Você está na página 1de 6

AULA - VIVO

IMPENHORABILIDADE DO
BEM DE FAMÍLIA (1)
AULA - VIVO IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA (1)
1. 3.
1.1. CONTEÚDO

1.1.1. IDEIA GUIA PRÁTICA - PASSO A PASSO SOBRE A QUESTÃO DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA

1.1.1.1. QUESTÕES TÉCNICAS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO (TÍTULO EXTRAJUDICIAL OU CUMPRIMENTO DE SENTENÇA) - DESDE BUSCA PELO CREDOR DE BENS IMÓVEIS PASSÍVEIS DE PENHORA - PETIÇÃO
DE REQUERIMENTO DE PENHORA - MEIO PROCESSUAL PARA ALEGAR A IMPENHORABILIDADE - REQUISITOS LEGAIS - ÔNUS DA PROVA E MEIOS DE PROVA - DECISÃO IMPENHORABILIDADE ETC

1.1.1.1.1. PROCESSO DE EXECUÇÃO - TÍTULO EXECUTIVO : BUSCA DO CREDOR POR PATRIMÔNIO DO DEVEDOR PARA SATISFAZER O CRÉDITO OU OBRIGAÇÃO RECONHECIDA NO TÍTULO - LIDE DE
SATISFAÇÃO. RESULTADO. EFETIVIDADE

1.1.1.1.1.1. ART. 789 CPC - DEVEDOR RESPONDE COM TODOS OS SEUS BENS PRESENTES E FUTUROS PARA O CUMPRIMENTO DE SUAS OBRIGAÇÕES + 391DO CC

1.1.1.1.1.1.1. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

1.1.2. 01

1.1.2.1. CREDOR E A BUSCA DE BENS DO DEVEDOR PARA PENHORA

1.1.2.1.1. CONSULTA DE BENS IMÓVEIS DE PROPRIEDADE DO DEVEDOR

1.1.2.1.1.1. CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS - SISTEMA TRADICIONAL

1.1.2.1.1.2. SISTEMA DE PESQUISA -

1.1.3. 02

1.1.3.1. CREDOR PETIÇÃO DE REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO DO BEM IMÓVEL PARA PENHORA

1.1.3.1.1. PROPRIEDADE IMÓVEL - TRANSFERÊNCIA COM A INSCRIÇÃO NA CERTIDÃO IMOBILIÁRIA

1.1.3.1.1.1. INDIVIDUALIZAR O BEM IMÓVEL

1.1.3.1.1.2. INSTRUIR COM A CERTIDÃO ATUALIZADA DO CRI

1.1.3.1.1.3. INDICAR O VALOR DE MERCADO DO BEM IMÓVEL

1.1.3.1.2. NÃO TEM A PROPRIEDADE - FORMAL - MAS TEM O DIREITO DE POSSE

1.1.3.1.2.1. ESCRITURA PÚBLICA SEM REGISTRO

1.1.3.1.2.2. COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA

1.1.3.1.2.3. CONTRATO DE CESSÃO DE POSSE

1.1.3.1.2.4. POSSE - FÁTICA

1.1.3.1.2.5. PODE SER PENHORADA ?

1.1.3.1.2.5.1. SIM

1.1.3.1.2.5.1.1. FATO DESNATURA A NATUREZA DA AQUISIÇÃO DE BEM DE FAMILIA ? NÃO !!

1.1.3.1.2.5.1.1.1. STJ: REsp 1.726.733-SP, Min Marco Aurelio Bellizze, 3ª turma, DJE 16.10.2020

1.1.3.1.2.5.1.1.1.1. "A REGRA DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA LEGAL ABRANGE O IMÓVEL EM FASE DE AQUISIÇÃO, COMO AQUELES DECORRENTES DA CELEBRAÇÃO DO
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OU DO FINANCIAMENTO DO IMÓVEL PARA FINS DE MORADIA

1.1.3.1.2.5.1.1.1.2. "IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DECORRE DA DESTINAÇÃO DO IMÓVEL, E NÃO DA NATUREZA DO TÍTULO DE SUA OCUPAÇÃO, SE PROPRIEDADE OU POSSE. NO
CASO, TENDO SIDO CONSTATADO QUE SERVE PARA MORADIA DA FAMÍLIA DOS DEVEDORES, É DE SE ADMITIR A PROTEÇÃO PREVISTA NA LEI POSSA SER OPOSTA AO TERCEIRO EXEQUENTE

