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MANUAL DE INSTALAÇÃO,
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

FULGURIS TMF-S 62-8

Edição – Maio / 2021


Índice
1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS .......................................................................................................................................3
2. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS ...........................................................................................................................................4
3. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ............................................................................................................................7
4. PROCESSO DE FABRICAÇÃO ............................................................................................................................................8
5. DIMENSÕES DA BATERIA MONTADA ............................................................................................................................8
6. LIGAÇÃO DAS BATERIAS ..................................................................................................................................................9
7. REMOÇÃO E INSTALAÇÃO ................................................................................................................................................9
8. REGISTRO E NUMERAÇÃO DOS ELEMENTOS ........................................................................................................10
9. LOCALIZAÇÃO DAS BATERIAS .......................................................................................................................................10
10. INSPEÇÃO / AJUSTE / TESTE .....................................................................................................................................11
11. REGRAS DE SEGURANÇA ...............................................................................................................................................13
12. PROCEDIMENTO DE CARGA .........................................................................................................................................15
13. CARGA AUTOMÁTICA EM OPERAÇÃO ....................................................................................................................19
14. ARMAZENAGEM ..................................................................................................................................................................23
15. MANUTENÇÃO ....................................................................................................................................................................24
16. INSTRUÇÕES PARA DESCARTE...................................................................................................................................25

Bateria TMF-S 62-8 para partida de Locomotivas.

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BATERIA CHUMBO ÁCIDA PARA PARTIDA DE LOCOMOTIVAS

SÉRIE TMF-S 62-8 (536 Ah)


MANUAL DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Os modernos acumuladores chumbo ácidos desempenham uma função vital nas locomotivas
diesel, possibilitando a partida dos motores bem como controlando a potência e operando
equipamentos indispensáveis ao bom funcionamento dos mesmos. Portanto, a bateria chumbo-
ácida TMF-S 62-8 é tão confiável quanto a locomotiva, pois uma falha impossibilitará o
funcionamento do equipamento principal.

1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

1.1 ELÉTRICAS

Tensão Capacidade em Ah, descarga até


por caixa tensão final de 1,70Vpe à 25°C

V 10h 8h 5h 3h 1h
32 568 536 496 391 257

Corrente de descarga à 25°C


Corrente Tempo Tensão
Observações
(A) (s) (Vpe)
2000 1,5 1,0 Durante a partida
1300 18,0 1,1 Durante a rolagem

1.2 DIMENSIONAL E PESO

Caixa com 16 elementos (32V)


Dimensões (mm) Peso
Comp. Larg. Alt. Kg

815 695 510 638

Bateria TMF-S 62-8 para partida de Locomotivas.

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2. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS

2.1 O Elemento Chumbo-Ácido

Os principais componentes de um elemento chumbo-ácido podem ser vistos nas figuras


a seguir.

Um elemento é constituído de grupos de placas positivas conectadas em paralelo e um grupo


de placas negativas também conectadas em paralelo, distanciadas por um separador de
membrana microporosa e imersos em uma solução de ácido sulfúrico. As baterias TMF-S são
formadas por 16 elementos chumbo-ácidos dispostos dentro de uma caixa de aço.

2.2 Princípios Químicos

Bateria TMF-S 62-8 para partida de Locomotivas.

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Por estas equações pode-se entender como funciona o acumulador chumbo-ácido:
Quando o mesmo se encontra carregado, as suas placas positivas são compostas de dióxido de
chumbo (PbO2) e as placas negativas compostas de chumbo (Pb) metálico na forma porosa, o
meio aquoso onde se encontram as placas é uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4 + H2O),
tendo para baterias TMF-S 62-8 uma densidade de 1,250 ± 0,010 g/cm³ a plena carga, referido
a 25°C.

Quando ocorre a descarga, os materiais ativos das placas positivas e negativas reagem com os
íons SO4 provenientes da solução de ácido sulfúrico formando sulfato de chumbo (PbSO4)
reduzindo desta maneira a densidade do eletrólito.

Quando uma bateria chumbo-ácido permanece descarregada por muito tempo, estes sulfatos
aumentam de tamanho e tornam-se difíceis de reverterem novamente em PbO2 na placa
positiva e Pb metálico na placa negativa. Por este motivo é sempre conveniente que um
acumulador permaneça carregado.

Na carga o sulfato de chumbo presente nas placas transforma-se em PbO2 na placa positiva e
Pb metálico na placa negativa, liberando assim íons SO4, que aumentam a densidade do
eletrólito.

2.3 Tensão em Circuito Aberto

A tensão nominal de um elemento chumbo-ácido é 2 V, sendo que sua tensão em circuito


aberto depende da densidade do eletrólito, tendo-se a seguinte relação prática quando a
bateria encontra-se em repouso no mínimo há 3 horas após a última carga.

U = (d + 0,840) x n

onde:

U é a tensão (V) em circuito aberto


d é a densidade do eletrólito em g/cm 3
0,840 é uma constante para o acumulador chumbo-ácido
n é o n° de elementos de um monobloco ou bateria

Ex.: para bateria TMF-S 62-8 (4 elementos em série)


Densidade a plena carga e a 25°C = 1,250 g/cm3
U = (1,250 + 0,84) x 16 = 33,44 V (ou para as duas caixas com 16 elementos cada = 66,88V/bateria)

2.4 Capacidade de uma Bateria

Define-se a capacidade de um elemento pelo produto corrente e tempo de descarga para uma
tensão final definida (Equação 1).

Ct = t x i (equação

1) onde:

Ct = Capacidade referida a um tempo de descarga

t = Tempo de descarga em horas

i = Corrente de descarga em A

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Ex.: Elemento TMF-S 62-8 (536Ah)

C8 = 536 Ah => C8 = 67,0 A x 8 h


Este elemento pode fornecer uma corrente de descarga de 67,0A durante 8h até uma tensão
final de 1,70 V/elemento.

