Você está na página 1de 105

Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Disciplina:

Desenho Técnico 2

====================================================================
Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Design de Interiores das Escolas
Estaduais de Educação Profissional – EEEP
Material elaborado pela professora Jéssika Ricarte S. Ferreira Albuquerque -
2018
====================================================================

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 1


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 5
1.1- PROGRAMA CURRICULAR .......................................................................................................... 5
2. NORMAS TÉCNICAS (ABNT)............................................................................................................... 6
2.1- PLANTA DE SITUAÇÃO ................................................................................................................ 7
2.2- PLANTA DE LOCAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO ............................................................................ 7
2.3- PLANTA DE EDIFICAÇÃO ............................................................................................................ 8
2.4- CORTE .............................................................................................................................................. 9
2.5- FACHADA ...................................................................................................................................... 10
2.6- ELEVAÇÕES E VISTA .................................................................................................................. 10
2.7- DETALHES OU AMPLIAÇÕES ................................................................................................... 10
2.8- ESCALA .......................................................................................................................................... 11
2.9- PROGRAMA DE NECESSIDADES .............................................................................................. 11
2.10- MEMORIAL JUSTIFICATIVO.................................................................................................... 12
2.11- DISCRIMINAÇÃO TÉCNICA ..................................................................................................... 12
2.12- ESPECIFICAÇÃO ......................................................................................................................... 12
2.12- LISTA DE MATERIAIS ............................................................................................................... 12
2.12- ORÇAMENTO .............................................................................................................................. 12
2.13- PAPEL E FORMATOS ................................................................................................................. 12
2.14- CARIMBO ..................................................................................................................................... 15
2.15- DOBRAMENTO DE CÓPIAS DE DESENHO ............................................................................ 17
2.16- TÉCNICAS DE DESENHO UTILIZADAS ................................................................................. 17
2.17- TIPOS E LARGURAS DE LINHAS ............................................................................................ 19
2.18- REPRESENTAÇÃO DA ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS ............................. 22
2.19- ESCRITA NO DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO ..................................................... 23
2.20- COTAGEM NO DESENHO TÉCNICO ....................................................................................... 24
3. NBR 6492 – ETAPAS DO PROJETO ARQUITETÔNICO .................................................................. 26
4. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ............................................................................................................ 33
4.1- ALVENARIAS ................................................................................................................................ 33
4.2- PORTAS .......................................................................................................................................... 35
4.3- JANELAS ........................................................................................................................................ 38
4.4- PEÇAS SANITÁRIAS .................................................................................................................... 46
4.5- MOBILIÁRIOS ............................................................................................................................... 47
4.6- ELETRODOMÉSTICOS ................................................................................................................. 51
4.7- PONTOS ELÉTRICOS ................................................................................................................... 68
4.8- LUMINOTÉCNICA ........................................................................................................................ 69
4.9- ESCADAS ....................................................................................................................................... 73
4.10- RAMPAS ....................................................................................................................................... 76
5. PASSO-A-PASSO – PROJETO DE INTERIORES............................................................................... 78
5.1- LEVANTAMENTO TÉCNICO ...................................................................................................... 78
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 2
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.1- DESENHANDO A PLANTA BAIXA ............................................................................................ 81


5.2- DESENHANDO A PLANTA DE LAYOUT .................................................................................. 85
5.3- DESENHANDO A PLANTA DE PISO ......................................................................................... 87
5.4- DESENHANDO A PLANTA ELÉTRICA (PROJETO DE INTERIORES) .................................. 90
5.5- DESENHANDO A PLANTA LUMINOTÉCNICA ....................................................................... 92
5.6- DESENHANDO A ELEVAÇÃO/VISTA OU CORTE .................................................................. 94
5.7- PLANTA DE FORRO ..................................................................................................................... 95
5.7- PLANTA DE COBERTA ................................................................................................................ 97
6. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 98

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 3


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 4


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

1. INTRODUÇÃO

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia, da arquitetura e do
design de interiores.
É caracterizado pela sua normatização e a ferramenta mais importante num projeto, por
ser o meio de comunicação entre quem projeta e quem fabrica. Nele constam todas as
informações referentes ao projeto.

1.1- PROGRAMA CURRICULAR

Disciplina: Desenho Técnico 2 1° SEMESTRE


2°ANO
Curso: Técnico de Nível Médio em Design de Carga 60 horas/aula
Interiores Horária:
Ementa: Terminologia e normas técnicas para representação em projetos
arquitetônicos. Representação de elementos construtivos e
compositivos. Composição padrão de espaços residenciais e
comerciais. Técnicas de acabamento de desenhos. Apresentação de
projetos.
Conteúdo 1° BIMESTRE
Programático:
UNIDADE I:
 Revisão das normas técnicas de representação de projetos,
representação de elementos construtivos e compositivos;
 Plantas baixas que constituem o projeto de interiores.
UNIDADE II:
 Representação Gráfica de espaços residenciais padrão;
2° BIMESTRE
UNIDADE III:
 Representação Gráfica de espaços comerciais padrão;
UNIDADE IV:
 Estudo das cores e texturas na representação gráfica de
projetos;
 Apresentação de projetos.
Objetivo: Fornecer elementos de norma, regras, convenções e simbologia de
desenho de arquitetura de interiores. Cultivar a ordem, a exatidão, a
clareza, e o esmero na apresentação dos trabalhos gráficos; promover o
desenvolvimento da acuidade visual e da percepção espacial; colocar o
aluno em convivência com elementos de projetos arquitetônicos;
introduzir o aluno na terminologia ligada a desenho e projeto de
arquitetura; capacitar o aluno a interpretação e execução de desenhos
em croquis, elaboração de desenhos, utilização da escala gráfica e
desenvolvimento da expressão gráfica.
Metodologia: A disciplina será ministrada por aulas teóricas e práticas, em laboratório
de pranchetas com o uso de instrumentos, com exercícios programados

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 5


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

de acordo com os conteúdos a ser ministrado, podendo se valer de


outras metodologias para adaptar as características da turma e da
disciplina.
Bibliografia  MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. 4° Ed.
Básica: Blucher, 2001. 176 páginas.
 MARTINS, Flávio José Nesse. Como ler Plantas e Projetos. 1°
Ed. PINI, 2014
 NETTO, Claudia Campos. Desenho Arquitetônico E Design De
Interiores. 1°Ed. Érica, 2014.
Bibliografia • GURGEL, M. Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de
complementar:
Interiores para Áreas Comerciais. São Paulo: SENAC, 2005.
 GURGEL, M. Projetando Espaços: Guia de Arquitetura. 7° Ed.
São Paulo: SENAC-SP, 2013.
 CARVALHO Jr,. Roberto de. Instalações Elétricas e o Projeto de
Arquitetura. 6°Ed. Blucher, 2015.

