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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA


DIAGNÓSTICO EM
PÁS CARREGADEIRAS
HIDRÁULICA
PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
W130B/W170B/W190B HIDRÁULICA 03
SISTEMA DE FREIOS .......................................................................................................04
MOVIMENTAÇÃO DA CAÇAMBA......................................................................................08
MOVIMENTAÇÃO DO BRAÇO ...........................................................................................10
VENTILADOR DO MOTOR.................................................................................................11
IMPLEMENT PUMP:.........................................................................................................12
STEERING PUMP .............................................................................................................13
BOMBA DO SISTEMA DE FREIO .......................................................................................14
CARRETEL DE CONTROLE DE CAÇAMBA – “BUCKET”: ....................................................16
SOLENÓIDE – FUNCIONAMENTO ELÉTRICO: ...................................................................18
CONTROLE DO BRAÇO: ...................................................................................................20
SOLENÓIDE – FUNCIONAMENTO ELÉTRICO: ...................................................................22
IMPLEMENT PUMP .........................................................................................................23
STEERING PUMP......................................... ....................................................................24
BOMBA DO SISTEMA DE FREIO: ........................................................................................25
SISTEMA DE DIREÇÃO:.....................................................................................................27
SISTEMA DE FREIOS: ................................... ...................................................................29
CARRETEL DE CONTROLE DE
CAÇAMBA – “BUCKET”: .................................................................................................. 31
CONTROLE DO BRAÇO: ...................................................................................................33
RETORNO À ESCAVAÇÃO: ...............................................................................................35
CONTROLE DE ALTURA: ..................................................................................................36

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02 HIDRÁULICA
PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
W130B/W170B/W190B

SISTEMA DE FREIOS
Como vimos no treinamento web, o sistema de freios é alimentado Na linha de alimentação do acumu-
por uma bomba exclusiva. Vamos analisar o funcionamento do siste- lador dos freios dianteiros também
ma de freios considerando todo o sistema já carregado. temos uma tomada de pressão, TP7,
onde é possível medir a pressão no
Para os freios de serviço, o sistema possui 2 acumuladores hidráuli- acumulador com uso de equipamento
cos, sendo 1 para os freios traseiros e 1 para os freios dianteiros. Na específico.
linha de alimentação do acumulador dos freios traseiros temos uma
tomada de pressão, TP6, onde é possível medir a pressão no acumu- Ao acionar o pedal de freios, o movi-
lador com uso de equipamento específico. mento posiciona o carretel dos freios
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W130B/W170B/W190B HIDRÁULICA 02

traseiros na posição de alimentar os freios do eixo traseiro, concluí- mento dos freios, ou seja, com esta es-
mos que o acionamento deste carretel é mecânico e direto do pedal tratégia os freios são acionados con-
para o carretel. forme a força aplicada no pedal pelo
operador.
Após acionar o carretel dos freios traseiros, uma linha de alimentação
na saída deste carretel é responsável por pilotar o carretel de acio- O sistema de freios possui mais duas
namento dos freios dianteiros, logo concluímos que o acionamento tomadas de pressão, uma na linha de
deste carretel é hidráulico e depende da pressão na saída do carretel alimentação dos freios traseiros (TP10)
de acionamento dos freios traseiros. e outra na linha de alimentação dos
freios dianteiros (TP11). Nestas toma-
A mesma linha que pilota o carretel dos freios dianteiros também pilo- das de pressão, é possível medir a pres-
ta o carretel de acionamento dos freios traseiros no sentido contrário são de acionamento do freio traseiro e
ao pedal de freios, isso proporciona uma progressividade no aciona- do freio dianteiro separadamente.

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02 HIDRÁULICA
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W130B/W170B/W190B

Freio de estacionamento
O freio de estacionamento possui um acumulador exclusivo como Lembre-se que o freio é acionado por
pode ser visto no esquema hidráulico (componente 5). Este acumu- ação de mola, ou seja, quando se tira a
lador é ligado ao pórtico S3 da válvula pedal de freio. Observe que na pressão hidráulica do atuador, a mola
linha do acumulador existe uma válvula anti retorno que após o acu- se estende e bloqueia o freio. Ao ser
mulador estar carregado se fecha, tornando o acumulador responsá- aplicada pressão hidráulica no atua-
vel pela alimentação do freio de estacionamento. dor do freio, a mola se comprime e o
freio é liberado. Esta estratégia é uti-
Ao acionar o interruptor do freio de estacionamento para desaplicar lizada para garantir que mesmo sem
o freio, ele energiza um solenóide que libera a passagem de pressão fluido hidráulico a máquina possa ser
hidráulica para o atuador do freio de estacionamento, liberando-o e parada com o uso do freio de estacio-
permitindo assim a movimentação da máquina. namento.

Acumulador hidráulico do Atuador do freio de estacionamento


freio de estacionamento e solenóide de controle
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W130B/W170B/W190B HIDRÁULICA 02

Note que se não houver pressão hidráulica o freio de estacionamento


não pode ser desaplicado.

Ao se pressionar o interruptor do freio de estacionamento para


aplica--lo, o solenóide é desenergizado e volta para sua posição de
repouso. Nesta posição o luxo hidráulico é direcionado para o tanque
e permite que a mola do atuador se estenda e assim aplique o freio.

O sistema de freio da W130B e o mesmo da 12D/12D evo. Vamos ver


no mais a frente do módulo sobre esse sistema.

