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PORTUGUÊS 7º ANO – NOVEMBRO

ESCOLA_______________________________________________ DATA ____/ ____/ 20___

NOME_____________________________________________________ Nº_____ TURMA______

GRUPO I – COMPREENSÃO DO ORAL

Para responderes às questões que se seguem, vais visionar o trailer do filme Soul da
Disney, que tem estreia marcada para dezembro, depois de ter sido adiada no verão.
De seguida, responde aos itens que se seguem.
https://www.youtube.com/watch?v=VF1bWnO9Vso

Antes de iniciares, lê as questões. Em seguida, ouve, atentamente, duas vezes e responde


ao que é pedido.

1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o
sentido do texto.

1.1. O filme Soul é realizado por


(A) um estúdio desconhecido.
(B) um estúdio famoso.
(C) um estúdio estreante.

1.2. Joe, a personagem principal, é


(A) professor da banda da escola.
(B) professor da banda da escola que foi despedido.
(C) professor da banda da escola e vai dar um concerto.

1.3. Joe tem um acidente e por isso


(A) morre e vai para o céu.
(B) fica em coma e vai para um espaço chamado “antevida”.
(C) nunca mais consegue regressar à sua vida.

1.4. Joe pretende regressar porque


(A) gosta de comer.
(B) não gosta do seu novo amigo.
(C) acha a sua vida importante.

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PORTUGUÊS 7º ANO – NOVEMBRO

GRUPO II – LEITURA

É Natal?

Dantes o Natal era uma coisa como um presépio vivo cheio de musgo e coisas pequeninas
como ovelhas de loiça pintadas à mão. Era o tempo de adivinhar o que estaria dentro
daqueles tantos embrulhos em cima dos armários altos onde não chegávamos nunca.
Era o tempo do frenesim1 de contar os dias e ver a meia grossa de lã pendurada na lareira e
5 imaginar como raio iria o Pai Natal colocar todas as nossas prendas ali dentro. Era o tempo de
espreitar de vez em quando a chaminé cheia de fuligem e pensar como é que as barbas do Pai
Natal se mantinham imaculadas2 de neve apesar daquela travessia difícil e como poderia a
barriga rechonchuda caber naquele funil tão estreitinho e escuro que era o caminho entre o
céu e a nossa sala…
10 Natal era quando os crescidos falavam com meias palavras para não percebermos que
estavam a falar dos nossos presentes, era quando os tios-avós e restante família apareciam
vindos do nada e se juntavam à volta da canja de galinha servida em chávenas com duas –
duas! – asas e quando os passarinhos de plumas a fingir saíam dos armários cheios de louça
antiga para vir decorar a mesa grande.
15 Natal era quando a minha avó embrulhava dezenas de lâmpadas em papel celofane às
cores e os empregados do meu avô – coitados – iam pendurá-las na grande ameixoeira que
fazia de abeto nórdico a fingir, para termos no jardim a árvore colorida e iluminada da Leiria
provinciana daquele tempo.
Natal era a certeza de o tempo ser infinito, de termos eternamente tudo e todos à nossa
20 volta e de tudo ser bom e quentinho no inverno que rugia lá fora.
Depois crescemos.
Sabemos então que nada é infinito, nem todos permanecem à nossa volta, nem tudo nos
acompanha.
Mas, damos connosco a repetir rituais, a jurar a pés juntos que o Pai Natal virá, a pendurar
25 as mesmas meias grossas de lã na chaminé, a esconder presentes nos roupeiros, a lembrar
com saudades a canja da consoada, a tecer o maravilhoso do Natal dentro dos corações das
crianças, a ver o espírito da época adoçar gente rabugenta, uma espécie de delicadeza e se faz
favores e Boas Festas a descer como um manto invisível por sobre o mundo.
E o mundo continua terrível, mau, difícil, com todas as atrocidades3 que o tornam sem
30 sentido.
Mas, por breves momentos, é Natal, e desejamos do fundo de nós que haja mais dias
assim, dias em que estejamos juntos, vivos, próximos, iluminados e de coração cheio.
É, pois, Natal sim senhor.
Sempre que pudermos, no resto do tempo, no resto dos dias, nas pequenas grandes coisas
35 que tornam a vida dos outros um pouco melhor – uma pequena atenção, um grande abraço,
uma mensagem, um pouco de nós – somos também o Natal dos outros e isso, sim, é para
levar o resto do ano na lembrança.
Alexandra Azambuja, https://www.jornaldeleiria.pt/opiniao/e-natal (texto com supressões)

1 2 3
VOCABULÁRIO: frenesim: entusiasmo, excitação; imaculada: limpa; atrocidades: crueldades.

