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DEVOCIONAL - DISCIPULADO - UMA MISSÃO DE AMOR E CORAGEM

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Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14
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Discípulo de quem?

“Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue


a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.”
Lucas 9:23 (NAA)

Cá está um convite de vida e de morte. Sim, o caminho do


discipulado é este paradoxo de viver verdadeiramente ao
perder o controle de sua própria vida. É aceitar que a vida só
é vivida em sua plenitude quando carregamos a nossa cruz,
ou seja, assumimos um compromisso que leva à rejeição de
inúmeras coisas, inclusive de viver em segurança e
confortavelmente sem pesos e responsabilidades.

Eu amo perceber o agir de Cristo no encontro com cada


um de seus discípulos. Ele os convidou individualmente a
deixar o que lhes era mais precioso, o que significava “toda
a minha vida”, para cada um dos que encontrou e chamou a
seguir-lhe. Fico imaginando a família destes discípulos
ouvindo a notícia, enquanto seus filhos arrumavam as malas
para partir em uma viagem sem rumo certo, e lhes
perguntando: “você vai ser discípulo de quem?” Até o
momento, o filho de José e Maria não era conhecido entre
as multidões, tampouco entre os mestres da religião judaica.
Por isso, o convite de segui-lo era ainda mais desafiador, pois
envolvia deixar tudo para caminhar sob o pó das sandálias
de um “desconhecido” que estranhamente sabia tocar o
íntimo da alma de cada pessoa.

Me pergunto se nós temos noção do compromisso que


assumimos ao dizer que somos seus discípulos. Estamos
mesmo dispostos às decisões e separações que este
chamado nos trará? Afinal, que caminho é este que seguimos?
O da religião cheia de regras, costumes e diretrizes, ou, de
fato, temos trilhado O Caminho?

Esta série de devocionais está dividida em duas partes. A


primeira tratará de nossa vida com Cristo, e a segunda do
processo de fazer discípulos de Jesus.

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Portanto, aproveite estes próximos dias para fazer uma


profunda autoanálise pelas lentes da Palavra. Será que
sabemos de quem somos discípulos?

Quando o apóstolo Paulo diz, à igreja em Éfeso, “sejam


imitadores de Deus, como filhos amados” (c.f 5:1), não se
trata de uma recomendação sobre agir como escravos
em busca de uma recompensa, mas como filhos amados
que querem agradar o Pai que ama sacrificialmente. Tem
que ser uma decisão de amor, nunca de medo ou interesse.
O discipulado verdadeiro é intencional e radical. Só é
possível ser discípulo de Cristo aquele que decide seguir
um só mestre, pois ao tentar seguir dois, três ou quatro,
acabará perdido.

Dietrich Bonhoeffer, em seu livro ‘Discipulado”, escreve:


“Só Jesus Cristo, que nos ordena que o sigamos, sabe para
onde leva o caminho. Nós, porém, sabemos que esse será,
com certeza, um caminho de misericórdia sem limites.
Discipulado é alegria.”

Você serve a Cristo alegremente, sentindo-se livre, como


quem carrega um jugo suave e um fardo leve (cf. Mateus
11:30)? Responder esta pergunta com honestidade lhe
servirá de norteador sobre a pergunta principal de hoje:
você é discípulo de quem?

O que eu aprendi sobre Deus hoje?

O que eu aprendi sobre mim mesma hoje?

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O que é ser discípulo

Quero começar nossa devocional compartilhando o trecho


de uma música que veio ao meu coração enquanto eu
estudava sobre nosso tema. Chama-se “Espinhos”, do Grupo
Logos.

“Senhor Jesus eu não entendo o espinho, mas se a cruz é


o fim deste caminho

Dá-me mais graça, não sou maior que meu Senhor

Apenas servo sou, apenas servo e nada mais

Se as pontas aguçadas da coroa te feriram ó cabeça

Eu que sou corpo, parte do teu corpo, não devo reclamar

Dá-me mais graça Senhor!”

Eu não sei você, mas perdi as contas de quantas vezes


olhei para as dificuldades da vida e questionei a Deus. “Por
quê, Senhor?”, “Por quê comigo?”, “Por quê agora?”, “Por quê
dessa forma?”, “Por quê não?”. A resposta que ouço é só uma:
“Porque sim, pequeno Cristo”.

Em Atos 11:26 vemos o relato da primeira aparição do


nome “cristão” no Novo Testamento. A palavra vem do grego
“christianous” e significa “aqueles que são como o Cristo”, ou
pequenos cristos. É curioso pensar que Lucas deixou bem
claro que os que eram chamados dessa forma eram os
discípulos, os “talmidins”. No judaísmo, este era o nome dado
a quem seguia o rabi tão de perto que ficava coberto pela
poeira que levantava pelo caminho em que o mestre passava.

Ser discípulo de Cristo é andar por onde ele andou, sujar


os pés e as roupas com a poeira que seus pés levantaram,

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viver em prol do Reino como ele viveu e sentir os espinhos


