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Manual de Oficina - Série 600 Advanced 1

Edição 03: 01/03


Módulo M: Sistemas hidráulicos auxiliares ÍNDICE BUSCA

Manual de Oficina -
Tratores MF Série 600 Advanced

Módulo M:
Sistema hidráulicos
auxiliares
Edição 03: 01 / 2003
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 3
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Indice deste Módulo


1- Introdução
1.1 - Apresentação ........................................................................................................... 4
1.2 - Diagramas hidráulicos ............................................................................................. 5

2- Testes hidráulicos
2.1 - Teste hidrostático da direção ................................................................................ 10
2.2 - Teste de pressão do Controle Remoto .................................................................. 11

3- Unidade hidrostática Danfoss


3.1 - Funcionamento - fluxo de óleo no interior da válvula ........................................... 12
3.2 - Circuito das unidades Danfoss, OSPC LS - centro fechado ................................ 16
3.3 - Identificação geral de componentes ..................................................................... 17
3.4 - Ligações hidráulicas das unidades - identificação ............................................... 18
3.5 - Recomendações especiais para o trabalho de revisão ........................................ 19
3.6 - Desmontagem e avaliação .................................................................................... 19
3.7 - Montagem da unidade .......................................................................................... 22

4- Válvula prioritária Danfoss ............................................................................................... 27

5- Comando do controle remoto


5.1 - Comando sem vazão variável ................................................................................ 28
5.2 - Comando com vazão variável ................................................................................ 29

6- Bomba(s) hidráulica(s) ..................................................................................................... 30


6.1 - Identificação dos componentes ............................................................................ 30
6.2 - Remoção e desmontagem da(s) bomba(s) hidráulica(s) ...................................... 31
6.3 - Avaliação dos componentes e análise de falhas .................................................. 31
6.4 - Montagem da bomba hidráulica ........................................................................... 33

7- Filtragem de óleo ............................................................................................................. 34

8- Trocador de calor ............................................................................................................. 35


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1 - Introdução
1.1 - Apresentação
Tendo em vista a diversidade de aplicações da hidráulica nos tratores MF, além do
sistema de levante a 3 pontos, foram reunidas neste Módulo todos os demais sistemas,
denominados assim de "Sistemas Hidráulicos Auxiliares ".
Os "Sistemas Hidráulicos Auxiliares" por sua vez podem ser divididos em 2 grupos
independentes:

1 - Direção hidrostática, Controle Remoto e


levante hidráulico (quando for do tipo
eletrônico): 1
A direção hidrostática é de série, em todos os trato-
res. O Controle Remoto, sob pedido, pode não ser
montado. Em todos os tratores, é standard o contro-
le remoto independente de alta vazão.
Como opcional, existe o controle remoto em que uma
das válvulas (ou linhas) é do tipo vazão variável, de 0
a 60% da vazão total.
4
Outro opcional disponível, é o controle remoto com
fluxo combinado. Este sistema, quando ativado, per-
mite desviar o fluxo da bomba do levante Isyp, adici-
onando-o ao controle remoto.
Uma bomba única (1), com vazão de 60 lpm, aciona
pela ordem, a direção, o controle remoto e o levante
eletrônico. O fluxo é dividido e priorizado para a dire-
ção pela válvula Danfoss (2), acoplada à unidade
hidrostática Danfoss de centro fechado (3).

2 - Tomada de Potência Independente - TDPI


Potência
1
Quando este item estiver presente no trator, uma se-
gunda bomba hidráulica se encarrega do acionamento
2
do mesmo.
Esta bomba (de engrenagens), está localizada:
3
- Na lateral direita do câmbio (item 4) - tratores
com levante eletrônico ou sem sistema de le-
vante
- No interior da carcaça central, sobre a bomba
Isyp do sistema de levante Ferguson.
OBS: Para informações completas sobre To-
mada de Potência, consulte o Módulo J.
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1.2 - Diagramas hidráulicos


MF 630 e 650 c/ sistema de levante hidráulico Ferguson / Isyp

1
Radiador de óleo.

A) Direção
Pressão = 145 a 150 bar
Medida numa das entradas do cilindro de direção.
Ajuste: Válvula de alívio (1) na unidade hidrostática Danfoss

B) Controle Remoto Independente


Pressão: 175 bar
Medida numa das saídas (terminais de acoplamento rápido).
Ajuste: Válvula de alívio junto ao comando do Controle Remoto.
Vazão: 60 l/min

C) TDPI
Pressão = 17 bar.
Medida no bujão localizado na tampa de controle da TDPI, no lado esquerdo da carcaça
central.
Ajuste: trocar a válvula mantenedora. Consulte o Módulo J para mais informações.
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MF 660 e 680 com sistema de levante hidráulico Ferguson / Isyp

5 4 6 7
A) Direção
Pressão = 145 a 150 bar, medida numa das entradas do cilindro de direção.
Ajuste: Válvula de alívio na unidade hidrostática Danfoss.