2.5 Comportamento na Carga e Descarga

O gráfico da figura a seguir demonstra as características típicas de tensão e densidade durante


a carga e descarga em regime de corrente constante.

CURVA DE COMPORTAMENTO DE CARGA E DESCARGA

Durante a descarga, a densidade do eletrólito decresce proporcionalmente à quantidade de


ampères x horas retirados. Nota-se que a tensão dos elementos diminui durante a descarga,
sendo mais acentuada a sua queda no final.

Ao se iniciar a carga, a tensão sobe quase imediatamente a 2,10 V ou mais, dependendo da


intensidade de corrente.
Quando a tensão atinge 2,40 V/elemento (a 25°C), começa o processo de gaseificação ou de
decomposição da água (H2O) presente no eletrólito liberando hidrogênio na placa (-) e oxigênio
na (+) que são exalados do elemento.

Nesta tensão começa um processo de homogeneização do eletrólito (durante a carga o ácido


sulfúrico produzido por ser mais pesado que a água concentra-se principalmente no fundo do
vaso) devido à pequena agitação das bolhas de hidrogênio e oxigênio desprendidas.

Quando a bateria está plenamente carregada não há mais aumento de tensão e densidade.

Toda energia fornecida após este momento é convertida na dissociação das moléculas de H2O
(Eletrólise) produzindo hidrogênio e oxigênio.

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3. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

As baterias "TMF-S 62-8" são montadas em caixas com 16 elementos, fornecendo cada 32V
nominais, sendo constituídos dos seguintes componentes principais:

3.1 Placa Positiva

Tipo Tubular, grade fundida sob pressão em liga de chumbo-antimônio de alta resistência à
corrosão e boa condutibilidade elétrica.

O material ativo é mantido em contato com as espigas da grade por meio de invólucro de
tecido de Poliéster (formando uma bolsa de tubetes) altamente resistente ao ácido sulfúrico.

Este tubetes são vedados na parte inferior por meio de uma peça plástica que se encaixa nas
espigas e tubetes, impedindo a perda de material ativo de modo a evitar, também, o
desenvolvimento de curto-circuito na parte inferior do elemento.

3.2 Placas Negativas

Tipo Fauré (empastada), grade fundida em liga de chumbo antimônio, construção especial
que possibilita fixação e aderência do material ativo.
Este material é especialmente formulado e processado a fim de garantir elevada porosidade
e adesão.

3.3 Separadores

Membrana microporosa, com uma face canelurada e outra com filetes voltada para a placa
positiva onde proporciona maior volume de eletrólito.

3.4 Eletrólito

Solução de ácido sulfúrico, diluído em água deionizada.

3.5 Polos

Fundidos em liga de chumbo-antimônio, com alma de cobre, dimensionados para alta


condução de corrente.

3.6 Vaso e Tampa

Injetados em polipropileno selados entre si por fusão do próprio material.

3.7 Caixa de aço (Bateria)

Material em aço SAE 1010/1020, pintura eletrostática na cor preta.

3.8 Sistema Aquamatic

Projetado para o reabastecimento automático, é constituído por válvulas especiais que


permitem a saída de gases, bem como o abastecimento, verificação do nível do eletrólito no
elemento, da temperatura e densidade do eletrólito.

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4. PROCESSO DE FABRICAÇÃO

4.1 Selagem Vaso-Tampa

Por termofusão, propiciando uma perfeita vedação, tornando imune a vazamento e


convertendo o conjunto vaso-tampa em uma única peça proporcionando maior resistência
mecânica.

4.2 Blocos de Placas

Com placas positivas e negativas apoiadas no prisma do elemento.

4.3 Interligação entre elementos

Externa através de conector flexível revestido com plástico o que permite total isolamento
das conexões.

4.4 Espaço para sedimentação

Garantida por prisma no interior do elemento com espaço de sedimentação em 20mm.

5. DIMENSÕES DA BATERIA MONTADA

FIG. 3

Bateria TMF-S 62-8 para partida de Locomotivas.

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6. LIGAÇÃO DAS BATERIAS

Os cabos de ligação devem ser flexíveis e de comprimento suficiente para evitar esforços nos
terminais dos elementos (vide acessórios de instalação).

Estes devem ser dispostos de modo que o terminal positivo de uma caixa seja conectado ao
terminal negativo da outra, realizando-se a série elétrica.

Os terminais positivos são marcados com o sinal (+) na tampa.

Os terminais negativos são marcados com o sinal (-) na tampa.


Antes de interligar as baterias, limpe as superfícies de contato (torque de aperto 18 a 20 Nm).

6.1 Instalação da bateria conforme lay-out

Duas caixas com 16 elementos de 2V cada totalizando-se 64V nominal da bateria

7. REMOÇÃO / INSTALAÇÃO

7.1 Desembalagem

Procedimento

As baterias Fulguris, normalmente, são fornecidos com os elementos cheios de eletrólito e


totalmente carregadas (úmido-carregadas).

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Os elementos úmido-carregados podem também ser fornecidos em duas versões, sendo uma
com válvulas de abastecimento automático, com indicador de nível e outra com válvula Flip-
Top para reabastecimento manual.

Ao receber um acumulador novo, examine se houve algum dano durante o transporte ou se


houve algum derramamento de eletrólito.

O nível do eletrólito deverá estar indicando máximo ou próximo deste (diâmetro maior de
indicação do núcleo da válvula de abastecimento manual).

Em caso de acidente se apenas uma pequena quantidade de eletrólito foi perdida e as placas
estão úmidas, complete o nível, adicionando água deionizada e/ou destilada nos elementos.

Se uma grande quantidade de eletrólito foi perdida e as placas estão secas será necessário
reparar ou substituir esses elementos. Deve-se consultar o Escritório de Vendas de Baterias
FULGURIS mais próximo. Qualquer dano durante o transporte deve ser comunicado através de
uma observação no canhoto da Nota Fiscal ou através de uma reclamação contra a companhia
de transportes.
Para se levantar ou movimentar os acumuladores, deve-se utilizar as alças para levantamento.

