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Transmissão

Automática
Chevrolet

Apostila do Participante

Transmissão Automática Chevrolet Apostila do Participante


ÍNDICE

INTRODUÇÃO 4
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA CHEVROLET 5
MODOS DE UTILIZAÇÃO 5
SOLENOIDE DE BLOQUEIO DE MUDANÇA 6
DESBLOQUEIO MANUAL DA POSIÇÃO ESTACIONAMENTO (P) 6
CAIXA DE TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA – COMPONENTES MECÂNICOS E HIDRÁULICOS 7
CONVERSOR DE TORQUE 8
CONJUNTOS DE PLANETÁRIAS E SATÉLITES 9
CONJUNTOS DE EMBREAGENS DE MÚLTIPLOS DISCOS 9
CONJUNTO DA BOMBA 10
ACUMULADOR DE FLUÍDO SOBRE PRESSÃO 10
SISTEMAS HIDRÁULICOS 11
VÁLVULA REGULADORA (ACIONADORA) DE EMBREAGEM 12
MÓDULO DE CONTROLE DA TRANSMISSÃO (TCM) 13
CONJUNTOS DE VÁLVULA SOLENOIDE - LÓGICA DE FUNCIONAMENTO 13
REFERÊNCIA DE VARIAÇÃO DOS CONJUNTOS DE EMBREAGENS 15
INSPEÇÃO DA VÁLVULA SOLENOIDE DE CONTROLE 16
LÓGICA DOS INTERRUPTORES DE PRESSÃO (TFP) 17
INTERRUPTOR DE MUDANÇAS 18
VERIFICAÇÃO DE PARÂMETROS DO INTERRUPTOR DE MUDANÇAS 18
SENSOR DA VELOCIDADE DE ENTRADA (ISS) 19
SENSOR DE VELOCIDADE DE SAÍDA (OSS) 19
FLUÍDO DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA 20
VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO E DO NÍVEL DE FLUIDO DAS TRANSMISSÕES 6T30/35/40 E 9T50 20
VÁLVULA TÉRMICA 21
VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO E DO NÍVEL DE FLUIDO DA TRANSMISSÃO 6L50 COM VARETA 21
VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO E DO NÍVEL DE FLUIDO DA TRANSMISSÃO 6L50 SEM VARETA 22

VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO E DO NÍVEL DE FLUIDO DA TRANSMISSÃO 8L90 23


FLUÍDO DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA – CUIDADOS 24

Transmissão Automática Chevrolet 2 Apostila do Participante


ÍNDICE

APRENDIZAGEM DOS VALORES ADAPTÁVEIS DE TRANSMISSÃO 24


VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO PRINCIPAL 25
PROCEDIMENTO PARA AJUSTAR O CABO SELETOR 26
DESCRIÇÃO DO CONECTOR DE 16 VIAS DE ENTRADA DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA 27
CONECTOR DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA – CUIDADOS 28
REBOQUE DE VEÍCULOS COM TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA 29
DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES 29
SITUAÇÕES DE RUÍDO 31
ABREVIAÇÕES DA TRANSMISSÃO 32
ESPECIFICAÇÕES GERAIS 33
CHECK LIST – GARANTIA / REPARAÇÃO 35
ETIQUETA – GARANTIA / REPARAÇÃO 37

Transmissão Automática Chevrolet 3 Apostila do Participante


INTRODUÇÃO

Até pouco tempo a transmissão automática era um item de luxo, um sonho de consumo de muitos.
Hoje esse recurso está cada vez mais importante, principalmente nas grandes cidades. E os
principais motivos para essa demanda crescente são seus benefícios: o Conforto, a Eficiência, a
Durabilidade e, podemos até dizer, Economia de combustível, resultante das modernas tecnologias.
A Chevrolet se tornou referência de mercado ao viabilizar para muitos consumidores a realização
desse sonho.

O objetivo deste curso é proporcionar ao participante conhecimento técnico sobre as transmissões


automáticas Chevrolet e capacitá-lo a:

•Identificar os principais sistemas, componentes e suas funcionalidades;

•Orientar a realização das revisões periódicas previstas no Plano de Manutenção;

•Utilizar a ferramenta de diagnóstico GDS2 com a interface MDI;

•Utilizar o Manual de Serviços do Veículo (SI) nos processos de diagnóstico de falha, reparações e
programações.

Esta publicação destina-se exclusivamente à capacitação dos profissionais da Rede Chevrolet.

Os produtos Chevrolet estão em constante desenvolvimento tecnológico e, a qualquer tempo,


podem incorporar novas tecnologias.

Participe dos Programas de Capacitação oferecidos pela Chevrolet e acompanhe os Boletins


Informativos a fim de se manter atualizado e aprofundar seus conhecimentos teóricos e práticos.

MATERIAL EXCLUSIVO DE USO INTERNO PARA A CAPACITAÇÃO DA REDE CHEVROLET

1º SEMESTRE / 2018

Transmissão Automática Chevrolet 4 Apostila do Participante


TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA CHEVROLET
De acordo com as características do projeto do veículo as transmissões automáticas podem ser
transversais ou longitudinais, atualmente os veículos Chevrolet são equipados com as seguintes
transmissões:
Transmissões Transversais: 6T30; 6T35; 6T40 ; 9T50
Transmissões Longitudinais : 6L50; 8L90

Seus principais componentes e sistemas são:


• Conversor de torque;
• Conjunto de engrenagens planetárias compostas;
• Conjuntos de embreagens de múltiplos discos;
• Sistema de controle e de pressurização hidráulica;
• Sistema de controle eletrônico.

Modos de utilização

As transmissões automáticas Chevrolet podem ser operadas nos seguintes modos:

ESTACIONAMENTO (P): Essa posição trava as rodas de tração e


impede que o veículo se movimente para frente ou para trás. É a
posição recomendada ao dar a partida e desligar o motor do
veículo. Devido ao fato dessas transmissões utilizarem um sistema
de trava (de segurança), é necessário pressionar o pedal do freio
antes de movimentar a alavanca dessa posição.

Atenção: Por motivo de segurança, quando o veículo estiver


imobilizado, além de posicionar a alavanca da transmissão
automática na posição ESTACIONAMENTO (P), é recomendável
utilizar o freio de estacionamento.

RÉ (R): Marcha a ré, que permite que o veículo seja movimentado para trás.

PONTO MORTO (N): Posição que pode ser usada ao dar a partida e desligar o motor do veículo. Não
bloqueia as rodas de tração. Se necessário, permite dar partida no motor com o veículo em
movimento. Essa posição também deve ser utilizada caso o veículo necessite ser rebocado.

DIREÇÃO (D): A ser utilizada nas condições normais de condução, pois permite que o sistema opere
as relações de marcha para a frente com a máxima eficiência e economia de combustível.