B) Controle Remoto Independente


Pressão: 175 bar, medida numa das saídas (terminais de acoplamento rápido).
Ajuste: Válvula de alívio junto ao comando do Controle Remoto
Vazão: 60 l/min

C) TDPI
Pressão = 25 bar, medida no bujão localizado na tampa de controle da TDPI, no lado
esquerdo da carcaça central.
Ajuste: trocar a válvula mantenedora (4). Consulte o Módulo J para mais informações.

D) Itens (5, 6 e 7)
5* - Válvula mantenedora de pressão: esta válvula assegura a manutenção da pressão
de 12 bar, necessária para a circulação do óleo pelo radiador e lubrificação do
câmbio. O fluxo excedente deste válvula é dirigida ao conjunto do pinhão, para
lubrificação forçada.
6* - Válvula mantenedora da pressão de lubrificação do câmbio T3500 - 3 bar
7- Pressostato: acende a luz de aviso no painel em caso de pressão insuficiente na
lubrificação do câmbio.
* Estas válvulas devem ser ajustadas em bancada.
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MF 630 e 650 com levante eletrônico (Hydrotronic ou Boschtronic):

2 1

A) Direção:
Pressão: 140 a 145 bar, medida numa das entradas
do cilindro de direção.
Ajuste: Válvula de alívio (1) na unidade hidrostática
Danfoss

B) Controle Remoto e levante eletrônico


Pressão: 210 bar, medida numa das saídas (termi-
nais de acoplamento rápido)
Ajuste: Válvula de alívio (2) junto ao comando do
Controle Remoto.
Vazão: 60 l/min 3

C) TDPI:
Pressão: 17 bar, medida no bujão (3) localizado na
tampa de controle da TDPI, no lado esquerdo da car-
caça central.
Ajuste: trocar a válvula mantenedora (4). Consulte o
Módulo J para mais informações.
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MF 660 e 680 com levante eletrônico (Hydrotronic ou Boschtronic) e câmbio ZF T 3500

2
1

A) Direção
Pressão: 140 a 145 bar, medida numa das entradas do cilindro de direção.
Ajuste: Válvula de alívio (1) na unidade hidrostática Danfoss

B) Controle Remoto e levante eletrônico


Pressão: 210 bar, medida numa das saídas (terminais de acoplamento rápido)
Ajuste: Válvula de alívio (2) junto ao comando do Controle Remoto.
Vazão = 60 l/min

C) TDPI:
Pressão: 25 bar, medida no bujão (3) localizado na tampa de controle da TDPI, no lado
esquerdo da carcaça central.
Ajuste: trocar a válvula mantenedora (4).. Consulte o Módulo J para mais informações.
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2 - Testes hidráulicos
No capítulo anterior são apresentados os diagramas dos sistemas hidráulicos completos,
dos tratores MF 630, 650, 660 e 680.
Familiarize-se com os diagramas antes de realizar qualquer serviço no sistema. Nos
próprios diagramas são apresentados os valores das pressões a serem verificadas,
segundo procedimento descrito neste capítulo.

☞ NOTAS:
1 - Todo e qualquer teste e ajuste no sistema hidráulico deve ser feito com o óleo
em temperatura normal de funcionamento;
2 - Antes dos testes e qualquer ajuste, certifique-se dos seguintes pontos:
* que o óleo usado é o recomendado: Shell WBF 100 (que alimenta todos os
sistemas).
* que o nível está correto;
* que o filtro de óleo está em boas condições. Na dúvida, troque o filtro.
3 - Assim que for constatada a pressão e/ou vazão de leitura do sistema, abra
imediatamente o registro do aparelho ou interrompa o acionamento do siste-
ma em teste.
A demora neste procedimento irá superaquecer o óleo, pois a válvula de alí-
vio opera aberta.
4 - Ao constatar uma pressão abaixo da recomendada, certifique-se antes de
mais nada de que não se trata de desgaste ou vazamento em algum dos
componentes envolvidos. Somente após faça ajustes pela respectiva válvula
de alívio.
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2.1 - Teste hidrostático da direção


a) Conecte o manômetro (1) conforme esquema abaixo, ou seja, diretamente numa
das mangueiras de entrada ao cilindro de direção, para a qual será dirigida a pres-
são quando a válvula de alívio disparar com o esterçamento do volante;
b) Ligue o motor e deixe-o na rotação de 2000 rpm;
c) Esterce o volante até o final de curso para disparar a válvula de alívio e faça a
leitura da pressão: 145 a 150 bar (todos os tratores).