8. REGISTRO E NUMERAÇÃO DOS ELEMENTOS

Melhores resultados são obtidos quando um acompanhamento rígido é feito desde o início da
vida dos elementos. Para tanto, inicie este já por ocasião do recebimento, registrando a
densidade e quaisquer anomalias dos conjuntos com suas respectivas identificações.

9. LOCALIZAÇÃO DAS BATERIAS

O compartimento deve ser limpo, seco, ter boa ventilação e temperatura não elevada.

Estas não devem ser armazenadas ou instaladas próximas a tubulações aquecidas ou a


equipamentos que provoquem elevação de temperatura. Devem ser localizadas
convenientemente para permitir inspeções periódicas, adições de água e remoção quando
necessária.

As baterias devem ser fixadas de maneira firme e segura através de dispositivos adequados
para evitar movimentos e vibrações. Ao conectar o conjunto de baterias ao gerador ou sistema
elétrico, ligue o terminal positivo do conjunto de baterias ao positivo do gerador e o terminal
negativo do conjunto ao negativo do gerador. Faça uma verificação final da polaridade de
todos os elementos com um voltímetro.

Não tire derivações em pontos intermediários do conjunto, pois isto solicitará de uma maneira
desigual cada elemento, encurtando a vida útil de todos os elementos.

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10. INSPEÇÃO/ AJUSTE / TESTE

10.1 INSPEÇÃO DE ROTINA

Trimestralmente ou quando outras inspeções forem feitas, leia e registre os seguintes dados
referentes a cada bateria:
• Verifique a tensão fornecida pelo carregador às baterias; se necessário ajuste o
regulador de tensão.
Nota: No caso de metrô-ferrovia, embarcações etc., verifique a faixa de variação da
tensão fornecido às baterias desde o motor trabalhando em marcha lenta até a
velocidade normal de trabalho.
• Verifique a fixação da bateria em seus suportes, limpe e aperte todas as interconexões
e faça uma cuidadosa inspeção visual nas baterias. Corrija qualquer anormalidade.
• Leia e registre a densidade e o nível do eletrólito de todos os elementos. Registre a
temperatura de alguns elementos para a correção da densidade.
Nota: Verifique o nível, pois a densidade varia conforme nível acima/abaixo do normal.
• Faça a correção de densidade com a temperatura, considerando-se 25°C como a
temperatura de referência. O elemento plenamente carregado a 25°C deve ter uma
densidade de 1,250 ± 0,010 g/cm³.
• Adicione água destilada se for necessário. Observe o nível do eletrólito em repouso e
a 25°C. O nível da solução deve estar no máximo.
• Limpe a bateria se for necessário.
• Isto pode ser feito com um pano, ou soprando ar “com baixa pressão” sobre a bateria,
conforme o caso.
• Certifique-se de que as válvulas de abastecimento estejam bem fixadas à tampa do
elemento. Não use vapor, água quente, nem ar à alta pressão para limpar ou secar as
baterias.
• Verifique se os orifícios das válvulas estão limpos e desobstruídos.

10.2 INSPEÇÃO ANUAL


Execute todos os itens da inspeção de Rotina.
Analise cuidadosamente os registros efetuados durante o ano e verifique se existe alguma
irregularidade, corrigindo o que for necessário.

10.3 ADIÇÃO DE ÁGUA

Adicione água destilada ou desmineralizada (condutividade máxima de 30µS/cm) aos


elementos para manter o nível do eletrólito próximo da sua posição normal, isto é, nível
máximo.
Quando tirada de um recipiente dotado de torneira, deve-se deixar correr por alguns instantes
para se remover quaisquer impurezas da tubulação.

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10.3.1 PROCEDIMENTO

Não se deve permitir que o nível do eletrólito fique abaixo do mínimo indicado na válvula de
abastecimento manual conforme figura a seguir, uma vez que as placas podem ficar
parcialmente secas e se danificarem.
Nível do eletrólito: deve ser mantido entre o mínimo e o máximo, sendo esta verificação feita
visualmente através do diâmetro menor para nível mínimo e diâmetro maior do núcleo da
válvula para nível máximo de eletrólito.

A reposição de nível deverá ser realizada pouco antes do final da carga completa.
A bateria deve ser cuidada por pessoas com bons conhecimentos de eletricidade e
acumuladores chumbo-ácidos.
A quantidade de água utilizada é um bom indicador para determinar se a bateria está
recebendo quantidade correta de carga.
Como regra geral, uma bateria do tipo TMF-S, em boas condições, deve receber por mês uma
quantidade de água destilada de forma a completar o nível em não mais do que 15 mm e não
menos do que 5 mm, uma vez que a diferença entre alturas dos níveis mínimo e máximo da
válvula é de 13mm.
Todos os elementos devem necessitar da mesma quantidade de água. Se algum elemento
necessitar de mais água que os demais, verifique se não há algum vazamento.
Sempre faça as leituras de densidade antes da adição de água, pois sempre demora alguns
dias para que a água se misture com o eletrólito.

10.4 LIMPEZA

Mantenha a bateria, suas conexões e componentes limpos e secos. Isto pode ser feito
limpando- se a bateria com um pano, soprando-a com ar, conforme a natureza e a quantidade
de poeira ou corpos estranhos que estejam depositados sobre a bateria.
Não utilize vapor, água quente, nem ar à alta pressão para limpar ou secar a bateria.

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O eletrólito derramado sobre as tampas dos elementos, caixas ou compartimentos das
baterias, nunca seca nem evapora; produz "terra" e corrói qualquer parte metálica que possa
ser atacada pelo ácido sulfúrico,
Se a tampa for umedecida pelo eletrólito ou se houver derrame de solução, esta deverá ser
neutralizada por meio de uma solução de bicarbonato de sódio (125g. por litro de água,
aproximadamente).
Para se obter melhores resultados a solução deverá ser aplicada morna. Espere até cessar a
formação de espuma, e então lave com água limpa. Certifique-se de que as válvulas dos
elementos estejam corretamente instaladas para evitar que a solução de bicarbonato penetre
nos elementos.