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W130B/W170B/W190B

MOVIMENTAÇÃO DA CAÇAMBA
Nos equipamentos da série 21E os acionamentos dos carretéis dos Para carregar a caçamba o fluxo do
implementos são feitos através de pressão hidráulica vinda do joystick. fluido é no sentido de pressurizar a
Estas linhas são chamadas Linhas Piloto. A pressão nestas linhas é de cabeça do cilindro então o óleo prove-
aproximadamente 30 bar. niente das bombas é direcionado para
o pórtico A1 e despressurizar a haste,
Os cilindros da caçamba são ligados nos pórticos A1 e B1 do distribui- para isso o carretel presente no distri-
dor hidráulico, sendo que a cabeça dos cilindros são ligadas ao pórtico buidor direciona o pórtico B1 para o
A1 e a haste dos cilindros são ligadas ao pórtico B1. reservatório.

Pórticos de ligação das


Carretel da caçamba linhas piloto ao joystick.
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Para descarregar a caçamba o carretel do distribuidor inverte o acio- em um sentido. Invertendo o lado de
namento do cilindro, ou seja, pressuriza a haste do cilindro e despres- pressurização ele se movimenta no
suriza a cabeça. outro sentido.

O joystick de acionamento dos implementos é ligado nos pórticos a1 A linha piloto do joystick possui um
e b1, por onde ele pressuriza o carretel de acionamento da caçamba acumulador hidráulico e, após este
para movimenta-lo. As válvulas que liberam a linha piloto para acionar acumulador temos um ponto de me-
os carretéis, na posição de repouso ligam os dois lados do carretel dição onde pode ser medida a pressão
para o tanque e dessa forma ele não se movimenta. de alimentação da linha piloto.

Os equipamentos da série 21E executam a função de “Retorno a esca- Observação: A máquina do tipo TC pos-
vação”. Esta função é possível através do retém presente no joystick. sui 2 cilindros para movimentação da
caçamba. Já a máquina do tipo Z-Bar
Ao acionar o implemento, o joystick pressuriza um lado do carretel possui somente um cilindro para movi-
e direciona o outro para o tanque, desta forma ele se movimenta mentação da caçamba.

Válvulas de comando
do carretel da caçamba,
presentes no joystick.

Tomada de pressão
da linha piloto
Acumulador da linha piloto
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03 HIDRÁULICA
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W130B/W170B/W190B

MOVIMENTAÇÃO DO BRAÇO 01 - Este conjunto estava montado


junto com as bombas da W170B e
W190B e são responsáveis em
Como a W130B possui um distribuidor hidráulico diferente das
priorizar o funcionamento do orbitrol e
W170B e W190B, qual e a diferença e o que impacta em nosso
ao mesmo tempo poder angular a
diagnóstico do dia a dia?
bomba com o Load Sense do orbitrol.

Devemos saber que os objetivos são os mesmos, ou seja, linha


piloto e Load Sense trabalham da mesma forma que nas W170B e
W190B. O que muda são as posições de montagens, os pórticos
podem ser diferentes e também o local de montagem. Isso acontece
pois a alimentação do orbitrol em vez ir direto do compartimento das
bombas vai na W130B pelo distribuidor.

Em amarelo, um item que foi montado dentro do distribuidor da


W130B:

Pórticos de
ligação das linhas Válvulas unidirecionais
Carretel do braço piloto ao joystick e restrições
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VENTILADOR DO MOTOR
O ventilador do motor é gerenciado pelo AIC, tanto o controle de velo- Em seguida, inverte a entrada de pres-
cidade como o controle de reversão. são e o retorno do ventilador, fazendo-
-o girar em sentido contrário.
À começar pela reversão, o interruptor de acionamento da função ao ser
pressionado envia um sinal ao AIC e este pilota a eletroválvula de reversão. O controle de velocidade do ventilador
é feito através de uma eletroválvula tipo
Então vamos entender o que acontece no circuito hidráulico quando o PWM. Esta eletroválvula ao ser aciona-
AIC pilota a reversão do ventilador. da, abre a pressão da entrada do venti-
lador do motor para o tanque, o que di-
A eletroválvula responsável pela reversão do ventilador é do tipo ON- minui a quantidade de óleo no ventilador
-OFF. Ao ser acionada ela libera a passagem de fluido para pilotar os e diminui sua velocidade. Quanto mais
carretéis que direcionam o óleo para o ventilador. Quando estes carre- acionamentos forem efetuados nesta
téis são pilotados eles em um primeiro momento direcionam os dois válvula em um período de tempo, menor
lados do ventilador para o retorno, fazendo-o parar. será a rotação do ventilador do motor.

Carretéis de Eletroválvula tipo


alimentação do PWM de controle da Eletroválvula de
Motor do ventilador ventilador velocidade do ventilador reversão do ventilador

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// PARTIDA E RECARGA

IMPLEMENT PUMP:
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bomba Os implementos estão prontos para
dos implementos e a bomba da direção. Nessa linha existe um filtro funcionar! Observe que as alavancas
para evitar que alguma impureza contida no reservatório consiga ga- de controle dos implementos (caçam-
nhar a linha de alimentação do sistema. Observe que a linha de retorno ba e braço) controlam diretamente a
do sistema de direção é ligada a linha de alimentação das bombas 1 e 2. posição dos carretéis dentro do distri-
buidor hidráulico.
Após a sucção do fluido a bomba dos implementos o envia até a en-
trada do distribuidor hidráulico responsável pelos implementos, em
seu pórtico “P”. Dentro do distribuidor hidráulico, o óleo disponibilizado
pela bomba passa por todas os carretéis responsáveis pelos imple-
mentos e retorna ao tanque pelo pórtico “T”, passando por uma válvu-
la unidirecional (anti-retorno) e por um filtro.

