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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Disciplina:

Desenho em Perspectiva

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Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Design de Interiores das Escolas
Estaduais de Educação Profissional – EEEP
Material elaborado pela professora Jéssika Ricarte S. Ferreira Albuquerque -
2018
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Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho em Perspectiva 1


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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
1.1- Programa curricular ........................................................................................................................... 5
2. INSTRUMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS ........................................................................................ 6
2.1- Prancheta e a Régua Paralela ............................................................................................................. 6
2.2- Tecnígrafo e a Régua T ...................................................................................................................... 6
2.4- Esquadros ........................................................................................................................................... 7
2.5- Lápis e Lapiseira ................................................................................................................................ 7
2.6- Borracha ............................................................................................................................................. 8
2.7- Mata gato ou chapa de rasuras ........................................................................................................... 8
2.8- Curva-francesa ................................................................................................................................... 8
2.9- Transferidor ....................................................................................................................................... 9
2.10- Nanquim........................................................................................................................................... 9
2.11- Papeis ............................................................................................................................................... 9
3. ELEMENTOS DA PERSPECTIVA ......................................................................................................... 9
3.1- Linha do horizonte ............................................................................................................................. 9
3.2- Ponto de vista ................................................................................................................................... 10
3.2- Ponto de Fuga .................................................................................................................................. 10
3.2- Linhas de Fuga ................................................................................................................................. 11
4. TIPOS DA PERSPECTIVA ................................................................................................................... 11
4.1- Perspectiva isométrica ..................................................................................................................... 11
4.2- Perspectiva dimétrica ....................................................................................................................... 12
4.3- Perspectiva trimétrica ...................................................................................................................... 12
4.4- Perspectiva Cavaleira ....................................................................................................................... 13
4.5- Perspectiva Militar ........................................................................................................................... 14
4.6- Perspectiva Atmosférica .................................................................................................................. 15
4.7- Perspectiva Espinha de peixe ........................................................................................................... 15
4.8- Perspectiva Pictorum et Architectorum ........................................................................................... 15
4.9- Perspectiva Hierárquica ................................................................................................................... 16
4.10 - Perspectiva Paralela – Um ponto de fuga ..................................................................................... 16
4.11 - Perspectiva Obliqua – dois pontos de fuga ................................................................................... 17
4.12 - Perspectiva aérea – três pontos de fuga ........................................................................................ 17
4.13 - Perspectiva Esgoto – três pontos de fuga ...................................................................................... 18
4.14 - Perspectiva Curvilinea .................................................................................................................. 18
4.15 - Perspectiva Quadrimensional ....................................................................................................... 19
4. REPRESENTAÇÃO DE FORMAS GEOMETRICAS .......................................................................... 19
4.1- Perspectiva paralela 1 pf - Quadrado ............................................................................................... 20
4.2- Perspectiva paralela 1pf - Circulo .................................................................................................... 20
4.3- Perspectiva paralela 2 pf - Quadrado ............................................................................................... 22
4.4- Perspectiva paralela 2 pf - Circulo ................................................................................................... 23
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4.5- Perspectiva paralela 1 pf - cubo ....................................................................................................... 24


4.6- Perspectiva paralela 1pf - cilindro ................................................................................................... 25
4.7- Perspectiva paralela 2 pf - Cubo ...................................................................................................... 27
4.8- Perspectiva paralela 3 pf – FORMA RETANGULAR .................................................................... 29
4.9- Perspectiva paralela 3 pf - Cilindro ................................................................................................. 34
4.10- Perspectiva Isométrica - Cubo ....................................................................................................... 39
4.11- Perspectiva Isométrica - Cilindro .................................................................................................. 39
5. PERSPECTIVA DE OBJETOS .............................................................................................................. 40
6. PERSPECTIVA DE INTERIORES ........................................................................................................ 43
6. PERSPECTIVA DE PAISAGISMO E FACHADAS ............................................................................. 44
7. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 45

