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Tecnologia e Sociedade
DISCIPLINA
PRÁTICAS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
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Práticas de Informática na Educação |
Sumário
Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 Tecnologia e Sociedade---------------------------------------------------------------------------- 4
2 Evolução Histórica das Tecnologias ------------------------------------------------------------ 4
3 Ciberespaço e Cibercultura ----------------------------------------------------------------------- 8
3.1 Sociedade da Informação ----------------------------------------------------------------------------------- 11
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Sumário
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Tecnologia e Sociedade
1 Tecnologia e Sociedade
Quando nos referimos às tecnologias, logo pensamos no computador conectado
à internet, ou nos modernos aparelhos celulares e tablets. Isso ocorre devido ao nosso
modo de percepção do novo. As práticas culturais e a própria história têm sido
percebidas por nós como algo linear e ascendente, ou seja, percebemos a evolução
de forma contínua e crescente. Este nosso modelo de percepção resulta em um
pensamento que valoriza a descoberta mais recente em detrimento do conhecimento
anterior.
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proposto por Veloso (2011). Para o autor: [...] em uma perspectiva mais superficial, o
conceito de tecnologia pode ser aplicado a tudo aquilo que, não existindo na natureza,
o ser humano inventa para expandir seus poderes, superar suas limitações físicas,
tornar seu trabalho mais fácil e a sua vida mais agradável. Além disso, tecnologia não
é apenas instrumento, ferramenta ou equipamento tangível. Ela pode constituir-se por
elementos intangíveis, como procedimentos, métodos, técnicas etc. (VELOSO, 2011, p.
3).
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auxiliá-lo na caça. Essa tecnologia, que pode ser percebida hoje como bastante
rudimentar, contribuiu para garantir a sua subsistência. Ainda, a partir da utilização
dos mesmos elementos - pedras e ossos - nossos ancestrais desenvolveram a arte de
fazer gravações, esculturas e desenhos nas paredes das cavernas.
Você está percebendo como a tecnologia esteve sempre ao nosso lado? Ela nos
acompanha há muito tempo, e a cada nova descoberta dá origem a uma invenção
que será, posteriormente, reformulada e melhorada. Mas o principal é que o objetivo
de tudo isso é melhorar a vida do homem. Nas palavras de Veloso (2011, p. 5) “as
grandes criações tecnológicas atuais resultam do aproveitamento do conhecimento
socialmente produzido pela própria humanidade e, por conta disto, nada têm de
desumano”. Tal afirmativa corrobora os dizeres de Kenski: [...] o homem iniciou seu
processo de humanização, distinguindo-se dos demais seres vivos, a partir do
momento em que se utilizou dos recursos existentes na natureza, dando-lhes outras
finalidades que trouxessem algum benefício à sua vida. Assim, quando os nossos
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Ciberespaço e Cibercultura
3 Ciberespaço e Cibercultura
Certamente, você já deve ter se deparado com o termo ciberespaço. Faço esta
afirmação, pois esse termo tem sido usado com certa frequência em função da
predominância da tecnologia nos mais diversos setores da sociedade contemporânea.
A criação do termo é atribuída a William Gibson, que o utilizou em seu livro
Neuromancer, escrito em 1984.
Aprofundando um pouco mais, Lévy define ciberespaço como: [...] o novo meio
de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo
especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também
o universo oceânico de informações que ele abriga, assim como os seres humanos
que navegam e alimentam esse universo (LÉVY, 1999, p. 17).
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Ciberespaço e Cibercultura
Isso significa dizer que nós vivemos o digital, somos o digital, fazemos o digital.
Isso faz parte de nós, cidadãos inseridos no mundo contemporâneo, e se não faz
ainda, deveria fazer, ou fará logo. A distinção entre digital e não digital, entre real e
virtual não faz mais sentido, então, precisamos entender e criar formas de nos
apropriarmos, da melhor maneira possível, das ferramentas que o computador e suas
redes disponibilizam para que possamos fazer bom uso delas.
Você já parou para pensar no quanto a realidade virtual, as ações que você
desempenha no ciberespaço, interferem em sua vida real? Já reparou que a ausência
das limitações do espaço físico trazido pela cultura digital possibilita, entre outras
coisas, a vivência de muitas experiências que, antigamente, só eram possíveis em um
mundo físico concreto?
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Ciberespaço e Cibercultura
O homem adquire hábitos de acordo com os modelos com os quais tem contato.
Isso explicaria, de certo modo, os diferentes meios de agir e de perceber as coisas e
os outros, originando atitudes diferentes diante de um mesmo fenômeno.
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Ciberespaço e Cibercultura
Se, como propõe Laraia (2009), o homem é influenciado pelo meio em que vive,
e, se estamos vivendo um mundo cada vez mais digital, podemos pensar na existência
de uma cultura digital ou cibercultura? Para nos ajudar a pensar essa questão,
trazemos a fala de Lévy (1999, p. 17) para quem: “cibercultura, especifica [...] o conjunto
de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de
pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do
ciberespaço”.
Tendo como ponto de partida a ideia de que a cultura é formada por diferentes
modelos e que se relaciona diretamente com o modo de ser, de agir e de pensar de
cada indivíduo, é possível afirmar que o uso de aparatos tecnológicos, como
computadores, celulares e acesso ao ciberespaço, por meio da internet, faz surgir essa
nova cultura, conhecida como cibercultura, ou cultura digital. Como afirma Rüdiger
(2011, p. 190), “as tecnologias de comunicação contemporâneas promovem a
cibercultura porque potencializam, em vez de inibir, as situações lúdicas, comunitárias
e imagináveis da vida social”.
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Ciberespaço e Cibercultura
econômico.
