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A ESTRUTURA SIRI

OS 3 BLOCOS DE CONSTRUÇÃO E OS 8 PILARES

A Estrutura SIRI identifica os 3 blocos de construção fundamentais – Tecnologia,


Processo e Organização – que devem ser considerados para qualquer fábrica ou fábrica
para se transformar em uma fábrica/fábrica do futuro. Todos os 3 blocos de construção
devem ser considerados para aproveitar todo o potencial da Indústria 4.0.
Sustentando os 3 blocos de construção estão 8 pilares principais, que
representam áreas críticas nas quais as empresas devem se concentrar para se tornarem
organizações prontas para o futuro sob o modelo de referência da Indústria 4.0
O BLOCO DE CONSTRUÇÃO DA TECNOLOGIA

O avanço tecnológico foi a pedra angular das últimas três grandes revoluções
industriais. A descoberta da energia a vapor possibilitou a primeira revolução industrial,
enquanto as inovações na energia elétrica catalisaram a segunda. De maneira
semelhante, a Indústria 3.0 foi impulsionada pelo advento dos sistemas eletrônicos e de
Tecnologia da Informação (TI), que permitiram às empresas alcançar um grau
incomparável de precisão e eficiência por meio da automação A tecnologia permanece
crítica na Indústria 4.0. Novas tecnologias digitais, como computação em nuvem,
aprendizado de máquina e Internet das Coisas (IoT) estão criando um cenário industrial
hiper conectado, onde ativos e equipamentos físicos são integrados a sistemas
corporativos para permitir a troca e a análise de dados constantes e dinâmicas. Esses
sistemas cibe físicos, por sua vez, tornam as empresas mais ágeis e ágeis.
Para que as empresas realizem suas ambições da Indústria 4.0, é necessário um
alto grau de automação, conectividade onipresente e sistemas inteligentes. Para refletir
isso, o bloco de construção Tecnologia foi segmentado nos 3 pilares de Automação,
Conectividade e Inteligência.
O Pilar da Automação
A automação — a aplicação de tecnologia para monitorar, controlar e executar
a produção e entrega de produtos e serviços — foi a marca registrada da Indústria 3.0.
Ele não apenas liberou os trabalhadores de tarefas mundanas e repetitivas, mas
também melhorou a velocidade, a qualidade e a consistência da execução.
Embora a automação tenha sido e continue sendo um facilitador fundamental
para as empresas, o papel da automação está mudando. Para lidar com a crescente
demanda por lotes menores e produção sob demanda, não é mais suficiente
simplesmente maximizar a eficiência. Para se adaptar rapidamente às necessidades do
mercado em constante mudança, a automação precisa ser flexível em vez de fixa. À
medida que os sistemas de automação se tornam flexíveis, eles gerarão uma gama
maior de produtos em lotes menores, sem a necessidade de investir em capital
significativo ou tempo para reformular ou reprojetar processos. Isso coloca os
fabricantes em uma posição mais competitiva, ajudando-os a buscar uma grande
variedade de oportunidades de negócios globais e a se adaptar às necessidades dos
clientes em rápida mudança.
O Pilar da Conectividade
A conectividade mede o estado de interconexão entre equipamentos, máquinas
e sistemas baseados em computador para permitir a comunicação e a troca de dados
entre os ativos. Assim como a Automação, o conceito de Conectividade assumiu um
novo significado na Indústria 4.0. Todos os dias, mais e mais dispositivos e sistemas estão
sendo convertidos de formatos com fio e analógicos para formatos sem fio e digitais.
