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TERAPIA EM VOZ

Para a voz normal não existe uma definição


aceitável. Porém, para a voz adaptada é a voz de
qualidade aceitável socialmente: não interfere na
inteligibilidade da fala, permite o desenvolvimento
profissional do indivíduo. A voz adaptada tem a
frequência, a intensidade, a modulação e a
projeção apropriadas para o sexo e idade do
falante.
As abordagens da terapia de voz podem ser classificadas como:

- Método;
- Técnica;
- Exercício
- Sequência.
- TÉCNICA: é o conjunto de modalidades de aplicação de um exercício vocal,
utilizadas de modo racional, para um fim específico.
Ex: técnica de vibração.

- EXERCÍCIO: é qualquer estratégia para corrigir ou aprimorar uma dada


habilidade vocal ou parâmetro de voz e baseia-se na necessidade do indivíduo

- SEQUÊNCIA: é uma série de procedimentos ou exercícios organizados, com


ordem pré-determinada, para um fim específico.
Ex.: sequência de arrancamento para o granuloma (amputação da lesão,
por meio da criação de um pedículo com área isquêmica e sua posterior expulsão).

- MÉTODO: é o conjunto de regras e normas, que visa proporcionar uma melhor


produção vocal. O Método Lee Silverman é muito aplicado no tratamento da
disartria hipocinética, como o Parkinson.
- Para o tratamento das disfonias, Behlau (2004) dividiu as abordagens como:

- 1) MÉTODO CORPORAL: esse método busca mudar o padrão muscular


habitual e oferece ao paciente a possibilidade de um novo ajuste; pode ser feito
por dois modos:

a) Ação direta: movimento dos músculos do próprio aparelho fonador ou


estreitamento relacionado a esse sistema;

b) Ação indireta: movimentos de todo o corpo com a finalidade de alcançar


harmonia entre a voz e o corpo;

Alguns exemplos são: mudança de posição de cabeça com sonorização,


massagem na cintura escapular, manipulação digital da laringe, massageador
associado à sonorização glótica, movimentos cervicais e rotação de ombros.
2) MÉTODO DE ÓRGÃOS FONOARTICULATÓRIOS: refere-
se à associação de movimentos ou funções neurovegetativas
(sucção, mastigação, deglutição e respiração). A manipulação
dos órgãos fonoarticulatórios participantes na produção vocal.
Alguns exemplos desse método são a técnica de
deslocamento lingual, de rotação de língua no vestíbulo, de
estalo de língua com som nasal, de bocejo/suspiro, de
mastigatória e de abertura de boca.
3) MÉTODO AUDITIVO: a audição é determinante na
qualidade e no controle da produção vocal. O
tratamento da voz baseado na transformação da
audição da própria voz e seu consequente impacto na
qualidade vocal tem como técnica: repetição auditiva,
amplificação sonora, mascaramento auditivo,
monitoramento auditivo-retardado e marcapasso vocal.
4) MÉTODO DE FALA: é a modificação da produção da
fala para facilitar a produção vocal. Objetivo: alcançar
uma qualidade vocal mais harmônica, com redução do
grau de alteração vocal por meio de uma melhor
coordenação das forças mioelásticas e aerodinâmicas
da laringe.
As técnicas vocais desse método são: voz salmodiada,
monitoramento por múltiplas vias, modulação de
frequência e intensidade de fala, leitura somente de
vogais, sobrearticulação e fala mastigada.
5) MÉTODO DE SONS FACILITADORES: neste método, o
tratamento da voz é realizado com o emprego de sons
selecionados (sons de apoio), que propiciam uma
produção vocal mais equilibrada.
O objetivo é favorecer um melhor equilíbrio funcional da
produção vocal.

As técnicas vocais que compõem esse método são: sons


nasais, sons fricativos, sons vibrantes, sons plosivos, som
basal, som hiperagudo.
6) MÉTODO DE COMPETÊNCIA FONATÓRIA: esse método
busca ajustar o fechamento glótico. A competência glótica significa
aposição suficiente das pregas vocais, alongamento das pregas
correspondente à frequência da voz e resistência glótica
adequada para se contrapor à força da coluna aérea pulmonar.
As principais técnicas são: fonação inspiratória,
sussurro, ataques vocais, emissão em TMF escalas
musicais, esforço/empuxo, deglutição incompleta,
firmeza glótica, b prolongado, sniff e sopro e som
agudo.
O profissional deve ter ciência dos objetivos da
terapia vocal e trabalhar os principais objetivos
que compreendem na conscientização da
disfonia, nas orientações de saúde vocal, no
treino auditivo, no relaxamento muscular, nas
abordagens terapêuticas, na psicodinâmica vocal
e nas noções de produção da voz.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO TRATAMENTO VOCAL

Para abranger os objetivos da terapia vocal, o


fonoaudiólogo deve planejar o que será trabalhado na
terapia vocal. Para isso, inicialmente, o terapeuta
deve realizar uma avaliação vocal eficiente para obter
todos os dados necessários para a conduta
fonoaudiológica.
Sugere-se que o fonoaudiólogo elenque todos os objetivos
propostos, assim como as opções de exercícios vocais e as
orientações convenientes para cada objetivo. O profissional pode
eleger mais de um exercício vocal por objetivo, pois ao realizar a
prova terapêutica de cada exercício, alguns podem não melhorar a
voz (prova terapêutica negativa) ou manter a mesma alteração
(prova terapêutica neutra). Outros podem melhorar a voz
significativamente (prova terapêutica positiva). Por essa razão,
quando possível, o fonoaudiólogo deve selecionar mais de um
exercício vocal focando o mesmo objetivo.
Também é interessante colocar as possíveis datas
para as reavaliações vocais e gravação da voz do
paciente.
O terapeuta pode estipular um período para essas
avaliações.
Nos casos de disfonias funcionais ou
organofuncionais sugere-se uma avaliação por mês
ou quando o terapeuta perceber alguma modificação
na voz nesse período.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - ENCAMINHAMENTOS

O trabalho em equipe é fundamental para o paciente disfônico. A


avaliação otorrinolaringológica é indispensável para um bom
prognóstico do tratamento vocal.

A ajuda psicológica também pode ser necessária, quando o


fonoaudiólogo percebe que a disfonia está relacionada com as
alterações vocais. Quando o paciente apresenta dores nas
articulações temporomandibulares (ATMs) é importante
encaminharmos para um dentista especializado. Além disso, quando
o sujeito tem alterações dentárias e oclusais também deve ser
encaminhado para um dentista especializado.
PLANEJAMENTO - DISFONIA
Adrijane Amorim
Objetivo:
Levar o indivíduo a produzir uma voz natural,
livre de esforço para a garantia e
manutenção da saúde vocal.
ELABORAR UM CASO CLINICO DE ACORDO COM O OBJETIVO
GERAL E AS ETAPAS PRETENDIDAS NO PROTOCOLO.

VALOE 2,0 PONTOS NA PARCIAL

ENTREGAR AINDA HOJE.


EM DUPLA
IDENTIFICAR COM O NOME DA DUPLA.

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