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UNIVERSIDADE DO MINHO

Escola de Direito

Direito da Família e Sucessões

Casos Práticos

Em 14/12/16 José e Albertina celebraram casamento católico em articulo mortis pelo


facto de José estar gravemente doente, sem poder sair do leito onde veio a falecer em
30/12/16. Após a sua morte, a sua irmã Maria interpôs no tribunal uma ação de anulação
daquele casamento, alegando que José tinha ficado completamente senil antes da sua
celebração, pelo que não se governava sozinho nem aos seus bens, não dizia “coisa com
coisa” e tinha conversas sem qualquer nexo, só pensava em mulheres e era a chacota do
bairro porque propunha casamento a qualquer mulher fosse ela casada ou solteira. Por
tudo isto, seria forçoso concluir que José estava notoriamente demente. Em consequência,
o respetivo casamento deveria ser anulado.

Quid iuris, supondo que se provaram todos os factos alegados por Maria?

II

No dia 1 de abril de 2010 Alberto casa civilmente com Belmira, tendo-se realizado a
celebração do casamento católico uns meses mais tarde no mesmo ano.

Em junho de 2015 o casamento católico é declarado nulo, por decisão definitiva dos
tribunais eclesiásticos. A decisão é devidamente averbada no registo civil.

Em dezembro de 2015 Belmira pretende casar, em segundas núpcias, com Carlos.

a) Poderá fazê-lo?

b) E se, em vez da declaração de nulidade do casamento católico ou da anulação do


casamento civil, tivesse sido proferida, em junho de 2015, uma sentença de
divórcio, Belmira poderia casar em dezembro?

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