tal como ele sentiu. Não existem caminhos alternativos para
quem quer ser um pequeno Cristo, porque ele é o próprio
caminho.
Em “Cristianismo puro e simples”, C.S. Lewis trata deste
assunto ao frisar que a vontade de Deus é nos destruir. Sim,
destruir o que nos tornamos por causa da queda. Tal como
não se pode consertar um vaso de barro com barro impuro,
Deus deseja nos reconstruir a fim de que sejamos como era
seu plano maravilhoso no início de tudo.
Em “O discípulo radical”, o autor John Stott traz uma séria
recomendação a quem se diz discípulo do Senhor Jesus.
“Geralmente evitamos o discipulado radical sendo seletivos:
escolhemos as áreas nas quais o compromisso nos convém
e ficamos distantes daquelas nas quais nosso envolvimento
nos custará muito. Porém, por Jesus ser Senhor, não temos o
direito de escolher as áreas nas quais nos submetemos à sua
autoridade”.
Embora estas reflexões possam causar a estranha
sensação de estarmos “contra a parede”, num tom ameaçador
de “ou vai ou racha”, entendo que estes são conselhos de vida
verdadeira. Daniel foi parar na fornalha e dormiu com leões
por obediência a Deus. José foi parar na prisão por se recusar
a entrar no jogo de triunfo que o mundo oferece. Ester correu
risco de vida ao tomar um posicionamento perante o Rei.
Raabe se expôs ao exército, até então, inimigo, pela fé no Deus
verdadeiro. E tantos outros exemplos caberiam aqui para nos
lembrar de que a jornada é árdua. Porém, e graças a Deus por
isto, as renúncias mostram que estamos do lado certo, e esta
certeza deve nos encher de coragem e alegria para ir adiante.
Antes de pensar em fazer discípulos do Senhor Jesus, te
encorajo a refletir sobre como você tem se comportado nesta
posição. Há suficiente poeira em sua vida, vinda dos pés de
Jesus, mostrando que está o seguindo de perto? Ou suas
vestes permanecem limpas como a dos fariseus que não
aceitavam sujar a barra da túnica e permaneciam dentro dos
templos, mantendo distância do próprio Cristo?
Que os espinhos e o pó em nossas roupas sejam
encorajadores e nos façam desejar ainda mais Cristo em nós.

O que eu aprendi sobre Deus hoje?


O que eu aprendi sobre mim mesma hoje?

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Requisitos para o bom discípulo


Inconformismo e Semelhança com Cristo

“— Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor!’, e não fazem


o que eu mando?”
(Lucas 6:46)

Acredito que estamos chegando à compreensão de que


ser discípulo é seguir a um mestre, e sabemos que o melhor
que existe é Cristo. Portanto, trataremos agora em diante
de oito requisitos básicos de um bom discípulo, de acordo
com os ensinamentos do próprio Mestre: inconformismo,
semelhança com Cristo, maturidade, cuidado com a criação,
simplicidade, equilíbrio, dependência e morte.

Seguiremos a linha de raciocínio do autor John Stott em


seu último livro, escrito aos 86 anos de idade, “O discípulo
radical”. Há algo muito precioso neste desejo de compartilhar
conhecimento na velhice, ainda mais quando se trata da
Palavra de Deus. Vamos meditar juntos?

Inconformismo - “Deus está convocando um povo para si


e o desafiando a ser diferente de todos”, diz o autor, com
base nos textos de Levítico 11:45 e 1 Pedro 1:15-16. O verdadeiro
discípulo sabe que não pertence a este mundo, mas ainda
sim entende a necessidade de se engajar no trabalho de
disseminar a salvação por Cristo Jesus e os valores do Reino.
Com humildade e sem superioridade pessoal, a tarefa é
resistir ao pluralismo (sendo uma comunidade de verdade,
declarando a singularidade de Jesus Cristo), ao materialismo
(como uma comunidade de simplicidade, considerando que
somos peregrinos aqui), ao relativismo ético (vivendo em
obediência e firmeza em nossas decisões), e ao narcisismo
(como uma comunidade de amor, adoração e serviço ao
próximo).

Stott alerta: “não devemos ser como camaleões, que


mudam de cor com o ambiente; devemos nos opor de forma
visível ao ambiente em que estamos”.

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Semelhança com Cristo - o propósito de Deus para seu


povo é este, e devemos nos esforçar para cumpri-lo, sendo
como Cristo em sua encarnação (seguindo seu exemplo de
humildade, conforme aprendemos em Filipenses 2: 5-8), em
seu serviço (não considerando nenhuma tarefa simples ou
humilhante demais), em seu amor (amando com o amor
sacrificial do Calvário, conforme vemos em Efésios 5:2), em
sua longanimidade (suportando o sofrimento sem pagar o
mal com o mal, como aprendemos em 1 Pedro 2:21), em sua
missão (entrando no mundo de outras pessoas, assim como
Cristo teve de entrar em nosso mundo, como vemos em João
17:18 e 20:21) e em seu sofrimento (enxergando
desapontamentos, dores e frustrações à luz de Romanos
8:28 e 29).

Tudo isso só será possível se formos preenchidos com o


Espírito Santo, que nos capacita a cumprir os propósitos de
Deus para nossas vidas.

Algumas perguntas para reflexão:

- Quanto de mim está em conformidade com o que Cristo


espera de seus discípulos?

- O que, especificamente, posso fazer para me parecer


mais com Cristo?

- Com esses direcionamentos, o que eu farei diferente


hoje?

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Requisitos para o bom discípulo


Maturidade e Cuidado com a criação

“Este Cristo nós anunciamos, advertindo a todos e ensinando


a cada um em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos
cada pessoa perfeita em Cristo.”
(Colossenses 1:28 - NAA)

O caminho do discipulado não é nada fácil, porém vem


carregado de bençãos visíveis e invisíveis. Diferente do
caminho do mundo que busca uma perfeição supérflua e
vazia, que nunca se satisfaz com as conquistas e está sempre
se comparando com outros, a busca pela perfeição em Cristo
traz transformação em nossa forma de ver o mundo,
enxergar as pessoas, experimentar os relacionamentos e
reverenciamos ao nosso Pai amoroso e paciente. Algumas
das bençãos colhidas no processo de ser um talmidim podem
ser vistas por nós e pelos outros, outras apenas por nós, e
há algumas que nem enxergamos.

Hoje falaremos de mais duas dessas bençãos, que a


princípio mais parecem com exigências comportamentais,
mas que são essenciais para o bom discípulo que deseja
apontar para Cristo.

