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O planeta Terra e seus ciclos

biogeoquímicos
Prof.ª Luciana Barreiros de Lima
Descrição
Apresentação dos ciclos biogeoquímicos e dos elementos provenientes dessas reações na natureza.

Propósito
Identificar as matérias coexistentes na biosfera, suas afinidades, propriedades e modificações, estabelecendo relações
entre seus aspectos biológicos, geológicos e químicos.

Objetivos

Módulo 1

Ciclos biogeoquímicos e impacto no planeta

Identificar os ciclos biogeoquímicos e seu impacto no planeta.

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Módulo 2

Ciclo biogeoquímico da água

Reconhecer o ciclo biogeoquímico da água.

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Módulo 3
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Ciclo biogeoquímico do carbono

Reconhecer o ciclo biogeoquímico do carbono.

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Módulo 4

Ciclo biogeoquímico do nitrogênio

Reconhecer o ciclo biogeoquímico do nitrogênio.

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Introdução
A Terra é um sistema fechado onde, com raras exceções de corpos celestes que nos atingem, não entra nem sai qualquer tipo de material. Assim, as
substâncias que existentes mudam de forma seguindo ciclos biogeoquímicos. Estes ciclos fazem com que as matérias circulem pelos locais
geográficos e ecossistemas de forma contínua, sendo sempre transformadas e reutilizadas. Entre os muitos elementos, alguns dos mais
importantes são o carbono, o nitrogênio, o hidrogênio, o oxigênio, o fósforo e o potássio. A água também é fundamental neste movimento de troca e
circulação da matéria nos ecossistemas.

Desse modo, a matéria circula entre os seres vivos e o meio ambiente de forma contínua, sendo que os organismos vivos selecionam a captação e a
utilização desses elementos através de suas necessidades fisiológicas.

Por outro lado, a composição da matéria viva e dos demais elementos da biosfera tem sua dinâmica mantida pelos ciclos biogeoquímicos. Quando
os organismos vivos morrem, seus componentes são reutilizados por processos químicos e biológicos por outros organismos vivos. Vamos
entender melhor com tais trocas ocorrem através dos ciclos biogeoquímicos da água, do carbono e do nitrogênio. Bons estudos!

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Ciclos biogeoquímicos e impacto no planeta
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os ciclos biogeoquímicos e seu impacto no planeta.

Os ciclos biogeoquímicos, a vida humana e o planeta


Você já se perguntou o que acontece quando os organismos morrem? Eles desaparecem? É comum ouvir respostas como: “Somos poeira estelar.”,
“Do pó viemos e ao pó voltaremos.” ou “A energia não é produzida nem destruída, apenas se transforma.”. Será que o mesmo átomo de nitrogênio
que pertencia ao músculo do meu braço pode ser encontrado, posteriormente, em uma folha de carvalho?

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A relação entre os ciclos, os seres humanos e a Terra
Veja a seguir a relação entre os ciclos biogeoquímicos, os seres humanos e o planeta.
Para responder a esses questionamentos, é preciso saber que 99% das células vivas são constituídas por nitrogênio, carbono, fósforo, enxofre,
oxigênio e hidrogênio. Essas substâncias interagem entre si e com o meio ambiente através de processos e trocas de energias dos diferentes
elementos da natureza no planeta Terra. A seguir, observe cada um desses elementos:

Substâncias químicas.

Os chamados ciclos biogeoquímicos permitem que esses elementos sejam reciclados: circulem do ambiente físico para o corpo dos organismos e
retornem para o meio ambiente, garantindo a continuidade da vida.
Os processos realizados pelos seres vivos sempre mantêm uma estreita interação com o meio ambiente; por isso, é importante que todo ser
humano se comprometa a usar os recursos moderadamente, mantendo-os sempre controlados para evitar o desequilíbrio nos principais ciclos.

Para conservar o ambiente natural, precisamos modificar as ideias de benefício a todo custo e de crescimento ilimitado que caracterizam nossa
sociedade de consumo. Em resposta aos efeitos negativos que o ser humano gera ao meio ambiente, são desenvolvidas políticas ambientais
mundiais com diferentes objetivos e mecanismos de ação. Em termos gerais, podemos identificar algumas delas como:

Criação de zonas de proteção

Preservam espaços naturais de valor ecológico a partir da criação de zonas de proteção, como parques, reservas nacionais e monumentos
naturais.

Purificação e reciclagem

Agem em espaços deteriorados e propõem a purificação da água, a reciclagem de resíduos, entre outras medidas.

Controles e estudos avaliativos

Estabelecem controles para atividades prejudiciais ao meio ambiente e realizam estudos de avaliação de impacto ambiental.
Essas medidas têm o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável, ou seja, para o crescimento econômico e social, baseado na
conservação e proteção ambiental a fim de atender às necessidades do presente, sem comprometer o abastecimento das gerações futuras.

Agora vamos tratar dos ciclos biogeoquímicos, seu conceito, principais características, tipos e importância para a continuidade da vida.

As trocas de energia no planeta Terra


Em nosso planeta, ocorre uma série de processos e trocas de energia mediados por ciclos biogeoquímicos, responsáveis pela renovação de
diferentes elementos da natureza. Porém, para entender melhor como isso acontece, é preciso conhecer os compartimentos bióticos e abióticos
que compõem o meio em que vivemos.