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Faço, então, um questionamento: qual seria o papel da escola diante dessa nova
sociedade? Que desafios devem ser enfrentados pelo sistema educacional para a
formação de trabalhadores, tendo em vista um mercado cada vez mais fortemente
caracterizado pelo uso das tecnologias da informação e comunicação? Para Werthein
(2000, on-line): [...] será essencial identificar o papel que essas novas tecnologias
podem desempenhar no processo de desenvolvimento educacional e, isso posto,
resolver como utilizá-las de forma a facilitar uma efetiva aceleração do processo em
direção a educação para todos, ao longo da vida, com qualidade e garantia de
diversidade. As novas tecnologias de informação e comunicação tornam-se, hoje,
parte de um vasto instrumental historicamente mobilizado para a educação e
aprendizagem.
Porém, de acordo com o autor, acesso não equivale à inclusão. Buzato (2007)
vincula a inclusão digital à inclusão social ao dizer que “a exclusão, no caso da internet,
não se manifesta apenas pela falta de acesso (como seria o caso da eletricidade e do
saneamento básico), mas nas consequências sociais, econômicas e culturais da
distribuição desigual do acesso” (BUZATO, 2007, p. 37).
Mas o que significa então inclusão digital? Quais seriam os requisitos para
considerarmos alguém incluído digitalmente? Segundo o critério empregado pelo
Instituto Brasileiro de Pesquisa Geográfica (IBGE) utilizado na Pesquisa Nacional por
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Para Rondelli (2003), inclusão digital significa alfabetização digital. Está implícito
para a autora que incluir digitalmente não se trata apenas da distribuição de recursos
tecnológicos, mas também de proporcionar uma “aprendizagem necessária ao
indivíduo para circular e interagir no mundo das mídias digitais como consumidor e
como produtor de seus conteúdos e processos” (RONDELLI, 2003, on-line). Dizer que
inclusão digital é somente oferecer computadores seria análogo a afirmar que as salas
de aula, cadeiras e quadro-negro garantiriam a escolarização e o aprendizado dos
alunos. Sem a inteligência profissional dos professores e sem a sabedoria de uma
instituição escolar que estabelecessem diretrizes de conhecimento e trabalho nestes
espaços, as salas seriam inúteis. Portanto, a oferta de computadores conectados em
rede é o primeiro passo, mas não é o suficiente para se realizar a pretensa inclusão
digital (RONDELLI, 2003, on-line).
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4.2 PROINFO
O Programa Nacional de Informática na
Educação – ProInfo – foi criado pelo Ministério
da Educação e Desporto, por meio da Portaria
nº 522, de 09 de abril de 1997 e regulamentado
pelo Decreto 6.300, de 12 de dezembro de 2007.
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Municípios.
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No Art. 4º, Os Estados o Distrito Federal e os Municípios que aderirem ao ProInfo são
responsáveis por:
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Para aderir ao projeto, o professor deverá procurar uma agência dos correios, ou
dos bancos já credenciados ao projeto, para efetuar o pedido de compra do
equipamento.
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4.4 PROUCA
O Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) foi um projeto do Governo
Federal, de acordo com informações disponíveis no portal do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, implantado com o objetivo de intensificar as
tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio da
distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de ensino (FDNE…
[2017], on-line).
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6 Alfabetização Digital
Iniciaremos nossa discussão com uma questão importante quando se trata da
utilização das tecnologias no âmbito do sistema de educação, o letramento digital.
No entanto, para maior completude da abordagem, trataremos também da
alfabetização digital, tendo em vista a confusão terminológica algumas vezes
verificada na utilização destes termos. Para que você me acompanhe nessa discussão,
vamos retomar dois termos importantes na sua formação. Tenho certeza de que você
já teve contato com eles durante sua caminhada: alfabetização e letramento.
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Alfabetização Digital
Para que você tenha condições de comparar os termos e tirar suas próprias
conclusões, apresentamos um verbete do Dicionário Escolar da Língua Portuguesa
(2008), editado pela Academia Brasileira de Letras. No dicionário consultado, não
constam o substantivo “letramento” nem o verbo “letrar”. No entanto, de acordo com
a Academia Brasileira de Letras, o adjetivo “letrado” está relacionado ao indivíduo: “1.
que possui muita erudição. 2. que possui grandes conhecimentos literários: um
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Ainda com base em Soares (1998), poderíamos dizer, então, que o termo
alfabetização estaria vinculado à capacidade de aquisição da tecnologia da escrita,
enquanto o letramento estaria vinculado à utilização dessa capacidade adquirida em
práticas sociais de leitura e escrita.
Segundo Barton (1998, apud Xavier): [...] letramento não é o mesmo em todos os
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Você já deve ter ouvido falar que os professores são analfabetos digitais. Pois
bem, afirmações deste tipo costumam causar um certo estranhamento e indignação,
principalmente por parte dos envolvidos – os professores. Se pensarmos na
alfabetização, conforme discutimos anteriormente, como aquisição da tecnologia da
escrita, ou conhecimento de um código, logo percebemos que a afirmação nada tem
de verdadeiro, já que os professores não desconhecem as tecnologias e o manuseio
básico de aparatos tecnológicos, como o computador, por exemplo. Portanto, talvez
estaria correto se essa afirmação fizesse referência ao letramento digital do professor.
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A proposta apresentada por Dias e Novais (2009, on-line) abarca desde o contato
inicial com os equipamentos tecnológicos, o que poderíamos situar no âmbito do
letramento digital, segundo nossa discussão anterior, até o domínio de habilidades
que permitam ações de inclusão e permanência na cultura digital.