Esses dispositivos habilitados para IoT também estão aumentando em qualidade e
quantidade, gerando enormes quantidades de dados como resultado. Os avanços
tecnológicos na computação em nuvem e na infraestrutura sem fio também possibilitam
que os dados sejam coletados e gerenciados centralmente. Da mesma forma, os
sistemas que antes eram independentes ou isolados agora podem ser integrados,
unificando os vários sistemas de chão de fábrica, instalações e empresas por meio de
redes conectadas em toda a organização. A interoperabilidade a capacidade de acessar
dados entre ativos e sistemas com facilidade. As empresas precisam padronizar ou fazer
uso de tecnologias e protocolos de comunicação complementares para estabelecer
redes de comunicação mais abertas, inclusivas e transparentes.
Esses sistemas profundamente interconectados também fazem da segurança
cibe física um aspecto integral da conectividade. As operações de fabricação hiper
conectadas podem aumentar o número de pontos vulneráveis em um sistema, o que
pode dar aos ataques cibernéticos um impacto muito mais extenso do que antes. Para
mitigar esse risco, arquiteturas de segurança cibernética seguras e resilientes
precisarão ser estabelecidas.
O Pilar da Inteligência
Enquanto a Automação fornece o músculo para a Indústria 4.0 e a Conectividade
atua como seu sistema nervoso central, a Inteligência é o cérebro que alimenta esta
nova era. Automação e Conectividade se concentram em estabelecer ligações entre
equipamentos, máquinas e sistemas baseados em computador para a coleta e
integração de dados. Inteligência é sobre o processamento e análise desses dados.
Isso é importante, pois a fabricação moderna não é mais apenas encontrar maneiras de
operar mais rapidamente e reduzir despesas; trata-se também de fazê-lo de forma
inteligente e orientada por dados.
Os benefícios do pilar Inteligência são significativos e de longo alcance. Com
tecnologias como nuvem e análise de dados, as grandes quantidades de dados gerados
podem ser processadas e traduzidas em insights acionáveis para diagnosticar problemas
e identificar oportunidades de melhoria. Com o aprendizado de máquina, sistemas
altamente inteligentes podem ajudar a força de trabalho a prever falhas de
equipamentos e mudanças nos padrões de demanda. Na melhor das hipóteses, esses
sistemas inteligentes também podem tomar decisões de forma autônoma e responder
às mudanças nas necessidades de negócios internas e externas.
O BLOCO DE CONSTRUÇÃO DO PROCESSO

Para maximizar o valor, a Tecnologia deve sempre ser aplicada em conjunto com
Processos eficazes e bem desenhados. Afinal, usar a tecnologia para digitalizar um
processo mal projetado só resultará em um processo digital mal projetado. Por outro
lado, a aplicação de tecnologia a um processo bem desenvolvido aumentará sua
eficiência e permitirá a criação de novo valor.
Desde os primórdios da fabricação moderna, as empresas têm usado melhorias
de processo para reduzir custos e reduzir o tempo de colocação no mercado.
Anteriormente, as empresas concentravam seus esforços na melhoria da eficiência dos
processos individuais. Na Indústria 4.0, o conceito de melhorias de processo se expandiu
para se concentrar na integração de processos dentro das Operações, Cadeia de
Suprimentos e Ciclo de Vida do Produto de uma empresa. Isso decorre do novo ideal de
conectar instalações inteligentes com todas as partes da cadeia de valor da produção.
À medida que os processos de Operações, Cadeia de Suprimentos e Ciclo de Vida
do Produto forem integrados, eles convergirão em um único sistema unificado, onde os
dados são compartilhados, processados e integrados nas camadas de gerenciamento de
produtos, produção e empresa da organização. Isso gerará o próximo salto em
flexibilidade e eficiência.
O Pilar de Operações
O primeiro pilar, Operações, engloba o planejamento e a execução dos processos
que levam à produção de bens e serviços. O objetivo final é converter matérias-primas
e mão de obra em bens e serviços com o menor custo. Embora esse objetivo não mude
no contexto da Indústria 4.0, as empresas agora podem acessar novas tecnologias e
abordagens para atingir esse objetivo de forma mais rápida e com melhores resultados.
