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02 HIDRÁULICA
PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
W130B/W170B/W190B
SISTEMA DE FREIOS
Como vimos no treinamento web, o sistema de freios é alimentado Na linha de alimentação do acumu-
por uma bomba exclusiva. Vamos analisar o funcionamento do siste- lador dos freios dianteiros também
ma de freios considerando todo o sistema já carregado. temos uma tomada de pressão, TP7,
onde é possível medir a pressão no
Para os freios de serviço, o sistema possui 2 acumuladores hidráuli- acumulador com uso de equipamento
cos, sendo 1 para os freios traseiros e 1 para os freios dianteiros. Na específico.
linha de alimentação do acumulador dos freios traseiros temos uma
tomada de pressão, TP6, onde é possível medir a pressão no acumu- Ao acionar o pedal de freios, o movi-
lador com uso de equipamento específico. mento posiciona o carretel dos freios
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traseiros na posição de alimentar os freios do eixo traseiro, concluí- mento dos freios, ou seja, com esta es-
mos que o acionamento deste carretel é mecânico e direto do pedal tratégia os freios são acionados con-
para o carretel. forme a força aplicada no pedal pelo
operador.
Após acionar o carretel dos freios traseiros, uma linha de alimentação
na saída deste carretel é responsável por pilotar o carretel de acio- O sistema de freios possui mais duas
namento dos freios dianteiros, logo concluímos que o acionamento tomadas de pressão, uma na linha de
deste carretel é hidráulico e depende da pressão na saída do carretel alimentação dos freios traseiros (TP10)
de acionamento dos freios traseiros. e outra na linha de alimentação dos
freios dianteiros (TP11). Nestas toma-
A mesma linha que pilota o carretel dos freios dianteiros também pilo- das de pressão, é possível medir a pres-
ta o carretel de acionamento dos freios traseiros no sentido contrário são de acionamento do freio traseiro e
ao pedal de freios, isso proporciona uma progressividade no aciona- do freio dianteiro separadamente.
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Freio de estacionamento
O freio de estacionamento possui um acumulador exclusivo como Lembre-se que o freio é acionado por
pode ser visto no esquema hidráulico (componente 5). Este acumu- ação de mola, ou seja, quando se tira a
lador é ligado ao pórtico S3 da válvula pedal de freio. Observe que na pressão hidráulica do atuador, a mola
linha do acumulador existe uma válvula anti retorno que após o acu- se estende e bloqueia o freio. Ao ser
mulador estar carregado se fecha, tornando o acumulador responsá- aplicada pressão hidráulica no atua-
vel pela alimentação do freio de estacionamento. dor do freio, a mola se comprime e o
freio é liberado. Esta estratégia é uti-
Ao acionar o interruptor do freio de estacionamento para desaplicar lizada para garantir que mesmo sem
o freio, ele energiza um solenóide que libera a passagem de pressão fluido hidráulico a máquina possa ser
hidráulica para o atuador do freio de estacionamento, liberando-o e parada com o uso do freio de estacio-
permitindo assim a movimentação da máquina. namento.
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MOVIMENTAÇÃO DA CAÇAMBA
Nos equipamentos da série 21E os acionamentos dos carretéis dos Para carregar a caçamba o fluxo do
implementos são feitos através de pressão hidráulica vinda do joystick. fluido é no sentido de pressurizar a
Estas linhas são chamadas Linhas Piloto. A pressão nestas linhas é de cabeça do cilindro então o óleo prove-
aproximadamente 30 bar. niente das bombas é direcionado para
o pórtico A1 e despressurizar a haste,
Os cilindros da caçamba são ligados nos pórticos A1 e B1 do distribui- para isso o carretel presente no distri-
dor hidráulico, sendo que a cabeça dos cilindros são ligadas ao pórtico buidor direciona o pórtico B1 para o
A1 e a haste dos cilindros são ligadas ao pórtico B1. reservatório.
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Para descarregar a caçamba o carretel do distribuidor inverte o acio- em um sentido. Invertendo o lado de
namento do cilindro, ou seja, pressuriza a haste do cilindro e despres- pressurização ele se movimenta no
suriza a cabeça. outro sentido.
O joystick de acionamento dos implementos é ligado nos pórticos a1 A linha piloto do joystick possui um
e b1, por onde ele pressuriza o carretel de acionamento da caçamba acumulador hidráulico e, após este
para movimenta-lo. As válvulas que liberam a linha piloto para acionar acumulador temos um ponto de me-
os carretéis, na posição de repouso ligam os dois lados do carretel dição onde pode ser medida a pressão
para o tanque e dessa forma ele não se movimenta. de alimentação da linha piloto.
