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AMAZONAS
História do Amazonas: República
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Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO AMAZONAS
História do Amazonas: República
Daniel Vasconcellos
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
História do Amazonas: República...........................................................................................................................4
1. Fronteiras do Brasil. . ...................................................................................................................................................4
1.1. Incorporação do Acre ao Estado Nacional Brasileiro...........................................................................4
1.2. Questão do Amapá...................................................................................................................................................9
1.3. Limites com a Guiana Inglesa. . ....................................................................................................................... 10
1.4. Amazonas Cosmopolita: Nova Situação Sociopolítica; Transplantação de Novos
Conceitos Culturais; Cidades da Borracha: Belém X Manaus...............................................................12
1.5. Bombardeio de Manaus em 1910.. ..................................................................................................................16
2. Decadência da Economia Gumífera. . ................................................................................................................19
2.1. Grande Crise da Economia Gumífera. ...........................................................................................................19
3. Manaus: de “Paris dos Trópicos” a “Miami Brasileira”. ..................................................................... 24
3.1. Situação Econômica e Social da Cidade................................................................................................... 24
3.2. Rebelião de 1924.. .................................................................................................................................................25
3.3. “Era dos Interventores”. . ..................................................................................................................................26
3.4. “Clube da Madrugada”......................................................................................................................................30
3.5. Zona Franca de Manaus.....................................................................................................................................31
Resumo................................................................................................................................................................................38
Mapas Mentais. . ..............................................................................................................................................................40
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................42
Questões de Concurso................................................................................................................................................49
Gabarito...............................................................................................................................................................................63
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................64
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Apresentação
Olá Concurseiro(a)! Seja muito bem-vindo(a) novamente!
Antes de seguirmos, peço encarecidamente que avalie a aula anterior, caso ainda não o
tenha feito, e esta, ao final. Seu feedback é muito importante para que continue produzindo um
material que atenda às suas expectativas e necessidades.
Sem mais, até porque seu tempo é valioso e deve ser otimizado, veja os conteúdos listados
no edital que trabalharemos nesta aula:
3. REPÚBLICA: 3.1. Fronteiras do Brasil: incorporação do Acre ao Estado Nacional Brasilei-
ro; questão do Amapá; limites com a Guiana Inglesa. 3.2. Amazonas cosmopolita: nova situa-
ção sociopolítica; transplantação de novos conceitos culturais; cidades da borracha: Belém X
Manaus; 3.3. Decadência da economia gumífera: grande crise da economia gumífera; tentativa
de recuperação: “a Batalha da Borracha”; 3.4. Manaus: de “Paris dos Trópicos” a “Miami Brasi-
leira”: situação econômica e social da cidade; Rebelião de 1924; “Era dos Interventores”; “Clube
da Madrugada”; Zona Franca de Manaus.
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Já em 1902, Silvério Néri enviou um militar gaúcho, José Plácido de Castro, para reconquis-
tar o território do Acre.
Para resolver as tensões entre Bolívia e Brasil, o ministro brasileiro das relações exteriores,
Barão do Rio Branco, liderou as negociações entre os dois países. Como resultado, foi firmado,
em 17 de novembro de 1903, o Tratado de Petrópolis, que estabeleceu:
• Anexação do território do Acre ao Brasil, sendo que este teve que pagar uma indeniza-
ção de 2 milhões de libras esterlinas à Bolívia;
• Indenização, paga pelo governo brasileiro ao Bolivian Syndicate, no valor de 110 mil li-
bras esterlinas. Esta indenização era relativa à finalização do contrato de arrendamento
que esta empresa tinha com o governo boliviano, para explorar recursos na região;
• O Brasil cedeu à Bolívia algumas faixas de terras na região da foz do rio Abunã (na fron-
teira norte entre Brasil e Bolívia), e na região de fronteira no estado do Mato Grosso;
• O Brasil deveria construir uma ferrovia, para que os bolivianos pudessem fazer o esco-
amento de sua produção pelo rio Amazonas. Após quase sete anos de construção, a
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ficou pronta em 1912;
• Parâmetros para a definição da fronteira entre Brasil e Bolívia.
A Questão do Acre foi, em diversos aspectos, muito importante para o Brasil no começo do
século XX. Além de ampliar o território brasileiro, sua resolução foi capaz de resolver conflitos
entre brasileiros e bolivianos na região de fronteira.
No aspecto econômico, o Tratado de Petrópolis foi extremamente benéfico ao Brasil, pois
a região era uma grande produtora de látex. O acordo garantiu também o emprego de milhares
de pessoas que atuavam na extração do látex na região do Acre, principalmente de nordestinos
que haviam fugido da seca, que assolou o Nordeste na primeira década do século XX.
O tratado descrito no texto e a principal razão para sua sanção por parte do governo brasileiro
são, respectivamente:
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Muito fácil. O próprio enunciado cita que o tratado foi assinado na cidade de Petrópolis.
Letra b.
A ideia da ferrovia nasceu na Bolívia já em 1846, quando o engenheiro boliviano José Au-
gustin Palácios convenceu as autoridades locais de que a melhor saída de seu país para o
oceano Atlântico seria pela bacia Amazônica.
O pensamento do engenheiro justificava-se na dificuldade para transpor a cordilheira dos
Andes e na distância do Oceano Pacífico dos mercados da Europa e dos EUA. Foi então, em
1851, que o governo dos Estados Unidos - interessado na melhor saída para a importação de
seus produtos - contratou o tenente Lardner Gibbon para estudar a viabilidade do empreendi-
mento via rio Amazonas.
Em 1852, Gibbon concluiu o trajeto Bolívia-Belém, descendo pelo lado boliviano os rios
Guaporé, Mamoré, Madeira e Amazonas, ratificando a ideia de Palácios, quando demonstrou
que uma viagem dos Estados Unidos para La Paz pelo caminho dos rios amazônicos, com o
advento de uma ferrovia margeando as cachoeiras do rio Madeira, demoraria 59 dias, contra
os 180 dias pelo Oceano Pacífico que, além da distância, somava a dificuldade de contornar o
Cabo Horn.
Posteriormente, por efeito da assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), no contexto do
ciclo da borracha e da Questão do Acre com a Bolívia que conferiu ao Brasil a posse deste
estado, iniciou-se a implantação da Madeira-Mamoré Railway. O seu objetivo principal era ven-
cer o trecho encachoeirado do rio Madeira, para facilitar o escoamento da borracha boliviana
e brasileira, além de outras mercadorias, até um ponto onde pudesse ser embarcada para ex-
portação, no caso Porto Velho, de onde as mercadorias seguiam por via fluvial, pelo mesmo
rio Madeira e, então, pelo rio Amazonas até o Oceano Atlântico. Anteriormente, esses produtos
eram transportados com precariedade em canoas indígenas, sendo obrigatória a transposição
das cachoeiras no percurso.
No início de 1907, o contrato para a construção da ferrovia foi encampado pelo empreende-
dor estadunidense Percival Farquhar. Foi a primeira grande obra de engenharia civil estaduni-
dense fora dos EUA após o início das obras de construção do Canal do Panamá, na época ainda
em progresso. Com base naquela experiência, para amenizar as doenças tropicais que atingi-
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ram parte dos mais de 20 mil trabalhadores de 50 diferentes nacionalidades, Farquhar contra-
tou o sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz, que visitou o canteiro de obras e saneou a região.
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De acordo com o Tratado de Petrópolis, o governo brasileiro devia arcar com a construção da
Ferrovia Madeira-Mamoré como compensação à Bolívia pela perda do território do Acre. Nesse
sentido, como o governo brasileiro não possuía tecnologia para sua construção, buscou inves-
timentos do capital norte-americano, interessado na exploração do látex.
Letra c.
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Desta maneira, no dia 1 de dezembro de 1900, o tribunal na Suíça expediu o Laudo Suíço com
decisão favorável ao Brasil.
Querido(a), não confunda a questão do Amapá como a questão dos limites com a Guiana In-
glesa. Aqui, o Amapá foi objeto de disputa entre França (Guiana Francesa) e o Brasil. Graças a
atuação diplomática do Barão do Rio Branco, obteve mediação da Suíça com ganho de causa
pelo Brasil.
Letra a.
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A questão dos limites com a Guiana Inglesa foi a única demanda perdida pelo Brasil nas nego-
ciações de limites e fronteiras na região Norte. Apesar de uma base jurídica consistente, o rei
italiano Vitor Emanuel III deu ganho de causa à Inglaterra, fazendo com que o Brasil perdesse,
inclusive, uma faixa de território que os ingleses não incluíram em sua petição.
Letra a.