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STEERING PUMP
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bom- Esse fluido circulando pelo ORBITROL
ba dos implementos e a bomba da direção. fica disponível para uso. Assim que o
operador virar o volante, o sistema já
Após a sucção do fluido do reservatório, a bomba o encaminha até a está disponível para uso.
entrada do ORBITROL, pórtico “P”. Ali, o fluido passa por uma válvula
de 3 posições e 6 vias de centro aberto para o tanque. Isso quer dizer
que o fluido entra no ORBITROL e sai de volta ao tanque,caso o siste-
ma esteja em repouso.

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03 HIDRÁULICA
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W130B/W170B/W190B

// PARTIDA E RECARGA
BOMBA DO SISTEMA DE FREIO
A W130B não possui duas bombas principais, possui uma bomba principal. Por este motivo, temos uma diferença
de montagem no hidráulico.
Exemplo:
A linha de Load Sense angula apenas uma bomba, tem o mesmo objetivo com algumas estratégias de
funcionamento montada no distribuidor, existe uma divisão entre o Load Sense do implemento e do orbitrol. O
orbitrol recebe o fluxo de bomba pelo distribuidor pórtico “S” e angula a bomba com a linha Load Sense ligada ao
pórtico “SX” do distribuidor. Como o distribuidor fornece o fluxo de bomba para o orbitrol, o divisor de fluxo do Load
Sense foi montado dentro do distribuidor, nos equipamentos W170B e W190B este divisor está montado junto
com a válvula de prioridade. Desta forma tanto o orbitrol como o distribuidor tem total controle da angulação da
bomba pelo Load Sense.

Não podemos esquecer que como a


W130B possui apenas uma bomba
principal, o fluxo e pressões de trabalho
mudam em relação as demais “W170B e
W190B” então fiquem ligados.
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tos. Ainda para cima, o fluido encontra outra válvula unidirecional e, ao vula também é pilotada com a pressão
passar, ele carrega um dos acumuladores do sistema de freios. Nessa hidráulica e carga de mola, tendendo a
mesma linha, o fluido desce e Alimenta o carretel do freio traseiro e mantê-la nesta posição.
gera o sinal do declutch.
O fluxo que conhecemos neste mo-
Voltando a primeira válvula do conjunto dos freios, ao passar por ela mento se mantém desta forma até
e subir, logo após a primeira válvula unidirecional, o fluido também vai que o sistema esteja completamente
para a direita, onde pilota a válvula de carga e passa por outra válvula carregado, inclusive os acumuladores.
unidirecional para alimentar o acumulador do freio dianteiro. Após o sistema estar carregado, cada
sistema irá se comportar de uma for-
Pronto! Sistema de freios carregado. Isso ocorre primeiro por uma ma e, por este motivo, vamos estuda-
questão de segurança operacional da máquina. -los um a um.

2ª Direção, para baixo: Como podemos observar no esquema


Ao sair para baixo, o fluido pilota a primeira válvula do conjunto de hidráulico, essa bomba é responsável
freios para cima (observe que esta válvula possui uma mola que com por alimentar a válvula pedal (freios) e
o auxílio da pressão hidráulica tende a manter a válvula na posição o ventilador do motor.
inicial). O fluido chega também a uma válvula de 2 posições, que num
primeiro momento encontra-se fechada. Além disso, a segunda vál-

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CARRETEL DE CONTROLE DE
CAÇAMBA – “BUCKET”:

O carretel de controle da caçamba (BUCKET) possui 3 posições e 6 vias:

1. Descarregar.
2. Repouso.
3. Carregar.
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Descarregar (posição 1 na imagem): zada. A haste do cilindro da caçamba


Nessa posição, a via superior do carretel permite a passagem de flui- é ligada ao pórtico B2 e a “cabeça” é li-
do proveniente da bomba para o pórtico A2 do distribuidor hidráulico. gada ao pórtico A2. Quando se efetua
Esse pórtico do distribuidor hidráulico é ligado à “cabeça” dos cilindros o movimento de carregar, por meio da
da caçamba e os pressuriza. Para efetuar o movimento de descar- alavanca de comando dos implemen-
regar, a parte inferior do cilindros deve estar pressurizada e a parte tos, o carretel da caçamba (BUCKET)
superior – haste dos cilindros – deve estar ligada ao retorno. vai para a posição 3. Nessa posição ela
abre a passagem do fluido pressuriza-
Veja como o carretel liga a haste dos cilindros para o retorno ao do proveniente da bomba para o pórti-
reservatório: co B2 e abre o passagem do pórtico A2
Observe que, na posição de descarregar, a via central do carretel abre para o retorno ao tanque. Dessa forma,
a passagem do óleo para o retorno. A via central do carretel é ligada o carretel pressuriza a haste dos cilin-
ao pórtico B2, que por sua vez é ligada à haste do cilindro e assim dros da caçamba e despressuriza a ca-
a despressuriza. Nessa posição temos pressão proveniente da bom- beça dos cilindros, efetuando assim, o
ba na cabeça dos cilindros e a haste despressurizada, retornando ao movimento de carregar.
reservatório. Assim, o cilindro estende-se e efetua o movimento de
descarregar a caçamba. Observe que na linha do pórtico B2 exis-
te uma válvula de segurança que alivia
Observe que na linha do pórtico A2 existe uma válvula de segurança a pressão caso esta exceda 115bar.
que alivia a pressão, caso exceda 230bar. Essa válvula possui regu- Essa válvula possui regulagem ajuste,
lagem de ajuste, PORÉM NÃO DEVEMOS ALTERAR A CALIBRAÇÃO PORÉM NÃO DEVEMOS ALTERAR A
ORIGINAL DE FÁBRICA. CALIBRAÇÃO ORIGINAL DE FÁBRICA.

