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ANÁLISE FUNCIONAL E
INDICADORES DE
DESEMPENHO
ORGANIZACIONAL
Outubro de 2011
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 3
ANEXOS ............................................................................................................................................... 37
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O desenvolvimento organizacional, também assenta na
capacidade de reconhecermos o que de melhor as
pessoas têm
2
INTRODUÇÃO
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funcionais estáveis e/ou rígidos, para passarem a reflectir realidades organizacionais
mais dinâmicas e evolutivas que acompanham as inovações operadas nos domínios
da gestão, da organização do trabalho e da tecnologia.
Possa ser aplicada ao nível de cada organismo que integra o MINT, tendo em
consideração as opções estratégicas definidas superiormente;
Estabeleça a articulação funcional entre Objectivos de Desenvolvimento e
Melhoria dos Serviços, Redefinição de Funções e Competências requeridas
ao nível dos recursos humanos para a sua concretização
Permita a elaboração de um Manual de Análise e Descrição de Funções que
integre a totalidade das funções existentes nos diferentes Serviços e grupos
profissionais e sua inserção na respectiva estrutura orgânica.
O MINT tem como Missão, de acordo com o definido no seu Plano Estratégico de
2008 “Contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável do país,
assegurando a ordem, segurança e tranquilidade Públicas, a identificação de cidadãos
no país, o controlo do movimento migratório, e a prevenção e combate aos incêndios e
calamidades naturais”. De forma a cumprir este desiderato, considera-se necessário,
reflectir e definir o tipo de estrutura que, de modo mais eficaz, lhe dará suporte e
permitirá identificar uma multiplicidade de actividades indispensáveis à concretização
dos objectivos nele traçados.
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O conjunto diversificado de actividades que integram cada serviço do Ministério do
Interior, é composto por um determinado número de funções, que por sua vez, se
decompõemnum amplo número de tarefas e operações que asseguram o
cumprimento da respectiva missão de um posto de trabalho.
A estratégia da gestão de topo deve assim estabelecer e fixar, não apenas o tipo de
estrutura a adoptar, como também a identificação de um conjunto de funções-chave
que integrarão a referida estrutura. Desta forma, e no decurso da fase em que se
processa a análise e descrição de funções, existe uma noção clara dos objectivos de
cada função e dos factores críticos de sucesso que permitirão que a mesma seja
desempenhada com êxito. A partir desta definição, o MINT poderá proceder à
actualização e/ou criação dos perfis mais ajustados que cada titular deverá possuir
para atingir um nível elevado de desempenho.
ACTIVIDADE FINANCEIRA
PLANEAMENTO
CONTABILIDADE TESOURARIA ANÁLISE FINANCEIRA
FINANCEIRO
FACTORES CRITICOS
OBJECTIVO
DE SUCESSO
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Estes perfis permitirão reforçar tecnicamente os processos de recrutamento e
selecção dos trabalhadores, articulando as suas aptidões e comportamentos com as
exigências da função, como ainda, através dos desempenhos, definir um plano anual
de formação e fixar um conjunto de objectivos a atingir para que cada titular
corresponda ao que dele se espera e que decorre directamente dos factores críticos
de sucesso anteriormente enunciados.
É neste contexto menos rígido e mais dinâmico, que surge e se enraíza o conceito de
competência que, no plano individual (também usado no domínio da aprendizagem
organizacional), é indissociável:
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Sistémica porque combina de forma dinâmica os diferentes elementos que a
constituem.
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de análise funcional deverá identificar as lacunas (gaps) entre o perfil traçado e as
competências efectivamente demonstrados pelo titular da função.
A Análise Funcional constitui um exercício complexo, que deve ser desenvolvido por
técnicos qualificados e, preferivelmente, independentes face à função em análise. Por
este motivo (qualificação e equidistância), muitas instituições confiam esta tarefa a
consultores externos. É no entanto evidente, que o que se ganha em imparcialidade se
perde em conhecimento profundo da organização, o que, não raras vezes, leva ao
enviesamento dos resultados da análise.