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peso de ouro. A boa vida estava escudada por uma conveniente hipocrisia vitoriana, que era
de bom-tom, moderna e muito propícia a quem fora educado na rígida sociedade patriarcal
portuguesa. De certo ângulo, pareciam perder a definição nacional e aspiravam ao estatuto de
cidadãos do mundo. O internacionalismo do lucro burguês e da ganância imperialista seduzia
os broncos extrativistas. A moral da burguesia internacional ganhava na região um novo corpo
e podia ser distendida ao sabor dos interesses. No faroeste, ninguém é de ferro.
1
SOUZA, Márcio. História da Amazônia: Do período pré-colombiano aos desafios do século XXI. Record. Edição do
Kindle. 2019
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005. (UEA/VESTIBULAR/GERAL/2012)
Símbolo da Belle Époque na Amazônia e da ostentação gerada pelo primeiro ciclo da borracha,
o teatro Amazonas foi construído com materiais importados, como mármore. Tem arquitetura
influenciada pelo pensamento europeu, inspirada no classicismo, mas mistura outros elemen-
tos da modernidade. Contudo, não tem inspiração modernista, até porque, o movimento mo-
dernista brasileiro só viria a ocorrer a partir da Semana de Arte Moderna de 1822.
Letra a.
Libertos dos sobressaltos gerados pelo fim do sistema colonial e distantes dos inconve-
nientes geralmente sofridos quando ainda eram pobres emigrantes, os coronéis enriquecidos
receberam de braços abertos os europeus. Afinal, para a administração de seus bens, preci-
savam de pessoal alfabetizado. “Dominando a sociedade e as atividades da cidade, encontra-
vam-se os membros da aristocracia brasileira que, ou eram brancos, ou passavam como tal, e
uma grande percentagem de estrangeiros”, diz o sociólogo Bradford Burns.
O “resto” eram os índios, os mestiços, os negros de Barbados, os nordestinos. Os ingleses,
franceses, alemães e portugueses vinham para dirigir os trabalhos da borracha, enquanto os
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espanhóis, italianos, sírios e libaneses emigravam para se dedicarem a outros tipos de negó-
cios na Capital.
Os ingleses dominavam a comercialização da borracha e instalaram mesmo uma agência
do Bank of London and South America antes de qualquer outra casa bancária brasileira chegar
a Manaus. A libra esterlina circulava como o mil-réis e os transatlânticos da Booth Line faziam
linhas regulares entre a capital amazonense e Liverpool. Mas, se dependiam de Londres, os
coronéis estavam culturalmente voltados para Paris. Politicamente, sintonizavam em certa
distância patriótica com o Rio de Janeiro.
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Ribeiro Bittencourt (1908-1912) e seu antecessor. A divisão teria resultado do modo como os
partidários de Bittencourt criticaram os empréstimos obtidos da empresa de capital privado
Société Marseillaise, os contratos públicos e desvios de verbas ocorridos no governo de Cons-
tantino Nery.
Uma acusação feita em 1908, pelo Governador em exercício, Coronel Raymundo Affonso
de Carvalho, que naquela ocasião substituía Constantino Nery por conta de uma licença rela-
cionada à prováveis “problemas de saúde” e sua posterior renúncia ao Governo, em dezembro
de 1907, evidenciava a preocupação do Coronel por assumir um Estado “avariado em suas
finanças”. Antônio Bittencourt endossava as questões apresentadas por Affonso de Carvalho,
indicando que além do senador Silvério Nery, irmão de Constantino Nery, ter esvaziado os co-
fres públicos com gastos pessoais, os empréstimos feitos da Société Marseillaise não teriam
sido repassados, endividando o Estado e abrindo um buraco na Receita. Além disso, a crise
econômica levou ao atraso nos pagamentos de servidores públicos, incluindo a Polícia Militar.
No quadro social, o Amazonas passava por problemas na área da saúde e segurança pública.
Mortandades decorrentes de epidemias de malária, tuberculose e varíola afetavam os muni-
cípios, donde muitas pessoas migravam para Manaus; os presídios estavam superlotados e o
Ciclo da Borracha demonstrava sinais de retração.
De acordo com Aguinaldo Nascimento Figueiredo, o ponto crítico daquelas disputas oli-
gárquicas ocorreu na manhã do dia 8 de outubro de 1910, quando a cidade de Manaus foi alvo
de um bombardeio naval, encabeçado pelo Comandante da flotilha Marinha de Guerra, como
parte do apoio dado ao então vice-governador do Estado, Antônio Gonçalves Sá Peixoto, liga-
do ao oligarca Pinheiro Machado, simpatizante de Constantino Nery. O motivo alegado para o
bombardeio teria sido a recusa do governador Antônio Bittencourt em deixar o cargo, contra-
riando a decisão tomada pelo Congresso amazonense que havia deliberado pela suspensão
de seu mandato. As razões que fundamentaram sua cassação estavam relacionadas ao pos-
sível descumprimento de algumas determinações legais, especialmente àquelas relacionadas
a questões comerciais, além de acusações de má gestão financeira e certos “abusos” que
desagradaram seus desafetos, apoiadores de Constantino Nery.
Após o bombardeio, que destruiu vários prédios no Centro de Manaus, o palácio do Gover-
no foi invadido, vários prédios foram fuzilados e se estabeleceu um verdadeiro caos na cida-
de. Após algumas manobras evasivas e sob forte pressão da oposição, Antônio Bittencourt
renunciou. Articulações baseadas na Política dos Governadores se constituíram como parte
de suas estratégias políticas para voltar ao poder. Antônio Bittencourt articulou apoio com o
Presidente da República, Nilo Peçanha, e militares vindos do Pará, retornando ao poder naquele
mesmo ano.
Nesses termos, o Bombardeio de Manaus pode ser pensado como parte das lutas interinas
apoiadas por grupos externos, caracterizando um jogo político articulado que não se resume
às disputas locais, apesar dos embates ocorridos entre a oligarquia Nery e os simpatizantes
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de Bittencourt, mas se conecta às questões políticas mais amplas de caráter federal que evi-
denciam a relação entre poderes locais e a esfera republicana a partir de bases coronelistas
articuladas com a Política dos Governadores.
Na república, jamais se viu uma vergonha desta natureza, de forças destinadas à garantia
da ordem e da federalização, bombardearem cidades que à custa de enormes sacrifícios o
povo e as municipalidades levantaram. O caso do Amazonas excede a tudo quanto se possa
imaginar em matéria de anarquia política. A ambição partidária já não encontra entre nós obs-
táculos de espécie alguma. Chegamos, com o bombardeio de Manaus, a uma situação tresvai-
rada de desgoverno.
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pimenta-do-reino na região de Tomé-Açu (Pará) a partir da década de 1940. A juta, usada para
a fabricação de sacos, ganhou destaque na economia do Baixo Amazonas, especialmente em
Santarém e Parintins, até meados da década de 1970. Já a pimenta-do-reino, apesar de ter
perdido importância econômica, ainda é cultivada na região bragantina do Pará.
O período também marca a tentativa do empreendedor norte-americano Henry Ford, pai da
indústria automobilística, de estabelecer na Amazônia plantios de seringueira para competir
com os existentes na Malásia, na época, colônia britânica. Em 1927, Ford adquiriu extensas
florestas próximo da foz do rio Tapajós a fim de assegurar uma fonte de matéria-prima (látex)
para a fabricação de pneus.
Assim, a empresa de Ford construiu duas cidades na selva. Primeiro, Fordlândia, em 1927,
depois Belterra em 1936. Em 1929, o número de trabalhadores alcançava em torno de 1.000
pessoas, vindas das aldeias de nativos da região, do Maranhão e Ceará, dos remanescentes da
construção da ferrovia Madeira-Mamoré, do canal do Panamá e de pequenos países do Caribe
como a Jamaica, Barbados e Santa Lúcia.
Fordlândia e Belterra possuíam uma infraestrutura próxima do padrão norte-americano da
época, o qual incluía escolas, hospitais, sistema de abastecimento de água e energia, esta-
ção de rádio e telefonia. Entretanto, todo esse esforço foi em vão, pois sem experiência em
silvicultura tropical, os gerentes da empresa plantaram as seringueiras muito próximas umas
das outras, propiciando o ataque do fungo mal-das-folhas (Microcyclus uley) que dizimou as
plantações.
Além disso, os trabalhadores de Fordlândia, submetidos ao estilo de vida e trabalho rígido
norte-americano, revoltaram-se em 1930. Nessa rebelião, destruíram o prédio do escritório,
da usina de força, serraria, garagem, estação de rádio e recepção. Eles também cortaram as
luzes, atearam fogo nas oficinas, queimaram arquivos, saquearam depósitos e quebraram ca-
minhões, tratores e carros. Os gerentes tiveram de fugir. No dia seguinte, o conflito teve de ser
apaziguado pelo exército.