Por exemplo, as empresas podem usar a análise de dados para reduzir o desperdício,
identificando e melhorando processos ineficientes. Eles também podem usar
comunicações sem fio para conectar processos e sistemas discretos, para permitir o
monitoramento remoto e o controle descentralizado de ativos.
O Pilar da Cadeia de Suprimentos
O gerenciamento da Cadeia de Suprimentos engloba o planejamento e
gerenciamento de matérias-primas e estoque de um produto ou serviço da empresa,
desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Sob a Indústria 4.0, os modelos
tradicionais de cadeia de suprimentos se tornarão cada vez mais digitais: os processos
em toda a cadeia de suprimentos serão conectados por meio de uma rede de sensores
e gerenciados por meio de um hub de dados central e mecanismo de análise. A
digitalização das cadeias de suprimentos também permitirá que decisões sobre custo,
estoque e operações sejam feitas de uma perspectiva de ponta a ponta, e não
isoladamente. Essa evolução beneficia todos os players da cadeia de valor, com maior
agilidade devido aos lead times reduzidos; maior flexibilidade por meio da otimização
em tempo real para necessidades em constante mudança; maior personalização; maior
eficiência e maior transparência, tanto internamente quanto para os parceiros.
O Pilar do Ciclo de Vida do Produto
O Ciclo de Vida do Produto refere-se à sequência de etapas pelas quais todo
produto passa desde sua conceituação inicial até sua eventual retirada do mercado.
Esses estágios vão desde o projeto, engenharia e fabricação até o uso do cliente, serviço
e descarte. Uma estrutura robusta de gerenciamento do ciclo de vida do produto
sempre foi parte integrante das operações de fabricação; no entanto, ciclos de produtos
mais curtos e uma demanda crescente por personalização acentuaram a necessidade de
maior integração e digitalização nas diferentes etapas do ciclo de vida do produto.
Os avanços nas ferramentas digitais tornaram mais fácil do que nunca reunir
dados, processos, sistemas de negócios e pessoas para criar um único backbone de
informações unificado que pode ser gerenciado digitalmente.
A Indústria 4.0 também introduz o conceito de “gêmeo digital”, que é uma
representação virtual dos ativos físicos, processos e sistemas envolvidos em todo o ciclo
de vida do produto. Um gêmeo digital oferece dois benefícios principais. Em primeiro
lugar, as informações geradas em cada etapa podem ser compartilhadas de forma
transparente, facilitando uma melhor tomada de decisão e permitindo que os processos
sejam otimizados dinamicamente em outras etapas. Isso permite que as empresas
reduzam seus ciclos de projeto e engenharia e respondam às demandas dos clientes
mais rapidamente. Em segundo lugar, um gêmeo digital remove as limitações de
trabalhar com protótipos físicos.
Ao trabalhar com o gêmeo digital, vários protótipos podem ser criados e testados
virtualmente em velocidade, em escala e a um custo muito menor.
O BLOCO DE CONSTRUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A organização é o terceiro alicerce da Indústria 4.0. Muitas vezes subestimada, a


Organização desempenha um papel igualmente importante ao lado de Tecnologia e
Processos Para permanecer relevante diante da crescente concorrência na Indústria 4.0,
as empresas devem adaptar suas estruturas e processos organizacionais para permitir
que sua força de trabalho acompanhe o ritmo.
A Indústria 4.0 exige um foco maior em dois componentes principais que podem
afetar a eficácia de uma organização. O primeiro componente são as pessoas que
compõem a organização – toda a força de trabalho, desde a alta administração até as
equipes operacionais. O segundo componente são os sistemas institucionais que regem
o funcionamento da empresa.
Ambos os componentes devem ser levados em consideração para colher
plenamente os benefícios da Indústria 4.0. Por exemplo, mesmo uma equipe de
liderança e força de trabalho competentes serão desmotivadas por estruturas rígidas,
práticas inconsistentes e processos isolados. Da mesma forma, canais abertos para
colaboração e inovação não serão eficazes a menos que os funcionários sejam
informados e incentivados a usá-los.