O compartimento biótico, chamado de biocenose ou comunidade biótica, é constituído por seres vivos reciprocamente ligados por cadeias tróficas
em um ecossistema, sendo formado pelos três seguintes grupos:

Produtores primários expand_more

Consumidores expand_more

Decompositores ou desintegradores expand_more

O compartimento abiótico, chamado de biótopo, é composto por substâncias inorgânicas e inclui os materiais que formam a base da vida, como
oxigênio, dióxido de carbono, água, carbono, nitrogênio, fósforo, enxofre, potássio, cálcio e vários sais minerais, além da energia do Sol,
especialmente. Sua estrutura espacial pode variar de acordo com os ecossistemas (cavernas, lagos, praia, praia pedregosa etc.).

Existem cerca de quarenta elementos químicos essenciais para a vida na Terra. Eles são convertidos, por meio dos seres
vivos, em compostos orgânicos (biomassa) que participam de reações fundamentais às atividades metabólicas dos
organismos. Esse processo de transformação e sua transferência entre os diferentes compartimentos bióticos e abióticos
do planeta é o que se denomina de ciclos biogeoquímicos.

Por se tratar de um ciclo, os elementos químicos inorgânicos podem se transformar e ser incorporados novamente pela biota. Essas substâncias
são provenientes de minerais das rochas, da água, de gases ou de compostos orgânicos — como proteínas, gorduras ou açúcares — produzidos,
geralmente, por seres vivos.

Os processos cíclicos baseados na transformação de elementos inorgânicos em orgânicos e vice-versa, mediados pela atividade biológica de
síntese e degradação de matéria orgânica, são a base das atividades biogeoquímicas da Terra. Observe a ilustração desse processo:
Ilustração do processo cíclico.

Os ciclos biogeoquímicos estão intimamente relacionados aos processos geológicos, hidrológicos e biológicos que ocorrem nos diferentes
compartimentos da crosta terrestre, a exemplo da atmosfera (compartimento gasoso acima do solo), da hidrosfera (águas interiores e marinhas), da
litosfera (rochas e solos) e da biosfera (seres vivos e suas relações), veja:

Principais esferas terrestres.

Excluindo eventos aleatórios (como a queda de meteoritos), que podem incorporar novos elementos, nosso planeta é um sistema químico
praticamente fechado, em que as reações que sustentam a biosfera são alimentadas pela energia solar e, em menor grau, pela energia dos
processos geológicos internos, como vulcanismo, tectônica superficial e profunda, convecção do manto e outros.

Devido à grande variedade de ecossistemas terrestres (continentais) e aquáticos (marinhos), desde baixas latitudes quentes até altas latitudes frias,
os processos biogeoquímicos são muito diversos dadas as características geológicas e biogeográficas.
O termo ciclo biogeoquímico deriva do movimento cíclico dos elementos químicos que formam os organismos biológicos (bio) e o ambiente
geológico (geo).

Organismos biológicos (bio) e o ambiente geológico (geo).

Veja a seguir as principais características desses ciclos:


Características de cada ciclo.

Podemos classificar esses ciclos e dividi-los em:

Ciclos biogeoquímicos sedimentares expand_more

Ciclos biogeoquímicos gasosos expand_more

Ciclo biogeoquímico hidrológico expand_more

Você deve estar se perguntando a razão de estudar os ciclos biogeoquímicos, certo? O que eles têm de importante? Podemos considerar os
seguintes motivos:

• Tornam a vida possível;


•Permitem a circulação de matéria entre organismos;
• Regulam os elementos vitais para a Terra, que são usados repetidamente pelos seres vivos;
• Fornecem os nutrientes necessários para a vida;
• Regulam o clima atmosférico.
A fim de estabelecer uma definição, podemos dizer que: os ciclos biogeoquímicos são o conjunto de mecanismos, circuitos, movimentos ou
deslocamentos de materiais ou substâncias químicas de um lugar para outro a fim de garantir a reciclagem de nutrientes na biosfera, na litosfera, na
atmosfera e na hidrosfera.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Níveis tróficos da cadeia alimentar

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Organismos produtores primários

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(FUVEST - 2012) Uma das consequências do efeito estufa é o aquecimento dos oceanos. Esse aumento de temperatura provoca:

menor dissolução de CO2 nas águas oceânicas, o que leva ao consumo de menor quantidade desse gás pelo fitoplâncton,
A
contribuindo, assim, para o aumento do efeito estufa global.

menor dissolução de O2 nas águas oceânicas, o que leva ao consumo de maior quantidade de CO2 pelo fitoplâncton,
B
contribuindo, assim, para a redução do efeito estufa global.

menor dissolução de CO2 e O2 nas águas oceânicas, o que leva ao consumo de maior quantidade de O2 pelo fitoplâncton,
C
contribuindo, assim, para a redução do efeito estufa global.

maior dissolução de CO2 nas águas oceânicas, o que leva ao consumo de maior quantidade desse gás pelo fitoplâncton,
D
contribuindo, assim, para a redução do efeito estufa global.

menor dissolução de CO2 nas águas oceânicas, o que leva ao consumo de menor quantidade desses gases pelo fitoplâncton,
E
contribuindo, assim, para a redução do efeito estufa global.