TROCAS MANUAIS (M ou +/-): As transmissões automáticas Chevrolet ainda contam com a


possibilidade de trocas em modo manual, que permitem reduções de marcha, relações de
transmissão mais baixas ou mais altas, selecionadas pelo condutor.

Transmissão Automática Chevrolet 5 Apostila do Participante


SOLENOIDE DE BLOQUEIO (DA ALAVANCA) DE MUDANÇA

As transmissões automáticas Chevrolet contam com um dispositivo de bloqueio (da alavanca), que
impede a mudança inadvertida da alavanca da posição ESTACIONAMENTO (P).

A liberação da alavanca necessita:


✓ Ignição na posição ON;
✓ Pressionar o botão de liberação da alavanca;
✓ Acionar o pedal do freio.

Essas condições são interpretadas pelo módulo de comando da


transmissão (TCM) da seguinte forma:
✓ A ignição na posição ON;
✓ A transmissão na posição Park;
✓ O TCM envia um sinal para o BCM indicando Park;
✓ O BCM monitora o sensor do pedal de freio;
✓ O solenoide de bloqueio mantém a alavanca bloqueada na
posição Park sempre que for desenergizado.

Solenoide de três fios:


• Circuito B+;
• Circuito massa;
• Circuito de controle.

Desbloqueio manual da alavanca na posição ESTACIONAMENTO (P)

Se ocorrer uma falha no circuito elétrico do solenoide de bloqueio, a


alavanca pode ser desbloqueada pressionando o botão de liberação. Para
acessá-lo, remova a tampa localizada em frente à alavanca seletora,
insira a própria chave do veículo, pressione o botão de liberação e
movimente a alavanca seletora para trás.

Obs.: Os veículos cuja alavanca não for do mesmo modelo da ilustração


ao lado, consultar o Manual de Serviços do Veículo (SI).

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CAIXA DE TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA – COMPONENTES

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1

16
13 15
14
1. Conjunto do conversor de torque;
2. Conjunto da bomba de óleo;
3. Conjunto de entrada da engrenagem solar;
4. Conjunto de entrada de torque;
5. Embreagem marchas 1-2-3-4;
6. Embreagem reversa 3-5;
7. Conjunto da embreagem 4-5-6 ;
8. Embreagem marchas 2 – 6;
9. Conjunto de suporte central;
10. Calço do conjunto da embreagem baixa;
11. Conjunto de saída;
12. Conjunto do eixo de saída;
13. Conjunto de embreagem reversa 1-2-3-4 e 3-5;
14. Conjunto de válvulas de controle;
15. Eixo do conjunto da embreagem reversa 2-5 e 3-5;
16. Eixo do conjunto da embreagem 1-2-3-4.

A seguir, serão detalhados os principais componentes da transmissão automática.

Conversor de Torque
O conversor de torque de 4 elementos contém uma bomba, uma turbina, uma placa de pressão e um
conjunto de estator.
O conversor de torque age como um acoplamento a fluido para transmitir suavemente a energia do
motor à transmissão. Também fornece hidraulicamente uma multiplicação de torque adicional
quando necessário.
A placa de pressão, quando aplicada, fornece um acoplamento mecânico de acionamento direto do
motor à transmissão.

Transmissão Automática Chevrolet 7 Apostila do Participante


Funções do Conversor de Torque:
✓ Transfere a rotação do motor à caixa de transmissão;
✓ Aumenta o torque do motor;
✓ Absorve vibrações.
Conforme a ilustração, a parte verde é solidária ao motor e a rosa à entrada da caixa.

1 2 3 4

5 6 7

1. Tampa do Conjunto Conversor - Parafusada ao volante do motor, de forma que ambosgiramna


mesma rotação. As aletas internas que geram a compressão no conversor de torque são parte
da tampa, de forma que também giram na mesma rotação que o motor.
2. Rolamento de Encosto - Separa os movimentos da turbina e do amortecedor de vibração.
3. Conjunto da Turbina - Controla a rotação do eixo da transmissão de acordo com a rotação do
motor.
4. Rolamento de Encosto - Separa os movimentos do estator e da bomba (no corpo da tampa
traseira).
5. Amortecedor de vibração - Amortece as vibrações do motor geradas pela variação de rotação e
carga.
6. Estator - Após a turbina começar a se mover, multiplica o torque gerado pela tampa do conversor.
7. Bomba - As aletas no corpo da tampa funcionam como uma bomba, mandando o óleo para a
turbina por meio da força centrifuga.
Nas transmissões automáticas Chevrolet, o conversor de torque é equipado com uma Embreagem de
Capacidade Eletronicamente Controlada (ECCC). Essa embreagem mantém uma condição de
escorregamento de aproximadamente 20 rpm, dependendo da condição do veículo. A ECCC reduz a
possibilidade de ruído, vibração ou estampido causados pela aplicação do TCC (travamento do
conversor de torque ou lock-up). O travamento total acontece em velocidades constantes ou de
cruzeiro.

Transmissão Automática Chevrolet 8 Apostila do Participante


CONJUNTOS DE PLANETÁRIAS E SATÉLITES

Os conjuntos de engrenagens planetárias fornecem diferentes relações de marchas para frente e


uma a ré. As mudanças das relações de marchas são totalmente automáticas e comandadas pelo
módulo de controle de transmissão (TCM).

Solar
Coroa

Porta-satélites Satélites

Esta é uma representação simplificada do conjunto de engrenagens planetárias, formada pela


engrenagem solar (central), pelas engrenagens satélites, fixadas em um dispositivo chamado
porta-satélites, e por uma coroa circular externa.
Os conjuntos de engrenagens planetárias são acionados pelos Conjuntos de Embreagens de
Múltiplos Discos. Dependendo da combinação de movimentos dos conjuntos é possível modificar
a rotação e o torque na saída da caixa.

Conjuntos de Embreagens de Múltiplos Discos

Os componentes de fricção usados nas modernas transmissões automáticas Chevrolet , formam os


conjuntos de embreagens de múltiplos discos. Os conjuntos com vários discos combinados com
uma embreagem unidirecional fornecem as diferentes relações de marchas, para frente e uma a ré,
por meio dos conjuntos de engrenagens.
Os conjuntos de embreagem, então, transferem o movimento por meio dos conjuntos de
planetárias e satélites para o diferencial.
Funcionamento dos Conjuntos de Embreagens de Múltiplos Discos:
✓ Acionadas por circuitos hidráulicos;
✓ Acoplam os conjuntos mecânicos.