Caso a pressão esteja fora do recomendado,


certifique-se de que não se trata de vazamentos
internos ou desgaste em algum componente. Não
havendo, corrija-a através da válvula de alívio,
localizada junto a unidade hidrostática Danfoss -
figura abaixo - em todos os modelos.
3
A regulagem é feita através do parafuso Allen (3): giro
no sentido horário, aumenta a pressão e vice-versa.
Para isso, é necessário afastar a unidade hidrostática
do seu alojamento para acesso à válvula de alívio.
Caso a pressão mínima não seja conseguida, a causa
pode ser:
✗ Bomba de acionamento com desgaste;
✗ Filtro de óleo sujo e/ou entupido;
✗ Uso de óleo incorreto;
✗ Vazamento interno do cilindro hidráulico da direção:
substitua o reparo ou o cilindro completo;
✗ Vazamento interno da unidade hidrostática, devido à
desgaste ou montagem incorreta de componentes.
✗ Vazamento interno da válvula do controle remoto.
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2.2 - Teste de pressão do Controle Remoto


a) Conecte o manômetro (2 - figura anterior) em
um dos terminais de engate rápido do controle
remoto.

b) Acione o motor e acelere-o a 2000 rpm.

c) Acione a alavanca do controle remoto, referente


ao terminal em que está conectado o manômetro
e faça a leitura, soltando a alavanca em segui-
da. O valor lido deve ser de:

Tratores com levante Ferguson = 175 bar


Tratores com levante eletrônico = 210 bar

Procedimento de ajuste:
6 4
O ajuste é feito junto à válvula de alívio (4) do contro-
le remoto.
OBS 1: No caso específico dos tratores com levan-
te eletrônico, a pressão ajustada no Controle
Remoto será também a pressão do sistema de 5
levante.
OBS 2: As válvulas de alívio (5) do comando de
vazão variável (Se equipado), controlam a pres-
são individual de cada tomada hidráulica do
respectivo corpo de válvula, devem ser ajusta-
das na mesma pressão da válvula principal (4).

Caso a pressão mínima não seja conseguida, a causa 6- Manípulo de regulagem da vazão do controle
pode ser: remoto, de 0 a 60% da vazão total (sistema
✗ Bomba de acionamento com desgaste; opcional).
✗ Filtro de óleo sujo e/ou entupido;
✗ Uso de óleo incorreto;
✗ Vazamento interno da válvula do controle remoto;
✗ Vazamento interno da válvula de controle do levante
eletrônico (se equipado).
Sobre esta válvula, consulte o Módulo I3, Capítulo 4.
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3 - Unidade hidrostática Danfoss


3.1 - Funcionamento - fluxo de óleo no interior da válvula
A) Descrição geral

Os tratores MF 630 a 680 utilizam um sistema de direção hidrostática com válvula de


centro fechado, combinado com válvula prioritária sensível a carga (Load Sensing).
Este sistema não possui ligações mecânicas com entre volante e rodas direcionais.
O fluxo de óleo (60 lpm) é dirigido da bomba de engrenagens principal à unidade
hidrostática: ao girar o volante, o fluxo é priorizado ao cilindro de direção, proporcionando
o esterçamento das rodas.
Quando o volante está parado, o óleo atravessa a unidade hidrostática, indo diretamente
ao Controle Remoto e levante eletrônico (se equipado).
Tendo em vista que não há ligação mecânica entre volante e as rodas, a unidade
hidrostática atua como bomba no caso de falha na bomba da direção ou impossibilidade
de partida no motor.

1- Cilindro de direção
1
2- Válvulas anti-choque
3- Válvulas anti-retorno
4- Válvula dosadora Dosagem: Óleo estático 2
5- Válvula de alívio (145 a 150 bar)
Óleo sob Pressão
6- Válvula anti-retorno 3
Direção: Óleo estático
7- Válvula de retenção
Óleo em retorno 4
8- Ligação mecânica com o volante
9- Carretel 9 10

10 - Luva

Os orifícios do carretel (9) se alinham com os furos da luva (10), permitindo o fluxo de
óleo da bomba através do centro da válvula rumo ao circuito de retorno - no caso -
controle remoto que vem na seqüência.
As passagens de óleo ao cilindro de direção, encontram-se bloqueados.
No interior das galerias de saída esquerda e direita, alojam-se válvulas anti-choque (2) e
válvulas de fluxo único ou anti-retorno (3). As válvulas anti-choque (2) protegem o sistema
entre o cilindro e a unidade hidrostática. As válvulas anti-retorno (3) permitem então a
compensação pela falta de óleo no outro lado do sistema.
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C) Circuito da unidade - Esterçamento das rodas com motor funcionando

