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História em quadrinhos

As histórias em quadrinhos têm ocupado cada vez mais espaço como


meio de expressão nas mais diversas esferas de comunicação social; estão
presentes na imprensa, na publicidade, no mercado editorial, nas produções
artísticas. As histórias em quadrinhos, como as conhecemos atualmente,
surgiram no fim do século XIX, nos Estados Unidos, como uma das
modificações feitas pelos jornais para atrair novos leitores, visando, sobretudo,
ao público juvenil.
Segundo uma publicação de 1944 da Revista INEP [...] os quadrinhos
eram leitura nociva para o aprendizado dos alunos, pois desestimulavam o
estudo das disciplinas, afastavam-nos dos livros e causavam preguiça mental,
porque eles se acostumavam com a leitura de imagens e de pouco texto
verbal. Durante duas décadas os quadrinhos ficaram longe das salas de aula,
mas foram reaparecendo nesse contexto nos livros didáticos e, aos poucos,
reconquistando sua meritória legitimidade como texto de entretenimento de
qualidade, de grande potencial para o desenvolvimento de habilidades
concernentes à leitura.
A conjugação de diferentes linguagens, característica fundamental das
histórias em quadrinhos (HQ), ao contrário do que se pensava, exige muita
atenção, domínio de diferentes sistemas de linguagem e o desenvolvimento de
múltiplas habilidades para articular texto verbal, imagens, cores e, sobretudo,
“lacunas” que são completadas pela capacidade de inferência dos leitores.
Os quadrinhos podem ser a porta de entrada para a apropriação de
práticas de leitura e para experimentar o prazer de ler, mesmo em adultos. O
componente visual, além de desempenhar o papel de elemento fortemente
atrativo, é capaz de abrir portas para o contato com temas de complexidade
variada, o que incide na diversidade de interesses dos leitores e no grau de
desafio demandado pelos mesmos.
O quadro a seguir sintetiza e a sistematiza alguns dos aspectos mais
característicos das HQ: seu contexto de produção, seu conteúdo temático (ou
seja, o que é possível ser dito em textos desse gênero, seu domínio de sentido,
temas típicos), sua forma composicional (que elementos e partes têm, como
se organiza o texto) e seu estilo (quais os elementos e recursos da língua são
selecionados). Ressaltase que essa descrição tem a intenção de sistematizar
as principais características das HQ e não de listar conteúdos a serem
convertidos diretamente em tópicos de aulas.
I – Contexto de produção
Histórias em quadrinhos e tirinhas são produzidas por quadrinistas para amplo grupo
de leitores. Originalmente, eram publicadas nos jornais impressos, mas, com o tempo,
ganharam espaço e hoje há uma infinidade de publicações destinadas aos mais variados
gostos e faixas etárias. Podem servir ao humor, ao entretenimento e à crítica social/política,
entre outros.
II – Conteúdo temático
As temáticas das HQ e de tirinhas cobrem diferentes campos da atividade humana.
Nas narrativas de aventura de super-heróis e anti-heróis, nas historietas críticas de Mafalda,
nas peripécias da Mônica e sua turma, só para dar alguns exemplos, o que se vê e se lê é um
mundo repassado pela óptica de quem o reinventa na ficção para entreter, fazer rir, pensar ou
aprender.
III – Construção composicional e estilo
As histórias estão organizadas em quadros sequenciais que mesclam dois tipos de
linguagem: a verbal e a iconográfica. Além dos desenhos das cenas há uma série de outros
códigos que contribuem para a construção de sentidos do texto: a presença e o formato dos
balões (indicando se a personagem fala, grita, sussurra, etc.), características da fonte
(tamanho, cor, negrito, tremida, etc.), uso abundante de onomatopeias (também
representadas graficamente), linhas cinéticas (que indicam movimentação aos desenhos),
posicionamento dos quadros (como forma de marcar os eventos e a passagem do tempo).
A linguagem do narrador – que aparece em retângulos dentro ou fora dos quadrinhos,
sinalizando que “fala” em off – não difere muito das narrativas em prosa em que o narrador,
geralmente, usa a variedade culta e um registro mais formal. Outras variedades linguísticas e
registros mais coloquiais são empregados para representar as diferentes falas das
personagens, segundo suas características.
Descrição baseada em PAIVA, V. L. M. de. O e-mail: um novo gênero
textual. In: MARCUSCHI, L. A.;XAVIER, A. C. (Orgs.), 2004,

Explorando Histórias em quadrinhos

Educador: leve para a sala revistas em quadrinhos variadas. Reúna os


alunos e deixem que explorem as capas e escolham uma revista para ler. Em
seguida peça que compartilhem em poucas palavras a história lida. Aproveite
para comentar sobre o gênero e, levantar hipóteses dos alunos.

Observe os quadrinhos a seguir e responda às questões


propostas.

a)

Disponível em: <http://bloguolcartoes.blog.uol.com.br/>. Acesso em: 07


ago. 2015. 16h20min.