Maturidade - O adjetivo grego teleios aparece por


dezenove vezes no Novo Testamento e pode ter duas
traduções, “perfeito” ou “maduro”, dependendo do contexto
em que está inserido. Poucas são as vezes em que significa
perfeito, pois na maior parte das vezes contrasta com a
figura de uma criança ou de um bebê, como em 1 Coríntios
13:10 e 11:

“Mas, quando vier o teleios, então o que o é em parte será


aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino,
sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que
cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”

Aqui, o apóstolo Paulo está mostrando à igreja de Corinto

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que a caminhada cristã exige um amadurecimento de


atitudes, mas principalmente de entendimento espiritual
acerca de Cristo e sua mensagem. O verdadeiro discípulo não
se contenta em permanecer se alimentando de “mamadeira”,
pois deseja um relacionamento maduro com seu mestre. Em
seu livro “O Conhecimento de Deus”, o autor J. I. Packer diz
que “somos cristãos pigmeus porque temos um Deus
pigmeu”. E com isso ele quer dizer que podemos estar
buscando e adorando falsos Cristos, caricaturas daquele
que é autêntico.

John Stott nos aponta uma direção ao nos exortar dizendo:


“Afastemos de nós o Jesus palhaço e popstar. Afastemos
também o Messias político e revolucionário. Eles são
caricaturas. Se é assim que o enxergamos, não surpreende
a persistência da nossa imaturidade. Onde, então,
encontraremos o Jesus autêntico? Ele deve ser encontrado
na Bíblia - o livro que pode ser descrito como o retrato que
o Pai fez do Filho, colorido pelo Espírito Santo”. A maturidade
do discípulo é conquistada à medida em que sua visão se
renova a respeito do verdadeiro Cristo, na plenitude de quem
ele é, do que tem feito e do quanto é digno de nossa adoração.

Cuidado com a criação - Na criação, Deus estabeleceu três


tipos fundamentais de relacionamento: com Ele, entre si, e
com as criaturas sobre as quais ele nos estabeleceu. Porém,
o pecado distorceu os três, ao nos banir da presença do
Criador, ao colocar-nos um contra o outro e ao amaldiçoar a
terra devido à desobediência.

Tendo sido alcançados pela graça redentora e salvífica,


nossa percepção acerca destes três relacionamentos deve
ser, dia a dia, transformada também. Especificamente sobre
a natureza, cabe pensar que Deus nos deu a responsabilidade
de preservá-la e desenvolvê-la para a glória dele.

Porém, devemos evitar dois extremos: a deificação da


natureza e a sua exploração exaustiva. O primeiro exalta a
criação à mesma posição do Criador, o que é um insulto
gravíssimo a Deus. Já a segunda aponta para uma atitude de
arrogância vinda da irresponsabilidade ambiental, como se
nós fôssemos Deus. Stott diz que “o domínio que Deus nos
deu deve ser visto como uma mordomia responsável, não
como um domínio destrutivo”. Sendo assim, nosso papel é
conservar o meio ambiente e também desenvolver seus
recursos para o bem comum, refletindo na criação o nosso

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amor pelo Criador.

Sabemos que o Senhor prometeu instituir novos céus e


nova terra, mas o vislumbre do futuro não nos dá o direito
de desperdiçar os recursos naturais que possuímos hoje, até
porque a natureza, ainda que sofrida, proclama a glória de
Deus e anuncia as obras de suas mãos. Sejamos, então, bons
discípulos ao assumir nossa responsabilidade pessoal desde
às ações simples do dia à dia até a intencionalidade do nosso
uso do que vem da terra, incluindo nossa alimentação e
nossa forma de consumir.

Algumas perguntas para reflexão:

- Qual é meu nível de maturidade espiritual, considerando


meu relacionamento íntimo com Cristo?

- O que, especificamente, posso fazer para cuidar melhor


da criação de Deus?

- Com esses direcionamentos, o que eu farei diferente


hoje?

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Requisitos para o bom discípulo


Simplicidade e Equilíbrio

“Exorte os ricos deste mundo a que não sejam orgulhosos,


nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza,
mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para o
nosso prazer.” (1 Timóteo 6:17 - NAA)
“Como pessoas livres que são, não usem a liberdade como
desculpa para fazer o mal; pelo contrário, vivam como
servos de Deus.” (1 Pedro 2:16 - NAA)

Cá estão dois desafios para o cristão que vive no século


21. Simplicidade parece ser uma utopia em um mundo
consumista, haja visto que muitas vezes é entendida como
sinônimo de pobreza. Equilíbrio, então, parece soar como
uma ofensa, uma forma de alguém dizer que estamos em
cima do muro em uma sociedade que exige que escolhamos
um lado para absolutamente tudo. Entretanto, não são essas
diretrizes que encontramos na Palavra de Deus. Vejamos:

Simplicidade - John Stott disse crer que Jesus chama


algumas pessoas para segui-lo num estilo de vida que inclui
a pobreza total e voluntária. “Ele chama todos os seus
seguidores a buscar uma liberdade interior em face da
sedução das riquezas (pois é impossível servir a Deus e ao
dinheiro) e a cultivar uma generosidade sacrificial (‘sejam
ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir’,
1 Timóteo 6:18)”. A motivação para agir de tal modo é o próprio
exemplo de Cristo que, sendo dono de tudo, se tornou pobre
para quem, através de sua pobreza, pudéssemos “enriquecer”
(2 Coríntios 8:9).