007. (UFAM/PSC/2007)
A Segunda Guerra Mundial trouxe de volta preocupações dos países desenvolvidos com os
estoques mundiais de borracha, gerando novos empreendimentos na Amazônia. Um dos mais
destacados foi a montagem de colônias agrícolas pelos norte americanos. Delas, é corre-
to afirmar:
a) Embora a plantação de seringueiras em Belterra e Fordlândia tenha tido sucesso, foram
abandonadas após a entrada da borracha sintética no mercado mundial.
b) Instaladas em Tomé-Açu, acabaram por dinamizar o cultivo de pimenta do reino, além da
extração de borracha.
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c) Tiveram sucesso apenas parcial, já que algumas pragas dizimaram as plantações de For-
dlândia, deixando apenas as cultivadas em Vila Amazônia, no município de Parintins.
d) Localizaram-se em Fordlândia e em Belterra, tendo fracassado no intuito de desenvolver o
cultivo de seringueiras.
e) Foram superadas pelo plantio racional desenvolvido pelos ingleses no Ceilão e na Malásia.
Em um curto período, entre os anos de 1942 e 1945, houve um segundo ciclo. No contexto
da Segunda Guerra Mundial, em 1941, o governo de Getúlio Vargas realizou um acordo com os
Estados Unidos para a exploração do látex.
No ano de 1942 a Malásia foi invadida pelos japoneses, que tomaram o controle sobre
todas as plantações de seringueira. Em resposta, o Departamento de Guerra estadunidense
repassou 100 milhões de dólares ao Brasil como pagamento a artigos fundamentais para a
defesa nacional, incluindo a borracha.
O SEMTA - Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - foi criado
em 1943, para o alistamento compulsório. Muitos nordestinos que sofriam com a seca partici-
param do momento histórico que ficou conhecido como “Batalha da Borracha”, onde mais de
100 mil “Soldados da Borracha” foram mobilizados.
Conforme se pode observar no gráfico abaixo, a exportação da borracha tem no período
1890-1910 seu momento áureo. O ano de pico da série foi em 1912, com quantidade exportada
acima de 42 mil toneladas de borracha. A partir daí o que se observa são quedas na quantidade
exportada que só viria a apresentar elevações (menos intensas) na segunda metade da déca-
da de 1920 e durante a II Guerra Mundial.
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Uma operação em larga escala na Amazônia: a Batalha da Borracha. A operação provocou indícios
e possibilidades de um retorno aos velhos tempos. Foram anos de euforia econômica, o dinheiro
voltava a circular em Manaus e Belém, fazendo surgir até uma tímida especulação imobiliária, muito
proveitosa, já que era bom negócio alugar casa para funcionários de diversos organismos que lida-
vam com a produção da hévea. Ao mesmo tempo que o país atravessava um duro racionamento
motivado pela Segunda Guerra Mundial, na Amazônia, novos empregos e bons salários começa-
vam a ser oferecidos por diversos escritórios ligados aos investimentos públicos da campanha da
borracha. Se bem que os gêneros alimentícios escasseassem e um pequeno, mas ativo, mercado
negro estivesse em franca atividade, havia uma distribuição controlada pelos norte-americanos,
impedindo que faltassem no mercado artigos de primeira necessidade. Quando a guerra acabou,
ainda que os planos de assistência médica e higiene tivessem contribuído para melhorar as condi-
ções de vida da população interiorana, o preço pago em vidas humanas para a Batalha da Borracha
foi incalculável. Segundo uma comissão de inquérito do Congresso Constituinte, cerca de 20 mil
trabalhadores morreram nos seringais, configurando um número de baixas maior do que as sofridas
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pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a guerra. A campanha da borracha não
era, na verdade, um plano de valorização regional de longo prazo, embora assim se apresentasse,
mas consequência do esforço de manter a demanda de borracha e de outras matérias-primas da
selva em nível satisfatório às exigências do mercado internacional dominado pelos Estados Unidos.
(SOUZA, 2019)
Depois de 1946, os seringais foram novamente abandonados para que outros investimen-
tos federais tivessem prosseguimento, como a Usina de Volta Redonda e a Companhia Hidrelé-
trica do São Francisco, para somente citar dois exemplos.
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policial do estado, substituindo-a por uma “guarda cívica”. Assim, o comandante da revolução
se tornou um herói para a população do norte do Brasil.
Durante os dias 23 de julho até 28 de agosto de 1924, a Comuna de Manaus conseguiu
realizar grandes atos para o cumprimento de suas reivindicações políticas e protesto contra
ações econômicas abusivas.
Porém apesar dos feitos, a Comuna de Manaus foi reprimida por forças federais. Diferente-
mente da Revolta Paulista ocorrida a poucos meses atrás onde muitos militares foram mortos
e feridos, na Comuna de Manaus os militares se renderam e receberam penas brandas de pri-
são. O principal motivo para essa conduta do governo em julgar os rebeldes foi em virtude de
a população apoiar a revolta, podendo se unir e gerar novas revoltas futuras.
010. (UFAM/PSC/2007)
Em 1924 o Amazonas presenciou uma das mais importantes revoltas tenentistas do Brasil,
com a tomada do poder pelo tenente Alfredo Augusto Ribeiro Júnior, que assumiu o desafio da
adoção de impactantes medidas administrativas. Constam dentre elas:
a) A concessão de aumento salarial ao funcionalismo público e a extinção dos partidos
políticos.
b) A expropriação dos bens das elites oligárquicas e a reforma agrária.
c) A anulação de todos os contratos de concessão com as firmas inglesas e norte americanas
d) A instituição do “tributo da redenção” e a extinção da força policial do estado, substituindo-a
por uma “guarda cívica”.
e) A isenção fiscal para que firmas e empresas estrangeiras pudessem atuar no estado.
As medidas tomadas por Ribeiro Junior objetivaram reaver o dinheiro emprestado às oligar-
quias para organizar a economia do estado.
Letra d.
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com o apoio do movimento tenentista e grupos de oposição. Dentre suas principais propos-
tas, listamos:
• A representação popular pelo voto secreto;
• anistia aos insurgentes do movimento tenentista na década de 1920;
• reformas trabalhistas;
• a autonomia do setor Judiciário;
• a adoção de medidas protecionistas aos produtos nacionais para além do café.
A eleição aconteceu em 1º de março de 1930, com vitória de Júlio Prestes. A Aliança Li-
beral contestou a eleição, mas se retraiu até que, em 26 de julho de 1930, João Pessoa foi
assassinado por conflitos políticos regionais. A Aliança Liberal se aproveitou do incidente para
se organizar e pegar em armas para tomar o poder. Entraram em contato com os generais das
Forças Armadas para apoiarem a deposição de Washington Luís e garantirem que Getúlio Var-
gas se tornasse o próximo dirigente do país.
Em 3 de outubro de 1930, começou a intervenção. Na região Nordeste do país, Juarez
Távora liderou as incursões armadas. Na região Sul foi o general Góis Monteiro o responsável
por tomar o poder. As tropas se dirigiram ao Rio de Janeiro onde depuseram Washington Luís
e entregaram a presidência da República à Getúlio Vargas.
Cuidado! A afirmação da questão diz que a Revolução resulta de rebeliões de jovens oficiais.
Está correto. O tenentismo foi sim uma das causas da Revolução de 1930, mas não a única. O
que não invalida a informação.
Certo.
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A Revolução chegou ao Amazonas com o Tenente Coronel Cordeiro Junior, o Dr. Alves
Souza Brasil e o Cidadão Francisco Pereira Silva. Essas três personagens tomaram o poder e
formaram a junta governativa do Amazonas.
Depois de consultar representantes de correntes políticas locais, Juarez Távora, chefe da
revolução no Norte e Nordeste do país, indicou Álvaro Maia para a interventoria do estado do
Amazonas. Empossado no dia 20 de novembro, o interventor tomou medidas para equilibrar o
orçamento público, anulou várias concessões latifundiárias, concentrou recursos no combate
à lepra e no desenvolvimento da instrução popular, e reformou o Tribunal de Justiça do estado.