1.1.3.1.2.5.1.1.1.3. *

1.1.3.1.2.5.1.1.1.3.1. BEM DE FAMÍLIA ADQUIRIDO DURANTE O PROCESSO DE EXECUÇÃO ?

1.1.3.1.2.5.1.1.1.3.1.1. RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. BEM DE FAMÍLIA LEGAL E CONVENCIONAL. COEXISTÊNCIA E PARTICULARIDADES.
BEM DE FAMÍLIA LEGAL. OBRIGAÇÕES PREEXISTENTES À AQUISIÇÃO DO BEM. BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL. OBRIGAÇÕES POSTERIORES À INSTITUIÇÃO. 1. O bem de família legal
(Lei n. 8.009/1990) e o convencional (Código Civil) coexistem no ordenamento jurídico, harmoniosamente. A disciplina legal tem como instituidor o próprio Estado e volta-se para o
sujeito de direito - entidade familiar -, pretendendo resguardar-lhe a dignidade por meio da proteção do imóvel que lhe sirva de residência. O bem de família convencional, decorrente
da vontade do instituidor, objetiva, primordialmente, a proteção do patrimônio contra eventual execução forçada de dívidas do proprietário do bem. 2. O bem de família legal dispensa
a realização de ato jurídico, bastando para sua formalização que o imóvel se destine à residência familiar. Por sua vez, para o voluntário, o Código Civil condiciona a validade da
escolha do imóvel à formalização por escritura pública e à circunstância de que seu valor não ultrapasse 1/3 do patrimônio líquido existente no momento da afetação. 3. Nos termos da
Lei n. 8.009/1990, para que a impenhorabilidade tenha validade, além de ser utilizado como residência pela entidade familiar, o imóvel será sempre o de menor valor, caso o
beneficiário possua outros. Já na hipótese convencional, esse requisito é dispensável e o valor do imóvel é considerado apenas em relação ao patrimônio total em que inserido o bem.
4. Nas situações em que o sujeito possua mais de um bem imóvel em que resida, a impenhorabilidade poderá incidir sobre imóvel de maior valor caso tenha sido instituído,
formalmente, como bem de família, no Registro de Imóveis (art. 1.711, CC/2002) ou, caso não haja instituição voluntária formal, automaticamente, a impenhorabilidade recairá sobre o
imóvel de menor valor (art. 5°, parágrafo único, da Lei n. 8.009/1990). 5. Para o bem de família instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção conferida pelo instituto
alcançará todas as obrigações do devedor indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido no curso de uma demanda executiva. Por sua vez, a impenhorabilidade
convencional é relativa, uma vez que o imóvel apenas estará protegido da execução por dívidas subsequentes à sua constituição, não servindo às obrigações existentes no momento
de seu gravame. 6. Recurso especial não provido. (STJ, REsp 1.792.265-SP, 4ª Turma, Rel Min Luis Felipe Salomão, j, 14.12.2021)

1.1.4. 03.

1.1.4.1. INDICADO O BEM A PENHORA OU FORMALIZADA A PENHORA

1.1.4.1.1. DEVEDOR VAI SER INTIMADO

1.1.4.1.1.1. PODE ALEGAR A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA - EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

1.1.4.1.1.1.1. DEFESA ESPECÍFICA - IMPUGNAÇÃO À PENHORA -

1.1.4.1.1.1.1.1. ORDENAMENTO JURÍDICO PREVÊ DUAS MODALIDADES

1.1.4.1.1.1.1.1.1. A)

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1. BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL - ARTS 1711 A 1722 DO CC

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1. IMPORTANTE PARA CLIENTES EXECUTADOS QUE TEM MAIS DE UM IMÓVEL RESIDENCIAL - garantir que a impenhorabilidade recaia sobre o de MAIOR VALOR

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1. B.1

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. FORMA DE CONSTITUIÇÃO

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. * ATITUDE VOLUNTÁRIA DO PROPRIETÁRIO DO BEM - ato de vontade

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. ESCRITURA PÚBLICA - TESTAMENTO ou DOAÇÃO

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. +

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. REGISTRO CARTÓRIO DE IMÓVEIS

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. * não precisa da anuência do cônjuge ou companheiro

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.2. B.2

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1. EFEITO

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1. o bem afetado será IMPENHORÁVEL e INALIENÁVEL

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1. * IMPENHORABILIDADE PARA AS DÍVIDAS FUTURAS

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.2. * PARA AS DÍVIDAS ANTERIORES À SUA INSTITUIÇÃO É INEFICAZ


1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.3. B.3

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1. TEMPO

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1. DURAÇÃO LIMITADA A VIDA DOS INSTITUIDORES OU ATÉ A MAIORIDADE CIVIL DOS FILHOS

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1. MORTE DE UM DOS INSTITUIDORES OU EXTINÇÃO DO VÍNCULO FAMILIAR NÃO DESCONSTITUI A IMPENHORABILIDADE

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1. para extinguir ...

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1. MORTE DE AMBOS + MAIORIDADE DOS FILHOS sem curatela

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4. B.4

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1. REQUISITOS

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1.1. PROPRIEDADE DO BEM

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1.2. DESTINADO A MORADIA FAMILIAR

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1.3. SOLVABILIDADE DO INSTITUIDOR

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1.3.1. * somente dívidas posteriores serão atingidas

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1.3.1.1. LEI NÃO EXIGE COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE SOLVÊNCIA

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1.4. CORRESPONDER MÁXIMO 1/3 DO PATRIMÔNIO LIQUIDO DO INSTITUIDOR EXISTENTE QUANDO DA INSTITUIÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5. B.5

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1. EXCEÇÕES

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1.1. * DÍVIDAS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1.2. * DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS DO IMÓVEL

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1.3. * DÍVIDAS CONDOMINIAIS

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1.4. * ROL TAXATIVO

1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1.4.1. É POSSÍVEL EVITAR A PENHORA EM FIANÇA FUTURA

1.1.4.1.1.1.1.1.2. B)

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1. BEM DE FAMÍLIA LEGAL OU OBRIGATÓRIO - LEI 8009/90

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.1. AUTOMÁTICA - DECORRE DA LEI

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.2. NORMA DE ORDEM PÚBLICA - COGENTE - DIREITO MORADIA - CONSTITUCIONAL - TEORIA DA PATRIMÔNIO MÍNIMO DA PESSOA HUMANA = MÍNIMO EXISTENCIAL

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.2.1. norma protetiva

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.2.2. vinculada a direitos fundamentais

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.2.3. preserva direitos humanos mínimos a vida digna

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.2.4. bem de família a salvo de qualquer constrição

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3. ART. 1º - LEI 8009/90

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.1. IMÓVEL RESIDENCIAL PRÓPRIO DO CASAL OU ENTIDADE FAMILIAR

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.1.1. se tiver MAIS DE UM IMÓVEL RESIDENCIAL = o de MENOR VALOR será IMPENHORÁVEL

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.2. IMPENHORÁVEL

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.2.1. o bem NÃO SE TORNA INALIENÁVEL

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.3. NÃO RESPONDERÁ POR QUALQUER TIPO DE DÍVIDA

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.4. DÍVIDA CONTRAÍDA CÔNJUGE OU PELOS PAIS E FILHOS

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.4.1. Os integrantes da entidade familiar residentes no imóvel protegido pela Lei n. 8.009/1990 possuem legitimidade para se insurgirem contra a penhora do
bem de família.