Responder

Questão 2

(UDESC - 2009) Com relação aos ciclos biogeoquímicos, analise as seguintes afirmativas:

I. No ciclo do carbono: as cadeias de carbono formam as moléculas orgânicas através dos seres autotróficos que fazem fotossíntese. A seguir,
o gás carbônico é absorvido, fixado e transformado em matéria orgânica pelos produtores. Depois, o carbono volta ao ambiente através do gás
carbônico por meio da respiração.

II. No ciclo do oxigênio: o gás oxigênio é produzido durante a construção de moléculas orgânicas pela respiração e consumido quando essas
moléculas são oxidadas na fotossíntese.

III. No ciclo da água: a energia solar possui um papel importante, pois permite que a água em estado líquido sofra evaporação. O vapor de água,
nas camadas mais altas e frias, condensa-se e forma nuvens que, posteriormente, precipitam-se na forma de chuva, retornando ao solo para
formar rios, lagos, oceanos ou, ainda, infiltrando-se no solo para formar os lençóis freáticos.
IV. No ciclo do nitrogênio: uma das etapas é a de fixação do nitrogênio, quando algumas bactérias utilizam o nitrogênio atmosférico e fazem-no
reagir com oxigênio para produzir nitrito, que será transformado em amônia no processo de nitrificação.

Assinale a alternativa correta.

A Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.

B Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

C Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.

D Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

E Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.

Responder

Ciclo biogeoquímico da água


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o ciclo biogeoquímico da água.
O ciclo da água
A Terra possui perto de 1,386 bilhão de km3 de recursos hídricos, dos quais 97,5% são de água salgada. Dos 2,5% restantes de água doce, 69% estão
dispostos nas geleiras e 30% em aquíferos, demandando energia para sua retirada. Apenas 1% é encontrado em lagos e rios, bem como cerca de
13.000km³ estão na atmosfera.

Por que é importante saber disso? Porque a utilização desse bem precisa ser planejada e pensada para não prejudicar a vida no planeta.
Nos últimos anos, muito ouvimos falar sobre a necessidade de economizar energia e de reduzir as emissões de carbono.
E isso tem feito com que a questão água versus energia esteja se tornando uma das maiores preocupações mundiais.

(ROCHA, 2013, n.p)

Água e energia estão inteiramente conectadas, já que, para produzirmos eletricidade, uma quantidade expressiva de água é consumida. Por outro
lado, é indispensável a utilização de energia para o tratamento e abastecimento de água. Além disso, a água é necessária para a geração,
exploração, processamento e transporte dos combustíveis fósseis. Veja um esquema que ilustra essa relação:

Conexão entre água, energia e combustível.

Outros usos estão relacionados à exploração de petróleo e gás, sistemas de refrigeração em usinas termelétricas, produção de eletricidade em
usinas hidrelétricas e no cultivo das matérias-primas utilizadas na produção de biocombustíveis. Tudo isso necessita de quantidades
assombrosamente altas de água para sua obtenção.

Segundo o site da Agência Nacional de Águas (ANA), o Brasil possui, em comparação a outros países, uma boa quantidade de água. Avalia-se que o
nosso país tem aproximadamente 12% da água doce existente, porém, a sua distribuição natural não é equilibrada. Veja os dados:
As regiões próximas do Oceano Atlântico, onde estão mais de 45% dos habitantes, possuem menos de 3% dos recursos hídricos do país.

O ciclo biogeoquímico da água está intrinsecamente ligado ao clima. Por conta disso, mudanças climáticas que alterem a frequência e o volume de
chuvas podem gerar um aumento do número de eventos hidrológicos extremos, como inundações e temporadas de seca. Essas ocorrências
comprometem, consequentemente, a oferta de recursos hídricos para a população.

O ciclo hidrológico
O ciclo hidrológico é definido como o processo integral dos fluxos de água, energia e algumas substâncias químicas. A seguir, você pode observar
os principais componentes desse ciclo:
Componentes do ciclo hidrológico.

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Ciclo biogeoquímico da água
Veja detalhes a seguir sobre o ciclo da água.
Como vimos, é possível dizer que temos um ciclo hidrológico externo e um interno. Observe cada um deles:

Ciclo hidrológico externo

É caracterizado pelo vapor de água que evapora da superfície do mar, condensa-se e, sob a forma de precipitação, cai nos continentes.

Ciclo hidrológico interno

É limitado à determinada superfície continental, pois o vapor de água se condensa e, sob a forma de precipitação, cai dentro dos limites da
mesma região.

Confira na imagem a seguir o que acontece quando a água, em ambos os estados, entra em contato com a superfície da terra:
Ciclo hidrológico.

A fração de água que se infiltra na crosta terrestre pode seguir as três seguintes rotas bem definidas:

Ser absorvida pelas raízes das plantas e tornar-se parte ativa de seus tecidos ou ser transpirada de volta para a atmosfera.

Mover-se paralelamente à superfície terrestre através da área não saturada, como um fluxo subterrâneo, até surgir nas nascentes.