Esse último ato provocou reações e, no início de agosto de 1931, quando se encontrava no Rio
de Janeiro, Álvaro Maia foi convidado a rever sua decisão. Inconformado, exonerou-se do car-
go e retirou-se provisoriamente da atividade política, permanecendo no Distrito Federal na con-
dição de inspetor de ensino secundário e professor do Ginásio São Bento e da Escola Alemã.
o movimento de outubro de 1930 instaurara, no país, uma política intervencionista do Estado na es-
fera econômica. E a ação governamental das interventorias que governaram o Amazonas na década
de 30, segundo Eloína Monteiro, estava pautada pela prioridade de equilibrar o orçamento do esta-
do, visto que a situação econômico-financeira do estado do Amazonas não era nada confortável,
resultado da desvalorização de seu principal produto de exportação, a borracha. O que podemos
perceber nos primeiros anos da década de 1930 é uma preocupação eminente dos interventores
em reorganizar a máquina administrativa estadual. Esta preocupação antecede o governo provisó-
rio, segundo Mensagem enviada à Assembleia Legislativa pelo Presidente Dorval Porto em 1930, o
regime centralizador do Decreto n. 240, de 15 de junho de 1929, subordinou todos os serviços, repar-
tições, institutos, mantidos pelo Estado à Secretaria Geral, menos a Policia Militar e a Policia Civil.
Havia uma preocupação em torno da arrecadação de impostos, visto que a situação econômica
do estado estava em situação precária, consequência da desvalorização da borracha e era urgente
reorganizar e equilibrar o orçamento do estado, como aponta Eloína Monteiro. É explicitada nesta
mensagem as desvantagens que o Estado possuía quanto ao regime latifundiário, pois era quase
que impossível de recorrer ao imposto territorial, para aqueles que possuíam grandes extensões de
terras, o que fazia o estado se apegar aos impostos de exportação, a qual são denominados, nesta
Mensagem enviada à Assembleia Legislativa, de antieconômicos.2
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bência de arregimentar apoio dos chefes dos governos locais para o golpe que, chefiado pelo
próprio Vargas, implantou o Estado Novo em 10 de novembro de 1937. Álvaro Maia foi um dos
governadores consultados e, depois da mudança do regime, foi convertido em interventor fe-
deral no Amazonas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939, a demanda da borracha nos merca-
dos nacional e internacional se intensificou, valorizando o principal produto então extraído da
região amazônica. Para regular a produção, em abril de 1941 Álvaro Maia emitiu um decreto
classificando os diversos tipos de borracha, iniciativa que também foi adotada em junho pelo
governo federal. Seguindo a mesma política, em 9 de julho de 1942 foi criado o Banco de Cré-
dito da Borracha, com 40% de capital norte-americano.
Em fins de 1944, quando os rumos da guerra estavam praticamente definidos em favor
dos Aliados e as pressões pela redemocratização do país ganhavam força, o governo federal
deu instruções aos interventores no sentido de começarem a organizar um partido político
nacional que apoiasse Vargas na transição do regime. Das articulações então desenvolvidas
começou a nascer o Partido Social Democrático (PSD), que Álvaro Maia ajudou a formar no
Amazonas. Em 1945, com o enfraquecimento do Estado Novo, a oposição passou a contar
com maior poder de pressão sobre o governo federal e as interventorias. Nesse ano, instado
pela imprensa a esclarecer episódios relativos à migração de nordestinos para a Amazônia
durante a “batalha da borracha”, Álvaro Maia publicou uma prestação de contas de toda a sua
administração.3
Em 29 de outubro de 1945, Vargas foi derrubado por um golpe liderado pelo ministro da
Guerra, general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, iniciando-se em seguida a substituição dos
interventores nos estados e garantindo-se a realização de eleições, já convocadas, para a Pre-
sidência da República e a Assembleia Nacional Constituinte. Substituído no governo estadual
por Emiliano Estanislau Afonso no dia 3 de novembro, Álvaro Maia candidatou-se e foi eleito
senador constituinte pelo PSD em 2 de dezembro. Na mesma data, o general Eurico Gaspar
Dutra, também apoiado pelo PSD, venceu as eleições para a presidência da República. Chegava
ao fim a Era dos Interventores nos Estados.
3
FGV. Verbete Biográfico: Álvaro Botelho Maia. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/ver-
bete-biografico/alvaro-botelho-maia Acesso em: 26/12/2021. 20:30
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Com esta proclamação, irradiada por todo o país, Getúlio Vargas anunciava o Estado Novo.
Assinale, dentre as opções abaixo, a que caracteriza a repercussão dessa ditadura implantada
na região amazônica, em especial, no Território Federal do Guaporé.
a) Todas as decisões políticas referentes ao território eram tomadas pelo Presidente da Repú-
blica e pelo Ministério da Defesa.
b) Os prefeitos dos municípios e os deputados federais eram eleitos por sufrágio univer-
sal direto.
c) O Ministério do Interior era o único responsável pela administração da região da Estrada
de Ferro Madeira- Mamoré, enquanto ao governador cabia a administração do restante do
Território.
d) Os funcionários públicos, denominados cutubas, eram nomeados pelo governo federal, atra-
vés do voto indireto do colégio eleitoral.
e) O governador era nomeado pelo Presidente da República, não existindo Poder Legislativo
em âmbito estadual ou municipal.
Durante a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), houve uma centralização
política e Vargas indicava os interventores (governadores) dos estados, suprimindo as câma-
ras estaduais e municipais.
Letra e.
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013. (VUNESP/UEA/VESTIBULAR/2012/PROVA 1)
O decênio de 1950, no Brasil, foi um período de transformações econômicas, culturais, políti-
cas, artísticas. Novos padrões de desenvolvimento industrial, a Bossa-Nova, o Cinema Novo
são exemplos dessas modificações que se estenderam aos anos 60. Conectado a esse quadro
amplo de inovações, surgiu, em Manaus, um movimento cultural, o Clube da Madrugada, cujos
protagonistas
a) vinham dos setores sociais marginalizados da sociedade amazonense e procuravam ex-
pressar em seus poemas o modo de falar típico da região.
b) atuavam na imprensa amazonense, ao mesmo tempo em que procuravam difundir para a
população em geral as suas experimentações artísticas.
c) consideravam as expressões culturais do folclore indígena amazonense como fonte exclu-
siva de suas produções artísticas.
d) desenvolveram uma arte literária elitista, com caraterísticas românticas, sem projetos esté-
ticos, políticos e sociais.
e) eram ligados à situação política amazonense e objetivavam empregar os procedimentos
artísticos como meio de propaganda política.
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Letra a.
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A Zona Franca de Manaus funciona como uma área de atração de indústrias, operando prin-
cipalmente por meio do oferecimento de incentivos fiscais para as empresas ali instaladas,
como a redução ou isenção de impostos e também facilitações burocráticas. Essa política de
atração de investimentos gera empregos e promove a circulação de renda, apesar dos graves
problemas sociais e urbanos derivados da criação da Zona Franca de Manaus.
Certo.
A promessa de 50 mil empregos não se cumpriu, mas ajudou a provocar uma explosão
demográfica em Manaus. De cerca de 150 mil habitantes em 1968, a cidade pulou para 600
mil em 1975.
O aceno de 50 mil empregos atraiu uma população de migrantes que nunca mais cessou
de aportar em Manaus. A rápida instalação de empresas comerciais, as lojas de artigos impor-
tados que pululavam pelo centro histórico da cidade, a chegada de empresas multinacionais
no Distrito Industrial, as firmas de consultoria, os institutos de pesquisas, as novas sucursais
de instituições públicas, a horda de turistas em busca de aparelhos eletrônicos baratos e a
vaga de migrantes em busca de novas oportunidades transformaram a cidade. É daí que vem
o termo “Miami Brasileira”.
Especialmente porque tal demanda chegava num momento em que a estrutura da cidade
estava decadente. Em 1960, Manaus ainda conseguia acomodar seus 200 mil habitantes, em-
bora tudo estivesse à beira do colapso. As telecomunicações eram impraticáveis, a distribui-
ção de luz e água precária e os prédios públicos estavam quase em ruínas.
Em 1984, a cidade continuava com a mesma infraestrutura apodrecida, e Manaus come-
çava a inchar, com inúmeras favelas surgindo por todos os lados. O fenômeno do crescimento
desordenado de Manaus faz parte dos problemas gerados pelos programas de desenvolvi-
mento postos em práticas pelo governo federal, desde 1964.
Um dos problemas óbvios é o aumento da população urbana na Amazônia, configurando
uma das maiores fronteiras urbanas do mundo. O Censo de 1980 mostrava que metade da po-
pulação amazônica vivia em cidades. Dez anos depois, 58% da população estava urbanizada.
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Capitais como Manaus, Belém e Porto Velho sofreram declínio de importância regional, con-
forme certos aglomerados urbanos espalhados pelo interior se organizaram e estabeleceram
ligações diretas com os centros econômicos nacionais e internacionais.
https://www.thinglink.com/scene/879045410440609793
Mas as capitais tradicionais da região continuam a desempenhar seu papel local, por se-
diar as sucursais das agências federais, controlar os orçamentos públicos estaduais e manter
as máquinas administrativas e burocráticas. No entanto, enfrentam novos desafios, como as
massivas imigrações, a criação de mais favelas e o crescimento do setor informal na perife-
ria urbana.