Os equipamentos da série 21E executam a função de “Retorno a esca- Observação: A máquina do tipo TC pos-
vação”. Esta função é possível através do retém presente no joystick. sui 2 cilindros para movimentação da
caçamba. Já a máquina do tipo Z-Bar
Ao acionar o implemento, o joystick pressuriza um lado do carretel possui somente um cilindro para movi-
e direciona o outro para o tanque, desta forma ele se movimenta mentação da caçamba.
Válvulas de comando
do carretel da caçamba,
presentes no joystick.
Tomada de pressão
da linha piloto
Acumulador da linha piloto
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Pórticos de
ligação das linhas Válvulas unidirecionais
Carretel do braço piloto ao joystick e restrições
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VENTILADOR DO MOTOR
O ventilador do motor é gerenciado pelo AIC, tanto o controle de velo- Em seguida, inverte a entrada de pres-
cidade como o controle de reversão. são e o retorno do ventilador, fazendo-
-o girar em sentido contrário.
À começar pela reversão, o interruptor de acionamento da função ao ser
pressionado envia um sinal ao AIC e este pilota a eletroválvula de reversão. O controle de velocidade do ventilador
é feito através de uma eletroválvula tipo
Então vamos entender o que acontece no circuito hidráulico quando o PWM. Esta eletroválvula ao ser aciona-
AIC pilota a reversão do ventilador. da, abre a pressão da entrada do venti-
lador do motor para o tanque, o que di-
A eletroválvula responsável pela reversão do ventilador é do tipo ON- minui a quantidade de óleo no ventilador
-OFF. Ao ser acionada ela libera a passagem de fluido para pilotar os e diminui sua velocidade. Quanto mais
carretéis que direcionam o óleo para o ventilador. Quando estes carre- acionamentos forem efetuados nesta
téis são pilotados eles em um primeiro momento direcionam os dois válvula em um período de tempo, menor
lados do ventilador para o retorno, fazendo-o parar. será a rotação do ventilador do motor.
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// PARTIDA E RECARGA
IMPLEMENT PUMP:
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bomba Os implementos estão prontos para
dos implementos e a bomba da direção. Nessa linha existe um filtro funcionar! Observe que as alavancas
para evitar que alguma impureza contida no reservatório consiga ga- de controle dos implementos (caçam-
nhar a linha de alimentação do sistema. Observe que a linha de retorno ba e braço) controlam diretamente a
do sistema de direção é ligada a linha de alimentação das bombas 1 e 2. posição dos carretéis dentro do distri-
buidor hidráulico.
Após a sucção do fluido a bomba dos implementos o envia até a en-
trada do distribuidor hidráulico responsável pelos implementos, em
seu pórtico “P”. Dentro do distribuidor hidráulico, o óleo disponibilizado
pela bomba passa por todas os carretéis responsáveis pelos imple-
mentos e retorna ao tanque pelo pórtico “T”, passando por uma válvu-
la unidirecional (anti-retorno) e por um filtro.
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STEERING PUMP
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bom- Esse fluido circulando pelo ORBITROL
ba dos implementos e a bomba da direção. fica disponível para uso. Assim que o
operador virar o volante, o sistema já
Após a sucção do fluido do reservatório, a bomba o encaminha até a está disponível para uso.
entrada do ORBITROL, pórtico “P”. Ali, o fluido passa por uma válvula
de 3 posições e 6 vias de centro aberto para o tanque. Isso quer dizer
que o fluido entra no ORBITROL e sai de volta ao tanque,caso o siste-
ma esteja em repouso.
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BOMBA DO SISTEMA DE FREIO
A W130B não possui duas bombas principais, possui uma bomba principal. Por este motivo, temos uma diferença
de montagem no hidráulico.
Exemplo:
A linha de Load Sense angula apenas uma bomba, tem o mesmo objetivo com algumas estratégias de
funcionamento montada no distribuidor, existe uma divisão entre o Load Sense do implemento e do orbitrol. O
orbitrol recebe o fluxo de bomba pelo distribuidor pórtico “S” e angula a bomba com a linha Load Sense ligada ao
pórtico “SX” do distribuidor. Como o distribuidor fornece o fluxo de bomba para o orbitrol, o divisor de fluxo do Load
Sense foi montado dentro do distribuidor, nos equipamentos W170B e W190B este divisor está montado junto
com a válvula de prioridade. Desta forma tanto o orbitrol como o distribuidor tem total controle da angulação da
bomba pelo Load Sense.