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.4.1.1. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA DE IMÓVEL. IMÓVEL OFERECIDO EM GARANTIA. FILHOS.
LEGITIMIDADE. 1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. É cabível a
apresentação de embargos de terceiro pelos filhos menores dos contratantes para defender sua posse e discutir a legitimidade da penhora do imóvel hipotecado, porquanto
integrantes da entidade familiar a que visa proteger a Lei nº 8.009/1990. 3. Agravo regimental não provido. (STJ, AgRg no REsp 1490430 / PR, 3 Turma, Rel Min RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, j. 05.09.2019)

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.4.1.2. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CPC/1973. EMBARGOS DE TERCEIRO. PRAZO DE CINCO DIAS DO ART.
1.048 DO CPC/1973. IMPOSSIBILIDADE DE PRESUNÇÃO DA CIÊNCIA DE TERCEIRO. TERMO 'A QUO' DO PRAZO. DATA DA TURBAÇÃO/IMISSÃO NA POSSE. EMBARGOS TEMPESTIVOS.
LEGITIMIDADE ATIVA. POSSIBILIDADE DE OS FILHOS NÃO INTEGRANTES DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL EXECUTIVA OPOR EMBARGOS DE TERCEIRO A SUSTENTAR A
IMPENHORABILIDADE DO IMÓVEL. 1. Controvérsia acerca da legitimidade ativa e tempestividade dos embargos de terceiro opostos após o prazo de 5 (cinco) dias da assinatura da
carta de adjudicação (cf. art. 1.048 do CPC/1973). 2. A ciência da esposa e mãe dos coautores não faz presumida a ciência destes acerca da constrição judicial. 3. Fluência do
prazo de 5 (cinco) dias do art. 1.048 do CPC/73 somente após a turbação ou esbulho (mandado de imissão na posse pelo adjudicante). 4. Os filhos, integrantes da entidade
familiar, são partes legítimas para opor embargos de terceiro, discutindo a condição de bem de família do imóvel onde residem com os pais. 5. Tempestividade dos embargos de
terceiro no caso concreto, determinando-se o retorno dos autos ao juízo de origem para que seja retomado o julgamento do apelo. 6. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (STJ, AgInt
no REsp 1668220 / PR, 3 Turma, Rel Min PAULO DE TARSO SANSEVERINO, j. 30.08.2019)

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5. QUE SEJAM SEUS PROPRIETÁRIOS E NELE RESIDAM

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1. interpretação AMPLIATIVA - porque visa proteger

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1.1. IMÓVEL EM CONSTRUÇÃO ?

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1.1.1. imóvel em construção O fato de o terreno encontrar-se não edificado ou em construção são circunstâncias que, por si só, não obstam a sua
qualificação como bem de família, visto que a finalidade a este atribuída deve ser analisada caso a caso.

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1.1.1.1. RECURSO ESPECIAL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE MÚTUO - PENHORA DE TERRENO COM UNIDADE HABITACIONAL
EM FASE DE CONSTRUÇÃO - IMPUGNAÇÃO - PRETENSÃO DE RECONHECIMENTO DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA - INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS QUE REPUTARAM
PENHORÁVEL O BEM IMÓVEL PERTENCENTE AOS EXECUTADOS, POR NÃO OSTENTAR A QUALIDADE DE RESIDÊNCIA, ANTE O FATO DE ESTAR EM EDIFICAÇÃO - INSURGÊNCIA
RECURSAL DA PARTE EXECUTADA. Hipótese: a controvérsia recursal consiste em definir se é alcançável pela proteção de que trata a Lei nº 8.009/90 (bem de família) terreno
cuja unidade habitacional está em fase de construção. 1. O Tribunal de origem concluiu pela penhorabilidade do bem, sob o fundamento de ser requisito ao deferimento da
proteção legal estabelecida na Lei nº 8.009/90, servir o imóvel como residência, qualidade que não ostentaria o terreno com unidade habitacional em fase de
construção/obra. 2. A interpretação conferida pelas instâncias ordinárias não se coaduna à finalidade da Lei nº 8.009/90, que visa a proteger a entidade familiar, razão pela
qual as hipóteses permissivas da penhora do bem de família devem receber interpretação restritiva. Precedentes. 2.1. A impenhorabilidade do bem de família busca
amparar direitos fundamentais, tais como a dignidade da pessoa humana e a moradia, os quais devem funcionar como vetores axiológicos do nosso ordenamento jurídico.
2.2. A interpretação que melhor atende ao escopo legal é a de que o fato de a parte devedora não residir no único imóvel de sua propriedade, por estar em fase de
construção, por si só, não impede seja ele considerado bem de família. 2.3. No caso, inviável reconhecer, de plano, a alegada impenhorabilidade, pois os requisitos para que
o imóvel seja considerado bem de família não foram todos objeto de averiguação pela instância de origem, sendo incabível proceder-se à aplicação do direito à espécie no
âmbito desta Corte Superior, por demandar o exame de fatos e provas, cuja análise compete ao Tribunal local. 3. Recurso especial parcialmente provido, a fim de cassar o
acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos à Corte a quo, para que, à luz da proteção conferida ao bem de família pela Lei nº 8.009/1990, e afastada a necessidade
do interessado residir no imóvel penhorado, bem como, da moradia já estar edificada, proceda a Corte de origem ao rejulgamento do agravo de instrumento, analisando se
o imóvel penhorado, no caso concreto, preenche os demais requisitos para o amparo pretendido (STJ, REsp 1.960.026 / SP, 4 Turma, Ministro MARCO BUZZI, j. 29.11.2022)

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1.2. IMÓVEL ADQUIRIDO NO CURSO DA EXECUÇÃO ?