A partir dos anos 1990, a região assistiu a uma mudança urbana bastante drástica, que
foi o declínio da cidade de Belém em relação a Manaus. A cidade de Belém, que representa-
va 43,9% da população regional em 1950, caiu para 23,0% em 1990, enquanto Manaus expe-
rimentava uma verdadeira explosão demográfica. A vitória da capital amazonense na velha
competição entre as duas cidades foi apenas aparente. Mesmo com todo o capital nacional
e internacional chegando em Manaus, enquanto as elites de Belém não conseguiam reverter
o processo, a capital do Amazonas saiu perdendo como centro urbano. Belém pôde se dar ao
luxo de preservar seu patrimônio urbano, sua arquitetura eclética, seus parques neoclássicos
e suas avenidas sombreadas por mangueiras, enquanto Manaus se deixou atacar pela especu-
lação imobiliária e viu muitos de seus marcos arquitetônicos desaparecerem, em troca de uma
arquitetura medíocre.
Enquanto a capital paraense soube impor sua cultura e as tradições de sua civilização, a cidade de
Manaus foi culturalmente colonizada pela massa de imigrantes oriundos das partes mais atrasadas
do país, pessoas originárias do mundo rural, onde não havia nenhuma mobilidade social, nenhuma
educação, nenhuma esperança. É impossível prever o que vai ser culturalmente da cidade de Ma-
naus no futuro, depois que o processo da Zona Franca passar. Belém ainda tem sua importância
regional, embora não mais exerça liderança e tenha perdido o posto de portão da Amazônia. É em
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Belém que ainda estão algumas das agências governamentais importantes, enquanto a cidade de
Manaus tende a se transformar num polo tecnológico, num centro de biodiversidade de alta tecno-
logia. Para que isso aconteça, a capital do Amazonas deve superar a tentação populista, oferecer
uma rápida integração das massas de imigrantes através de processos educacionais e culturais,
acumulando, ao lado do capital financeiro, um capital intelectual com massa suficiente para fazer
de sua população mais do que reserva de mão de obra e energia humana escravizada em prol da
expansão global do capitalismo. (SOUZA, 2019)
Como vimos, a criação da Zona Franca de Manaus não foi acompanhada de investimentos em
serviços e em urbanização, gerando graves problemas socio espaciais.
Letra c.
Querido(a), chegamos ao final da parte teórica de nosso curso. Na sequência, já sabe, es-
tude o resumo e os mapas mentais e faça todos os exercícios.
Por fim, peço que avalie esta aula. Preciso saber se estou conseguindo atendar às suas
expectativas!
Nos encontramos na nossa aula 80/20.
Abraço,
Professor Daniel
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RESUMO
Fronteiras do Brasil
Acre:
• Bolívia x Brasil
• Ocupação do Acre por Brasileiros (pertencia à Bolívia)
• Tratado de Petrópolis (1903):
• Anexação do Acre ao Brasil mediante indenização de 2 milhões de libras
• Compromisso de construção da Ferrovia Madeira-Mamoré: Capital norte-americano
• Cessão de faixas de terra na foz do rio Abunã (MT, AM)
Amapá:
• França x Brasil
• Descoberta de ouro em Calçoene: Despertou interesse francês
• Tratados: Definiam o rio Oiapoque como fronteira.
• Laudo Suíço 1/12/1900: favorável ao Brasil
Guiana Inglesa:
• Inglaterra x Brasil
• Mediação da Itália: Vitor Emanuel III – Deu ganho de causa à Inglaterra.
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Alfredo Augusto Ribeiro Júnior: tributo da redenção (reaver dinheiro público com confisco
bancário, leilões, cobranças de impostos e dívidas), extinção da força policial substituída pela
guarda cívica.
Era dos Interventores: (1930-1945)
Governadores indicados por Getúlio.
Álvaro Maia: Principal nome, tomou medidas para equilibrar o orçamento público, anulou
várias concessões latifundiárias, concentrou recursos no combate à lepra e no desenvolvimen-
to da instrução popular, e reformou o Tribunal de Justiça do estado.
Clube da Madrugada 1954:
• Saul Benchimol, Teodoro Botinelly, Celso Melo e Luiz Bacellar
• Uso da imprensa através de publicação em periódicos, a criação de uma revista literária,
a amplitude e a diversidade de interesses culturais além do acentuado caráter libertário,
são algumas características que fizeram do Clube da Madrugada um movimento artísti-
co e literário típico do século XX.
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MAPAS MENTAIS
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O tratado descrito no texto e a principal razão para sua sanção por parte do governo brasileiro
são, respectivamente:
a) Tratado de Madri - expansão do território nacional;
b) Tratado de Petrópolis - interesse em explorar as seringueiras no território anexado;
c) Tratado de Ayacucho - riquezas minerais descobertas no território acreano;
d) Tratado de Petrópolis - alto valor indenizatório a ser pago pelo governo boliviano;
e) Tratado de Ayacucho - construção da ferrovia Madeira-Mamoré.
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b) depois da derrota das tropas francesas que haviam invadido parte do território do Amapá,
avançando até o rio Araguari, e foram vencidas pelo Exército Brasileiro, com a colaboração de
milícias armadas enviadas pela Guiana e pelo Suriname.
c) mediante um acordo pacífico entre a França e o Brasil, que estabeleceu os limites frontei-
riços definitivos, em troca de favorecimentos comerciais envolvendo as cidades de Caiena e
Macapá, bem como a livre navegação dos rios de ambos os territórios envolvidos.
d) durante a Segunda Guerra Mundial, quando França e Brasil apoiaram conjuntamente os Alia-
dos, e cessaram suas disputas por fronteira em nome do Tratado Interamericano de Assistên-
cia Recíproca, firmado no Rio de Janeiro por diversos países sul-americanos.
e) por pressão do governo dos Estados Unidos, interessado na exploração de minério de ferro e
manganês na região, a qual estava sendo prejudicada pelos conflitos territoriais, solucionados
com a vinda de peritos que deram ganho de causa ao Brasil.
005. (UEA/VESTIBULAR/GERAL/2012)
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007. (UFAM/PSC/2007)
A Segunda Guerra Mundial trouxe de volta preocupações dos países desenvolvidos com os
estoques mundiais de borracha, gerando novos empreendimentos na Amazônia. Um dos mais
destacados foi a montagem de colônias agrícolas pelos norte americanos. Delas, é corre-
to afirmar:
a) Embora a plantação de seringueiras em Belterra e Fordlândia tenha tido sucesso, foram
abandonadas após a entrada da borracha sintética no mercado mundial.
b) Instaladas em Tomé-Açu, acabaram por dinamizar o cultivo de pimenta do reino, além da
extração de borracha.
c) Tiveram sucesso apenas parcial, já que algumas pragas dizimaram as plantações de For-
dlândia, deixando apenas as cultivadas em Vila Amazônia, no município de Parintins.
d) Localizaram-se em Fordlândia e em Belterra, tendo fracassado no intuito de desenvolver o
cultivo de seringueiras.
e) Foram superadas pelo plantio racional desenvolvido pelos ingleses no Ceilão e na Malásia.
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010. (UFAM/PSC/2007)
Em 1924 o Amazonas presenciou uma das mais importantes revoltas tenentistas do Brasil,
com a tomada do poder pelo tenente Alfredo Augusto Ribeiro Júnior, que assumiu o desafio da
adoção de impactantes medidas administrativas. Constam dentre elas:
a) A concessão de aumento salarial ao funcionalismo público e a extinção dos partidos
políticos.
b) A expropriação dos bens das elites oligárquicas e a reforma agrária.
c) A anulação de todos os contratos de concessão com as firmas inglesas e norte americanas
d) A instituição do “tributo da redenção” e a extinção da força policial do estado, substituindo-a
por uma “guarda cívica”.
e) A isenção fiscal para que firmas e empresas estrangeiras pudessem atuar no estado.
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d) Os funcionários públicos, denominados cutubas, eram nomeados pelo governo federal, atra-
vés do voto indireto do colégio eleitoral.
e) O governador era nomeado pelo Presidente da República, não existindo Poder Legislativo
em âmbito estadual ou municipal.