Além disso, olhando para a igreja primitiva, vemos um


modelo de vida comunitária, onde os irmãos amavam uns
aos outros a ponto de venderem seus bens para repartir com
os que necessitavam mais. Em Atos 4:32 lemos que “ninguém
considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que
possuía; tudo, porém, lhes era comum.” O princípio da
simplicidade, desapego das riquezas deste mundo, vida de
generosidade e serviço aos necessitados é uma marca da

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igreja cheia do Espírito, que entende que a sua vida já é


abundante no Senhor e, por isso, vive contente e servindo
com o que tem.
Equilíbrio - Embora a Bíblia também recomende que
sejamos moderados em nossas opiniões, em nosso agir e na
forma de lidar em nossos relacionamentos (Tiago 3:17), este
requisito do bom discípulo será baseado em 1 Pedro 2:1-17,
que ressalta responsabilidades pessoais e corporativas (no
sentido da comunhão). Tire alguns minutos para ler este
texto bíblico na íntegra.
Quero destacar alguns trechos: “Como crianças recém-
nascidas”, “como pedras que vivem”, “Vocês, porém, são
geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus”, “como peregrinos e
forasteiros que são” e “vivam como servos de Deus.”
O apóstolo Pedro, que foi um discípulo de Cristo e andou
por onde o Mestre andou, tem muita propriedade em
descrever as características de um verdadeiro discípulo,
concorda?
Ao mencionar “crianças recém-nascidas”, ele nos chama
a crescer; referindo-se à igreja como “pedras vivas”, ele nos
chama à comunhão (pedra sozinha não constrói edifício
nenhum); na posição de sacerdotes santos, o chamado é à
adoração; como propriedade exclusiva de Deus, somos
chamados a testemunhar a benção de termos sido resgatados
das trevas para a maravilhosa luz do Senhor; como
estrangeiros e peregrinos, o convite é específico sobre
santidade genuína, que glorifica a Deus; por fim, a instrução
para vivermos como servos de Deus é um chamado à
cidadania, afinal ainda estamos na pátria terrestre.
Como bons discípulos, somos chamados ao equilíbrio em
várias frentes: a sermos corpo, mas também aceitarmos
nossa individualidade; a adorar e também trabalhar; a
vivermos como peregrinos, mas também com cidadania
responsável. Devemos, portanto, viver como quem está
diante de uma balança, ponderando quanto disso e quanto
daquilo é necessário para um viver mais equilibrado, onde
somos como fomos criados para ser, fazendo nosso Mestre
se alegrar com nossas escolhas, atitudes e relacionamentos.
Como John Stott ilustra, devemos seguir o conselho do
Rei George V ao Príncipe de Gales: “Meu filho querido, você
deve sempre se lembrar de quem você é, pois se você se

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lembrar de sua identidade, se comportará de acordo com


ela”.

Algumas perguntas para reflexão:

- Meu estilo de vida é moldado pela simplicidade? Em


quais área ainda preciso trabalhar para melhorar neste
sentido?

- O que, especificamente, posso fazer para não viver


apegado às riquezas deste mundo?

- Meu viver tem sido equilibrado? Das áreas estudadas


hoje, em quais preciso melhorar para viver conforme um bom
discípulo?

- Com esses direcionamentos, o que eu farei diferente


hoje?

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Requisitos para o bom discípulo


Dependência e Morte

“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de


Cristo.” (Gálatas 6:2 - NAA)
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.”
(Filipenses 1:21)

Chegamos na segunda metade de nossa jornada de


aprendizado a respeito de discipulado e, talvez, estes dois
últimos requisitos sejam os mais desafiadores, justificando
inclusive o título “Discipulado - uma missão de amor e
coragem”. Dependência e morte não são coisas fáceis de
entender, aceitar e praticar, pelo contrário. Nossa carne odeia
tudo o que nos faz perder o controle. Meu convite hoje não
pode ser outro, senão: vamos em frente?
Dependência - John Stott escreveu que “viemos a este
mundo totalmente dependentes do amor, do cuidado e da
proteção de outros. Passamos por uma fase na vida em que
outras pessoas dependem de nós. E a maior parte de nós
deixará este mundo dependendo totalmente do amor e do
cuidado de outros. E isso não é nenhum mal ou realidade
destrutiva. É parte do plano, da natureza física que nos foi
dada por Deus.” Embora esse assunto seja mais fácil para
alguns do que para outros, não é um terreno em que todos
se sentem à vontade para pisar. Porém, a Palavra é clara ao
nos alertar sobre dividir as cargas para cumprir a lei de
Cristo, e isso significa que o amor é demonstrado na
interdependência. Para sempre um só corpo, só poderemos
desempenhar totalmente nossas habilidades e funções se
aprendermos a trabalhar em conjunto, a dividir cargas e
atuarmos como suporte uns dos outros.
Em sua reflexão sobre este tema, Stott lembra do filme
“Conduzindo Miss Daisy”, que conta a história da viúva Miss
Daisy, de 72 anos, e seu motorista afroamericano, Hoke. Após
um acidente de trânsito (em que a viúva bate o carro por
confundir o freio com o acelerador), o filho de Miss Daisy
decide contratar um chofer para garantir sua segurança.
Porém, Hoke é mal recebido pela viúva, que lhe recebe
dizendo “Eu não preciso de você, eu não quero você e eu não
gosto de você”.

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Para ela, era inconcebível ter sua liberdade substituída pela