Duto de aspiração 2

Duto de direção
3
Óleo em retorno
4
Óleo em retorno
10
9

5
6
9
7

O movimento do volante faz com que a válvula carretel se mova contra a mola de
lâminas.
Isto abre a galeria de pressão central fechada e alinha as ranhuras do carretel com os
orifícios da luva, deixando passar óleo rumo a válvula dosadora.
Ao girar mais o volante, continua se girando a válvula dosadora, a luva e em conseqüência,
esterçam-se as rodas.
Simultaneamente a válvula dosadora mede o fluxo de óleo e o retorna à válvula carretel
e luva.
O óleo de retorno é dirigido mediante as ranhuras do carretel, que estão alinhadas com
os orifícios da luva, para um dos lados do cilindro de direção.
O óleo que retorna do cilindro de direção é dirigido ao retorno, através de ranhuras do
carretel alinhadas com orifícios da luva.
No duto entre a galeria de admissão e a válvula carretel situada no interior da unidade,
há uma válvula de alívio (5), cuja função é proteger a bomba e demais componentes de
pressão excessiva. Isto acontece por exemplo, ao atingir o batente de esterçamento
das rodas: a válvula de alívio "dispara" (abre), deixando fluir o excesso direto ao retorno.
Além disso, há uma válvula de retenção (7) montada na linha de entrada proveniente da
bomba. Esta válvula impede que picos de pressão induzida retornem a bomba.
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D) Circuito da unidade - Esterçamento das rodas com motor parado (ação da bomba dosadora)

Duto de aspiração
2
Duto de direção
3
Óleo em retorno
4
Óleo em retorno
10
9

6
9
7

Se a pressão da bomba não estiver disponível, por danos na mesma ou impossibilidade


de dar a partida no motor, é importante que a direção continue funcionando por questões
de segurança.
Por esta razão, há uma válvula de derivação (6) dentro dos dutos de admissão (bomba)
e retorno na unidade hidrostática.
Quando a bomba hidráulica funciona normalmente, a válvula de derivação (6) se mantém
em seu assento mediante ação da pressão do próprio óleo, permitindo que o óleo flua
ao interior da válvula carretel (9 + 10).
Quando a pressão da bomba hidráulica diminui, o óleo que volta do cilindro de direção,
pode passar através da válvula de derivação para o lado de admissão da válvula carretel,
permitindo que o óleo passe de um lado a outro do cilindro de direção.
A bomba dosadora (4) cumprirá a partir deste momento, o papel de bomba acionadora
da direção e o sistema funciona só com o óleo contido no interior dos componentes da
unidade hidrostática e cilindro.
Desta forma se mantém o controle da direção a todo momento.
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E) Unidade hidrostática Danfoss OSPC - LS

A diferença básica é a existência da válvula prioritária sensível a carga (Load Sensing),


que é responsável pela distribuição do fluxo de óleo entre direção e controle remoto.
A prioridade é sempre dada a direção - daí o nome de "válvula prioritária" - apresentada
na página 27.

1 - Direção em neutro:

Óleo para a válvula


prioritária
Óleo para a unidade
hidrostática
Óleo na linha sensível
à carga (Load Sensing)
Óleo para a unidade
dosadora
Óleo para o cilindro de
direção
Óleo parado
Óleo para o controle
remoto
Óleo em linha de retor-
no
2 - Direção esterçada para a direita Óleo em linha de suc-
ção
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3.2 - Circuito das unidades Danfoss, OSPC LS - centro fechado

L = (Left - cilindro lado esquerdo)

R = (Right - cilindro lado direito)

P = (Pump - bomba)

T = (Tank - retorno a tanque)

LS = Duto de pilotagem da válvula "Load Sensing"


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3.3 - Identificação geral de componentes

Duto de pilotagem da válvula Load


Sensing (Veja a página 27)

Legenda:
1- Anel retentor externo 13 - Anel "O"
2- Carcaça, carretel, bucha e as sedes da válvula 14 - Placa distribuidora
de alívio e anti-choque duplas, são colocadas 15 - Kit de engrenagem
com Loctite
16 - Anel "O"
3- Esfera de ø 8,5 mm (Válvula de retenção)
17 - Tampa traseira
4- Bucha roscada da válvula de retenção
18 - Arruelas
5- Anel "O"
19 - Tampa traseira
7- Conjuntos de rolamentos axiais
20 - Parafuso especial
8- Anel de retenção das molas (12)
21 - Parafusos normais
9- Pino localizador da espula dentro da bucha
24 - Válvula de alívio completa
11 - Eixo cardan
26 - Válvulas anti-choque completas (Somente uni-
12 - Kit de molas de centralização do carretel dentro dade LS)
da bucha
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Identificação dos componentes com válvula em corte

1- Coluna de direção

2- Molas centralizadoras

3- Alojamento

4- Válvula de retenção

5- Carretel (Espula)

6- Luva

7- Eixo cardan

8- Engrenagem anelar (dosadora)


7
9- Engrenagem interna (dosadora)
6 8 9

3.4 - Ligações hidráulicas das unidades - identificação

L = (Left - cilindro lado esquerdo)