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1. INTRODUÇÃO

O desenho em perspectiva é um recurso gráfico que se utiliza de regras geométrica de


projeção para a representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais.
A utilizamos para representar a natureza, os objetos e as demais coisas ao nosso redor
de maneira mais realista.
Podemos chama-la de perspectiva fotográfica, já que utilizamos como base a linha dos
olhos de quem desenha ou pinta, ou seja, de quem observa o objeto ou paisagem.
No entanto, está técnica que hoje nos é tão comum, é uma descoberta aplicada
recentemente na história artística.
Se levarmos em consideração, o sentido lato, ou seja de grande amplitude, a
perspectiva é a “ciência da representação dos objetos de uma superfície da forma como
surgem ao olhar humano.” Portanto, dentro deste conceito de perspectiva podemos observar
que a mesma já existia na antiguidade, mas sem as regras geométricas que garantem uma
representação mais realista da natureza, objetos e demais coisas ao nosso redor.
No período da Grécia, Euclides, o famoso matemático grego, formularam um
pensamento acerca da perspectiva, no entanto, tal pensamento só veio a ganhar força e evoluir
para a perspectiva que estudamos hoje no período artístico do Renascimento, como vimos na
disciplina de História da Arte 1.
E foi nas mãos do arquiteto Fellipo Bruneleschi (1377-1446) que a teoria da perspectiva
é elevada, com a descoberta da perspectiva com um ponto de fuga.
Sua representação gráfica foi seguida por muitos naquela época, um dos seus
seguidores, Lion Battista Alberti, conseguiu desenvolver uma nova perspectiva desta vez
utilizando dois pontos de fuga, resolvendo algumas deficientes existentes em relação ao uso
teórico e prático da perspectiva.
No entanto, o pioneiro a utilizar a técnica sem utilizar as quadriculas ou qualquer tipo de
apoio foi Piero dela Francesca, considerado um dos pais da Perspectiva.
Em seguida, surge o “Trattato della pintura” de Leonardo da Vinci definindo de modo
claro o que é a perspectiva. Da Vinci também foi o inventor da perspectiva atmosférica,
presente em seu quadro a La Gioconda, no qual a medida que a distância entre o observador e
o objeto aumenta, o contraste entre os objetos e o plano de fundo descresce assim como
detalhes e pormenores dos mesmos.
A partir desse momento histórico, observaremos a presença da perspectiva em
praticamente todas as formas de manifestação artística, exceto alguns estilos que a utilizaram
de modo distorcido propositalmente, como por exemplo, no surrealismo.
Com base no que vimos até aqui, observamos que o conhecimento em perspectiva é
fundamental para a representação gráfica correta da aparência de volume dos objetos,
profundidade e espaço de ambientes ou paisagens. Aplicada em diversos campos da arte,
arquitetura, engenharia, design e outros.
A perspectiva se utiliza do efeito visual causado pelas convergências de linhas que
criam a ilusão de tridimensionalidade do espaço e das formas representadas sobre uma
superfície plana como o papel que utilizaremos.
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Foi dividida até o final da década de 90 da seguinte forma:

PERSPECTIVA

AXONOMÉTRICA
ORTOGONAIS

ISOMÉTRICO DIMÉTRICO TRIMÉTRICO

AXONOMÉTRICA
OBLIQUAS

CAVALEIRA MILITAR

EXATAS
(CENTRAIS)

UM PONTO DE FUGA DOIS PONTOS DE TRÊS PONTOS DE CURVILINEA QUADRIMENSIONAL


FUGA FUGA

1.1- PROGRAMA CURRICULAR

Disciplina: Desenho em perspectiva 1° SEMESTRE


2°ANO
Curso: Técnico de Nível Médio em Design de Carga 40 horas/aula
Interiores Horária:
Ementa: Conceituação de Perspectiva: perspectiva cônica, paralela, cavaleira e
curvilínea. Perspectiva em escala. A construção da perspectiva.
Perspectiva de interiores. Perspectiva de móveis. Perspectiva de
objetos. Perspectiva de áreas externas.
Conteúdo 1° BIMESTRE
Programático:
UNIDADE I:
 Como Entender a Perspectiva e Elementos da Perspectiva
(Ponto de Fuga: 1PF, 2PF, 3PF; Linha do Horizonte.)
 Perspectiva Cônica.
 Perspectiva Cavaleira.
 Perspectiva Isométrica.
UNIDADE II:
 Perspectiva de objetos;
2° BIMESTRE
UNIDADE III:
 Perspectiva de interiores;
UNIDADE IV:
 Perspectiva de Paisagismo;

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 Perspectiva de Fachadas.