Carretel em repouso (posição 2 na imagem): Observe que no carretel existe um so-


Nessa posição, o fluido que é fornecido pela bomba passa pela via lenóide. Sua função é reter a válvula na
inferior do carretel e segue dentro do distribuidor hidráulico para ali- posição de carregar até que a caçam-
mentar o circuito. Todas as demais vias do carretel encontram-se fe- ba atinja o nível do solo. Dessa forma,
chadas, logo, a caçamba não efetua nenhum movimento. ela executa a função “Retorno à esca-
vação”. Pode-se descer o braço que a
Carregar (posição 3 na imagem): caçamba está nivelada ao solo dando
Para efetuar o movimento de carregar a caçamba, a haste do cilindro um ganho de velocidade na operação
deve ser pressurizada e a “cabeça” do cilindro deve ser despressuri- do equipamento.
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W130B/W170B/W190B

// PARTIDA E RECARGA

SOLENÓIDE – FUNCIONAMENTO
ELÉTRICO:

O componente ESCAVATION RETURN SOLENOID é responsável por recebe negativo em seu terminal 87.
manter a alavanca na posição de carregar a caçamba, permitindo o Esse negativo será disponibilizado para
funcionamento da função retorno a escavação. o solenóide quando a caçamba estiver
fora da posição de nivelamento com o
Ele recebe um positivo vindo do fusível F-003 de 7,5A e busca negativo solo. Para esse controle temos um in-
no relé RELAY RETURN TO EXCAVATION em seu terminal 30. O relé terruptor de posição da caçamba.
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O Interruptor de posição da caçamba é alimentado com positivo vindo solenóide de retorno a escavação com
do mesmo fusível F-003 que alimenta o solenóide e recebe também negativo. Como o solenóide recebe po-
um negativo, como pode-se observar no esquema elétrico. É o inter- sitivo direto da chave via fusível, nesse
ruptor quem libera o negativo para acionar o relé de controle. Isso vai momento ele passa a atuar!
ocorrer quando a chapa de metal fixa na haste do cilindro da caçamba
não estiver próxima ao interruptor. O relé recebe positivo pós chave Acabamos de ver o funcionamento da
vindo também do fusível F-003. Quando ele recebe o negativo do inter- função retorno a escavação.
ruptor de posição da caçamba, fecha seu contato interno e alimenta o

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CONTROLE DO BRAÇO:
O pórtico “P” do distribuidor hidráulico dos implementos recebe ali- do vindo da bomba dos implementos
mentação hidráulica vindo da bomba dos implementos. Esta alimen- chega nela e, como o centro do carre-
tação fica disponível para acionar os implementos, quando solicitada tel é aberto, ele passa seguindo para
mediante movimento das alavancas de comando. o retorno. Além disso, ele alimenta o
carretel em uma via, que na posição de
Observe o carretel de controle do braço, denominado “LIFT”, que do repouso está fechada.
inglês significa “elevação”. É um carretel de 4 posições e 6 vias. O flui-
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Elevação do braço (posição 1 da imagem): Flutuação (posição 4da imagem):


O carretel desceu e se encontra em sua posição superior. Nessa posi- É a posição utilizada quando se deseja
ção, a pressão vinda da bomba é bloqueada. Porém, em sua via superior, limpar uma área sem escavar, como,
a pressão da bomba pode passar por uma válvula unidirecional e sair por exemplo, um galpão de concreto
pelo pórtico A3. Desta forma, segue até os cilindros de elevação e pres- para armazenamento de soja em que
suriza a cabeça do cilindro. Para subir, os cilindros devem ser pressuriza- deseja-se somente encher a caçamba
dos em sua “cabeça” e a haste do cilindro deve ser aberta para o tanque. da pá carregadeira com a soja, sem es-
cavar o chão.
Vejamos como ocorre a abertura da haste do cilindro para o tanque:
Quando o carretel está em sua posição superior, sua via central permi- Entenda tecnicamente essa função:
te a passagem do fluido do cilindro (haste do cilindro) para o retorno, Nesta posição, o carretel direciona o
passando por uma válvula unidirecional. Observe que a haste do cilin- fluxo hidráulico para a parte superior
dro do braço é ligada ao pórtico B3 do distribuidor hidráulico. do cilindro e a parte inferior do cilindro
fica aberta para o retorno, passando
Dica: Observe que, em paralelo com a alimentação do cilindro para pelo carretel. A pressão proveniente
subir, existe uma válvula pilotada pela própria pressão de elevação do da bomba passa por uma restrição no
braço. A função dessa é aliviar a pressão, caso ela exceda 212bar. carretel e é direcionada para o retorno
Nessa condição, a válvula abre a passagem da pressão de elevação ao tanque. Porém, existe uma ligação
do braço para o retorno ao tanque. Estsa válvula é calibrada, MAS NÃO após a restrição, entre a linha da bom-
PODEMOS ALTERAR ESTA CALIBRAÇÃO. Em caso de defeito nessa ba, as linhas da “cabeça” e da haste do
válvula, podemos ter a subida lenta do braço. Nesse casso, o fluido es- cilindro que podem ir direto para o re-
tará sendo dividido entre a elevação do braço e o retorno, fique atento! torno. Assim, consegue-se a flutuação
do braço.
Descida do braço (posição 3 da imagem):
Nesta posição, o fluido pressurizado proveniente da bomba entra pela Observe que no distribuidor hidráulico
via superior do distribuidor hidráulico e passa por uma válvula unidi- existe um solenóide. Sua função é per-
recional. Esse fluido sai pela via central do distribuidor hidráulico e é mitir o controle de altura do braço. É ele
enviado até o pórtico B3, de onde ele segue até a haste do cilindro de quem mantem a alavanca na posição
elevação do braço. de subida do braço até que atinja a po-
sição ajustada.
A cabeça do cilindro ligada ao pórtico A3 chega a via superior do carre-
tel, que na posição 3, direciona o fluido para o retorno ao tanque. Nessa
condição temos pressão na haste do cilindro e a “cabeça” do cilindro re-
tornando ao tanque, o que provoca o movimento de descida do braço.
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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
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W130B/W170B/W190B