2. NORMAS TÉCNICAS (ABNT)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a entidade brasileira responsável


pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento
tecnológico brasileiro.
Foi fundada em 1940 como uma entidade privada, sem fins lucrativos, e é representante
oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais e das entidades de normalização
regional:
 International Organization for Standardization (ISO);
 International Eletrotechnical Comission (IEC);
 Comissão Panamericana de Normas Técnicas (Copant);
 Associação Mercosul de Normalização (AMN).

Norteando o desenho técnico, estudamos na disciplina anterior, as normas seguintes:

 NBR 10647 – Desenho técnico;


 NBR 10068 – Folhas de desenho e dimensão;
 NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico;
 NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas e largura de
linhas;
 NBR 13142 - Desenho técnico – Dobramento de cópias;
 NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico;
 NBR 8196 – Desenho técnico – Emprego de escalas;
 NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho
técnico;
 NBR 10126 – Cotagem de desenho técnico.

Nesta disciplina, revisaremos algumas dessas normas acima, e conheceremos algumas


normas que norteando o desenho arquitetônico e de interiores, são elas:

 NBR 6492/94 – Representação em projetos de arquitetura;


 NBR 13532/01 – Saídas de emergência em edifícios;
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 6
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 NBR 9050/04 – Acessibilidade para portadores de deficiência.


 NBR 16585 - Serviços de Design: Diretrizes para boas práticas.

Ao invés de estudarmos individualmente cada uma, veremos as convenções de projeto e


desenho arquitetônico em resumo nos itens a seguir:

2.1- PLANTA DE SITUAÇÃO


Planta que compreende o partido arquitetônico como um todo, em seus múltiplos
aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo e porte do programa, assim
como para a finalidade a que se destina.
Para aprovação em órgãos oficiais, esta planta deve conter informações completas
sobre localização do terreno.

2.2- PLANTA DE LOCAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO


Planta que compreende o projeto como um todo, contendo, além do projeto de
arquitetura, as informações necessárias dos projetos complementares, tais como movimento de
terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica e de drenagem, entre outros.
Nota: A locação das edificações, assim como a das eventuais construções complementares são
indicadas nesta planta.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 7


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.3- PLANTA DE EDIFICAÇÃO


Vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 1,50 m do
piso em referência. A altura desse plano pode ser variável para cada projeto de maneira a
representar todos os elementos considerados necessários.

Nota: As plantas de edificação podem ser do térreo, subsolo, jirau, andar-tipo,


sótão, cobertura, entre outros.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 8


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.4- CORTE
Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido
longitudinal, seja no transversal.
Nota: O corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo
possível de detalhes construtivos.
Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser
assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. Nos cortes transversais, podem ser
marcados os cortes longitudinais e vice-versa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 9


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.5- FACHADA
Representação gráfica de planos
externos da edificação.
Os cortes transversais e longitudinais
podem ser marcados nas fachadas.

2.6- ELEVAÇÕES E VISTA


Representação gráfica de planos internos ou de elementos da edificação.

2.7- DETALHES OU AMPLIAÇÕES


Representação gráfica de todos os pormenores necessários, em escala adequada,
para um perfeito entendimento do projeto e para possibilitar sua correta execução.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 10


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.8- ESCALA
Relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas
dimensões reais.

A Norma NBR as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações


em desenhos técnicos. A designação completa de uma escala deve consistir na palavra
“ESCALA” ou na abreviação “ESC.”, seguida da indicação da relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural;

b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);

c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).

O “X” refere-se aos valores de ampliação ou redução. Exemplo: 20:1 é o desenho 20


vezes maior. 1:20 é o desenho 20 vezes menor.

A Escala geral deve ser informada na legenda da folha, e caso seja utilizado mais que
uma, elas devem ser colocadas próximo do corte, detalhe ou vista a que se refere.

A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou


elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala
selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação
representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a
escolha do formato da folha de desenho. Na tabela abaixo, segue as escalas geralmente
utilizadas por nós, Designers de interiores e em que tipo de desenho.

Tabela: Escala no Design de interiores (Em geral)


Escala Tipo de desenho
1:5 Detalhes
1:10 Detalhes e Projeto de móveis
1:20 Planta baixa, Vistas, Cortes e Projeto de móveis
1:25 Planta baixa, Vistas, Cortes e Projeto de móveis
1:50 Planta baixa e Vistas, Cortes(arquitetônicos)
1:75 Planta baixa
1:100 Planta baixa
1:125 Planta baixa

2.9- PROGRAMA DE NECESSIDADES


Documento preliminar do projeto que caracteriza o empreendimento ou o projeto objeto
de estudo, que contém o levantamento das informações necessárias, incluindo a relação dos
setores que o compõem, suas ligações, necessidades de área, características gerais e
requisitos especiais, posturas municipais, códigos e normas pertinentes.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 11


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.10- MEMORIAL JUSTIFICATIVO


Texto que evidencia o atendimento às condições estabelecidas no programa de
necessidades. Apresenta o partido arquitetônico adotado que é definido no estudo preliminar.

2.11- DISCRIMINAÇÃO TÉCNICA


Documento escrito do projeto, que, de forma precisa, completa e ordenada, descreve
os materiais de construção a serem utilizados, indica os locais onde estes materiais devem ser
aplicados e determina as técnicas exigidas para o seu emprego.

2.12- ESPECIFICAÇÃO
Tipo de norma destinada a fixar as características, condições ou requisitos exigíveis
para matérias-primas, produtos semi-fabricados, elementos de construção, materiais ou
produtos industriais semi-acabados.

2.12- LISTA DE MATERIAIS


Levantamento quantitativo de todo o material especificado no projeto, com as
informações suficientes para a sua aquisição.

2.12- ORÇAMENTO
Avaliação dos custos dos serviços, materiais, mão-de-obra e taxas relativas à obra.