Infiltrar-se até a área saturada, onde recarregará o armazenamento hídrico subterrâneo.

As águas subterrâneas, limitadas em sua parte inferior por depósitos impermeáveis ​de argilas, formações rochosas etc., não permanecem estáticas,
mas se movem entre dois locais com diferença de potencial.
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Atenção!

Não podemos esquecer de que a evaporação é um processo contínuo quase estacionário, presente em todos os pontos da bacia, que varia
desde a evapotranspiração nos vegetais até a evaporação proveniente da superfície da Terra, dos corpos abertos de água, dos principais
fluxos e áreas secundárias, insaturadas e saturadas.

Vimos que o ciclo hidrológico compreende uma série de interações contínuas bastante complexas e não lineares.

Podemos defini-lo como a sucessão de estados pelos quais a água passa no caminho da atmosfera para a Terra e no
retorno à atmosfera.

Os estados são:

done
Evaporação do solo, mar ou superfície da água continental

done
Condensação

done
Precipitação

done
Acumulação no solo e nas superfícies aquáticas
done
Evaporação

A gestão dos recursos hídricos


A água é um fator determinante para o desenvolvimento econômico e social e, ao mesmo tempo, cumpre a função básica de manter a integridade
do ambiente natural. Apesar disso, ela é apenas um dos recursos naturais vitais e, portanto, é imperativo que essas questões não sejam tratadas
isoladamente.

Setores do governo e do setor privado precisam tomar decisões sobre a disponibilidade e a alocação de água. Frequentemente, eles enfrentam uma
oferta que diminui diante da demanda crescente. Fatores como mudanças demográficas e climáticas também aumentam a pressão sobre os
recursos hídricos. Veja a seguinte imagem:

Esquema dos recursos hídricos

A abordagem fragmentada tradicional não é mais válida e uma abordagem holística do gerenciamento da água se torna essencial. Essa é a base da
Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH), aceita internacionalmente como o caminho para o desenvolvimento e gerenciamento eficiente,
equitativo e sustentável de recursos hídricos cada vez mais limitados a fim de atender às demandas concorrentes.

Existem grandes diferenças entre regiões em termos de disponibilidade de água, desde a extrema escassez nos desertos até a abundância nas
florestas tropicais. Além disso, há também oscilação em termos de fornecimento ao longo do tempo, como resultado de variações sazonais.
Com muita frequência, o grau de variabilidade, o tempo e a duração dos períodos de fornecimento, altos ou baixos, são
imprevisíveis demais. Isso implica a falta de confiabilidade do recurso, o que representa um desafio importante para a
gestão desse bem, seja de modo particular, seja para a sociedade como um todo.

Os países mais desenvolvidos superaram amplamente a variabilidade natural com infraestrutura para gerenciar o fornecimento, o que garante um
suprimento confiável e reduz riscos, embora a um preço alto e, frequentemente, com um impacto negativo no meio ambiente.

Muitos dos países menos desenvolvidos, e alguns dos desenvolvidos, perceberam que considerar apenas a gestão da oferta não é adequado para
atender a uma demanda cada vez maior — causada por pressões demográficas, econômicas e climáticas. Em vista disso, foram estabelecidas as
seguintes implementações:

• Medidas de tratamento de águas residuais;

• Reciclagem dos recursos hídricos;

• Gerenciamento de demanda.

Há ainda a existência de muitos problemas relacionados à quantidade e qualidade de água disponível, visto que a contaminação das fontes
continua sendo um dos principais problemas enfrentados, o que acaba representando uma ameaça à manutenção dos ecossistemas naturais.

A demanda por esse bem também é aumentada em virtude do crescimento populacional e de outras mudanças demográficas, como a urbanização,
e expansão agrícola e industrial, que foi resultado da modificação dos padrões de consumo e produção. Como consequência, algumas regiões
estão em estado permanente de níveis de demanda excedidos e muitas outras sofrem com isso em épocas críticas ou em anos de escassez de
água.
Em muitas regiões do Brasil, a disponibilidade de água, tanto em quantidade quanto em qualidade, está sendo severamente afetada pela
variabilidade e mudança climática, com mais ou menos chuvas, de acordo com as diferentes localidades e maior frequência de eventos climáticos
extremos.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Organismos consumidores

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Ciclo biogeoquímico da água


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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

No ciclo da água, usado para produzir eletricidade, a água de lagos e oceanos, irradiada pelo Sol, evapora-se dando origem a nuvens e se
precipita como chuva. É então represada, corre de alto a baixo e move turbinas de uma usina, acionando geradores. A eletricidade produzida é
transmitida através de cabos e fios e é utilizada em motores e outros aparelhos elétricos. Assim, para que o ciclo seja aproveitado na geração
de energia elétrica, constrói-se uma barragem para represar a água. Entre os possíveis impactos ambientais causados por essa construção,
devem ser destacados:

A Aumento do nível dos oceanos e chuva ácida.

B Chuva ácida e efeito estufa.

C Alagamentos e intensificação do efeito estufa.

D Alagamentos e desequilíbrio da fauna e da flora.


E Aumento do nível dos oceanos e efeito estufa.