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CONJUNTO DE BOMBA

A bomba capta o fluido do cárter da transmissão através da linha de sucção e mantém as pressões
de trabalho necessárias para acionar os pistões das embreagens que aplicam ou liberam os
Conjuntos de Embreagens de Múltiplos Discos. Esses componentes de fricção, quando aplicados ou
liberados, realizam as mudanças de relações de marchas.
O Módulo de Controle da Transmissão (TCM) regula a pressão do fluido, ajustando o fluxo da saída
da bomba.
Nas transmissões transversais 6T30/35/40 , a bomba é do tipo rotativa, de engrenagens, de
deslocamento fixo . Na transmissão 9T50 o acionamento da bomba é feito por corrente .Em todos
os modelos a pressão do fluido é controlada pelo TCM através de válvula solenoide.
A bomba da transmissão automática Chevrolet 6L50 é do tipo rotativa, de palhetas e com
deslocamento variável. Conforme gira o rotor, o fluido é empurrado através da cavidade da bomba
pelas palhetas. Na medida que o fluido se move em direção à saída da bomba, o espaço entre o rotor
e as palhetas da bomba estreita, fazendo com que o fluido seja pressurizado. Quando for necessária
a redução da pressão, o TCM comanda o solenoide de controle de pressão para direcionar o fluido
para a parte traseira das palhetas. O fluido pressurizado supera a pressão da mola e faz com que a
pista deslizante com o rotor e as palheta se movam em um pino pivotante.
Quando a alta pressão do fluido é necessária, o espaço entre o rotor e as palhetas da bomba é
mínimo perto da saída da bomba. Com o movimento da pista deslizante do rotor e das palhetas da
bomba, o espaço entre o rotor e palhetas aumenta perto da saída da bomba, diminuindo a pressão.

Componentes da bomba de fluxo variável:


1. Mola;
2. Pista deslizante;
3. Palhetas;
4. Rotor;
5. Regulador alivio de pressão;
6. Coletor de ar;
7. Linha de pressão;
8. Linha de Sucção.

Acumulador de fluido sob pressão (6T35 /40 e 9T50)

Nos veículos que são equipados com a função Stop/Start há um


acumulador auxiliar de fluido sob pressão.
Esse acumulador tem a função de armazenar fluido sob pressão,
durante a fase em que o motor fica desligado. Quando o ECM solicita o
funcionamento do motor uma mensagem de dados seriais é enviada ao
TCM, para comandar a liberação do fluido e permitir a aplicação do
conjunto de embreagens para a partida em 1ª marcha. Como a pressão
de trabalho pode chegar até 120 psi, é necessário consultar o manual de
serviço para a reparação do sistema.

ATENÇÃO: A alta pressão de trabalho requer cuidados na eventual reparação do sistema.

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SISTEMAS HIDRÁULICOS

O sistema hidráulico consiste principalmente da bomba, do corpo da válvula de controle e da caixa.


A bomba pressuriza o fluido da transmissão no circuito, que é direcionado para o conversor de
torque e para o conjunto de válvulas solenoides, comandado pelo TCM. As válvulas solenoides
liberam o fluido para deslocar as válvulas mecânicas , que por sua vez, acionam os conjuntos de
embreagens de múltiplos discos.

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Válvulas Reguladoras (Acionadoras) de Embreagem
Válvula Solenoide

Válvula mecânica (válvula manual)

DESENERGIZADA

ENERGIZADA

Válvula mecânica (válvula manual) Válvula Solenoide

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MÓDULO DE CONTROLE DA TRANSMISSÃO (TCM)

O Módulo de Controle da Transmissão (TCM) monitora vários sensores e gerencia essas


informações para fazer as mudanças das marchas no tempo mais adequado às condições do
veículo.
O TCM comanda o conjunto de válvulas solenoides, que liberam o fluido da transmissão para
deslocar as válvulas mecânicas (válvulas manuais), que por sua vez, acionam os Conjuntos de
Embreagens de Múltiplos Discos.
O TCM controla também a aplicação e a liberação da embreagem ECCC do conversor de torque, que
permite o máximo aproveitamento da energia gerada pelo motor, melhorando a eficiência no
consumo de combustível e proporcionando o melhor desempenho do veículo.
Nas transmissões transversais e longitudinais, com exceção das transmissões 9T50 e 8L90 onde o
TCM está localizado externamente ao conjunto da transmissão ,o mesmo é integrado às válvulas
solenoides e contam com os seguintes componentes:
✓ válvulas solenoides de controle de pressão de linha de purga;
✓ Conjunto de interruptores de pressão do fluido da transmissão (TFP);
✓ Válvula solenoide de controle da embreagem do conversor de torque (TCC);
✓ Válvula(s) solenoide(s) do câmbio (de regulagem de pressão da bomba);
✓ Sensor de temperatura do fluido da transmissão.

6T30 6L50

Conjuntos de Válvulas Solenoides - Lógica de Funcionamento

Mudança do estado das válvulas solenoides e relação dos Conjuntos de Embreagens de Múltiplos
Discos:
"ON" = Solenoide energizado (pressurizada);
"OFF" = Solenoide desenergizado (sem pressão).
A seguir temos exemplos da lógica de funcionamento das válvulas solenoides e dos conjuntos das
embreagens nas transmissões 6T30 e 6L50 .

Durante o processo de diagnóstico, devemos consultar essas informações no Manual de Serviços.

Transmissão Automática Chevrolet 13 Apostila do Participante


6T30
Conjunto
Conjunto Conjunto Conjunto
Solenoide Embreagem
Embreagem Embreagem Embreagem Relação de
Marchas do câmbio reversa de
1-2-3-4 2-6 de ré 3-5 Marcha
1 baixa 4-5-6
Solenoide 5 Solenoide 4 Solenoide 2
Solenoide 3
Estacionado (P) ON OFF OFF OFF ON --

Marcha ré (R) ON OFF OFF ON ON 2.87

Neutro (N) ON OFF OFF OFF ON --

1ª Marcha parado (D) ON ON OFF OFF ON 4.449

1ª Marcha (D) OFF ON OFF OFF OFF 4.449

2 ª Marcha (D) OFF ON ON OFF OFF 2.908

3 ª Marcha (D) OFF ON OFF ON OFF 1.893

4 ª Marcha (D) OFF ON OFF OFF ON 1.446

5 ª Marcha (D) OFF OFF OFF ON ON 1.000

6 ª Marcha (D) OFF OFF ON OFF ON 0.742

6L50
Conjunto
Conjunto
Conjunto Conjunto Embreage
Embreage
Solenoide Solenoide Embreage Embreage m reversa
m Relação de
Marchas do câmbio do câmbio m m de baixa 4-
2-6 Marcha
1 2 1-2-3-4 de ré 3-5 5-6
Solenoide
Solenoide 5 Solenoide 2 Solenoide
4
3
Estacionado (P) ON ON OFF OFF OFF ON --

Marcha ré (R) ON OFF OFF OFF ON ON 3.200

Neutro (N) ON ON OFF OFF OFF ON --

1ª Marcha parado (D) ON ON ON OFF OFF ON 4.065

1ª Marcha (D) OFF ON ON OFF OFF OFF 4.065

2 ª Marcha (D) OFF ON ON ON OFF OFF 2.371

3 ª Marcha (D) OFF ON ON OFF ON OFF 1.551

4 ª Marcha (D) OFF ON ON OFF OFF ON 1.157

5 ª Marcha (D) OFF ON OFF OFF ON ON 0.853

6 ª Marcha (D) OFF ON OFF ON OFF ON 0.674

* Overdrive – a rotação de saída da Caixa de Transmissão é superior à rotação de entrada (relação de


marcha menor do que 1), proporcionando menores níveis de consumo e ruído, devido à redução da
rotação do motor em velocidades mais altas.