direção nas mãos de outra pessoa, especificamente um
homem negro. Embora o filme trate a tensão racial deste
relacionamento, o que por si só já seria um grande trunfo
da produção, também há um enfoque específico sobre uma
relação de interdependência, pois Miss Daisy precisava de
Hoke, e ele também precisava de alguém como ela.
No fim do filme, em uma das cenas mais emocionantes, Hoke
e Boolie, filho de Miss Daisy, vão até a casa de repouso onde
a viúva mora, e, surpreendentemente, Hoke é o foco da
atenção de Miss Daisy e ela já não se irrita com seus cuidados
atenciosos, pois aprendeu a reconhecer que precisava de
ajuda. Que grande bênção será para nós, discípulos de Cristo,
aprendermos a viver em dependência mútua, a exemplo do
Mestre, que se sujeitou à forma de um bebê completamente
vulnerável e dependente de cuidados básicos. Ele nunca
perdeu sua dignidade divina por ter sido carregado no colo,
ou precisar ser alimentado e apoiado para não cair ao dar
os primeiros passos. Como conclui Stott, “se a dependência
foi adequada para o Deus do universo, certamente é
apropriada para nós”.
Morte - “Vida por meio da morte é um dos mais profundos
paradoxos da fé e da vida cristã”, continua John Stott. E que
curioso é pensar que o cristianismo é a única religião que
fala sobre morte de uma forma tão cheia de vida. Há pessoas
que crêem em reencarnação, que é o constante retorno à
vida depois da morte. Há outras que se apoiam na ideia de
que a vida termina quando o corpo morre, e após isso há um
julgamento que definirá o destino eterno da alma. Há ainda
os que acreditam que, quando morremos, a vida
simplesmente encerra e sobra um vazio chamado “nada”.
Então, contrariando as crenças de que a morte é o fim ou
uma segunda chance de vida, Cristo vence a morte (1
Coríntios 15:54 a 57) e diz que, após ascender aos céus, iria
preparar um lar para os salvos (João 14: 2 e 3), declarando
que a verdadeira vida ainda está por vir, em Sua presença
eterna e plena.
O discípulo de Cristo precisa estar disposto a enfrentar a
morte em seis situações específicas: no momento da
salvação - morrendo para o pecado (Romanos 6: 11 e 6:23);
no discipulado - carregando nossa cruz para seguir o Mestre
(Marcos 8:34-35); na missão - morrendo para frutificar (João
12:23-25); na perseguição - experimentando situações de
morte para propagar a verdadeira vida (2 Coríntios 1:8-10);
no martírio - sendo fiéis até a morte, se for necessário
(Apocalipse 20:4); e na mortalidade - nossa fraqueza física
e a descontinuidade de nosso corpo (Romanos 8:18-25).

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Não é natural desejar a morte, mas em se tratando de um


viver com Cristo e por Cristo, a morte é o caminho para a vida
em sua plenitude. E, quando passamos a compreender o que
o Mestre espera de nós, passamos a ter prazer em um tipo
de vida que nunca antes desejaríamos; entretanto, a
expectativa de estarmos cada vez mais perto do definitivo
e eterno encontro com Ele, nos faz corajosos para assumirmos
o posto de discípulos radicais.

Algumas perguntas para reflexão:

- Em que áreas da vida tenho dificuldade de ser


dependente?

- Como eu posso ser mais dependente do corpo de Cristo


e do próprio Cristo?

- O que a morte significa, a partir do que aprendi hoje? E


como passarei a encarar a morte daqui para a frente?

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Os custos do discipulado

“E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim,
não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:27)

A partir de agora, consideremos o outro lado da missão


do discipulado, que é ajudar pessoas a seguirem a Cristo.
Talvez pareça mais fácil esta parte da jornada, uma vez que
já entendemos a necessidade de sermos bons discípulos do
Mestre Jesus e temos a impressão de que já sabemos o que
ensinar a novos discípulos. Porém, o ponto de vista é
diferente, uma vez que iremos estudar algumas estratégias
e formas de viver na interdependência de forma intencional.
Em “O custo do discipulado: a doutrina da imitação de
Cristo”, Jonas Madureira traz uma excelente reflexão sobre
as multidões que seguiam a Jesus, comparando-as à igreja.
“A verdadeira igreja não é uma multidão que simplesmente
segue Jesus, mas a reunião de todos aqueles que seguem
Jesus nos termos de Jesus, ou seja, é a assembleia daqueles
que se recusam a seguir Jesus do próprio jeito, meramente
como curiosos, retendo apenas o que lhes agrada e
descartando tudo mais. Em suma, trata-se da reunião
daqueles que seguem Jesus como Jesus quer ser seguido.”
No intuito de fazer discípulos do verdadeiro Mestre,
devemos estar alertas para alguns custos, ou investimentos
necessários. Listarei alguns abaixo, mas quero incentivar
uma auto reflexão, pois creio que cada um de nós tem em
mente algo que entende ser essencial neste processo.
1. Custo do tempo: nossa agenda lotada parece não ter
espaço para uma vida intencional. Tudo o que fazemos
é seguir o fluxo, suprindo necessidades e deixando
para trás o que exige algum tipo de sacrifício. Porém,
Cristo deixou um modelo de contra-fluxo ao mostrar
que sua agenda era completamente aberta para viver
na dependência do Pai, sem planejamentos específicos
sobre onde comer, onde dormir, quanto tempo ficar
em cada lugar e o número de pessoas que desejava
atingir. Ele queria estar onde devia estar, sem horários

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marcados ou preocupações com uma agenda apertada.


Ao ler as narrativas dos Evangelhos podemos nos
maravilhar com este lindo exemplo de intencionalidade,
onde o tempo com cada alma perdida era visto como um
investimento.

2. Custo do exemplo: o intuito de estudarmos os oito


requisitos para o bom discípulo era trazer a compreensão
do que Cristo espera de nós, a fim de que sejamos boas
flechas apontando para o alvo. Muitos se escondem
atrás de um discurso de falsa humildade ao dizer “não
olhe para mim, só para Cristo”, que soa como “faça o que
digo e não o que faço”. O apóstolo Paulo foi corajoso em
dizer “sede meus imitadores”, mas não com o intuito
vazio e egoísta de servir de modelo. Ele só ousa dizer
essas palavras porque termina com “como eu sou de
Cristo” (1 Coríntios 11:1). Dá trabalho servir de exemplo,
mas quando pensamos primeiramente em nossa vida
íntima com Deus e nos esforçamos para obedecer de
todo o coração, não será difícil dizer “olhe para minha
vida, pois eu vivo olhando para Cristo”.