R = (Right - cilindro lado direito)
P = (Pump - proveniente da bomba)
T = (Tank - retorno a tanque)
V- Válvula de Alívio: limita a pressão da
direção em 145 a 150 bar - veja
“Testes Hidráulicos - pág. 10”
LS - Duto de pilotagem da válvula Load
Sensing (Veja a página 27) Retorno (T) Válvula
prioritária


Bomba (P)
NOTA:
Quando a válvula de alívio dis- Ao Controle V
para, por fim de curso do vo- Remoto e
lante, o fluxo é todo dirigido a levante Válvula de
eletrônico. alívio - 145 a
Tanque e o fornecimento de
óleo ao Controle Remoto é in- 150 bar
terrompido.
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3.5 - Recomendações especiais para o trabalho de revisão


1- Faça o trabalho de maneira bem organizada e Ferramentas recomendadas para os trabalhos de
limpa, sobre uma bancada de dimensões ade- reparação da unidade:
quadas;
- Bancada com morsa.
2- Se tiver que interromper o trabalho para conti-
- Chave tipo soquete de 13 mm.
nuação em outro dia, cuide para deixar as peças
- Chave de fenda de 12 mm.
bem organizadas, limpas e protegidas da poeira
e umidade; - Chaves Allen de 4, 6, 8 e 12 mm.

Impeça que outras pessoas inadvertidamente - Pinça pequena.


mexam nas peças, pois isto poderá trazer pro- - Torquímetro de 0 à 10 kgf.m.
blemas na hora da montagem; - Soquetes hexagonais de 6, 8 e 12 mm.
3- Para a montagem, após a perfeita limpeza e - Chave estrela de 13 mm.
secagem dos componentes, aplique uma leve - Martelo de borracha.
camada de óleo em todos os componentes
internos.
4- Jamais bata com martelo metálico sobre uma
superfície usinada de precisão. Isto poderá im-
pedir a montagem destes componentes, que são
de alta precisão.

17
3.6 - Desmontagem e avaliação
a) Desmonte a coluna de direção da unidade e faça
uma limpeza rigorosa na mesma.
Para facilitar o trabalho, fixe a unidade de direção
20
numa morsa, utilizando mordentes de alumínio;
b) Faça uma marca de referência (indicadas com
seta), para alinhamento dos componentes da
parte traseira da unidade, para montagem na
mesma posição.
c) Solte os parafusos da tampa traseira - 6 normais
(21) e um especial (20). Observe a posição de
montagem do mesmo;
d) Remova a tampa traseira (17) deslocando-a para 16
o lado;

e) Retire o Kit de engrenagens (15);.


f) Remova o eixo Cardan (11);
g) Remova a placa distribuidora (14), puxando-a 15
para o lado;
h) Remova e descarte os anéis "O" (13 e 16);
11

14
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i) Desaparafuse a bucha roscada (4) que fica aci- j) Vire a unidade para retirar a esfera (3) da válvula
ma da válvula de retenção (esfera 3); de retenção;

3 4

k) Tome o cuidado de manter o pino localizador (9)


do eixo cardan (11), que fica dentro da bucha
(2c) e do carretel (2b), na posição horizontal.
Esse pino pode ser visto pelo lado aberto do car-
retel.
Empurre o "pescoço" do carretel para dentro e o
conjunto bucha, anel, pistas do rolamento e o
rolamento de agulha, será empurrado para fora
da carcaça. 2c
OBS: Desloque o conjunto com suavidade para
evitar que tranque devida a sua extrema preci-
são.

l) Retire o anel de retenção (8) - figura ao lado. A


seguir, remova as pistas + rolamento de agulha
(7) da bucha e do carretel.
OBS: A pista externa do rolamento (fina) as ve-
zes fica na carcaça; se for o caso, remova-a ma-
8
nualmente;

9
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m) Empurre o pino localizador (9) do eixo para fora


- figura acima. Pode-se utilizar o parafuso espe-
cial (20) da tampa traseira para isso; 7

n) Faça marcas de referência entre o carretel e a


luva, antes das molas de centragem serem re-
movidas.


2c
o) Empurre cuidadosamente o carretel (2b) para
fora da bucha (2c);

p) Pressione as molas de centragem (12) para fora


de suas fendas no carretel;

2b 12

q) Remova o retentor externo (1) e o anel "O" (5), 1


caso este não tenha saído junto com o carretel e
a bucha;
22 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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Desmontagem da válvula de alívio

r) Remova os componentes na ordem:


- Plugue (a) - use uma chave Allen de 8 mm,
- Arruela de vedação (b),
- Parafuso de pressão (c) - use uma chave Allen e
de 8 mm,
d
- Mola (d);
- Pistão (e), c

OBS: A sede da válvula é colada à carcaça e não b


pode ser removida.
a

- Limpeza:
Limpe todas as peças cuidadosamente em que-
rosene.

- Avaliação e substituição:
Substitua todos os retentores, anéis "O" e arrue-
las.
Verifique todas as peças cuidadosamente e faça
quaisquer substituições necessárias.