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Esse fortalecimento decorre, segundo Moraes (2010, p. 25), não apenas pelo
“acesso tecnológico (disponibilidade física de equipamentos, softwares, energia
elétrica, linhas de telefone, etc.)”, mas também pelo “acesso social (além da renda, os
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No seu processo de formação você deve ter notado que na educação a distância
os cursos não são conduzidos por um professor, como no ensino presencial, mas por
uma equipe multidisciplinar responsável pela construção colaborativa das disciplinas.
Desde a concepção do material até o momento no qual o professor ministra a aula há
uma série de etapas desenvolvidas por diferentes atores.
Não temos condições, de abordar todas as pessoas envolvidas. Para que você
tenha uma visão do funcionamento de um curso a distância, do ponto de vista da
instituição que o oferta, abordaremos apenas os diferentes papéis desempenhados
pelo professor. Quando falamos em educação a distância temos uma imagem do
aluno solitário, estudando por conta própria. Na EaD ocorre um redimensionamento
do seu papel, ampliando suas formas de atuação.
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Distância espacial – diz respeito à relação na ocupação do espaço físico real entre
aluno e professor, aluno e seus colegas, e aluno e materiais de estudo. Quando,
durante o processo de ensino/aprendizagem, há um compartilhamento do mesmo
espaço físico, a atividade é dita local ou contígua. Quando há uma separação espacial,
[...] o processo é dito remoto ou a distância.
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Nesse sentido, podemos afirmar que, embora a distância física esteja presente
em quase todo o processo, a utilização das tecnologias na modalidade EaD pode
contribuir para diminuir esta sensação. Por meio do emprego de metodologias que
fazem uso de ferramentas on-line, a instituição contribui para que o aluno sinta menos
a falta da proximidade física, como por exemplo, nos ambientes virtuais de
aprendizagem, fóruns, chats, videoaulas etc., que possibilitam ao aluno o
desenvolvimento das atividades do curso, acessando a rede de qualquer ponto em
que se encontre.
Como é o tempo no seu dia a dia? Você tem tempo de sobra, ou está sempre
procurando uma folga na agenda? Para você, 24 horas do dia e 7 dias da semana são
suficientes, ou você acha que precisaria de um dia e uma semana mais longos? Pode
ser que estejamos na mesma situação. Quais são as estratégias que você utiliza para
conciliar todas as suas atividades? Como você gerencia o seu tempo para dar conta
do seu curso de graduação? Você já parou para pensar sobre isso, ou está sem tempo?
É sobre o tempo e seu gerenciamento que trataremos neste tópico.
Leffa (2009, p. 147) aponta a “falta de tempo para ir à sala de aula presencial, com
local e hora marcados” como um dos motivos pelos quais os alunos optam pelo
estudo por meio da modalidade EaD. O que a princípio parece ser uma solução, já que
a maioria dos cursos a distância exige a ida do aluno ao polo presencial em um dia
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A necessidade de tempo para dar conta das demandas do curso também é citada
por diversos autores como um dos principais responsáveis pelo alto índice de evasão
na modalidade EaD. Ao ingressar no curso o aluno se depara com a necessidade de
planejamento, principalmente em relação ao tempo disponível para consecução das
tarefas requeridas e para os momentos presenciais e obrigatórios previstos na
legislação.
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Podemos perceber que essa visão também é compartilhada por Tori (2009, p.
121), em sua definição de blended learning: [...] dois ambientes de aprendizagem que
historicamente se desenvolveram de maneira separada, a tradicional sala de aula
presencial e o moderno ambiente virtual de aprendizagem, vêm se descobrindo
mutuamente complementares. O resultado desse encontro são cursos híbridos que
procuram aproveitar o que há de vantajoso em cada modalidade, considerando
contexto, custo, adequação pedagógica, objetivos educacionais e perfis dos alunos.
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Por isso, consideramos de suma importância para você, o contato com questões
acerca do crescimento do uso das TIC como ferramenta educacional e da nova postura
exigida dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, de modo específico,
o professor, diante desse novo contexto.
Não podemos nos esquecer ainda de que o mundo no qual nossos alunos se
encontram inseridos difere daquele para o qual foi pensado o sistema de educação
vigente, pautado na fala do professor e na recepção passiva do conteúdo pelo aluno.
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e comunicação e por processos e mudanças que ocorrem de modo cada vez mais
rápido, a escola tem permanecido imutável, perseverando em uma postura tradicional
de ensino em que se privilegia a transmissão de informações. Uma postura que não
mais condiz com a atual realidade. Como assevera Vieira (2008), [...] numa sociedade
em que o volume de informação aumenta constantemente, em que o conhecimento
é rapidamente superado pelas inovações científicas e tecnológicas, a simples
aquisição de conhecimento é insuficiente para a formação de cidadãos e profissionais.
A formação do aluno deve ter como alvo, também, a preparação científica e a
capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação (VIEIRA,
2008, p. 447).
É importante enfatizar que ninguém promove uma mudança apenas pelo prazer
da mudança, e podemos dizer que o mesmo ocorre com as instituições. Mudar não
pode significar dotar as escolas com equipamentos tecnológicos - computadores
conectados à internet. Inserir as TIC no ensino não pode ser entendido como
informatizar a escola e manter as mesmas estrutura e concepção de ensino. Não se
pode trazer as TIC para a escola para continuarmos fazendo o mesmo.
Na década de 1960, Paulo Freire utilizou uma metáfora bastante apropriada para
os moldes, em que ocorriam a educação brasileira. O educador chamou de educação
bancária a forma de aprendizagem, segundo a qual o professor apresentava a
informação ao aluno e, mais tarde, esperava que esse fosse capaz de devolvê-la, na
maioria das vezes, sem requerer qualquer tipo de processamento. Para ele, o aluno
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era considerado um cofre vazio a ser preenchido com informações, e sua capacidade
era medida de acordo com sua aptidão em recuperá-las na memória. Como podemos
perceber, dado a extensão de tempo desde a utilização da metáfora pelo estudioso, e
apesar de toda a tecnologia disponível, a concepção de ensino pouco, ou quase nada,
mudou.