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1.2.1. A impenhorabilidade conferida ao bem de família legal alcança todas as obrigações do devedor indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido
adquirido no curso de demanda executiva, diversamente, no bem de família convencional, a impenhorabilidade é relativa, visto que o imóvel apenas estará protegido da
execução por dívidas subsequentes à sua constituição.
1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.5.1.2.1.1. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. BEM DE FAMÍLIA LEGAL E
CONVENCIONAL. COEXISTÊNCIA E PARTICULARIDADES. BEM DE FAMÍLIA LEGAL. OBRIGAÇÕES PREEXISTENTES À AQUISIÇÃO DO BEM. BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL.
OBRIGAÇÕES POSTERIORES À INSTITUIÇÃO. RESP N. 1.792.265/SP. 1. (...) 5. Para o bem de família instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção conferida pelo
instituto alcançará todas as obrigações do devedor indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido no curso de uma demanda executiva. Por sua vez, a
impenhorabilidade convencional é relativa, uma vez que o imóvel apenas estará protegido da execução por dívidas subsequentes à sua constituição, não servindo às
obrigações existentes no momento de seu gravame. 6. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no AREsp 2010681 / PE, 4 Turma, Rel Min Luis Felipe Salomão, j. 27.04.2022)

1.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3.6. SALVO HIPÓTESES LEGAIS

1.1.4.1.1.1.1.1.3. *

1.1.4.1.1.1.1.1.3.1. Os bens de família legal (Lei n. 8.009/1990) e voluntário/convencional (arts. 1.711 a 1.722 do Código Civil) coexistem de forma harmônica no ordenamento jurídico; o
primeiro, tem como instituidor o próprio Estado e volta-se para o sujeito de direito (entidade familiar) com o propósito de resguardar-lhe a dignidade por meio da proteção do imóvel que lhe
sirva de residência; já o segundo, decorre da vontade de seu instituidor (titular da propriedade) e objetiva a proteção do patrimônio eleito contra eventual execução forçada de dívidas do
proprietário do bem.

1.1.4.1.1.1.1.1.3.1.1. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. BEM DE FAMÍLIA LEGAL E CONVENCIONAL.
COEXISTÊNCIA E PARTICULARIDADES. BEM DE FAMÍLIA LEGAL. OBRIGAÇÕES PREEXISTENTES À AQUISIÇÃO DO BEM. BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL. OBRIGAÇÕES POSTERIORES À
INSTITUIÇÃO. RESP N. 1.792.265/SP. 1. O bem de família legal (Lei n. 8.009/1990) e o convencional (Código Civil) coexistem no ordenamento jurídico, harmoniosamente. A disciplina legal
tem como instituidor o próprio Estado e volta-se para o sujeito de direito - entidade familiar -, pretendendo resguardar-lhe a dignidade por meio da proteção do imóvel que lhe sirva de
residência. O bem de família convencional, decorrente da vontade do instituidor, objetiva, primordialmente, a proteção do patrimônio contra eventual execução forçada de dívidas do
proprietário do bem. 2. O bem de família legal dispensa a realização de ato jurídico, bastando para sua formalização que o imóvel se destine à residência familiar. Por sua vez, para o
voluntário, o Código Civil condiciona a validade da escolha do imóvel à formalização por escritura pública e à circunstância de que seu valor não ultrapasse 1/3 do patrimônio líquido
existente no momento da afetação. 3. Nos termos da Lei n. 8.009/1990, para que a impenhorabilidade tenha validade, além de ser utilizado como residência pela entidade familiar, o
imóvel será sempre o de menor valor, caso o beneficiário possua outros. Já na hipótese convencional, esse requisito é dispensável e o valor do imóvel é considerado apenas em relação
ao patrimônio total em que inserido o bem. 4. Nas situações em que o sujeito possua mais de um bem imóvel em que resida, a impenhorabilidade poderá incidir sobre imóvel de maior
valor caso tenha sido instituído, formalmente, como bem de família, no Registro de Imóveis (art. 1.711, CC/2002) ou, caso não haja instituição voluntária formal, automaticamente, a
impenhorabilidade recairá sobre o imóvel de menor valor (art. 5°, parágrafo único, da Lei n. 8.009/1990). 5. Para o bem de família instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção
conferida pelo instituto alcançará todas as obrigações do devedor indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido no curso de uma demanda executiva. Por sua vez, a
impenhorabilidade convencional é relativa, uma vez que o imóvel apenas estará protegido da execução por dívidas subsequentes à sua constituição, não servindo às obrigações
existentes no momento de seu gravame. 6. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no AREsp 2010681 / PE, 4 Turma, Rel Min Luis Felipe Salomão, j. 27.04.2022)

1.1.5. 04

1.1.5.1. REQUISITOS DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA

1.1.5.1.1. A

1.1.5.1.1.1. IMÓVEL RESIDENCIAL FAMILIAR

1.1.5.1.1.1.1. cabe ao DEVEDOR trazer PROVAS SUFICIENTES de que o IMÓVEL PENHORADO

1.1.5.1.1.1.1.1. A)

1.1.5.1.1.1.1.1.1. SE TRATA DE UNIDADE FAMILIAR

1.1.5.1.1.1.1.1.1.1. QUALQUER TIPO DE FAMÍLIA ...

1.1.5.1.1.1.1.2. B)

1.1.5.1.1.1.1.2.1. NELE RESIDAM

1.1.5.1.1.1.1.2.1.1. É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a
moradia da sua família (Súmula 486/STJ).