3. Custo de recursos: investir em vidas é investir na


eternidade. Essa máxima é um bom norteador para a
vida do discípulo que faz discípulos, pois manterá o
coração centrado no propósito da caminhada, não nas
renúncias que serão feitas inevitavelmente. Dispor de
nossos recursos em prol do Reino é um privilégio, não
um sacrifício. Gastar dinheiro para encher o tanque do
seu carro e conseguir levar um irmão para uma consulta
ao médico deixará de ser um peso quando você entender
que não está prejudicando sua conta bancária, mas
somando tesouros que a traça e a ferrugem não podem
destruir no céu. Tirar comida de sua despensa para suprir
a necessidade de um irmão desempregado pode parecer
altruísta demais quando vestimos as lentes materiais,
mas passa a ser uma alegria ser usado por Deus para
suprir uma necessidade do corpo de Cristo.

4. Custo de auto esquecimento: viver pelo Reino é viver


mais pelo outro do que por nós. Aconselhar um irmão,
investir em sua vida espiritual, ensinar a Bíblia… tudo
isso é um ato de auto esquecimento, pois no momento
em que estamos servindo ao próximo não estamos

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pensando em nós mesmos, em nossos problemas ou


necessidades. Isso custa muito pois não somos criaturas
naturalmente preparadas para abrir mão de sonhos, desejos
e vontades. Porém, voltamos à máxima anterior: investir
em vidas é investir na eternidade. Esquecer de minhas
necessidades em prol das necessidades do outro é um ato
de obediência que nos limpa gradativamente do egoísmo.

Talvez você possa listar outros custos do discipulado, mas


tenho certeza que a lista de “prós e contras” sempre ficará
desigual, pois há muito mais graça em dar do que receber.
Meu profundo desejo é que o nosso aprofundamento
espiritual frutifique para alimento do nosso próximo, pois
assim cumpriremos o chamado do Ide.

O que eu aprendi sobre Deus hoje?

O que eu aprendi sobre mim mesma hoje?

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Confrontar sem julgar

“Por isso eu, o prisioneiro no Senhor, peço que vocês vivam


de maneira digna da vocação a que foram chamados, com
toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando uns aos outros em amor, fazendo tudo para
preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.” (Efésios
4:1-3 - NAA)

Passando novamente por essa passagem bíblica, algo


chamou minha atenção e quero iniciar o assunto de hoje com
essa breve análise. O apóstolo Paulo está pedindo à igreja de
Éfeso que viva de maneira digna da vocação a que foi chamada.
Não é um pedido simples, mas uma exortação bastante direta
a respeito do comportamento cristão, trazendo ênfase a um
chamado. Agir com humildade, mansidão e longanimidade,
suportar os outros em amor e fazer de tudo para preservar a
unidade e a paz é uma condição do nosso chamado, e não uma
lista de “coisas a melhorar durante os próximos anos”.

No ambiente corporativo temos mais facilidade de aceitar


o que a liderança exige, concorda? Por exemplo: uma moça é
contratada para cuidar das redes sociais de uma marca de
produtos de beleza. Com o decorrer dos meses, ela passa a se
envolver com outras demandas da empresa e acaba por deixar
de lado as exigências primárias de seu cargo. Em determinado
dia, sua liderança marca uma reunião para dar feedback e diz
que há alguns pontos de melhoria, sendo o principal o foco na
atividade principal da função. A moça tem duas opções: acatar
o feedback e mudar, ou procurar outro emprego que se enquadre
com seus reais interesses.

Com Deus, entretanto, temos uma forte tendência a agir


contrariados ao recebermos um “feedback” por meio do Espírito
Santo. Quando nosso líder, o dono da Igreja, nos mostra que
estamos falhando em algum ponto básico da vocação à qual
fomos chamados, nossa tendência natural é encontrar
subterfúgios, desculpas e justificativas, afinal somos cristãos

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sérios e que se preocupam com áreas genuínas da caminhada


com Cristo. Mas, graças a Deus por Seu Santo Espírito que está
sempre nos alertando para mudanças necessárias.
Creio que neste contexto de discipulado, o confronto é
inevitável, pois estamos ainda em processo de santificação,
convivendo com outros pecadores na mesma condição.
Precisamos estar prontos para sermos confrontados, tal como
precisamos estar prontos para confrontar a quem o Espírito
nos conduzir, pois recalcular a rota é necessário. Estamos
todos vulneráveis a não mais andarmos conforme a vocação
à qual fomos chamados, não é?
Porém, graças a Deus temos um direcionamento amoroso
para este tipo de conduta. Suportar em amor é um dos sinais
mais explícitos de um discipulado saudável. Talvez, em algumas
ocasiões, seja necessário agir com o “amor duro”, aquele que
exorta com firmeza, apontando claramente o erro de trajeto e
as suas consequências, ainda que seja um solo delicado. Este
tipo de amor é duro por ser direto, sem rodeios quanto à
situação que está saindo de controle. É o amor que dá nome
ao pecado e traz à cena o sangue de Cristo sendo derramado
em pagamento por ele.
O que esse amor, entretanto, não é: julgamento frio e
insensível, dedo apontado na cara e esmagamento de cana
quebrada (cf. Mateus 12:20). Há um ditado que diz “não se chuta
cachorro morto”, que significa não agredir alguém que se sabe,
antecipadamente, não irá reagir por não ter forças para fazê-
lo. Não é este tipo de exemplo que vemos em Cristo, quando,
por exemplo, encontrou com Zaqueu (Lucas 19). Aquele homem
sabia que tinha errado, tanto com Deus quanto com seu
próximo, mas em nenhum relato vemos o Senhor Jesus o
“esmagando” com mensagens de juízo e sobrecarga de culpa.
Pelo contrário, há muita graça em nosso Senhor que o enxerga
no meio da multidão e opta por não apenas lhe dirigir a palavra,
mas entrar em sua casa e acessar os cantinhos mais obscuros
de sua vida.
Buscando uma exortação bíblica e amorosa, centrada na
humildade, mansidão e longanimidade, cá estão algumas dicas
de como confrontar sem julgar e machucar:
• Ajuste sua abordagem de acordo com a honestidade da
pessoa, sendo mais específico em algumas situações,
mas nunca tentando exercer o trabalho do Espírito
Santo, que convence do pecado;
• Procure sempre exortar em um ambiente reservado,
longe dos olhares e ouvidos alheios, para que a pessoa
se sinta segura em se abrir e confessar;

