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AO CENTRO JUDICIÁRIO DE SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS – CEJUSC

DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ -


PARANÁ

AUTOS XXXXX

CELIO EMERIQUIS MOREIRA, brasileiro, separado de fato,


vendedor, portador do RG sob o nº 3510138-1, inscrito no CPF/MF sob o nº 460.022.949-
53, residente e domiciliado na Rua 10 de Maio, 83, apto 14 - Maringá/PR - CEP 87030-
230, neste ato representado por seu advogado, XXXXX e KEITE DAIANE FONSECA
FREITAS MOREIRA, brasileira, separada de fato, advogada, portadora do RG nº
6.250.453-6, inscrita no CPF/MF sob nº 015.540.599-33, regularmente inscrita na
OAB/PR sob nº 29.658, com escritório profissional localizado na Avenida Herval nº 888,
sala 04 (térreo) – Zona 7, na cidade de Maringá/PR, CEP: 87.020- 016, com endereço
eletrônico: contato@keitemoreira.adv.br, em causa própria, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, propor o presente EMENDA AO PEDIDO DE DIVÓRCIO
CONSENSUAL, PARA O FIM DE ESTABELECER

PARTILHA DE BENS, REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA,


VISITAS E CONCESSÃO DE ALIMENTOS
o que fazem nos termos que seguem.

1. DA HABILITAÇÃO DE NOVO REPRESENTANTE PROCESSUAL

O Requerente Célio Emeriquis Moreira requer a habilitação do


advogado XXXXXX, conforme instrumento procuratório anexo, com a destituição e
desabilitação, inclusive para o ato do divórcio, da procuradora anteriormente indicada.

2. DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO

Manifestam as partes o desinteresse e a desnecessidade de


audiência prévia de conciliação/mediação, pois há consenso entre as partes, que assinam
o presente pedido, sendo que a demanda é meramente homologatória.
3. DOS FATOS

Conforme narrado na petição inicial, os Requerentes casaram-se em


19 de abril de 2003, pelo regime de comunhão parcial de bens, conforme certidão de
casamento em anexo.
Dessa união tiveram um filho: SAMUEL FREITAS EMERIQUIS
MOREIRA, nascido em 24 de setembro de 2006, atualmente com 15 anos de idade,
conforme do documento anexo.
Por motivo de foro íntimo, o casal decidiu, de forma consensual, por
fim à sociedade conjugal, desde 10 de fevereiro de 2022, não tendo mais condições de
conciliação e manutenção da união conjugal, motivo pelo qual pleiteiram a Vossa
Excelência que fosse oficializado o divórcio.
Em razão do despacho retro, vem requerer a EMENDA A INICIAL
nos seguintes termos.

4. DOS BENS E DA PARTILHA

Os Requerentes adquiriram, em 29 de outubro de 2013, um imóvel


residencial, constituído pela data de terras n. 07, da quadra 115, com área de 300,00
metros quadrados, contendo uma construção em alvenaria com área de 140,73 metros
quadrados, situada na Rua Kyoto, 48, Jardim Imperial, Maringá-PR, cadastro municipal
sob nº 29334760 e matrícula 25000 do 3º Ofício de Registro de Imóveis de Maringá-PR,
cujo bem foi adquirido mediante contrato de mútuo com a Caixa Econômica Federal,
conforme decorre dos documentos anexos, em 356 parcelas, contendo ainda 257
parcelas remanescentes a contar da data da separação de fato.
O Imóvel tem saldo devedor de aproximadamente R$ 214.000,00
(duzentos e quatorze mil reais), com pagamento mensal de parcelas em torno de R$
2.650,00.
Adquiriram também um veículo da Marca HYUNDAI/CRETA 16A
ATTITU, placa FAE-0B85, ano 2017/2017, pelo valor de R$ 82.000,00 (oitenta e dois mil
reais), em dezembro/2021.
Em razão da comunhão parcial de bens, os bens devem partilhados
na proporção de 50% para cada uma das partes, conforme dispõe o Código Civil,
vejamos:
Art. 1.658. No regime de comunhão parial, comunicam-se os bens
que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as
exceções dos artigos seguintes.

Art. 1.660. Entram na comunhão:


I - os bens adquiridos na constância do casamento por título
oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de
ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de
cessar a comunhão.

Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos


na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar
que o foram em data anterior.

Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a


qualquer dos cônjuges.
§ 1º As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os
bens comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do
outro na razão do proveito que houver auferido.
§ 2º A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a
título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens
comuns.
§ 3º Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a
administração a apenas um dos cônjuges. g.n.

Quanto ao veículo, declaram as partes que houve a partilha prévia,


tendo a Requerente KEITE DAIANE FONSECA FREITAS ficado em posse do veículo e
indenizado o Requerente CELIO EMERIQUIS MOREIRA, na importancia de R$ 41.000,00
(quarenta e um mil reais), sendo que estes se comprometem, por sua vez, a quitar
eventuais multas existentes sobre o veículo a que tiverem dado causa, bem como a
proceder a sua imediata transferência em favor de quem a Requerente o indicar.

Quanto ao imóvel residencial, o mesmo deverá mantido em


condomínio, ficando ajustado que será desocupado e colocado a venda, no prazo de 60
(sessenta dias) a contar da homologação do presente acordo, cabendo às partes
ratearem as despesas oriundas da reforma necessária para isso, averbação em registro
de imóvel e outros emolumentos necessários. Será partilhado entre as partes o saldo da
alienação em 50% para cada uma das partes.

As partes acordam que durante a constituição da unidade familiar,


foram realizados dois empréstimos, a saber:
- Empréstimo consignado em nome de LEONILDA DA FONSECA
FREITAS, com parcelas de R$ 314,00 mensais, sendo que ainda
faltam serem quitadas XXX parcelas.
- Empréstimo consignado em nome de KAREN FABRÍCIA FONSECA
FREITAS, com parcelas de R$ 302,00 mensais, sendo que ainda
faltam serem quitadas XXX parcelas.

Acordam as partes que os valores suportados com as despesas dos


bens em questão (parcelas do financiamento, impostos, tarifas de transferência), bem
como das dívidas supradescritas, desde a separação até a sua alienação, serão
reembolsados àqueles que as suportar quando da alienação do bem, devidamente
corrigidos pelo índice do IPCA desde a data do desembolso.

5. DA GUARDA E VISITAÇÃO DO FILHO

O Código Civil (instituído pela Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de


2002) positivou uma tendência jurisprudencial que há muito tempo vinha se consolidando
nos tribunais: o princípio do melhor interesse da criança. Este princípio está expresso
nos arts. 1.612 e 1.584, caput e parágrafo único, ambos do Código Civil, que dizem:
Art. 1.612: O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda
do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não
houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses do
menor.
Art. 1.584: Decretada a separação judicial ou o divórcio, sem que
haja entre as partes acordo quanto à guarda dos filhos, será ela
atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la.
Segundo o princípio em comento, o menor deve permanecer com o
genitor que melhor possa atender aos seus interesses, tanto
psicológicos, como materiais, higiênicos e educacionais, podendo ser
o pai, a mãe ou um terceiro, levando-se em conta o grau de afinidade
e afetividade.

Nesse passo a Convenção Internacional dos Direitos da Criança que


foi ratificada pelo Brasil por meio do Decreto n° 99.710/90, dispõe em sua versão oficial
no art. 3.1:
(...) todas as ações relativas às crianças, levadas a efeito por
instituições públicas ou privadas de bem-estar social, tribunais,
autoridades administrativas ou órgãos legislativos, devem
considerar, primordialmente, o interesse maior da criança.

Assim como o caput do artigo 227 da CF/88 sintetiza os preceitos do


referido Tratado:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e
ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.

O princípio do melhor interesse pode ser enquadrado na categoria


de preceito a ser obedecido para garantir a proteção integral de que trata o ECA. O
preceito do melhor interesse da criança significa que em qualquer circunstância, em toda
decisão referente a uma criança/adolescente, devemos escolher a melhor solução para
ela. (PAIS, M. S. “Le meilleur intérêt de l´enfant”, O melhor interesse da criança: um
debate interdisciplinar., p. 537-550).
Neste sentido, a decisão abaixo pondera o que é mais vantajoso à
criança, observado o princípio supramencionado:
FILHOS - GUARDA E POSSE - INTERPRETAÇÃO LEGAL –
PRIORIDADE – Cuidando-se de guarda e posse de crianças e
adolescentes, as decisões referentes aos menores não devem
guardar, inclusive por determinação legal, uma aplicação
extremamente dogmática e fria. Em primeiro lugar, deve-se
observar que situação é mais vantajosa para a criança. (TJ-BA -
Ac. Unân. Da 4º Câm. Civ. Julg. Em 24-3-99 - Ap. 47702-9-
Paripiranga - Rel. Des. Paulo Furtado; in ADCOAS 8175173). (grifos
nossos)