Responder

Questão 2

As plantas têm uma espécie de poros em suas folhas, chamados estômatos, que permitem a transferência de gases, como vapor de água, de
dentro para fora da planta. Que função as plantas desempenham no ciclo da água?

A Ajudam a circulação da água à medida que muda de um estado líquido para um estado gasoso.

B Transporte de água do solo para a atmosfera.

C Transporte de água da atmosfera para o solo.

D Produção de gotas sob a forma de chuva.

E Redução da contaminação da água.

Responder

Ciclo biogeoquímico do carbono


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o ciclo biogeoquímico do carbono.
O ciclo do carbono
É um elemento integrante dos componentes orgânicos, tornando-o essencial para todas as formas de vida. Ele também é o elemento básico na
formação de moléculas de carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos, uma vez que as moléculas orgânicas são formadas por cadeias de
carbono ligadas entre si.
Os elementos carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P), entre outros, são biologicamente acoplados através das reações bioquímicas que controlam a
produção primária e a decomposição da matéria orgânica. Todos os organismos necessitam da presença desses elementos em proporções
específicas para um bom funcionamento.

Desequilíbrios nos ciclos de C, N e P causados por eventos naturais catastróficos (impactos meteorológicos, vulcanismo) ou
por atividades dos seres humanos podem ter consequências importantes sobre a dinâmica e o funcionamento dos
ecossistemas.

Desde a Revolução Industrial (1760-1840), houve um crescimento exponencial do uso de combustíveis fósseis e da agricultura intensiva, causando
um desequilíbrio nos ciclos biogeoquímicos de quase todos os elementos. O resultado disso se manifesta por meio de fenômenos, como a
deposição de N e o aumento da concentração do CO2 atmosférico — o principal responsável pelo aquecimento global —, além das contribuições de

P em vários ecossistemas mundiais, afetando sua produtividade e biodiversidade.

Estudos sobre os efeitos das mudanças globais na biogeoquímica do planeta têm se tornado cruciais para qualquer planejamento de uso de
recursos do ecossistema.

Etapas do ciclo do carbono


Na biosfera, o carbono pode ser encontrado como parte de matéria inorgânica, na forma de carbonatos ou bicarbonatos, ou como componente de
compostos produzidos pelo metabolismo de organismos (matéria orgânica).
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Ciclo biogeoquímico do carbono
Entenda a seguir o ciclo do carbono e a sua importância para o planeta.

Para que você compreenda o ciclo do carbono, é preciso entender o conceito essencial de biomassa, que é um tipo de energia renovável proveniente
do uso de matéria orgânica e inorgânica formada em algum processo biológico ou mecânico das substâncias que constituem seres vivos ou de
seus restos. A biomassa, a partir do material usado como fonte de energia, recebe as seguintes classificações:
Biomassa residual

Abrange subproduto ou desperdício gerado em atividades agrícolas, como poda ou desbaste (lenha), silvicultura e pecuária, bem como
resíduos da indústria agroalimentar (como casca de amêndoa e caroço de azeitona) e de processamento de madeira (serragem).

Seja na forma de compostos estruturais ou de substratos de armazenamento de energia, o carbono é o constituinte essencial da biomassa de
todos os organismos vivos conhecidos, uma vez que eles obtêm sua energia quebrando as ligações químicas dos compostos orgânicos. A
circulação dessas diferentes formas de C entre os variados compartimentos da Terra é conhecido como ciclo do carbono.

Do ponto de vista metabólico, existem dois tipos de organismos: aqueles que produzem sua própria biomassa para formar sua estrutura corporal e
fabricar reservas de energia (produtores primários ou seres autotróficos) e aqueles que obtêm biomassa de outros organismos (seres
heterotróficos). As vias metabólicas mais importantes do planeta são a produção e a decomposição de matéria orgânica por fotossíntese e por
respiração, respectivamente. Confira:

Fotossíntese expand_more
Respiração expand_more

Além da fotossíntese, possível graças à energia solar, existem outras rotas de produção primária mais comuns em áreas sem luz, como o fundo dos
oceanos, chamadas vias quimiossintéticas, realizadas por organismos que produzem biomassa a partir de energia gerada por reações químicas e
não pela radiação solar. Observe a seguir o processo de fotossíntese:

Esquema de fotossíntese.

A reação geral do processo de fotossíntese pode ser expressa da seguinte forma:


nCO2 + nH2O → (CH2O)n + nO2

Rotacione a tela. screen_rotation

Existem vias metabólicas de degradação orgânica que não precisam de O2 (anaeróbicas) e podem produzir não apenas CO2, mas também metano

(CH4). Elas adquirem grande relevância em áreas sem O2, como no fundo dos ecossistemas aquáticos, a exemplo de oceanos e lagos.

A produção de CO2 por degradação orgânica pode ocorrer tanto por vias aeróbicas (mais eficientes), na presença de O2 (respiração), quanto por vias

anaeróbicas, que não precisam de O2; enquanto a produção de CH4 é estritamente anaeróbica. Compare na tabela:

Vias aeróbicas Vias anaeóbicas

Presença de O2 (respiração) Ausência de O2

Produz CO2 Produz CO2 e CH4

Tabela: Via aeróbica e anaeróbica


Luciana Barreiros de Lima.