ANO 1
ANO 2
ANO 3
ACTIVIDADES INDISPENSÁVEIS
ACTIVIDADES INDISPENSÁVEIS
financeira
recursos ...
logistica
humanos
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As metodologias habitualmente aplicadas na análise funcional consistem em:
De forma a evitar que a análise funcional seja distorcida devido a factores ligados à
visão que os titulares têm do cargo que desempenham, há um conjunto de regras que
devem ser retidas:
A partir desta etapa descritiva e analítica, deverá partir-se para a identificação dos
factores críticos de sucesso da função que são constituídos pelo conjunto de
tarefas das quais dependem 80% dos resultados alcançados pelo seu titular. Esta
fase consiste em submeter as várias tarefas identificadas a uma análise de Pareto,
com vista a apurar os 20%das tarefas que representam 80% dos resultados.
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Figura 3 - Análise de Pareto das tarefas de técnico da área da contabilidade
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Tal como foi anteriormente referido, o exercício de um cargo é dinâmico, podendo, ao
longo do tempo em que é desempenhado, conduzir a alterações significativas do seu
conteúdo, pelo que, a descrição de uma função não constitui um documento definitivo,
mas antes um documento activo que deverá ser periodicamente revisto e ajustado, de
modo a corresponder a modificações significativas do conteúdo da função, sobretudo
se tais alterações representam um enriquecimento funcional que aumenta a
complexidade das tarefas, alarga o domínio do cargo, o seu âmbito de gestão, ou a
autonomia e responsabilidade do seu titular.
Sempre que esta circunstância ocorre, deve proceder-se à reanálise da função e/ou de
outras que se encontrem em situação semelhante, avaliando-se se há impactos
significativos nas que com a mesma se interligam e reportam à mesma hierarquia.
Desta forma poderá confirmar ou infirmar alterações significativas do conteúdo de uma
função e daí tirar ilações, em termos de avaliação da mesma. Dependendo da
velocidade a que se operam as mudanças no meio envolvente, genericamente,
recomenda-se a actualização do Manual de Análise Funcional da organização em
ciclos de três anos.
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A ausência do processo de Análise/actualização funcional, dentro de prazos
considerados razoáveis, potencia o desenvolvimento de sentimentos de frustração e
desmotivação nos gestores e trabalhadores mais dinâmicos da organização, que são
justamente aqueles que, pela sua acção, modificam e enriquecem o conteúdo dos
cargos na estrutura organizacional, contribuindo assim, de forma decisiva, para o
progresso e desenvolvimento da organização como um todo.
PRINCIPAIS TAREFAS E
SÍNTESE RESPONSABILIDADES
1º Passo
FACTORES CRÍTICOS DE
SUCESSO
ANÁLISE
2º Passo
OBJECTIVO
SÍNTESE 3º Passo
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de uma dezena de e são orientadas para clientes Internos e Externos, poderíamos
tentar isolar os factores críticos de sucesso da seguinte forma:
Fundamental, será referir que o processo de análise funcional deve estar inserido no
contexto de desenvolvimento global da Administração Pública, seus princípios, valores
e cultura organizacional. A título de exemplo, na cultura organizacional do Japão, à
excepção do desenho das condições de trabalho, a análise funcional não é necessária
na medida em que a política de emprego é orientada por uma filosofia diferente.
Assim, no decurso dos processos de recrutamento e selecção as organizações, por
princípio, assumem que os indivíduos desenvolverão longas carreiras na sua
organização (não raras vezes, toda a sua vida profissional) e que desempenharão
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funções diversificadas em áreas distintas. Neste contexto, ao avaliar os candidatos a
ênfase é colocada na personalidade, atitudes, habilitações literárias e meio familiar, ao
invés dos conhecimentos e competências ligados à função.
Missão
Princípios
Valores
Objectivos
Milhares de
Plano Estratégico
Tarefas
AGREGAÇÃO EM FUNÇÕES
CONJUNTOS DE COMPETÊNCIAS
(Perfil)
Como faz;
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e em que consiste a sua actividade, estas três questões iniciais devem contemplar
ainda a identificação dos métodos de trabalho, relações funcionais estabelecidas
interna e externamente, respectivos fluxos de informação, equipamentos utilizados e
normas ou procedimentos instituídos e a aplicar.