Mantenha sempre as válvulas dos elementos instaladas e apertadas, para que não haja perda
de eletrólito por gaseificação ou derramamento. Verifique se os orifícios das válvulas estão
desobstruídos, para permitir o escape de gases.

Lave todas as válvulas uma vez por ano ou com a frequência necessária, submergindo-as num
balde com água e limpando-as com pano limpo.

Uma bateria limpa indica boa manutenção.

10.5 ACESSÓRIOS

Alguns acessórios são estritamente necessários para a conservação e manutenção de rotina


das baterias, podendo ser fornecidos com a bateria conforme contrato. Os mais importantes
são:

10.5.1 DENSÍMETRO

É utilizado para medir a densidade da solução de eletrólito dos elementos (uso ver item 13.1).

10.5.2 VOLTÍMETRO

(Tensão contínua) - O voltímetro é essencial para verificar não apenas a tensão da bateria
como também a do equipamento de carga. Deve ser um bom instrumento, portátil, destinado
a fazer medições em tensão contínua, com precisão de 0,5%.
Sugerem-se voltímetros com escalas de 20 e 200 V (digital). Todos os voltímetros devem ser
aferidos, a cada seis meses, com um voltímetro padrão para verificar se estão bem calibrados.

10.5.3 TERMÔMETRO

Para medir a temperatura do eletrólito, utilize um termômetro com escala de -10 a 60°C,
gravada internamente. Use somente termômetros à álcool.

11. REGRAS DE SEGURANÇA

• Mantenha as válvulas firmemente encaixadas nas tampas dos elementos, exceto


quando verificando e/ou efetuando leituras com o densímetro quando a válvula estará
com sua tampa aberta.

• Evite qualquer tipo de chama ou faísca próxima à bateria. O gás formado durante a
carga é altamente explosivo. Este gás permanece dentro dos elementos por muito
tempo depois do término da carga.

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• Não coloque ferramentas ou objetos metálicos sobre a bateria porque poderão
provocar curto-circuito.

• Ao manusear eletrólito use sempre luvas, avental plástico e óculos de segurança.

• Não permita que o eletrólito entre em contato com a pele, roupa ou qualquer outro
material que possa ser danificado. Se salpicos de eletrólito atingirem a pele, molhe
imediatamente o lugar atingido com água limpa e lave com sabão.

• Pode-se usar uma solução de bicarbonato de sódio (125 gramas por litro de água) para
neutralizar o eletrólito que tenha atingido a roupa ou outros objetos. Aplique a solução
até que o borbulhamento cesse e lave em seguida com água limpa.

11.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Utilizando-se adequadamente e com uma boa manutenção, uma bateria é um equipamento


praticamente livre de apresentar defeitos. Entretanto o gerador ou partes do sistema elétrico
podem estar ajustados de maneira inadequada, ou ainda algum item de manutenção ser
involuntariamente negligenciado, de tal forma que a bateria possa sofrer algum dano.
Objetivando-se que tais ocorrências sejam notadas antes que qualquer dano real, seja
provocado à bateria, há certas indicações, de possíveis irregularidades, que devem ser
memorizadas durante as inspeções nas baterias. A ocorrência de qualquer uma das situações
abaixo não deve ser ignorada; descubra e elimine o problema em sua origem.

11.1.1 TEMPERATURA ACIMA DO NOMINAL

Nas temperaturas mais altas que 25°C, todas as reações (atividades) eletroquímicas do
acumulador se processam com maior velocidade, ocasionando os seguintes efeitos:

• Aumento provisório da capacidade disponível


• Diminuição da vida útil
• Aumento da auto descarga
• Diminuição na tensão dos elementos para uma determinada corrente de carga.
• Elevação da corrente de carga para uma determinada tensão de carga
• Aumento da probabilidade de secagem (dry-out) do eletrólito.

Assim um aumento da temperatura (Dt) em 10°C em relação a referencial que 25°C, dobrará
a velocidade das reações químicas resultando na diminuição da expectativa de vida do
acumulador em 50%. Compensa-se isto com uma redução da tensão de carga. Para se garantir
a plena carga permanente da bateria, deve-se considerar uma corrente de manutenção mais
elevada, ou seja, a redução da tensão apenas poderá compensar parcialmente o efeito da
temperatura, a corrente de carga elevada continuará causando aquecimento do elemento.
Portanto maiores cuidados deverão ser observados na operação de baterias quando
submetidas a trabalho em temperatura elevadas, evitando-se expô-las a fontes de calor que
possam causar desequilíbrio de temperatura.

Nota: Deve-se observar o limite máximo de 45°C para a temperatura do eletrólito. Se a


temperatura da bateria estiver muito alta, proceda como abaixo:

• Verifique a ajustagem do regulador de voltagem para saber se o gerador está


fornecendo uma tensão muito alta à bateria;

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• Verifique ainda se a bateria está próxima de alguma fonte de calor;

• Leia a tensão e a densidade de cada elemento individualmente observando se


apresentam valores baixos, devido a danos ou curtos-circuitos, permitindo uma tensão
relativamente alta nos demais elementos;

• Controlar o aperto e a montagem correta das interligações.

11.1.2 CONSUMO DE ÁGUA

Se a bateria está consumindo mais ou menos água que o esperado, isto provavelmente indica
a necessidade de uma ajustagem no regulador de voltagem. Entretanto, se um único elemento
está consumindo uma quantidade de água diferente dos demais, isto indica a existência de
vazamento (s) ou problemas internos no elemento. Este vazamento pode ser ocasionado por
um defeito no vaso do elemento ou falha no material que faz a vedação entre a tampa e o
vaso.