- Lubrificação:
Antes da montagem, lubrifique todas as peças
com óleo de transmissão (Shell WBF 100).

3.7 - Montagem da unidade


Montagem do conjunto carretel + bucha:
a) Coloque as duas molas de centragem planas na
fenda. Após, coloque as molas curvas entre as
planas e empurre-as para a posição - veja o es-
quema de montagem ao lado;
2 planas opostas, cinza,
4 curvas opostas, cinza.
b) Alinhe o kit de molas manualmente;
c) Introduza o carretel na bucha. Certifique-se de

que o carretel e a bucha estejam corretamente


posicionados um em relação ao outro:
Monte o carretel e a bucha, certificando-se de
que as marcas estejam coincidentes - figura
ao lado.
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d) Pressione as molas de centragem (12) uma con- 12


tra a outra e empurre-as para dentro da bucha
(2c).

2c

e) Alinhe, as molas e centralize-as utilizando 2 cha-


ves - figura ao lado;

f) Introduza o anel (8) sobre a bucha (2c).


OBS: O anel deve poder girar livre sobre as
molas.

5 7a 7b 7c 2b 2c
g) Encaixe o pino localizador (9) do eixo no carre-
tel/bucha - figura ao lado.

h) Encaixe as pistas de rolamento, o rolamento de


agulha e o anel de vedação (5), conforme mos-
tra o desenho. 9
24 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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7a - Pista externa do rolamento;


7b - Rolamento de agulha;
7c - Pista interna do rolamento;

☞ NOTA:
O chanfro no interior na pista de rola-
mento interna (7c) deve ficar de frente
para o carretel. Chanfro

2b - Carretel
2c - Bucha

i) Com um leve movimento giratório, introduza o


carretel e a bucha no furo da unidade.

☞ NOTA:
Encaixe o conjunto do carretel, segu-
rando o pino localizador do eixo na po-
sição horizontal para evitar que este se
atravesse, trancando a passagem.

j) Vire a unidade hidrostática, para que fique na


posição vertical novamente;

k) Coloque a esfera (3) de 8,5 mm da válvula de


retenção no respectivo orifício e rosqueie a bu-
cha (4).
OBS: A superfície da bucha deve ficar logo abai-
xo da superfície da carcaça.

4
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l) Lubrifique o anel "O" (13) com óleo mineral e 11 14


posicione a placa distribuidora (14) de modo que
os furos de passagem fiquem alinhados com os
furos da carcaça.

m) Introduza o eixo cardan (11) no alojamento, de


modo que a fenda fique paralela ao flange de
conexão - veja os 2 traços claros da figura ao
lado.
Cuide para que ele seja mantido nesta posição.

15
n) Lubrifique os dois anéis "O" (16) com óleo mine-
ral e coloque-os nos dois sulcos do aro da en-
grenagem (15).
Encaixe a engrenagem + aro (15) no eixo cardan
(11);

16

11

☞ IMPORTANTE:
Encaixe a engrenagem (rotor) e o eixo
cardan de modo que uma parte côn-
cava do rotor (reentrância) fique alinha- 11
da com a fenda do eixo, conforme
mostra o esquema ao lado.
Gire o aro da engrenagem de forma
que os sete furos de passagem fiquem 15
alinhados com os furos da carcaça.

o) Recoloque a tampa traseira (17);

p) Encaixe o parafuso especial (20) na arruela e co-


loque-o no furo mostrado;

q) Encaixe os demais 6 parafusos (21) nas arruelas


e introduza-os.
Faça o aperto cruzado e em etapas de todos os
parafusos ao torque de 2.4 à 3,6 kgf.m;

20
26 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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r) Monte o anel retentor externo (1) na carcaça, usando uma ferramenta adequada,
de modo a não deformá-lo. Desloque-o de forma alinhada até dar batente.
OBS: O anel retentor externo deve ser colocado somente após a válvula de alívio
ter sido montadas.

s) Tape os furos de conexão da unidade, para evitar a entrada de impurezas.

Montagem da válvula de alívio de pressão


(cartucho) para as unidades OSPC LS
t) Coloque o anel de vedação (24a) no cartucho
24c 24b
(24b) e parafuse o cartucho na carcaça, usando
uma chave Allen de 12 mm. O torque de aperto
é de 4 à 6 kgf.m. Faça a verificação da pressão
em uma bancada ou no trator.
O cartucho é ajustado na fábrica para a pressão 24a
de trabalho. Se a pressão não estiver correta,
examine a causa e substitua o que for necessá-
rio.
Utilize uma chave Allen de 4 mm.