Como tal, as melhorias necessárias devem ser feitas às pessoas, representadas
pela Talent Readiness, e à empresa, representada por Structure & Management, antes
que uma empresa possa implementar as estratégias da Indústria 4.0 de forma eficaz.
O Pilar de Prontidão de Talentos
Para que qualquer transformação agregue valor, Talent Readiness – a capacidade
da força de trabalho de impulsionar e entregar iniciativas da Indústria 4.0 – será uma
chave fator para o sucesso. À medida que as organizações adotam estruturas mais
planas e tomadas de decisão descentralizadas, torna-se fundamental construir uma
força de trabalho competente e flexível, caracterizada por aprendizado e
desenvolvimento contínuos em todos os níveis.
Todos têm um papel a desempenhar A administração deve estabelecer sistemas
ou práticas que permitam que as pessoas estejam constantemente a par das os mais
recentes desenvolvimentos na Indústria 4.0. Isso permitirá que eles capturem novas
oportunidades para impulsionar a melhoria. Ao mesmo tempo, a força de trabalho mais
ampla precisa ser multi-qualificada e adaptável para gerenciar as operações dinâmicas
e digitalizadas da Indústria 4.0.
Isso é possibilitado por programas formais de desenvolvimento de talentos que
não apenas estão alinhados com os objetivos de negócios e recursos humanos da
empresa, mas também promovem uma cultura de autoaprendizagem e
desenvolvimento pessoal. Se for bem-sucedido, uma força de trabalho qualificada e
autodidata e um núcleo de liderança serão criados, capazes de maximizar o valor de
qualquer iniciativa de transformação.
O Pilar Estrutura e Gestão
A Estrutura de uma organização é o seu sistema de regras e políticas explícitas e
implícitas que descrevem como os papéis e responsabilidades são atribuídos,
controlados e coordenados. A estrutura influencia como as equipes agem e interagem
e como as iniciativas devem ser implementadas para atingir os objetivos
organizacionais. Assim como o desenho do processo determina o sucesso da produção,
a Estrutura de uma organização determina o sucesso da empresa em alcançar seus
objetivos. Sob a Indústria 4.0, as organizações verão maior descentralização da tomada
de decisões, maior abertura no compartilhamento de informações e mais colaboração
entre as equipes, tanto internamente quanto com parceiros externos. A longo prazo,
isso permitirá que as empresas tomem decisões de maneira mais ágil e se tornem mais
responsivas às mudanças.
Enquanto isso, a gestão é fundamentalmente sobre fazer com que as pessoas
trabalhem juntas em direção a um objetivo comum bem definido. Dadas as mudanças
de paradigma em várias frentes, a Indústria 4.0 também é um exercício de
gerenciamento de mudanças. Uma liderança forte, apoiada por uma estratégia clara e
estrutura de governança, é, portanto, essencial para qualquer organização navegar com
sucesso neste mundo cada vez mais complexo e altamente conectado. A estrutura e o
gerenciamento robustos tornarão uma organização mais flexível, colaborativa e
capacitada para projetar e implementar estratégias da Indústria 4.0 de forma eficaz.

AS 16 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
Os 3 blocos de construção e 8 pilares que acabamos de descrever estão
mapeados em 16 dimensões, que são áreas de avaliação, abrangidas pela ferramenta
Matriz de Avaliação, que as empresas podem usar para avaliar a prontidão atual de suas
instalações. Uma breve descrição de cada uma das 16 dimensões é fornecida nesta
seção.