2.13- PAPEL E FORMATOS


Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de
resistência e durabilidade apropriadas.
A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e
das facilidades de reprodução, a saber:
a) papel transparente:
- manteiga;
- vegetal;
- albanene;
- poliéster;
- cronaflex.
b) papel opaco:
- canson;
- schoeller;
- sulfite grosso.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 12


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10068, formato
A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento.

A NBR 10068 padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-


impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos e o layout do desenho técnico
com vistas e outras características: posição e dimensão da legenda; margem e quadro; marcas
de centro; escala métrica de referência; sistema de referência por malhas; marcas de corte. As
normas se aplicam a originais e copias, incluindo a microfilmagem.

Formatos:

Seleção e designação de formatos.

 O original deve ser executado


em menor formato possível,
desde que não prejudique a
sua clareza.

 A escolha do formato no
tamanho original e sua
reprodução são feitas nas
séries mostradas.

 As folhas de desenhos podem


ser utilizadas tanto na posição
horizontal como na vertical (ver Figura abaixo).

Legenda:

 A posição da legenda deve estar dentro do


quadro para desenho de tal forma que
contenha a identificação do desenho (número
de registro, título, origem, etc.); deve estar
situado no canto inferior direito, tanto nas
folhas posicionadas horizontalmente como
verticalmente.

 A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por


conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em lugar de
destaque, conforme a necessidade do usuário.

 A legenda deve ter 17,8cm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 17,5cm
nos formatos A1 e A0. No capítulo mais a frente veremos um exemplo.

Margem e quadro:

 Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 13


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as
dimensões constantes da Tabela ao final desta norma.

 A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.

TABELA: Resumo da formatação da folha de desenho técnico, em cm.


MARGEM COMPRIMENTO GRADUAÇÃO
FORMATO DIMENSÕES
ESQUERDA DIREITA DA LEGENDA GRAFITE
A0 84,1 x 118,9 cm 2,5 cm 1,0 cm 17,5 cm 0,9
A1 59,4 x 84,1 cm 2,5 cm 1,0 cm 17,5 cm 0,9
A2 42,0 x 59,4 cm 2,5 cm 0,7 cm 18,5 cm 0,7
A3 29,7 x 42,0 cm 2,5 cm 0,7 cm 18,5 cm 0,5
A4 21,0 x 29,7 cm 2,5 cm 0,7 cm 18,5 cm 0,5

Marcas de centro

 Nas folhas de formatos de série "A" devem ser


executadas quatro marcas de centros. Estas
marcas devem ser localizadas no final das duas
linhas de simetria (horizontal e vertical) à folha
(Imagem ao lado).

 Os formatos fora de padrões, para serem


microfilmados, requerem marcas adicionais de
acordo com as técnicas de microfilmagem.

Escala métrica de referência:

 As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de referência sem
os números, com comprimento de 100 mm no mínimo e em intervalos de 10 mm
(Imagem abaixo).

 A escala métrica de referência deve estar embaixo, disposta simetricamente em


relação à marca de centro, na
margem e junto ao quadro, com
largura de 5 mm no máximo. Deve
ser executada com traço de 0,5
mm de largura no mínimo e deve Imagem retirada do PDF da ABNT.
ser repetida em cada seção do
desenho.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 14


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Sistema de referência por malhas:

 Permite a fácil localização de detalhes nos desenhos, edições, modificações, etc.

 Devem ser executadas com traço de 0,5 mm de largura no mínimo, começando


do contorno interno da folha recortada e estendendo-se aproximadamente 0,5
mm, além do quadro. A tolerância da posição de ± 0,5 mm deve ser observada
para as marcas (ver Figura 9).

 O número de divisões deve ser determinado pela complexidade do desenho e


deve ser par.

 O comprimento de qualquer lado do retângulo da malha deve ter mais de 25 mm e


no máximo 75 mm, e deve ser executado com traços contínuos de 0,5 mm de
largura no mínimo.

 Os retângulos das malhas devem ser designados por letras maiúsculas ao longo
de uma margem e os numerais ao longo de outra margem.

 Os numerais devem iniciar no canto da folha oposto à legenda no sentido da


esquerda para direita e devem ser
repetidos no lado correspondente.

 As letras e os numerais devem estar


localizados nas margens, centralizados
no espaço disponível, e as letras
escritas em maiúsculo de acordo com a
NBR 8402.

 Se o número das divisões exceder o


número de letras do alfabeto, as letras
de referência devem ser repetidas Imagem retirada do Pdf disponibilizado pela ABNT.
(exemplo: AA, BB, etc.)

Marcas de corte:

 Estas marcas servem para guiar o


corte da folha de cópias e são
executadas na forma de um triângulo
retângulo isósceles com 10 mm de
lado, ou com dois pequenos traços Imagem retirada do pdf disponibilizado pela ABNT.
de 2 mm de largura em cada canto.

2.14- CARIMBO
O carimbo inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo
destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 15


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Devem constar da legenda, no mínimo, as seguintes informações:


a) identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
b) identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
c) título do desenho;
d) indicação sequencial do projeto (números ou letras);
e) escalas;
f) data;
g) autoria do desenho e do projeto;
h) indicação de revisão.

Outras informações devem localizar-se próximo do carimbo:

a) planta-chave;
b) escalas gráficas;
c) descrição da revisão;
d) convenções gráficas;
e) notas gerais;
f) desenhos de referência.

Indicação do Norte, regime de ventos, etc. podem também constar próximo do carimbo.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 16


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.15- DOBRAMENTO DE CÓPIAS DE DESENHO


Sendo necessário o dobramento de folhas das cópias de desenho, o formato final deve
ser o A4.
As folhas devem ser dobradas levando em conta a fixação através da aba em pastas e
de modo a deixar visível o carimbo destinado à legenda (ver Figura 1).
O dobramento das folhas de formatos A0, A1, A2 e A3, para fixação em pasta ou
classificadores A4 deve ser efetuado de acordo com as indicações das Figuras 2, 3, 4 e 5,
respectivamente.
Efetua-se o dobramento a partir do lado <<d>> (direito) em dobras verticais de 185 mm;
a parte final <<a>> é dobrada ao meio. Para o formato A2, por ser a parte final de apenas 14
mm, é permitido um dobramento simplificado, com dobras verticais de 192 mm.
Uma vez efetuado o dobramento no sentido da largura, a folha deve ser dobrada
segundo a altura, em dobras horizontais de 297 mm.
A fim de facilitar o dobramento, recomenda-se assinalar, nas margens, as posições das
dobras.
Quando as folhas de formatos A0, A1 e A2 tiverem de ser perfuradas, para
arquivamento, deve-se dobrar para trás o canto superior esquerdo, de acordo com as
indicações das Figuras 2, 3 e 4, respectivamente.