Nesse sentido, Xavier afirma: [...] ainda que não questionem diretamente as bases
da pedagogia bancária de ensino/aprendizagem, as crianças e adolescentes que estão
se autoletrando pela internet desafiam os sistemas educacionais tradicionais e
propõem, pelo uso constante da rede mundial de computadores, um “jeito novo de
aprender”. Esta nova forma de aprendizagem se caracteriza por ser mais dinâmica,
participativa, descentralizada (da figura do professor) e pautada na independência, na
autonomia, nas necessidades e nos interesses imediatos de cada um dos aprendizes
que são usuários frequentes das tecnologias de comunicação digital (XAVIER, s/d, on-
line).
Essa é uma preocupação também expressa por Moran (2013) que, lucidamente,
afirma serem as pessoas, o projeto pedagógico, as interações e a gestão os
verdadeiros responsáveis pela aprendizagem. Espero que você esteja conseguindo
acompanhar o raciocínio que estamos desenvolvendo. Ao fim e ao cabo, o uso do
computador, ou de qualquer outra tecnologia, não garante a eficácia do processo de
aprendizagem, embora certos tipos de tecnologias possam ser mais eficientes que o
professor, na transmissão de informações. De todo modo, para que as novas
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Na realidade, talvez seja essa a grande questão que a tudo envolve quando
falamos de tecnologia e de ensino: sobre o que e quem estamos tratando? Na
interação entre sujeitos e sujeitos, entre sujeitos e mídias e entre sujeitos e conteúdos,
quais elementos estão em jogo quando se insere na questão o poder das TIC? Um
computador ligado à internet certamente pode ser utilizado nas formas mais
tradicionais em sala de aula, pode mesmo ajudar a replicar as noções monológicas de
certo e errado; pode abreviar perspectivas, ou mais, pode transformar um momento
de conhecimento em um vasto, prazeroso e descompromissado tempo livre, tudo
depende de quem coordena o processo: o professor.
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Esta preocupação está presente também na área educacional. O que você pensa sobre
isso? Você imagina que a figura do professor poderá desaparecer em decorrência da
integração das tecnologias na educação, como ocorreu com diversas outras
profissões? Será que um dia os computadores substituirão os professores? Há uma
frase muito interessante que afirma que os computadores não substituirão os
professores, mas, certamente, os professores que não conseguem lidar com as
tecnologias serão substituídos por outros professores que sabem utilizar o
computador e são capazes de integrá-los em sua prática.
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Fica claro, por tudo o que temos lido até o momento, que o papel do professor não
pode estar restrito à simples transmissão de informação. Ao contrário, o professor
deve atuar como mediador, aquele que auxilia o aluno na transformação da
informação em conhecimento. Ademais, o professor também não tem condições de
reter toda a informação disponível e entregá-la ao aluno no momento oportuno. Com
o auxílio da tecnologia, em especial o computador e a internet, o aluno consegue
essas informações de modo mais rápido e até mais seguro.
Sendo assim, o professor deve renunciar a esse papel para ser, como afirma
Valente (1998, p. 7), “o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do
processo de desenvolvimento intelectual do aluno”, ou seja, o professor deve
reestruturar, reorganizar suas ações para ser capaz de assumir a função de mediador,
facilitador da aprendizagem.
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Competição Cooperação
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Perante essa nova realidade, como diz Tajra (2012, p. 98), “um dos fatores
primordiais [...] é a capacitação do professor”. Como percebeu Prado (2005): [...] de
repente, o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica – tal
como havia sido preparado durante sua vida acadêmica e pela sua experiência em sala
de aula – se vê diante de uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças
na prática pedagógica (PRADO, 2005, p. 13-14).
Dez anos após esta constatação, Freitas (2009, p. 67) verifica que, “via de regra,
os cursos de Pedagogia no Brasil não têm incluído em seus currículos o uso crítico e
criterioso do computador e da internet, nem habilitam o futuro professor para sua
inclusão no trabalho pedagógico”. Como afirma Belloni: [...] a integração da mídia à
escola tem de ser realizada necessariamente em dois níveis: 1) como instrumento
pedagógico, fornecendo suporte para a melhoria da qualidade do ensino, e 2) como
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objeto de estudo, fornecendo meios para o domínio desta nova linguagem (BELLONI,
1991 apud SAMPAIO; LEITE, 1999, p. 66).
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Segundo Tajra (2012): [...] a capacitação do professor deve envolver uma série de
vivências e conceitos, tais como conhecimentos básicos de informática;
conhecimentos pedagógicos; integração de tecnologia com as propostas
pedagógicas; formas de gerenciamento da sala de aula com os novos recursos
pedagógicos; formas de gerenciamento da sala de aula com os novos recursos
tecnológicos em relação aos recursos físicos disponíveis e ao “novo” aluno (TAJRA,
2012, p. 99).
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COMPORTAMENTALISTA
Uma vez que não há uma “janela mágica” que permite ver o que acontece dentro
da mente humana, toda a aprendizagem formal repousa sobre a evidência externa
(comportamento), que é um indicador do que foi aprendido.
Rotinas de atividades.
Construtivista (individual)
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Teórico-chave: Piaget
Domínio de tarefa.
Compreensão conceitual.
Desempenho estendido.
Processos e resultados.
Construtivista (social)
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Teórico-chave: Vygotsky
Desempenho estendido.