Salienta-se que deverá ter sempre presente que a simples indicação das tarefas
efectuadas, não é suficiente para se compreender, de modo claro e rigoroso, em que
consiste a função no contexto organizacional.
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Deverá ainda identificar e descrever claramente dois factores essenciais a saber; a
autoridade e responsabilidade que é detida pelo titular do cargo e a sua autonomia e
liberdade de acção.
Os dados que recolheu, tratou e sistematizou nas fichas que integram o Manual de
Análise Funcional fornecerão as bases para:
Reorganizar serviços;
Complementar os procedimentos administrativos de recrutamento e selecção
com critérios mais técnicos;
Definir políticas e planos anuais de formação;
Qualificar/ hierarquizar funções;
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Implementar um sistema de avaliação individual de desempenho;
Planear efectivos.
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2.2.2 Divulgar a Intervenção
2.2.3.Realizar a Acção
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Como já foi referido, na sequênciada análise efectuada pela equipa de assessoria no
decurso das reuniões de trabalho realizadas junto dos serviços que integram o MINT,
não se recomenda, neste caso, o desenvolvimento de uma Análise Funcional através
da observação directa. Identificam-se as seguintes vantagens e inconvenientes de
cada um destes instrumentos:
VANTAGENS INCONVENIENTES
VANTAGENS INCONVENIENTES
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OBSERVAÇÃO DIRECTA
VANTAGENS INCONVENIENTES
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Deve empregar o infinitivo no início de cada frase que descreve as tarefas (ex:
elaborar relatórios de acompanhamento; definir as estratégias de abordagem; tratar
dados estatísticos).
2. DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO
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2.2 Descrição Detalhada
O que faz
Como faz
Indicar o objectivo que se pretende atingir com cada uma das tarefas
executadas.
O que se exige
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3.3. Competências Genéricas e Específicas
O conceito de competência individual deve ser entendido, não como
o conhecimento ou o saber propriamente ditos, mas como o acto de
mobilizar esses recursos (saberes) adequados à obtenção de
determinados resultados num dado contexto de trabalho.
Neste campo deverá identificar e inserir as competências genéricas e
específicas aplicáveis à função, podendo para tal, socorrer-se da
matriz constante no Anexo 4.
4. AUTONOMIA FUNCIONAL
5. RESPONSABILIDADES FUNCIONAL
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Responsabilidade pela transmissão de informações.
6. ENQUADRAMENTO FUNCIONAL
7. CONDIÇÕES DE TRABALHO
A ENTREVISTA SEMI-DIRIGIDA
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Definição dos Conteúdos Funcionais;
Descrição dos Processos de Trabalho;
Identificação das Exigências da Função.
TRABALHO PRÉVIO
DURANTE A ENTREVISTA
APÓS A ENTREVISTA
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Solicitar a disponibilidade para a reformulação final dos dados após o
tratamento da informação recolhida.
A entrevista deverá decorrer no local onde a função é exercida, desde que o ambiente
seja apropriado. A duração deve ser equacionada de acordo com os objectivos a
prosseguir e a complexidade da função, não devendo exceder as 3 horas
consecutivas.
PERFIL DO ANALISTA/ENTREVISTADOR
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TIPOS DE PERGUNTAS
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III. INDICADORES DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL – “GUIDELINES”
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resultados atingidos em períodos anteriores, obtendo-se assim uma série histórica
para análise.
Por um conjunto de indicadores não queremos dizer que quanto mais melhor, muito
pelo contrário, o que é necessário é um conjunto de indicadores que seja claro,
objectivo, simples, fácil de medir e que esteja de acordo com os objectivos da
organização. Não há necessidade de muitos indicadores, apenas o número suficiente
para se ter uma visão global de como a organização está a funcionar. Por outro lado,
também não existe uma quantidade óptima já que a necessidade está intimamente
relacionada com os objectivos e as estratégias definidas.
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entanto, os indicadores são, acima de tudo, instrumentos de informação com vista a
apoiar os gestores a comunicar, a negociar ou a decidir. Representam um número,
percentagem ou razão que mede um aspecto do desempenho, com o objectivo de
comparar esta medida com metas preestabelecidas.
Por outro lado, os indicadores têm que fornecer valores que quantifiquem o
desempenho excluindo a subjectividade das medidas, valores que representem
informações lógicas e objectivas.