Dimensão 1: Processo — Integração vertical
A Integração Vertical é uma das três características principais de uma instalação
digitalizada definida na Indústria 4.0 pela acatech. Pode ser entendido como a
integração de processos e sistemas em todos os níveis hierárquicos da pirâmide de
automação dentro de uma instalação para estabelecer um encadeamento de dados
conectado de ponta a ponta. Esta dimensão procura avaliar a extensão das
conexões e ligações formais entre e entre processos e sistemas, e também leva em conta
como os dados são trocados e analisados. Em sua forma ideal, a dimensão Integração
Vertical define um estado em que todos os sistemas de OT e IT nos níveis de produção
e corporativo são integrados em redes automatizadas, interoperáveis e flexíveis que
permitirão a troca de dados, análise e tomada de decisões sem interrupções. Isso, por
sua vez, permitirá uma melhor comunicação, flexibilidade e eficiência operacional, além
de permitir respostas mais rápidas e combinadas a quaisquer alterações na
disponibilidade de recursos, demandas operacionais ou tipos de produtos.
Dimensão 2: Processo — Integração horizontal
A Integração Horizontal, a segunda característica chave da Indústria 4.0, refere-
se à integração dos processos empresariais em toda a organização e com outras partes
interessadas ao longo da cadeia de valor. Os processos corporativos incluem
planejamento de demanda, compras, logística e serviços pós-venda, enquanto as partes
interessadas incluem fornecedores, parceiros de negócios e clientes. Assim como a
Integração Vertical, a Integração Horizontal avalia a presença de canais formais que
permitem o compartilhamento de informações, bem como a forma como os dados são
trocados e analisados. À medida que os processos e sistemas se tornam cada vez mais
definidos e digitais, a Integração Horizontal descreve um estado final onde os processos
internos de uma empresa convergem com os de seus fornecedores e parceiros. Isso cria
uma rede interoperável e transparente, dentro da qual todas as partes interessadas são
capazes de coordenar e otimizar seus processos, tarefas e decisões em toda a cadeia de
valor. Além de possibilitar maior produtividade e prazos de entrega mais curtos, essa
cadeia de valor integrada também pode facilitar a criação de novos modelos de negócios
e operacionais.
Dimensão 3: Processo — Ciclo de vida do produto integrado
O Ciclo de Vida Integrado do Produto integra pessoas, processos e sistemas ao
longo de todo o ciclo de vida do produto e também examina como os dados são
coletados, gerenciados e analisados nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto.
Esses estágios incluem projeto e desenvolvimento, engenharia, produção, uso do
cliente, serviço e descarte.
Para construir um Ciclo de Vida Integrado do Produto, as empresas precisarão
usar ferramentas e sistemas digitais para criar um backbone de informações de
produção que possa ser acessado pelos funcionários e suas redes corporativas
estendidas. No estágio mais avançado, as empresas podem criar “gêmeos digitais” de
processos e ativos.
Ao remover as restrições físicas por meio desses gêmeos digitais, as empresas
podem encurtar os ciclos de desenvolvimento, melhorar os sistemas existentes e lançar
novos processos e produtos com rapidez e escala.
Para Dimensões 4–12
Sob o bloco de construção Tecnologia, a Estrutura SIRI e a Matriz de Avaliação
segmentam as áreas de avaliação em três camadas: o Chão de Fábrica, onde são
realizadas a produção e gestão de bens; a Empresa, onde são realizadas as tarefas
administrativas; e a Instalação, que é o edifício físico ou instalações onde ocorre a
produção.
Dimensões 4–6: Automação – Chão de fábrica, empresa e instalação
Nas camadas de chão de fábrica, empresa e instalações, as dimensões de
automação avaliam o grau e a flexibilidade da automação, bem como a extensão de sua
integração em vários sistemas. As bandas inferiores avaliam os níveis gerais de
automação dos processos de produção e suporte. A flexibilidade é então introduzida em
uma faixa mais alta, pois a automação flexível permitirá que os processos sejam
reconfigurados e as máquinas sejam refeitas. Isso permite que as empresas fabriquem
uma maior variedade de produtos com tempos de resposta mais curtos. Em
seu estágio mais avançado, os sistemas de automação em todas as três camadas irão
convergir e interagir dinamicamente uns com os outros como um todo integrado único.