// PARTIDA E RECARGA

SOLENÓIDE – FUNCIONAMENTO
ELÉTRICO:

O componente HEIGHT CONTROL SOLENOID é responsável por man- negativo. É o interruptor quem libera o
ter a alavanca na posição de elevação do braço, permitindo o funcio- negativo para acionar o relé de controle.
namento da função controle de altura. Isso ocorre quando o bloco de metal fixo
no braço não está próximo ao interruptor.
Ele recebe um positivo vindo do fusível F-003, de 7,5A, e busca ne- O relé recebe positivo pós chave vindo
gativo no relé RELAY CONTROL HEIGHT, em seu terminal 30. O relé também do fusível F-003. Quando ele re-
recebe negativo em seu terminal 87. Esse negativo será disponibiliza- cebe o negativo do interruptor de posição
do para o solenóide quando o braço estiver fora da posição ajustada. do braço, fecha seu contato interno e ali-
Para esse controle existe um interruptor de posição do braço. menta o solenóide de controle de altura.

O Interruptor de posição do braço é alimentado com positivo vindo do Acabamos de ver o funcionamento do
mesmo fusível, F-003, que alimenta o solenóide. Ele recebe também um controle de altura do braço.
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03 HIDRÁULICA
PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO

IMPLEMENT PUMP
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bom-
ba dos implementos e a bomba da direção. Nessa linha existe um
filtro para evitar que alguma impureza contida no reservatório consiga
ganhar a linha de alimentação do sistema.

Após a sucção do fluido, a bomba o envia até a entrada do distribuidor


hidráulico responsável pelos implementos, em seu pórtico “P”. Dentro
do distribuidor hidráulico, o óleo disponibilizado pela bomba passa por
todas os carretéis responsáveis pelos implementos e retorna ao tan-
que pelo pórtico “T”, passando por um filtro.

Os implementos estão prontos para funcionar! Observe que a alavan-


ca de controle dos implementos – caçamba e braço – controla direta-
mente a posição dos carretéis dentro do distribuidor hidráulico.
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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO HIDRÁULICA 03

STEERING PUMP
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bom- Esse fluido circulando pelo ORBITROL
ba dos implementos e a bomba da direção. fica disponível para uso. Assim que o
operador virar o volante, o sistema já
Após a sucção do fluido do reservatório, a bomba o encaminha até a está disponível para uso.
entrada do ORBITROL, pórtico “P”. Ali, o fluido passa por uma válvula
de 3 posições e 6 vias de centro aberto para o tanque. Isso quer dizer
que o fluido entra no ORBITROL e sai de volta ao tanque, caso o siste-
ma esteja em repouso.

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03 HIDRÁULICA
PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO

BOMBA DO SISTEMA DE FREIO:


A bomba é ligada diretamente ao tanque (linha de sucção) e envia o O fluxo que conhecemos neste mo-
óleo hidráulico diretamente ao conjunto da válvula de freios (pórtico P). mento se mantém desta forma até
No interior do conjunto, óleo encontra, logo ao entrar, uma válvula de 3 que o sistema esteja completamente
posições e 4 vias que também é pilotada pela pressão da bomba (ob- carregado, inclusive os acumuladores.
serve a linha em paralelo indo até a “cabeça” da válvula). Quando está Após o sistema estar carregado, cada
em repouso, essa válvula permite a passagem do fluido para 2 direções: sistema irá se comportar de uma for-
ma e, por este motivo, vamos estuda-
1ª direção, para cima: -los um a um.
Saindo para cima, o fluido passa por uma válvula unidirecional e che-
ga até o interruptor de pressão dos freios, que fecha seus contatos Como podemos observar no esquema
para indicar que a pressão está ok, apagando assim, a luz indicadora hidráulico, essa bomba é responsável
no painel de instrumentos. Ainda para cima, o fluido encontra outra por alimentar a válvula pedal (freios)
válvula unidirecional e, ao passar, ele carrega um dos acumuladores e todo o sistema de freios, inclusive o
do sistema de freios. Nessa mesma linha, o fluido desce e alimenta o freio de estacionamento.
carretel do freio traseiro, gerando o sinal do Declutch.

Voltando a primeira válvula do conjunto dos freios, ao passar por ela


e subir, logo após a primeira válvula unidirecional, o fluido também vai
para a direita, onde pilota a válvula de carga e passa por outra válvula
unidirecional para alimentar o acumulador do freio dianteiro.

Pronto! Sistema de freios carregado. Isso ocorre primeiro por uma


questão de segurança operacional da máquina.