1.1.5.1.1.1.1.2.1.2. O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. (Súmula 364/STJ)

1.1.5.1.1.1.1.3. *

1.1.5.1.1.1.1.3.1. NÃO BASTA ALEGAR TEM QUE PROVAR

1.1.5.1.1.1.1.4. *

1.1.5.1.1.1.1.4.1. tem que ser ÚNICO BEM do casal ou da entidade familiar? = único imóvel de propriedade familiar ?

1.1.5.1.1.1.1.4.1.1. NÃO

1.1.5.1.1.1.1.4.1.1.1. Para se reconhecer a impenhorabilidade do bem de família não é exigido que o devedor prove que o imóvel onde reside é o único de sua propriedade.

1.1.5.1.1.1.1.4.1.1.1.1. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - EMBARGOS DE TERCEIRO - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECLAMO.
INSURGÊNCIA RECURSAL DOS REQUERENTES. 1. Segundo a jurisprudência desta Corte, não é necessária a prova de que o imóvel onde reside o devedor seja o único de sua
propriedade, para o reconhecimento da impenhorabilidade do bem de família, com base na Lei 8.009/90. Precedentes. 2. Agravo interno desprovido. (STJ, AgInt no AREsp 2088444 /
SP, 4 Turma, Min Marco Buzzi, j. 28.11.2022)

1.1.5.1.1.1.1.5. *

1.1.5.1.1.1.1.5.1. Observação Importante

1.1.5.1.1.1.1.5.1.1. A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora. (Súmula 449/STJ)

1.1.5.1.2. B

1.1.5.1.2.1. PEQUENA PROPRIEDADE RURAL = impenhorável - art. 4º, § 2º, da Lei 8009/90

1.1.5.1.2.1.1. AULA PRÓPRIA

1.1.6. 05.

1.1.6.1. FORMA DE ALEGAÇÃO PELO DEVEDOR DA IMPENHORABILIDADE

1.1.6.1.1. STJ - MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA - ALEGADA EM QUALQUER FASE POR SIMPLES PETIÇÃO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO

1.1.6.1.1.1. MEIO DE DEFESA

1.1.6.1.1.1.1. 1

1.1.6.1.1.1.1.1. A) EXECUÇÃO TÍTULO EXTRAJUDICIAL CREDOR INDICAR NA INICIAL

1.1.6.1.1.1.1.1.1. DEVEDOR PODE OPOR A IMPENHORABILIDADE NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRAZO DE 15 DIAS - ART 915

1.1.6.1.1.1.1.1.1.1. COGNIÇÃO AMPLA E POSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA

1.1.6.1.1.1.2. 2

1.1.6.1.1.1.2.1. B) EXECUÇÃO TÍTULO JUDICIAL

1.1.6.1.1.1.2.1.1. DEVEDOR PODE OPOR A IMPENHORABILIDADE NA IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - 15 DIAS - ART 525 - PENHORA INCORRETA

1.1.6.1.1.1.2.1.1.1. POSSIBILIDADE DILAÇÃO PROBATÓRIA

1.1.6.1.1.1.3. 3

1.1.6.1.1.1.3.1. C) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OU SIMPLES PETIÇÃO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO

1.1.6.1.1.1.3.1.1. NÃO ADMITE DILAÇÃO PROBATÓRIA

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1. PROCESSO DE EXECUÇÃO

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1. ADMITE PROVA DOCUMENTAL

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1.1. DECLARAÇÃO IR

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1.2. CONTAS DE CONSUMO DE TELEFONE, ENERGIA ELÉTRICA,TV CABO, TAXA CONDOMINIAL, CARNÊ IPTU

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1.3. RELATÓRIO DE ACESSO A CONDOMÍNIO + ATA NOTARIAL


1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1.4. DECLARAÇÃO ADMINISTRADOR CONDOMÍNIO

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1.5. PROVA ATÍPICA - CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA

1.1.6.1.1.1.3.1.1.1.1.6. AÇÃO PROBATÓRIA AUTÔNOMA

1.1.6.1.1.2. PRAZO

1.1.6.1.1.2.1. * STJ - REsp 1.639.337-MG, Rel Min Marco Buzzi, 4ª Turma, DJ 19.10.2020; DJE 23.10.2020'

1.1.6.1.1.2.1.1. "NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PRAZO DECADENCIAL OU PRESCRICIONAL PARA ARGUIÇÃO DA OPONIBILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA, POIS A JURISPRUDÊNCIA DO STJ ORIENTA QUE A
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA É MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA, SUSCETÍVEL DE ANÁLISE A QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDIÇÃO, OPERANDO-SE A PRECLUSÃO CONSUMATIVA
QUANDO HOUVER DECISÃO ANTERIOR ACERCA DO TEMA"

1.1.6.1.1.2.1.1.1. Prazo final para a alegação?

1.1.6.1.1.2.1.1.1.1. A impenhorabilidade do bem de família pode ser alegada em qualquer momento processual até a sua arrematação, ainda que por meio de simples petição nos autos.