013. (VUNESP/UEA/VESTIBULAR/2012/PROVA 1)
O decênio de 1950, no Brasil, foi um período de transformações econômicas, culturais, políti-
cas, artísticas. Novos padrões de desenvolvimento industrial, a Bossa-Nova, o Cinema Novo
são exemplos dessas modificações que se estenderam aos anos 60. Conectado a esse quadro
amplo de inovações, surgiu, em Manaus, um movimento cultural, o Clube da Madrugada, cujos
protagonistas
a) vinham dos setores sociais marginalizados da sociedade amazonense e procuravam ex-
pressar em seus poemas o modo de falar típico da região.
b) atuavam na imprensa amazonense, ao mesmo tempo em que procuravam difundir para a
população em geral as suas experimentações artísticas.
c) consideravam as expressões culturais do folclore indígena amazonense como fonte exclu-
siva de suas produções artísticas.
d) desenvolveram uma arte literária elitista, com caraterísticas românticas, sem projetos esté-
ticos, políticos e sociais.
e) eram ligados à situação política amazonense e objetivavam empregar os procedimentos
artísticos como meio de propaganda política.
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Daniel Vasconcellos
QUESTÕES DE CONCURSO
017. (FGV/DPE-RO-ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA/ANALISTA JURÍDICO/2015)
“Há sinais desse movimento desde a época do descobrimento, mas foi no governo de Getúlio
Vargas (1930/1945) que a colonização da floresta passou a ser vista como estratégica para
os interesses nacionais. Era a época da Marcha para o Oeste. (...) Durante a ditadura militar, a
política para a Amazônia ficou conhecida pelo lema ‘Integrar para não Entregar’.“ (Peixoto, Fa-
brícia. Linha do tempo: Entenda como ocorreu a ocupação da Amazônia. Disponível em www.
bbc.co.uk)
A ocupação da Amazônia ganhou fôlego no século XX, como mostra o trecho da reportagem
acima. Sobre as consequências dessa ocupação, pode-se destacar:
a) o desenvolvimento econômico baseado nos princípios da sustentabilidade, que garantiu a
preservação da floresta;
b) a demarcação das terras dos grupos indígenas que viviam na região, evitando conflitos
por terras;
c) a forte deterioração do bioma da região norte, como consequência da exploração desenfre-
ada da região;
d) a adoção de um padrão de transportes ferroviário, distinto do restante do país;
e) a abertura das fronteiras à penetração de países vizinhos que exploravam a região.
Nas primeiras décadas do Brasil republicano, um dos problemas mais graves do sistema elei-
toral eram as fraudes, às quais se refere a charge para a revista Careta (1927).
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019. (UNAMA/2011) Em 1904, o escritor Euclides da Cunha esteve em Belém e ficou im-
pressionado.
“Nunca esquecerei a surpresa que me causou aquela cidade. Nunca São Paulo e Rio de Janeiro
terão as suas avenidas monumentais, largas de 40 metros e sombreadas de filas sucessivas
de árvores enormes. Não se imagina no resto do Brasil o que é a cidade de Belém, com os seus
edifícios desmesurados, as suas praças incomparáveis e com a sua gente de hábitos euro-
peus, cavalheira e generosa. Foi a maior surpresa de toda a viagem”.
Euclides da Cunha está descrevendo a cidade de Belém
a) edificada pelo artista italiano Antônio José Landi na segunda metade do século XVIII e que
no início do XX ainda se apresentava como uma cidade moderna.
b) urbanizada no final do século XIX e início do XX pelo intendente Antônio Lemos, cujo gover-
no se norteou sob três pilares: higienização, estética e modernidade.
c) reconstruída pelos governos cabanos, visto que, entre seus planos governamentais estava a
urbanização da velha cidade construída pelos portugueses no século XVII.
d) construída pelos governos que assumiram o poder após a adesão do Pará à independência,
isto porque a cidade ficara destruída pelas lutas que a antecedera.
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A autora se refere à greve dos estivadores de Manaus, deflagrada em 1889. A relação entre a
situação descrita no texto e fatos ocorridos na época, é expressa corretamente por:
a) A mecanização dos portos e a queda vertiginosa no crescimento da indústria de pneumá-
ticos reduziram a necessidade dos estivadores, que foram dispensados e reivindicaram suas
recontratações.
b) Os estivadores articulavam-se para combater a concorrência de mão-de-obra com os mi-
grantes nordestinos que, ao chegarem a Manaus, em vez de seguirem para os seringais, em-
pregavam-se nos serviços de estiva.
c) A principal reivindicação dos grevistas era o reajuste do pagamento de suas diárias, depre-
ciadas pelo aumento da jornada de trabalho, não sendo portanto suficientes para acompanhar
a alta do custo de vida.
d) A Associação Comercial do Amazonas deu apoio incondicional aos estivadores temendo
que uma greve prolongada pusesse seus negócios em risco.
e) Atos de repressão violenta levaram à greve geral e à radicalização do movimento dos estiva-
dores que receberam o apoio do Sindicato dos Carroceiros e da Federação Marítima.
O texto acima, de 2014, informa a produção dos videogames da Microsoft na Zona Franca de
Manaus, fato que barateou o preço dos consoles para os consumidores. Sobre a Zona Franca
de Manaus é INCORRETO afirmar:
a) A Zona Franca de Manaus é um modelo econômico de desenvolvimento que foi instaurado
na cidade de Manaus, em 1967, pelo Decreto-Lei 288, durante o regime militar, mas que já havia
sido planejado desde o governo de Juscelino Kubitschek.
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026. (IDECAN/DETRAN-RO/MOTORISTA/2014)
Um marco histórico do desenvolvimento Amazônico completou 100 anos e ex-funcionários
trabalham para preservar a memória da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Essa foi uma gran-
de obra estrangeira construída no Brasil, considerada uma verdadeira loucura: “Construir uma
estrada na floresta, na mais violenta do mundo, é uma aventura que só os grandes titãs ousa-
ram enfrentar”, afirma o historiador Francisco Matias. A estrada mencionada teve um investi-
mento vultoso subvencionado diretamente.
a) pela França.
b) pela Inglaterra.
c) pela Alemanha.
d) pela, então, URSS.
e) pelos Estados Unidos.
027. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013)
Tendo em vista que o período da ditadura militar foi marcado por alterações no processo de
ocupação da Amazônia, julgue os itens seguintes, relativos a esse processo.
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Nesse período, adotou-se uma política de reforma agrária com base na propriedade coleti-
va da terra.
029. (UEA/VESTIBULAR/GERAL/2012)
As migrações nordestinas para a região amazônica foram motivadas por fatores de expulsão
de indivíduos de suas sociedades de origem e fatores de atração concernentes à Amazônia. A
migração foi particularmente acentuada no final do século XIX e voltou a se intensificar duran-
te a Segunda Guerra Mundial, como resultado
a) da diminuição das exportações brasileiras de carne e couro de ovinos e da consolidação da
produção do cacau na Amazônia.
b) da urbanização das regiões do Nordeste e da procura de mão de obra especializada pela
indústria têxtil na Amazônia.
c) das sucessivas guerras sertanejas, produzidas por razões religiosas, e dos desmatamentos
na Amazônia.
d) do desenvolvimento do capitalismo no interior do Nordeste e da fragilidade da economia
amazônica no cenário internacional.
e) da gravidade das secas no sertão nordestino e dos vínculos da economia extrativista com
mercados internacionais.
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030. (UFAM/PSC/2006)
A chamada “Batalha da Borracha” refere-se:
a) As disputas por mercados entre a borracha extrativa da Amazônia e a borracha cultivada do
Ceilão e da Malásia;
b) Ao processo que culminou com a anexação do Acre ao Brasil;
c) Aos conflitos armados entre seringueiros e índios do vale do rio Purus;
d) A retomada do processo extrativo vinculado ao esforço de guerra que visava aumentar os
estoques do produto para os aliados durante a 2ª Guerra Mundial;
e) As disputas fiscais entre os estados do Pará e Amazonas pela cobrança dos impostos da
borracha oriunda do então Território do Acre.
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c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
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a) Estendeu a linha telegráfica entre Campo Grande e Santo Antônio do Madeira, superando o
isolamento da região.
b) Contribuiu para a formação de povoados, como Marco Rondon, Cacoal, Colorado do Oeste
e Rolim de Moura.
c) Complementou o telégrafo com rádios de poste, para maior alcance social na transmissão
de informações.
d) Incluiu o levantamento topográfico e a demarcação de fronteiras, além de pesquisas etno-
gráficas, linguísticas e geológicas.
e) Integrou os “sertões do noroeste” ao sistema produtivo nacional, abrindo linhas de escoa-
mento para a borracha.
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045. (FUNRIO/SESAU/RO–ADMINISTRADOR/2017)
A história da construção da ferrovia Madeira-Mamoré passa pela questão do Acre (1899-1902),
que ocasionou a assinatura de um importante tratado em 1903. Esse tratado define a compra
da Região do Acre por 2 milhões de libras esterlinas e viabiliza a construção da Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré por parte do governo brasileiro, então vivamente interessado na explo-
ração da borracha do Acre e do noroeste boliviano.