Objetivo: Entender a Perspectiva real ou fotográfica, como forma de


representação de objetos, interiores, construções e natureza, em suas
formas tridimensionais, à maneira como são vistos pelo olho humano.
Desenvolver e aprimorar a perspectiva aplicada na representação de
objetos, interiores, fachadas, desenho de arquitetura, design,
paisagismo, entre outros.
Metodologia: A disciplina será ministrada por aulas teóricas e práticas, em laboratório
de pranchetas com o uso de instrumentos, com exercícios programados
de acordo com os conteúdos a ser ministrado, podendo se valer de
outras metodologias para adaptar as características da turma e da
disciplina.
Bibliografia  MONTENEGRO, Gildo. Perspectiva dos Profissionais. São
Básica: Paulo: EdgardBlücher, 2010.
 CRUZ, Michele David da. Projeções e Perspectivas para
Desenhos Técnicos.1° Ed. Érica,2014.

2. INSTRUMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS

2.1- PRANCHETA E A RÉGUA PARALELA


O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia, da arquitetura e do
design de interiores.
A Prancheta é um equipamento indispensável para o desenho
técnico. Pode ser de madeira com alavancas de acionamento da inclinação e
da altura. Pode ser simples ou sofisticada, com porta plantas, porta objetos,
etc. Podendo ser revestida com plástico de cor verde, branco ou azul.
Periodicamente deve-se proceder a uma limpeza com flanela
umedecida em álcool ou benzina retificada. Para remover resíduos de
nanquim utiliza-se um líquido especial (líquido de limpeza de caneta nanquim).
Ela possui uma régua parafusada, chamada régua paralela, está é
fabricada em acrílico cristal com tal espessura de 3,2mm podendo ter
proteção de alumínio anodizado. É fixado na prancheta através de parafusos
e cordoamentos de nylon especial. A régua pode deslocar-se no sentido
transversal para o traçado de linhas paralelas. As linhas perpendiculares são
obtidas com o esquadro.

2.2- TECNÍGRAFO E A RÉGUA T


O Tecnígrafo é um equipamento que substitui o conjunto régua T e
esquadros. Esta substituição apresenta grande vantagem, pois num só
instrumento pode-se reunir uma série de utilidades, inclusive o transferidor.
Fixado na prancheta em sua parte superior esquerda podendo movimentar-
se por toda a área da prancheta.

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A Régua T também pode substituir a régua paralela. É usada


em desenho técnico, para o traçado de linhas paralelas. As linhas
perpendiculares são obtidas com auxílio de esquadro apoiado na régua
T. Pode ser fabricado de madeira com bordas de plástico inquebrável ou
acrílico. Podendo ser fixa ou cabeçote móvel com transferidor
permitindo o traçado de linhas inclinadas.
A cabeça da régua T e mantida firmemente encostada ao lado esquerdo do tampo da
prancheta (mesa), sendo deslocada com a mão esquerda. O deslocamento da haste será
paralelo a posição primitiva. Sendo utilizada para traçar linhas horizontais. As linhas são
sempre iniciadas da esquerda para a direita e na parte superior da haste.2.3- Régua graduada:
A Régua 30cm: Régua flexível, de preferência
opaca, com graduações em centímetros. Permite usar
medidas reais em centímetros 1:1, e convergência de
escalas através de um cálculo básico.
O Escalimetro: Régua com três faces e seis
escalas ou graduações. Facilita a medição de
desenhos em escalas diferentes, mas exige atenção
para o uso apenas da escala correta. O escalimetro
utilizado no projeto de interiores, possui essas escalas:
1:125 / 1:100 / 1:75 / 1:50 / 1:25 / 1:20.