A matéria orgânica se acumula nos organismos vivos e nos ecossistemas, formando grandes reservas de C no solo e sedimentos nas bacias dos
lagos e oceanos.

Outra importante reserva de C da biosfera não é encontrada na biomassa, mas em compostos carbonatados nas águas alcalinas dos mares e
oceanos. O CO2 é uma molécula altamente reativa que tende a reagir com a água e produzir ácido carbônico (H2CO3), que pode ser convertido

fisicamente e quimicamente (sem mediação biológica) em bicarbonato (HCO3-) e carbonato (CO3-2).

Esses compostos inorgânicos de carbono dissolvidos nas águas podem formar minerais carbonatados sem a mediação da atividade biológica,
como precipitação de calcita e acumulação no fundo do mar ou lagos, além de grandes estruturas calcárias, como os recifes de coral formados pela
atividade de diferentes macro e micro-organismos.

Quanto mais alcalina a água, mais reservas inorgânicas de carbono em bases carbonatadas nos oceanos.
A contribuição dos ácidos orgânicos terrestres transportados pelas águas interiores, como lençol freático e rios, e o aumento da atmosfera de CO2,

resultante da atividade metabólica e dos vulcões, podem se tornar ácidos ao reagir com a água, contribuindo para o processo natural de acidificação
dos oceanos.

A acidificação reduz o pH e aumenta as concentrações de H2CO3 (a forma ácida do carbono inorgânico) na água, que pode ser convertida em CO2

na interface água-ar e atingir a atmosfera. Esse processo não ocorre com reservas inorgânicas de carbono na forma de bases dissolvidas no

ambiente aquático (HCO3- e CO3-2).

O CO2 é a principal moeda da biogeoquímica global de carbono, movendo-se entre sua forma livre e a que constitui as
reservas de carbono orgânico e inorgânico. Devido à sua capacidade de absorver o calor, alguns gases de carbono
presentes na atmosfera, especialmente CO2 e CH4, produzidos em ecossistemas terrestres e aquáticos de diferentes vias
metabólicas, contribuem para o efeito estufa, processo fundamental para a manutenção da temperatura.

Veja a imagem a seguir:

Em resumo, as etapas mais importantes do ciclo do carbono são:

Ciclo do carbono.
O carbono também é trocado entre os oceanos e a atmosfera. Isso acontece nos dois sentidos da interação entre ar e água. Além disso, o ciclo do
carbono possui processos que variam de muito rápidos até muito lentos.

O CO2 vem de várias fontes. Por exemplo, as plantas absorvem dióxido de carbono para madeira, galhos e folhas e o liberam para a atmosfera

quando as folhas caem ou a árvore morre.

Atualmente, há uma preocupação relacionada aos combustíveis fósseis, que têm sido responsáveis pelas grandes concentrações de CO2 liberadas

na atmosfera a uma taxa maior do que a capacidade do sistema climático de tolerar ou se adaptar. Observe:

Fontes de dióxido de carbono.

Segundo um estudo realizado pelo Observatório Mauna Loa, o planeta alcançou seu patamar mais crítico de concentração de fontes poluidoras em
2019. A concentração de dióxido de carbono (CO2) encontrada na atmosfera foi de 415 miligramas por litro (mg/L). Veja a evolução no gráfico:
Gráfico: Concentração de dióxido de carbono atmosférico

Segundo a National Oceanic Atmospheric Administration (NOAA), esse valor representa a maior concentração dessa substância química no planeta
desde os primeiros apontamentos de vivência humana. A emissão de CO2 está relacionada à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento.

O que fazer?

As evidências no ramo científico estão indicando que, para reduzir significativamente as emissões de carbono na atmosfera terrestre, é essencial
que haja a substituição do uso de combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia, como a fonte solar, a eólica, o biogás ou o hidrogênio.

A perda de cobertura vegetal, mesmo que seja motivada pela geração de hidrelétrica ou por criação de plantações para biocombustíveis, deve ser
analisada com muito cuidado devido às consequências potencialmente negativas dos processos de desmatamento. Além de todos os valores
materiais e intangíveis de biodiversidade, as taxas de produção primárias da vegetação são essenciais para regular o ciclo do carbono e o clima do
nosso planeta.
A regulação climática que é mediada pelo ciclo do carbono está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade, questão que deveria estar mais
presente em qualquer prática de planejamento acerca do uso de recursos naturais a médio e longo prazo.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Tipos de seres vivos decompositores

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Processo de decomposição
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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1

Entre os processos listados abaixo, marque aquele em que não ocorre devolução do dióxido de carbono à atmosfera.

A Fotossíntese

B Combustão

C Respiração

D Decomposição

E Degradação

Responder

Questão 2

(ENEM 2015) Na natureza, a matéria é constantemente transformada por meio dos ciclos biogeoquímicos. Além do ciclo da água, existem os
ciclos do carbono, do enxofre, do fósforo, do nitrogênio e do oxigênio. O elemento que está presente em todos os ciclos nomeados é o:

A Fósforo.

B Enxofre.

C Carbono.