Situada
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Envolvimento de pares.
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E você, qual a sua crença em relação à utilização das tecnologias em sala de aula?
Você já refletiu sobre os possíveis benefícios que a integração das TIC pode trazer? O
que dificultaria a aproximação das TIC do fazer pedagógico? Se você, tiver
oportunidade, converse com um professor sobre este assunto. Tente perceber quais
são suas crenças, favoráveis ou não. Lembre-se, as crenças nem sempre são
acompanhadas de uma reflexão sobre o assunto, elas são, como já dissemos
anteriormente, proposições conscientes ou inconscientes, formadas por experiências
pessoais ou de pessoas com as quais se tem contato. Pode ser que você se depare,
caso se decida a fazer o exercício proposto, com crenças, como as que descreveremos
a seguir.
A esse respeito Frey, Fisher e Gonzalez (2010) afirmam que: [...] considerando
todos os avanços ocorridos nos últimos 115 anos, é perturbador que a educação tenha
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Para a grande maioria das pessoas, incluindo os alunos que estão chegando às
nossas escolas, o uso de computadores, notebooks, celulares e mais recentemente os
tablets já se tornaram realidade. E como afirma Zacharias (2016, p. 17) “as escolas
precisam preparar os alunos também para o letramento digital, com competências e
formas de pensar adicionais ao que antes era previsto para o impresso”.
Além disso, precisamos considerar que estamos vivendo em uma “era digital”, e
que as pessoas nascidas nesse período, fortemente caracterizado pelo rápido avanço
da tecnologia, apresentam muitas habilidades com a tecnologia. Denominados por
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Os integrantes dessa geração, não importa o nome que daremos a eles, veem as
tecnologias como uma ferramenta para participação. Eles seguem e têm seguidores
nas redes sociais, compartilham música, fotos e vídeos (sendo que alguns vídeos
foram produzidos e criados por eles próprios), juntam-se para jogar on-line e,
principalmente, avaliam tudo.
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No entanto, o modo como são recebidos nas escolas e o tipo de aula a que são
expostos parece entrar em choque com o modo de vida ao qual estão habituados. A
sala de aula tem sido percebida por eles como um local incapaz de atender suas
necessidades. Para esse aluno nascido em um mundo digital e icônico, a prática
pedagógica do professor tem buscado perpetuar a condição de disseminadora do
saber acumulado no sistema educacional, sem se dar conta de que eles podem chegar
à informação de modo mais rápido, e em muitos casos mais eficiente, por meio da
internet.
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da mesma forma.
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10.1.1 Hardware
Como você está fazendo um curso a distância, mediado pelo computador, posso
supor que você já tenha alguma, familiaridade com o equipamento, certo? No entanto,
gostaria de começar apresentando a definição de duas partes importantes do sistema
de informática: hardware e software.
Desse modo, quando dizemos hardware, estamos nos referindo à parte física do
sistema de informática, ou seja, os propriamente ditos. Esses equipamentos podem
ser denominados central (como no caso do gabinete que contém os demais
componentes), ou periférico, significando os demais equipamentos ligados ao
gabinete (impressora, monitor).
10.1.1.1 Microprocessadores
Figura - Hardware
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10.1.1.2 Memórias
Já que estamos falando em memória, e você já percebeu que sua função básica
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é armazenar dados, sabia que os dispositivos apresentados estão cada vez menos em
uso? Sim, e tudo graças à possibilidade de armazenarmos nossos dados “na nuvem”.
Isso mesmo, na nuvem. A vantagem principal deste tipo de armazenamento é que não
precisamos ocupar espaço em nossos dispositivos (computador, notebooks e
celulares) para guardar nossos arquivos, sejam eles arquivos de textos ou imagens.
Outra vantagem é que podemos acessar nossos dados de qualquer lugar e de
qualquer dispositivo, inclusive compartilhando com outras pessoas.
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10.1.1.3 Periféricos
• Monitor
• Teclado
• Mouse
• Impressora
• Caixas de som
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10.1.2 Software
Quando utilizamos a palavra soft ware, estamos nos referindo aos programas de
computadores ou a um conjunto de instruções que faz com que o computador
funcione corretamente e possamos utilizá-los.
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Calma, isso foi apenas uma brincadeira. Como disse anteriormente não se trata
aqui de um curso de informática. Afinal, você não será técnico em informática, não é
mesmo? Para simplificar tudo isso, podemos dizer que um sistema operacional,
chamaremos, aqui, de SO, é um programa ou um conjunto de programas, cuja função
é gerenciar os recursos do sistema, ou seja, é ele quem vai definir que programa
recebe atenção do processador naquele momento. O SO gerencia, ainda, o uso da
memória e fornece uma interface entre você e computador.
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Normalmente, nessa tela, existem várias imagens, ícones, campos de texto e demais
ferramentas que auxiliam o utilizador a desempenhar suas tarefas no software.
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Antigamente, dar nome a um arquivo não era tarefa fácil, pois o SO MS-DOS só
permitia um nome com até 8 caracteres. Hoje, tanto o Windows quanto o
Na criação do nome do arquivo alguns caracteres não podem ser utilizados: ?, <,
\, |, /, :, *, >, “. Também não é permitido que dois arquivos tenham o mesmo nome,
estando eles localizados em um mesmo nível. Algumas das extensões mais utilizadas
são: DOC – para documentos de texto geradas no Word, TXT – para documentos de
texto sem formatação, PDF – para documentos de texto gerados no Adobe Acrobat,
PPT – para arquivos criados no Power Point, EXE – para arquivos executáveis, dentre
outras.