Dimensões 7–9: Conectividade — Chão de fábrica, empresa e instalação
As dimensões Conectividade avaliam o nível de interconectividade entre os
equipamentos, máquinas e sistemas que residem nas camadas Chão de Fábrica,
Empresa e Instalações. Uma vez que as conexões formais tenham sido estabelecidas
entre ativos e sistemas, as bandas mais altas medem a interoperabilidade, segurança,
velocidade e agilidade da rede como um todo.
Essas qualidades permitem que os sistemas interconectados se comuniquem
perfeitamente e que sejam reconfigurados dinamicamente em resposta às necessidades
em mudança.
Dimensões 10–12: Inteligência — Chão de fábrica, empresa e instalação
As dimensões de Inteligência avaliam a capacidade dos sistemas de TI e OT nas
camadas de Chão de Fábrica, Empresa e Instalações para identificar e diagnosticar
quaisquer desvios e se adaptar às necessidades em mudança. Nas bandas mais baixas,
a inteligência básica é derivada do processamento de grandes quantidades de dados e
da detecção de quaisquer desvios de parâmetros predefinidos. À medida que algoritmos
e modelos mais avançados são introduzidos, os sistemas de computador serão capazes
de detectar desvios, identificar causas prováveis e até prever possíveis falhas com
antecedência. Em última análise, os sistemas de TI e TO aprenderão e se adaptarão de
forma autônoma a novas necessidades enquanto tomam decisões por conta própria
para otimizar processos, ativos e recursos.
Dimensão 13: Organização — Aprendizado e Desenvolvimento da Força de Trabalho

Uma estratégia de Aprendizagem e Desenvolvimento da Força de Trabalho


(“T&D”) visa desenvolver as capacidades, habilidades e competências da força de
trabalho para alcançar a excelência organizacional. No contexto da Indústria 4.0, isso é
especialmente crítico, pois novas tecnologias e processos alterarão fundamentalmente
a natureza do trabalho e os tipos de habilidades necessárias. Os recursos tradicionais de
engenharia precisarão ser aumentados com novas habilidades digitais, como análise de
dados, integração de sistemas e desenvolvimento de software.
A longo prazo, toda a força de trabalho precisa ter confiança digital, o que pode
incluir habilidades como interpretação de dados e gerenciamento de automação.
Os funcionários também precisarão se adaptar a novos tipos de interações entre
pessoas e máquinas, onde os humanos gerenciam as operações ao lado de máquinas e
sistemas inteligentes.
Como proxy da prontidão da força de trabalho, a dimensão Aprendizado e
Desenvolvimento da Força de Trabalho mede a qualidade dos programas de T&D de
uma empresa. Para começar, os programas de T&D devem ser estruturados e
implementados de forma contínua; isso proporcionará aos funcionários oportunidades
de aprendizado contínuo, ajudando-os a adquirir novas habilidades e aprimorar as já
existentes. Isso é importante, pois as necessidades ocupacionais e as funções de
trabalho evoluem com o tempo.
Para alcançar um alto nível de prontidão da força de trabalho, os programas de
T&D devem estar alinhados às necessidades do negócio e integrados a outras funções-
chave de recursos humanos, como atração de talentos e desenvolvimento de carreira.
Eles também devem ser atualizados dinamicamente com base no feedback e insights
fornecidos por funcionários e equipes de negócios, e devem posicionar proativamente
a força de trabalho para habilidades futuras. Programas de T&D integrados e voltados
para o futuro permitem que as empresas construam uma força de trabalho de alto
desempenho e pronta para o futuro, capaz de gerenciar e sustentar as iniciativas da
Indústria 4.0.