11.1.3 DENSIDADE OU TENSÃO BAIXAS

- Tensão baixa: Se uniforme em todos os elementos, indica provavelmente um atual estado


de descarga que pode ter sido ocasionado pela má ajustagem do regulador de voltagem. Dê
uma carga de equalização à bateria e reajuste o regulador de voltagem, se necessário;

- Densidade baixa: Em um ou mais elementos podem ser causados por vazamento ou


transbordamento do eletrólito ou algum problema interno no elemento.

12. PROCEDIMENTO DE CARGA

12.1 TENSÃO CONSTANTE - EM BANCADA

A recarga de baterias normalmente é realizada em regime de tensão constante com limitação


inicial da corrente. Esta limitação inicial da corrente é um requisito para limitar a potência
do equipamento de carga. A bateria, na verdade, não necessita esta limitação inicial.
Intensidades de correntes mais elevadas como 1 x C10A no início da carga não danificam a
bateria, mas reduzem o tempo de carga até o ponto onde for atingido o nível de tensão
constante ajustado. Deste ponto em diante, o sistema de carga mantém constante a tensão e
a corrente se ajusta conforme necessidade da bateria e o seu estado de carga. Prosseguindo
a carga, a corrente começa a decrescer, mas a bateria recebeu carga suficiente para garantir
uma autonomia de 80 a 90% da sua capacidade para seu respectivo regime. A partir deste
ponto, serão necessárias muitas horas de carga para completar o estado de plena carga, em
virtude da pequena corrente que se estabelece no estágio final deste tipo de carga.

É importante lembrar que na recarga é liberado pelas placas ácido concentrado que desce
para o fundo do elemento, produzindo assim um gradiente de densidade. A medição de
densidade na parte superior pode acusar valores mais baixos do que o real.

Assim é normal haver uma defasagem (indicação para menos) entre o estado de carga indicado
pela medição da densidade na parte superior e os ampères horas recebidos pela bateria.

Com os valores normalmente usados para carga com tensão constante (2,3 - 2,4 V/elemento),
o efeito de mistura é reduzido, permanecendo o gradiente até que ocorra total
homogeneização pela difusão, o que pode levar vários dias.

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Assim, como referência direta para a recarga com tensão constante, foi estabelecido um
tempo que é obtido das curvas de recarga.

A tabela a seguir mostra os tempos de carga aproximadas para um regime de tensão constante
para 3 níveis de tensão diferentes e com a limitação inicial da corrente em 0,1 C10 à
temperatura de 25°C. Para temperatura inferior a 15°C, as horas adicionais de carga
(vide nota 1) devem ser dobradas.

Tabela de tempos de recarga para baterias chumbo-ácido em regime de tensão constante e


limitação inicial da corrente em 0,1 x C10 – referido à 25°C
Tempo para recarregar 95% de Ah C10
% de Ah C10
consumidas vide Nota 1
descarregados
2,30 V 2,35 V 2,40 V
100% 16,5 horas 14,5 horas 9,5 horas
90% 14,5 12,75 9,0
80% 13,25 11,5 8,0
70% 11,75 10,25 7,0
60% 10,00 8,5 6,0
50% 8,25 7,0 5,0
40% 6,5 5,5 4,0
30% 5,0 4,25 3,0
20% 3,25 2,75 2,0
10% 1,75 1,5 1,0

Nota 1:
a 2,30 V adicione 25 h para plena carga
a 2,35 V adicione 20 h para plena carga
a 2,40 V adicione 15 h para plena carga

A partir do ponto onde a corrente de carga descer para a metade do seu valor inicial (0,05
C10). Os tempos de recarga referem-se a uma característica corrente/tensão ideal do
retificador e poderão variar de acordo com a característica de limitação do retificador.
Fator de recarga 1,1 significa recolocar 110% dos Ah retirados. A partir deste ponto pode-se
considerar a bateria recarregada.

12.2 CORRENTE CONSTANTE (CARGA ESPECIAL EM BANCADA)

A carga especial é uma carga em regime de corrente constante sem limitação da tensão final
de carga. Nesta carga é desejada gaseificação livre no estágio final da carga para obter boa
homogeneização da densidade dentro dos elementos. Esta carga deverá ser usada antes e após
teste de capacidade, na ativação das baterias seco-carregadas, como carga inicial ao se ativar
a bateria, e compõe-se de dois estágios bem distintos, ou seja:

1° estágio

Ajustar no carregador uma corrente de 0,10 x C10 A, ou seja, 10A para cada 100 ampères-
horas da capacidade nominal (capacidade de 10 horas), mantendo esta corrente constante.
No instante quando a bateria começar a gaseificar, isto é, atingir uma tensão de 2,40V vezes
o número de elementos nos terminais finais, termina o 1° estágio da carga e a corrente deverá
ser reduzida, passando-se para o 2° estágio.

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16
2° estágio

Ao ser atingida a tensão de gaseificação de 2,40 V/elemento multiplicada pelo número de


elementos em série na bateria, a corrente de carga deverá ser reduzida para 0,03 a 0,05 x
C10 A - um valor de 3 a 5 A para cada 100 ampères-horas de capacidade.

Esta é a faixa recomendada para o estágio final de carga. A partir deste instante a carga
deverá prosseguir até obter-se tensões e densidades, corrigidos para a temperatura de 25°C,
estáveis durante 3 leituras consecutivas, num período de 2 horas, em todos os elementos. A
temperatura de nenhum dos elementos deverá exceder a temperatura máxima permitida de
45°C. Na iminência da temperatura do eletrólito aproximar-se desta temperatura máxima,
deverá ser reduzida a corrente de carga para a metade do valor, ou ser desligada e retomada
a carga, quando a temperatura diminuir para 38°C.

Se por acaso o retificador não permitir tensão mais alta do que 2,4 V/elemento, pode-se
carregar a bateria parcialmente, pois para menos elementos teremos tensão mais alta por
elemento.

Terminada a carga nas baterias parciais considerar novamente a bateria conjunta.

