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Textos:
Onisciência: Sl 139:1-4; Jó 37:16; Hb 4:13; 1 Jo 3:20
Soberania: Dt 10:17; 1Tm 6:15-16
O debate
Origem dos termos: sobre a
Onisciência – do latim OMNI=tudo e SCIENTE = ciência, saber. impassibili
dade de
Soberania – do latim SUPERANIA – de SUPERANUS = superior, acima de tudo e de Deus. Deus
todos. pode
sofrer? Filo
de
I. ONISCIÊNCIA (capacidade de conhecer tudo) Alexandria
argumentav
Wayne Grudem coloca esse atributo de Deus da categoria de atributos comunicáveis e da a que não.
subcategoria atributos mentais. Anselmo
de
Cantuária
1. Significado. Onisciência significa que Deus sabe tudo, todas as coisas reais e dizia que
possíveis, sem esforço e igualmente bem. A. W. Tozer escreveu: os termos
como
“Deus conhece instantaneamente, e sem esforço algum, tudo e todas as
compaixão
coisas, todo pensamento e todos os pensamentos, todo espírito e todos
os espíritos, todo o Ser e todos os seres, toda a criação e todas as
eram para a
criaturas, toda pluralidade e todas as pluralidades, toda lei e todas as nossa
leis, todas as relações, todas as causas, todos os pensamentos, todos os experiência
mistérios, todos os enigmas, todos os sentimentos, todos os desejos, mas não
todos os segredos ocultos, todos os principados e potestades, todas as em relação
personalidades, todas as coisas visíveis e invisíveis no céu e na Terra, a Deus. Em
ação, espaço, tempo, vida, morte, bem, mal, céu e inferno. Como Deus Deus isso
conhece todas as coisas perfeitamente, Ele não conhece uma coisa era
melhor do que outra, mas a tudo igualmente bem. Ele nunca descobre figurativo.
nada, nunca se surpreende, nunca se assusta. Deus nunca imagina
como sendo algo nem busca informações nem faz perguntas (exceto
quando inquire os homens para o próprio bem deles).”
Berkhof define o conhecimento de Deus como sendo “aquela perfeição divina por meio
da qual Ele, em uma maneira completamente singular, conhece a Si mesmo e conhece
todas as coisas possíveis e reais em um ato simplíssimo e eterno”.
Wayne Grudem observando essa afirmação diz que “trata-se de um fato espantoso, pois o
Próprio Ser Divino é infinito e limitado”.
É lógico dizer que somente um Deus Infinito pode conhecer-se infinitamente. É o que
Paulo afirma em 1Co 2:10,11.
Achei muito interessante um comentário que encontrei numa antiga apostila de teontologia
(doutrina do Ser de Deus) do STPN, quando ele diz que o conhecimento de Deus tem vários
nomes dependendo do objeto conhecido. Com respeito aos fatos presentes, pode ser chamado
simples conhecimento ou visão. Com respeito ao passado pode ser chamado de memória.
Com relação ao futuro, pode ser chamado de presciência. (Gn 18:18; Jr 1:4,5; Dn 2:22; 1Pe
1:2).
Seria uma espécie de manifestação da onisciência de Deus no tempo humano. Essa é a forma
fácil de entendermos essa perfeição de Deus.
2. Escrituras. Deus conhece todas as suas obras desde o início (At 15: 18).
Esse é o texto que narra o concílio de Jerusalém. E esse é o parecer de Tiago acerca da
inclusão dos gentios no plano da salvação. Tiago está fazendo referência ao texto de Am
9:11,12. O que fica claro aqui, então, é que tudo o que estava acontecendo e o que ainda iria
acontecer estava dentro do conhecimento eterno de Deus. A inclusão dos gentios não é um
acidente de percurso.
Achei muito interessante um comentário de Agostinho que diz:
“Antes de citar o salmo 23, ele já está inteiro em nossa mente. Dizemos então a primeira
metade e sabemos que parte já foi falada e qual falta ser citada. Deus conhece a história
toda de uma vez só, simultaneamente, porque ele não está limitado pelo tempo e pela
sucessão de eventos, mas ele também sabe qual parte da história é passado hoje e qual é
futuro, porque o tempo para ele não é sem importância e irreal” (Confissões, XI.31)
Ele conta o número das estrelas e chama a todas pelo seu nome (SI 147: 4).
Alguns atribuem a autoria deste salmo ao profeta Zacarias. Portanto seria um salmo pós
exílico.