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tos. Ainda para cima, o fluido encontra outra válvula unidirecional e, ao vula também é pilotada com a pressão
passar, ele carrega um dos acumuladores do sistema de freios. Nessa hidráulica e carga de mola, tendendo a
mesma linha, o fluido desce e Alimenta o carretel do freio traseiro e mantê-la nesta posição.
gera o sinal do declutch.
O fluxo que conhecemos neste mo-
Voltando a primeira válvula do conjunto dos freios, ao passar por ela mento se mantém desta forma até
e subir, logo após a primeira válvula unidirecional, o fluido também vai que o sistema esteja completamente
para a direita, onde pilota a válvula de carga e passa por outra válvula carregado, inclusive os acumuladores.
unidirecional para alimentar o acumulador do freio dianteiro. Após o sistema estar carregado, cada
sistema irá se comportar de uma for-
Pronto! Sistema de freios carregado. Isso ocorre primeiro por uma ma e, por este motivo, vamos estuda-
questão de segurança operacional da máquina. -los um a um.
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CARRETEL DE CONTROLE DE
CAÇAMBA – “BUCKET”:
1. Descarregar.
2. Repouso.
3. Carregar.
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SOLENÓIDE – FUNCIONAMENTO
ELÉTRICO:
O componente ESCAVATION RETURN SOLENOID é responsável por recebe negativo em seu terminal 87.
manter a alavanca na posição de carregar a caçamba, permitindo o Esse negativo será disponibilizado para
funcionamento da função retorno a escavação. o solenóide quando a caçamba estiver
fora da posição de nivelamento com o
Ele recebe um positivo vindo do fusível F-003 de 7,5A e busca negativo solo. Para esse controle temos um in-
no relé RELAY RETURN TO EXCAVATION em seu terminal 30. O relé terruptor de posição da caçamba.
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O Interruptor de posição da caçamba é alimentado com positivo vindo solenóide de retorno a escavação com
do mesmo fusível F-003 que alimenta o solenóide e recebe também negativo. Como o solenóide recebe po-
um negativo, como pode-se observar no esquema elétrico. É o inter- sitivo direto da chave via fusível, nesse
ruptor quem libera o negativo para acionar o relé de controle. Isso vai momento ele passa a atuar!
ocorrer quando a chapa de metal fixa na haste do cilindro da caçamba
não estiver próxima ao interruptor. O relé recebe positivo pós chave Acabamos de ver o funcionamento da
vindo também do fusível F-003. Quando ele recebe o negativo do inter- função retorno a escavação.
ruptor de posição da caçamba, fecha seu contato interno e alimenta o
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CONTROLE DO BRAÇO:
O pórtico “P” do distribuidor hidráulico dos implementos recebe ali- do vindo da bomba dos implementos
mentação hidráulica vindo da bomba dos implementos. Esta alimen- chega nela e, como o centro do carre-
tação fica disponível para acionar os implementos, quando solicitada tel é aberto, ele passa seguindo para
mediante movimento das alavancas de comando. o retorno. Além disso, ele alimenta o
carretel em uma via, que na posição de
Observe o carretel de controle do braço, denominado “LIFT”, que do repouso está fechada.
inglês significa “elevação”. É um carretel de 4 posições e 6 vias. O flui-
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SOLENÓIDE – FUNCIONAMENTO
ELÉTRICO:
O componente HEIGHT CONTROL SOLENOID é responsável por man- negativo. É o interruptor quem libera o
ter a alavanca na posição de elevação do braço, permitindo o funcio- negativo para acionar o relé de controle.
namento da função controle de altura. Isso ocorre quando o bloco de metal fixo
no braço não está próximo ao interruptor.
Ele recebe um positivo vindo do fusível F-003, de 7,5A, e busca ne- O relé recebe positivo pós chave vindo
gativo no relé RELAY CONTROL HEIGHT, em seu terminal 30. O relé também do fusível F-003. Quando ele re-
recebe negativo em seu terminal 87. Esse negativo será disponibiliza- cebe o negativo do interruptor de posição
do para o solenóide quando o braço estiver fora da posição ajustada. do braço, fecha seu contato interno e ali-
Para esse controle existe um interruptor de posição do braço. menta o solenóide de controle de altura.