12.3 CARGA DE EQUALIZAÇÃO (EM BANCADA)

Para corrigir qualquer não uniformidade da bateria, seja de tensão ou densidade que possa
ter ocorrido ao longo de um período de uso, e principalmente garantir a plena carga, aplica-
se uma carga de equalização.

As não uniformidades poderão ser consequentes de:

• Escolha de uma tensão de flutuação baixa demais;

• Ajuste de uma tensão de flutuação imprópria no carregador;

• A leitura do voltímetro do painel mostrar valores superiores aos reais existentes


resultando em baixas tensões nos elementos;

• Temperaturas desiguais nos elementos.

A carga de equalização deve ser realizada a uma tensão mais alta que a tensão de flutuação,
assim normalmente aplica-se a máxima tensão total que o equipamento conectado
(consumidor) tolera.

Tensão recomendada: 2,30 a 2,40 V/elemento. Valor preferencial: 2,33 V/elemento.

A carga de equalização deve ser aplicada quando:

• Quando densidade de qualquer elemento cair 10 pontos, do seu valor a plena carga
(corrigidos nível e temperatura);

• Quando densidade média de todos os elementos cair mais que 10 pontos da densidade
média a plena carga (corrigido nível e temperatura);

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• Quando um ou mais elementos mostrarem valores de tensão abaixo de 2,13 V.

• Como carga periódica a cada 6 meses se não houver nenhum dos motivos acima.

Obs.: Nunca deverá ser realizada uma leitura de densidade após adição de água, pois
enquanto não existir uma mistura completa dentro do eletrólito, as leituras não
corresponderão ao valor real.
A duração da carga deve ser controlada pelo tempo, conforme a tabela abaixo:

Mínimo de horas
Tensão por Elemento (V)
de carga
2,27 70
2,30 50
2,33 35
2,36 25
2,40 20

Carga com tensão constante normalmente não causa elevações acentuadas de temperaturas
mesmo em períodos prolongados de carga.

Esta tabela é válida para temperatura de eletrólito na faixa de 16 a 32°C. Para temperaturas
entre 5 e 15°C o n° de horas deve ser multiplicado por fator 2.

A tensão de um elemento "quente" estará menor que a média, pois a tensão de carga diminui
com a temperatura para uma mesma corrente.

12.4 CORREÇÃO DA TENSÃO DE CARGA COM TEMPERATURA

Acrescentar 0,005 V para cada 1°C de diferença acima da temperatura de referência.

12.5 REGIME DE FLUTUAÇÃO - OPERAÇÃO

A flutuação é um regime de carga onde a bateria é mantida a plena carga. Neste regime é
mantido um nível de tensão, que garante a circulação de uma corrente, suficiente para
compensar as perdas por auto descarga, e de repor a energia consumida por pequenos picos
e pulsos de demanda do equipamento consumidor. Antes de colocar em regime de flutuação,
a bateria deverá estar completamente carregada.
Recomenda-se, para tensão de flutuação, um valor dentro da faixa de 2,23 a 2,27 V/elemento
para trens e embarcações. Não se pode de antemão definir um valor exato para outras
aplicações, pois esta tensão depende do regime de funcionamento do conjunto de bateria
carregador e consumidor, somente quem opera o equipamento poderá escolher o melhor valor
para tensão de flutuação, que, entre outros, depende da faixa de tensão de operação.
Um valor muito baixo deixará decrescer os valores de densidade do eletrólito, demonstrando
que a bateria perde a carga e corre perigo de sulfatação. Um valor muito alto aumentará o
consumo de água e o desgaste das placas dos elementos, reduzindo a sua vida.
Para o início da operação em trens, metrôs e embarcações, recomenda-se um valor de 2,25
V/elemento, que deverá ser reajustado se a bateria demonstra irregularidades de
funcionamento, a saber, decréscimo da densidade de eletrólito ou da tensão individual em
um ou mais elementos, e se não existir outra razão para tal comportamento.

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Valores de tensão acima de 2,25 V servem para recarregar e equalizar a bateria (vide regimes
de carga).

Segue abaixo uma tabela com os valores médios de corrente de flutuação a diferentes níveis
de tensão para baterias tubulares de descarga média.

TABELA DE CORRENTES DE FLUTUAÇÃO A 25°C


(mA/Ah)
TENSÃO POR FINAL DE VIDA
ELEMENTO (V) NOVA
(ENVELHECIMENTO)
2,25 0,25 - 0,38 1,00 - 1,76
2,30 0,70 - 1,00 2,80 - 4,0
2,40 1,40 - 2,10 5,60 - 9,8

Além da variação da corrente de flutuação em função da tensão aplicada, também existe uma
variação com a temperatura do eletrólito. A tabela a seguir relaciona os fatores de
multiplicação:

VARIAÇÃO DA CORRENTE DE FLUTUAÇÃO


COM A TEMPERATURA
TEMPERATURA FATOR DE
°C MULTIPLICAÇÃO
0 0,09
5 0,21
10 0,32
15 0,46
20 0,68
25 1,00
28 1,03
30 1,48
35 2,20

13. CARGA AUTOMÁTICA EM OPERAÇÃO


Em trens, metrôs e embarcações, as baterias estão permanentemente ligadas ao sistema
elétrico, seja quando em descarga ou quando em recarga.

Normalmente um gerador alimenta o equipamento consumidor e recarrega as baterias


enquanto o equipamento está em operação.

A potência de saída do gerador e, por conseguinte a carga das baterias é usualmente


controlada por um regulador que pode consistir de uma a três unidades sendo; um regulador
de tensão, um regulador de corrente e uma chave automática de desligamento.

A chave automática simplesmente desconecta o gerador do sistema sempre que sua velocidade
for pequena para gerar a tensão necessária.

O regulador de corrente protege o gerador contra sobrecargas.

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O regulador de tensão mantém a tensão conveniente ao sistema e para a recarga das baterias;
sendo seu ajuste correto vital para a operação adequada e longa duração das mesmas.