Eu trouxe um comentário de Calvino sobre esse texto.
Como o ajuntamento do povo sobre o qual o salmista falou parecia uma impossibilidade,
surge algum fundamento para a opinião dos que crêem que ele confirma esse ajuntamento
neste versículo. A conexão que atribuem às palavras do salmista é esta: como, no mínimo,
não é mais difícil reunir homens que se acham proscritos e dispersos do que contar as
estrelas, não havia razão por que os israelitas exilados e peregrinos deviam perder a
esperança de seu regresso, contanto que recorressem, em unanimidade, a Deus como sua
única cabeça. Há também alguma plausibilidade na conjectura de que o salmista estaria
aludindo a esta promessa: "Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe
disse: "Será assim a tua posteridade" [Gn 15.5]. Mas, como o salmista logo em seguida fala
sobre a ordem das coisas na natureza, a tradução mais simples, creio eu, é entender este
versículo com uma referência à admirável obra de Deus vista nos céus, onde contemplamos
a sua sabedoria ímpar, ao regular, sem qualquer grau de variação, os multiformes, complexos
e sinuosos percursos das estrelas. Para ensinar sobre essas obras, o salmista assinala a
função fixa e distinta delas; e, em toda a multidão delas, não há confusão. Por isso, ele
exclama: Grande é Deus e ilimitado tanto em poder como em entendimento. Disso
aprendemos que não pode haver maior estultícia do que o fazermos de nosso juízo o
instrumento para medir as obras de Deus, que manifesta nelas, como sempre o faz, seu
incompreensível poder e sabedoria.
A ideia aqui, então, é que a onisciência de Deus conhece as estrelas, então conhece cada
pessoa para juntá-las novamente.
O número exato de estrelas no universo é impossível de determinar com a tecnologia atual,
mas podemos fazer estimativas razoáveis.
A nossa galáxia, a via láctea, possui entre 200 e 400 bilhões de estrelas
Se considerarmos uma média de 100 bilhões de estrelas por galáxia, a ciência chega a 10
sextilhões de estrelas no universo observável.
Nosso Senhor demonstra sua onisciência quando declara o que poderia ter
acontecido em Tiro e Sidom (Mt 11:21).
É importante deixar claro que não é um conhecimento hipotético de Cristo, mas
um conhecimento de fato. Em Cristo temos a totalidade da plenitude da divindade
de Deus (Cl 2:9). significa que todas as características e atributos de Deus estão
presentes em Jesus Cristo. Veja Cl 2:3:
"em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”
Deus conhece tudo a respeito de nossas vidas mesmo antes do nosso nascimento
(SI 139:16).
O salmo 139 é o hino da onisciência e soberania de Deus.
O comentário da Bíblia de Genebra diz o seguinte: “O salmista alegra-se na
predestinação de Deus de todos os acontecimentos de sua vida, sabendo que cada bênção
que recebia era, por fim, uma dádiva da graça de Deus.” Em outras palavras, a história
de cada já está escrita. Porém, precisamos ter muito cuidado para não cairmos no
determinismo radical que tire a responsabilidade humana dos atos os homens (At
4:27,28). Outro versículo deste salmo que aponta a onisciência de Deus é o verso 2:
Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus
pensamentos. Em Cristo também enxergamos essa onisciência em Mt 9:4: “Jesus,
porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que cogitais o mal no vosso
coração?”
Vamos às aplicações...
3. Aplicações.
a) Onisciência e segurança. Nada pode vir à luz na vida de um cristão que surpreenda
a Deus e faça com que Ele o expulse de sua presença. "Nenhum
informante pode nos denunciar, nenhum inimigo pode fazer uma acusação nova,
nenhum segredo oculto pode ser revelado para expor o nosso passado; nenhuma
fraqueza insuspeita de nosso caráter pode vir à luz para nos afastar de Deus, pois
Ele nos conhece completamente antes que nós O conhecêssemos e nos chamou
para Si com o conhecimento total de tudo o que depunha contra nós".
Sua onisciência não afeta os seus outros atributos. O Seu amor por exemplo. Deus é
o quem mais nos conhece e é o que mais nos ama.
II. SOBERANIA
⁷ Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço
todas estas coisas.
⁸ Destilai, ó céus, dessas alturas, e as nuvens chovam justiça; abra-se a terra
e produza a salvação, e juntamente com ela brote a justiça; eu, o Senhor, as
criei.
⁹ Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de
barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes?
Ou: A tua obra não tem alça.
Isaías 45:7-9