O Interruptor de posição do braço é alimentado com positivo vindo do Acabamos de ver o funcionamento do
mesmo fusível, F-003, que alimenta o solenóide. Ele recebe também um controle de altura do braço.
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IMPLEMENT PUMP
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bom-
ba dos implementos e a bomba da direção. Nessa linha existe um
filtro para evitar que alguma impureza contida no reservatório consiga
ganhar a linha de alimentação do sistema.
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STEERING PUMP
A bomba é ligada ao reservatório por uma linha comum entre a bom- Esse fluido circulando pelo ORBITROL
ba dos implementos e a bomba da direção. fica disponível para uso. Assim que o
operador virar o volante, o sistema já
Após a sucção do fluido do reservatório, a bomba o encaminha até a está disponível para uso.
entrada do ORBITROL, pórtico “P”. Ali, o fluido passa por uma válvula
de 3 posições e 6 vias de centro aberto para o tanque. Isso quer dizer
que o fluido entra no ORBITROL e sai de volta ao tanque, caso o siste-
ma esteja em repouso.
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SISTEMA DE DIREÇÃO:
O sistema de direção possui uma bomba exclusiva com capacidade
volumétrica de 27cc. Esta bomba é montada no conjunto das bom-
bas principais, junto à bomba responsável pelos implementos. Na li-
nha de sucção, ela possui filtro de tela dentro do reservatório de fluido
do sistema hidráulico para evitar que impurezas possam chegar as
linhas de alimentação do sistema de direção.
Observe que os cilindros são ligados em “x” nos pórticos “L” e “R” do
Orbitrol. Isso faz com que ao se virar a máquina, o Orbitrol direcione
o fluxo de óleo para a cabeça de um cilindro e para a haste do outro.
Além disso, o Orbitrol direciona o lado que não foi pressurizado para o
tanque. Com isso, um dos cilindros se estende e o outro se retrai, isso
“empurra” um lado da máquina e “puxa” o outro, fazendo-a esterçar-se.
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SISTEMA DE FREIOS:
O sistema de freios é alimentado por uma bomba afixada no bloco do Existe uma estratégia feita dentro da
motor, logo abaixo da bomba de alta pressão de diesel. Essa bomba válvula pedal que , após os acumula-
alimenta a válvula pedal de freios e carrega os acumuladores . dores estarem carregados, fecha a
alimentação da bomba para o sistema
O sistema de freios possui um interruptor de pressão ligado na linha de de freios, tornando os acumuladores
alimentação dos acumuladores que tem a função de identificar uma bai- responsáveis pelo acionamento. Quan-
xa pressão do sistema e informar ao condutor a anomalia do sistema. do os freios são utilizados e a pressão
nas linhas dos acumuladores começa
Outros 2 interruptores são observados no esquema hidráulico, um a cair, o circuito permite novamente a
deles é o interruptor das luzes de freio “BRAKE LIGHT” e o outro é o alimentação da bomba para carregar
interruptor do Declutch. os acumuladores.
Quando o sistema está carregado ao se acionar o freio, um carretel Para o sistema de freios, temos 3
dentro do pedal do freio direciona o fluido presente no acumulador pontos com válvulas para medir
para os freios dianteiros, que imediatamente atuam. Observe que o pressão, são eles:
acumulador responsável pelos freios dianteiros é ligado ao pórtico R1 ∙∙ 1 na linha de alimentação do switch
da válvula pedal. responsável pelo declutch;
∙∙ 1 na linha do acumulador dos freios
Ainda com o pedal de freio acionado, um segundo carretel acionado dianteiros;
hidraulicamente direciona o fluido presente no acumulador para os ∙∙ 1 na linha do acumulador dos freios
freios traseiros, que neste momento passam a atuar. Observe que o traseiros.
acumulador responsável pelos freios traseiros é ligado ao pórtico R2
da válvula pedal.
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CARRETEL DE CONTROLE DE
CAÇAMBA – “BUCKET”: Carregar (posição 3 na imagem):
Para efetuar o movimento de carregar
O carretel de controle da caçamba (BUCKET) possui 3 posições e
a caçamba, a haste do cilindro deve ser
6 vias:
∙∙ Descarregar.
pressurizada e a “cabeça” do cilindro
∙∙ Repouso.
deve ser despressurizada. A haste do
∙∙ Carregar.
cilindro da caçamba é ligada ao pórtico
B2 e a “cabeça” é ligada ao pórtico A2.