1.1.6.1.1.2.1.1.1.1.1. AgInt no AREsp 1987120/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 09/11/2022, DJe 16/11/2022

1.1.6.1.1.2.1.1.1.1.1.1. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À ARREMATAÇÃO. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. ALEGAÇÃO. FINAL DA EXECUÇÃO.
ARREMATAÇÃO. FINALIZAÇÃO. AUSÊNCIA. REVISÃO. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015
(Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. No caso, o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte no sentido de que a impenhorabilidade do bem de
família pode ser alegada até o final da execução. 3. Na hipótese, rever a conclusão do tribunal de origem, de que a arrematação do imóvel não restou concluída e consolidada,
demandaria a análise de fatos e provas dos autos, procedimento inviável no recurso especial devido ao óbice da Súmula nº 7/STJ. 4. Agravo interno não provido.

1.1.6.1.1.2.1.1.1.1.2. REsp 1536888/GO, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 26/04/2022, DJe 24/05/2022

1.1.6.1.1.2.1.1.1.1.2.1. RECURSO ESPECIAL. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. ALEGAÇÃO APÓS LAVRATURA E ASSINATURA DE ARREMATAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ARTS. 535
CPC/1973. VIOLAÇÃO NÃO CONFIGURADA. 1. Não ofende o art. 535 do CPC/1973 o acórdão que examina, de forma fundamentada, todas as questões submetidas à apreciação judicial,
circunstância que afasta a negativa de prestação jurisdicional. 2. A impenhorabilidade do bem de família é matéria de ordem pública e, portanto, pode ser arguida e examinada
enquanto integrar o bem integrar patrimônio do devedor, não mais cabendo ser suscitada após a alienação judicial do imóvel e exaurimento da execução, mediante a lavratura e
assinatura do auto respectivo. Precedentes. 3. Com a assinatura do auto de arrematação, operam-se plenamente os efeitos do ato de expropriação em relação ao executado e ao
arrematante, independentemente de registro imobiliário, o qual se destina a consumar a transferência da propriedade com efeitos em face de terceiros. 4. Recurso especial a que se
nega provimento.

1.1.6.1.1.2.1.1.2. PRECLUSÃO ?

1.1.6.1.1.2.1.1.2.1. A preclusão consumativa atinge a alegação de impenhorabilidade do bem de família quando houver decisão anterior acerca do tema.

1.1.6.1.1.2.1.1.2.1.1. AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. IMPUGNAÇÃO À PENHORA. BEM DE FAMÍLIA.
IMPENHORABILIDADE. DESCONSTITUIÇÃO DA CONSTRIÇÃO. REVISÃO DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO NÃO
PROVIDO. 1. A impenhorabilidade do bem de família pode ser reconhecida a qualquer tempo e grau de jurisdição, salvo se já houver decisão anterior sobre o tema. Precedente. 2. Não
cabe, em recurso especial, reexaminar matéria fático-probatória (Súmula 7 do STJ). 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ, gInt no AREsp 1.871.916 / RS, 4 Turma, Rel Min
MARIA ISABEL GALLOTTI, j. 26.09.2022)

1.1.6.1.1.3. CABE RENÚNCIA pelo EXECUTADO ?

1.1.6.1.1.3.1. A impenhorabilidade do bem de família é questão de ordem pública, razão pela qual não admite renúncia pelo titular.

1.1.6.1.1.3.1.1. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA. PEQUENA PROPRIEDADE RURAL. IMPENHORABILIDADE. NORMA DE ORDEM
PÚBLICA. VONTADE DAS PARTES. INAFASTABILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Aplica-se o NCPC a este recurso ante os termos do
Enunciado Administrativo n.º 3, aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de
março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC. 2. A pequena propriedade rural é impenhorável, ainda que tenha sido ofertada em garantia, visto
que é protegida por norma de ordem pública, inarredável por vontade das partes 3. Ainda que os precedentes mencionados não aludam expressamente ao comportamento contraditório e ao
princípio da boa-fé, são imperativos quanto à impenhorabilidade da pequena propriedade rural mesmo que o imóvel seja oferecido em garantia pelo proprietário, porquanto se trata de norma de
ordem pública, insuscetível de renúncia pelas partes. 4. O julgador não está obrigado a se manifestar individualmente acerca de cada um dos argumentos apontados pela parte, desde que
decida a lide de forma integral e fundamentada. 5. Não sendo a linha argumentativa apresentada capaz de evidenciar a inadequação dos fundamentos invocados pela decisão agravada, o
presente agravo não se revela apto a alterar o conteúdo do julgado impugnado, devendo ele ser integralmente mantido em seus próprios termos. 6. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no
AREsp 2.182.241 / RS, 3 Turma, Rel Min Moura Ribeiro, j. 14.12.2022)

1.1.7. 06.

1.1.7.1. EXCEÇÕES A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA

1.1.7.1.1. ART. 3º DA LEI 8009/90 - BEM DE FAMÍLIA MAS PODE SER PENHORADO

1.1.7.1.1.1. grupo I - DECORRENTE DA LEI

1.1.7.1.1.1.1. III - credor de pensão alimentícia, decorrente de alimentos convencionais, legais ou indenizatórios

1.1.7.1.1.1.2. VI - no caso do imóvel ter sido adquirido por produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória de ressarcimento, indenização ou perdimento de bens

1.1.7.1.1.2. grupo II - GERADAS PELO PRÓPRIO IMÓVEL

1.1.7.1.1.2.1. I - crédito de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias = empregados domésticos e da construção civil

1.1.7.1.1.2.1.1. REVOGADO

1.1.7.1.1.2.2. II - titular de crédito decorrente de financiamento destinado à construção ou aquisição do imóvel

1.1.7.1.1.2.3. IV - para cobrança de impostos, predial, territorial, taxas e contribuições devida em relação ao imóvel familiar + dívida decorrentes do condomínio

1.1.7.1.1.2.3.1. Para aplicar a exceção à impenhorabilidade do bem de família prevista no art. 3º, IV, da Lei n. 8.009/1990 é preciso que o débito de natureza tributária seja proveniente do
próprio imóvel que se pretende penhorar.

