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Um dos primeiros socialistas utópicos foi Conde de Saint-Simon (1760 - 1825), o qual

acreditava que uma sociedade dividia-se entre os produtores e ociosos. Nessa perspectiva, ele
defendeu outra sociedade onde a oposição entre operários e industriais deveria ser
reestruturada. Para isso, ele pregava a manutenção dos privilégios e do lucro dos industriais,
desde que assumissem várias responsabilidades sociais para com a classe trabalhadora.

Um pouco mais tarde, o francês Charles Fourier (1772 - 1837) defendeu que as relações
econômicas deveriam se organizar em instituições fundadas por princípios de associação e
cooperativismo. Criticando fortemante a sociedade burguesa pela repetição e a especialidade
do trabalho operário, nos seus escritos, Fourier era favorável ao fim das distinções que
diferenciavam os papéis assumidos entre homens e mulheres, seguindo a ideia de que com o
cooperativismo, a comunhão entre os indivíduos seria vivida de maneira plena.

Por último, Robert Owen (1771 – 1858) é considerado um dos mais atuantes pensadores do
socialismo utópico, uma vez que na condição de administrador, observou a agoniante condição
em que os trabalhadores eram submetidos. A partir dessa experiência, Owen acreditava que o
caráter humano era fruto das condições do local em que ele se formava, defendendo que a
adoção de práticas sociais que destacassem a harmonia e cooperação poderiam superar os
problemas causados pela economia capitalista. Sob esse prisma, seguiu os próprios princípios e
reduziu a jornada de trabalho de seus operários e defendeu a melhoria de suas condições de
moradia e educação.

Anos depois da primeira corrente socialista, surgiu o socialismo científico. Possuindo uma
visão mais ativa e menos idealizada da sociedade, os novos pensadores buscavam que o
socialismo fosse implementado a partir da compreensão crítica e analítica do sistema
capitalista. O socialismo científico teve como principais nomes Karl Marx e Friendrich Engels.

No “Manifesto Comunista”, com base no trabalho de Engels (Os Princípios do Comunismo),


Marx faz uma violenta crítica ao capitalismo e expõe a história do movimento operário.
Fazendo objeções a alguns setores do socialismo, reune suas principais ideias com a luta de
classe e o materialismo histórico e termina com um apelo para a união dos operários do
mundo inteiro.

Em 1867, ainda com a ajuda de Engels, Marx publicou o primeiro volume de "O Capital", que
se tornaria sua principal obra. Nessa obra, Marx sintetiza o modo de funcionamento da
economia capitalista, mostrando que ela está baseada na exploração do trabalhador
assalariado, que produz um excedente que acaba ficando para o capitalista.

Segundo as teorias desenvolvidas por Karl Marx, o excedente deveria voltar para o
trabalhador, na forma de salário, numa porcentagem do valor equivalente ao que foi
produzido, e a outra parte ficaria com o dono dos meios de produção. Essa seria então, o que
Marx chamou de “mais-valia”.

Fontes: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/socialismo-utopico.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/socialismo-utopico.htm

https://www.todamateria.com.br/socialismo-cientifico/

https://www.ebiografia.com/karl_marx/

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