Dimensão 14: Organização — Competência de Liderança
A Competência de Liderança refere-se à prontidão do núcleo de gestão para
alavancar os mais recentes conceitos e tecnologias para a continuidade da relevância e
competitividade da empresa. Como a transformação é uma jornada de vários anos que
evoluirá e se adaptará ao longo do tempo, ela deve ser liderada por um forte núcleo de
liderança com comprometimento, uma visão clara e as capacidades e conhecimentos
certos. Para liberar todo o seu potencial, as empresas podem adotar estruturas
organizacionais mais planas e permitir a tomada de decisão descentralizada. Nas faixas
inferiores, esta dimensão examina a familiaridade da equipe de gestão com os mais
recentes conceitos e tecnologias, e as formas pelas quais esse conhecimento é
adquirido.
As empresas devem estabelecer processos e sistemas para a aquisição de
informações sobre as últimas tendências, conceitos e tecnologias. À medida que a
empresa progride, essa dimensão medirá a capacidade da equipe de liderança de
projetar, executar e adaptar de forma independente estratégias de transformação para
garantir a relevância da empresa no longo prazo.
Dimensão 15: Organização — Colaboração Inter e Intra-Empresa
Colaboração entre empresas e intraempresas refere-se ao processo de trabalhar
em conjunto, tanto internamente quanto com parceiros externos, para alcançar uma
visão e um propósito compartilhados. A Indústria 4.0 criou uma rede conectada de
sistemas e tecnologias que reduzem o custo da colaboração. Também redefiniu a base
da competição enquanto aumentava o ritmo da mudança; em um ambiente tão
altamente conectado, as empresas devem ser capazes de colaborar de forma eficaz e se
adaptar rapidamente. No entanto, as maiores barreiras à colaboração muitas vezes não
são de natureza técnica, mas cultural e institucional.
Como tal, a Colaboração Inter e Intra-Empresa A dimensão avalia os canais
formais que permitem que os funcionários compartilhem informações e trabalhem
juntos, bem como as estruturas e sistemas institucionais que permitem o florescimento
de comportamentos e iniciativas colaborativas. Estruturas organizacionais mais planas
permitem tomadas de decisão mais rápidas e o alinhamento de incentivos pode
capacitar a força de trabalho para colaborar de forma mais eficaz.
Em sua forma mais alta, as equipes multifuncionais podem ser formadas
dinamicamente em departamentos internos e até incluir parceiros e clientes, com
objetivos compartilhados, recursos e indicadores-chave de desempenho (KPIs)
conjuntos.
Os benefícios de um alto nível de colaboração são profundos. Por meio de uma
colaboração inter e intra efetiva e aberta, as empresas podem aproveitar um grau mais
amplo de conhecimento e recursos para enfrentar desafios complexos e com várias
partes interessadas. A longo prazo, isso mudará a empresa de uma cultura de
competição interna para uma cultura de objetivos compartilhados, responsabilidade e
recompensa.
Dimensão 16: Organização — Estratégia e Governança
Estratégia e Governança referem-se ao desenho e execução de um plano de ação
para atingir um conjunto de metas de longo prazo. Inclui a identificação de prioridades,
a formulação de um roteiro e o desenvolvimento de um sistema de regras, práticas e
processos para traduzir uma visão em valor real de negócios.
Esta dimensão examina quão bem uma organização desenvolveu e implementou
sua estratégia e um modelo de governança robusto. Ambos os fatores são críticos e
devem existir em conjunto para gerenciar a complexidade que vem com a crescente
interconectividade de processos, sistemas e pessoas.
Para navegar pelas mudanças e mitigar os riscos, as empresas precisarão definir
sua visão e resultados, ao mesmo tempo em que estabelecem princípios orientadores
consistentes e estruturas de apoio. Isso orientará a tomada de decisões e ajudará a
determinar as abordagens necessárias para alcançar os resultados desejados pela
empresa. As diferentes faixas mapeiam a progressão natural que uma empresa fará,
desde a identificação da Indústria 4.0 como foco estratégico até o desenvolvimento,
implementação, dimensionamento e aprimoramento contínuo da estratégia e do
modelo de governança.

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