A NBR 13142 fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho


técnico.

 As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda (NBR 10582).

 O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de


acordo com as medidas indicadas nas figuras ao lado.

 Quando as cópias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas


para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior esquerdo,
conforme as figuras 1 a 4.

 Para formatos maiores que o formato


A0 e formatos especiais, o
dobramento deve ser tal que ao final
esteja no padrão do formato A4.

Na imagem ao lado, segue o dobramento da


folha A3, será uma das mais utilizadas no curso
Técnico em Design de Interiores.

2.16- TÉCNICAS DE DESENHO UTILIZADAS


 Desenho a mão livre
De maneira geral é a representação do projeto nas fases de:

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 17


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 croquis; e
 estudo preliminar.

 Desenho por instrumento


Recomendado como representação do projeto nas fases de:
 anteprojeto; e
 projeto executivo.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 18


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Nota: Em ambos os casos indicados, podem ser usados tanto lápis como tinta, com as
seguintes recomendações, de acordo com o tipo de papel:
a) lápis ou mina de grafite, papéis: manteiga, vegetal, albanene, canson, schoeller,
sulfite grosso;
b) mina plástica, papéis:cronaflex, poliéster;
c) hidrográfica, papel: manteiga;
d) nanquim, papéis: manteiga, vegetal, poliéster, cronaflex e schoeller.

2.17- TIPOS E LARGURAS DE LINHAS

A NBR 8403 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos
técnicos e documentos semelhantes.

Largura das Linhas: (Desenho assistido por computador)

 As larguras devem ser escolhidas de acordo com o tamanho, tipo, escala e


densidade das linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento:
0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00mm.

 Para diferentes vistas de uma peça, na mesma escala, as larguras das linhas
devem ser conservadas.

Espaçamento das Linhas: (Desenho assistido por computador)

 Não deve ser menor que 0,70mm.

 Não deve ser duas vezes menor do que a espessura da linha mais larga.

Cores com canetas técnicas: (Desenho assistido por computador)

As canetas Microline 04mm são uma excelente opção para substituir as canetas
Nanquins coloridas, pois além do preço mais acessível sua tinta não é corrosiva. Além de
possuir estojos com uma grande variedade de cor.

As canetas devem ser identificadas com cores, de acordo com as larguras das linhas.

Tabela: Cores e Espessuras das canetas


Espessuras Cores
0,13 Lilás
0,18 Vermelha
0,25 Branca
0,35 Amarela
0,50 Marrom

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 19


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

0,70 Azul
1,00 Laranja
1,40 Verde
2,00 Cinza

Tipos de Linhas:

As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de referência sem os
números, veja a imagem abaixo retirada da Norma técnica cedida pela ABNT.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 20


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Ordem de prioridade:

 No caso de ocorrer uma convergência de linhas, deve-se obedecer a seguinte


ordem de prioridade:

Tabela: Prioridade em linhas coincidentes


Prioridade Aspectos Tipos de linhas
1° Arestas e contornos visíveis Linha continua larga, tipo A
2° Arestas e contornos não visíveis Linha tracejada, tipo E ou F
Traço e ponto estreitos, larga nas
3° Superfícies de cortes e seções extremidades e na mudança de
direção, tipo H.
4° Linhas de centro Traço e ponto estreita, tipo G
5° Linhas de centro de gravidade Traço e dois pontos tipo K
6° Linhas de cota e auxiliar Linha continua e estreita, tipo B
*Os tipos devem ser revistos na imagem do sub-item anterior: “Tipos de Linha”

Terminação das linhas:

 Sem símbolo, se elas conduzem a uma


linha de cota.

 Com um ponto, se terminar dentro do objeto


representado.

 Com uma seta, se ela conduz e ou contorna a


aresta do objeto representado.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 21


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.18- REPRESENTAÇÃO DA ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS

Revisando a NBR 10067 de Representação da área de corte por meio de hachuras,


ela fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho técnico.

As Hachuras são linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais em


áreas de corte em desenho técnico. Na
representação geral, de qualquer material,
deve ser feita em linha estreita, inclinada à 45°
(uso do esquadro 45°) com relação as linhas
principais ou contorno.

Veja o exemplo ao lado. Além disso, indicam o tipo de material que será empregado, ou
foi empregado no objeto a ser representado no desenho técnico. Para isso a ABNT, sugere a
representações de alguns materiais, veja a imagem a baixo:

Algumas regras da NBR:

 As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção.

 As hachuras em peça composta, quando representada em desenho de conjunto, devem


ser feitas numa mesma direção, como numa peça simples.

 As hachuras podem ser omitidas em seções de peças de espessuras finas. Neste caso,
a seção deve ser enegrecida.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 22


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.19- ESCRITA NO DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e
documentos semelhantes: Legível, Uniforme e conseguir ser reproduzida nas cópias.

 Os caracteres devem ser claramente


distinguíveis entre si, para evitar
qualquer troca ou algum desvio
mínimo da forma ideal.

 Para facilitar a escrita, deve ser


aplicada a mesma largura de linha
para letras maiúsculas e minúsculas.

Segue abaixo o formato de letras exigidas pela


ABNT, ela pode ser inclinada à 15°, como na
primeira imagem do alfabeto técnico; ou vertical,
como na segunda imagem do alfabeto técnico.

2
5

2
3

2
3

As letras técnicas devem seguir:


 A dimensão das entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm.
 As letras e cifras das coordenadas devem ter altura de 3 mm.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 23


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

2.20- COTAGEM NO DESENHO TÉCNICO

Esta NBR10126 fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os


desenhos técnicos. Cotagem significa a representação gráfica no desenho da característica do
elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida.

 Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e


completamente, deve ser representada diretamente no desenho.

 A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente
o elemento.

 Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado.


Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de
uma cota.

Exceções podem ser feitas:

a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário


da produção (por exemplo: o tamanho do elemento antes da
cementação e acabamento);

b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa.

Elementos da Cotagem

A linha de cota não deve ser


interrompida, mesmo que o elemento o
seja.

O cruzamento das linhas de cota e


auxiliares devem ser evitados, porém, se
isso ocorrer, as linhas não devem ser
interrompidas no ponto de cruzamento.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 24


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas


como linha de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar. A
linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar
como linha de centro até a linha de contorno do objeto.

A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas


ou traços oblíquos, e deve ser do mesmo tamanho em todo o desenho.

Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na


cotagem de raio (ver Figura 15). Pode ser dentro ou fora do contorno,
(ou linha auxiliar) dependendo do elemento apresentado.

As cotas devem ser apresentadas em


desenho em caracteres com tamanho suficiente para
garantir completa legibilidade, tanto no original como
nas reproduções efetuadas no microfilme (conforme
NBR 8402). As cotas devem ser localizadas de tal
modo que elas não sejam cortadas ou separadas por
qualquer outra linha.

As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e


preferivelmente no centro. Ou as cotas devem ser lidas da base da folha de papel, onde suas
linhas deverão ser interrompidas para inserção da cota.

Os símbolos seguintes são usados


com cotas para mostrar a identificação das
formas e melhorar a interpretação de
desenho. Os símbolos de diâmetro e de
quadrado podem ser omitidos quando a
forma for claramente indicada. Os símbolos
devem preceder à cota:

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 25


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

3. NBR 6492 – ETAPAS DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Estudo preliminar

Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a ser adotado para sua


apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à consulta prévia para aprovação em órgãos
governamentais.

Devem estar representados os elementos construtivos, ainda que de forma esquemática,


de modo a permitir a perfeita compreensão do funcionamento do programa e partido adotados,
incluindo níveis e medidas principais, áreas, acessos, denominação dos espaços, topografia,
orientação.

Anteprojeto

Definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos, considerando os


projetos complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o projeto deve receber
aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e possibilitar a contratação da obra.

Devem estar bem caracterizados os elementos construtivos, com indicação de medidas,


níveis, áreas, denominação de compartimentos, topografia e orientação, eixos e coordenadas.
A descrição dos materiais adotados deve atender às necessidades da etapa.

Projeto Executivo

Apresenta, de forma clara e organizada, todas as informações necessárias à execução


da obra e todos os serviços inerentes.

Devem estar corretamente indicados todos os materiais usados e suas quantidades, os


detalhes construtivos, além das recomendações necessárias para sua correta execução.

Nas plantas baixas devem conter:

a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma;

b) indicação do norte;

c) eixos do projeto;

d) sistema estrutural;

e) indicação das cotas entre os eixos, cotas parciais e totais;

f) caracterização dos elementos do projeto:

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 26


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

- fechamentos externos e internos;

- circulações verticais e horizontais;

- cobertura/telhado e captação de águas pluviais;

- acessos e demais elementos significativos;

g) marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano de corte;

h) indicação dos níveis de piso acabado;

i) denominação dos diversos compartimentos e respectivas áreas úteis;

j) marcação de cortes e fachadas;

k) escalas;

l) notas gerais, desenhos de referência e carimbo.

Os Cortes devem conter:

a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma;

b) eixos do projeto;

c) sistema estrutural;

d) indicação das cotas verticais;

e) indicação de cotas de nível em osso e acabado dos diversos pisos;

f) caracterização dos elementos do projeto:

- fechamentos externos e internos;

- circulações verticais e horizontais;

- áreas de instalações técnicas e de serviços;

- cobertura/telhado e captação de águas pluviais;

- forros e demais elementos significativos;


Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 27
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

g) denominação dos diversos compartimentos seccionados;

h) escalas;

i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo;

j) marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa, podendo ainda
ser indicadas as alturas das seções horizontais (planta da edificação).

Linhas de representação

GRADUAÇÃO
REPRESENTA TIPO DE LINHA

Linha de contorno Linhas Continuas 0.9
Linhas internas Linhas Continuas 0.7
Linha além do
Linhas Tracejadas 0.5
plano de desenho
Linhas de
Linhas Traço e dois pontos 0.5
Projeção
Linhas de Eixo ou
Linhas Traço e dois pontos 0.5
coordenadas
Linhas de Cota Linhas Continuas 0.5
Linhas Auxiliares Linhas Continuas 0.3
Linhas de
indicação e Linha Continuas 0.5
chamadas
Linhas de
interrupção do Linhas Continuas 0.5
desenho
*Para ver o exemplo dos tipos de linhas, dirija-se para a página: 19, desta apostila.

Norte

Em todo projeto arquitetônico devemos marcar onde é o norte da edificação.

Onde: N - Norte verdadeiro ; NM - Norte magnético - pode ser utilizado somente na fase
de estudos preliminares; NP - Indicação da posição relativa entre os vários desenhos
constituintes do projeto. Esta indicação é opcional e deve ser acompanhada da indicação do
norte verdadeiro.
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 28
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Indicação de Chamadas (Especificações)

Quando necessita especificar o que é algo, no desenho,


utiliza-se uma linha continua com seta na ponta para chamar
atenção do leitor para o texto. As duas formas corretas, são
estas abaixo, sendo a primeira a grafite e a segunda a caneta
nanquim:

Indicação de Acesso

As indicações de acesso, seja ele principal, secundário, ou serviço, aos quartos,


cozinhas, etc.

Cotas de nível

As cotas de nível são sempre em metro. O número deve ser seguido, por uma das siglas
abaixo:

N.A. - Nível acabado;


N.O. - Nível em osso.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 29


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Marcação de coordenadas

A marcação de coordenadas indica o eixo de estrutura ou modulação especial.

Utilizar sempre numeração 1, 2, 3, etc. nos eixos verticais do projeto e o alfabeto A, B, C


nos eixos horizontais do projeto.

Indicação de Cortes

A marcação da linha de corte deve


ser suficientemente forte e clara para evitar
dúvidas e mostrar imediatamente onde ele
se encontra.

Quando o desenho indicado estiver


na mesma folha, deixar em branco o local
designado para o número da folha.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 30


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Indicação de Detalhes

Números e Títulos dos desenhos

Em cada folha, os desenhos, sem exceção, devem ser numerados a partir do nº 1 até
“n”.