O valor de tensão para carga automática deve preferencialmente situar-se entre 2,25 e 2,27
V/elemento.

Tensões mais altas aumentam o consumo de água e o fator de manutenção.

13.1 USO DO DENSÍMETRO

Para se obter leituras exatas e comparativas da densidade, deve-se aplicar as correções de


temperatura e do nível do eletrólito, anteriormente descritas, e ler o densímetro com toda a
atenção. Tenha em mente os seguintes pontos:

- Certifique-se de que o densímetro esteja limpo e transparente. Um densímetro ou um tubo


que estejam sujos não indicarão leituras exatas. Deve-se desmontar a seringa frequentemente
para lavar todas as suas peças com água e sabão.

- Não incline a seringa para evitar que o densímetro encoste num dos lados do tubo. Sacuda
levemente a seringa para certificar-se de que o densímetro esteja livre.

- Mantenha o densímetro ao nível dos olhos. O ponto em que o nível do eletrólito encontrar a
escala da haste do densímetro é a leitura de densidade (vide figura a seguir).

- Esvazie completamente a seringa e certifique-se de que o eletrólito seja devolvido ao mesmo


elemento de onde foi retirado.

Atenção: Densímetros utilizados para manutenção de Baterias Alcalinas não podem em


nenhuma hipótese ser utilizados em Baterias chumbo-ácidas e vice-versa.

Vestígios de eletrólito alcalino danificam irremediavelmente os elementos chumbo ácidos.

A - LEITURA COM BATERIA CARREGADA

B - LEITURA COM BATERIA DESCARREGADA

C - SERINGA COM O DENSÍMETRO

D - O DESENHO MOSTRA A POSIÇÃO CORRETA


DOS OLHOS PARA A LEITURA DO DENSÍMETRO

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13.2 DENSIDADE DO ELETRÓLlTO

13.2.1 A PLENA CARGA

A densidade do eletrólito a 25°C, no nível normal e com os elementos totalmente carregados,


deve ser 1,250 (±0,010) g/cm³.

O eletrólito já é fornecido dentro desses limites e não necessitará de ajustes adicionais


durante a vida da bateria, a menos que haja derramamento. Se houver perda de eletrólito
deverá haver reposição com eletrólito da mesma densidade.

13.2.2 APÓS DESCARGA NORMAL

A densidade do eletrólito a 25°C e no nível normal, após uma descarga em 8 horas até 1,70
V/elemento, estará situada entre os valores 1,100 a 1,150 g/cm3.

13.2.3 CORREÇÕES

A densidade varia com a mudança da temperatura.

Isto não se deve a nenhuma característica dos acumuladores senão, simplesmente ao fato de
que o eletrólito se expande quando aumenta a temperatura, tornando-se menos denso o que
provoca uma leitura mais baixa na densidade. Inversamente, quando a temperatura diminui,
aumenta o peso específico. Esta variação equivale a 7 pontos (1 ponto = 0,001 g/cm³) por
10°C de variação na temperatura. Igualmente, a densidade varia conforme diminui ou
aumenta o nível do eletrólito, de acordo com o consumo ou a adição de água.

Esta variação depende das dimensões do elemento e do volume de eletrólito nele contido;
entretanto, pode-se considerar que, num elemento típico, aproximadamente uma alteração
de 5 pontos na densidade para 6 mm de variação do nível do eletrólito é o normal.

Para poder comparar com precisão as leituras da densidade tomadas em épocas diferentes,
assim como com diferentes níveis de eletrólito, estas deverão ser corrigidos para uma
temperatura de referência de 25°C e ao nível normal do eletrólito. Esta densidade corrigida
indicará qual deveria ser a densidade se a temperatura e o nível estivessem em seus valores
normais.

Para efetuar esta correção faça o seguinte:

Some 0,7 pontos da densidade para cada °C acima de 25°C ou subtraia 0,7 pontos para cada
°C abaixo de 25°C. Subtraia 5 pontos na densidade para cada 6 mm abaixo do nível ou adicione
5 pontos para cada 6 mm acima.

Exemplo: Leitura da Densidade do Elemento = 1,200 g/cm³ a 35°C e com nível 18 mm abaixo
do normal.

35°C - 25°C = 10°C 10 x 0,7 = 7 pontos a serem somados.

Nível 18 mm abaixo do normal: 15 pontos a serem subtraídos.

Resultado Total: Subtraia 8 pontos. A densidade corrigida é 1,192 g/cm³

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A densidade a plena carga normalmente poderá ter o seu valor diminuído com a utilização da
bateria ao longo de sua vida útil.

Nenhum valor preciso pode ser dado, mas essa diminuição será muito pequena e na maioria
das vezes não mais que alguns pontos por ano. Mencionamos essa variação de densidade para
que se tenha compreensão quando a mesma ocorrer.

13.2.4 DIMINUIÇÃO DA DENSIDADE

O estado de carga de uma bateria pode ser determinado aproximadamente pela leitura do seu
peso específico e comparando-o com a diminuição total aproximada na densidade entre os
estados de plena carga e após descarga normal.

Exemplo: A leitura da densidade de um certo tipo de elemento é de 1,130 g/cm³, corrigido


quanto à temperatura e nível de referência. Supondo que este tipo de elemento tem um peso
específico com carga completa de 1,250 g/cm³ e após uma descarga em 10 horas até 1,70
V/elemento tem uma densidade de 1,100 g/cm³ (variação de 150 pontos). Se este elemento
estiver num determinado instante a 80 pontos de densidade abaixo do valor a plena carga,
estará descarregado 80/150, ou seja - 53%.

O acima mencionado não se aplica quando a diminuição de densidade for devido à bateria ter
ficado inoperante por semanas ou meses. Neste caso, a solução ácida combina somente com
as placas negativas; então, para uma determinada queda de densidade, as placas negativas
estão descarregadas cerca de duas vezes a quantidade indicada e para restaurar o acumulador
ao estado de plena carga, requer-se uma carga mais prolongada do que a normal.