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REFERÊNCIA DE VARIAÇÃO DOS CONJUNTOS DE EMBREAGENS

As modernas transmissões automáticas Chevrolet aplicam estratégica mente os conjuntos de


embreagens de múltiplos discos , controlando as variações de velocidade e do fluxo de potência
através da transmissão. A tabela abaixo descreve a lógica de funcionamento das embreagens nas
transmissões de 6 velocidades e que são equipadas com 5 conjuntos de embreagem :
• Conjunto de embreagem 1-2-3-4;
• Conjunto de embreagem reversa 03-05;
• Conjunto de embreagem 4-5-6;
• Conjunto de embreagem 06-02;
• Conjunto de embreagem baixa e ré.

Posição Dirigir ou Drive (D)


Marcha ré Neutro 1º 1º 2º 3º 4º 5º 6º
Embr. Park (P)
(R) (N) Parado Marcha Marcha Marcha Marcha Marcha Marcha
Embr.
-- -- -- Aplicada Aplicada Aplicada Aplicada Aplicada -- --
1-2-3-4
Embr.
reversa -- Aplicada -- -- -- -- Aplicada -- Aplicada --
3-5
Embr.
-- -- -- -- -- -- -- Aplicada Aplicada Aplicada
4-5-6
Embr.
-- -- -- -- -- Aplicada -- -- -- Aplicada
2-6
Embr.
reversa Aplicada* Aplicada Aplicada Aplicada -- -- -- -- -- --
de baixa
* = Aplicado sem a carga

As transmissões 8L90 e 9T50 , possuem respectivamente 5 e 7 conjuntos de embreagens de


múltiplos discos , para acessar as informações sobre a lógica de aplicação , devemos consultar
o menu “especificações” no manual de serviços .

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INSPEÇÃO DAS VÁLVULAS SOLENOIDES DE CONTROLE

Verifique se a resistência entre os comandos de cada solenoide está dentro da especificada na


tabela abaixo, com os solenoides na temperatura ambiente. Se a resistência de cada solenoide não
estiver dentro do especificado no Manual de Serviços do Veículo (SI), substitua o conjunto.

6T30

Nome do solenoide Ilustração Número Resistência (Ω)


Solenoide de controle de pressão 3 7 3.42–4.18
Solenoide de controle de pressão 2 8 3.42–4.18
Válvula solenoide de controle da pressão do TCC 9 3.42–4.18
Válvula solenoide da marcha 1 10 16.2–19.8
Solenoide de controle de pressão 5 11 3.42–4.18
Solenoide de controle de pressão 4 12 3.42–4.18
Válvula solenoide de controle da pressão da linha 13 3.42–4.18

6L50

Nome do solenoide Número Resistência (Ω)


Solenoide de controle de pressão 3 (PCS3) 5 4,5-5,5
Solenoide de controle de pressão 4 (PCS4) 7 4,5-5,5
Solenoide de controle de pressão 2 (PCS2) 8 4,5-5,5
Solenoide 2 (SS2) do câmbio 3 23,5-24,5
Solenoide da embreagem do conversor de torque (TCC) 2 4,5-5,5
Solenoide de controle de pressão 5 (PCS5) 12 4,5-5,5
Solenoide de controle de pressão 1 (PCS1) 1 4,5-5,5
Solenoide 1 (SS1) do câmbio 13 23,5-24,5

Transmissão Automática Chevrolet 16 Apostila do Participante


LÓGICA DOS INTERRUPTORES DE PRESSÃO (TFP)

Os conjuntos de interruptores de pressão do fluido de transmissão (TFP) têm a função de informar


ao módulo de controle da transmissão (TCM) qual circuito está pressurizado em função da relação
de marcha selecionada.

Engrenagem Estados dos interruptores TFP


INT. 1 TFP *INT. 3 TFP INT. 4 TFP INT. 5 TFP

Estacionar Baixo Baixo Baixo Baixo

Ré Baixo Baixo Baixo Baixo

Neutro Baixo Baixo Baixo Baixo

Acionamento 1ª - Frenagem do motor Baixo Alta Baixo Baixo

Acionamento 1ª Alta Alta Baixo Alta

Acionamento 2ª Alta Baixo Baixo Alta

Acionamento 3ª Baixo Alta Baixo Alta

Acionamento 4ª Alta Alta Baixo Baixo

Acionamento 5ª Baixo Alta Alta Baixo

Acionamento 6ª Alta Baixo Alta Baixo

Alta = 12 V (Interruptor aberto ou pressurizado)

Baixa = 0 V (Interruptor fechado ou sem pressão)

Nota: Todos os interruptores TFP estão normalmente fechados (NC)

* O interruptor 2 TFP não existe

Transmissão Automática Chevrolet 17 Apostila do Participante


INTERRUPTOR DE MUDANÇAS

O interruptor de mudança é de contato deslizante, preso ao conjunto da alavanca do eixo manual


dentro da caixa de transmissão. As entradas dos sinais no TCM, vindas do interruptor de mudanças,
indicam a posição da alavanca seletora de marcha. Essas informações são usadas para controle do
motor e determinar os padrões de mudanças da transmissão. A posição de cada entrada estará
disponível para visualização na ferramenta de diagnóstico. Os parâmetros de entrada representados
são: Sinal A, Sinal B, Sinal C e Sinal P (Paridade).

Verificação de parâmetros do interruptor de mudanças

As posições do interruptor podem ser lidas com a ferramenta de diagnóstico através de:

✓ Sinal A;
✓ Sinal B;
✓ Sinal C;
✓ Sinal P.