Indicação de fachadas e elevações

As elevações devem ser indicadas nas plantas, em escalas convenientes.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 31


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Designação de Portas e Janelas

Utilizar para portas P1, P2, P3 e Pn e para janelas J1, J2, J3 e Jn.

Quadro de Acabamentos

Os acabamentos devem ser indicados num quadro geral conforme o modelo indicado a
seguir:

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 32


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Na representação gráfica de elementos compositivos da planta baixa, estudaremos as


formas de se representar de maneira geral os elementos que compõem uma planta baixa, a
alvenaria, a portas, a janelas alta ou baixa. Sendo que nesta disciplina, apresentaremos
apenas a forma de representação mais utilizada, pois para cada tipo de alvenaria, porta, janela
à uma representação gráfica especifica que estudaremos na disciplina do 2° ano, Desenho
Técnico 2.

4.1- ALVENARIAS
Representadas por duas linhas continuas em paralelo, a uma distância que varia de 10,
15 e 20 centímetros. As linhas externas devem ser feitas com lapiseira 0.9, pois elas devem ser
mais expressivas (grossas) que qualquer outro elemento na planta baixa. Pode ser
representada das seguintes formas:

A Alvenaria no geral, é representada com uma espessura de 0,15m. No entanto, temos


casos, em que a alvenaria pode apresentar-se com 0,20m, 0,25m e até mesmo 0,30m.

Espaçamento de
2,5centimentros, referente
ao acabamento da parede.

Hachura, feita com linhas em 45°


graus à linha de alvenaria.

Quanto ao material, algumas representações são possíveis, e utilizadas quando o


profissional deseja ser mais detalhista. Como por exemplo, a alvenaria de concreto, blocos de
vidros, combogos, vidro, madeira e drywall, PVC.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 33


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 34


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4.2- PORTAS

A principal representação de portas, é a da porta de abrir, muito utilizadas na arquitetura


de interiores. Na representação abaixo, observamos as três formas corretas de simbolizar uma
porta, deve incluir informações sobre a mesma, como a largura e altura (80x210) e nomear a
porta (P1,P2,P3...) para detalhar na legenda de esquadrias, locada na prancha de alvenaria.

No caso de áreas molhadas


separadas por portas, temos a Linha Linha
seguinte situação. Deve ser de de
representado uma linha de Desní Desní
desnível, sempre desenhada do vel vel
lado onde fica a área molhada ou
externa.

Veremos agora, outros tipos de portas e suas representações, tanto em planta baixa
quanto em vista. Os tamanhos são variados, de acordo com a função do ambiente ou do
projeto de arquitetura ou de interiores.

 Portas de 1,20M ou 1,00M – Entrada e Área de serviço.


 Portas de 0,80M – Entrada, Deposito e Área de serviço.
 Portas de 0,70M – Quartos, Depósitos, entre outros espaços.
 Portas de 0,60M – Porta do banheiro ou deposito.

As portas de abrir são utilizadas nos projetos residenciais e comerciais. Possuem


diversos tipos de materiais: vidro, madeira, pvc, alumínio, ferro.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 35


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

As Portas Pivotante são utilizadas na entrada da casa ou em entradas de espaços


comerciais, disponíveis em diferentes tipos de materiais: vidro, madeira, pvc, alumínio, ferro; e
seus tamanhos e design dependem da função e do projeto da arquitetura ou interiores.

As Portas de Correr são utilizadas em locais onde é necessário aproveitar cada


centímetro do cômodo. Encontrado em diversos tipos de materiais: vidro, madeira, pvc,
alumínio, ferro; seus tamanhos e design dependem da função e do projeto da arquitetura ou
interiores.

 Porta de correr externa, 1 folha, vários tamanhos.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 36


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Porta de correr externa, 2 folhas, vários tamanhos.

 Porta de correr interna, 1 folhas, vários tamanhos.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 37


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Porta de correr interna, 2 folhas, vários tamanhos.

Existem outros modelos de portas cada uma pode ser representada de uma maneira
especifica, mas no caso de não ser de seu interesse, utilize a representação geral.

4.3- JANELAS

As janelas têm como representação


geral, linha continua para janelas baixas
e linha tracejada para janelas altas,
seguindo a regra que tudo acima de 1,50m
do piso deve ser representado por linhas
tracejadas na planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 38


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela de Abrir, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 39


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela de Correr, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 40


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela de Caramanchão, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 41


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela Fixa, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 42


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela Guilhotina, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 43


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela Maxiar, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 44


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

 Janela Pivotante, representação em vista e em planta baixa.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 45


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4.4- PEÇAS SANITÁRIAS

Cubas de Sobrepor: Ficam sobrepostas em cima de móveis ou bancadas.

Cubas de Embutir: Este modelo é utilizado embutido nas bancadas e móveis.

Torneira

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 46


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Bacia Sanitária

Chuveiros

4.5- MOBILIÁRIOS

Cadeiras

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 47


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Poltronas

Sofá

Mesa

4 cadeiras 6 cadeiras

6 e 8 cadeiras

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 48


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Cama

Guarda-roupa

Balcão em pedras

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 49


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Churrasqueira

Combogos

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 50


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4.6- ELETRODOMÉSTICOS

Fogão 4 bocas (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 51


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 6 bocas (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 52


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 4 bocas – SOBREPOR (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 53


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 4 bocas – EMBUTIR (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 54


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 6 bocas – EMBUTIR (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 55


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 2 bocas – COOKTOP (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 56


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 3 bocas – COOKTOP (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 57


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fogão 4 bocas – COOKTOP (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 58


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Geladeira Palito (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 59


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Geladeira Frost Free (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 60


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Geladeira Frost Free 2 (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 61


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Geladeira Porta Dupla (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 62


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Microondas (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Microondas de Embutir (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 63


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Microondas de Embutir (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 64


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Máquina de lavar (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 65


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Máquina de lavar (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 66


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Máquina de lavar (Vista Frontal / Vista Lateral / Planta Baixa)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 67


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4.7- PONTOS ELÉTRICOS

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 68


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4.8- LUMINOTÉCNICA

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 69


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 70


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 71


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 72


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

4.9- ESCADAS

Para se desenhar uma escada, podemos simplesmente medi-la durante o levantamento


técnico do espaço a ser projetado. No entanto, a outra maneira de se desenhar a escada,
através do uso de formulas ou padrões pré-estabelecidos.