Quando se efetua o movimento de car-
Descarregar (posição 1 na imagem):
regar, por meio da alavanca de coman-
Nessa posição, a via superior do carretel permite a passagem de flui-
do dos implementos, o carretel da ca-
do proveniente da bomba para o pórtico A2 do distribuidor hidráulico.
çamba (BUCKET) vai para a posição 3.
Esse pórtico do distribuidor hidráulico é ligado à “cabeça” dos cilindros
Nessa posição ela abre a passagem do
da caçamba e os pressuriza. Para efetuar o movimento de descar-
fluido pressurizado proveniente da bom-
regar, a parte inferior do cilindros deve estar pressurizada e a parte
ba para o pórtico B2 e abre o passagem
superior – haste dos cilindros – deve estar ligada ao retorno.
do pórtico A2 para o retorno ao tanque.
Dessa forma, o carretel pressuriza a has-
Veja como o carretel liga a haste dos cilindros para o retorno ao
te dos cilindros da caçamba e despres-
reservatório:
suriza a cabeça dos cilindros, efetuando
Observe que, na posição de descarregar, a via central do carretel abre
assim, o movimento de carregar.
a passagem do óleo para o retorno. A via central do carretel é ligada
ao pórtico B2, que, por sua vez, é ligada à haste do cilindro e assim
Observe que na linha do pórtico B2 exis-
a despressuriza. Nessa posição temos pressão proveniente da bom-
te uma válvula de segurança que alivia
ba na cabeça dos cilindros e a haste despressurizada, retornando ao
a pressão caso esta exceda 115bar.
reservatório. Assim, o cilindro estende-se e efetua o movimento de
Essa válvula possui regulagem ajuste,
descarregar a caçamba.
PORÉM NÃO DEVEMOS ALTERAR A
CALIBRAÇÃO ORIGINAL DE FÁBRICA.
Observe que na linha do pórtico A2 existe uma válvula de segurança
que alivia a pressão, caso exceda 230bar. Essa válvula possui regu-
Observe que no carretel existe um so-
lagem de ajuste, PORÉM NÃO DEVEMOS ALTERAR A CALIBRAÇÃO
lenóide. Sua função é reter a válvula na
ORIGINAL DE FÁBRICA.
posição de carregar até que a caçam-
ba atinja o nível do solo. Dessa forma,
Carretel em repouso (posição 2 na imagem):
ela executa a função “Retorno à esca-
Nessa posição, o fluido que é fornecido pela bomba passa pela via
vação”. Pode-se descer o braço que a
inferior do carretel e segue dentro do distribuidor hidráulico para ali-
caçamba está nivelada ao solo dando
mentar o circuito. Todas as demais vias do carretel encontram-se fe-
um ganho de velocidade na operação
chadas, logo, a caçamba não efetua nenhum movimento.
do equipamento.
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CONTROLE DO BRAÇO:
O pórtico “P” do distribuidor hidráulico dos implementos recebe ali- do braço. A função dessa é aliviar a
mentação hidráulica vindo da bomba dos implementos. Esta alimen- pressão, caso ela exceda 212bar.
tação fica disponível para acionar os implementos, quando solicitada Nessa condição, a válvula abre a pas-
mediante movimento das alavancas de comando. sagem da pressão de elevação do
braço para o retorno ao tanque. Essa
Observe o carretel de controle do braço, denominado “LIFT”, que do válvula é calibrada, MAS NÃO PODE-
inglês significa “elevação”. É um carretel de 4 posições e 6 vias. O flui- MOS ALTERAR ESTA CALIBRAÇÃO.
do vindo da bomba dos implementos chega nela e, como o centro do Em caso de defeito nessa válvula,
carretel é aberto, ele passa seguindo para o retorno. Além disso, ele ali- podemos ter a subida lenta do braço.
menta o carretel em uma via, que na posição de repouso está fechada. Nesse casso, o fluido estará sendo di-
vidido entre a elevação do braço e o
Elevação do braço (posição 1 da imagem): retorno, fique atento!
O carretel desceu e se encontra em sua posição superior. Nessa posi-
ção, a pressão vinda da bomba é bloqueada. Porém, em sua via supe- Descida do braço (posição 3 da ima-
rior, a pressão da bomba pode passar por uma válvula unidirecional e gem):
sair pelo pórtico A3. Desta forma, segue até os cilindros de elevação Nesta posição, o fluido pressurizado
e pressuriza a cabeça do cilindro. Para subir, os cilindros devem ser proveniente da bomba entra pela via
pressurizados em sua “cabeça” e a haste do cilindro deve ser aberta superior do distribuidor hidráulico e
para o tanque. passa por uma válvula unidirecional.