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PORTUGUÊS 7º ANO – NOVEMBRO

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Assinala as afirmações verdadeiras, tendo em conta a opinião da jornalista relativamente à


imagem que tinha do Natal, quando era pequena.

(A) O Natal era associado ao presépio e aos embrulhos escondidos.


(B) O Natal era apenas o tempo dos presépios vivos e cheios de musgo.
(C) O Natal era o tempo da família se unir para cumprir tradições.
(D) O Natal era o tempo do aconchego, da família que estava sempre presente.
(E) O Natal servia apenas para se preocupar com as prendas que não caberiam na
meia pendurada na chaminé.

2. Para cada item (2.1. a 2.3.), escolhe a opção que completa corretamente as afirmações que
se seguem.

2.1. Ao ficar adulta, a autora do texto reconhece que


(A) o Natal não tem tanta importância.
(B) as coisas e as pessoas têm um fim, não ficam sempre connosco.
(C) as coisas e as pessoas permanecem sempre connosco.
(D) nada muda em relação ao que achamos da vida.

2.2. Em relação às suas crenças da infância, o autora do texto acredita que


(A) todas mudam quando se torna adulto.
(B) são completamente diferentes quando se é adulto.
(C) não têm importância quando crescemos.
(D) se mantêm, apesar de termos crescido.

2.3. A palavra “Mas” , usada na linha 31, pode ser associada à ideia de
(A) consequência,
(B) conclusão.
(C) causa.
(D) contraste.

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GRUPO III – EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o seguinte excerto que relativo ao regresso do Cavaleiro à Dinamarca.

O regresso
Finalmente, na antevéspera do Natal, ao fim da tarde, chegou a uma pequena povoação que
ficava a poucos quilómetros da sua floresta. Aí foi recebido com grande alegria pelos seus
amigos, que ao cabo de tão longa ausência já o julgavam perdido. Um deles hospedou-o em sua
casa e emprestou-lhe um cavalo seu, pois o do viajante vinha exausto e coxo. O Cavaleiro pediu
5 notícias daqueles que deixara.
‒ Estão à tua espera, afligem-se pela tua demora e rezam pelo teu regresso ‒ respondeu um
amigo.
E na madrugada seguinte o peregrino partiu.
Era o dia 24 de dezembro, um dos dias mais curtos do ano, e ele caminhava com grande
10 pressa, pois queria aproveitar as poucas horas de luz.
Antes da meia-noite, sem falta, tinha de chegar à sua casa na clareira de bétulas.
E ao fim de três quilómetros de marcha, cheio de confiança, penetrou na grande floresta.
A alegria de estar já tão perto dos seus fazia-lhe esquecer o cansaço e o frio.
Mas agora, depois de quase dois anos de ausência, a floresta parecia-lhe fantástica e
15 estranha. Tudo estava imóvel, mudo, suspenso. E o silêncio e a solidão pareciam assustadores e
desmedidos.
O inverno tinha despido as árvores, e os ramos nus desenhavam-se negros, esbranquiçados,
avermelhados. Só os pinheiros cobertos de agulhas continuavam verdes. Eram daqueles
pinheiros do Norte que se chamam abetos, que são largos em baixo e afilados em cima, que
20 têm o tronco coberto de ramos desde o chão e crescem em forma de cone da terra para o céu.
A neve apagara todos os rastos, todos os carreiros. E através do labirinto do arvoredo o
Cavaleiro procurava o seu caminho. O seu plano era chegar ainda com dia a uma pequena
aldeia de lenhadores que ficava perto do rio que passava junto da sua casa. Uma vez
encontrado esse rio, mesmo de noite, não se poderia perder, pois o curso gelado o guiaria.
25 À medida que avançava, os seus ouvidos iam-se habituando ao silêncio e começavam a
distinguir ruídos e estalidos. Era um esquilo saltando de ramo em ramo, uma raposa que fugia
na neve. Depois ao longe, entre os troncos das árvores, avistou um veado. Caminhava em
direção ao nascente e ao fim de uma hora encontrou na neve rastos frescos de trenós.
— Bom sinal — pensou ele —, não me enganei no caminho.
30 De facto, seguindo esses rastos, depressa chegou à pequena aldeia dos lenhadores.
Todas as portas se abriram, e os homens da floresta reconheceram o Cavaleiro que rodearam
com grandes saudações.

Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca,


Porto, Porto Editora, 2017, pp. 41.43.

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PORTUGUÊS 7º ANO – NOVEMBRO

1. As seguintes palavras permitem caracterizar os sentimentos dos amigos do Cavaleiro no


início do texto (linhas 1 a 7).