Vejamos primeiros os termos técnicos utilizados.

Um degrau ideal tem “e” (espelho) igual à 17cm, e “p” (piso) igual à 28cm. Sendo que,
a medida mínima para esses espaços é E (espelho) igual à 18cm, e P(piso) igual à 25cm.

Quanto a largura útil é a distância medida entre os guarda-corpos, e suas larguras


mínimas é baseada no fluxo de pessoa esperado ou desejado.

Quantidade de Pessoa Medida Mínima Medida Ideal


1 pessoa 0,60 0,80 – 0,90
2 pessoas 1,20
3 pessoas 1,80

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 73


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Vejamos agora as formulas utilizadas para o cálculo das escadas:

 Quantidade de Espelhos (N)


N = h / e.
 Comprimento para escada sem patamar (C)
C = p (n-1)
 Comprimento para escada com patamar (C)
*Patamar é obrigatório em escadas com mais de 19 degraus.
C = patamar + p (n-2)

Os degraus devem ser numerados na planta de


alvenaria, iniciando da subida (S) e finalizando no
pavimento superior, mesmo que esteja desenhando o
pavimento superior e não o inferior.

A linha de interrupção indica um corte a 1,50m no


pavimento ao qual ela pertence, ou seja, do pavimento ao
qual ela parte. A partir desta linha de interrupção à linha
deve ser tracejada, indicando como na norma projeção. No
entanto caso esteja desenhando o pavimento superior a
linhas devem ser todas continuas ao longo da escada.

Veja o exemplo na imagem abaixo:

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 74


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Também deve se colocar uma linha no eixo central da escada que indicará o sentido de
subida (S) ou descida (D).

Agora vejamos uma imagem representativa de como se interpreta a escada em planta


baixa e perspectiva:

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 75


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Para finalizar, vejamos os tipos de escada e sua representação em planta baixa.

4.10- RAMPAS

A rampa é um plano inclinado que se utiliza para circulação de pessoas, de cargas e


veículos. No entanto, também deve ser previsto um patamar de descanso como nas escadas.

A inclinação ideal é de 8% para pedestres, no entanto pode chegar a 10% em casos de


uma rampa curta ou com absoluta falta de espaço no ambiente.

No entanto, a casos especiais como:

RAMPAS PARA PARAPLÉGICOS INCLINAÇÃO


Padrão 7%
Máximo 10%
Rampas muito curtas 12%
RAMPAS PARA AUTOMOVÉIS INCLINAÇÃO
Comprimento normal 10 – 13%
Rampas longas Até 5%
Rampas muito curtas Até 20%

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 76


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

A formula para se calcular o comprimento da rampa é

C = Altura a vencer x 100 ) / percentual de inclinação (i).

Exemplo, temos uma rampa com i = 10%, altura a vencer


de 3,00m. Utilizando a formula:

C = (3,00m x 100 ) / 10%

C = 300 / 10%

C = 30m.

Outro exemplo, temos uma rampa com i = 8%, altura a


vencer de 3,00m. Utilizando a formula:

C = (3,00m x 100 ) / 8%

C = 300 / 8%

C = 37,50m.

Como na escada, deve-se indicar o sentido de subida (S) ou descida (D), colocando
uma linha no eixo central da rampa (veja a imagem ao lado).

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 77


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5. PASSO-A-PASSO – PROJETO DE INTERIORES

Neste capitulo iremos apresentar o passo – a – passo do projeto de interiores.

5.1- LEVANTAMENTO TÉCNICO


No levantamento do local tiram-se as medidas de todos os ambientes, vãos de
esquadrias, tamanhos de móveis que serão aproveitados no projeto, bem como pontos de
iluminação no teto, tomadas, interruptores, telefone e antena.
Veja esse exemplo retirado do “Blog da engenharia cotidiana”

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 78


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Fonte: https://blogdaengenhariacotidiana.blogspot.com/2013/12/levantamento-arquitetonico.html

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 79


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

No caso de banheiros, cozinhas, lavanderias ou lavabos, marque a distância entre o eixo


de registros, torneiras, ralos, peças sanitárias e a parede mais próxima.

EIXO EIXO
CENTRAL CENTRAL

EIXO
CENTRAL

Deve-se verificar também a orientação solar para saber a quantidade de iluminação e


insolação que recebem os diferentes cômodos. Levante todas as características dos
revestimentos existentes (material, cor, textura, etc.) bem como a localização e o estado em
que se encontram os mesmos.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 80


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.1- DESENHANDO A PLANTA BAIXA

Pode se iniciar o desenho, marcando a medida geral externa do ambiente ou edificação.

Em seguida, marque o valor da espessura da alvenaria na parte de dentro do desenho


anterior.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 81


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Pronto, agora com a alvenaria definida, podemos marcar os espaços das esquadrias
(portas e janelas) que ficam locadas na alvenaria já desenhado da edificação ou do ambiente.

Em seguida, marque as paredes internas da edificação.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 82


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Marque novamente as esquadrias, portas e janelas, na alvenaria interna que você


acabou de marca.

Desenhe as portas abertas colocando a projeção de abertura das mesmas e caso ainda
não tenha posto, coloque a representação gráfica das janelas altas (linha tracejada no meio) e
baixas (linha continua no meio)

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 83


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Finalizado as etapas anteriores, comece a cotar o seu desenho caso necessário,


lembrando que a primeira cota deve ficar a 1cm do desenho para não confundir o observador.
Coloque as informações dos ambientes, como nome do ambiente, área e nível do piso.

Após fazer isso, escureça as linhas da alvenaria que foi cortada à 1,50m do piso, com a
lapiseira 0.9, passe a lapiseira 0.7 nas esquadrias (portas e janelas) e com a lapiseira 0.5 faça
as informações do ambiente e as cotas. Não esqueça de colocar a indicação do desenho do
lado direito do desenho.

Caso esteja fazendo a planta baixa para as próximas plantas do projeto, não coloque as
informações do ambiente e nem as cotas.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 84


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.2- DESENHANDO A PLANTA DE LAYOUT

Após desenhar as alvenarias e as esquadrias, portas e janelas, você inicia a


demarcação dos móveis na planta baixa, utilizando um traço médio (lapiseira 0.5). Não é
necessário detalhar os móveis neste primeiro momento.