Esse documento é conhecido como Tratado de:
a) Madri.
b) Petrópolis.
c) Paris.
d) São Paulo.
e) Manaus.
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a) Rodovia Transamazônica.
b) Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
c) Usina Hidrelétrica de Jirau.
d) Reserva Ecológica Nacional Ouro Preto do Oeste.
e) Estrada de Ferro Carajás.
047. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018)
A Questão Acreana foi resolvida, diplomaticamente, graças à intervenção do Barão do Rio
Branco, que obteve a assinatura do Tratado de Petrópolis entre os governos do Brasil e da Bo-
lívia, em 1903.
Sobre os objetivos alcançados com a assinatura desse tratado, assinale a afirmativa correta.
a) O alcance do Atlântico e do Caribe pelos bolivianos, através do acesso ao Rio Amazonas.
b) O arrendamento do controle das alfândegas entre os dois países por uma concessionária
norte-americana.
c) O compromisso boliviano de financiar a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
d) A abertura do Rio Amazonas à navegação das nações da América do Sul.
e) A permuta de territórios e outras compensações, estabelecendo novos limites entre o Brasil
e a Bolívia.
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GABARITO
1. b 37. C
2. c 38. a
3. a 39. d
4. a 40. b
5. a 41. a
6. e 42. e
7. d 43. a
8. b 44. e
9. c 45. b
10. d 46. b
11. C 47. e
12. e 48. c
13. b 49. c
14. a 50. d
15. C
16. c
17. c
18. a
19. b
20. c
21. b
22. E
23. c
24. d
25. c
26. e
27. E
28. e
29. e
30. d
31. a
32. c
33. b
34. d
35. b
36. d
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GABARITO COMENTADO
017. (FGV/DPE-RO-ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA/ANALISTA JURÍDICO/2015)
“Há sinais desse movimento desde a época do descobrimento, mas foi no governo de Getúlio
Vargas (1930/1945) que a colonização da floresta passou a ser vista como estratégica para
os interesses nacionais. Era a época da Marcha para o Oeste. (...) Durante a ditadura militar, a
política para a Amazônia ficou conhecida pelo lema ‘Integrar para não Entregar’.“ (Peixoto, Fa-
brícia. Linha do tempo: Entenda como ocorreu a ocupação da Amazônia. Disponível em www.
bbc.co.uk)
A ocupação da Amazônia ganhou fôlego no século XX, como mostra o trecho da reportagem
acima. Sobre as consequências dessa ocupação, pode-se destacar:
a) o desenvolvimento econômico baseado nos princípios da sustentabilidade, que garantiu a
preservação da floresta;
b) a demarcação das terras dos grupos indígenas que viviam na região, evitando conflitos
por terras;
c) a forte deterioração do bioma da região norte, como consequência da exploração desenfre-
ada da região;
d) a adoção de um padrão de transportes ferroviário, distinto do restante do país;
e) a abertura das fronteiras à penetração de países vizinhos que exploravam a região.
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Nas primeiras décadas do Brasil republicano, um dos problemas mais graves do sistema elei-
toral eram as fraudes, às quais se refere a charge para a revista Careta (1927).
A respeito da charge, é correto afirmar que
a) ilustra o controle político que os grandes fazendeiros exerciam sobre os eleitores, conduzin-
do-os a votar nos candidatos que apoiavam.
b) denuncia a falsificação das atas eleitorais, com a alteração do número de votantes, resultan-
do nas “eleições a bico de pena”.
c) representa o mecanismo fraudulento de incluir novos nomes na lista dos votantes, de modo
a aumentar o número de eleitores.
d) critica o recurso conhecido como “degola”, usado para eliminar o candidato eleito conside-
rado não idôneo, anulando sua eleição.
e) mostra a ação dos “fósforos”, isto é, das pessoas que assumiam a identidade de eleitores
mortos ou ausentes para fraudar as eleições.
O “voto de cabresto” era um meio de os coronéis controlarem o resultado das eleições. Como
o coronel era uma líder político local, usava seu poder para obrigar aqueles que dependiam de
sua atividade econômica a votarem em seus candidatos.
Letra a.
019. (UNAMA/2011) Em 1904, o escritor Euclides da Cunha esteve em Belém e ficou im-
pressionado.
“Nunca esquecerei a surpresa que me causou aquela cidade. Nunca São Paulo e Rio de Janeiro
terão as suas avenidas monumentais, largas de 40 metros e sombreadas de filas sucessivas
de árvores enormes. Não se imagina no resto do Brasil o que é a cidade de Belém, com os seus
edifícios desmesurados, as suas praças incomparáveis e com a sua gente de hábitos euro-
peus, cavalheira e generosa. Foi a maior surpresa de toda a viagem”.
Euclides da Cunha está descrevendo a cidade de Belém
a) edificada pelo artista italiano Antônio José Landi na segunda metade do século XVIII e que
no início do XX ainda se apresentava como uma cidade moderna.
b) urbanizada no final do século XIX e início do XX pelo intendente Antônio Lemos, cujo gover-
no se norteou sob três pilares: higienização, estética e modernidade.
c) reconstruída pelos governos cabanos, visto que, entre seus planos governamentais estava a
urbanização da velha cidade construída pelos portugueses no século XVII.
d) construída pelos governos que assumiram o poder após a adesão do Pará à independência,
isto porque a cidade ficara destruída pelas lutas que a antecedera.
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Belém, assim como Manaus, devido ao ciclo da borracha, apresentava uma organização urba-
na cosmopolita.
Letra b.
Os estivadores entraram em greve em 1889 com o objetivo de reivindicar uma melhor corres-
pondência entre seu trabalho e custo de vida com os salários que recebiam. O trabalho do
estivador era fundamental no contexto do ciclo econômico da borracha e no desenvolvimento
em geral da região amazônica, haja vista que empregava sua força de trabalho no transporte
de cargas.
Letra c.
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O texto acima, de 2014, informa a produção dos videogames da Microsoft na Zona Franca de
Manaus, fato que barateou o preço dos consoles para os consumidores. Sobre a Zona Franca
de Manaus é INCORRETO afirmar:
a) A Zona Franca de Manaus é um modelo econômico de desenvolvimento que foi instaurado
na cidade de Manaus, em 1967, pelo Decreto-Lei 288, durante o regime militar, mas que já havia
sido planejado desde o governo de Juscelino Kubitschek.
b) A usina hidrelétrica de Balbina, localizada no Amazonas, foi construída com a finalidade de
abastecer a demanda de energia elétrica da Zona Franca de Manaus. Esse projeto teve ampla
aceitação e, atualmente, a usina é considerada uma das principais hidrelétricas do país.
c) A administração das instalações e serviços da Zona Franca é exercida pela Superintendên-
cia da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
d) A Zona Franca de Manaus, quando foi implementada, visava à integração entre os Esta-
dos do Norte e tinha o intuito de promover a ocupação da região norte, gerando empregos e
oportunidades.
e) Algumas vantagens decorrentes do estabelecimento da Zona Franca de Manaus são: o de-
senvolvimento comercial e econômico da região, a redução de taxas alfandegárias e a geração
de renda e empregos.
Inaugurada no final da década de 1980, Balbina é criticada por ter um alto custo e ter causado
um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil. Tendo cada uma das cinco unida-
des geradoras uma capacidade de até 55 MW de energia elétrica, totalizando 275 MW, a usina
é citada como um erro histórico por cientistas e gestores por sua baixa geração de energia em
relação à área alagada, e pelas consequências disso.
Letra b.
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Essa é fácil, exige mais sua capacidade de interpretação. O trecho “amparados por uma supos-
ta ameaça de internacionalização” permite deduzir a afirmativa d.
Letra d.
Outra questão de fácil resolução. Ora, das alternativas a única que apresenta atividade preda-
tória é a letra c.
Letra c.
026. (IDECAN/DETRAN-RO/MOTORISTA/2014)
Um marco histórico do desenvolvimento Amazônico completou 100 anos e ex-funcionários
trabalham para preservar a memória da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Essa foi uma gran-
de obra estrangeira construída no Brasil, considerada uma verdadeira loucura: “Construir uma
estrada na floresta, na mais violenta do mundo, é uma aventura que só os grandes titãs ousa-
ram enfrentar”, afirma o historiador Francisco Matias. A estrada mencionada teve um investi-
mento vultoso subvencionado diretamente.
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a) pela França.
b) pela Inglaterra.
c) pela Alemanha.
d) pela, então, URSS.
e) pelos Estados Unidos.