Alegres Generosos Compreensivos

1.1. Seleciona uma destas palavras e explica por que razão ela é adequada para
caracterizar os sentimentos demonstrados pelos amigos.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2. Lê o seguinte excerto.

“E ao fim de três quilómetros de marcha, cheio de confiança, penetrou na grande floresta.


A alegria de estar já tão perto dos seus fazia-lhe esquecer o cansaço e o frio.
Mas agora, depois de quase dois anos de ausência, a floresta parecia-lhe fantástica e
estranha. Tudo estava imóvel, mudo, suspenso. E o silêncio e a solidão pareciam
assustadores e desmedidos.” (linhas 12 a 16)

Para os itens 2.1. e 2.2. seleciona a opção que completa corretamente cada uma das
afirmações.

2.1. Com este excerto, o narrador acentua a ideia de que


(A) o Cavaleiro estava dominado pelo cansaço e pelo frio.
(B) o Cavaleiro se perdeu no meio da floresta devido à neve.
(C) a força de vontade do Cavaleiro estava ameaçada pela floresta.
(D) os dois anos passados em viagem o tinham tornado mais confiante.

2.2. No segundo parágrafo do excerto, o recurso expressivo dominante é uma


(A) metáfora.
(B) comparação.
(C) personificação.
(D) enumeração.

3. Apresenta três elementos da descrição do espaço físico que indicam que a ação se
desenrola no inverno. Baseia a tua resposta nos parágrafos compreendidos entre as linhas
17 a 24.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

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4. Identifica três informações do texto que comprovam que o Cavaleiro estava disposto a
vencer todas as dificuldades para chegar a casa.
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
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GRUPO IV – GRAMÁTICA

1. Associa as palavras sublinhadas em cada frase da coluna A à classe que lhe corresponde na
coluna B.

Coluna A Coluna B

A. O Cavaleiro foi recebido com entusiasmo.


1. Advérbio
B. O Cavaleiro caminhava depressa para chegar a
2. Determinante
casa.
3. Pronome
C. Chegar a casa era o seu objetivo.
4. Preposição
D. Era véspera de Natal e ele ainda não chegara a
5. Nome
casa.
6. Adjetivo
E. Os caminhos estavam gelados.

2. Reescreve a frase apresentada, substituindo o constituinte sublinhado pela forma


adequada do pronome pessoal.

Todos receberam o Cavaleiro com grande alegria.

_________________________________________________________________________

3. Seleciona a opção que completa corretamente cada afirmação (3.1. e 3.2.).


3.1. A palavra anoitecer é, quanto ao seu processo de formação,

(A) derivada por prefixação.


(B) derivada por sufixação.
(C) derivada por parassíntese.
(D) composta por radicais.

3.2. A função sintática desempenhada pelo constituinte sublinhado na frase “Aí foi
recebido com grande alegria pelos seus amigos.” é

(A) complemento direto.


(B) complemento indireto.
(C) complemento oblíquo.
(D) complemento agente da passiva.

4. Conjuga os verbos no tempo e nos modos indicados entre parênteses.

a) ___________ (fazer, imperfeito do indicativo) muito frio durante a viagem.


b) Se o Cavaleiro não _______________ (encontrar, imperfeito do conjuntivo) o
caminho, não ___________ (chegar, condicional) a casa a tempo da ceia.
c) Todos _____________ (ansiar, pretérito imperfeito do indicativo) pela chegada do
peregrino que ___________________ (inspirar, pretérito mais-que-perfeito composto
do indicativo) esta história.

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PORTUGUÊS 7º ANO – NOVEMBRO

GRUPO V – ESCRITA

Sophia de Mello Breyner Andresen tem origem dinamarquesa por parte do seu avô Jan
Heinrich Andresen.
Escreve uma breve biografia desta figura com base nas informações apresentadas no
quadro.
O texto deve ter um mínimo de 150 e um máximo de 210 palavras.

Datas Acontecimentos
2 de setembro de Nasce, em Oevenum, Ilhas Frísias, Dinamarca.
1826
1840 Integra a tripulação de um veleiro com destino à América.
Seis semanas mais tarde, chegada à cidade do Porto.
Sozinho no barco, decide cobrar 10 réis a quem quiser ver uma pele de
urso-polar.
É expulso do barco pelo capitão.
Fica a morar no Porto e emprega-se numa loja de candeeiros.
1845 Trabalha na área dos vinhos e adquire a primeira embarcação para
transporte dos seus vinhos.
1854 Naturaliza-se português e passa a chamar-se João Henrique Andresen.
1860 Casa com Maria Leopoldina de Brito.
1861 Nasce o primeiro filho: João Henrique Andresen Júnior.
Tem mais 5 filhos: 3 rapazes e duas meninas.
7 de março de Falecimento, no Palácio Penafiel, em Lisboa.
1854 Sepultado no Cemitério de Agramonte, no Porto, pediu que colocassem
uma escultura de um navio naufragado com casco e mastro partidos na
sua campa.