2.4- ESQUADROS
O par de esquadros é formado por um Esquadro de 45° e um
Esquadro de 30° e 60° são equipamentos que auxiliaram no desenho
técnico, sendo necessários para desenhar linhas verticais, transversais
e horizontais no desenho, através de diversas composições.
Sua manutenção deve ser feita, através de uma limpeza
periódica com água e sabão de coco, nada de detergentes e solventes,
depois enxugar com um pano fino ou lenço de papel. Isso serve para a
régua paralela e graduada também.

2.5- LÁPIS E LAPISEIRA

O Lápis é um instrumento concebido para marcar, riscar e até mesmo cortar superfícies.
A acepção mais comum do termo atrela-se a um instrumento utilizado para escrever, desenhar
ou mesmo riscar papel; usualmente construído através de um estilete de grafite revestido de
madeira - o tradicional lápis de escrever preto.

A Lapiseira é um instrumento em formato


de caixa cilíndrica munida de um dispositivo
(rosca ou pequena mola) que faz correr a grafite
('fino bastão'), facilitando a sua utilização na
Ponta Extensora
escrita ou desenho. Ela deve conter uma em metal.
extensão na ponta que garanta que o grafite não
“bombeie” de um lado para o outro quando
encostar no esquadro ou na régua, não
importando a marca. Utilizamos para representar as linhas de acordo com as normas, as
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lapiseiras: 0.3, 0.5, 0.7, 0.9. Alguns profissionais apenas a 0.3 e a 0.5, com pesos de traços
diferentes, conseguindo desenhar os traços de acordo com as normas técnicas.

Todos os dois tipos possuem diferentes graus de dureza dos grafites, como pode-se ver
no quadro abaixo:

Importante salientar que para o uso do lápis como instrumento de desenho técnico,
deve-se lixar a ponta do grafite, deixando-a fina para o trabalho. Por isso, recomenda-se o uso
de lapiseiras e não o lápis, já que o mesmo necessita de constante manutenção do grafite, para
evitar que o mesmo represente uma graduação de linha indesejada no desenho.

2.6- BORRACHA

O Borracha é um instrumento de desenho que nos permite


corrigir erros ou fazer acabamentos, sombras e outros efeitos. Ela
deve ser branca e macia. Uma técnica para escolher a melhor
borracha para desenho é aquela que quando esfregamos o dedo,
sai alguns detritos (pequenos fragmentos, oriundos do atrito). Assim
garantirá que não borrará seu desenho. Seus formatos são diversos, cilíndrica, enrolada, ou
similar a uma caneta. As duas imagens abaixo, mostram dois dos que mais costumo indicar,
aquela borracha escolar n° 20 ou n° 40 ou n° 60, são perfeitas, macias e brancas, além de não
borrar o desenho. E as canetas, são práticas no sentido de diminuir o risco de apagar ao que
não quer no desenho, quando este tem escalas menores.

2.7- MATA GATO OU CHAPA DE RASURAS

Um instrumento que nos auxilia muito na hora de corrigir erros


no desenho é o “mata gato” ou chapa de rasuras, ele é um gabarito
com vários furos que utilizamos sob o desenho para apagar traços
indesejados.Na falta de um, você pode utilizar um pedaço de papel,
para apagar esses erros.

2.8- CURVA-FRANCESA

A Curva-Francesa é um gabarito com vazados curvos


combinando diversos raios, impossíveis de fazer no compasso,
como curvas com raio muito grande ou muito pequeno. Possui
três tamanhos, P, M, G como pode ver ao lado.

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2.9- TRANSFERIDOR

O Transferidor é um material muito usado para medida e


marcação de paredes. É composto basicamente por uma escala
circular, ou de seções de círculo, dividida e marcada em ângulos
espaçados regularmente, tal qual numa régua. Seu uso é
diversificado tendo emprego em educação, matemática, engenharia,
topografia, construção e diversas outras atividades que requeiram o
uso e a medição de ângulos com precisão. Existe de 90°, 180° e
360°, o da imagem abaixo refere-se ao de 180°.