u) Instale o plugue (24c) com o anel de vedação


na carcaça, usando uma chave Allen de 8 mm.
Torque de aperto: 4 a 6 kgf.m

e d c b a
Montagem das válvulas anti- choque duplas (26)
anti-choque
- unidades OSPC LS
LS::
a) Introduza os componentes na ordem:
- Esfera (a),
- Cones de válvula (b) sobre as esferas.
- Molas (c),
OBS:
Mola azul se aplica a faixa de pressão 90-180
bar.
Mola não pintada se aplica a faixa de 190-260
bar.
- Rosqueie os parafusos de pressão (d), usando c) Parafuse os plugues (e) com os respectivos anéis
uma chave Allen de 6 mm. vedadores em cada uma das 2 válvulas anti-cho-
que e aperte-os com um torque de 3 kgf.m, usan-
kgf.m,
b) Faça o ajuste de pressão em uma bancada. do uma chave Allen de 6 mm.
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4 - Válvula prioritária Danfoss

☞ NOTAS:
1 - Pelo fato de a válvula prioritária do
sistema Danfoss ser fixada à pró-
pria unidade hidrostática, ela está
sendo descrita no presente capí-
tulo.
2 - As ligações hidráulicas da unida-
de hidrostática com a válvula
prioritária e desta com os demais
componentes, é descrita e ilustra-
da no item anterior.

A) Identificação dos componentes

A válvula é extremamente simples. Além de possuir


poucos componentes, não possui ajustes.
1- Tampão
2- Mola
3- Anéis de vedação. Devem ser sempre substituí-
dos.
4- Carcaça
5- Carretel
6- Bujão Allen
7- Bujão
Circuito da válvula
B) Manutenção

A manutenção se resume em:


- Desmontagem;
- Limpeza rigorosa em solvente;
- Inspeção visual dos componentes quanto à des-
gaste.
Se o carretel (5) apresentar desgaste, substitua
a válvula completa.
28 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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5 - Comando do controle remoto


5.1 - Comando sem vazão variável

Circuito hidráulico do comando

P A1 B1 A2 B2
T

175 ou
210 bar
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5.2 - Comando com vazão variável


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6 - Bomba(s) hidráulica(s)
6.1 - Identificação dos componentes
O trator pode ter uma bomba hidráulica somente (quando equipado apenas com Direção
e Controle Remoto) ou duas bombas montadas em Tandem ou separadamente, quando
equipado também com TDPI.
O funcionamento, bem como os itens que compõe cada bomba hidráulica, quer seja
montada sozinha ou em Tandem, são os mesmos.
Assim, as recomendações quanto a manutenção também o serão.
Apenas com relação à identificação dos componentes das duas configurações, são
apresentadas figuras ilustrativas abaixo.

3 7

4 5
5

R12 2
R15 R13 R14

R11

Bomba simples

18
1 7
2 R
3 17

5 R
R 15
R 14
6 13 9 10
5 4
R
12
R
11
8
R
16

19
Bomba dupla - em "Tandem"
"Tandem"
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Legenda geral

1- Carcaça da bomba 10 - Prisioneiros de junção dos corpos e tampas


2- Conjuntos centrais acasalados R11- Anel-trava
Cada um só pode ser trocado completo R12 - Retentor
3- Engrenagem movida R13 - Vedador de Teflon
4- Engrenagem motora R14 - Vedador de borracha
5- Mancais R15 - Vedador "O" de borracha
6- Tampa frontal do 1° corpo R16 - Anel de borracha
7- Tampa traseira do 1° corpo R17 - Retentor
8- Tampa frontal do 2° corpo 18 - Arruela de segurança
9- Tampa traseira do 2° corpo 19 - Arrastador (acoplamento entre as bombas)

OBS: Os itens precedidos de "R", fazem parte do jogo de reparo da bomba.

6.2 - Remoção e desmontagem da(s) bomba(s) hidráulica(s)

a) Drene todo o óleo da carcaça central;


b) Remova as conexões de entrada e saída da(s)
bomba(s);
c) Remova os parafusos que prendem a tampa fron-
tal (6) da bomba com a caixa de acionamento;
d) Para desmontar a(s) bomba(s), remova os prisio-
neiros de junção (10);
e) Retire do(s) corpo(s), o conjunto de engrenagens
(3 e 4) e os mancais (5);
Ao empurrar o conjunto para fora, observe aten-
tamente a posição de montagem dos compo-
nentes, particularmente dos componentes de re-
paro “R” e os mancais (5).