Você teve contato, até agora, com noções básicas de hardware e software. A
partir de agora abordarei alguns softwares aplicativos bastante comuns em nosso dia
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10.1.2.3.1.1 Word
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CTRL + C Copiar
CTRL + V Colar
CTRL + 5 Espaçamento 1 ½
10.1.2.3.1.2 Excel
Conforme Idankas (2009, p. 151), “com o programa MS Excel pode-se fazer desde
simples cálculos domésticos até expressões matemáticas mais avançadas, como
expressões financeiras, matemáticas, lógicas, estatísticas, etc”. Por fazer parte da suíte
de aplicativos para escritório da Microsoft, o Excel apresenta diversos elementos já
ilustrados no Word.
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Você pode perceber que a célula ativa no momento é aquela formada pela
intersecção da coluna A com a linha 1. O endereço da célula está sendo mostrado
logo acima da célula, na barra de fórmula.
+ = soma ou adição
- = subtração
* = multiplicação
/ = divisão
^ = Exponenciação
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10.1.2.3.1.2.2 Funções
São fórmulas matemáticas que nos permitem realizar cálculos com rapideze, são
compostas pelo nome e argumento. Exemplo: soma (a1+a3) – esta função soma os
valores de A1 e A3. O que é diferente de Soma (A1:A3) – neste caso, soma o intervalo
de A1 até A3.
Importante – toda função deve iniciar pelo sinal = (igual). Algumas funções básicas:
10.1.2.3.1.3 Powerpoint
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aluno”. No entanto, para o autor deve ser considerado que utilizar a ferramenta
“diariamente e em todas as aulas como substituto da lousa ou do quadro-negro, como
recurso de apoio às aulas expositivas, ou mesmo como substituição dessas aulas”
constitui-se um grave problema de mediação pedagógica que deve ser equacionado.
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10.1.2.3.2 Libreoffice
10.1.2.3.2.1 Writer
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10.1.2.3.2.2 Calc
Como você deve perceber, um leitor menos atento pode pensar que está diante
de uma planilha do Excel. No Calc, utilizamos o padrão básico de fórmulas para efetuar
as operações de adição (+), subtração (-), multiplicação (*) e divisão (/), lembrando
que as fórmulas começam sempre com o sinal de igualdade (=).
10.1.2.3.2.3 Impress
10.1.2.4 Internet
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Buscamos dois conceitos que, muitas vezes, são utilizados indevidamente como
sinônimos:
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Uma vez que o navegador esteja aberto, você está conectado com a internet,
podendo fazer uso dos serviços oferecidos. Pode ser que você já esteja bastante
familiarizado com a web, por isso, pense em quais os serviços são disponibilizados
pela internet? Quais são os serviços que você mais utiliza?
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Você já ouviu alguém dizer: “se tem no Google, existe”? Ou então, “pergunte ao
Google”? Isso mesmo, o sítio conta com um grande acervo de páginas que se torna
praticamente impossível não encontrar algo. Hoje, chegamos até a utilizar o nome
Google como verbo. No buscador do Google, você pode efetuar buscas gerais, busca
de imagens, de locais com o Google Maps, e notícias no Google Notícias. Mas você
sabe efetuar buscas de modo eficiente? A maioria das pessoas não sabe. Você sabia
que quando você digita duas palavras o Google não as procura necessariamente
juntas, do modo como você digitou? Isso acaba trazendo como resultado uma
infinidade de páginas.
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“tecnologia na educação” OR
Para alternativas use OR
“informática na educação”
Segundo Tajra (2012, p. 126), “a internet apresenta-se como mais um dos motivos
da necessidade de mudança do papel do professor. Ela é uma oportunidade para que
professores inovadores e abertos realizem as mudanças de paradigma”. Diante a
imensidão de informações disponíveis o professor agora deve, mais do que nunca,
promover o confronto e a reflexão do aluno, desenvolvendo nele o senso crítico que
o capacite a distinguir a informação verdadeira dos fatos e boatos comumente
encontrados na web.
Você se considera seguro quando está navegando? Pois bem, sem sombra de
dúvidas, a internet é uma das maiores revoluções contemporâneas, mas precisamos
ser críticos na sua utilização.
Muitas vezes, pela facilidade de acesso e pela forma intuitiva da interface gráfica,
as pessoas, incluindo as crianças, navegam sem conhecer os perigos que podem
encontrar.
Isso não significa que devemos evitá-los, mas que devemos estar sempre alertas
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• No caso de links recebidos via e-mail, leia atentamente o endereço (URL) antes
de clicar.
• Não abra links recebidos via e-mail de instituições bancárias, órgãos públicos.
Busque a informação diretamente na página oficial desses órgãos. Da mesma
forma, resista à curiosidade de ver a foto daquele(a) famoso(a) que foi enviada
para você. Se o endereço de e-mail for de uma pessoa conhecida, antes de abrir,
entre em contato para confirmar o envio. Pode ser que ela tenha sido alvo de
algum ataque cibernético.
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Vilares (s/d) apresenta em seu artigo “Ética na internet ou internet com ética?”
dez mandamentos da ética na internet:
• Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou.
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Matizados por uma vida social digital em que facilmente, por meio de
equipamentos cada vez mais sofisticados e acessíveis, podem-se obter gravações e
filmagens de boa qualidade, somados a facilidade de acesso à rede, muita informação
tem sido transferida do âmbito privado para o público, muitas vezes, sem
consentimento do envolvido.
É importante ficar claro, que o foco não deve ser nem o hardware nem o software,
mas o engajamento do aluno. A utilização dessas ferramentas pode propiciar uma
aproximação entre as práticas de nossos alunos no ciberespaço e o trabalho
desenvolvido na escola. Espero que essa seja uma experiência leve e divertida para
você. Use sua criatividade, ouse, busque desenvolver sua autonomia e mãos à obra.