2.10- NANQUIM

O Nanquim é uma tinta vendida separadamente para canetas


reutilizáveis (carregáveis), ou em canetas prontas (imagens ao lado),
utilizada na finalização de projetos técnicos ou desenhos artísticos.
Ao contrário do que muitos pensam, existe nanquim colorido, mas a
tinta é vendida separadamente, da caneta, e por ser
extremamente corrosiva, exige mais cuidado na
hora de lavar a caneta reutilizável.

2.11- PAPEIS

O Papel Sulfite é também chamado de apergaminhado ou de


Off-Set, é o tipo de papel branco comum, utilizado em impressoras e
fotocopiadoras. Pode ter várias cores e tamanhos, sendo o mais
comum e conhecido o A4 (21 cm X 29,7 cm) branco. Seu nome é dado
por causa da adição do sulfito de sódio na sua fabricação. No Design
de Interiores utilizamos principalmente o formato A4 e A3.

O Papel Vegetal é um tipo de papel translúcido usado para


desenhos técnicos ou artísticos, ou para cópia de desenhos, podendo
ser colocado sobre alguma superfície desenhada, como um projeto de
engenharia, e então copiado utilizando ferramenta de escrita
apropriada como tinta nanquim.

3. ELEMENTOS DA PERSPECTIVA

3.1- LINHA DO HORIZONTE

É o elemento da construção em perspectiva que representa o nível dos olhos do


observador (linha horizontal pontilhada LH).

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Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela
está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar.

3.2- PONTO DE VISTA

Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por


uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se
exatamente no cruzamento dessas duas linhas.

Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que localiza o


ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de seus lados,
esquerdo ou direito.

3.2- PONTO DE FUGA

É o ponto localizado na linha do horizonte, pra onde todas as linhas paralelas


convergem, quando vistas em perspectiva (PF).

Em alguns tipos de perspectiva são necessários dois ou mais pontos de fuga. Em


situações como estas poderão ter pontos tanto na linha do horizonte quanto na linha vertical do
ponto de vista. Em alguns casos é possível o ponto ficar fora tanto da linha do horizonte quanto
do ponto de vista.

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3.2- LINHAS DE FUGA

São as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva convergindo para o


ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afunilamento dessas linhas em direção ao
ponto que geram a sensação visual de profundidade das faces em escorço dos objetos em
perspectiva.

O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permite a elaboração de esquemas


gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em ambientes ou paisagens sem
distorção estrutural. Veremos a base destes recursos gráficos conhecendo sobre os diferentes
tipos de visualização em perspectiva.

4. TIPOS DA PERSPECTIVA

4.1- PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

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A perspectiva isométrica é um caso particular de projeção


cilíndrica ortogonal. O sistema de eixos da situação a ser projetada
ocorrerá na perspectiva, se vistos no plano, de forma equi-angular
a 120º. Desta forma, é possível traçar uma perspectiva isométrica
através de uma malha de retas desenhadas a partir de ângulos de
30º. O termo isométrico vem do grego: "mesma medida", já que as
medidas ortogonais, retiradas das vistas ortogonais, são
redes
enhadas nos eixos x, y e z com
os tamanhos indicados pelas
cotas. As linhas inclinadas, que
estão fora do tri-eixo ortogonal,
não têm as mesmas medidas.

4.2- PERSPECTIVA DIMÉTRICA

O que caracteriza a perspectiva dimétrica é o fato de que


dois de seus eixos projetam-se em ângulos iguais no quadro. A
escala gráfica de construção é semelhante à da projeção
isométrica, mas para ser desenhada são aplicados coeficientes de
redução nos eixos horizontais.

4.3- PERSPECTIVA TRIMÉTRICA

Na perspectiva trimétrica três ângulos do triedro de


referência projetam-se em ângulos desiguais no quadro, desse
modo os três eixos devem ser submetidos a coeficientes de
redução diferentes.

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Veja a imagem abaixo, retirada do site:


https://www.yumpu.com/en/image/facebook/54558038/6.jpg ela compara as três perspectivas
Isométrica, Dimétrica e Tri métrica.