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• Faça mais perguntas investigativas e cuidadosas do que


exortações que soem como lição de moral - deixe o
Espírito conduzir;

• Seja gentil e paciente, mesmo quando se trata de um


pecado recorrente - lembre de sua condição de pecador
e da graça incansável de Deus em sua própria vida;

• Honre a confiança da pessoa e prometa (e cumpra!) sigilo


total, exceto quando for necessário tratar com um
terceiro envolvido.

Em “Aconselhando uns aos outros: 8 maneiras de cultivar


relacionamentos saudáveis dentro da igreja”, o autor Edward
T. Welch diz: “Podemos resumir o processo da seguinte
maneira: após confessar, termine com ‘obrigado’. Quando
dizemos isso, confrontamos as mentiras de Satanás e nosso
próprio sentimento de que a graça é para as outras pessoas,
mas não para nós. Você consegue imaginar uma comunidade
na qual podemos confessar nossos pecados uns aos outros
e responder a essas confissões e apelos com humildade,
gentileza, paciência e oração?”

Em resposta a essa pergunta, eu diria que consigo imaginar


esta comunidade. Tenho esperanças de que todos, um dia,
sintam a graça pairando sob sua igreja, e onde todos os
discípulos são conscientes de sua condição de pecadores
em processo de regeneração. Aprenderemos algumas
estratégias sobre como implantar e cultivar isso nos
próximos dias.

Algumas perguntas para reflexão:

- Em minha comunidade local, a tendência é que as pessoas


se sintam encorajadas a confessar ou a se fecharem com
medo de julgamentos?

- Como eu reajo quando sou confrontado?

- Como confronto pessoas biblicamente?

- O que eu posso fazer hoje, para criar um ambiente seguro


e confiável para confissão de pecados e pedidos de ajuda?

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Criando uma cultura de discipulado na igreja


Parte 1

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão,


no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor;
e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos
apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham
tudo em comum.”
(Atos 2:42-44 - NAA)

A igreja primitiva parece ter sido o modelo ideal, lendo


estes versos, não é? Todos se davam bem, dividiam tudo,
buscavam a Deus juntos, estavam sempre em comunhão e
tinham tudo em comum. Mas, o que seria esse “tudo”? Todos
gostavam do mesmo estilo de música ou do mesmo tipo de
comida? Todos tinham a mesma opinião política ou o mesmo
entendimento acerca de assuntos teológicos? Claramente
não era isso o que acontecia.

Talvez nossas igrejas tenham dificuldade de criar uma


cultura de discipulado porque muitos ainda estão presos na
ideia de que precisamos concordar em tudo para andarmos
juntos. Quem não se adequa, infelizmente ficará de fora. Nem
de longe esse é um modelo de acolhimento e é muito provável
que, por causa disso, tantas igrejas estejam doentes, com
membros feridos e falta de constância.

Embora a interpretação literal do “tudo em comum” em


Atos 2:44 esteja relacionada a finanças, uma vez que aqueles
cristãos compartilhavam tudo o que tinham, posso encontrar
nesse texto uma aplicação para nossa realidade. Crer em
Jesus Cristo implica em também querer parecer com Ele,
fazer o que Ele fez e pensar em como Ele pensou. O centro
da comunhão entre os santos, e tudo o que realmente
precisamos para viver em unidade é viver Cristo, pois a
plenitude espiritual se encontra nele (Colossenses 3:9 a 17)
e, pelo agir do Espírito, podemos adquirir tudo o que é
necessário para sermos tal com o próprio Mestre. Inclusive
no sentido da narrativa de Atos, com o partilhar de bens,

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mas também do cuidado com os mais necessitados e em uma


cultura de união apesar de diferenças de temperamento,
opiniões e condições financeiras, por exemplo.

Pensemos nos discípulos: o que havia em comum entre


pescadores, cobradores de impostos e zelotes? Absolutamente
nada, à primeira vista. Deveriam ser vistos como um grupo
bastante aleatório. Mas, Cristo os escolheu intencionalmente
e os capacitou apesar de suas trajetórias de vida. Em nosso
estudo “Florescendo Juntas”, aqui do Frutíferas, a Francine V.
Walsh fala sobre essa pluralidade dentro de uma perspectiva
muito interessante: “A vivência dos relacionamentos
intencionais precisa dos mesmos elementos que a vivência de
Jesus com seus discípulos – humildade, intencionalidade,
superação das diferenças, e cuidado e companheirismo
constantes. Nós vemos que Jesus vivia com Seus discípulos.
Ele os mantinha sempre perto, e cuidava de suas necessidades
(como quando curou a sogra de Pedro). A vivência é o estar
junto, sempre perto, sempre aprendendo, sempre cuidando.”

Há alguns dias eu conversava com uma amiga sobre o


conceito de acolhimento, algo muito mencionado atualmente.
Será mesmo que estamos vivendo o que pregamos, quando
“vendemos” uma imagem de acolhimento em nossas igrejas?
Estamos acolhendo todos igualmente, ou apenas aqueles com
quem nos identificamos? Embora não seja errado ter laços mais
estreitos com alguns com os quais temos mais afinidade, não
podemos parar por aí. Afinal, como também aprendemos no
“Florescendo juntas”, “Deus não criou relacionamentos para
nos fazer feliz, mas para nos fazer crescer, sendo mais como
Seu Filho e dando glórias ao nome dele, que é o grande objetivo
de nossas vidas”.