2ª direção, para baixo:


Ao sair para baixo, o fluido pilota a primeira válvula do conjunto de
freios para cima (observe que esta válvula possui uma mola que com
o auxílio da pressão hidráulica tende a manter a válvula na posição
inicial). O fluido chega também a uma válvula de 2 posições, que num
primeiro momento encontra-se fechada. Além disso, a segunda vál-
vula também é pilotada com a pressão hidráulica e carga de mola,
tendendo a mantê-la nesta posição.
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DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO

SISTEMA DE DIREÇÃO:
O sistema de direção possui uma bomba exclusiva com capacidade
volumétrica de 27cc. Esta bomba é montada no conjunto das bom-
bas principais, junto à bomba responsável pelos implementos. Na li-
nha de sucção, ela possui filtro de tela dentro do reservatório de fluido
do sistema hidráulico para evitar que impurezas possam chegar as
linhas de alimentação do sistema de direção.

A bomba envia o fluido para a entrada do Orbitrol, em seu pórtico “P”.


Ali o fluido fica disponível para funcionar o sistema de direção.

Observe que os cilindros são ligados em “x” nos pórticos “L” e “R” do
Orbitrol. Isso faz com que ao se virar a máquina, o Orbitrol direcione
o fluxo de óleo para a cabeça de um cilindro e para a haste do outro.
Além disso, o Orbitrol direciona o lado que não foi pressurizado para o
tanque. Com isso, um dos cilindros se estende e o outro se retrai, isso
“empurra” um lado da máquina e “puxa” o outro, fazendo-a esterçar-se.

O Orbitrol é um componente que tem a função de prover o esterço


progressivo da máquina. Ou seja, o Orbitrol é o componente que trans-
mite ao sistema de direção os movimentos do volante e permite que a
máquina vire somente a quantidade solicitada pelo volante.
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DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO

SISTEMA DE FREIOS:
O sistema de freios é alimentado por uma bomba afixada no bloco do Existe uma estratégia feita dentro da
motor, logo abaixo da bomba de alta pressão de diesel. Essa bomba válvula pedal que , após os acumula-
alimenta a válvula pedal de freios e carrega os acumuladores . dores estarem carregados, fecha a
alimentação da bomba para o sistema
O sistema de freios possui um interruptor de pressão ligado na linha de de freios, tornando os acumuladores
alimentação dos acumuladores que tem a função de identificar uma bai- responsáveis pelo acionamento. Quan-
xa pressão do sistema e informar ao condutor a anomalia do sistema. do os freios são utilizados e a pressão
nas linhas dos acumuladores começa
Outros 2 interruptores são observados no esquema hidráulico, um a cair, o circuito permite novamente a
deles é o interruptor das luzes de freio “BRAKE LIGHT” e o outro é o alimentação da bomba para carregar
interruptor do Declutch. os acumuladores.

Quando o sistema está carregado ao se acionar o freio, um carretel Para o sistema de freios, temos 3
dentro do pedal do freio direciona o fluido presente no acumulador pontos com válvulas para medir
para os freios dianteiros, que imediatamente atuam. Observe que o pressão, são eles:
acumulador responsável pelos freios dianteiros é ligado ao pórtico R1 ∙∙ 1 na linha de alimentação do switch
da válvula pedal. responsável pelo declutch;
∙∙ 1 na linha do acumulador dos freios
Ainda com o pedal de freio acionado, um segundo carretel acionado dianteiros;
hidraulicamente direciona o fluido presente no acumulador para os ∙∙ 1 na linha do acumulador dos freios
freios traseiros, que neste momento passam a atuar. Observe que o traseiros.
acumulador responsável pelos freios traseiros é ligado ao pórtico R2
da válvula pedal.
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DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO

CARRETEL DE CONTROLE DE
CAÇAMBA – “BUCKET”: Carregar (posição 3 na imagem):
Para efetuar o movimento de carregar
O carretel de controle da caçamba (BUCKET) possui 3 posições e
a caçamba, a haste do cilindro deve ser
6 vias:
∙∙ Descarregar.
pressurizada e a “cabeça” do cilindro