4.4- PERSPECTIVA CAVALEIRA

A perspectiva cavaleira é um tipo de projeção cilíndrica obliqua, na qual o objeto tem


uma face paralela ao quadro (plano de projeção). Ela é considerada um método de perspectiva
rápida, em virtude da facilidade com que se pode obter o desenho de objetos de dimensões
reduzidas, principalmente se este tiver superfícies planas.

Geralmente, o quadro é posicionado na vertical, mas se for colocado na horizontal,


constituirá a projeção cilíndrica obliqua uma variedade da perspectiva cavaleira, a qual os
autores franceses, no começo do século XIX, denominaram de perspectiva militar. Como a face
que está paralela se projeta em tamanho real no quadro, o eixo perpendicular (que indica a
profundidade) é chamado de eixo das fugantes.

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Dependendo do ângulo de inclinação das fugantes, o desenho parecerá deformado,


necessitando de uma tabela de reduções. Quanto maior for o grau de inclinação, maior deverá
ser o coeficiente de redução.

Na situação em que não é necessário aplicar o coeficiente de redução, a cavaleira é


chamada de isométrica (k=1) e para as demais de dimétrica (k≠1). Os estadunidenses
nomearam a cavaleira de "cavalier projection" para k=1 e de "cabinet projection" para as
situação em que k≠1 (necessitam de redução da profundidade para oferecer uma impressão
mais precisa do objeto).

Não há um consenso entre os autores sobre o coeficiente de redução que deve ser
aplicado, pois esse tipo de representação é um processo técnico-artístico, sujeito às limitações
da percepção. De acordo com o ângulo das fugantes é possível aplicar-se as seguintes
reduções:

 15º: reduz-se um quarto (1/4) da fugante

 30º: reduz-se um terço (1/3) da fugante

 45º: reduz-se a fugante pela metade (1/2)

 60º: reduz-se dois terços (2/3) da fugante

 75º: reduz-se três quartos (3/4) da fugante

4.5- PERSPECTIVA MILITAR

A perspectiva militar é uma variante da perspectiva cavaleira, na qual o quadro é


posicionado na horizontal. Esse tipo de abordagem coloca a perspectiva militar como uma
projeção cilíndrica obliqua. Autores franceses, no começo do século XIX, a denominaram de
perspectiva militar. Veja a imagem que compara, as perspectivas Isométrica, Cavaleira e
Militar.

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4.6- PERSPECTIVA ATMOSFÉRICA

Perspectiva atmosférica. Técnica de pintura na qual a


atmosfera altera as tonalidades dos objetos mais distantes,
diminuindo a saturação dos matizes. É o mesmo que perspectiva
aérea ou perspectiva tonal.

Leonardo da Vinci foi quem a estudou e popularizou no âmbito


da arte.

4.7- PERSPECTIVA ESPINHA DE PEIXE

Perspectiva espinha de peixe. Método de representação medieval, pré-perspectivista,


cujas retas inclinadas, as diagonais que geram a sensação de profundidade no quadro,
convergem para um eixo central, ao contrário do ocorrerá nos métodos renascentistas, onde as
retas convergirão para o ponto de fuga.

4.8- PERSPECTIVA PICTORUM ET ARCHITECTORUM

Perspectiva Pictorum et
Architectorum. O tratado Perspectiva
Pictorum et Architectorum foi escrito, por
Andrea Pozzo, com o intuito de oferecer
aos pintores e arquitetos, o estado da arte
da perspectiva. Os dois volumes que
compõem a obra foram publicados em
1693 e 1700, respectivamente.

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4.9- PERSPECTIVA HIERÁRQUICA

Perspectiva hierárquica. A perspectiva hierárquica, usada


desde a antiguidade, alterava o dimensionamento das figuras de
acordo com a hierarquia dos personagens. Ela foi, por vezes,
chamada de 'simbólica', embora toda representação em
perspectiva passe por um processo de simbolização. É um tipo de
representação, na qual os personagens têm uma dimensão que
varia de acordo com a sua importância ou dignidade.