Posição do seletor Sinal A Sinal B Sinal C Sinal P


Park Baixo Alto Alto Baixo
Park / Ré Baixo Baixo Alto Baixo
Reverse Baixo Baixo Alto Alto
Ré / Neutral Alto Baixo Alto Alto
Neutral Alto Baixo Alto Baixo
Neutral / Drive 6 Alto Baixo Baixo Baixo
Drive 6 Alto Baixo Baixo Alto
Drive 6 / Drive 4 Baixo Baixo Baixo Alto
Drive 4 Baixo Baixo Baixo Baixo
Drive 4 / Drive 3 Baixo Alto Baixo Baixo
Drive 3 Baixo Alto Baixo Alto
Drive 3 / Drive 2 Alto Alto Baixo Alto
Drive 2 Alto Alto Baixo Baixo
Aberta Alto Alto Alto Alto
Invalida Alto Alto Alto Baixa
Invalida Baixo Alto Alto Alto
Alta = Voltagem da Ignição Baixa = 0 volts

Transmissão Automática Chevrolet 18 Apostila do Participante


Sensor da velocidade de entrada (ISS)

O sensor de velocidade de entrada (ISS) é do tipo efeito hall. Montado na caixa de transmissão,
conecta-se ao TCM (integrado ao conjunto da válvula solenoides de controle) por meio de um
chicote de dois fios e um conector. A posição do sensor pode variar de acordo com as características
do projeto da caixa de transmissão. O sensor recebe de 8,3 V a 9,3 V do TCM. À medida que o
conjunto gira, o sensor produz uma frequência de sinal que é transmitida ao TCM, que usa o sinal do
ISS para determinar a pressão da linha, os padrões de mudança, a velocidade de deslizamento da
embreagem do conversor de torque (TCC) e a relação de marcha.

6T30/35/40 6L50

9T50
Sensor de velocidade de saída (OSS)

O sensor de velocidade de saída (OSS) também é do tipo efeito hall. Montado na caixa de
transmissão, conecta-se ao TCM (integrado ao conjunto da válvula solenoides de controle) por meio
de um chicote de dois fios e um conector. O sensor fica voltado para a engrenagem de
estacionamento. O sensor recebe de 8,3 V a 9,3 V do TCM. À medida que o diferencial gira, o sensor
produz uma frequência de sinal, que o TCM usa para determinar a pressão da linha, os padrões de
mudança, a velocidade de deslizamento da embreagem do conversor de torque (TCC) e a relação de
marcha.

6T30/35
9T50 6L50
Observação:
Nas caixas de transmissão 6L50 e 8L90 os sensores fazem parte de um único conjunto e, em caso de
substituição, são adquiridos através de um único código de peça.

Transmissão Automática Chevrolet 19 Apostila do Participante


Fluido (óleo) da transmissão automática

As transmissões automáticas Chevrolet 6T30/35/40, 9T50 e 6L50 utilizam o


fluido DEXRON-VI, que foi projetado especificamente para essa família de
transmissões automáticas . O DEXRON-VI tem viscosidade mais consistente,
oferece um desempenho superior em condições extremas e preserva suas
características por mais tempo. Como resultado, o DEXRON-VI melhora a
durabilidade e estabilidade ao longo da vida útil da transmissão. Para a
transmissão 8L90 o fluido indicado é o DEXRON-HP

Verificação da Condição e do Nível de Fluido das Transmissões 6T30/35/40 e 9T50

1. Ligue o motor e estacione o veiculo em uma superfície nivelada. Mantenha o motor em


funcionamento;
2. Aplique o freio de estacionamento e coloque a alavanca de câmbio em Park ( P );
3. Pressione o pedal do freio e movimente a alavanca de câmbio posicionando-a em cada
marcha, aguardando aproximadamente 3 segundos em cada marcha. Então mova a alavanca
do câmbio novamente para Park ( P);
4. Deixe o motor em marcha lenta (500-800 rpm) por pelo menos 3 minutos .Solte o pedal do
freio;
5. Mantenha o motor em funcionamento e observe a temperatura do fluido da transmissão (TFT)
,com o auxilio da ferramenta de diagnóstico;
6. Eleve o veículo , o mesmo deve estar nivelado , com o motor funcionando e a alavanca de
câmbio em Park ;
7. O nível do fluido deve ser verificado quando a TFT estiver no intervalo de 85ºC- 95ºC;
8. A verificação do nível com a TFT fora do intervalo resultará em uma transmissão com o fluido
abaixo ou acima do nível;
9. Com o motor em marcha lenta ,remova o bujão de nível;
10. Se o fluido estiver em fluxo continuo , espere até o fluido começar a
gotejar ;
6. Caso não saia fluido, adicione até começar a gotejar.

Bujão para a
verificação do nível

ATENÇÃO: Para a correta verificação do nível de fluido da transmissão automática, é


“imprescindível” que a temperatura do sistema esteja dentro das especificações do Manual de
Serviços do Veículo (SI).

Transmissão Automática Chevrolet 20 Apostila do Participante


FLUIDO DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA - CUIDADOS
Válvula Térmica -Temperatura para verificação de nível

Caso a leitura do nível de fluido da transmissão seja feita em temperatura inferior à especificada
no Manual de Serviços do Veículo (SI), haverá a falsa impressão de excesso de fluido, pois uma
válvula térmica ainda estará fechada, impedindo o fluxo a partir do reservatório.

Válvula térmica na 6T30

Verificação da Condição e do Nível de Fluido nas Transmissões 6L50 com Vareta de


Medição

1. Ligue o motor e estacione o veiculo em uma superfície nivelada. Mantenha o motor em


funcionamento;
2. Aplique o freio de estacionamento e coloque a alavanca de câmbio em Park ( P );
3. Pressione o pedal do freio e movimente a alavanca de câmbio posicionando-a em cada
marcha, aguardando aproximadamente 3 segundos em cada marcha. Então mova a alavanca
do câmbio novamente para Park ( P);
4. Deixe o motor em marcha lenta (500-800 rpm) por pelo menos 3 minutos .
5. Mantenha o motor em funcionamento e observe a temperatura do fluido da transmissão (TFT)
,com o auxilio da ferramenta de diagnóstico;
6. O nível do fluido deve ser verificado quando a TFT estiver no intervalo de 71ºC- 93ºC;
7. Retire vareta de nível , limpe-a com um pano limpo;
8. Reinstale a vareta , aguarde 3 segundos e puxe-a para fora novamente;
9. O nível operacional seguro do fluido é dentro da faixa hachurada HOT na vareta de nível , se
o nível do fluido não estiver dentro da faixa HOT ,adicione ou drene o fluido conforme necessário
para colocar o nível na faixa HOT;
10. Se o nível do fluido estiver na faixa aceitável, pressione a vareta de nível para dentro
totalmente e, em seguida, vire o punho para baixo para travar a vareta de nível no lugar.