6.3 - Avaliação dos componentes e análise de falhas


De maneira geral, uma bomba hidráulica de 1) Superaquecimento:
engrenagens só requer desmontagem, quando,
Pode ter como causas, o uso de óleo de viscosidade
verificadas as regulagens das diversas válvulas
incorreta, operação inadequada ou válvulas de alívio
envolvidas no sistema hidráulico, as pressões ideais
desreguladas. Pode ser constatado através da
não são mais atingidas.
danificação generalizada dos vedadores de teflon e
Geralmente, uma bomba só vai apresentar este
borracha. Nos casos mais graves, ocorrem escoriações
problema ao atingir desgaste acentuado por longo
nas buchas e azulamento na superfície dos eixos e
tempo de uso ou então, quando uma situação anormal
ocorrer: dentes das engrenagens. Neste caso, a bomba precisa
ser substituída.
32 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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2) Cavitação - causas mais comuns:


Viscosidade do óleo demasiado alta, penetração de ar através da tubulação ou filtro de
sucção ou filtro saturado de impurezas.
A cavitação pode ser constatada através de um ruído com freqüência característica e
proporcional a rotação. A persistência desta situação irá provocar o arrancamento de
partículas das superfícies que envolvem os dentes das engrenagens, com o que, a
bomba não terá conserto.

3) Penetração de impurezas na bomba:


Penetração
Períodos de troca do óleo demasiado longos, filtro sujo ou penetração de impurezas
por qualquer outro meio, normalmente são fatais à bomba e outros componentes do
circuito hidráulico.

4) Rachadura na carcaça da bomba:


Isto acontece em casos de trabalho em pressões excessivas (sobrepressão). A bomba
precisa então, ser substituída.
A sobrepressão pode ser causada por má operação do equipamento, como por exemplo,
segurar a direção por tempo excessivo no batente, obrigando a válvula de alívio a
permanecer aberta, forçando o sistema desnecessariamente e também superaquecendo
o óleo.
A regulagem inadequada da válvula de alívio: se esta ficar "enforcada" (regulagem para
pressão além do limite), podem ocorrer sobrepressões no sistema pois a válvula não
libera a passagem de óleo para o retorno.

Reparos na bomba:

Quando o problema apresentado pela bomba for apenas um certo nível de desgaste
normal, normalmente esta permite conserto, substituindo simplesmente o jogo de reparo
- itens identificados por "R".
Após a desmontagem, faça uma limpeza rigorosa e inspecione visualmente os
componentes.
Se notar a existência de riscos e rebaixos de desgaste na superfície interna da bomba,
será necessário substituir a bomba completa.
Toda vez que a bomba for aberta, necessariamente os itens de reparo "R" precisam ser
substituídos.
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6.4 - Montagem da bomba hidráulica


Para a montagem da bomba hidráulica proceda a
ordem inversa à desmontagem, observando porém
as seguintes recomendações:
a) Lubrifique todas as partes móveis internas com Ï Ï
óleo novo (o mesmo que será utilizado no
trabalho).
b) Ao efetuar as junções dos dois mancais, obser- Ï
ve a correta posição dos mesmos em relação às
engrenagens.
Veja ilustração ao lado. O lado do mancal que
tiver a pequena canaleta de comunicação com
o eixo das engrenagens deve ficar voltado para
Ï
o lado da entrada - sucção).

c) Ao instalar as tampas do corpo da válvula obser- R14


ve as marcas de referência que foram feitas por
ocasião da desmontagem.

d) Aperte os parafusos de junção das bombas ao


torque de 5,5 kgf.m
OBS.: Durante o aperto das porcas, gire o eixo
de acionamento nos dois sentidos para certifi- R13
car-se de que este não tranque.

e) Instale a(s) bomba(s) em seu alojamento e


reconecte todas as mangueiras corretamente.

f) Proceda aos ajustes hidráulicos conforme des-


crito na páginas 10 e 11.

A B C

A B C
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7 - Filtragem de óleo
Na maioria dos casos, todos os sistemas hidráulicos
utilizam o mesmo óleo, o que proporciona uma
facilidade na filtragem, já que o filtro é único, e por
isso, de alta vazão.

É constituído de um elemento descartável, de papel


microporoso, (porosidade = 25 µ absolutos).

O processo de filtragem ocorre de dentro para fora.

O filtro ainda possui uma válvula de segurança (1) que


permite a passagem do óleo se ocorrer a obstrução
do filtro por excesso de impurezas. 1

Isto é uma segurança para que não falte óleo no


sistema hidráulico.

No entanto, é fundamental que a troca do filtro seja


feita rigorosamente nos prazos estabelecidos no
Manual do Operador.

1
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8 - Trocador de calor
Como se trata de um componente extremamente
simples, não requer manutenção além da limpeza
periódica das aletas em caso de concentração de
impurezas.

A nível de oficina, o ideal é submeter este componente


à um teste de pressão.
Porém, uma avaliação visual pode detectar problemas,
como oxidação, empenamentos, fissuras... que neste
caso, aconselham a troca do radiador (ou trocador).
As aletas não devem estar amassadas, sob pena de
comprometer a eficiência de arrefecimento.
Revise também demais itens, como mangueiras,
conexões, etc.

Para remover o trocador de calor (1), identifique e


depois desconecte as mangueiras (2).
Remova o fixador (3) na parte superior e remova o
trocador, que na parte inferior é apenas encaixado.

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