4.10 - PERSPECTIVA PARALELA – UM PONTO DE FUGA

No desenho em perspectiva paralela, as linhas


de fuga deslocam-se apenas para um ponto (PF).
Objetos nessa situação apresentam sua face frontal
paralela ao observador tanto os que estão localizados a
sua frente (cubo B) quanto a sua esquerda (cubo A) ou
a direita (cubo C).

Um detalhe a ser observado é que na


perspectiva paralela o ponto de vista (PV, linha
pontilhada vertical) localiza-se representado em
posição perpendicular a linha do horizonte situado tão
próximo ao ponto de fuga que parece estar sobre ele
(PF).

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4.11 - PERSPECTIVA OBLIQUA – DOIS PONTOS DE FUGA

Quando um o objeto fica em posição oblíqua, ou seja, com uma de suas arestas voltada
para o observador, suas linhas de fuga deslocam-se para dois pontos (PF1 e PF2). Em casos
como este, como pode ser visualizado na ilustração do cubo a direita, observe que nenhuma
linha na estrutura do objeto foi representada na posição horizontal. Quando não são verticais é
porque deslocam-se para um dos pontos de fuga.

Em relação ao ponto de vista (PV), sua representação na linha do horizonte está


centralizada entre os dois pontos de fuga (PF1 e PF2). E estes, por sua vez, devem estar o
mais distante possível um do outro para evitar erros no desenho como veremos na
demonstração passo a passo específica sobre o cubo em perspectiva oblíqua.

4.12 - PERSPECTIVA AÉREA – TRÊS PONTOS DE FUGA

Quando observamos um objeto em posição oblíqua a partir de um nível visual bastante


alto, para melhor representá-lo tridimensionalmente, é necessário o uso de três pontos de fuga.
Dois deles ficam na linha do horizonte e o terceiro é representado na vertical do ponto de vista.
Em circunstâncias como estas raramente visualizamos a existência de linhas horizontais ou
verticais na estrutura do objeto. Todas são convergentes e deslocam-se para um dos três
pontos de fuga.

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Quanto ao ponto de vista (PV), este obedece aos mesmos critérios da perspectiva
oblíqua. Permanece representado num ponto central entre os pontos de fuga PF1 e PF2 na
linha do horizonte (LH).

4.13 - PERSPECTIVA ESGOTO – TRÊS PONTOS DE FUGA

A perspectiva de esgoto tem as mesmas características da perspectiva aérea enquanto


representação com com três pontos de fuga. A principal diferença está no nível visual muito
baixo do observador tornando-a oposta no modo de visualização alterando, portanto, a
localização do terceiro ponto de fuga (PF3). Nesse novo contexto ele é representado acima da
linha do horizonte. Veja o exemplo ilustrativo.

4.14 - PERSPECTIVA CURVILINEA

O processo gráfico de perspectiva curvilínea foi usado para


desenhar objetos em uma superfície plana, com a intenção de criar a
sensação de que se está a observar uma superfície curvílina. Artistas como
Jan van Eyck e Escher desenvolveram trabalhos com esse tipo de
representação. Em 1968 um processo esférico foi codificado pelos artistas
e historiadores André Barre e Albert Flocon, no livro La Perspective
curviligne[8], que foi traduzido para o inglês, em
1987, como Curvilinear Perspective: From Visual
Space to the Constructed Image.

Neste quadro de jan Van Eyck, o


espelho localizado no meio do casal, foi
desenhado utilizando a perspectiva
curvilínea.

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4.15 - PERSPECTIVA QUADRIMENSIONAL

A perspectiva quadridimensional é um processo gráfico contemporâneo desenvolvido,


em 1997, pelo artista plástico Denis Mandarino, que tem como principal característica a
representação de cenas panorâmicas que sintetizam, no quadro, o que foi visto por um
observador em movimento. Neste tipo de desenho, os suportes pictóricos podem ser
superfícies planas ou curvilíneas (arcos, cilindros, esferas, calotas côncavas ou convexas etc.).