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COTAÇÃO DO TESTE

Item
Grupo
Cotação (em pontos) Total
Grupo I
1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
COMPREENSÃO DO ORAL
3 3 3 3 12
Grupo II
1.1. 2.1. 2.2. 2.3.
LEITURA
3 x 2= 6 2 2 2 12
Grupo III
1. 2.1. 2.2. 3. 4.
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
6 4 4 6 6 26

Grupo IV
1. 2. 3.1. 3.2. 4.
GRAMÁTICA
5 4 3 3 5 20
Grupo V
Item único
ESCRITA 30
Total 100

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PROPOSTAS DE CORREÇÃO

Grupo I – Compreensão do Oral


1.1. (B)
1.2. (C)
1.3. (B)
1.4. (C)
Grupo II – Leitura
1. (A) – V; (B) – F; (C) – V; (D) – V; (E) – F
2.1. (B)
2.2. (D)
2.3. (D)
Grupo III – Educação Literária
1.1. O aluno apresenta uma destas três possibilidades:
‒ O adjetivo alegres é adequado para caracterizar os amigos do Cavaleiro porque foi este o sentimento que
eles demonstraram ao verem o Cavaleiro, a quem já julgavam morto, após tanto tempo de ausência;
‒ O adjetivo generosos é adequado para caracterizar os amigos do Cavaleiro porque um dos amigos ofereceu-
- lhe dormida e um dos seus cavalos, pois o Cavaleiro queria continuar viagem, mas o seu cavalo vinha cansado
e coxo;
‒ O adjetivo compreensivos é adequado para caracterizar os amigos do Cavaleiro porque eles compreenderam
a preocupação do Cavaleiro em ir ao encontro da família e da família, que estava ansiosa com o seu regresso e
preocupada com o que poderia ter acontecido.
2.1. (C)
2.2. (D)
3. Vários elementos apontam para o facto de a ação se desenrolar no inverno: a maioria das árvores encontravam-
-se sem folhas e os seus ramos estavam negros, vermelhos e esbranquiçados da neve e os caminhos estavam
cobertos de neve, rio gelado
4. Logo no início do texto, é dito que o cavalo do Cavaleiro vinha cansado e coxo, o que comprova o esforço feito
para chegar a casa a tempo do Natal; no dia seguinte, o Cavaleiro continuou viagem, o que comprova a sua
determinação em chegar a casa. Afirma-se também que “ele caminhava com grande pressa” (ll. 9-10) para
aproveitar a luz do dia, que o ajudava a encontrar o caminho. Por fim, apesar de não conseguir ver o caminho por
este estar coberto de neve, ele não desistiu e continuou viagem pela floresta.

Grupo IV – Gramática
1. A – 4; B – 1; C – 2; D – 5; E – 6
2. Todos o receberam com grande alegria.
3.
3.1. (C)
3.2. (D)
4. a. Fazia; b. encontrasse; chegaria; c. ansiavam; tinha inspirado

Grupo V – Escrita
Jan Heinrich Andresen, bisavô de Sophia de Mello Breyner Andresen, nasceu a 2 de setembro de 1826, em
Oevenum, nas Ilhas Frísias, na Dinamarca. Com apenas 14 anos, em 1840, decidiu integrar a tripulação de um
veleiro que viajaria em direção à América. Esta embarcação atracou na cidade do Porto seis semanas depois de ter
dado início à viagem. Tendo ficado sozinho no barco, Jan decidiu ganhar algum dinheiro cobrando 10 réis a quem
quisesse ver uma pele de urso-polar verdadeira. Quando o capitão da embarcação chegou, ficou muito irritado,
expulsou Jan, que ficou no Porto, cidade onde passou a morar.
O seu primeiro emprego foi numa loja de candeeiros. Mais tarde passou a trabalhar na área dos vinhos e, em
1845, comprou a primeira embarcação para transportar os seus próprios vinhos. Em 1845, naturalizou-se português
e adotou o nome João Henrique Andresen. Em 1860, casou-se com Maria Leopoldina de Brito e um ano depois
nasceu o seu primeiro filho: João Henrique Andresen Júnior. Teve ainda mais três rapazes e duas raparigas.
Faleceu a 7 de março de 1854, em Lisboa, no Palácio Penafiel. A seu pedido, a sepultura no Cemitério de
Agramonte, no Porto, foi colocada uma escultura de um navio naufragado com casco e mastro partidos.
(208 palavras)
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