No início de 1907, o contrato para a construção da ferrovia foi encampado pelo empreendedor
estadunidense Percival Farquhar. Foi a primeira grande obra de engenharia civil estadunidense
fora dos EUA após o início das obras de construção do Canal do Panamá,
Letra e.
027. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013)
Tendo em vista que o período da ditadura militar foi marcado por alterações no processo de
ocupação da Amazônia, julgue os itens seguintes, relativos a esse processo.
Nesse período, adotou-se uma política de reforma agrária com base na propriedade coleti-
va da terra.
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029. (UEA/VESTIBULAR/GERAL/2012)
As migrações nordestinas para a região amazônica foram motivadas por fatores de expulsão
de indivíduos de suas sociedades de origem e fatores de atração concernentes à Amazônia. A
migração foi particularmente acentuada no final do século XIX e voltou a se intensificar duran-
te a Segunda Guerra Mundial, como resultado
a) da diminuição das exportações brasileiras de carne e couro de ovinos e da consolidação da
produção do cacau na Amazônia.
b) da urbanização das regiões do Nordeste e da procura de mão de obra especializada pela
indústria têxtil na Amazônia.
c) das sucessivas guerras sertanejas, produzidas por razões religiosas, e dos desmatamentos
na Amazônia.
d) do desenvolvimento do capitalismo no interior do Nordeste e da fragilidade da economia
amazônica no cenário internacional.
e) da gravidade das secas no sertão nordestino e dos vínculos da economia extrativista com
mercados internacionais.
030. (UFAM/PSC/2006)
A chamada “Batalha da Borracha” refere-se:
a) As disputas por mercados entre a borracha extrativa da Amazônia e a borracha cultivada do
Ceilão e da Malásia;
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Recorde comigo: A batalha da borracha se refere aos esforços de produção de borracha reali-
zados pelos “soldados da borracha” a partir das ações do Estado Novo em virtude dos Acordos
de Washington.
Letra d.
De acordo com os dados, podemos relacionar a Criação da Zona Franca de Manaus, a partir de
1967, com o grande aumento populacional de Manaus.
Letra a.
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III – Durante séculos, ocorreram disputas entre brasileiros e ingleses pela delimitação das
fronteiras.
IV – Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal ordenou o povoamento de Macapá com
colonos açorianos.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
Querido(a), a alternativa “II” está errada porque afirma que o atual espaço amapaense era me-
tade português de acordo com o Tratado de Tordesilhas. Na verdade, a região do Amapá per-
tencia à Espanha pelo Tratado. A afirmação “III” também está errada porque as disputas secu-
lares pela região aconteceram entre portugueses e franceses. Não que não tivessem ocorrido
conflitos com os ingleses, mas estes foram durante as primeiras décadas do século XVII.
Letra c.
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O Brasil enviou o Barão de Rio Branco para resolver o problema, já que ele também havia li-
derado a comitiva que venceu uma questão territorial com a Argentina. A equipe brasileira foi
bem-preparada, enquanto a França enviou diplomatas com pouco conhecimento, já que estava
mais interessada na colonização da África. Desta maneira, no dia 1 de dezembro de 1900, o
tribunal na Suíça expediu a decisão favorável ao Brasil. Como resultado, o país incorporou 260
mil km² ao seu território.
Letra d.
O Tratado de Utrecht foi firmado entre Portugal e a França para estabelecer os limites entre
os dois países na costa norte do Brasil. Estas disposições serviram, quase dois séculos após,
para defender a posição brasileira na questão do Amapá.
Letra b.
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a) Estendeu a linha telegráfica entre Campo Grande e Santo Antônio do Madeira, superando o
isolamento da região.
b) Contribuiu para a formação de povoados, como Marco Rondon, Cacoal, Colorado do Oeste
e Rolim de Moura.
c) Complementou o telégrafo com rádios de poste, para maior alcance social na transmissão
de informações.
d) Incluiu o levantamento topográfico e a demarcação de fronteiras, além de pesquisas etno-
gráficas, linguísticas e geológicas.
e) Integrou os “sertões do noroeste” ao sistema produtivo nacional, abrindo linhas de escoa-
mento para a borracha.
Com a intenção de ampliar ainda mais o alcance das linhas telegráficas federais, Affonso
Penna, Presidente da República entre os anos de 1906 e 1909, criou a Comissão de Linhas
Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas, também conhecida como “Comis-
são Rondon”.
Letra d.
Querido(a), muito fácil não é mesmo! Celebrado em 17 de novembro de 1903, o Tratado de Pe-
trópolis estabeleceu um acordo em que o Acre seria território brasileiro e, como compensação,
a República Brasileira se comprometeria em construir a ferrovia Madeira-Mamoré, importante
para o comércio boliviano.
Certo.
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a) A introdução de uma nova política indigenista, pela qual o indígena é um cidadão pleno, com
direito à propriedade sobre as terras das reservas, agora mercantilizadas.
b) A substituição progressiva da economia extrativista pela agricultura camponesa e empresa-
rial, promovendo um uso capitalista da terra na região.
c) A redução da massa florestal, substituída por áreas agrícolas voltadas fortemente para a
agropecuária e obtidas por meio de desmatamento e queimadas.
d) A criação de assentamentos rurais, destinados a famílias de camponeses migrantes, que
ajudaram a desenvolver uma agricultura caracterizada pelo trabalho familiar camponês.
e) A transformação da rede de circulação, do predomínio fluvial à combinação deste com o
sistema rodoviário, responsável pelo aumento dos fluxos populacionais e de mercadorias.
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d) 3, 1, 2, e 4.
e) 4, 2, 3 e 1.
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Um dos objetivos estratégicos do governo dos militares era povoar a região e desenvolver
sua economia.
Letra b
Questão de interpretação. Entenda, com o aumento das atividades de exploração dos recursos
naturais temos a óbvia dicotomia entre aproveitamento econômico e preservação ambiental.
Letra a.
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d) a inserção do Brasil no mercado mundial de borracha, dominado até então pelos ingleses.
e) a “Questão do Acre”, resolvida com a assinatura do tratado de Petrópolis.
Querido(a), as disputas territoriais entre Bolívia e Brasil pela região do atual estado do Acre
estão ligas ao interesse econômico nas seringueiras para a produção de borracha. Como aca-
bamos de ver, essa disputa foi solucionada com a assinatura do Tratado de Petrópolis.
Letra e.
Essa é pra gabaritar. Uma das compensações pela entrega do Acre ao Brasil, foi o comprome-
timento do governo brasileiro em construir a Ferrovia Madeira-Mamoré, de interesse boliviano
para escoamento de sua produção de látex.
Letra a.
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d) a migração da população oriunda dos grandes centros urbanos do Sudeste atendeu à de-
manda da região;
e) a migração da população do nordeste foi a solução para suprir a necessidade de mão de
obra da região.
Fugindo da seca que assolava a região nordeste, milhares de nordestinos partiram para Rondô-
nia para trabalhar na extração do látex.
Letra e.
045. (FUNRIO/SESAU/RO–ADMINISTRADOR/2017)
A história da construção da ferrovia Madeira-Mamoré passa pela questão do Acre (1899-1902),
que ocasionou a assinatura de um importante tratado em 1903. Esse tratado define a compra
da Região do Acre por 2 milhões de libras esterlinas e viabiliza a construção da Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré por parte do governo brasileiro, então vivamente interessado na explo-
ração da borracha do Acre e do noroeste boliviano.
Esse documento é conhecido como Tratado de:
a) Madri.
b) Petrópolis.
c) Paris.
d) São Paulo.
e) Manaus.
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047. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018)
A Questão Acreana foi resolvida, diplomaticamente, graças à intervenção do Barão do Rio
Branco, que obteve a assinatura do Tratado de Petrópolis entre os governos do Brasil e da Bo-
lívia, em 1903.
Sobre os objetivos alcançados com a assinatura desse tratado, assinale a afirmativa correta.
a) O alcance do Atlântico e do Caribe pelos bolivianos, através do acesso ao Rio Amazonas.
b) O arrendamento do controle das alfândegas entre os dois países por uma concessionária
norte-americana.
c) O compromisso boliviano de financiar a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
d) A abertura do Rio Amazonas à navegação das nações da América do Sul.
e) A permuta de territórios e outras compensações, estabelecendo novos limites entre o Brasil
e a Bolívia.
A Bolívia cedeu o Acre ao Brasil que, por sua vez, cedeu parte do território do Mato Grosso e
pagou uma indenização. Além disto, o Brasil se comprometeu em construí a ferrovia Madeira-
-Mamoré para favorecer o escoamento da produção boliviana.
Letra e.
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Querido(a), a ideia era escoar a borracha e outros produtos para portos do Atlântico, não
do Pacífico.
Letra c.
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Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.
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