Essa proteção é regulamentada pelo Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei n. 8.069/90), que considera criança a pessoa com idade entre zero e
doze anos incompletos, e adolescente aquele que tem entre 12 e 18 anos de idade.
Em reforço, o art. 3º do próprio ECA prevê que a criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e as facilidades, a fim de facultar-lhes o desenvolvimento físico, mental,
moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Neste sentido, é o acórdão abaixo:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - FAMÍLIA - GUARDA PROVISÓRIA. -
Recurso do genitor. Pretensão de reforma da decisão concessiva da
tutela de urgência, ao argumento de ter sido desrespeitada a vontade
do menor. - Laudo psicológico que aponta a necessidade de
concessão de medida de urgência para que seja deferida a guarda
para a mãe, assegurado o direito de visitação do agravante. -
Indícios da instauração de um processo de alienação parental,
sendo o genitor incapaz de perceber essa situação ou mesmo
proteger seu filho de tal sofrimento. Prevalência do melhor
interesse da criança. Medida provisional em que se admite
concessão de ofício. - Incidência do Enunciado nº 59, da Súmula
desta Corte Estadual. Manutenção da sentença Aplicação do art.
557, caput do CPC. - NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO.
0013895-77.2010.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 1ª
Ementa. DES. SIDNEY HARTUNG - Julgamento: 08/06/2010 -
QUARTA CAMARA CIVEL – TJ/RJ. (grifos nossos)

Portanto, Excelência, restam demonstrados os fundamentos que


garantem aos menores a observância do melhor interesse dos mesmos, sob pena de que
os prejuízos alcancem escalas maiores e se tornem irreversíveis.
Conforme o art. 1.583, § 1º e § 2º do Código Civil, as partes
convencionam que o menor SAMUEL FREITAS EMERIQUIS MOREIRA, nascido em 24
de setembro DE 2006, terá sua guarda compartilhada entre os genitores, tendo como
moradia fixa o endereço da genitora.
O genitor exercerá o direito de visita livremente, preservando uma
relação de afeto e convivência entre os familiares, podendo visitar o filho durante a
semana em horários a serem previamente acordados, bem como tê-lo em sua
companhia, a cada 15 (quinze) dias, aos finais de semana, das 19h da sexta-feira às 22h
do domingo.
O genitor compromete-se ainda a buscar o filho no colégio três
vezes na semana, em dias previamente acordados entre as partes, exercendo durante o
contraturno os cuidados necessários com o menor, inclusive, no que diz respeito a auxiliar
o menor em suas tarefas escolares.
Quanto às festividades de natal e ano-novo e aniversário, estas
serão usufruídas pelo filho com um dos genitores em anos alternados, sendo que no ano
corrente, caberá ao filho optar com qual deles passará as datas festivas inicialmente,
havendo assim alternância nos anos seguintes.
Quanto às férias escolares, estas serão usufruídas pelo menor da
seguinte forma: a primeira metade do período com um genitor e a outra metade com o
outro genitor; sendo que caberá ao genitor optar qual parte (primeira ou segunda metade)
das férias do corrente ano (dezembro/2022-janeiro/2023 e julho-2023) o filho ficará em
sua companhia; sendo da genitora a escolha nas férias subsequentes e assim
alternadamente.
O “dia das mães” será usufruído com a genitora e o “dia dos pais”,
com o genitor.
Fica acordado ainda que em caso de viagem a ser realizada por um
dos genitores juntamente com o menor, o outro genitor deverá ser comunicado
previamente do período e destino da viagem, mesmo nos períodos de
férias/feriados/datas a quem couber o direito de ter o filho em sua companhia.
Conforme § 5º do art. 1.583, supramencionado, caberá a ambos os
genitores supervisionarem os interesses do menor, podendo solicitar informações ou
prestação de contas um a outro.
O menor terá a assistência mútua dos genitores, que em conjunto
levarão a efeito os necessários cuidados comuns (tais como aqueles para sua educação,
saúde, lazer), como consequência do Poder Familiar, afirmando a necessidade de
compartilhar as atribuições decorrentes criação e assistência.
Por fim, declaram-se cientes os genitores de que a dissolução do
vínculo conjugal entre si não deve se espraiar sobre a prole, cabendo a ambos os
genitores os deveres inerentes ao poder familiar.
Declaram-se ainda cientes de que o elo da filiação não se
dissolve e aos pais não cabe o direito de tomar os filhos como instrumento de
vingança, por maiores que sejam os ressentimentos emergentes da ruptura da
conjugalidade, comprometendo ambos a fazerem prevalecer o melhor interesse da
filha, criando para ela um ambiente mínimo de harmonia e de segurança, que lhe
propicie desenvolvimento sadio, psíquico, emocional e físico.

