A música interfere, de forma benéfica no desenvolvimento do indivíduo, não só quanto a
comunicação... Por isso está sempre presente em meu consultório. Como destaque temos: a estimulação global e a interação (com a própria música, com o próprio corpo e com o meio social). A estimulação, elemento imprescindível na primeira infância, busca garantir um melhor resultado cognitivo após a poda neural (processo natural de seleção de neurônios), a primeira poda se dá em torno dos 2 anos de idade. Com o acesso ao ritmo e a melodia já se inicia um trabalho em consciência corporal e consciência fonológica. No ambiente escolar, os momentos musicais propiciam uma estimulação global cognitiva. Através dessa tarefa o indivíduo faz inferências, reflexões, trabalha memória e ainda torna-se um ator social ativo (naquele ambiente). Um outro ponto a ser destacado é a diminuição dos distúrbios de aprendizagem - o córtex cerebral (o cérebro como normalmente conhecemos) é inteiramente estimulado. São várias áreas cerebrais atuando umas nas outras - cérebro mais funcional. Com a construção do processo musical, da proposta de trabalho com a música, o indivíduo mergulha nessa construção, participa e tem consciência desse conteúdo: planeja, constrói e executa a tarefa; o próprio processo de construção já é uma grande aquisição, que ficará para a vida toda. Memória e o jogo compartilhado são melhores lapidados nessas oportunidades de trabalho com a música. Os benefícios para a linguagem são imensuráveis, não restrito apenas a articulação dos sons, mas também: na prosódia, na função e na forma de construção e aquisição da linguagem. Somos todos seres musicais, deixemos a música no reger. É divertido e acalma.