Transmissão Automática Chevrolet 21 Apostila do Participante


Verificação da Condição e do Nível de Fluido nas Transmissões 6L50 sem a Vareta
de Medição

1. Ligue o motor e estacione o veiculo em uma superfície nivelada. Mantenha o motor em


funcionamento;
2. Aplique o freio de estacionamento e coloque a alavanca de câmbio em Park ( P );
3. Pressione o pedal do freio e movimente a alavanca de câmbio posicionando-a em cada
marcha, aguardando aproximadamente 3 segundos em cada marcha. Então mova a alavanca
do câmbio novamente para Park ( P);
4. Deixe o motor em marcha lenta (500-800 rpm) por pelo menos 1 minuto .Solte o pedal do
freio;
5. Eleve o veículo , o mesmo deve estar nivelado , com o motor funcionando e a alavanca de
câmbio em Park ;
6. Mantenha o motor em funcionamento e observe a temperatura do fluido da transmissão (TFT)
,com o auxilio da ferramenta de diagnóstico;
7. O nível do fluido deve ser verificado quando a TFT estiver no intervalo de 30ºC- 50ºC;
8. Remova o bujão de verificação do nível( 1 ).Deixe o fluido ( 2 )drenar;
9. Se o fluído escorrer em um fluxo continuo e
espere até que o fluido comece a pingar;
10. Caso não haja fluxo de fluído,
adicione até que o fluído comece a pingar;
11. Reinstale o bujão de verificação
e aperte com o toque de 25N.m

Transmissão Automática Chevrolet 22 Apostila do Participante


Verificação da Condição e do Nível de Fluido nas Transmissões 8L90

1. Ligue o motor e estacione o veiculo em uma superfície nivelada. Mantenha o motor em


funcionamento;
2. Aplique o freio de estacionamento e coloque a alavanca de câmbio em Park ( P );
3. Pressione o pedal do freio e movimente a alavanca de câmbio posicionando-a em cada
marcha, aguardando aproximadamente 3 segundos em cada marcha. Então mova a alavanca
do câmbio novamente para Park ( P);
4. Deixe o motor em marcha lenta (500-800 rpm) por pelo menos 1 minuto .Solte o pedal do
freio;
5. Eleve o veículo , o mesmo deve estar nivelado , com o motor funcionando e a alavanca de
câmbio em Park ;
6. Mantenha o motor em funcionamento e observe a temperatura do fluido da transmissão (TFT)
,com o auxilio da ferramenta de diagnóstico;
7. O nível do fluido deve ser verificado quando a TFT estiver no intervalo de 35ºC- 45ºC;
8. Remova o bujão de verificação do nível( 1 ).Deixe o fluido ( 2 )drenar;
9. Se o fluído escorrer em um fluxo continuo e espere até que o fluido comece a pingar;
10. Caso não haja fluxo de fluído, adicione até que o fluído comece a pingar;
11. Reinstale o bujão de verificação e aperte com o toque de 9N.m

Transmissão Automática Chevrolet 23 Apostila do Participante


Qualidade do fluido

Verificar a cor do fluido: deve estar vermelho ou


marrom escuro.

Se a cor do fluido estiver muito escura ou preta e tiver um odor de queimado, inspecione o fluido e o
fundo do interior do cárter para verificar se há partículas de metal excessivas ou outros detritos.
Uma pequena quantidade de material de atrito no fundo do cárter é normal. Se houver
partículas grandes e/ou de metal, a caixa de transmissão deverá ser reparada.
Se o fluido estiver turvo ou leitoso, pode estar contaminado pelo fluido de arrefecimento do motor
ou água.
Nas transmissões 6T30/35/40 e 9T50 , após verificar o nível, consulte as instruções do Manual de
Serviço e aplique o torque especificado. Certifique que não há vazamento.

APRENDIZAGEM DOS VALORES ADAPTÁVEIS DA TRANSMISSÃO

O armazenamento de valores adaptáveis da transmissão (Transmission Adaptive Values Learn) é


um procedimento no qual efetuam-se vários testes para que o módulo de controle da
transmissão (TCM) armazene as formas de condução individuais dos motoristas e destina-se a
transmissões automáticas de 6 velocidades. Depois de armazenados, os dados são utilizados pelo
TCM para o controle das trocas de marcha.

A ferramenta de diagnóstico oferece o procedimento de inicialização dos valores adaptáveis da


transmissão. Use este procedimento depois de um reparo na transmissão.

O procedimento de Aprendizagem de Valores Adaptativos da Transmissão deve ser executado


após um dos seguintes reparos no veículo:

• Serviço interno/revisão da transmissão;


• Reparo ou substituição do corpo de válvulas mecânicas;
• Substituição do conjunto de válvulas solenoides de controle;
• Atualização de software/calibragem do TCM;
• Qualquer serviço em resposta a uma reclamação de qualidade de troca de marchas.

A falha no procedimento de Aprendizagem de Valores Adaptativos da Transmissão pode resultar


em baixo desempenho da transmissão, bem como o surgimento de DTCs.

Transmissão Automática Chevrolet 24 Apostila do Participante


VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO PRINCIPAL
6T30

Pressão da válvula solenoide (Gen 1)


Ferramenta de diagnóstico de estado de controle do Pressão da linha aproximada mostrada no manômetro @ 1500 rpm/ Pressão
solenoide do CP / Pressão solicitada (kPa) atual
Métrico (Kpa) Inglês (psi)
Nenhum 345-550 50-80
200 690-900 100-130
400 1100-1310 160-190
600 1520-1725 220-250
800 1860-2275 270-330
1000 1860-2275 270-330
1200 1860-2275 270-330
1400 1860-2275 270-330
1600 1860-2275 270-330
1800 1860-2275 270-330
2000 1860-2275 270-330

6L50

Pressão da válvula solenoide


Pressão da linha aproximada mostrada no manômetro @ 1500 rpm / Pressão
Ferramenta de diagnóstico de estado de controle do atual
solenoide do CP / Pressão solicitada (kPa)
Métrico (Kpa) Inglês (psi)
Nenhum 310-550 45-80
200 655-900 95-130
400 1100-1310 160-190
600 1520-1725 220-250
800 1860-2070 270-300
1000 1860-2070 270-300
1200 1860-2070 270-300
1400 1860-2070 270-300
1600 1860-2070 270-300
1800 1860-2070 270-300
2000 1860-2070 270-300

Transmissão Automática Chevrolet Apostila do Participante


PROCEDIMENTO PARA AJUSTAR O CABO SELETOR

1. Levante e apoie o veículo;

2. Desbloqueie o clipe de ajuste do cabo;

3. Garanta que a alavanca de marchas da transmissão está na posição (P);

4. Na parte inferior do veículo;

5. Garanta que a alavanca da caixa da transmissão está na posição (P);

6. Segure a alavanca da caixa da transmissão para eliminar qualquer movimento;

7. Bloqueie o clipe de ajuste do cabo;

8. Inspecione o funcionamento do sistema de partida do motor com a alavanca de marchas em


cada posição. O motor só deve entrar em funcionamento quando a alavanca tiver na posição
(P) ou (N).

Transmissão Automática Chevrolet 26 Apostila do Participante


DESCRIÇÃO DO CONECTOR DE 16 VIAS DE ENTRADA DA
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA(6L50)
O conector elétrico da transmissão é uma parte importante do sistema operacional da
transmissão. Qualquer interferência com a conexão elétrica pode fazer com que a transmissão
defina códigos de falhas ou afete a operação adequada.