6. DO CABIMENTO DA CONCESSÃO DE ALIMENTOS AO MENOR

A nossa Carta Magna, em seu art. 227, instituiu que:


Art. 227 - É dever da família, sociedade e Estado assegurar à
criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.

Assim, o art. 229, da Lei constitucional, dispõe que “Os pais tem o
dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;”.
No mesmo sentido, se demonstra o art. 1.634, inciso I, do CC quanto
à criação e educação dos filhos menores, bem como, o art. 22 do ECA, se refere ao dever
de sustento, criação e educação.
Art. 1.634, do CC – Compete a ambos os pais, qualquer que seja a
sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que
consiste em, quanto aos filhos: I - dirigir-lhes a criação e a educação;
(...).
Art. 22, da Lei 8.069/90 (ECA) – Aos pais incube o dever de sustento,
guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.

Ademais, ainda que o Código Civil deixe evidente a responsabilidade


de prover a subsistência de filho menor de 18 (dezoito) anos, é consagrado também na
própria Constituição Federal o dever alimentar (entendido como parte do direito de assistir
e criar), consoante seu artigo 229. Vejamos:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os
pais na velhice, carência ou enfermidade.

No mesmo sentido, dispõe o art. 1634, inciso I, do CC quanto à


criação e educação dos filhos menores, bem como, o art. 22 do ECA, se refere ao dever
de sustento, criação e educação.
Art. 1.634, do CC – Compete a ambos os pais, qualquer que seja a
sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que
consiste em, quanto aos filhos:
I - dirigir-lhes a criação e a educação; (...).

No caso em questão, os Requerentes reconhecem que os gastos


diários e de lazer com o menor, devem ser rateados pelos 02 (dois) genitores, ficando
ambos responsáveis pelas despesas necessárias, reconhecendo, para tanto, que cada
um deve contribuir de forma igual para o sustento, saúde, educação e lazer.
Fica acordado que os genitores ratearão em 50% (cinquenta por
cento) para cada um, os valores referentes ao custeio decorrentes de educação/ensino
(escola/curso particular), de plano de saúde (valor fixo e co-participação), academia (os
quais já estão contratados), bem como as despesas com o animal de estimação do
menor.
Fica acorda que:
01) Se houver a necessidade de mudança destes serviços para
outras empresas, deverão as partes entrarem em consenso.
02) Na medida em que o filho deixar de usufruir de tais serviços, os
genitores ficarão desonerados automaticamente de suportar o pagamento.
Para fins de registro, atualmente o menor tem as seguintes
despesas fixas:
SERVIÇOS VALORES CONTRATANTE RESPONSÁVEL
ESCOLA PARTICULAR - ALFA R$ 794,11 GENITORA
PLANO DE SAÚDE - UNIMED
(SERÁ ACRESCIDO MENSALMENTE
O VALOR DA CO PARTICIPAÇÃO) R$ 187,32 (*) GENITORA
ACADEMIA - SMART FIT R$ 119,00 GENITOR
ANIMAL DE ESTIMAÇÃO R$ 180,00 GENITORA
SUB TOTAL 1 R$ 1.280,43 R$ 1.280,43

Caberá aquele que se obrigar contratualmente perante o


estabelecimento de ensino/saúde a fornecer ao outro os comprovantes dos valores
devidos, sempre que exigidos, sendo que ao outro genitor a quem couber apenas o dever
de indenizar, efetuar o pagamento com um dia de antecedência ao do vencimento à parte
que estiver obrigada ao pagamento.
Considerando as outras necessidades do menor, tais como
alimentação, moradia, lazer, o genitor se compromete ao pagamento da importância
equivalente a 75% do salário mínimo federal.
Apenas para fins de registro, abaixo segue o quadro das estimativas
mensais destas despesas.
PREVISÃO DE GASTOS ESTIMATIVA MENSAL
MERCADO, LAZER, ETC R$ 1.500,00
ALUGUEL 50% R$ 350,00
SUB TOTAL 2 R$ 1.850,00

