pode ter implementado mas
não vai funcionar Porque mesmo que você se veja como tal

Você não é um francês e isso vale para qualquer outra nacionalidade você é brasileiro Então você
tem que se Enxergar como brasileiro para poder desenhar um regime político brasileiro adaptado a
nós o segundo ponto é a construção histórica isso o autoritarismo é a continuação da tradição
brasileira é a continuação do conceito Saquarema da história né encarar o estado como uma
construção histórica gradual e humana com todos os

Seus paradigmas mudanças ã o compasso do da do princípio estático dinâmico da tradição de que as


tradições serão perenes mas elas não são obsoletas elas estão sempre em modificações e muitas
vezes você pode mudar a perspectiva de como você enxerga uma tradição ela continua continua no
seu espírito público mas muitas vezes não na sua forma política isso é interessante porque isso traz
pra gente as características estruturais que definem

A vocação de um povo que a partir da visão de si se torna possível distinguir aquilo que ele não é
daquilo que não é ele ele consegue distinguir o diferente sendo a identificação dessa vocação
indispensável para a sobrevivência no embate de com outras Nações no jogo das Nações ganha
aquele que tá melhor adaptado e como você vai está adaptado ao ambiente quando você consegue
utilizar suas características para atuar no ambiente em si então é por isso que

Nações e macaque adoras mímicas fracassam enquanto Nações autênticas nações que vem a
ambiente e modificam a sua e adequam as suas estruturas internas tendem a sair triunfantes e é isso
que o império fez quando ele cria lá o instituições políticas nacionais como parlamentarismo as
avessas ele vai instituindo ah políticas de estado como do exército da diplomacia ele vai construindo
com base na experiência prática sabendo analisar o que está em

Torno mas não absorver aquilo de maneira interina saber ter esse temperamento esse Tato de como
propriamente aplicar o conteúdo que você enxerga no mundo sabendo as diferenciações do
ambiente isso aqui que é o fundamental da construção histórica você percebeu que é você o seu
etos o conhecimento técnico alheio a realidade e o ambiente a qual você está a confluência desses
três fatores é o que dá síntese que seria a delimitação de uma política pública

Adequada congruente e de sucesso em Último Ponto nós temos Resgate das tradições de estado
Como eu disse o que a gente vê no autoritarismo na prática é uma atualização um resgate da
tradição Saquarema do império eh a fortificação as políticas de de continuidade da consolidação do
Estado Nacional ou seja tudo aquilo que fortificava o estado foi preservado e foi ou se foi preservado
ou foi restituído enquanto aquilo que era contrário à

Natureza nacional o cosmopolitismo de toda toda a margem aí Liberal comunista era rejeitado e
seriam representantes de uma cegueira no empreendimento histórico de definir-se e compreender a
sociedade brasileira e eu acho que isso aqui é interessante porque comunista essencialmente erra
nos seus diagnósticos sobre a história do Brasil porque ele fica tentando enquadrar a história do
Brasil na luta de classes ao invés de analisar o que realmente foi e

É engraçado que não só como comunistas fazem isso vocês já devem ter visto Liberal fazendo isso ah
não tal momento da história Era literalmente ancap literalmente el está do mínimo ah não o
escambo do período colonial era o livre mercado em ação ou então você vai ver mesmo
tradicionalistas tipo assim Ah não você vai pegar Canudos era igualzinho a um movimento
tradicionalista francês não sei não gente cada situação cada momento histórico é singular cada povo
é de

Diferente vai apresentar características únicas o conservadorismo autoritário se é justamente Esse


empreendimento de compreender a sociedade e o estado brasileiro creio que essas são as principais
características fundamentais para entender o que que é autoritarismo essa corrente que não é
universal não vai dar certo se pegar o autoritarismo brasileiro e querer aplicar no México não vai dar
certo você querer criar uma nomenclatura geral características

Gerais que definem o autoritarismo não existe isso porque ele é uma resposta do meio ele é uma
resposta de cada nação ele se conforma de acordo com a sua realidade histórica.

Você também pode gostar