Detalhe do conector da
transmissão 6L50

Os itens a seguir podem afetar a conexão elétrica:

• Pinos dobrados no conector em função de manuseio descuidado durante a conexão e a


desconexão;
• Fios se afastando dos pinos ou ficando dobrados no chicote;
• Contaminação por sujeira no conector ao ser desconectado;
• Fluido de transmissão vazando para o interior do conector, prejudicando o isolamento;
• Entrada de umidade no conector;
• Retração do pino no conector em função de repetidas conexões e desconexões;
• Corrosão do pino em função da contaminação;
• Conjunto do conector danificado.

Lembre-se dos seguintes pontos:

• Evite torcer ou sacudir o conector durante a remoção. Os pinos podem ficar dobrados;
• Não force o conector para fora com uma chave de fenda ou outra ferramenta;
• Sempre que o conector da transmissão for desconectado com o motor em funcionamento,
alguns DTCs serão gravados. Apague esses DTCs depois de reconectar.

Transmissão Automática Chevrolet 27 Apostila do Participante


CONECTOR DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA - CUIDADOS

Uma luva de proteção protege o conector do conjunto da válvulas solenoides. Na manutenção do


conjunto da válvulas solenoides, você deve remover a luva da proteção do conector antes de
remover o conjunto. Na montagem, cuide para que a luva seja instalada corretamente.

Deixar de remover e instalar a luva proteção pode resultar em vazamentos de fluido.

Remoção da luva de proteção do conector elétrico

Para remover a luva de proteção, faça o seguinte:


1. Puxe a trava do conector;
2. Deslize a luva de proteção para fora da caixa de transmissão.

Instalação da luva de proteção do conector elétrico

Para instalar a luva de proteção, faça o seguinte:


1. Alinhe a luva de proteção, guiada pela ranhura do conector;
2. Empurre a luva em linha reta. Não rode a luva em nenhum momento;
3. Certifique-se que a luva está totalmente encaixada. Quando a luva estiver instalada
corretamente, a distância da superfície da caixa até o final da luva deve ser de 14 a 16 mm;
4. Empurre a trava de bloqueio do conector elétrico.

NOTA: A instalação inadequada pode resultar em vazamento de fluido ao redor da luva e na


cavidade da luva.

Transmissão Automática Chevrolet 28 Apostila do Participante


REBOQUE DE VEÍCULOS COM TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

A picape ou o utilitário esportivo com tração nas quatro rodas pode ser rebocado com duas rodas
ou com as quatro rodas no chão. Coloque a caixa de transferência na posição N antes de rebocar o
veículo com transmissão automática e tração (4x4 ou 4WD).

A Nova S10 com tração apenas nas rodas traseiras (4x2) e equipada com transmissão automática
não deve ser rebocada com as rodas traseiras no chão, a menos que o cardã esteja desconectado
ou removido.

CUIDADO!
Rebocar a Nova S10 com as rodas traseiras no chão e o cardã conectado resultará em
danos à transmissão.

Definições e abreviações

Posições do acelerador:
• Frenagem do motor: Situação em que o motor é usado para reduzir a velocidade do veículo
com a ajuda das marchas durante a desaceleração.
• Redução de marcha remetendo à potência máxima: Aplicação rápida do curso completo do
pedal do acelerador, forçando uma redução de marcha.
• Forte aceleração: Aproximadamente 3/4 do curso do pedal do acelerador, 75 por cento da
posição de aceleração.
• Aceleração ligeira: Aproximadamente 1/4 do curso do pedal do acelerador, 25 por cento
da posição de aceleração.
• Aceleração média: Aproximadamente 1/2 do curso do pedal do acelerador, 50 por cento
da posição de aceleração.
• Aceleração mínima: Pelo menos a abertura de potência necessária para engrenar uma marcha
superior.

Transmissão Automática Chevrolet 29 Apostila do Participante


• Borboleta totalmente aberta (WOT): Curso completo do pedal do acelerador, 100 por
cento da posição de aceleração.
• Desaceleração de potência zero: Liberação completa do pedal do acelerador enquanto o
veículo está em movimento e em faixa de marcha à frente.
• Definições de situações de câmbio
• Solavanco: Aplicação súbita e forte de uma embreagem ou banda.
• Vibração longitudinal: Salto ou sacudida. Esta situação pode ser mais notada quando é
engatada a embreagem conversora. Semelhante a sensação de puxar um reboque.
• Atraso: Situação em que se está esperando um câmbio mas esse não ocorre durante
algum tempo. Pode ser descrito como engate de embreagem ou de banda que não
ocorre tão rapidamente como esperado durante aceleração parcial ou aplicação máxima
de potência no acelerador, ou durante redução manual para uma faixa inferior. Este termo
pode ser também definido como TARDIO ou PROLONGADO.
• Solavanco duplo - Sensação dupla: Duas aplicações súbitas e fortes de uma embreagem ou
banda.
• Cedo: Situação em que o câmbio ocorre antes de o veículo atingir a velocidade apropriada. Esta
situação tende a esforçar o motor depois de câmbio para marcha superior.
• Solavanco final: Uma sensação firme no final de um câmbio, mais do que no início do câmbio.
Também definida por SENSAÇÃO FINAL ou SOLAVANCO DESLIZANTE.
• Firme: Aplicação claramente rápida de uma embreagem ou banda que é considerada normal
em aceleração média ou forte. Esta aplicação não deve ser confundida como sendo DURA ou
ÁSPERA.
• Fulgor: Rápido aumento das RPM do motor simultâneo com uma perda momentânea de
torque. Ocorre geralmente durante um câmbio. Esta situação é também definida como
DESLIZAMENTO.
• Duro - Áspero: Aplicação de embreagem ou banda mais nítida do que FIRME. Esta
situação é considerada indesejável em qualquer posição de aceleração.
• Caça: Série rápida e repetida de multiplicações e reduções causando alteração nítida das RPM
do motor, como num padrão de câmbio 4-3-4. Esta situação é também definida como
ATIVIDADE.
• Sensação inicial: Uma sensação firme e distinta no início de um câmbio, mais do que no final do
câmbio.
• Atraso: Câmbio que ocorre quando as RPM do motor são mais altas que o normal, em
dada quantidade de aceleração.
• Trepidação: Situação de oscilação repetida de tipo VIBRAÇÃO LONGITUDINAL, mas mais dura
e rápida. Esta situação pode ser mais óbvia em certas faixas de velocidade do veículo.
• Deslizamento: Aumento nítido das rotações do motor sem aumento da velocidade do
veículo. O deslizamento ocorre usualmente durante ou depois da aplicação inicial da
embreagem ou banda.
• Suave: Aplicação lenta, quase imperceptível da embreagem ou banda com uma pequena
sensação de câmbio.
• Incremento súbito: Situação repetida do motor relacionada com aceleração e desaceleração,
menos intensa que a VIBRAÇÃO LONGITUDINAL.
• Interrupção: Situação em que duas embreagens e/ou bandas opostas tentam a aplicação
ao mesmo tempo, causando esforço do motor com nítida perda de RPM do motor.