➢ O que é surpreendente na situação ilustrada anteriormente?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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➢ Em que sentido a palavra tanque foi empregada?
( ) tanque de lavar roupas
( ) tanque de guerra
( ) caminhão tanque

b)
Disponível em: <http://penguinfamilia.blogspot.com.br/p/as-ultimas-dos-
famosos.html>. Acesso em: 06 ago. 2015. 16h22 min. O texto que você leu
é A) um convite.
B) uma adivinha.
C) uma tirinha.
D) um parlenda.
E) uma biografia.

O objetivo desse gênero textual é A) entreter.


B) narrar.
C) persuadir.
D) convencer.
E) orientar.

A personagem Magali foi criada por A) Monteiro Lobato.


B) Ziraldo.
C) Maurício de Souza.

➢ Quem são as personagens desse quadrinho?


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__________________________
_______________________________________________________________
_____________________
➢ Responda de acordo com a história: Por que Magali quer que a mãe leia
um livro de receitas?
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_______________________________________________________________
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➢ Que sentimento é expresso pela mãe de Magali no último quadrinho? A)
alegria.
B) alívio.
C) desejo.
D) espanto.
E) tristeza.

c)

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/quadri.htm>.


Acesso em: 10 ago.2015. 15h13min.

➢ O texto “A Garota do Circo” tem características de


__________________________________ pois contém: balões (diálogos),
personagens, pontuações enfáticas, interjeições (admirações), elementos da
narrativa: introdução, desenvolvimento, conflito e desfecho.
➢ Quem é Suriá no texto?
__________________________________________________________
______

➢ O que deu origem à história?


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_______________________________________________________________
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➢ Ao final do texto o médico demonstra A) arrogância.


B) egoísmo.
C) surpresa.
D) irritação.
E) amizade.

O sinal de pontuação no final da frase “....Pode fazer igual na


Úrsula?” indica que há uma

A) admiração.
B) continuidade.
C) pausa.
D) pergunta.
E) resposta.

Na fala: “Sua vez , Úrsula! É usado um tipo de linguagem

A) culta.
B) informal.
C) regional.
D) técnica.
E) autoritária.
Souza, Maurício. Horácio. Disponível em: <http://elisa-sem-ana-ou-
maria.blogspot.com.br/2010/09/para-se-divertir.html>. Acesso em: 10
ago.2015. 13h36min.
Qual o nome da personagem principal?
A) Piteco.
B) Orlando.
C) Horário.
D) Horácio.
E) Mundo.

Qual é o assunto tratado pelo personagem?


A) uma noite escura.
B) dias difíceis.
C) Fome.
D) dias de sol.
E) a criação do mundo.

➢ De acordo com o texto o personagem Horácio diz “Afinal, eu aprendera


que uma noite escura sempre sucede um dia de sol!” Você concorda? Por quê?
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➢ Vamos exercitar: Comece circulando os encontros vocálicos no


retângulo a seguir:

riu – caí – pessoas – deveria – quando – alguém –


pois – caiu– amigo – melhor – alheia – nossa – vezes – seria
– chorar – Horácio

➢ Agora, registre no espaço a seguir as palavras que você circulou.


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Educador: reflita com os alunos sobre o que é um encontro vocálico.


Chama-se encontro vocálico o agrupamento de sons vocálicos (vogais) numa
palavra, sem consoantes intermediárias. Ex.: leite – caixa – faísca. Há, na
nossa língua, três tipos básicos de encontros vocálicos:
DITONGO – é o encontro de uma vogal e uma semivogal, ou uma
semivogal e uma vogal pronunciadas na mesma sílaba. Ex.: moi-ta / rá –dio /
cai – xa / lei-te / bei –jo / mui-ta / pá – tria
Obs.: quando o encontro é entre uma vogal e uma semivogal(i, u) o
ditongo é decrescente, quando é entre uma semivogal e uma vogal o ditongo é
crescente. Os ditongos ainda podem ser classificados em orais e nasais
(sério/mãe).
TRITONGO – É a sequência formada por três sons vocálicos: semivogal
+ vogal + semivogal, sempre nessa ordem. Ex.: Pa- ra-guai
HIATO – é o encontro de duas vogais numa palavra, mas como toda
sílaba só tem uma vogal, elas são pronunciadas em sílabas diferentes
(separadas). Ex.: Vo-o – ju-iz – ba- i nha – ru-í-na ra-í-zes / mi-údos/sa-ú-de
Disponível em: <http://dicasdeportugues.com/encontros-vocalicos/>.
Acesso em: 10 ago.2015. 14h42min.

Separe as sílabas dos encontros vocálicos a seguir:


A) Pessoas ______________________________
B) alheia ______________________________
C) seria ______________________________
D) Horácio ______________________________
E) Caiu ______________________________

Agora, retire da história em quadrinho que você leu, todas as palavras


que tenham

ENCONTROS VOCÁLICOS ENCONTROS


CONSONANTAIS
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____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
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e) Reescreva a história em quadrinhos, transformando-a em um texto
em prosa. Não esqueça de utilizar a linguagem própria dos diálogos quando for
necessário: ponto-final; vírgula; travessão; dois-pontos; exclamação e
interrogação.

Disponível em: <http://www.alienado.net/tirinhas-engracadas-da-turma-


da-monica/>.

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