Sendo assim, somos chamadas a acolher e multiplicar. Por


meio de relacionamentos intencionais, seja com pessoas muito
próximas a nós ou não, ou também com irmãos que estão
chegando agora em nossas igrejas, podemos criar essa cultura
de acolher, envolver, ensinar, aprender e cuidar. Enquanto nos
relacionamos, estamos cultivando o discipulado.

Isso pode acontecer em reuniões de oração, estudos bíblicos,


comunhão ao redor da mesa (e aqui vale mesa de cafeteria,
restaurantes e as nossas mesas de casa) e de outras formas
criativas que o Espírito Santo pode direcionar, dentro de cada
contexto.

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O resultado dessa cultura, quando bem sucedida, não pode


ser outro a não ser o que também aconteceu com a igreja
primitiva: “Diariamente perseveravam unânimes no templo,
partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com
alegria e singeleza de coração,

louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo.


Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que
iam sendo salvos.” (Atos 2:46,47 - NAA)

Recado importante: Caso você ainda não faça parte de uma


igreja e esteja em busca de uma comunidade saudável para
crescer espiritualmente, procure estas características —

acolhimento e intencionalidade. Certamente, uma igreja que


prega e vive estes requisitos de forma bíblica e centralizada
em Jesus, será um bom lugar para você.

Algumas perguntas para reflexão:

- Analisando minha comunidade local, posso afirmar que


cultivamos o acolhimento?

- Uma das marcas de que o discipulado é bem sucedido é a


multiplicação do corpo. Essa marca está presente em minha
comunidade?

- Qual é a parte que me cabe nesse processo?

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Criando uma cultura de discipulado na igreja


Parte 2

“Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em


que acredita firmemente, sabendo de quem você o
aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas
letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé
em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2
Timóteo 3:14-17 - NAA)

Chegamos ao último dia dessa jornada e não sei como o


Espírito trabalhou em sua vida, mas tenho certeza de que
terminaremos diferentes de como começamos, pois a
Palavra não volta vazia. Falando nisso, o assunto de hoje é
justamente este, o estudo das Escrituras e a exortação por
meio dela.
Voltando mais uma vez para o estudo “Florescendo
juntas”, quero começar com esta bela declaração: “O
Evangelho é a resposta para todas as mentiras que o inimigo
coloca em nossas mentes e corações. E nós precisamos
trazer a Verdade de Jesus para nossos relacionamentos
intencionais se quisermos que eles sobrevivam. Nossas
almas cansadas não precisam do Evangelho somente no
momento da salvação, mas absolutamente todos os dias.
Tomamos a ceia em nossas igrejas como uma forma de nos
lembrarmos do Evangelho constantemente, de trazê-lo ao
coração vez após vez, confessando dia após dia ‘Eu ainda
preciso de Cristo!’. Sejamos essas âncoras da Verdade umas
às outras.”
Para criarmos (ou cultivarmos) uma cultura de discipulado
em nossas igrejas, precisamos ter a Palavra de Deus como
base fundamental e insubstituível. Ela é a única fonte de
ensino inspirada por Deus, e todos os bons conselheiros,
líderes, professores e mestres são iluminados a partir dela.
Qualquer repreensão, correção e educação na justiça parte
de seus preceitos e qualquer conselho deve ser baseado em
seus princípios perfeitos e santos.

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O acolhimento e a exortação dos quais falamos no Dia 9


só serão bem sucedidos quando o discipulado partir da
orientação das Escrituras. Não há como criarmos bons
relacionamentos intencionais baseados em nós mesmos,
nossas experiências, vontades ou ideias, afinal, como já
aprendemos, somos pecadores em processo de regeneração
e não temos nada de bom a oferecer, sem o agir do Espírito
em nós.
Embora tenhamos alguns alvos bem claros, vale reforçar
que o estudo bíblico não deve nos levar ao legalismo, pois
fazer discípulos nada tem a ver com mero cumprimento de
regras, como também podemos aprender no “Florescendo
juntas”: “Eu encorajo você e suas amigas a se encontrarem
ao redor da Palavra sim, a aprofundarem-se no estudo
bíblico juntas, mas a lembrarem-se que a vivência cristã
precisa ir além do debate de doutrinas.
Precisamos pegar as doutrinas que tanto defendemos e
colocá-las na prática, permitindo que elas nos impulsionem
a vidas que amam mais a Deus e ao próximo.”
A parte concernente à exortação será consequência, e
não algo que precisa ser “provocado”, se é que me entende.
Não devemos ter como alvo confrontar nossas irmãs, mas,
seguindo o agir do Espírito, este será um momento inevitável,
conforme a vulnerabilidade for cultivada diante de muito
temor à Palavra, e muita oração também.
Você perceberá que este processo não é algo engessado,
embora possa ser útil seguir um planejamento com
intencionalidade. Mas, o discipulado em si é algo mais
orgânico, passos de uma caminhada que não tem tempo de
duração específico, podendo durar até a volta de Cristo.
Que sejamos intencionais, amáveis, acolhedoras, fiéis à
Palavra e firmes em Cristo, tal como Paulo desejava que
Timóteo fosse. Cristo será glorificado ainda mais em nossas
igrejas quando andarmos como Ele andou e amarmos como
Ele amou.
Deus lhe abençoe grandemente!

Algumas perguntas para reflexão:


- Temos aqui em nossa plataforma um grande tesouro
espiritual. Como você pode usá-lo em sua igreja local, no
sentido de cultivar o discipulado?
- Qual é, hoje, a principal barreira que lhe impede de fazer
discípulos de Jesus?
- O que Deus lhe ensinou nestes dias de estudo e como
você pretende obedecê-lo?

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