Transmissão Automática Chevrolet 30 Apostila do Participante


SITUAÇÕES DE RUÍDO

Ruído da ligação de transmissão: Uivo ou murmúrio que aumenta ou diminui com a velocidade do
veículo, sendo mais nítido durante uma aceleração ligeira. Pode ser perceptível também
nas faixas de operação de ESTACIONAMENTO ou NEUTRO com o veículo parado.

Ruído da transmissão final: Zumbido relacionado com a velocidade do veículo, mais nítido
durante uma aceleração ligeira.

Ruído da engrenagem planetária: Uivo relacionado com a velocidade do veículo, mais nítida
na PRIMEIRA, SEGUNDA e QUARTA marchas ou na RÉ. Esta situação pode se tornar menos
perceptível, ou desaparecer, após mudar o câmbio para marcha superior.

Ruído de bomba: Uivar agudo que aumenta com a intensidade das RPM do motor. Esta situação
também pode ser perceptível em todas as faixas de operação, com o veículo parado ou em
movimento.

Ruído do conversor de torque: Uivar usualmente perceptível quando o veículo para e a


transmissão está em MARCHA À FRENTE ou MARCHA À RÉ. O ruído aumenta com as RPM do
motor.

Controle de troca do condutor

O controle de câmbio do condutor (DSC) permite que o condutor altere as marchas como na
transmissão manual.

Transmissão Automática Chevrolet 31 Apostila do Participante


ABREVIAÇÕES DA TRANSMISSÃO
A/C: Ar condicionado.
AC: Corrente alternada.
AT: Transmissão automática.
CCDIC: Centro de Informações do Controle Climático para o Motorista.
DC: Corrente contínua.
DIC: Centro de informações do motorista.
DLC: Conector da ligação de diagnóstico.
DMM: Multímetro digital.
DSC: Controle de troca do condutor.
DTC: Código de problema para diagnóstico.
EBTCM: Módulo de freio eletrônico/controle de tração.
ECCC: Embreagem de capacidade eletronicamente controlada.
ECT: Temperatura do Líquido de Arrefecimento do Motor.
EMI: Interferência eletromagnética.
IAT: Temperatura de entrada de ar.
IGN: Ignição.
IMS: Interruptor de modo interno.
ISS: Sensor de velocidade de entrada.
MAP: Pressão absoluta do coletor.
MIL: Luz indicadora de defeito .
NC: Normalmente fechado .
NÃO: Normalmente aberto.
OBD: Diagnóstico de bordo .
OSS: Sensor de velocidade de saída.
PC: Controle de pressão .
PCM: Módulo de controle do sistema propulsor.
PCS: Solenoide de controle de pressão.
PS: Interruptor de pressão .
PWM: Modulação de largura de pulso
RPM: Rotações por minuto .
SS: Solenoide de transmissão .
STL: Lâmpada de transmissão de serviço.
TAP: Pressão adaptativa da transmissão .
TCC: Embreagem do Conversor de Torque.
TFP: Pressão do fluido de transmissão .
TFT: Temperatura do fluido de transmissão.
TP: Posição do acelerador .
VSS: Sensor de Velocidade do Veículo.
WOT: Acelerador aberto .

Transmissão Automática Chevrolet Apostila do Participante


ESPECIFICAÇÕES GERAIS DAS TRANSMISSÕES TRANSVERSAIS

6T30

Nome 6T30 6T35/6T40


Códigos RPO MH9 MNU /
Produzido em Coreia/China Coreia /China/México /Toledo
Acionamento de transmissão Acionamento das rodas dianteiras Acionamento das rodas dianteiras
Tipo de fluido de transmissão DEXRON VI DEXRON VI
Capacidade de fluido de transmissão 7,86 Litros 8,0 Litros
Númerde Velocidades: Seis marchas para frente Seis marchas para frente
Tipo de transmissão: Suporte transversal Suporte transversal
Série do produto: 30 35/40
Material da caixa Alumínio fundido em matriz Alumínio fundido em matriz
Peso líquido de transmissão 72 kg 81 Kg
9T50

Nome 9T50
Códigos RPO M3D
Produzido em México
Acionamento de transmissão Tração nas rodas dianteiras
Tamanho do conversor de torque - Diâmetro da turbina
228 mm
conversora de torque
Transmissão completa capacidade 8,82 L
Tipo de fluido de transmissão DEXRON VI
Número de Velocidades: Nove marchas para frente
Tipo de transmissão: Suporte Transversal
Série do Produto: 50
Material da caixa Alumínio fundido em matriz
Peso líquido de transmissão (aproximado) 96kg

Transmissão Automática Chevrolet Apostila do Participante


ESPECIFICAÇÕES GERAIS DAS TRANSMISSÕES LONGITUDINAIS
6L50
6T30

Nome 6L50
Códigos POR MYB
Silao, México;
Produzido em Strasbourg, França;
Toledo, OH (EUA)
Acionamento de transmissão Tração nas rodas traseiras
Tamanho do conversor de torque - Diâmetro da turbina
245/258 mm
conversora de torque
Transmissão completa capacidade 10.8L
Tipo de fluido de transmissão DEXRON VI
Número de Velocidades: Seis marchas para frente
Tipo de transmissão: Montagem de longitudinal
Série do produto: 50
Material da caixa Alumínio fundido em matriz
Peso líquido de transmissão (aproximado) 90 kg

8L90

Nome 8L90
Códigos POR M5U
Produzido em Toledo, OH (EUA)

Acionamento de transmissão Tração nas rodas traseiras


Tamanho do conversor de torque - Diâmetro da turbina
258 mm
conversora de torque
Transmissão completa capacidade 10.8L
Tipo de fluido de transmissão DEXRON HP
Número de Velocidades: Oito marchas para frente
Tipo de transmissão: L Montagem de longitudinal
Série do produto: 90
Material da caixa Alumínio fundido em matriz
Peso líquido de transmissão (aproximado) 95 kg

34
Transmissão Automática Chevrolet Apostila do Participante
CHECK LIST – GARANTIA / REPARAÇÃO

Transmissão Automática Chevrolet 35 Apostila do Participante


Observação:
Consulte sempre o Boletim Informativo mais recente para o diagnóstico adequado e para
assegurar o correto preenchimento do Check-List.

Transmissão Automática Chevrolet 36 Apostila do Participante


ETIQUETA – GARANTIA / REPARAÇÃO

Esta etiqueta acompanha a caixa de transmissão que passou pelo


Processo de Reparação.

Transmissão Automática Chevrolet 37 Apostila do Participante


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Transmissão Automática Chevrolet 38 Apostila do Participante

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