1.1.7.1.1.3. grupo III - VONTADE PRÓPRIA DO DEVEDOR

1.1.7.1.1.3.1. V- hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou entidade familiar

1.1.7.1.1.3.2. VII - obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação de imóvel urbano

1.1.7.1.1.4. *

1.1.7.1.1.4.1. São taxativas as hipóteses de exceção à regra da impenhorabilidade do bem de família previstas na Lei n. 8.009/1990, logo não comportam interpretação extensiva.

1.1.7.1.1.4.1.1. É impenhorável o bem de família oferecido como caução em contrato de locação de imóvel residencial ou comercial.

1.1.7.1.1.4.1.1.1. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO
- INSURGÊNCIA RECURSAL DA AGRAVADA. 1. É inviável a análise de tese alegada apenas em sede de agravo interno, uma vez que constitui inadmissível inovação recursal. 2. Conforme
entendimento desta Corte, o escopo da Lei nº 8.009/90 não é proteger o devedor contra suas dívidas, mas sim a entidade familiar no seu conceito mais amplo, razão pela qual as hipóteses
permissivas da penhora do bem de família, em virtude do seu caráter excepcional, devem receber interpretação restritiva, não havendo que se falar em possibilidade de incidência da exceção
à impenhorabilidade de bem de família do fiador ao devedor solidário. Súmula 83/STJ. 3. Agravo interno desprovido. (STJ, AgInt no AREsp 2118730 / PR, 4 Turma, Min MARCO BUZZI , j.
21.11.2022)

1.1.7.1.1.5. *

1.1.7.1.1.5.1. É impenhorável o bem de família pertencente a sociedade empresária de pequeno porte oferecido como caução em contrato de locação e utilizado como moradia de sócio ou de sua
família.

1.1.7.1.1.5.1.1. RECURSO ESPECIAL. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. CAUÇÃO. ART. 3º, VII, DA LEI Nº 8.009/1990. INAPLICABILIDADE. IMÓVEL. SOCIEDADE EMPRESÁRIA. PROPRIETÁRIA.
MORADIA. SÓCIO. EXTENSÃO. CONSTRIÇÃO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados
Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. Cinge-se a controvérsia a definir se o imóvel dado em caução em contrato de locação comercial, que pertence a determinada sociedade empresária e é utilizado
como moradia por um dos sócios, recebe a proteção da impenhorabilidade de bem de família. 3. A caução oferecida em contrato de locação comercial não tem o condão de afastar a garantia da
impenhorabilidade do bem de família. Precedentes. 4. Em caso de caução, a proteção se estende ao imóvel registrado em nome da sociedade empresária quando utilizado para moradia de sócio
e de sua família. 5. Recurso especial não provido. (STJ, REsp 1.935.563 / SP, 3 Turma, Rel Min RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, j. 11.05.2022)

1.1.7.1.1.6. *

1.1.7.1.1.6.1. A desconsideração da personalidade jurídica, por si só, não afasta a impenhorabilidade do bem de família, ressalvadas as exceções previstas na Lei n. 8.009/1990.
1.1.7.1.1.6.1.1. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO.
IRRESIGNAÇÃO DA PARTE AGRAVANTE. 1. Não se conhece da alegada violação do art. 535 do CPC/73, quando a causa de pedir recursal se mostra genérica, sem a indicação precisa dos pontos
considerados omissos, contraditórios, obscuros ou que não receberam a devida fundamentação, sendo aplicável a Súmula 284 do STF. 2. Nos termos do entendimento adotado por esta Corte, a
mera desconsideração da personalidade jurídica não tem o condão de afastar a impenhorabilidade do bem de família regularmente constituído, ressalvado o enquadramento nas hipóteses
excepcionadas em lei. Precedentes. 3. Agravo interno desprovido. (STJ, AgInt no AREsp 935235 / RJ, 4 Turma, Rel MARCO BUZZI , j. 04.06.2020)

1.1.7.1.1.7. *

1.1.7.1.1.7.1. É impenhorável o bem de família dado em garantia real por um dos sócios da pessoa jurídica devedora, cabe ao credor o ônus de provar que o proveito se reverteu à entidade
familiar.

1.1.7.1.1.7.1.1. (CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL DADO EM GARANTIA REAL DE DÍVIDA POR UM DOS SÓCIOS DA
EMPRESA DEVEDORA. EMPRÉSTIMO QUE REVERTEU EM PROVEITO DA FAMÍLIA. PENHORABILIDADE. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. As disposições do
NCPC, no que se refere aos requisitos de admissibilidade dos recursos, são aplicáveis ao caso concreto ante os termos do Enunciado Administrativo n.º 3, aprovado pelo Plenário do STJ na sessão
de 9/3/2016. 2. Acerca da possibilidade ou não de penhora do bem de família, quando dado em garantia de dívida por sócio da pessoa jurídica devedora, o Superior Tribunal de Justiça
sedimentou o seguinte entendimento: a) o bem de família é impenhorável, quando for dado em garantia real de dívida por um dos sócios da pessoa jurídica devedora, cabendo ao credor o ônus
da prova de que o proveito se reverteu à entidade familiar; e b) o bem de família é penhorável, quando os únicos sócios da empresa devedora são os titulares do imóvel hipotecado, sendo ônus
dos proprietários a demonstração de que a família não se beneficiou dos valores auferidos (EAREsp 848.498/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/4/2018, DJe
de 7/6/2018). 3. Na hipótese, a Corte estadual consignou que o empréstimo firmado por um dos sócios da empresa devedora reverteu-se em benefício da entidade familiar, o que afasta a
impenhorabilidade do imóvel dado em garantia. A alteração dessa conclusão demanda revolvimento de matéria fática, vedada pela Súmula n.º 7 do STJ. 4. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt
no REsp 1.872.720 / PR, 3 Turma, Rel Moura Ribeiro, j. 17.08.2022)

1.1.8. 07.