Desenvolvido a partir da Teoria da Percepção Quadridimensional (1995),[5] o sistema foi


exibido, pela primeira vez, no quadríptico 'Observação no Tempo'.

Ou seja, ele cria cenas com diferentes pontos de vista, os quais foram "vistos" por um
observador móvel (o desenhista) e que podem ser registrados em superfícies planas ou
curvilíneas. Veja o quadro abaixo, o Quadríptico: Observação no Tempo (1997), acrílico sobre
tela, 240 x 160 cm.

4. REPRESENTAÇÃO DE FORMAS GEOMETRICAS

Como estudamos na disciplina de Desenho à mão livre, no semestre passado, as formas


geométricas são a base esquemática para qualquer desenho.
Não seria diferente, no desenho em perspectiva, então antes de iniciar desenhos de
objetos, ambientes, paisagens e demais figuras em perspectiva, com a intenção de representar
fielmente a aparência tridimensional da realidade, vamos primeiro em acompanhar esses
treinamentos, onde mostra o passo a passo com planos e sólidos geométricos para melhor
compreender o uso das principais técnicas que utilizamos.

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4.1- PERSPECTIVA PARALELA 1 PF - QUADRADO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

4.2- PERSPECTIVA PARALELA 1PF - CIRCULO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.3- PERSPECTIVA PARALELA 2 PF - QUADRADO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.4- PERSPECTIVA PARALELA 2 PF - CIRCULO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.5- PERSPECTIVA PARALELA 1 PF - CUBO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.6- PERSPECTIVA PARALELA 1PF - CILINDRO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.7- PERSPECTIVA PARALELA 2 PF - CUBO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.8- PERSPECTIVA PARALELA 3 PF – FORMA RETANGULAR


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.9- PERSPECTIVA PARALELA 3 PF - CILINDRO


LH = Linha do Horizonte; PF – Ponto de Fuga

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4.10- PERSPECTIVA ISOMÉTRICA - CUBO

4.11- PERSPECTIVA ISOMÉTRICA - CILINDRO

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5. PERSPECTIVA DE OBJETOS

Neste capitulo, separamos algumas imagens que mostram como as formas geométricas
formam a base para o desenho em perspectiva de qualquer objeto.

Perspectiva de um cone.

Perspectiva de um Prisma.

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Perspectiva de um caminhão simplificado.

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Perspectiva de bancos. Perspectiva de móveis avulsos.

Perspectiva de uma luminária do tipo abajur.

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6. PERSPECTIVA DE INTERIORES

A perspectiva de interiores é a representação de ambientes em três dimensões. Nos


dias atuais, é utilizada para exposição de ideias do projeto de maneira mais rápida do que o
projeto feito em software 3D.

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6. PERSPECTIVA DE PAISAGISMO E FACHADAS

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7. BIBLIOGRAFIA

[1] MONTENEGRO, Gildo. Perspectiva dos Profissionais. São Paulo: Edgard Blücher,
2010.
[2] CRUZ, Michele David da. Projeções e Perspectivas para Desenhos Técnicos.1°
Ed. Érica,2014.
[3] CAMPOS, Cristian. Design da Perspectiva. Itália: FKG, 2012.
[4] https://pt.wikipedia.org/wiki/Perspectiva
[5] http://www.sobrearte.com.br/desenho/perspectiva/index.php
[6] https://www.dicascomodesenharbem.com.br/como-desenhar-em-perspectiva/
[7] http://www.amopintar.com/tutorial-sobre-perspectiva/
[8] https://fontedearte.wordpress.com/2016/02/28/historia-da-perspectiva-no-desenho/
[9] http://3pontosdefuga.blogspot.com/2008/02/histria-da-perspectiva.html
[10] https://historiaartearquitetura.com/2017/04/26/perspectiva/
[11] http://www1.ci.uc.pt/iej/alunos/1998-99/cbs/entrada1/conteudo.htm
[12] http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-3-perspectiva-isometrica.html
[13] Algumas imagens contidas nesta apostila foram retiradas do google imagens.

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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