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Você já deve ter percebido que estamos falando deste ambiente utilizado por
você para realizar este curso. Mas como podemos defini-lo? Almeida (2003, on-line)1,
apesar de denominá-los de ambientes digitais aprendizagem, apresenta uma
definição bastante apropriada: [...] ambientes digitais de aprendizagem são sistemas
computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades
mediadas pela TIC. Permitem integrar múltiplas mídias e recursos, apresentar
informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos
de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados
objetivos. As atividades se desenvolvem no tempo, ritmo de trabalho e espaço em que
cada participante se localiza, de acordo com uma intencionalidade explícita e um
planejamento prévio denominado design educacional, o qual constitui a espinha
dorsal das atividades a realizar, sendo revisto e reelaborado continuamente no
andamento da atividade (ALMEIDA, 2003, p. 99, on-line).
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Outra opção é encontrar um sítio que o hospede, assim, na maioria dos sítios, os
próprios administradores efetuam a instalação. A comunidade brasileira do Moodle
(<http://moodle.org>) oferece auxílio para diversas situações mediante fóruns e FAQ
(perguntas frequentes).
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Muito bem, mas o que tudo isso tem a ver com a sala de aula? A resposta nos
parece tão simples quanto a definição apresentada. As redes sociais (Twitter,
Facebook, Linkedin e WhatsApp, para ficar com as mais conhecidas) têm sido
utilizadas de modo análogo ao Ambiente Virtual de Aprendizagem como forma de
integrar as tecnologias ao ensino, ou podemos dizer, como forma de inserir a
educação no contexto das tecnologias.
Como afirmam Finardi e Porcino (2016, p. 95), [...] ainda que os SRS (sites de redes
sociais) e aplicativos sociais como o Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp não
tenham sido criados com propósitos educacionais, seus potenciais como espaços de
ensinagem se revelam ao analisarmos suas possibilidades de socialização, interação e
comunicação.
Podemos, ainda, considerar que: [...] o ensino via redes pode ser uma ação
dinâmica e motivadora. Mesclam-se nas redes informáticas – na própria situação de
produção e aquisição de conhecimentos – autores e leitores, professores e alunos. As
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Após experimento utilizando a rede social Facebook, Juliani et al. (2012, on-line)
apresentam o seguinte quadro, contendo as ferramentas disponíveis e como elas
podem ser utilizadas:
Quadro - Ferramentas da rede social que podem ser usadas como apoio ao ensino.
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Acredito, e talvez você possa concordar comigo, que uma das principais
vantagens dessa integração é aproximar professor e escola ao aluno e suas práticas e,
talvez, transformar o momento de aprendizagem em momento de prazer.
11.3 O Blog
Quando pensamos em ferramentas tecnológicas para auxiliar a implementação
de metodologias que promovam a aprendizagem ativa dos alunos, o Blog tem se
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De acordo com Baltazar e Aguaded: [...] são várias as definições que encontramos
para weblog. Podemos começar por dividir a palavra para compreender o seu
significado original: Web (rede) e Log (diário de bordo), sendo que o verbo to log
significa registrar no diário de bordo. Assim, um blog pode ser definido como uma
espécie de diário pessoal eletrônico frequentemente atualizado onde, de acordo com
Granado (2003), os posts ou conteúdos publicados são, regra geral, textos curtos
organizados cronologicamente, sendo sempre o conteúdo mais recente o primeiro a
surgir no topo da página (BALTAZAR; AGUADED, 2005, p. 1, on-line) (escrita atualizada
para o português do Brasil).
Uma questão interessante acerca do uso dos blogs na educação é levantada por
Barlam (2012) e merece ser revisitada por nós.
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inovação. É necessário explicar no blog assuntos interessantes e ser capaz de lhe dar
uma dimensão educativa. Esse é o desafio. Introduzir os blogs nas salas de aula sem
contextualizá-los em uma reorganização da educação, que inevitavelmente implica
mudanças importantes em muitos níveis, especialmente o metodológico, não leva a
lugar nenhum (BARLAM, 2012, p. 233-234).
Nesse modo de utilização do blog, tanto sua criação quanto sua manutenção é
feita apenas pelo professor, configurando-se em mais um recurso disponível pelo
professor para o desenvolvimento de seu papel. Os alunos, nesta forma de utilização
do blog, assumem o papel de mero espectadores, como já o fazem na metodologia
tradicional.
Por outro lado, quando o blog é empregado como uma atividade pedagógica “o aluno
desenvolve frequentemente um papel de autor ou coautor dos blogues, existindo
todo um leque diversificado de atividades a desenvolver, antecedendo a publicação
de mensagens (postagens)” (GOMES; LOPES, 2007, p. 123, on-line). Ao assumir a
responsabilidade pela manutenção do blog, o aluno participa mais ativamente da
atividade, uma vez que se assume a pressuposição de que para a manutenção deve
haver uma série de atividades a serem desenvolvidas anteriormente pelos alunos,
como a pesquisa, seleção, leitura crítica e reflexão relacionada aos conteúdos, ou posts
do aluno.
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• Determine objetivos claros para blogs e wikis da turma (ou seja, aplique
e sintetize as novas ideias).
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11.4 A Webquest
Segundo definição de Dias (2010, p. 363), Webquests são “ambientes virtuais de
aprendizagem colaborativa que permitem o desenvolvimento de projetos de pesquisa
pelo uso da web e seus recursos”. Na página inicial do sítio (WEBQUEST, on-line)10
esta metodologia, criada em 1995, por Bernie Dodge, professor da Universidade do
Estado de San Diego, é definida como “uma lição no formato de investigação
orientada, na qual a maior parte ou toda a informação com as quais o aluno trabalha
estão disponíveis na web”.