∙∙ Repouso.
deve ser despressurizada. A haste do

∙∙ Carregar.
cilindro da caçamba é ligada ao pórtico
B2 e a “cabeça” é ligada ao pórtico A2.
Quando se efetua o movimento de car-
Descarregar (posição 1 na imagem):
regar, por meio da alavanca de coman-
Nessa posição, a via superior do carretel permite a passagem de flui-
do dos implementos, o carretel da ca-
do proveniente da bomba para o pórtico A2 do distribuidor hidráulico.
çamba (BUCKET) vai para a posição 3.
Esse pórtico do distribuidor hidráulico é ligado à “cabeça” dos cilindros
Nessa posição ela abre a passagem do
da caçamba e os pressuriza. Para efetuar o movimento de descar-
fluido pressurizado proveniente da bom-
regar, a parte inferior do cilindros deve estar pressurizada e a parte
ba para o pórtico B2 e abre o passagem
superior – haste dos cilindros – deve estar ligada ao retorno.
do pórtico A2 para o retorno ao tanque.
Dessa forma, o carretel pressuriza a has-
Veja como o carretel liga a haste dos cilindros para o retorno ao
te dos cilindros da caçamba e despres-
reservatório:
suriza a cabeça dos cilindros, efetuando
Observe que, na posição de descarregar, a via central do carretel abre
assim, o movimento de carregar.
a passagem do óleo para o retorno. A via central do carretel é ligada
ao pórtico B2, que, por sua vez, é ligada à haste do cilindro e assim
Observe que na linha do pórtico B2 exis-
a despressuriza. Nessa posição temos pressão proveniente da bom-
te uma válvula de segurança que alivia
ba na cabeça dos cilindros e a haste despressurizada, retornando ao
a pressão caso esta exceda 115bar.
reservatório. Assim, o cilindro estende-se e efetua o movimento de
Essa válvula possui regulagem ajuste,
descarregar a caçamba.
PORÉM NÃO DEVEMOS ALTERAR A
CALIBRAÇÃO ORIGINAL DE FÁBRICA.
Observe que na linha do pórtico A2 existe uma válvula de segurança
que alivia a pressão, caso exceda 230bar. Essa válvula possui regu-
Observe que no carretel existe um so-
lagem de ajuste, PORÉM NÃO DEVEMOS ALTERAR A CALIBRAÇÃO
lenóide. Sua função é reter a válvula na
ORIGINAL DE FÁBRICA.
posição de carregar até que a caçam-
ba atinja o nível do solo. Dessa forma,
Carretel em repouso (posição 2 na imagem):
ela executa a função “Retorno à esca-
Nessa posição, o fluido que é fornecido pela bomba passa pela via
vação”. Pode-se descer o braço que a
inferior do carretel e segue dentro do distribuidor hidráulico para ali-
caçamba está nivelada ao solo dando
mentar o circuito. Todas as demais vias do carretel encontram-se fe-
um ganho de velocidade na operação
chadas, logo, a caçamba não efetua nenhum movimento.
do equipamento.
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CONTROLE DO BRAÇO:
O pórtico “P” do distribuidor hidráulico dos implementos recebe ali- do braço. A função dessa é aliviar a
mentação hidráulica vindo da bomba dos implementos. Esta alimen- pressão, caso ela exceda 212bar.
tação fica disponível para acionar os implementos, quando solicitada Nessa condição, a válvula abre a pas-
mediante movimento das alavancas de comando. sagem da pressão de elevação do
braço para o retorno ao tanque. Essa
Observe o carretel de controle do braço, denominado “LIFT”, que do válvula é calibrada, MAS NÃO PODE-
inglês significa “elevação”. É um carretel de 4 posições e 6 vias. O flui- MOS ALTERAR ESTA CALIBRAÇÃO.
do vindo da bomba dos implementos chega nela e, como o centro do Em caso de defeito nessa válvula,
carretel é aberto, ele passa seguindo para o retorno. Além disso, ele ali- podemos ter a subida lenta do braço.
menta o carretel em uma via, que na posição de repouso está fechada. Nesse casso, o fluido estará sendo di-
vidido entre a elevação do braço e o
Elevação do braço (posição 1 da imagem): retorno, fique atento!
O carretel desceu e se encontra em sua posição superior. Nessa posi-
ção, a pressão vinda da bomba é bloqueada. Porém, em sua via supe- Descida do braço (posição 3 da ima-
rior, a pressão da bomba pode passar por uma válvula unidirecional e gem):
sair pelo pórtico A3. Desta forma, segue até os cilindros de elevação Nesta posição, o fluido pressurizado
e pressuriza a cabeça do cilindro. Para subir, os cilindros devem ser proveniente da bomba entra pela via
pressurizados em sua “cabeça” e a haste do cilindro deve ser aberta superior do distribuidor hidráulico e
para o tanque. passa por uma válvula unidirecional.
Esse fluido sai pela via central do distri-
Vejamos como ocorre a abertura da haste do cilindro para o tanque: buidor hidráulico e é enviado até o pór-
Quando o carretel está em sua posição superior, sua via central permi- tico B3, de onde ele segue até a haste
te a passagem do fluido do cilindro (haste do cilindro) para o retorno, do cilindro de elevação do braço.
passando por uma válvula unidirecional. Observe que a haste do cilin-
dro do braço é ligada ao pórtico B3 do distribuidor hidráulico. A cabeça do cilindro ligada ao pórtico
A3 chega a via superior do carretel, que
Dica: Observe que, em paralelo com a alimentação do cilindro para na posição 3, direciona o fluido para o
subir, existe uma válvula pilotada pela própria pressão de elevação retorno ao tanque. Nessa condição
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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO HIDRÁULICA 03

temos pressão na haste do cilindro e a “cabeça” do cilindro retornando Porém, existe uma ligação após a res-
ao tanque, o que provoca o movimento de descida do braço. trição, entre a linha da bomba, as linhas
da “cabeça” e da haste do cilindro que
Flutuação (posição 4 da imagem): podem ir direto para o retorno. Assim,
É a posição utilizada quando se deseja limpar uma área sem escavar, consegue-se a flutuação do braço.
como, por exemplo, um galpão de concreto para armazenamento de
soja em que deseja-se somente encher a caçamba da pá carregadeira Observe que no distribuidor hidráuli-
com a soja, sem escavar o chão. co existe um solenóide. Sua função é
permitir o controle de altura do braço.
Entenda tecnicamente essa função: É ele quem mantem a alavanca na po-
Nesta posição, o carretel direciona o fluxo hidráulico para a parte su- sição de subida do braço até que atinja
perior do cilindro e a parte inferior do cilindro fica aberta para o retor- a posição ajustada.
no, passando pelo carretel. A pressão proveniente da bomba passa
por uma restrição no carretel e é direcionada para o retorno ao tanque.

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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO

RETORNO À ESCAVAÇÃO:
O componente Solenoide Limitador é responsável por manter a ala-
vanca na posição de carregar a caçamba, permitindo o funcionamen-
to da função retorno a escavação.