13.3 AJUSTE DA DENSIDADE

Considerações

Nunca se deve adicionar ácido ou eletrólito ao elemento, sem primeiro certificar-se de que
houve realmente derramamento de eletrólito ou de que a carga não restaurará a densidade
ao seu valor normal. Para tanto, deve-se primeiro aplicar uma carga de equalização completa.
Se após a carga, a densidade corrigida para a temperatura de referência de qualquer elemento
for inferior à nominal de 1,250 ± 0,010 g/cm3, esta deverá ser ajustada até seu valor nominal
obedecendo-se os itens abaixo:

Procedimentos

Coloque a bateria novamente em carga no regime de carga final para que os elementos
gaseifiquem livremente, a fim de misturar-se o eletrólito.

Certifique-se que todos os elementos gaseifiquem antes de começar o ajuste da densidade.


Nunca faça um ajuste num elemento que não gaseifique durante a carga.

No(s) elemento(s) onde obteve-se leitura(s) de densidade baixa, retire o eletrólito até deixá-
lo ao nível do protetor. Vá substituindo-o lentamente por eletrólito com densidade 1,300 -
1,400 g/cm³. Nunca utilize eletrólito com densidade superior a 1,400 g/cm³. Ao adicionar
eletrólito nos elementos, faça-o lentamente.

Espere 20 minutos até que o eletrólito adicionado tenha se misturado completamente devido
à gaseificação; só então leia a densidade.

Se esta, em qualquer elemento, continuar sendo menor que a normal, repita o processo
quantas vezes se fizer necessário, até restaurar-se a densidade ao seu valor nominal.

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Quando ajustada, continue a carga por mais uma hora, em regime de carga final, para que o
eletrólito fique totalmente misturado.
Se a densidade corrigida de qualquer elemento for maior do que a nominal, proceda da
seguinte forma:

- À medida que a bateria vai se carregando, tire do elemento uma pequena quantidade de
eletrólito, substituindo-o por água destilada. Se for necessário, repita a operação a intervalos
de 20 minutos até obter a leitura desejada.

14. ARMAZENAGEM

Considerações

As baterias devem ser armazenadas em lugares limpos, secos e bem ventilados, longe de
radiadores e outras fontes de calor e protegidos contra a incidência direta da luz solar.
Antes do armazenamento é necessário observar as seguintes instruções contidas no item
abaixo.

Instruções

Ao receber a bateria, desembale-as e verifique se as mesmas não sofreram danos como:


quebra de válvula, vazamentos etc., bem como, data de fabricação e estado de carga.

Recomenda-se instalar cada conjunto de bateria no mesmo equipamento sem misturar-se as


baterias (caixas) de uma e outra bateria.

A bateria úmida carregada, quando armazenada, deverá receber complementação de carga a


cada 3 meses.

Se ao recebê-la, a mesma estiver com sua data de fabricação maior que 3 meses, deve-se
recarregá-la antes de armazenar-se.

Deve-se também recarregar a bateria se a densidade estiver abaixo de 1,210 g/cm³.

Verifique se o eletrólito está em seu nível correto, não armazene o monobloco com cabos ou
fios conectados a fim de evitar perdas adicionais de carga.

Nunca remova o eletrólito, ou desmonte a bateria.

Os elementos devem ser armazenados em superfícies planas, observando-se a capacidade


máxima de empilhamento das embalagens.

Ao terminar a correção da densidade, anote a tensão de todos os elementos enquanto a


bateria estiver recebendo carga, em regime final de carga, e então interrompa a carga.

Aproximadamente 20 minutos depois de haver cessado a carga, anote a densidade de todos


os elementos e a temperatura do eletrólito de pelo menos dois ou três elementos.

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15. MANUTENÇÃO

Para prevenir a possibilidade de falhas, inspecione regularmente sua bateria, conforme abaixo:

Inspeção Trimestral

Medidas no caso de
O que inspecionar Método Especificação
irregularidades
Verifique o nível do Dentro da faixa mínimo e Adicionar água destilada
Visual
eletrólito máximo ou deionizada

Inspeção Semestral

Medidas no caso de
O que inspecionar Método Especificação
irregularidades
Avaliar a tensão total
Tensão total da bateria Se o valor de tensão
da bateria por
Tensão total em deve ser : Tensão estiver abaixo do
aberto voltímetro classe de
nominal 2,09V x especificado, de um
precisão
número de elementos reforço de carga
melhor que 0,5
Avaliar a ± 1°C em relação ao Checar conforme item
Temperatura temperatura por ambiente e demais 11.1.1, não solucionado,
termômetro elementos contatar a Assit. Técnica.
Avaliar a densidade por
1250 ± 10 g/dm3
densímetro classe de
Densidade referido a Corrigir densidade
precisão +/- 1 divisão
temperatura de 25°C.
de escala
Se houver vazamento de
Verifique se há
eletrólito procure verificar
vazamento ou algum
Não deve haver a causa. Havendo trincas
dano no vaso e
no vaso ou tampa deve-se
tampa.
substituir o monobloco
Verifique o nível do Dentro da faixa mínimo Adicionar água
eletrólito e máximo destilada ou deionizada
Verifique se há
Visual Se contaminado, limpe
contaminação Não deve haver
com pano úmido.
por poeira, etc.
Realize a limpeza, faça o
Verifique se há tratamento de prevenção
pontos de corrosão contra oxidação aplicando
Não deve haver
nos conectores, cabos graxa Rust Proof
e terminais. Compound onde
necessário
Reaperte conforme torque
Verifique porcas e
Interligações Não devem estar soltas indicado no item
parafusos
instalação.

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16. INSTRUÇÕES PARA DESCARTE

NEWPOWER Sistemas de Energia S.A.


Av.: Santos Dumont nº 3164 – CEP: 07220-000 – Cumbica - Guarulhos - SP.
Tel: (011) 2413–5646 www.fulguris.com.br / e-mail: sat.estac@fulguris.com.br

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