Após ter certeza das medidas dos móveis, você deve detalhar os móveis de acordo com
as representações gráficas conhecidas.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 85


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Alguns escritórios representam também a paginação do piso nesta planta baixa, no


entanto, muitas vezes isso faz com que a planta baixa de layout fique com muita informação.
Então caso, não vá humanizar¹ está planta, evite fazer isso.

¹Humanizar significa representar objetos decorativos supérfluos em relação ao projeto, como jarro de
flores, computador, televisão, representação de pessoas, serve para encantar o cliente, já que também podemos
nos valer da representação das cores e texturas.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 86


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.3- DESENHANDO A PLANTA DE PISO

Para se desenhar a planta de paginação de piso, precisamos da planta baixa de


alvenaria sem a representação das portas abertas, para não ter excesso de informações.

Iniciamos a marcação das dimensões de cada peça do piso, largura e comprimento,


utilizando o escalimetro.

Caso seja um piso liquido (piso epóxi, cimento queimado, etc) basta representar a
textura desse e cotar os espaços internos e colocar a área total do ambiente onde piso será
executado.

Depois passamos as linhas finas (lapiseira 0.3) utilizando esquadro para as verticais e
régua paralela para as horizontais.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 87


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Agora é hora de colocar as simbologias técnicas e especificações referente as plantas


de piso e a legenda informando qual o tipo de piso.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 88


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 89


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.4- DESENHANDO A PLANTA ELÉTRICA (PROJETO DE INTERIORES)

Para se desenhar a planta de elétrica, precisamos da planta baixa de alvenaria sem a


representação das portas abertas, para não ter excesso de informações.

Em seguida, marcamos com um simples traço o local onde será desenhado os pontos
elétricos para que não esqueçamos de nenhum.

Após a marcação, desenhamos a representação gráfica dos interruptores, tomadas e


pontos de luz.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 90


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Ao finalizarmos, colocamos as informações com letra técnica, do circuito de


acendimento, altura de determinados pontos elétricos (no caso de ser necessário), ou outras
informações a mais. Finalizado toda as informações na planta baixa elétrica, devemos fazer a
legenda com símbolos elétricos utilizados e quantidade, no mínimo, caso queira ser mais
especifico pode colocar a marca e referência do modelo.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 91


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.5- DESENHANDO A PLANTA LUMINOTÉCNICA

Como na planta de elétrica, também é necessário o desenho da planta baixa de


alvenaria sem a representação das portas abertas, para não ter excesso de informações.

Marcamos com um simples traço (parede) ou ponto (teto) o local onde será desenhado a
representação gráfica da luminária para que não esqueçamos de nenhum.

Após a marcação, desenhamos a representação gráfica das luminárias.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 92


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Para em seguida, colocarmos as informações com letra técnica, do circuito de


acendimento, altura das luminárias de paredes, etc. Finalizado todas essas informações,
devemos fazer a legenda com símbolos das luminárias utilizados, tipo e quantidade de
lâmpada, caso já tenha decidido pode colocar a marca e referência do modelo para evitar erros
na hora da instalação pela eletricista.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 93


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.6- DESENHANDO A ELEVAÇÃO/VISTA OU CORTE

As vistas e cortes possuem um método de se desenhar bem parecido, já que a diferença


entre os mesmos está na alvenaria que aparece cortada no “Corte” e não é anulada na “Vista”
já que a vista se trata do que o observador vê, e nós não vimos a parede cortada.

Então existe algumas maneiras de se fazer a vista / corte, uma é desenhar a parte da
planta baixa que foi selecionada para ser apresentada.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 94


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.7- PLANTA DE FORRO

A Planta de Forro deve ser feita representando os detalhes existentes ou projetados no


forro.

Após a marcação da localização dos detalhes do forro, cotas e legenda, você deve
colocar as especificações referentes a esses detalhes, no caso de haver no seu projeto de
forro.

Veja uma planta com todas as informações e detalhes especificados e representados.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 95


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 96


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

5.7- PLANTA DE COBERTA

Representadas por duas linhas continuas em paralelo, a uma distância que varia de 10,
15 e 20 centímetros. As linhas externas devem ser feitas com lapiseira 0.9, pois elas devem ser
mais expressivas (grossas) que qualquer

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 97


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

6. BIBLIOGRAFIA

[1] MONTENEGRO, Gildo A., Desenho Arquitetônico, 4ª. Edição, São Paulo: Edgard
Blucher, 2006.
[2] Denise Schuler e Hitomi Mukai, Desenho Técnico I, Faculdade FAG, Curso de
Arquitetura e Urbanismo.
[3] French, Thomas E. e Vierck, Charles J., Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica, Ed.
Globo, 1995.
[4] BRABO, Regina. Leitura e interpretação de projeto arquitetônico, Pará: 2009.
[5] Desenho Técnico, NBR 10647. ABNT, 1989.
[6] Folha de desenho - Leiaute e dimensões, NBR 10068. ABNT, 1987.
[7] Desenho técnico - Dobramento de cópia, NBR 13142. ABNT, 1999.
[8] Aplicação de linhas em desenho – Tipos de linhas e larguras de linhas, NBR 8403.
ABNT, 1989.
[9] Princípios gerais de representação em desenho técnico, NBR 10067. ABNT, 1989.
[10] Representação de área de corte por meio de hachuras no desenho técnico, NBR
12298. ABNT, 1989.
[11] Representação de projetos de arquitetura, NBR 6492, ABNT, 1992.
[12] Desenho técnico – Emprego de escalas, NBR 8196, ABNT, 1999.
[13] Cotagem em desenho técnico, NBR 10126, ABNT, 1986.
[14] Execução de caractere para escrita em desenho técnico, NBR 8402, ABNT, 1993.
[15] NETO, Claudia Campos. Desenho Arquitetônico e Design de interiores, 1° Edição,
São Paulo: Érica, 2014.
[16] Algumas imagens contidas nesta apostila foram retiradas do google imagens.
[17] A maior parte das imagens foram criadas por alunos e professores do curso Técnico
em Design de Interiores da EEEP Antônio Mota Filho.

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 98


Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Você também pode gostar