O solenoide recebe um massa e busca positivo no Interruptor de Limi-


tação – componente 5 –, em seu terminal B. O Interruptor de Limita-
ção recebe positivo pelo fusível F10 de 5,0A. Esse positivo é disponibi-
lizado para o solenoide quando a caçamba estiver fora da posição de
nivelamento com o solo.

O interruptor é do tipo chave, ou seja, quando a caçamba está fora da


posição de nivelamento com o solo, o interruptor está fechado e libera
positivo para o solenoide. Quando a caçamba está nivelada ao solo, a
chave do interruptor se abre e corta o positivo do solenoide, assim a
função é desabilitada.
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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO HIDRÁULICA 03

CONTROLE DE ALTURA:
O componente Solenoide Limitador do Braço é responsável por man-
ter a alavanca na posição de elevação do braço, permitindo o funcio-
namento da função controle de altura.

Ele recebe massa direto e busca positivo no Interruptor de Limitação


do Braço. O interruptor recebe positivo pelo fusível F10 de 5,0A. Esse
positivo é disponibilizado para o solenoide quando o braço estiver fora
da posição ajustada.

O interruptor é do tipo chave, ou seja, quando o braço está fora da


posição ajustada, o interruptor está fechado e libera positivo para o
solenoide. Quando o braço está na posição ajustada, a chave do in-
terruptor se abre e corta o positivo do solenoide, assim a função é
desabilitada.

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HIDRÁULICA

PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA


DIAGNÓSTICO EM
PÁS CARREGADEIRAS
EXERCÍCIOS
HIDRÁULICA

1- Quantas bombas hidráulicas a W190B possui? Descreva onde estão localizadas na


máquina.

2- Na W170B qual das bombas hidráulicas alimenta o ventilador do motor?

3- Se o motor da máquina parar de funcionar quem mantem o freio hidráulico operante por
um determinado período?

4- Descreva os equipamentos que as 2 bombas principais da 12D EVO são responsáveis em


alimentar.

5- O que é uma linha piloto e como esta linha funciona no equipamento?


HIDRÁULICA

6- Com relação aos conceitos hidráulicos o que deve acontecer para a pressão subir?

A- Aumentar a vazão de bomba ou diminuir a área.


B- Manter a vazão de bomba e aumentar a área.
C- Direcionar o fluxo direto para o tanque.
D- Aumentar a área e colocar um acumulador.

7- No equipamento W170B, quem controla a reversão e a velocidade do ventilador?

8- Como é denominado o circuito capaz de verificar a demanda do sistema hidráulico e


aumentar ou diminuir a vazão das bombas principais?

9- Qual afirmativa está correta:

A- O Declutch utiliza o fluxo da linha piloto para acionar a transmissão;


B- O sistema hidráulico utiliza fluxo controlado para liberar a pressão de acionamento da válvula pedal.
C- A linha piloto utiliza o fluxo de bomba principal para o Joystick pilotar os carretéis.
D- A linha piloto utiliza uma bomba exclusiva para seu funcionamento.
HIDRÁULICA

10-Como o automático do hidráulico da 12D/12D EVO funciona?

A- Retendo a alavanca do controle na posição por reténs magnéticos.


B- Retendo o carretel direto no distribuidor com solenoides 24V.
C- O Joystick fica energizado promovendo um retém magnético para travar nesta posição.
D- Fica retido por um fluxo hidráulico liberado por um solenoide do automático.

11-Quantas bombas hidráulicas a 12D possui?

A- Possui 3 bombas ao todo.


B- Possui 2 bombas.
C- Possui 2 bombas principais e 2 para implemento.
D- Possui 3 bombas principais e 1 para acionamento do Declutch.

12- Qual afirmativa esta correta:

A- A 12D possui ventilador elétrico no cooling box.


B- A 12D EVO possui cooling box com ventilador hidráulico.
C- A 12D possui reversão do ventilador automático.
D- A 12D EVO possui ventilador hidráulico com reversão comandada por PWM.

13- Com relação a 12D/12D EVO, o que acontece no carretel do braço quando a alavanca de
comando é colocada na posição de flutuação?
A- O solenoide do distribuidor libera o fluxo direto para o tanque colocando o implemento em flutuação.
B- A alavanca fica travada colocando o carretel em posição de pressurizar a haste do cilindro.
C- O carretel fica travado na posição de neutro, liberando o fluxo para o tanque.
D- O solenoide retém o carretel em posição de flutuação, onde o fluxo de bomba cruza com saída para
haste do cilindro, saída para a cabeça do cilindro e saída para o retorno ao tanque, deixando o cilindro do
implemento livre para movimentos.

14- O carretel quando libera fluxo em uma direção do cilindro, ao mesmo tempo libera o outro
lado do cilindro para retorno ao tanque. Por que isto acontece?
A- Apenas para coletar novamente o óleo do cilindro.
B- Para retirar temperatura do fluido hidráulico.
C- Para que não ocorra calço hidráulico no cilindro.
D- Não libera para tanque, apenas direciona para a bomba.
HIDRÁULICA

15-O sistema hidráulico do distribuidor da 12D tem uma válvula calibrada por mola entre a
linha de pressão e a linha de retorno (válvula de alívio). Qual a finalidade desta válvula?
A- Liberar fluxo para o retorno quando a pressão for maior que a nominal, para evitar danos no circuito
hidráulico.
B- Manter uma pressão de retorno estável em operações.
C- Liberar fluxo para retorno quando a temperatura do fluido estiver alta.
D- Esta válvula abre sempre que tiver uma depressão na linha de bomba para evitar a cavitação.

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