D Oxigênio.
E Nitrogênio.

Responder

Ciclo biogeoquímico do nitrogênio


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o ciclo biogeoquímico do nitrogênio.

O ciclo do nitrogênio
A atmosfera é o principal reservatório de nitrogênio (N), concentrando até 78% dos gases, mas a maioria dos seres vivos não conseguem utilizá-lo. A
produção de aminoácidos e outros compostos nitrogenados dependem do nitrogênio presente nos minerais do solo. Portanto, apesar da grande
quantidade desse elemento na atmosfera, a escassez dele no solo é um fator limitante para o crescimento das plantas.

O processo pelo qual o nitrogênio circula pelo mundo orgânico e pelo mundo físico é chamado de ciclo do nitrogênio.

O N é um elemento essencial para a vida em nosso planeta, uma vez que faz parte das moléculas que constituem as proteínas (aminoácidos) e o
código genético (ácidos nucleicos) e é um componente basilar das enzimas, proteínas que permitem a maioria das reações metabólicas de síntese
e degradação da matéria orgânica.

A forma molecular de N (N2) constitui 78,1% da atmosfera da Terra e é o tipo de nitrogênio mais abundante na Terra. Porém,
é uma molécula praticamente inerte e não disponível para a maioria dos organismos vivos.
Como N está ausente na maioria dos substratos primários (rochas da crosta terrestre), o nitrogênio disponível para a biota deriva do processo
conhecido como fixação de N, que é basicamente a transformação de N2 atmosférico em nitrogênio reativo (Nr), o qual é utilizável pelos seres

vivos.

A seguir, esse processo é realizado de forma natural, principalmente, por algumas espécies de micro-organismos, tanto os de vida livre (em lagos,
solos e sedimentos) como os associados às raízes das plantas simbioticamente e, em menor medida, por relâmpagos e queimadas:

O N2 da atmosfera acabaria gradualmente, mas alguns micro-organismos executam a desnitrificação. Utilizam-se de formas reativas de N

nas vias metabólicas que, em última análise, produzem como subproduto o N2 que retorna à atmosfera, fechando o ciclo biogeoquímico

nitrogênio global.
As fases do ciclo do nitrogênio
O ciclo do nitrogênio, como os outros ciclos biogeoquímicos, tem um histórico definido, mas talvez ainda mais complicado do que os demais, visto
que deve seguir uma série de processos físicos, químicos e biológicos.

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Ciclo biogeoquímico do nitrogênio
Entenda a seguir o processo e a importância do ciclo do nitrogênio.
O nitrogênio é considerado o elemento mais abundante na atmosfera. Porém, dada sua estabilidade, é muito difícil que reaja com outros elementos
e, portanto, há um baixo aproveitamento, motivo pelo qual a abundância passa para o segundo plano. É necessária muita energia para desdobrar ou
combinar o nitrogênio com outros elementos como carbono ou oxigênio, por exemplo. Dois mecanismos podem desenvolver esses processos e
fornecer energia suficiente para formar nitratos (NO3). Veja:

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Descargas elétricas

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Existe uma terceira forma de fixação de nitrogênio que é realizada por bactérias que usam enzimas em vez de luz solar ou descargas elétricas.
Essas bactérias podem ser as que vivem livres no solo ou aquelas que, em simbiose, formam nódulos com as raízes de certas plantas
(leguminosas) para fixar nitrogênio, destacando os gêneros Rhizobium ou Azotbacter, os quais também atuam livremente.
A bactéria Rhizobium.

Outro grupo importante são os cianobactérias aquáticas (algas verde-azuladas) e bactérias quimiossintéticas, como o gênero Nitrosomas e
Nitrosococus, que desempenham um papel significativo no ciclo de nitrogênio ao transformar amônio em nitrito.

Já o gênero Nitrobacter continua com a oxidação de nitrito (NO2-) em nitrato (NO-3), que pode ser absorvido ou dissolvido em água, passando assim

para outros ecossistemas. Todas as bactérias pertencentes a esses gêneros fixam nitrogênio, nitratos (NO-3) ou amônio (NH3).
Cianobactérias em água.

Os animais herbívoros também sintetizam suas proteínas a partir dos vegetais, ao passo que os carnívoros a obtêm a partir dos herbívoros.

Todos os seres vivos armazenam grandes quantidades de nitrogênio orgânico na forma de proteínas, que retornam ao solo
nos excrementos ou na decomposição dos cadáveres.

No metabolismo de compostos nitrogenados, os animais acabam formando íons amônio, que são muito tóxicos e devem ser removidos para serem,
posteriormente, transformados por bactérias nitrificantes. Sua eliminação é feita na forma de:

Amônia

Alguns peixes e organismos aquáticos.


Ácido úrico

Aves e outros animais de áreas secas.

A fixação de nitrogênio tem um papel muito importante na agronomia, já que os agricultores dão um descanso a suas terras depois de certo número
de cultivos. Essa prática antiga dá oportunidade às bactérias nitrificantes de transformar nitrogênio atmosférico em compostos de nitrogênio
utilizáveis para as plantas. Observe o ciclo a seguir:
Ciclo de nitrogênio

Nesse ciclo existem as seis fases importantes, dentre as quais a assimilação não é realizada por bactérias. Veja:

Fixação expand_more

Nitrificação expand_more

Assimilação expand_more

Amonificação expand_more

Imobilização expand_more

Desnitrificação expand_more

Observe a representação do ciclo do nitrogênio:


Representação do ciclo do nitrogênio.