Objectividade
O indicador deve ser inequívoco sobre o que está a ser medido e sobre os dados
que estão a ser usados para o seu apuramento. Os indicadores devem medir
correctamente o objectivo, devem estar alinhados com o resultado ou fim
previamente definido, de forma a permitir a medição efectiva da sua realização.
Credibilidade
A fonte de dados/informação utilizada para o cálculo do indicador deve ser
fidedigna, as fórmulas de cálculo associadas devem ser exactas e as unidades
de medida devem estar correctamente identificadas. Diferentes avaliadores
devem chegar a iguais resultados.
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Fáceis de recolher
As informações necessárias ao cálculo do indicador devem ser recolhidas e
actualizadas a um custo aceitável, face à sua utilidade.
Clareza
O indicador deve ser de fácil compreensão e não envolver dificuldades de cálculo
ou de uso.
Comparabilidade
Devem possibilitar a análise do desempenho ao longo do tempo, pelo histórico,
bem como a comparação com organismos, nacionais ou internacionais
(benchmarking), de forma identificarem-se boas práticas.
É claro
(O indicador só deve permitir uma única interpretação)
É exequível
(A recolha da informação deve ser rápida, fácil e atempada)
É passível de monitorização
(Deve proporcionar informação regular de forma a permitir detectar eventuais
desvios e possibilitando a tomada de medidas correctivas que possibilitem o
atingir das metas previamente fixadas)
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Possibilita a interpretação/comparação
(Pela comparação da meta associada ao indicador com um valor de referência
tal como, um resultado histórico ou um valor padrão internacional)
Responsabiliza
(O indicador deve medir o que é passível de ser influenciado por acções. Deve ser
claro sobre quem recai a responsabilidade dessas acções.)
Indicadores de Eficácia:
“Fizemos aquilo que nos propusemos a fazer?”
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Exemplos: ganhos de acessibilidade (medição da facilidade de
acesso de um ponto ao outro); percentagem de empresas
beneficiadas com colocação dos formandos.
INDICADOR DE EFICIÊNCIA:
“Quantos recursos consumimos em relação ao que propusemos
consumir?”
INDICADORES DE QUALIDADE
“Fizemos as coisas que nos propusemos, tão bem quanto deveríamos?”
3.3 Limitações
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público abrange amplo espectro de actividades e não é possível aplicar um modelo de
monitorização e avaliação indistintamente.
Por outro lado, nos dias de hoje, pensar em elementos de controlo (indicadores
quantitativos e qualitativos) é pensar também sistemas de informação já que a
utilização de sistemas informatizados permitirá processar e armazenar informação
para a monitorização do desempenho.
Por último, importa ter em atenção que, para que um sistema de avaliação sirva de
impulso para a melhoria, ele deve ser compreendido e aceite por todos os envolvidos,
sejam eles avaliadores ou avaliados, e a maneira de aumentar esta compreensão e
aceitação é envolve-los no processo de criação e desenvolvimento.
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Áreas/Dimensão Indicadores
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N.º de documentos técnicos
elaborados/publicados
Apoio técnico à formulação de políticas e N.º de informações/propostas técnicas
ao planeamento estratégico enviadas à tutela
Cumprimentos dos prazos de
disponibilização de estatísticas
Nº de metodologias de avaliação
produzidas/implementadas
N.º de relatórios produzidos
N.º de acções/inspecções
Acompanhamento e avaliação
% recomendações resultantes de
inspecções/auditorias realizadas no ano
(n-1) efectivamente implementadas no
ano (n)
N.º de notícias divulgadas
Comunicação e Relações Públicas
N.º de eventos realizados
Índice de satisfação dos cidadãos/
utentes com o desempenho global da
organização
% de cidadão/utentes muito Satisfeitos
com a organização
Prestação de Serviços aos Grau de satisfação dos cidadãos/utentes
Cidadãos/Utentes com o horário de atendimento
Grau de satisfação dos cidadãos/utentes
com a informação/serviço prestado
Tempo médio de atendimento ao cidadão
Percentual de atendimentos realizados
no prazo
Nº de reclamações dos cidadãos/utentes
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ANEXOS
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