Tarefa – descreve o que deverá ser feito, qual o resultado esperado, que
produto deverá ser entregue. Neste espaço, atribui-se papéis aos participantes.
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Se, como destaca Moran (2013, p. 36), “a web é uma fonte de avanços e de
problemas”, tropeçamos novamente na mesma pedra, ao reafirmar a importância do
professor no auxílio ao aluno, capacitando-o para a seleção, avaliação e
contextualização de tudo o que se localiza. Como afirma Bender (2014, p. 91), “em
uma era de sobrecarga total de informações, resgatar informações adequadas e
avaliar sua precisão é extremamente importante”.
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da tecnologia.
Com 15 gigabytes de espaço gratuitos você tem bastante espaço para armazenar
e compartilhar arquivos, o que o torna uma opção interessante para aplicações
pedagógicas que valorizam a colaboração entre os aprendentes. Essa aprendizagem
em conjunto revela, segundo Behrens (2013, p. 133) “a possibilidade de aprender a
trabalhar em parcerias com responsabilidade”. Para exemplificar, a autora apresenta
uma proposta de produção coletiva de texto após a produção individual dos alunos e
discussão e reflexão acerca do tema proposto em sala de aula. Em grupos formados
por três ou quatro elementos, os alunos reestruturarão suas próprias produções,
concatenando em um único texto. Obviamente, esse processo exigirá deles reflexão,
discussão, negociação e defesa de seu próprio ponto de vista. Outro ponto destacado
por Behrens é a iniciação desses alunos no trabalho com as normas técnicas da
Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e correta utilização de citações e
referências bibliográficas.
Você deve ter percebido que tudo o que discutimos até aqui refere-se ao
emprego de ferramentas e aplicativos que não foram pensados para o seu uso na
educação. No entanto, estas ferramentas mostraram-se bastante propícias ao
desenvolvimento de atividades educativas com o objetivo de propiciar novas
oportunidades para uma educação de qualidade.
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impressa.
A web 2.0 propõe uma arquitetura e uma visão dos interesses e das necessidades
dos usuários muito diferentes. [...] Em primeiro lugar, o aumento da banda larga
permitiu ampliar bastante o tipo de meios que é possível distribuir pela internet via
web. [...] Em terceiro lugar, essas informações já não são fornecidas unicamente pelo
administrador do site. Muitos serviços, na realidade, são base de dados que
armazenam e organizam a informação adicionada pelos próprios usuários: as
fotografias do Flickr, os vídeos do YouTube, os blogs do Blogger ou WordPress, etc.
(ADELL, 2012, p. 27-29).
Você percebeu o que a mudança para a web 2.0 têm em comum com o que
discutimos neste material acerca de mudança de paradigmas e papéis de alunos
e professores?
A própria autora aplica, por analogia, o qualificativo 2.0 à educação. Para Adell
(2012, p. 37): [...] “a postura 2.0” em educação significa quebrar o isolamento
tradicional, as escolas como ilhas, para transformá-las em nós de redes diversas: redes
locais e internacionais, redes de aprendizado para os alunos e de desenvolvimento
profissional para os professores.
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Nos últimos anos, tem havido uma tendência emergente no sentido de tentar
estimular o engajamento do aluno por meio do uso de recompensas intrínsecas ou
abstratas. Uma das tendências mais notáveis neste esforço é a ideia de gamificação,
que tenta aumentar a experiência na sala de aula tradicional, infundindo-a com
elementos de jogos. Numa implementação típica de gamificação da sala de aula, os
alunos começam num “nível” inicial, em seguida, por meio da conclusão de atribuições
de sala de aula, desafios ou outras tarefas predefinidas, os alunos ganham pontos e
aumentam o seu nível. As estratégias de gamificação aproveitam-se da tendência
natural dos alunos para competir com seus pares e utilizam as mesmas estratégias e
táticas que “game designers” têm invocado durante décadas para envolver o seu
público. Fonte: Santos e Ferreira (2015).
Com o sucesso das conferências, foi criado o TEDeX, palestras no mesmo formato
da conferência TED, porém originadas de eventos locais. Voltado para o público
acadêmico, encontra-se em andamento o projeto TED-Ed, formado por vídeos
educacionais de animação.
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Referências Bibliográficas
13 Referências Bibliográficas
ADELL, J. Educação 2.0. In: BARBA, C. et al. Computadores em sala de aula: métodos e
usos. Porto Alegre: Penso, 2012. p. 25-38.
BARLAM, R. “To blog or not to blog”, eis a questão. In: BARBA, C.; CAPELLA, S.
Computadores em sala de aula: métodos e usos. Porto Alegre: Penso, 2012, p. 228-
242.
FREY, N.; FISHER, D.; GONZALEZ, A. Literacy 2.0: reading and writing in 21st century
classrooms. Bloomington: Solution Tree Press, 2010.
KOMESU, F.; ARROYO, R. W. Letramentos digitais e o estudo de links numa rede social.
In: ARAUJO, J.; LEFFA, V. (orgs). Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de
aprender? São Paulo: Parábola Editorial, 2016, p. 171-182.
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Referências Bibliográficas
LEMOS, A. Prefácio. In: AMARAL, A.; RECUERO, R.; MONTARDO, S.; Blogs.com: estudos
sobre blogs e comunicação. São Paulo: Momento Editorial, 2009.
ZHU, E.; KAPLAN, M. Tecnologia e ensino. In: SVINICKI, M.; McKEACHIE, W. Dicas de
ensino: estratégias, pesquisa e teoria para professores universitários. São Paulo:
Cengage Learning, 2012.
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Referências Bibliográficas
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