A chuva contém quantidades variáveis de nitrogênio na forma de amônio, nitrato e óxidos de nitrogênio e constitui uma fonte de nitrogênio
importante nos sistemas naturais. Essa contribuição varia entre 5 e 15kg de N/ha/ano. No entanto, para os sistemas agrícolas, esse valor é pequeno
em comparação com o efeito dos fertilizantes químicos.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 4 - Vem que eu te explico!

Organismos decompositores

Módulo 4 - Vem que eu te explico!

Formas e transição do carbono


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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(ENEM 2015) “O nitrogênio é essencial para a vida, e o maior reservatório global desse elemento, na forma de N2, é a atmosfera. Os principais

responsáveis por sua incorporação na matéria orgânica são micro-organismos fixadores de N2, que ocorrem de forma livre ou simbiontes com
plantas.” Adaptado de: Os grandes ciclos biogeoquímicos do planeta, de R. E. ADUAN et al.

Animais garantem suas necessidades metabólicas desse elemento pela

A absorção do gás nitrogênio pela respiração.

B ingestão de moléculas de carboidratos vegetais.

C incorporação de nitritos dissolvidos na água consumida.


D transferência da matéria orgânica pelas cadeias.

E ingestão de proteínas.

Responder

Questão 2

(Fuvest-SP) No ciclo do nitrogênio, os seres que devolvem N2 à atmosfera são as bactérias

A que transformam nitritos em nitratos.

B desnitrificantes.

C que transformam resíduos orgânicos em amônia.

D decompositoras.

E degradadoras.

Responder

Considerações finais
Através de ciclos biogeoquímicos, a matéria circula pelos ecossistemas, ou seja, do meio ambiente para os seres vivos e de volta ao meio ambiente.
Os organismos vivos selecionam elementos químicos com base em suas necessidades fisiológicas e a captação desses elementos leva a
transformações químicas lideradas por esses organismos.
Por outro lado, os ciclos biogeoquímicos mantêm dinâmica a composição da matéria viva e os demais componentes da biosfera. Assim, quando os
organismos morrem, seus componentes são renovados por processos químicos e geológicos para serem usados por outros organismos vivos.

A Terra é um sistema fechado, onde não entra nem sai matéria. As substâncias usadas não são perdidas, embora possam chegar a lugares onde
são inacessíveis aos organismos por um longo período. No entanto, a matéria quase sempre é reutilizada e circula muitas vezes, dentro e fora dos
ecossistemas.

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Leia:

Crédito de carbono pode ser “pior do que não fazer nada” contra desmatamento, aponta ProPublica, da BBC News Brasil, 2019.

Créditos de carbono: como neutralizar quando emitido em eventos, do SEBRAE, 2019.

Solo, de INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica.

Química da baixa atmosfera, de INPE/ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica.

Ciclos globais de carbono, nitrogênio e enxofre, de Química Nova Interativa, 2011.

Situação da água no mundo, ANA - Agência Nacional de Águas.

Como a planta consegue produzir seu próprio alimento?, de João Domingos Rodrigues, Museu Escola do IB - UNESP.

Fotossíntese, de Félix H. D. González, UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Níveis de CO2 na atmosfera aumentaram de forma nunca vista antes, de Maria E. Cury, Revista Exame, 2019.

A liberação do metano ártico pode criar um cenário apocalíptico, de José Eustáquio Diniz Alves, Portal EcoDebate, 2017.

El derecho humano al agua y al saneamento: notas para los medios, do Programa da ONU – Agua para la Promoción y la Comunicación en el marco
del Decenio y Consejo de Colaboración para el Abastecimiento de Agua y Saneamiento.

El derecho humano al agua, do Programa da ONU – Agua para la Promoción y la Comunicación en el marco del Decenio (UNW-DPAC).

Agua y Ciudades Hechos y Cifras, do Programa da ONU – Agua para la Promoción y la Comunicación en el marco del Decenio.

Decenio Internacional para la Acción ‘El agua fuente de vida’ 2005-2015, do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas
(ONU-DAES).
Referências
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Statistical Yearbook 2013 - World Food and Agriculture. Roma, 2013.

HADIAN, S.; MADANI, K. The Water Demand of Energy: Implications for Sustainable Energy Policy Development. Sustainability 5, n. 11, p. 4674-4687.
Publicado em: 5 nov. 2013.

MCMAHON, J. E.; PRICE, S. K. Water and energy interactions. Annual Review Environmental Resources, n. 36, p. 163-191. 2011.

ROCHA, G. O. et al. Química Sem Fronteiras: o desafio da energia. Quím. Nova, v. 36, n.10. São Paulo, 2013.

ZHANG, C.; ANADON, L. D. Life cycle water use for energy production and its environmental impacts in China. Environmental Science & Technology,
n. 47, p. 14459-14467. 2013.

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