1.1.8.1. DECISÃO SOBRE A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA

1.1.8.1.1. RECURSO

1.1.8.1.1.1. AGRAVO DE INSTRUMENTO

1.1.9. 08

1.1.9.1. PERGUNTAS

1.1.9.1.1. 01

1.1.9.1.1.1. julgado recente do STF - PEQUENA PROPRIEDADE RURAL - FAMÍLIA PROPRIETÁRIA DE MAIS DE UM BEM. VOLUNTÁRIAMENTE OFERECEU EM HIPOTECA

1.1.9.1.1.1.1. STF CONSIDEROU IMPENHORÁVEL

1.1.9.1.1.1.1.1. CONTRARIOU ENTENDIMENTO DO STJ

1.1.9.1.1.1.1.1.1. Afasta-se a proteção conferida pela Lei n. 8.009/90 ao bem de família, quando caracterizado abuso do direito de propriedade, violação da boa-fé objetiva e fraude à
execução.

1.1.9.1.1.1.1.1.1.1. Precedentes: AgRg no AREsp 689609/PR, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 09/06/2015, DJe 12/06/2015; REsp 1364509/RS, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/06/2014, DJe 17/06/2014; AgRg no AREsp 334975/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
07/11/2013, DJe 20/11/2013; REsp 1200112/RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/08/2012, DJe 21/08/2012; REsp 772829/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/12/2010, DJe 10/02/2011; AgRg no REsp 1085381/SP, Rel. Ministro PAULO GALLOTTI, SEXTA TURMA, julgado em 10/03/2009, DJe 30/03/2009;
REsp 1494394/SP (decisão monocrática), Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, julgado em 13/08/2015, DJe 28/08/2015; AREsp 550245/RS (decisão monocrática), Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, julgado em 14/08/2014, DJe 20/08/2014. (VIDE INFORMATIVO DE JURISPRUDÊNCIA N. 545)

1.1.9.1.2. 02

1.1.9.1.2.1. bem imóvel dado em garantia hipotecária para dívida de terceiros - filhos. Empréstimo bancário. Pode alegar a impenhorabilidade ?

1.1.9.1.2.1.1. STJ - É admissível a penhora do bem de família hipotecado quando a garantia real for prestada em benefício da própria entidade familiar, restando afastada a impenhorabilidade do
bem com fundamento no artigo 3, V, da Lei 8009/90 - REsp 1.455.554/RN, 3 Turma, Rel Min João Otávio de Noronha, 16.06.2016

1.1.9.1.2.1.2. AgInt nos Edcl no REsp 1.604.422/MG, Min Paulo de Tarso Sanseverino, 14.09.2020

1.1.9.1.3. 03

1.1.9.1.3.1. valor do único bem de família interfere na impenhorabilidade?

1.1.9.1.3.1.1. STJ não

1.1.9.1.3.1.1.1. A impenhorabilidade do bem de família da Lei n. 8.009/1990 remanesce ainda que se trate de imóvel de alto padrão ou de luxo, independentemente do seu valor econômico.

1.1.9.1.3.1.1.1.1. DIREITO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL DE ALTO VALOR. IMPENHORABILIDADE MANTIDA.
DECISÃO DE ACORDO COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, "os imóveis residenciais de alto
padrão ou de luxo não estão excluídos, em razão do seu valor econômico, da proteção conferida aos bens de família consoante os ditames da Lei nº 8.009/90" (AgInt no AREsp 2.107.604/SP,
Relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 17/10/2022, DJe de 19/10/2022). 2. Estando a decisão de acordo com a jurisprudência desta Corte, o recurso especial encontra
óbice na Súmula 83/STJ. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ, AgInt no AREsp 2179277 / SP, 4 Turma, Rel Raul Araujo, j, 28.11.2022)

1.1.9.1.4. 04

1.1.9.1.4.1. devedor tem um único imóvel. Aluga o imóvel para fazer renda. Continua impenhorável?

1.1.9.1.4.1.1. STJ - "É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou moradia da
sua família"

1.1.9.1.4.2. um único imóvel, não residencial e locado para complementar a renda, pode ser considerado bem de família?

1.1.9.1.5. 05.

1.1.9.1.5.1. É válido acordo judicial homologado no qual devedor oferta bem de família como garantia de dívida, portanto a posterior alegação de impenhorabilidade do imóvel prevista na Lei n.
8.009/1990 contraria a boa-fé e a eticidade.

1.1.9.1.5.1.1. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. ACORDO JUDICIAL. GARANTIA. PAGAMENTO. REEXAME FÁTICO. COMPORTAMENTO
CONTRADITÓRIO. VEDAÇÃO. 1. Acórdão impugnado pelo recurso especial publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. É válida a
transação homologada pelo Juízo, nos autos da execução, em que o devedor assume o compromisso de vender o bem de família para quitar a dívida em debate, configurando comportamento
contraditório a posterior alegação de que o imóvel estaria protegido pela impenhorabilidade prevista na Lei nº 8.009/1990. 3. Na espécie, rever os termos do acordo e seus significados exigiria
exceder os fundamentos do acórdão impugnado e adentrar no exame das provas dos autos, procedimentos vedados pela Súmula nº 7/STJ. 4. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no AREsp
1886576 / SP, 3 Turma, Min RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, j. 03.12.2021)

Você também pode gostar