Fica acordado que as despesas extraordinárias relativas a passeios


escolares, materiais/uniformes escolares e medicamentos, vestuários, serão rateadas
entre os genitores, cabendo à parte que as suportar, comprovar os gastos com
recibos/notas, as quais serão enviadas ao outro genitor, para fins de indenização dos
valores correspondentes a 50% (cinquenta por cento) das despesas extras, a serem
pagas na data de vencimento de cada uma delas. Quaisquer outras despesas
extraordinárias não previstas nos itens acima, deverão ser previamente acordadas entre
as partes.
Por fim ajustam as partes que os valores inadimplidos, desde a
separação, a este título, serão descontados da parte que os suportar da alienação dos
bens amealhados, cujos valores deverão ser corrigidos pelo IPCA ou, caso extinto, por
outro índice similar.

7. DA CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL
Fica acordado entre as partes que o saldo da alienação do imóvel,
será constituído como capital em favor do menor, mediante depósito em conta poupança,
com a finalidade exclusiva de suportar as despesas supradescritas, até que o menor
complete 24 anos de idade ou ainda caso o menor passe a auferir renda própria.
Havendo saldo, ao final de uma dessas condições, este será
partilhado entre os Requerentes.
Acaso esgotados os valores necessários para suportar as despesas,
as partes se comprometem em revisar os alimentos, para o fim de ajustar os valores nos
termos do trinômio proporcionalidade / necessidade / possibilidade, buscando assim
uma nova equalização do valor dos alimentos. 

8. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Tendo em vista os termos do presente acordo e a ausência de


prejuízo para quem quer que seja, requerem sua homologação por sentença, para que
produza seus efeitos legais e jurídicos, após a manifestação do ilustríssimo representante
do Ministério Público, nos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b, e artigo 178, inciso II
do Código de Processo Civil, homologando:
1. A decretação do divórcio entre as partes, extinguindo-se assim
o vínculo conjugal, com a expedição do mandado de averbação ao cartório competente.
2. O direito da Requerente de voltar a utilizar o nome de solteira,
KEITE DAIANE FONSECA FREITAS, expedindo mandado ao Cartório de Registro Civil
para que proceda à averbação devida.
3. A partilha dos direitos relativos aos bens descritos, destinando-
se 50% (cinquenta por cento) a cada uma das partes, com a expedição do competente
mandado de averbação.
4. A concessão da guarda do menor SAMUEL FREITAS
EMERIQUIS MOREIRA, nos termos especificados nesta peça exordial, para a genitora,
KEITE DAIANE FONSECA FREITAS, com direito de livre visitação pelo genitor, CELIO
EMERIQUIS MOREIRA, nos termos acima propostos.

5. A fixação dos alimentos a serem pagos pelo genitor, nos


termos supracitados.
6. O montante devido a título de alimentos, deverá ser pago até o
dia 10 de cada mês, mediante depósito em conta bancária da genitora do menor, a saber:
Titularidade: KEITE DAIANE FONSECA FREITAS MOREIRA
CPF 015540599-33
Caixa Econômica Federal
Agência 3178 Conta corrente (operação 001) 1549-6
Chave Pix-CPF: 01554059933

7. Requerem ainda:
a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita em favor do 1º
Requerente, por não ter condições de arcar com custas processuais sem prejuízo de seu
sustento e de suas famílias, consoante declarações de hipossuficiência financeira que a
esta acompanha.
b) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no
feito.
Por fim, caso necessário, provarão o alegado utilizando-se de todos
os meios admitidos em direito, especialmente, juntada de documentos, oitiva de
testemunhas e depoimento pessoal.
Atribuem à causa a importância de R$ 300.000,00, correspondente a
12 prestações dos alimentos e ao valor dos bens partilhados.

Declaro que li e estou de pleno acordo com o inteiro teor dessa


petição, a qual vai rubricada por mim em todas as páginas e devidamente assinada
abaixo:

Nestes termos, pedem e aguardam deferimento.

Maringá, 31 de maio de 2022.

CELIO EMERIQUIS MOREIRA

XXXXXX
Advogado - OAB/PR XXXXX

KEITE DAIANE FONSECA FREITAS


Advogada OAB/PR 29658 (em causa própria)

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