Esse fluido sai pela via central do distri-
Vejamos como ocorre a abertura da haste do cilindro para o tanque: buidor hidráulico e é enviado até o pór-
Quando o carretel está em sua posição superior, sua via central permi- tico B3, de onde ele segue até a haste
te a passagem do fluido do cilindro (haste do cilindro) para o retorno, do cilindro de elevação do braço.
passando por uma válvula unidirecional. Observe que a haste do cilin-
dro do braço é ligada ao pórtico B3 do distribuidor hidráulico. A cabeça do cilindro ligada ao pórtico
A3 chega a via superior do carretel, que
Dica: Observe que, em paralelo com a alimentação do cilindro para na posição 3, direciona o fluido para o
subir, existe uma válvula pilotada pela própria pressão de elevação retorno ao tanque. Nessa condição
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temos pressão na haste do cilindro e a “cabeça” do cilindro retornando Porém, existe uma ligação após a res-
ao tanque, o que provoca o movimento de descida do braço. trição, entre a linha da bomba, as linhas
da “cabeça” e da haste do cilindro que
Flutuação (posição 4 da imagem): podem ir direto para o retorno. Assim,
É a posição utilizada quando se deseja limpar uma área sem escavar, consegue-se a flutuação do braço.
como, por exemplo, um galpão de concreto para armazenamento de
soja em que deseja-se somente encher a caçamba da pá carregadeira Observe que no distribuidor hidráuli-
com a soja, sem escavar o chão. co existe um solenóide. Sua função é
permitir o controle de altura do braço.
Entenda tecnicamente essa função: É ele quem mantem a alavanca na po-
Nesta posição, o carretel direciona o fluxo hidráulico para a parte su- sição de subida do braço até que atinja
perior do cilindro e a parte inferior do cilindro fica aberta para o retor- a posição ajustada.
no, passando pelo carretel. A pressão proveniente da bomba passa
por uma restrição no carretel e é direcionada para o retorno ao tanque.
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RETORNO À ESCAVAÇÃO:
O componente Solenoide Limitador é responsável por manter a ala-
vanca na posição de carregar a caçamba, permitindo o funcionamen-
to da função retorno a escavação.
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PRINCÍPIOS TÉCNICOS PARA
DIAGNÓSTICO EM PÁS CARREGADEIRAS
12D/12D EVO HIDRÁULICA 03
CONTROLE DE ALTURA:
O componente Solenoide Limitador do Braço é responsável por man-
ter a alavanca na posição de elevação do braço, permitindo o funcio-
namento da função controle de altura.
03 12D
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HIDRÁULICA
3- Se o motor da máquina parar de funcionar quem mantem o freio hidráulico operante por
um determinado período?
6- Com relação aos conceitos hidráulicos o que deve acontecer para a pressão subir?
13- Com relação a 12D/12D EVO, o que acontece no carretel do braço quando a alavanca de
comando é colocada na posição de flutuação?
A- O solenoide do distribuidor libera o fluxo direto para o tanque colocando o implemento em flutuação.
B- A alavanca fica travada colocando o carretel em posição de pressurizar a haste do cilindro.
C- O carretel fica travado na posição de neutro, liberando o fluxo para o tanque.
D- O solenoide retém o carretel em posição de flutuação, onde o fluxo de bomba cruza com saída para
haste do cilindro, saída para a cabeça do cilindro e saída para o retorno ao tanque, deixando o cilindro do
implemento livre para movimentos.
14- O carretel quando libera fluxo em uma direção do cilindro, ao mesmo tempo libera o outro
lado do cilindro para retorno ao tanque. Por que isto acontece?
A- Apenas para coletar novamente o óleo do cilindro.
B- Para retirar temperatura do fluido hidráulico.
C- Para que não ocorra calço hidráulico no cilindro.
D- Não libera para tanque, apenas direciona para a bomba.
HIDRÁULICA
15-O sistema hidráulico do distribuidor da 12D tem uma válvula calibrada por mola entre a
linha de pressão e a linha de retorno (válvula de alívio). Qual a finalidade desta válvula?
A- Liberar fluxo para o retorno quando a pressão for maior que a nominal, para evitar danos no circuito
hidráulico.
B- Manter uma pressão de retorno estável em operações.
C- Liberar fluxo para retorno quando a temperatura do fluido estiver alta.
D- Esta válvula abre sempre que tiver uma depressão na linha de bomba para evitar a cavitação.